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Em seu livro A mulher eterna, Gertrud von le Fort

escreve: "Ser mãe, ter o sentido maternal, significa


voltar- se especialmente para os mais necessitados,
debruçar-se amável e caridosamente sobre cada coisa
pequena e fraca sobre a face da terra",166 Desde a
legalização do aborto, tem-se realizado uma obra
diabólica: a destruição do senso de sacralidade da
maternidade nessas trágicas mulheres que vêm
permitindo o assassinato de seus bebês. Aqueles que
dedicam seu caridoso cuidado às mulheres vítimas de
nossa sociedade decadente sabem que as feridas que
um aborto deixa em suas almas são tão profundas que
só a graça de Deus é capaz de curá-las. Pois a própria
alma da mulher foi feita para ser maternal. E quando
esse chamado é menosprezado, a mulher torna-se
"assexuada"; padece de uma "doença mortal". A
maternidade é um chamado sublime e, embora o
coração ingrato do homem muitas vezes se esqueça
dos sofrimentos por que sua mãe teve de passar para
trazê-lo ao mundo e da contínua dedicação empregada
em sua educação, é sabido que, quando um homem se
encontra com a morte no campo de batalha, suas
últimas palavras e seus últimos pensamentos são
freqüentemente dirigidos a sua mãe.

O Deus verdadeiro é o Deus da vida; Cristo é a vida da


alma, e as mulheres, que têm a sublime missão de dar
a vida, intuitivamente tramam esse princípio em suas
vidas diárias. Eva foi chamada "a mãe dos viventes." Há
um laço metafísico entre vida e condição feminina, e
isso é certamente uma honra. É por essa razão que,
quando uma mulher opta livremente por abortar seu
bebê (sem qualquer pressão do namorado ou dos pais),
ela não só comete um pecado grave, mas fere o cerne
de sua natureza feminina. É por isso que leva tanto
tempo para que essas mulheres se "recuperem" do
trauma e se dêem conta de que traíram sua missão
sagrada. Depois disso é comum que sejam tomadas por
um auto-desprezo e se sintam tentadas a cometer
suicídio. Elas precisam desesperadamente da ajuda de
um sacerdote santo ou de um sábio conselheiro que as
conforte e assegure-lhes que a misericórdia de Deus é
infinitamente maior que nossos pecados, por mais
terríveis que sejam. Essa é uma missão extremamente
necessária nos dias atuais, quando milhões de
mulheres decidiram ou permitiram que seus filhos
fossem assassinados - e, ao fazê-lo, feriram
mortalmente suas almas.

O privilégio de ser mulher

Só quem estiver ofuscado pela paixão da luta poderá


negar o fato óbvio de que o corpo e a alma da mulher
foram formados para uma finalidade específica. A
palavra clara e incontestável da Escritura expressa
aquilo que nos está ensinando a experiência diária,
desde o início do mundo: a mulher é destinada a ser a
companheira do homem e a mãe dos seres humanos.
Para isso está preparado seu corpo, é a isso que
corresponde igualmente sua peculiaridade psíquica. A
existência dessa peculiaridade psíquica é, outra vez,
um fato evidente da experiência; mas, é também uma
conclusão que se tira do princípio tomista da anima
forma corporis. Onde as forças são tão diferentes, deve
haver também um tipo de alma diferente, apesar da
natureza humana comum. Vamos esboçar brevemente
a atitude típica da alma feminina que, no fundo, nos é a
todos familiar.

A atitude da mulher tem em vista o pessoal-vivente e


visa o todo. Cuidar, velar, conservar, alimentar e
promover o crescimento: esse é seu desejo natural,
genuinamente maternal. O inanimado, a coisa lhe
interessa, precipuamente, na medida em que está a
serviço do pessoal-vivente: menos em si mesma. Um
outro aspecto está ligado a esse: por natureza, ela é
avessa a abstrações em qualquer sentido. O
pessoal-vivente, objeto de suas preocupações, é um
todo concreto e requer os cuidados e incentivos como
um todo, não como parte que prejudique outras ou os
outros: não o espírito às custas do corpo ou vice-versa,
nem uma capacidade física às custas das outras. Ela
aspira a essa totalidade em si e também nos outros. E a
essa atitude prática corresponde a teórica: seu modo de
conhecimento natural não é tão dissecador-conceitual e
sim intuitiva e emocionalmente direcionado ao que é
concreto. Essa disposição habilita a mulher à função de
assistente e educadora de seus próprios filhos: mas
essa sua atitude básica não vale só para eles, assim ela
se dirige também ao homem e a todos os seres que
entram em contato com ela.

A essa predisposição maternal se junta a de


companheira. Seu dom e sua felicidade consistem em
dividir a vida com outra pessoa, participando de tudo
que lhe diz respeito, das menores e das maiores coisas,
das alegrias e dos sofrimentos, mas igualmente dos
trabalhos e dos problemas. O homem se preocupa com
o "assunto dele", esperando dos outros interesse e
disponibilidade; normalmente fica-lhe difícil adaptar-se a
outras pessoas e aos problemas delas. Para a mulher,
no entanto, essa é uma atitude natural. Com
sensibilidade e compreensão, consegue aprofundar-se
em temas que, de per si, lhe são estranhos e com os
quais nunca se preocuparia se não fosse um interesse
pessoal que a pusesse em contato com eles. Esse dom
está intimamente ligado à sua predisposição maternal.
A participação viva desperta as forças e aumenta a
capacidade daquele que a experimenta. Assim ela tem
uma função auxiliadora e educativa, genuinamente
maternal, de que necessita ainda e especialmente a
pessoa amadurecida, e ela se aplicará também em
relação aos próprios filhos substituindo as funções mais
ordinárias na medida em que esses vão crescendo.

Edith Stein

Se olharmos para o corpo da mulher, podemos


entender muito sobre sua natureza e missão.
As mulheres são capazes de gerar, nutrir e fazer
crescer dentro de si uma nova pessoa, um novo ser
humano.

Aos homens não foi dado esse privilégio.

O movimento feminista tem sido grande apoiador de


pautas antinatalistas e abortistas, que são pautas
claramente anti-mulher, porque agem contrariando a
natureza própria da mulher.

O movimento feminista age como se a mulher tivesse


sido criada de maneira defeituosa, como se gerar novas
vidas fosse um problema a ser evitado.

É claro que existem muitos problemas de ordem social,


que seriam supostamente resolvidos por meio dessas
pautas, e que não convém abordar aqui agora, mas o
fato é que o movimento feminista vende essas pautas
como supostas soluções milagrosas quando na verdade
atacam a natureza feminina e causam muitos mais
problemas que eles mesmos não contam, como por
exemplo os problemas de saúde causados tanto pela
contracepção quanto pelo aborto, além de outros
problemas sociais que afetam diretamente os
relacionamentos humanos.

Da mesma forma que o movimento feminista reduz a


dignidade da mulher (na prática é isso que acontece),
porque com suas pautas ele combate a natureza
feminina, incentivando a mulher a ser igual ao homem,
ele também reduz a dignidade do nascituro, ou seja,
daquela pessoa que já foi concebida mas ainda não
nasceu.

É uma clara desonestidade intelectual, que infelizmente


permeia inclusive meios acadêmicos e científicos, como
também serve pra convencer os menos esclarecidos,
geralmente moças novas e muitas vezes carregando
problemas afetivos, que acreditam nessas falácias.

E o feminismo faz isso com objetivos ideológicos e de


poder ocultos por trás de um discurso de “igualdade”. A
prova disso está nos escritos das maiores referências
intelectuais das feministas, como no exemplo de
Shulamith Firestone, que prega no feminismo a
“eliminação das classes sexuais”, a “revolta da classe
baixa (as mulheres)”, para a “tomada do controle da
reprodução”.

A ideóloga destaca que essa tomada de controle da


fertilidade (leia-se contracepção, aborto etc), seria
necessária para o que chama de “META FINAL”, que é
a “revolução socialista”.

A ideóloga Shulamith Firestone, autora feminista da


famosa obra “A dialética do sexo”, influenciada por
ideias marxistas, mostra com clareza como é aplicada a
ideia de luta de classes na esfera sexual:
“para assegurar a eliminação das classes sexuais é
preciso a revolta da classe baixa (as mulheres) e a
tomada do controle da reprodução: a restituição às
mulheres da propriedade de seus próprios corpos,
como também o controle feminino da fertilidade
humana, incluindo tanto as novas tecnologias como
todas as instituições sociais de nutrição e educação das
crianças. E, assim como a meta final da revolução
socialista não era apenas a eliminação do privilégio de
classe econômica, mas também da própria distinção de
classe econômica, assim também a meta final da
revolução feminista deve ser, ao contrário da meta do
primeiro movimento feminista, não apenas a eliminação
do privilégio do homem, mas também da própria
distinção sexual: as diferenças genitais não mais
importariam culturalmente.” (p. 22)

Para alcançar esta revolução, a luta armada dá lugar a


uma ruptura nos padrões de comportamento da
sociedade. A “tomada do controle da reprodução” passa
a ser defendida como um meio para a consecução de
ideais revolucionários e a construção de uma sociedade
que, na concepção desses ideólogos, será libertadora.
É preciso suprimir ou retirar o “problema da fertilidade”
dos ombros da mulher. Ao apresentar as etapas para se
alcançar esse objetivo, Firestone explica que o primeiro
passo é justamente

“a libertação das mulheres da tirania de sua biologia


reprodutiva por todos os meios disponíveis e a
ampliação da função reprodutiva e educativa de toda a
sociedade globalmente considerada”

A pílula foi, então, a grande arma utilizada para a


consecução deste ideal de sociedade. A ideia soou bem
para boa parte das pessoas e foi fortemente
impulsionada por grandes financiadores que passaram
a apoiar, por meio de fundações internacionais, os
planos de grupos variados, dentre eles os defensores
do controle populacional, os defensores da eugenia e
os socialistas influenciados por ideias marxistas e
feministas. Em comum a todos esses grupos de
interesse estava a ideia de esterilizar mentes e corpos,
cada qual com argumentos complementares.
Mas apesar de tantos grupos de interesse envolvidos,
alguns elementos, objetivos e narrativas prevaleceram.
A partir do contexto histórico do último século é possível
ver que a busca da revolução cultural (e sexual) não
visava simplesmente “dar condições para que a mulher
pudesse trabalhar” ou “regular sua maternidade”, mas
romper com a diferenciação entre homem e mulher,
através da negação da fertilidade, como se ela fosse a
grande causadora de conflitos.
Em termos antropológicos, percebemos que essa
perspectiva revolucionária produziu efeitos profundos
na mentalidade das gerações mais recentes,
perdendo-se de vista a ideia central da nossa existência
de que, mais do que termos um corpo, nós somos um
corpo.
O corpo feminino expressa uma necessidade ontológica
de abrir-se e acolher a vida. A maternidade não
determina um aprisionamento da mulher, mas sim a
verdadeira liberdade de escolher ser dom na vida de um
outro e de gerar vida. Quando há a negação do
significado do corpo feminino, nega-se também a
essência de ser mulher. Perde-se a identidade, de
forma que não mais se consegue compreender quem é
a mulher e qual é o seu valor intrínseco de dignidade.
Desta forma, se a mulher não quer ter filhos, recorre ao
contraceptivo, ou ainda ao aborto. Se não é necessário
seguir a lógica inscrita no corpo, o homem também
perde sua posição e, ao invés de um defensor e doador
da vida, torna-se um tirano e dominador, ou então um
fraco e covarde. A perda do sentido dos corpos - tanto
o feminino como o masculino - também culmina com a
questão de gênero. Afinal, ser aquele que doa ou
aquele que acolhe não mais representa nada, portanto
é possível, supostamente, escolher a que gênero
pertencer.
Fica claro: os contraceptivos abriram uma pequena
fissura na represa, culminando em todo o movimento de
aborto e gênero que vemos mundo afora e que
chamamos de cultura da morte.
A história é implacável em testemunhar o caos da
revolução cultural marxista no âmbito familiar. O
advento da pílula, favorecendo o movimento da
revolução sexual, gerou diversos problemas na
sociedade, que resultaram na destruição dos valores
familiares e em ataques à dignidade feminina:
relacionamentos inconsistentes, maior incidência de
doenças sexualmente transmissíveis, aborto, divórcio,
índices altíssimos de ansiedade, depressão, suicídio e
consumo elevado de álcool e drogas.
A fertilidade não é doença, nem causa de divisões
profundas entre homens e mulheres. É dom, é parte de
nós. Ao invés de ser negado ou idolatrado, este mistério
precisa ser contemplado e compreendido. O remédio
marxista para a tirania masculina tentou tratar de alguns
sintomas, mas os terríveis efeitos colaterais desse
remédio marxista não foram úteis para reparar a família
em suas frágeis relações. Os abortos ocultos são mais
uma trágica e terrível consequência da negação do dom
que nos foi concedido.
A cura para todos esses males que afetam tanto o
corpo quanto a nossa mentalidade precisa atacar o
centro dessa doença, que é a incompreensão da
linguagem do nosso corpo, mas sem negligenciar os
sintomas mais graves que também precisam ser
remediados.

todo o organismo feminino dedica-se a fazer funcionar


sua característica mais natural e essencial: a sua
fertilidade. Todo o organismo da mulher se prepara, a
cada ciclo, para receber um embrião que possa ser
concebido. O próprio corpo da mulher torna-se
receptivo aos espermatozóides nos dias que antecedem
a ovulação. Aqui é possível reconhecer claramente a
linguagem do corpo da mulher: a cada ciclo menstrual,
o corpo feminino se prepara para receber um bebê e
fazê-lo crescer no seu ventre. A cultura contraceptiva e
abortista (da morte) quer nos fazer acreditar que o feto
em seus estágios iniciais é um simples parasita, que
serve apenas para "sugar os nutrientes" da mulher. Mas
o corpo da mulher expressa exatamente o contrário: a
mulher tem características inatas que a permitem estar
preparada para receber um bebê em seu ventre, e ali
fazê-lo crescer até o nascimento. Tudo que atua contra
esses fenômenos atua contra a natureza e a dignidade
da mulher.

A ideia de deturpar a imagem feminina, “libertando-a”


da maternidade e do trabalho doméstico, não visava o
bem ou a felicidade das mulheres e das famílias, mas a
consecução de planos políticos que estavam (estão)
longe de beneficiar as famílias. Hoje vemos essa frase
de Lênin na realidade da vida de tantas mulheres: a
grande maioria está no mercado de trabalho, casa-se
tarde, tem filhos tarde, não possui experiência com
maternidade, e muitas têm medo de ter filhos. A
contracepção foi uma importante ferramenta para essa
revolução cultural que deturpou a mulher, pois fez com
que as mulheres desligassem sua fertilidade,
eliminando, assim, a "desvantagem" da gravidez e
"igualando-a" ao homem. Porém, não apenas isso, a
revolução também tem seu caráter cultural, que busca
mudar os valores e preferências da vida das mulheres,
como por exemplo com grandes incentivos para o
ingresso no mercado de trabalho, elemento crucial para
o êxito dos planos de controle de natalidade. Os
ideólogos e planejadores dessa sociedade sabiam que,
se a mulher quiser ter um filho, pode simplesmente
deixar de tomar a pílula; por isso, a revolução em
aspectos culturais foi planejada e executada no sentido
de que as mulheres vejam mais benefícios na carreira,
e não na maternidade.
É interessante mencionar que toda essa revolução não
trouxe felicidade às mulheres. Um estudo publicado no
American Economic Journal mostrou que as mulheres
estão mais infelizes do que na década de 1970.
"Coincidentemente", esse é o período da ascensão
feminista e do aumento vertiginoso da pílula
anticoncepcional, do aborto e do divórcio. Essa
infelicidade que vemos em muitas mulheres decorre da
irresponsabilidade e da imaturidade masculinas que
citamos anteriormente, mas também dos dilemas que a
mulher enfrenta quando não quer deixar a carreira para
ter filhos, ou quando quer deixar a carreira mas tem
medo, ou porque precisa do dinheiro para ajudar na
renda da família, sofre ao ter que deixar os filhos na
creche… Dilemas como: quando está no lar, gostaria de
trabalhar fora; e quando está trabalhando fora, gostaria
de estar no lar. Vê-se que, ao invés de “libertar” as
mulheres, criou-se para elas uma confusão acerca de
sua vocação, de seu papel no mundo. Retirando delas a
feminilidade, a maternidade e o cuidado com a família,
retiraram de muitas a própria felicidade.
Outro grave problema decorrente do controle de
natalidade é a visão de que os filhos já não são mais
uma consequência do amor conjugal e o bem mais
importante do matrimônio. Por causa da cultura
contraceptiva, corre-se o sério risco de que os filhos
sejam “adquiridos” de acordo com a circunstância do
casal, como se fossem um bem material. Infelizmente, a
ciência, que tanto serve e ajuda o homem, também
favorece essa mentalidade, através da realização de
métodos que não são moralmente aceitáveis, porque
vão contra a dignidade da vida humana.

Abortos ocultos

E é nesse contexto político e ideológico que se encontra


o debate sobre aborto, tema que tratamos no livro da
Deputada Ana Campagnolo.

Mas como os argumentos feministas são apresentados


com muitas falácias e de modo bastante superficial,
minha participação no livro da Campagnolo não tratou
dessa questão histórica e ideológica, até porque outros
textos da obra da Campagnolo fazem isso com muito
mais profundidade.

Meu marido e eu escrevemos o capítulo do livro que


resposta a falácia do “aborto como um direito da
mulher”

E fizemos isso usando apenas dados científicos e fatos,


com base em como o debate se apresenta, mostrando
que o embrião e o feto humano são vidas e são
pessoas, que não podem jamais ter seu direito à vida
violado por meio do aborto. Ou seja, tratamos do debate
ético e científico sobre o início da vida e da ideia
errônea do aborto como um direito.
Julian Marias:

"A idéia total da posição das mulheres na vida so-


cial e de sua capacidade de ocupar seu posto, inde-
pendentemente de qualquer questão de sexo, na obra
do mundo, mudou radicalmente durante o século
XX, tanto nos países de língua inglesa como nas
nações mais progressivas que não se contam dentro
de seus limites.
Deve-se isto primeiramente ao mo-
vimento em favor da educação superior das mulhe-
res e a seus resultados. A mudança é tão com-
pleta que, presentemente, a única coisa curiosa
saber, não em que esferas as mulheres não podem
penetrar, mais ou menos em pé de igualdade com
os homens, e sim aquelas poucas das quais ainda
estão excluídas."

Enciclopédia britânica de 1911

Grandes mulheres ao longo da história fizeram grandes


feitos SEM o auxílio do feminismo.

Por muito tempo o feminismo nos enganou. Por muito


tempo acreditamos que precisávamos do feminismo pra
termos nossos direitos ou liberdade. Por muito tempo o
feminismo enganou as mulheres quando as fez
acreditar que deveriam protelar ou evitar filhos, porque
são um fardo; que a vida no lar é inútil; afetando a visão
de maternidade e família de muitas mulheres.

Hoje cresce no Brasil este movimento antifeminista, do


qual nossa deputada é pioneira, e muitas mulheres
estão enxergando as mentiras do movimento e voltando
a valorizar-se como mulher, conforme sua natureza, e
não como uma caricatura de homem, entendendo que
não precisam de um movimento para defendê-las.

Edith Stein aborda de maneira aprofundada os aspectos


da feminilidade, e usando o princípio tomista “anima
forma corporis”, ela discorre sobre a alma feminina
conforme suas particularidades expressas em seu
corpo.

Só quem estiver ofuscado pela paixão da luta poderá


negar o fato óbvio de que o corpo e a alma da mulher
foram formados para uma finalidade específica.

A mulher é destinada a ser a companheira do homem e


a mãe dos seres humanos. Para isso está preparado
seu corpo, é a isso que corresponde igualmente sua
peculiaridade psíquica.

A atitude da mulher tem em vista o pessoal-vivente e


visa o todo. Cuidar, velar, conservar, alimentar e
promover o crescimento: esse é seu desejo natural,
genuinamente maternal.
Com essas características essencialmente femininas a
mulher atua na sociedade, em profissões que envolvem
esse cuidado com o outro, e até mesmo em outras
áreas onde pode colocar seu toque feminino. Ela não
precisa necessariamente imitar o homem. Ela traz o
elemento feminino para os ambientes.

A essa predisposição maternal se junta a de


companheira. Seu dom e sua felicidade consistem em
dividir a vida com outra pessoa, participando de tudo
que lhe diz respeito, das menores e das maiores coisas,
das alegrias e dos sofrimentos, mas igualmente dos
trabalhos e dos problemas.

Considerando essa natureza feminina, vemos que as


pautas antinatalistas e antivida (especialmente o aborto,
tema que abordamos no livro), defendidas pelo
movimento feminista são anti-femininos.

Imaginem que todo mês a mulher se prepara pra


conceber um filho. A cada ciclo menstrual, seu corpo se
prepara para isso. As mulheres são capazes de gerar,
nutrir e fazer crescer dentro de si uma nova pessoa, um
novo ser humano. todo o organismo feminino dedica-se
a fazer funcionar
sua característica mais natural e essencial: a sua
fertilidade. Todo o organismo da mulher se prepara, a
cada ciclo, para receber um embrião que possa ser
concebido. O próprio corpo da mulher torna-se
receptivo aos espermatozóides nos dias que antecedem
a ovulação. Aqui é possível reconhecer claramente a
linguagem do corpo da mulher: a cada ciclo menstrual,
o corpo feminino se prepara para receber um bebê e
fazê-lo crescer no seu ventre.

Aos homens não foi dado esse privilégio.

Hoje em dia as pessoas querem fazer grandes feitos. E


há feito maior do que gerar e fazer crescer uma
pessoa?

Por muito tempo feminismo fez as mulheres acreditarem


que ter filhos é inútil, é secundário, ao ponto de
incentiva a criação de toda uma indústria antinatalista.
Fizeram as mulheres acreditarem que não deveriam ter
filhos, que deveriam protela-los, incentivando aborto e
contracepção mulheres passam toda sua vida
reprodutiva sem saber como funciona seu ciclo fértil.

quando uma mulher opta livremente por abortar seu


bebê (sem qualquer pressão do namorado ou dos pais),
ela ceifa a vida do bebê, mas também fere o cerne de
sua natureza feminina. É por isso que leva tanto tempo
para que essas mulheres se "recuperem" do trauma e
se dêem conta de que traíram sua missão sagrada.
Depois disso é comum que sejam tomadas por um
auto-desprezo e se sintam tentadas a cometer suicídio.
O aborto não mata apena bebês inocentes; ele também
mata espiritualmente as mulheres que o praticam. Ataca
a sua essência, sua natureza feminina.
A cultura antinatalista (da morte) quer nos fazer
acreditar que o feto em seus estágios iniciais é um
simples parasita, que serve apenas para "sugar os
nutrientes" da mulher. Mas o corpo da mulher expressa
exatamente o contrário: a mulher tem características
inatas que a permitem estar preparada para receber um
bebê em seu ventre, e ali fazê-lo crescer até o
nascimento. Tudo que atua contra esses fenômenos
atua contra a natureza e a dignidade da mulher.

O movimento feminista age como se a mulher tivesse


sido criada de maneira defeituosa, como se gerar novas
vidas fosse um problema a ser evitado.

O feminismo sempre lutou contra a natureza feminina,


só que lutar contra a natureza traz muitos problemas,
Não é à toa que hoje já sabemos dos malefícios
causados pelo aborto na saúde da mulher, como
também dos anticoncepcionais. não só pra saúde da
mulher, como para sua mente, seu psicológico, e
inclusive também em termos sociais, porque afeta os
relacionamentos.

Da mesma forma que o movimento feminista reduz a


dignidade da mulher (na prática é isso que acontece),
porque com suas pautas ele combate a natureza
feminina, ele também reduz a dignidade do nascituro,
ou seja, daquela pessoa que já foi concebida mas ainda
não
nasceu.
Além de ser desumano, é uma clara desonestidade
intelectual, que infelizmente permeia inclusive meios
acadêmicos e científicos, como também serve pra
convencer os menos esclarecidos.

Não é e nunca foi pelo bem das mulheres. E o


feminismo faz isso com objetivos ideológicos e de poder
ocultos por trás de um discurso de "igualdade". A prova
disso está nos escritos das maiores referências
intelectuais das feministas, como no exemplo de
Shulamith Firestone, que prega no feminismo a
"eliminação das classes sexuais", a "revolta da classe
baixa (as mulheres)", para a "tomada do controle da
reprodução", que seria meio para a revolução socialista.

Hoje eu vejo de maneira otimista esse movimento


antifeminista. Muitas mulheres estão enxergando a
beleza da maternidade, o privilégio de poder gerar
novas vidas, estão passando a conhecer o
funcionamento da sua fertilidade, que não é uma
doença a ser tratada. Estão passando a enxergar os
filhos como um fruto do amor entre um casal, e não
como um fardo. Estão aprendendo a enxergar que a
missão de uma mãe não é inútil, porque ela tá
produzindo um ser humano.

No livro abordamos porque o aborto não é um direito da


mulher, e por que ele nunca será seguro, pra que as
pessoas saibam responder os argumentos feministas.
Que todos possam levar essa verdade a cada vez mais
pessoas.

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