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09/03/2019

1 ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE COM DISTÚRBIOS NEUROLÓGICOS


Marco Aurélio Ramos de Almeida

2 ACHADOS CLÍNICOS
1  Dor;
 Convulsões;
 Lipotimia;
 Distúrbios Visuais;
 Fraqueza;
 Parestesia, Paresia;
 Afasia;
 Ptose Palpebral;

2  Desvio de Rima;
 Disartria;
 Hemiplegia;
 Alterações pupilares: midríase e anisocoria;
 Paralisia;
 Paraplegia;
 Tetraplegia;
 Dislalia.

3 ALTERAÇÃO DO
NÍVEL DE
CONSCIÊNCIA

5 AVALIAÇÃO PUPILAR

6 DOENÇAS ENCÉFALO-VASCULARES
Refere-se a qualquer anormalidade funcional do sistema nervoso central que ocorra
quando se rompe o aporte sanguíneo normal para o encéfalo, ou seja, a patologia pode
envolver uma artéria ou veia.

A circulação torna-se comprometida em consequência da oclusão parcial ou completa do


vaso sanguíneo ou da hemorragia decorrente da laceração da parede vascular.

7 DOENÇAS ENCÉFALO-VASCULARES
A doença encéfalo-vascular pode ser causada por:
o Arteriosclerose (mais comum);
o Alterações hipertensivas;
o Malformações arteriovasculares;
o Vasoespasmo;
o Inflamação;
o Arterite;
o Embolia.

8 DOENÇAS ENCÉFALO-VASCULARES
Arteriosclerose:

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Arteriosclerose:

Os vasos sanguíneos perdem sua elasticidade, tornam-se enrijecidos podendo desenvolver


aterosclerose (placas de gordura), essas placas ateromatosas podem ser fonte de êmbolos que
migram para outras artérias mais estreitas, causando interrupção do fluxo sanguíneo em outras
regiões do encéfalo.

9 DOENÇAS ENCÉFALO-VASCULARES

10 ACIDENTE ISQUÊMICO TRANSITÓRIO - AIT


Episódio transitório ou temporário de disfunção neurológica, comumente manifestado
pela perda súbita da função motora, sensorial ou visual. O AIT pode durar alguns segundos ou
minutos, porém não mais que 24 horas.
O AIT é um alerta para um acidente encefálico iminente (não transitório) com déficits
irreversíveis.
o Os fatores de risco para AIT incluem:
o Hipertensão arterial;
o Diabetes;
o Doença cardíaca;
o Tabagismo;
o Alcoolismo;
o Histórico familiar positivo para a doença.

11 CLASSIFICAÇÃO DO AVE
Breve episódio de disfunção neurológica focal ou retiniana;
Sintomas clínicos durando menos de 1h sem evidência de infarto;
- A maioria dos AITs dura de 5 a 10 min
- AIT é indicador significativo de risco para AVE.
-

12 ACIDENTE ISQUÊMICO TRANSITÓRIO - AIT


Manifestações clínicas:
Os sinais e sintomas do AIT dependem da localização do vaso afetado.
o Artérias oftálmica, cerebral média e cerebral anterior: provoca amaurose fugaz, fraqueza
contralateral e afasia.
o Artéria retiniana: amaurose fugaz.
o Artérias cerebral posterior e cerebelar: resulta em alterações como vertigem, diplopia,
parestesias, disfagia e ataxia.
13 ACIDENTE ISQUÊMICO TRANSITÓRIO - AIT
Achados Diagnósticos:
Um sopro pode ser auscultado sobre a artéria carótida durante o exame físico do paciente.
Além do sopro, a obstrução carotídea provoca diminuição ou ausência do pulso.

14 ACIDENTE ISQUÊMICO TRANSITÓRIO - AIT


1 Tratamento Medicamentoso e Preventivo:
o Terapia anticoagulante;
o Antiagregantes plaquetários;

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o Antiagregantes plaquetários;
o Tratamento da hipertensão e hiperglicemia;
o Cessação do tabagismo.

2 Tratamento Cirúrgico:
o Angioplastia carotídea;
o Endarterectomia.

15 ACIDENTE ISQUÊMICO TRANSITÓRIO - AIT


Angioplastia carotídea:
Um cateter é inserido na artéria para comprimir a placa contra a parede arterial para melhorar
o fluxo sanguíneo. Em alguns casos é necessário a inserção de um microcateter aramado
também conhecido como stent, com o propósito de manter a artéria pérvia.

16 ACIDENTE ISQUÊMICO TRANSITÓRIO - AIT


Endarterectomia:
Consiste na retirada de uma placa de ateroma ou trombo da artéria carotídea.

17 ACIDENTE ISQUÊMICO TRANSITÓRIO - AIT


As maiores complicações da endarterectomia são: acidente vascular encefálico, infecções,
hematoma da incisão e ruptura da artéria carótida.
Atenção de Enfermagem:

É importante manter o controle rigoroso da pressão arterial no período do pós-operatório


imediato. A hipotensão pode provocar isquemia e trombose, a hipertensão pode precipitar
hemorragia cerebral, hematomas e ruptura da reconstrução arterial.
Deve-se manter próximo ao paciente os materiais para suporte avançado de vida,
incluindo material para intubação orotraqueal.

18 CLASSIFICAÇÃO DO AVE
AVE Isquêmico: ocorre quando um vaso sanguíneo do cérebro está obstruído. Responsáveis por
80% dos casos de AVE.

Dois tipos:
Trombótico
Embólico

19 CLASSIFICAÇÃO DO AVE
AVE trombótico:
Causa mais comum da doença.

Ocorre obstrução aterosclerótica que estreita a luz do vaso e agregação plaquetária, levando à
isquemia tecidual no local.

20 CLASSIFICAÇÃO DO AVE
AVE embólico:

Material proveniente fora do cérebro.


Ex: fragmento de valvas, tumores, ar, gordura, líquido amniótico, corpo estranho ou coágulo
sanguíneo.
Alojamento em áreas de ramificação da artéria

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Duas áreas principais de lesão:
zona de isquemia e penumbra isquêmica
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23 ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO – AVE

24 ESCALA PRÉ-HOSPITALAR DE CINCINNATI PARA AVE

25 ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO – AVE


Tratamento medicamentoso – AVEI:
O inicio rápido do tratamento trombolítico após a confirmação através da TC de crânio
leva a uma diminuição do tamanho da área afetada pelo ACEI e uma melhora global do
resultado funcional depois de três meses.
Para evitar a hipóxia cerebral o atendimento deve ser rápido:

 Tempo porta médico: 10 minutos


 Tempo porta TC: 25 minutos
 Tempo porta laudo da TC: 45 minutos
 Tempo porta agulha: 60 minutos
26 ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO – AVE
Tratamento medicamentoso – AVEI: Contraindicações Absolutas

o AVEH prévio;
o AVEI em menos de seis meses;
o Neoplasia ou lesão do SNC;
o Cirurgia ou trauma maior nas últimas três semanas;
o Sangramento gastrointestinal no último mês;
o Sangramento ativo conhecido.

27 DISTÚRBIOS CONVULSIVOS
As convulsões são episódios anormais de atividades motora, sensorial, autônoma e física (ou
uma combinação destas) que resultam da descarga súbita excessiva dos neurônios cerebrais.
Uma parte do cérebro ou todo ele pode estar envolvido.
Classificação Internacional das Convulsões:
Crises parciais: que começam em uma parte do cérebro.

Crises generalizadas: envolvem descargas elétricas em todo o cérebro.

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Pode ser uma crise parcial simples ou complexa, na forma simples ocorrem apenas alterações
na percepção do paciente em relação ao meio exterior, como medo e outras emoções, na forma
complexa o paciente perde a consciência.

As crises mais conhecidas, são as tônico-clônicas, quando o paciente perde a consciência e cai
rígido, com as extremidades do corpo tremendo e se contraindo.

Existe ainda a somente tônica, a somente clônica, a mioclônica onde o paciente tem leves
tremores persistentes. Ao todo existem mais de trinta tipos diferentes.

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29 EPILEPSIA
É uma alteração na atividade elétrica do cérebro, temporária e reversível, que produz
manifestações motoras, sensitivas, sensoriais, psíquicas ou neurovegetativas (disritmia cerebral
paroxística).
Para ser considerada epilepsia, deve ser excluída a convulsão causada por febre, drogas ou
distúrbios metabólicos, já que são classificadas diferentemente.

30 ALGUNS FATORES PODEM DESENCADEAR CRISES EPILÉPTICAS:

Mudanças súbitas da intensidade luminosa ou luzes a piscar (algumas pessoas têm ataques
quando vêem televisão, jogam no computador ou frequentam discotecas);
privação de sono;
ingestão alcoólica;
Febre;
Ansiedade;
Cansaço;
Algumas drogas e medicamentos;
Verminoses (como a neurocisticercose).

31 CONVULSÃO

32 EXERCÍCIOS
Caso clínico
HA: Um paciente do sexo masculino, 59 anos, procurou o serviço médico com queixa de
dificuldade para falar, perda parcial do campo visual e boca torta. Veio acompanhado da filha
que relatou que seu pai apresentou um episódio de convulsão, na qual apresentou tremores e
ficou todo esticado no chão.
HP: DM insulino dependente, HAS em uso de capoten e hidroclorotiazida, IAM há 5 anos em
uso de sinvastatina e AAS, dislipidemias sem tratamento.
EF: Neurológico: consciente, pupilas isocóricas e fotorreativas, além dos relatados pelo paciente
e sua filha; Cardiológico: BRNF 2T, com sopro, pulso cheio, boa perfusão, PA 160x100, P: 92 btm;
Respiratório: FR: 14 rpm, MV presentes sem RA, boa expansibilidade torácica simétrica;
Gastroenteral: abdome globoso flácido com RHA presentes, evacuação normal (SIC);
Geniturinário: micção espontânea, sem alterações (SIC); Tegumentar: pele um pouco ressecada,
turgor cutâneo normal, manchas hipercrômicas em MMII na região supramaleolar bilateral, T:
36,8 C.

33 EXERCÍCIOS
1) Quais são os termos técnicos para as queixas relatadas pelo paciente?
2) De acordo com o relato da filha do paciente, qual o tipo de convulsão o paciente
apresentou? Explique.
3) Baseado na história atual identifique os problemas de enfermagem para este paciente.
4) Determine três diagnósticos de enfermagem para o paciente.
5) Elabore uma prescrição de enfermagem para o paciente.
6) Quais os cuidados de enfermagem no caso em que o paciente apresentar novamente uma
crise convulsiva?

34 BIBLIOGRAFIA

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BRUNNER, L. S.; SUDDARTH, D. S. Tratado de Enfermagem Medico-Cirúrgica. 12. ed. Rio de


Janeiro: Guanabara Koogan, 2012.

LEWIS S.L. et al. Tratado de enfermagem médico-cirúrgica: avaliação e assistência dos


problemas clínicos. 8 ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.

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