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ANATOMIA APLICADA À ENFERMAGEM

SISTEMA NERVOSO
ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL

Profa. Enfa. Anna Paula Lima


AVE/AVC
• Acidente vascular encefálico ou acidente vascular cerebral é uma
interrupção do fluxo sanguíneo cerebral, ocasionado pelo
acometimento da vasculatura cerebral, pela alteração do fluxo
sanguíneo ou do sistema de coagulação para determinada região
encefálica (SALLUM; PARANHOS, 2010).
Ataque isquêmico transitório (AIT) e o acidente
vascular cerebral isquêmico (AVCi) são variações
da mesma doença vascular isquêmica encefálica.

Acidentes vasculares cerebrais hemorrágicos


(AVCh) são causados pelo sangramento dentro
do tecido cerebral, dos ventrículos ou do
espaço subaracnoide.
IMPORTANTE!

O AIT é definido como um déficit neurológico focal, encefálico ou retiniano,


súbito e reversível, que dura menos de uma hora e/ou, no máximo, 24 horas e
sem evidência de lesão isquêmica nos exames de imagem. A manutenção dos
sinais clínicos ou a evidência de alterações nos exames de imagem
caracterizam o AVCi (SALLUM; PARANHOS, 2010).
TIPOS DE AVE
AVC/AVE HEMORRÁGICO
AVC/AVE ISQUÊMICO
AVE HEMORRÁGICO

• 15 a 20% dos distúrbios vasculares cerebrais;


• Principalmente causados por hemorragia intracraniana ou subaracnóidea,
com sangramento para o tecido cerebral;
AVE HEMORRÁGICO
Hemorragia intracerebral primária -> ruptura espontânea de pequenos vasos é
responsável por aproximadamente 80% dos casos de AVE hemorrágico (P.A
ELEVADA). E ruptura de um aneurisma (enfraquecimento da parede arterial)
intracraniano em aproximadamente metade dos casos.

Hemorragias intracerebrais secundárias -> estão associadas a malformações


arteriovenosas (MAV), aneurismas intracranianos, neoplasias intracranianas ou
certos medicamentos (p. ex., anticoagulantes, anfetaminas).
FISIOPATOLOGIA DO AVEh
FISIOPATOLOGIA DO AVEh

• Depende da causa e do tipo de distúrbio;


• Os sinais/sintomas são provocados por hemorragia
primária ou secundária;
• O que afeta o metabolismo cerebral:
- Exposição ao sangue extravascular; PIC (comprime e
lesiona o tecido); isquemia secundária.
TC DE CRÂNIO
• A TC produz imagens radiográficas do corpo que se
assemelham a cortes anatômicos transversais. A
densidade é determinada por fatores que incluem a
quantidade de ar, água, gordura ou osso naquele
elemento. As imagens são sempre exibidas como se o
observador estivesse aos pés do paciente em decúbito
dorsal, isto é, uma vista inferior.
• ---------ANATOMIA RADIOLÓGICA (EXAMES DE IMAGEM)
COMPLICAÇÕES
• As complicações imediatas do AVE hemorrágico incluem
hipóxia cerebral, diminuição do fluxo sanguíneo cerebral
e aumento da área de lesão. As complicações
subsequentes incluem novo sangramento ou expansão
do hematoma; vasoespasmo cerebral, resultando em
isquemia cerebral; hidrocefalia aguda (impede
a reabsorção do líquido cerebrospinal [LCS]); e
convulsões.

AVE ISQUÊMICO

• 80 A 85% dos distúrbios vasculares cerebrais;


• O AVE é uma lesão do neurônio motor superior, que resulta em perda do
controle voluntário sobre os movimentos motores;
• O resultado consiste em interrupção da irrigação do cérebro, causando
perda temporária ou permanente dos movimentos, pensamento,
memória, fala ou sensibilidade.
FISIOPATOLOGIA DO AVEi

• O diagnóstico e o
tratamento
imediatos são
essenciais para
preservar a função
cerebral.
REFERÊNCIAS
• MOORE, Keith L.; DALLEY, Arthur F.; AGUR, Anne
MR. Anatomia orientada para a clínica. Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, 2014.
• Brunner & Suddarth, Manual de enfermagem
médico-cirúrgica / revisão técnica Sonia
Regina de Souza; tradução Patricia Lydie Voeux. – 13.
ed. – Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2015.
ESTUDO DE CASO
EXAME FÍSICO
DISCUSSÃO
ESTUDO PARA A PRÓXIMA AULA
ANATOMIA APLICADA À ENFERMAGEM

ANEURISMA, TCE E
AVALIAÇÃO NEUROLÓGICA

Profa. Enfa. Anna Paula Lima


ANEURISMA
• O aneurisma é a dilatação das paredes de
uma artéria;
• CEREBRAL
• AÓRTICO
ANEURISMA INTRACRANIANO
• A causa não é conhecida, porém o aneurisma pode ser
decorrente de aterosclerose, defeito congênito da parede
vascular, doença vascular hipertensiva, traumatismo
cranioencefálico (TCE) ou idade avançada.
• Os vasos mais comumente afetados são as artérias
carótida interna, cerebrais anterior ou posterior,
comunicantes anterior ou posterior
e cerebral média.
DIAGNÓSTICO
• A TC ou RM, a angiografia cerebral e a punção
lombar (se a pressão intracraniana não estiver
elevada) são procedimentos diagnósticos utilizados
para confirmar um aneurisma.
MANEJO CLÍNICO
• As metas do tratamento consistem em possibilitar a
recuperação do cérebro da agressão inicial
(sangramento), evitar ou minimizar o risco de novo
sangramento e prevenir e tratar outras complicações.

• O manejo pode consistir em repouso no leito
com sedação, para evitar agitação e estresse, manejo do
vasospasmo e tratamento clínico ou cirúrgico para evitar
novo sangramento.
MANEJO CIRÚRGICO
• O tratamento cirúrgico do cliente com aneurisma não
roto é uma opção para evitar o sangramento em um
aneurisma ou a ocorrência de maior sangramento em um
aneurisma que já se rompeu.

• É possível excluir um aneurisma da circulação cerebral


por meio de ligadura ou clipe através de seu colo; ou ele
pode ser reforçado, envolvendo-o para proporcionar
suporte.
ATENÇÃO!!!
• A hemorragia intracerebral primária não é tratada
cirurgicamente.

• No entanto, se o cliente demonstrar sinais de


agravamento no exame neurológico, elevação da
pressão intracraniana ou sinais de compressão do
tronco encefálico, recomenda-se a evacuação
cirúrgica por meio de craniotomia.
TRAUMA CRÂNIO ENCEFÁLICO
TRAUMA CRÂNIO ENCEFÁLICO
• As lesões da cabeça envolvem traumatismo do couro
cabeludo, do crânio e do encéfalo. O traumatismo
cranioencefálico pode provocar condições que
variam desde uma concussão leve até o coma e a
morte; a forma mais grave é conhecida
como lesão cerebral traumática (LCT).
TCE
• As causas mais comuns de LCT consistem em quedas (35,2%),
acidentes com veículos motorizados (17,3%), colisão de objetos
(16,5%) e assaltos (10%).

• Os grupos que correm maior risco de LCT são indivíduos com idade
entre 15 e 19 anos, com maior incidência nos homens em qualquer
grupo etário.

• Os adultos com 65 anos de idade ou mais são os que apresentam as


maiores taxas de hospitalização e morte relacionadas com a LCT.
TIPOS DE LESÃO
• PRIMÁRIA

• SECUNDÁRIA
LESÃO PRIMÁRIA
• Refere-se à lesão inicial ao encéfalo, que resulta de
um evento traumático.
• As lesões primárias incluem contusões, lacerações e
ruptura de vasos sanguíneos em razão do impacto,
aceleração-desaceleração ou penetração de objeto
estranho.
RAIO-X
• O grande benefício oriundo da descoberta dos raios X foi
a possibilidade de realizar diagnósticos por
imagens. Tecidos e fibras musculares são praticamente
atravessados pelos raios x, enquanto os ossos absorvem
essa radiação. Como esses raios têm a capacidade de
enegrecer chapas fotográficas, ao colocarem-se partes do
corpo humano entre uma fonte de raios x e uma chapa
fotográfica, pode-se observar a formação de uma
“fotografia” dos ossos.
RESSONÂNCIA MAGNÉTICA

• Os computadores associados aos


escâneres de RM têm a capacidade
de reconstruir tecidos em qualquer
plano a partir dos dados
adquiridos: transverso, mediano,
sagital, frontal, e até mesmo em
planos oblíquos arbitrários. Os
dados também podem ser usados
para gerar reconstruções
tridimensionais.
TC X RM
• Nos métodos de imagem por Tomografia Computadorizada
(TC) e Ressonância Magnética (RM),temos uma grande importância
na avaliação anatômica, morfológica e até funcional dos órgãos e
estruturas de interesse.
• A RM por sua vez, tem sido cada vez mais solicitada em virtude de:
Ser um método que não utiliza radiação ionizante; Aquisição em
planos de corte (multiplanares), desde o axial, coronal, sagital e
oblíquo, sendo adequado de acordo com a investigação proposta;
Sensibilidade em caracterizar tipos específicos de tecidos baseados
na intensidade de sinal (gordura, sangue e água), diferenciando
diversas patologias
TC X RM
• A TC utiliza radiação ionizante, não estando
formalmente indicada em pacientes com história
alérgica ao meio de contraste iodado, limitação do
exame em pacientes extremamente obesos e
contraindicação a gestantes.
CLÍNICA
• Os sintomas, além dos sintomas locais, dependem da gravidade e da
localização anatômica da lesão cerebral subjacente.

• A dor persistente e localizada sugere a existência de fratura.

• As fraturas do neurocrânio podem ou não produzir edema nessa região.

• As fraturas da base do crânio frequentemente provocam hemorragia a


partir do nariz, faringe ou ouvidos, e o sangue pode aparecer sob a
conjuntiva.
CLÍNICA

• Pode-se observar a existência de equimoses sobre o processo mastoide
(sinal de Battle ou sinal de Guaxinim).

• A drenagem de líquido cerebrospinal (LCS) das orelhas (otorreia) e do
nariz (rinorreia) sugere fratura da base do crânio.

• A drenagem do LCS pode causar infecção grave (p. ex., meningite)
através de laceração na dura-máter.

• O líquido espinal sanguinolento sugere laceração ou contusão do
cérebro.
CLÍNICA
• A lesão cerebral pode apresentar vários sinais, incluindo
alteração do nível de consciência (NC), anormalidades
pupilares, alteração ou ausência do reflexo do
vômito ou do reflexo corneano, déficits neurológicos,
alteração dos sinais vitais (p. ex., padrão respiratório,
hipertensão arterial, bradicardia), hipertermia ou
hipotermia e comprometimento sensorial, visual ou
auditivo.
CLÍNICA
• No hematoma subdural agudo ou subagudo, os sinais de
massa expansiva consistem em alterações do NC, sinais
pupilares, hemiparesia, coma, hipertensão arterial,
bradicardia e redução da frequência respiratória.

• O hematoma subdural crônico pode resultar em cefaleia
intensa, sinais neurológicos focais alternantes, alterações da
personalidade, deterioração mental e crises focais.
AVALIAÇÃO NEUROLÓGICA
• ESCALA DE COMA DE GLASGOW - ECG
AVALIAÇÃO DA ECG
NÍVEIS DE CONSCIÊNCIA
NÍVEIS DE CONSCIÊNCIA
FATORES INFLUENCIADORES
LOCAIS PARA ESTÍMULOS
AVALIAÇÃO PUPILAR
AVALIE...
TREINANDO ECG
TREINANDO ECG
• RESPOSTA: O +V +M -P =
TREINANDO ECG

• RESPOSTA: O +V +M -P =
TREINANDO NÍVEIS DE CONSCIÊNCIA
REFERÊNCIAS
• MOORE, Keith L.; DALLEY, Arthur F.; AGUR, Anne
MR. Anatomia orientada para a clínica. Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, 2014.
• Brunner & Suddarth, Manual de enfermagem
médico-cirúrgica / revisão técnica Sonia
Regina de Souza; tradução Patricia Lydie Voeux. – 13.
ed. – Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2015.

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