escreve: "Ser mãe, ter o sentido maternal, significa
voltar- se especialmente para os mais necessitados, debruçar-se amável e caridosamente sobre cada coisa pequena e fraca sobre a face da terra",166 Desde a legalização do aborto, tem-se realizado uma obra diabólica: a destruição do senso de sacralidade da maternidade nessas trágicas mulheres que vêm permitindo o assassinato de seus bebês. Aqueles que dedicam seu caridoso cuidado às mulheres vítimas de nossa sociedade decadente sabem que as feridas que um aborto deixa em suas almas são tão profundas que só a graça de Deus é capaz de curá-las. Pois a própria alma da mulher foi feita para ser maternal. E quando esse chamado é menosprezado, a mulher torna-se "assexuada"; padece de uma "doença mortal". A maternidade é um chamado sublime e, embora o coração ingrato do homem muitas vezes se esqueça dos sofrimentos por que sua mãe teve de passar para trazê-lo ao mundo e da contínua dedicação empregada em sua educação, é sabido que, quando um homem se encontra com a morte no campo de batalha, suas últimas palavras e seus últimos pensamentos são freqüentemente dirigidos a sua mãe.
O Deus verdadeiro é o Deus da vida; Cristo é a vida da
alma, e as mulheres, que têm a sublime missão de dar a vida, intuitivamente tramam esse princípio em suas vidas diárias. Eva foi chamada "a mãe dos viventes." Há um laço metafísico entre vida e condição feminina, e isso é certamente uma honra. É por essa razão que, quando uma mulher opta livremente por abortar seu bebê (sem qualquer pressão do namorado ou dos pais), ela não só comete um pecado grave, mas fere o cerne de sua natureza feminina. É por isso que leva tanto tempo para que essas mulheres se "recuperem" do trauma e se dêem conta de que traíram sua missão sagrada. Depois disso é comum que sejam tomadas por um auto-desprezo e se sintam tentadas a cometer suicídio. Elas precisam desesperadamente da ajuda de um sacerdote santo ou de um sábio conselheiro que as conforte e assegure-lhes que a misericórdia de Deus é infinitamente maior que nossos pecados, por mais terríveis que sejam. Essa é uma missão extremamente necessária nos dias atuais, quando milhões de mulheres decidiram ou permitiram que seus filhos fossem assassinados - e, ao fazê-lo, feriram mortalmente suas almas.
O privilégio de ser mulher
Só quem estiver ofuscado pela paixão da luta poderá
negar o fato óbvio de que o corpo e a alma da mulher foram formados para uma finalidade específica. A palavra clara e incontestável da Escritura expressa aquilo que nos está ensinando a experiência diária, desde o início do mundo: a mulher é destinada a ser a companheira do homem e a mãe dos seres humanos. Para isso está preparado seu corpo, é a isso que corresponde igualmente sua peculiaridade psíquica. A existência dessa peculiaridade psíquica é, outra vez, um fato evidente da experiência; mas, é também uma conclusão que se tira do princípio tomista da anima forma corporis. Onde as forças são tão diferentes, deve haver também um tipo de alma diferente, apesar da natureza humana comum. Vamos esboçar brevemente a atitude típica da alma feminina que, no fundo, nos é a todos familiar.
A atitude da mulher tem em vista o pessoal-vivente e
visa o todo. Cuidar, velar, conservar, alimentar e promover o crescimento: esse é seu desejo natural, genuinamente maternal. O inanimado, a coisa lhe interessa, precipuamente, na medida em que está a serviço do pessoal-vivente: menos em si mesma. Um outro aspecto está ligado a esse: por natureza, ela é avessa a abstrações em qualquer sentido. O pessoal-vivente, objeto de suas preocupações, é um todo concreto e requer os cuidados e incentivos como um todo, não como parte que prejudique outras ou os outros: não o espírito às custas do corpo ou vice-versa, nem uma capacidade física às custas das outras. Ela aspira a essa totalidade em si e também nos outros. E a essa atitude prática corresponde a teórica: seu modo de conhecimento natural não é tão dissecador-conceitual e sim intuitiva e emocionalmente direcionado ao que é concreto. Essa disposição habilita a mulher à função de assistente e educadora de seus próprios filhos: mas essa sua atitude básica não vale só para eles, assim ela se dirige também ao homem e a todos os seres que entram em contato com ela.
A essa predisposição maternal se junta a de
companheira. Seu dom e sua felicidade consistem em dividir a vida com outra pessoa, participando de tudo que lhe diz respeito, das menores e das maiores coisas, das alegrias e dos sofrimentos, mas igualmente dos trabalhos e dos problemas. O homem se preocupa com o "assunto dele", esperando dos outros interesse e disponibilidade; normalmente fica-lhe difícil adaptar-se a outras pessoas e aos problemas delas. Para a mulher, no entanto, essa é uma atitude natural. Com sensibilidade e compreensão, consegue aprofundar-se em temas que, de per si, lhe são estranhos e com os quais nunca se preocuparia se não fosse um interesse pessoal que a pusesse em contato com eles. Esse dom está intimamente ligado à sua predisposição maternal. A participação viva desperta as forças e aumenta a capacidade daquele que a experimenta. Assim ela tem uma função auxiliadora e educativa, genuinamente maternal, de que necessita ainda e especialmente a pessoa amadurecida, e ela se aplicará também em relação aos próprios filhos substituindo as funções mais ordinárias na medida em que esses vão crescendo.
Edith Stein
Se olharmos para o corpo da mulher, podemos
entender muito sobre sua natureza e missão. As mulheres são capazes de gerar, nutrir e fazer crescer dentro de si uma nova pessoa, um novo ser humano.
Aos homens não foi dado esse privilégio.
O movimento feminista tem sido grande apoiador de
pautas antinatalistas e abortistas, que são pautas claramente anti-mulher, porque agem contrariando a natureza própria da mulher.
O movimento feminista age como se a mulher tivesse
sido criada de maneira defeituosa, como se gerar novas vidas fosse um problema a ser evitado.
É claro que existem muitos problemas de ordem social,
que seriam supostamente resolvidos por meio dessas pautas, e que não convém abordar aqui agora, mas o fato é que o movimento feminista vende essas pautas como supostas soluções milagrosas quando na verdade atacam a natureza feminina e causam muitos mais problemas que eles mesmos não contam, como por exemplo os problemas de saúde causados tanto pela contracepção quanto pelo aborto, além de outros problemas sociais que afetam diretamente os relacionamentos humanos.
Da mesma forma que o movimento feminista reduz a
dignidade da mulher (na prática é isso que acontece), porque com suas pautas ele combate a natureza feminina, incentivando a mulher a ser igual ao homem, ele também reduz a dignidade do nascituro, ou seja, daquela pessoa que já foi concebida mas ainda não nasceu.
É uma clara desonestidade intelectual, que infelizmente
permeia inclusive meios acadêmicos e científicos, como também serve pra convencer os menos esclarecidos, geralmente moças novas e muitas vezes carregando problemas afetivos, que acreditam nessas falácias.
E o feminismo faz isso com objetivos ideológicos e de
poder ocultos por trás de um discurso de “igualdade”. A prova disso está nos escritos das maiores referências intelectuais das feministas, como no exemplo de Shulamith Firestone, que prega no feminismo a “eliminação das classes sexuais”, a “revolta da classe baixa (as mulheres)”, para a “tomada do controle da reprodução”.
A ideóloga destaca que essa tomada de controle da
fertilidade (leia-se contracepção, aborto etc), seria necessária para o que chama de “META FINAL”, que é a “revolução socialista”.
A ideóloga Shulamith Firestone, autora feminista da
famosa obra “A dialética do sexo”, influenciada por ideias marxistas, mostra com clareza como é aplicada a ideia de luta de classes na esfera sexual: “para assegurar a eliminação das classes sexuais é preciso a revolta da classe baixa (as mulheres) e a tomada do controle da reprodução: a restituição às mulheres da propriedade de seus próprios corpos, como também o controle feminino da fertilidade humana, incluindo tanto as novas tecnologias como todas as instituições sociais de nutrição e educação das crianças. E, assim como a meta final da revolução socialista não era apenas a eliminação do privilégio de classe econômica, mas também da própria distinção de classe econômica, assim também a meta final da revolução feminista deve ser, ao contrário da meta do primeiro movimento feminista, não apenas a eliminação do privilégio do homem, mas também da própria distinção sexual: as diferenças genitais não mais importariam culturalmente.” (p. 22)
Para alcançar esta revolução, a luta armada dá lugar a
uma ruptura nos padrões de comportamento da sociedade. A “tomada do controle da reprodução” passa a ser defendida como um meio para a consecução de ideais revolucionários e a construção de uma sociedade que, na concepção desses ideólogos, será libertadora. É preciso suprimir ou retirar o “problema da fertilidade” dos ombros da mulher. Ao apresentar as etapas para se alcançar esse objetivo, Firestone explica que o primeiro passo é justamente
“a libertação das mulheres da tirania de sua biologia
reprodutiva por todos os meios disponíveis e a ampliação da função reprodutiva e educativa de toda a sociedade globalmente considerada”
A pílula foi, então, a grande arma utilizada para a
consecução deste ideal de sociedade. A ideia soou bem para boa parte das pessoas e foi fortemente impulsionada por grandes financiadores que passaram a apoiar, por meio de fundações internacionais, os planos de grupos variados, dentre eles os defensores do controle populacional, os defensores da eugenia e os socialistas influenciados por ideias marxistas e feministas. Em comum a todos esses grupos de interesse estava a ideia de esterilizar mentes e corpos, cada qual com argumentos complementares. Mas apesar de tantos grupos de interesse envolvidos, alguns elementos, objetivos e narrativas prevaleceram. A partir do contexto histórico do último século é possível ver que a busca da revolução cultural (e sexual) não visava simplesmente “dar condições para que a mulher pudesse trabalhar” ou “regular sua maternidade”, mas romper com a diferenciação entre homem e mulher, através da negação da fertilidade, como se ela fosse a grande causadora de conflitos. Em termos antropológicos, percebemos que essa perspectiva revolucionária produziu efeitos profundos na mentalidade das gerações mais recentes, perdendo-se de vista a ideia central da nossa existência de que, mais do que termos um corpo, nós somos um corpo. O corpo feminino expressa uma necessidade ontológica de abrir-se e acolher a vida. A maternidade não determina um aprisionamento da mulher, mas sim a verdadeira liberdade de escolher ser dom na vida de um outro e de gerar vida. Quando há a negação do significado do corpo feminino, nega-se também a essência de ser mulher. Perde-se a identidade, de forma que não mais se consegue compreender quem é a mulher e qual é o seu valor intrínseco de dignidade. Desta forma, se a mulher não quer ter filhos, recorre ao contraceptivo, ou ainda ao aborto. Se não é necessário seguir a lógica inscrita no corpo, o homem também perde sua posição e, ao invés de um defensor e doador da vida, torna-se um tirano e dominador, ou então um fraco e covarde. A perda do sentido dos corpos - tanto o feminino como o masculino - também culmina com a questão de gênero. Afinal, ser aquele que doa ou aquele que acolhe não mais representa nada, portanto é possível, supostamente, escolher a que gênero pertencer. Fica claro: os contraceptivos abriram uma pequena fissura na represa, culminando em todo o movimento de aborto e gênero que vemos mundo afora e que chamamos de cultura da morte. A história é implacável em testemunhar o caos da revolução cultural marxista no âmbito familiar. O advento da pílula, favorecendo o movimento da revolução sexual, gerou diversos problemas na sociedade, que resultaram na destruição dos valores familiares e em ataques à dignidade feminina: relacionamentos inconsistentes, maior incidência de doenças sexualmente transmissíveis, aborto, divórcio, índices altíssimos de ansiedade, depressão, suicídio e consumo elevado de álcool e drogas. A fertilidade não é doença, nem causa de divisões profundas entre homens e mulheres. É dom, é parte de nós. Ao invés de ser negado ou idolatrado, este mistério precisa ser contemplado e compreendido. O remédio marxista para a tirania masculina tentou tratar de alguns sintomas, mas os terríveis efeitos colaterais desse remédio marxista não foram úteis para reparar a família em suas frágeis relações. Os abortos ocultos são mais uma trágica e terrível consequência da negação do dom que nos foi concedido. A cura para todos esses males que afetam tanto o corpo quanto a nossa mentalidade precisa atacar o centro dessa doença, que é a incompreensão da linguagem do nosso corpo, mas sem negligenciar os sintomas mais graves que também precisam ser remediados.
todo o organismo feminino dedica-se a fazer funcionar
sua característica mais natural e essencial: a sua fertilidade. Todo o organismo da mulher se prepara, a cada ciclo, para receber um embrião que possa ser concebido. O próprio corpo da mulher torna-se receptivo aos espermatozóides nos dias que antecedem a ovulação. Aqui é possível reconhecer claramente a linguagem do corpo da mulher: a cada ciclo menstrual, o corpo feminino se prepara para receber um bebê e fazê-lo crescer no seu ventre. A cultura contraceptiva e abortista (da morte) quer nos fazer acreditar que o feto em seus estágios iniciais é um simples parasita, que serve apenas para "sugar os nutrientes" da mulher. Mas o corpo da mulher expressa exatamente o contrário: a mulher tem características inatas que a permitem estar preparada para receber um bebê em seu ventre, e ali fazê-lo crescer até o nascimento. Tudo que atua contra esses fenômenos atua contra a natureza e a dignidade da mulher.
A ideia de deturpar a imagem feminina, “libertando-a”
da maternidade e do trabalho doméstico, não visava o bem ou a felicidade das mulheres e das famílias, mas a consecução de planos políticos que estavam (estão) longe de beneficiar as famílias. Hoje vemos essa frase de Lênin na realidade da vida de tantas mulheres: a grande maioria está no mercado de trabalho, casa-se tarde, tem filhos tarde, não possui experiência com maternidade, e muitas têm medo de ter filhos. A contracepção foi uma importante ferramenta para essa revolução cultural que deturpou a mulher, pois fez com que as mulheres desligassem sua fertilidade, eliminando, assim, a "desvantagem" da gravidez e "igualando-a" ao homem. Porém, não apenas isso, a revolução também tem seu caráter cultural, que busca mudar os valores e preferências da vida das mulheres, como por exemplo com grandes incentivos para o ingresso no mercado de trabalho, elemento crucial para o êxito dos planos de controle de natalidade. Os ideólogos e planejadores dessa sociedade sabiam que, se a mulher quiser ter um filho, pode simplesmente deixar de tomar a pílula; por isso, a revolução em aspectos culturais foi planejada e executada no sentido de que as mulheres vejam mais benefícios na carreira, e não na maternidade. É interessante mencionar que toda essa revolução não trouxe felicidade às mulheres. Um estudo publicado no American Economic Journal mostrou que as mulheres estão mais infelizes do que na década de 1970. "Coincidentemente", esse é o período da ascensão feminista e do aumento vertiginoso da pílula anticoncepcional, do aborto e do divórcio. Essa infelicidade que vemos em muitas mulheres decorre da irresponsabilidade e da imaturidade masculinas que citamos anteriormente, mas também dos dilemas que a mulher enfrenta quando não quer deixar a carreira para ter filhos, ou quando quer deixar a carreira mas tem medo, ou porque precisa do dinheiro para ajudar na renda da família, sofre ao ter que deixar os filhos na creche… Dilemas como: quando está no lar, gostaria de trabalhar fora; e quando está trabalhando fora, gostaria de estar no lar. Vê-se que, ao invés de “libertar” as mulheres, criou-se para elas uma confusão acerca de sua vocação, de seu papel no mundo. Retirando delas a feminilidade, a maternidade e o cuidado com a família, retiraram de muitas a própria felicidade. Outro grave problema decorrente do controle de natalidade é a visão de que os filhos já não são mais uma consequência do amor conjugal e o bem mais importante do matrimônio. Por causa da cultura contraceptiva, corre-se o sério risco de que os filhos sejam “adquiridos” de acordo com a circunstância do casal, como se fossem um bem material. Infelizmente, a ciência, que tanto serve e ajuda o homem, também favorece essa mentalidade, através da realização de métodos que não são moralmente aceitáveis, porque vão contra a dignidade da vida humana.
Abortos ocultos
E é nesse contexto político e ideológico que se encontra
o debate sobre aborto, tema que tratamos no livro da Deputada Ana Campagnolo.
Mas como os argumentos feministas são apresentados
com muitas falácias e de modo bastante superficial, minha participação no livro da Campagnolo não tratou dessa questão histórica e ideológica, até porque outros textos da obra da Campagnolo fazem isso com muito mais profundidade.
Meu marido e eu escrevemos o capítulo do livro que
resposta a falácia do “aborto como um direito da mulher”
E fizemos isso usando apenas dados científicos e fatos,
com base em como o debate se apresenta, mostrando que o embrião e o feto humano são vidas e são pessoas, que não podem jamais ter seu direito à vida violado por meio do aborto. Ou seja, tratamos do debate ético e científico sobre o início da vida e da ideia errônea do aborto como um direito. Julian Marias:
"A idéia total da posição das mulheres na vida so-
cial e de sua capacidade de ocupar seu posto, inde- pendentemente de qualquer questão de sexo, na obra do mundo, mudou radicalmente durante o século XX, tanto nos países de língua inglesa como nas nações mais progressivas que não se contam dentro de seus limites. Deve-se isto primeiramente ao mo- vimento em favor da educação superior das mulhe- res e a seus resultados. A mudança é tão com- pleta que, presentemente, a única coisa curiosa saber, não em que esferas as mulheres não podem penetrar, mais ou menos em pé de igualdade com os homens, e sim aquelas poucas das quais ainda estão excluídas."
Enciclopédia britânica de 1911
Grandes mulheres ao longo da história fizeram grandes
feitos SEM o auxílio do feminismo.
Por muito tempo o feminismo nos enganou. Por muito
tempo acreditamos que precisávamos do feminismo pra termos nossos direitos ou liberdade. Por muito tempo o feminismo enganou as mulheres quando as fez acreditar que deveriam protelar ou evitar filhos, porque são um fardo; que a vida no lar é inútil; afetando a visão de maternidade e família de muitas mulheres.
Hoje cresce no Brasil este movimento antifeminista, do
qual nossa deputada é pioneira, e muitas mulheres estão enxergando as mentiras do movimento e voltando a valorizar-se como mulher, conforme sua natureza, e não como uma caricatura de homem, entendendo que não precisam de um movimento para defendê-las.
Edith Stein aborda de maneira aprofundada os aspectos
da feminilidade, e usando o princípio tomista “anima forma corporis”, ela discorre sobre a alma feminina conforme suas particularidades expressas em seu corpo.
Só quem estiver ofuscado pela paixão da luta poderá
negar o fato óbvio de que o corpo e a alma da mulher foram formados para uma finalidade específica.
A mulher é destinada a ser a companheira do homem e
a mãe dos seres humanos. Para isso está preparado seu corpo, é a isso que corresponde igualmente sua peculiaridade psíquica.
A atitude da mulher tem em vista o pessoal-vivente e
visa o todo. Cuidar, velar, conservar, alimentar e promover o crescimento: esse é seu desejo natural, genuinamente maternal. Com essas características essencialmente femininas a mulher atua na sociedade, em profissões que envolvem esse cuidado com o outro, e até mesmo em outras áreas onde pode colocar seu toque feminino. Ela não precisa necessariamente imitar o homem. Ela traz o elemento feminino para os ambientes.
A essa predisposição maternal se junta a de
companheira. Seu dom e sua felicidade consistem em dividir a vida com outra pessoa, participando de tudo que lhe diz respeito, das menores e das maiores coisas, das alegrias e dos sofrimentos, mas igualmente dos trabalhos e dos problemas.
Considerando essa natureza feminina, vemos que as
pautas antinatalistas e antivida (especialmente o aborto, tema que abordamos no livro), defendidas pelo movimento feminista são anti-femininos.
Imaginem que todo mês a mulher se prepara pra
conceber um filho. A cada ciclo menstrual, seu corpo se prepara para isso. As mulheres são capazes de gerar, nutrir e fazer crescer dentro de si uma nova pessoa, um novo ser humano. todo o organismo feminino dedica-se a fazer funcionar sua característica mais natural e essencial: a sua fertilidade. Todo o organismo da mulher se prepara, a cada ciclo, para receber um embrião que possa ser concebido. O próprio corpo da mulher torna-se receptivo aos espermatozóides nos dias que antecedem a ovulação. Aqui é possível reconhecer claramente a linguagem do corpo da mulher: a cada ciclo menstrual, o corpo feminino se prepara para receber um bebê e fazê-lo crescer no seu ventre.
Aos homens não foi dado esse privilégio.
Hoje em dia as pessoas querem fazer grandes feitos. E
há feito maior do que gerar e fazer crescer uma pessoa?
Por muito tempo feminismo fez as mulheres acreditarem
que ter filhos é inútil, é secundário, ao ponto de incentiva a criação de toda uma indústria antinatalista. Fizeram as mulheres acreditarem que não deveriam ter filhos, que deveriam protela-los, incentivando aborto e contracepção mulheres passam toda sua vida reprodutiva sem saber como funciona seu ciclo fértil.
quando uma mulher opta livremente por abortar seu
bebê (sem qualquer pressão do namorado ou dos pais), ela ceifa a vida do bebê, mas também fere o cerne de sua natureza feminina. É por isso que leva tanto tempo para que essas mulheres se "recuperem" do trauma e se dêem conta de que traíram sua missão sagrada. Depois disso é comum que sejam tomadas por um auto-desprezo e se sintam tentadas a cometer suicídio. O aborto não mata apena bebês inocentes; ele também mata espiritualmente as mulheres que o praticam. Ataca a sua essência, sua natureza feminina. A cultura antinatalista (da morte) quer nos fazer acreditar que o feto em seus estágios iniciais é um simples parasita, que serve apenas para "sugar os nutrientes" da mulher. Mas o corpo da mulher expressa exatamente o contrário: a mulher tem características inatas que a permitem estar preparada para receber um bebê em seu ventre, e ali fazê-lo crescer até o nascimento. Tudo que atua contra esses fenômenos atua contra a natureza e a dignidade da mulher.
O movimento feminista age como se a mulher tivesse
sido criada de maneira defeituosa, como se gerar novas vidas fosse um problema a ser evitado.
O feminismo sempre lutou contra a natureza feminina,
só que lutar contra a natureza traz muitos problemas, Não é à toa que hoje já sabemos dos malefícios causados pelo aborto na saúde da mulher, como também dos anticoncepcionais. não só pra saúde da mulher, como para sua mente, seu psicológico, e inclusive também em termos sociais, porque afeta os relacionamentos.
Da mesma forma que o movimento feminista reduz a
dignidade da mulher (na prática é isso que acontece), porque com suas pautas ele combate a natureza feminina, ele também reduz a dignidade do nascituro, ou seja, daquela pessoa que já foi concebida mas ainda não nasceu. Além de ser desumano, é uma clara desonestidade intelectual, que infelizmente permeia inclusive meios acadêmicos e científicos, como também serve pra convencer os menos esclarecidos.
Não é e nunca foi pelo bem das mulheres. E o
feminismo faz isso com objetivos ideológicos e de poder ocultos por trás de um discurso de "igualdade". A prova disso está nos escritos das maiores referências intelectuais das feministas, como no exemplo de Shulamith Firestone, que prega no feminismo a "eliminação das classes sexuais", a "revolta da classe baixa (as mulheres)", para a "tomada do controle da reprodução", que seria meio para a revolução socialista.
Hoje eu vejo de maneira otimista esse movimento
antifeminista. Muitas mulheres estão enxergando a beleza da maternidade, o privilégio de poder gerar novas vidas, estão passando a conhecer o funcionamento da sua fertilidade, que não é uma doença a ser tratada. Estão passando a enxergar os filhos como um fruto do amor entre um casal, e não como um fardo. Estão aprendendo a enxergar que a missão de uma mãe não é inútil, porque ela tá produzindo um ser humano.
No livro abordamos porque o aborto não é um direito da
mulher, e por que ele nunca será seguro, pra que as pessoas saibam responder os argumentos feministas. Que todos possam levar essa verdade a cada vez mais pessoas.