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Introdução à

assistência
domiciliar

Docente: Enf Anna Paula Lima


Introdução e importância

Transição epidemiológica;

Aumento da expectativa de vida ao nascer (80 anos até o ano 2025),


melhoria nas condições de vida e queda da taxa de natalidade;

Aumento das doenças crônico-degenerativas e suas complicações,


acidentes automobilísticos e violências;

Desospitalização = Desinstitucionalização
Importância-Eixos Centrais da AD

Diminui os riscos de infecções


Minimiza intercorrências clínicas,
Celeridade no processo de alta hospitalares por longo tempo de
a partir da manutenção de
hospitalar com cuidado permanência de pacientes no
cuidado sistemático das equipes
continuado no domicílio; ambiente hospitalar, em especial,
de atenção domiciliar;
os idosos;

Institui o papel do cuidador, que


Oferece suporte emocional pode ser um parente, um vizinho,
Propõe autonomia para o
necessário para pacientes em ou qualquer pessoa com vínculo
paciente no cuidado fora do
estado grave ou terminal e emocional com o paciente e que
hospital.
familiares; se responsabilize pelo cuidado
junto aos profissionais de saúde;
• Portaria nº 963, de 27 de Maio de 2013, a AD constitui-se como
uma “modalidade de atenção à saúde substitutiva ou
complementar às já existentes, caracterizada por um conjunto de
ações de promoção à saúde, prevenção e tratamento de doenças
e reabilitação prestadas em domicílio, com garantia de
continuidade de cuidados e integrada às Redes de Atenção à
Saúde”
Serviço de Atenção Domiciliar (SAD): serviço substitutivo ou
complementar à internação hospitalar ou ao atendimento
ambulatorial, responsável pelo gerenciamento e
operacionalização das Equipes Multiprofissionais de Atenção
Domiciliar (EMAD) e Equipes Multiprofissionais de Apoio
(EMAP); e
Cuidador: pessoa com ou sem vínculo familiar com o usuário,
capacitada para auxiliá-lo em suas necessidades e atividades da
vida cotidiana.
Portaria nº 963, 27 de
maio de 2013
Art. 5º A Atenção Domiciliar seguirá as seguintes
diretrizes:
I - ser estruturada na perspectiva das Redes de Atenção
à Saúde, tendo a atenção básica como ordenadora do
cuidado e da ação territorial;
II - estar incorporada ao sistema de regulação,
articulando-se com os outros pontos de atenção à
saúde e com serviços de retaguarda;
III - ser estruturada de acordo com os princípios de
ampliação do acesso, acolhimento, equidade,
humanização e integralidade da assistência;
IV - estar inserida nas linhas de cuidado por meio de
práticas clínicas cuidadoras baseadas nas
necessidades do usuário, reduzindo a fragmentação da
assistência;
V - adotar modelo de atenção centrado no trabalho de
equipes multiprofissionais e interdisciplinares; e
VI - estimular a participação ativa dos profissionais de
saúde envolvidos, do usuário, da família e do cuidador.
Portaria nº 963, 27 de
maio de 2013
• Art. 6º São requisitos para que os
Municípios tenham SAD:
• I - apresentar, isoladamente ou por meio de
agrupamento de Municípios, conforme
pactuação prévia na Comissão
Intergestores Bipartite (CIB) e, se houver,
na Comissão Intergestores Regional (CIR),
população igual ou superior a 20.000 (vinte
mil) habitantes, com base na população
estimada pela Fundação Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística (IBGE);
• II - estar coberto por Serviço de
Atendimento Móvel de Urgência (SAMU
192); e
• III - possuir hospital de referência no
Município ou região a qual integra.
• Parágrafo único. Nos Municípios com
população superior a 40.000 (quarenta mil)
habitantes, a cobertura por serviço móvel
local de atenção às urgências diferente do
SAMU 192 será, também, considerada
requisito para a implantação de um SAD.
Portaria nº 963, 27 de
maio de 2013

Art. 7º As equipes de atenção


domiciliar que compõem o SAD
são:
I - EMAD, que pode ser
constituída como:
a) EMAD Tipo 1; e
b) EMAD Tipo 2; e
II - EMAP.
HISTÓRICO DA ATENÇÃO DOMICILIAR E
MARCO NORMATIVO BRASILEIRO
Cuidados em saúde realizados no domicílio: Egito Antigo e também na
Grécia;

Na Europa, no final do século XVIII, antes do surgimento dos hospitais e


dos ambulatórios, já se praticava a atenção no domicílio como
modalidade de cuidado;

Século XIX – medicina científica- hospitalização;


HISTÓRICO DA ATENÇÃO DOMICILIAR E
MARCO NORMATIVO BRASILEIRO

Em 1947- A AD
surgiu para América do Norte
“descongestionar” e Europa;
os hospitais;
HISTÓRICO DA ATENÇÃO DOMICILIAR E
MARCO NORMATIVO BRASILEIRO

O Serviço de Assistência
O Serviço de Assistência
Médica Domiciliar de
Domiciliar do Hospital de
Urgência (SAMDU),
Servidores Públicos do
fundando em 1949 e
Estado de São Paulo
vinculado ao Ministério
(HSPE) 1963
do Trabalho
HISTÓRICO DA ATENÇÃO DOMICILIAR E
MARCO NORMATIVO BRASILEIRO

Os serviços de atenção domiciliar surgiram na década de 1960 e


têm se expandido no País com maior força a partir da década de
1990, fazendo com que haja necessidade de regulamentação de
seu funcionamento e de políticas públicas de modo a incorporar
sua oferta às práticas institucionalizadas no Sistema Único de
Saúde (SUS).
Lei nº 10.424, de 15 de
Abril de 2002
Acrescenta capítulo e artigo à Lei
no 8.080, de 19 de setembro de
1990, que dispõe sobre as condições
para a promoção, proteção e
recuperação da saúde, a
organização e o funcionamento de
serviços correspondentes e dá outras
providências, regulamentando a
assistência domiciliar no Sistema
Único de Saúde.
PORTARIA GM/MS Nº 4.464, DE
21 DE DEZEMBRO DE 2022

Habilita Equipes
Multiprofissionais de Atenção
Domiciliar (EMAD) e Equipes
Multiprofissionais de Apoio
(EMAP) e estabelece recurso do
Bloco de Manutenção das Ações
e Serviços Públicos de Saúde -
Grupo de Atenção Especializada,
a ser incorporado ao limite
financeiro de Média e Alta
Complexidade (MAC) de Estados
e Municípios.
• 8 de novembro de 2011;
• O MELHOR EM CASA é um serviço
indicado para pessoas que apresentam
dificuldades temporárias ou definitivas de
BRASIL: sair do espaço da casa para chegar até
uma unidade de saúde, ou ainda para
PROGRAMA pessoas que estejam em situações nas
quais a atenção domiciliar é a mais
MELHOR EM CASA indicada para o seu tratamento;
• Outros profissionais (fonoaudiólogo,
nutricionista, odontólogo, psicólogo,
terapeuta ocupacional e farmacêutico)
poderão compor as equipes de apoio.
Cada equipe poderá atender, em média,
60 pacientes, simultaneamente
Benefícios do Melhor Em Casa
• Melhorar e ampliar a assistência no SUS a pacientes
com agravos de saúde, que possam receber
atendimento humanizado, em casa, e perto da
família;
• Estudos apontam que o bem estar, carinho e
BRASIL: atenção familiar, aliados à adequada assistência em
saúde são elementos importantes para a
PROGRAMA recuperação de doenças;

MELHOR EM CASA • Pacientes submetidos a cirurgias e que necessitam


de recuperação, quando atendidos em casa
apresentam redução dos riscos de contaminação e
infecção;
• Melhor em Casa representa um avanço para a
gestão de todo o sistema público de saúde, já que
ajudará a desocupar os leitos hospitalares,
proporcionando um melhor atendimento e
regulação dos serviços de urgência dos hospitais.
• Para disponibilizar o serviço, o município deve
aderir ao programa do Governo Federal. Além disso,
é preciso atender aos critérios de implantação:

BRASIL: • População municipal igual ou superior a 20.000


(vinte mil) habitantes, com base na população mais
PROGRAMA recente estimada pela Fundação Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística (IBGE).
MELHOR EM CASA • Hospital de referência no município ou região a qual
integra; e
• Cobertura de Serviço de Atendimento Móvel de
Urgência (SAMU 192 ou similar, de acordo com
porte populacional).

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