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Definição
Quadro clínico
1 – Da inflamação sistêmica
2 – Da inflamação vascular
Se acometer vaso de grande calibre (aorta e ramos principais) há redução da luz do vaso,
causando isquemia do vaso subsequente, levando a claudicação.
Exames laboratoriais
1 – Da inflamação sistêmica
Obs: no LES, apesar de haver inflamação, não ocorre leucocitose e aumento de plaquetas pois,
especificamente nessa doença, há anticorpos contra leucócitos e contra plaquetas.
Resumindo:
c-ANCA + Anti-proteinase 3 Granulomatose de Wegener (‘’3 deitado parece um w’’).
2 – Da inflamação vascular
A inflamação do vaso é vista pela biópisa do vaso sanguíneo ou pela biópsia do tecido suprido
pelo vaso sanguíneo.
Obs: para vasos sanguíneos/tecidos onde é dificil a realização da biópsia pode-se utilizar a
angiografia ou o ECO.
Para poder dar o diagnóstico de uma vasculite, é OBRIGATÓRIO que haja, na questão de
prova, o quadro clínico ou a alteração laboratorial da inflamação VASCULAR!!
São elas: (1) Arterite temporal / de células gigantes (2) Arterite de Takayasu / Síndrome do arco
aórtico.
Epidemiologia
Quadro clínico
Obs: em idosos, ao afastar neoplasia e infecção como causa de febre de origem indeterminada,
a principal hipótese passa a ser arterite temporal!
50% dos casos a arterite temporal vem acompanhada da polimialgia reumática (sinovite que
cursa com dor + rigidez matinal em cintura escapular e pélvica).
Obs: apesar de metade dos pacientes com arterite temporal terem também polimialgia
reumática, apenas 15% dos pacientes com polimialgia reumática posuem arterite temporal!!
Vasos acometidos
Os principais são: arteria temporal e mandibular.
Obs: a doença pode acometer artéria oftálmica e artéria central da retina, levando ao quadro de
amaurose (cegueira irreversível por lesão da retina) – urgência reumatológica!!
Exames laboratoriais
‘’Salada da inflamação sistêmica’’, mas importante destacar que a VHS está muito elevada (>
40 – 50) tanto na arterite temporal quanto na polimialgia reumática!
Diagnóstico
Obs: pode-se iniciar o tratamento ANTES da biópsia, pois mesmo com o tratamento já iniciado,
a biópsia mantém sua alteração por até 14 dias.
Tratamento
Epidemiologia
Quadro clínico
Claudicação de MMSS (‘’dificuldade para pentear o cabelo pois o braço cansa’’) e MMII +
Assimetria de pulsos e de PA nos MMSS (acometimento da subclávia) + Sopro de aorta,
subclávia ou carótida.
Vasos acometidos
Exames laboratoriais
‘’Salada da inflamação sistêmica’’
Diagnóstico
Angiografia / Arteriografia
Tratamento
Obs: a angioplasia somente pode ser realizada após a remissão da doença (a angioplastia pode
piorar a inflamação vascular). Para saber se entrou em remissão basta avaliar VHS e PCR.
São elas: (1) Doença de Kawasaki (2) Doença de Buerger (3) Poliarterite nodosa (PAN) (4)
Vasculite isolada do SNC
1 – Doença de Kawasaki
Epidemiologia
Criança do sexo masculino (< 5 anos). É a segunda vasculite mais comum da infância.
(1) Febre por 5 dias ou mais + (2) Congestão conjuntival bilateral/ conjuntivite não exsudativa +
(3) Alterações em lábios e cavidade oral (lingua em framboesa) + (4)Linfoadenomegalia
cervical não supurativa / não purulenta + (5) Exantema polimorfo (múltiplas formas) + (6)
Eritema e edema palmo-plantar, seguido de descamação periungueal.
Exames laboratoriais
Obs: na maioria das vasculites não há alteração do complemento, mas Kawasaki é uma das
exceções!
Vasos acometidos
Artéria coronária, podendo levar a aneurismas de coronárias.
Diagnóstico
O diagnóstico é exclusivamente clínico, com 5 critérios, sendo febre por mais de 5 dias um
critério obrigatório !
Tratamento
Imunoglobulina venosa dose única 2 g/kg (o mais precoce possível) + AAS 80 – 100 mg/kg/dia
(em dose antiinflamatória).
Epidemiologia
Quadro clínico
Obs: diante homem adulto, jovem, tabagista, com necrose de extremidade, a 1º hipótese
diagnóstica deve ser Aterosclerose precoce mas, como essa é uma condição sistêmica, há
redução de pulsos distais E proximais. Já a doença de Buerger é exclusiva de vasos distais então
há redução de pulsos distais, mas pulsos centrais estão normais!!
Vasos acometidos
Exames laboratoriais
‘’Salada da inflamação sistêmica’’
Diagnóstico
Tratamento
Epidemiologia
Quadro clínico
‘’O quadro é muito semelhante a uma aterosclerose, mas a dor testicular, mononeurite múltipla
e livedo reticular devem chamar a atenção na prova para a PAN’’
A PAN POUPA PULMÃO!! Portanto, diante quadro clínico característico de PAN mas que
acomete pulmão, nosso diagnóstico passa a ser Poliangeite microscópica.
Exames laboratoriais
Antigamente era muito comum a associação da PAN com a hepatite B (HbSAg e HbEAg
positivo), mas com o avanço da vacinação, reduziu-se muito essa associação (apesar disso
muitas provas ainda cobram essa associação!!).
Obs: apesar de ser raro, a PAN pode cursar com ANCA positivo..
Diagnóstico
Obs: para biopsiar o local é preciso que haja sintoma (livedo reticular, dor testicular, etc.).
Deve-se pesquisar os aneurismas pela angiografia, sendo que o achado mais característico da
PAN na angiografia é a presença de ‘’múltiplos aneurismas mesentéricos – aspecto colar de
contas’’.
‘’Se a angiografia evidenciar múltiplos aneurismas mesentéricos, bate no peito e fala: É PAN’’.
Tratamento
Obs: pela imunossupressão causada pelo tratamento, é indicado profilaxia para pneumocistose
pulmonar (pneumonia por Pneumocystis jiroveci), com uso de Bactrim.
Se diferencia das demais vasculites por geralmente não apresentar sinais de inflamação
sistêmica (quadro apenas neurológico).
Caracteriza-se por acometer principalmente homens de meia idade, cursando inicialmente com
cefaleia.
O diagnóstico pode ser feita pela arteriografia, mas o padrão-ouro é a biópsia cerebral e
leptomeníngea.
São elas: (1) Poliangeite microscópica / Poliarterite microscópica (2) Síndrome de Churg-
Strauss (3) Granulomatose de Wegener (4) Púrpura de Henoch-Schonlein / Vasculite por IgA
(5) Vasculite criglobulinêmica
1 – Poliangeite microscópica
Epidemiologia
É uma PAN de vasos de pequeno calibre, portanto, acomete pulmão e rim, ou seja, ‘’é uma
PAN que faz síndrome pulmão-rim e não tem associação com hepatite B’’.
Quadro clínico
No pulmão ocorre capilarite levando a hemoptise. Já no rim ocorre GEFS com crescentes.
Exames laboratoriais
Diagnóstico
Confirmado pela biópsia renal que evidencia glomerulonefrite com padrão pauci-imune.
Tratamento
Prednisona + Ciclofosfamida.
Epidemiologia
Homem 30 – 50 anos
Quadro clínico
Exames laboratoriais
Eosinofilia (geralmente > 1000) + IgE aumentado + p-ANCA positivo em 40 – 60% dos casos +
Anti-mieloperoxidase positivo.
‘’Eosinofilia IgE’’
Diagnóstico
Prednisona + Ciclofosfamida.
Epidemiologia
Quadro clínico
Obs: tanto a sinusite quanto a exoftalmia são explicadas pelo granuloma. O granuloma no
pulmão pode necrosar gerando o aspecto de cavitações ao RX.
Diante um paciente com febre, hemoptise e cavitações no RX nossa 1º hipótese diagnóstica tem
que ser turbeculose! Wegener é raro..
Exames laboratoriais
‘’Salada da inflamação sistêmica’’ + c-ANCA positivo em 97% dos casos (inclusive durante a
remissão) + Antiproteinase-3.
Diagnóstico
Tratamento
Prednisona + Ciclofosfamida.
Obs: paciente que é colonizado pelo S. aureus na VAS aumenta a chance de recidiva..
Quadro clínico
Tem como pródromo uma IVAS ou vacinação que evolui com hiperprodução de IgA, levando a
‘’tétrade de Henoch-Schonlein’’:
4 – Glomerulite com hematúria – (há depósito mesangial de IgA, igual a doença de Berger!!)
Obs: diante todo paciente com suspeita de Henoch-Schonlein com dor abdominal deve-se
solicitar US de abdome, que é capaz de evidenciar espessamento de alça mesentérica.
Exames laboratoriais
Obs: diante paciente com Púrpura mas com plaquetas BAIXAS (plaquetopenia) nossa hipótese
diagnóstica passa a ser Púrpura trombocitopênica.
Diagnóstico
Tratamento
1 – Renal, caracterizada por retenção azotêmica, albuminúria, etc. (é a complicação mais grave,
responsável pelo aumento da morbimortalidade na púrpura de Henoch-Schonlein).
2 – Gastrointestinal, caracterizada por invaginação de alça intestinal.
Quadro clínico
Obs: é muito típico que essas manifestações sejam precedidas por uma situação de estresse!!
Exames laboratoriais
Queda do complemento (C4 < 8 mg/dl) + Sorologia positiva para hepatite C (HCV positivo).
Obs: assim como Kawasaki, a crioglobulinemia reduz o complemento! – ‘’A CRIO CAI
COMPLEMENTO’’.
Obs: 90% dos pacientes com crioglobulinemia possuem sorologia positiva para hepatite C –
‘’Crio hepatite C’’
Diagnóstico
Obs: nessa doença a biópsia de vaso sanguíneo também evidencia padrão leucocitoclástico.
Tratamento
Obs: mesmo que o paciente tenha hepatite C em atividade é indicado realizar imunossupresão.
1 – Doença de Behçet
Epidemiologia
Homem e mulher (na mesma proporção) – 25 a 35 anos. ‘’Behçet é a doença do queima filme’’.
Quadro clínico
Obs: a lesão ocular é caracterizada por: (1) Hipópio – leucócitos em câmara anterior do olho (2)
Uveíte anterior (3) Panuveíte – pode causar cegueira (4) Neovascularização.
Vasos acometidos
Pode acometer vasos pulmonares, levando a aneurismas arteriais pulmonares, que apesar de
serem característicos de Behçet, são raros!!
Exames laboratoriais
Diagnóstico
Tratamento
Prednisona + Ciclofosfamida.
2 – Síndrome de Cogan
Caracterizado pela tríade: (1) Ceratite intersticial (2) Disfunção auditiva e visual (do VIII par
craniano) (3) Vasculite, que nem sempre está presente.