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CENTEG – CENTRO DE ENSINO TÉCNICO DE GOIANA

AV. MANOEL CARLOS DE MENDONÇA (Estrada de Cima), Nº 47, NOVA GOIANA, GOIANA – PE
FONE: (81) 3626-0376 – WWW.CENTEG.COM.BR

ASSISTÊNCIA DOMICILIAR ESTRUTURAÇÃO E PROFISSIONAIS


A Assistência Domiciliar (AD) é o cuidado ENVOLVIDOS PARA O ATENDIMENTO
que o paciente recebe da equipe Multiprofissional DOMICILIAR
em domicílio. Essa modalidade também é A estrutura da assistência domiciliar
conhecida como Home Care e está sendo cada engloba um conjunto de componentes que inicia
vez mais utilizada pela sociedade devido aos no hospital ou clínica e estende-se ao domicílio
inúmeros benefícios proporcionados como, por do paciente, família, cuidador, e equipe
exemplo: atendimento humanizado para o multiprofissional, onde cada local ou indivíduo
paciente, maior conforto e privacidade para o desempenha uma função vital para que aconteça
paciente, diminuição do índice de infecção a assistência domiciliar de forma adequada e
hospitalar, maior disponibilidade de leitos eficaz.
hospitalares; tranquilidade do paciente em estar O primeiro componente é o hospital, onde o
em ambiente familiar e perto das pessoas que médico realiza a avaliação do paciente e,
ama, entre tantos outros. juntamente com o enfermeiro, realiza a prestação
Segundo Mendes (2001, p. 40), dos cuidados necessários. Cabe ao profissional
“assistência domiciliar à saúde é a provisão de médico decidir pela alta hospitalar após cura ou
serviços de saúde às pessoas de qualquer idade indicar a assistência domiciliar para o paciente. A
em casa ou em outro local não institucional”, ou AD traz benefícios também para o hospital, pois é
seja, qualquer pessoa, independentemente da devido a indicação desse tratamento que é
idade, pode necessitar da AD podendo ser disponibilizado leitos hospitalares, reduzindo
idosos, crianças ou indivíduos de meia idade que custos com o paciente (MAEDA, 2011).
possuam sequelas de patologias ou acidentes O segundo componente é a residência ou
traumáticos, no qual a capacidade funcional foi lar em que o paciente reside, podendo ser em
reduzida, podendo ainda ser executada em casa própria ou casas de apoio. No entanto,
qualquer ambiente fora do hospital desde que as existem as exigências solicitadas para a
exigências sejam atendidas, garantindo a execução da AD, pois o local deve ser adequado
segurança do paciente. para guardar equipamentos, no caso da
O principal objetivo da Assistência internação domiciliar, guardar medicações e
Domiciliar é visar o bem-estar do paciente e a oferecer segurança tanto para o paciente quanto
melhora rápida e significativa do quadro de saúde para os profissionais que vão executar os
do mesmo, sendo de suma importância ao serviços da assistência domiciliar (MAEDA,
enfermeiro desenvolver ações de educação, 2011).
prevenção, recuperação e manutenção da saúde. O terceiro componente é o paciente que
Para a execução da assistência domiciliar é possui inúmeras necessidades a serem sanadas
importante considerar os níveis de complexidade, pela equipe multiprofissional, uma vez que, em
que são divididos em três. Neles deve-se avaliar muitos casos, grande parte do estado físico está
a incapacidade funcional e as necessidades do comprometido, o que exige cuidados complexos.
paciente segundo a doença apresentada e definir Outro aspecto relevante é o psicológico do
o grau de complexidade do mesmo, no qual pode paciente, que geralmente está em conflito,
ser elencado em: tornando-se de suma importância desenvolver
● Baixa complexidade: visita domiciliar; uma relação interpessoal com ele, ganhando sua
● Média Complexidade: assistência confiança e o ajudando a enfrentar seus medos, o
domiciliar; que pode proporcionar uma melhora mais rápida
● Alta complexidade: internação domiciliar. do seu quadro clínico.
Independente do grau de complexidade em O quarto fator abordado é a família, que
que o paciente se encaixa é importante que o segundo Silva et al (2014) deve dar suporte
atendimento seja executado de forma holística, emocional, lazer e encorajar o paciente a aderir
avaliando-o como um todo e também de forma ao tratamento, sendo vista como porto seguro do
humanizada, respeitando, além dele, seus paciente, auxiliando-o nas tomadas de decisões.
familiares e o seu domicílio.

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HOME CARE – TÉCNICO EM ENFERMAGEM
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O quinto componente é o cuidador que é MODALIDADES DE ATENDIMENTOS DA


obrigatório em casos de internação domiciliar. O ASSISTÊNCIA DOMICILIAR
mesmo pode ser um familiar ou uma pessoa
contratada para executar as tarefas simples com No artigo 1º, §1º da RESOLUÇÃO -
o paciente, como por exemplo: higienização, COFEN N°464/2014 que normatiza a atuação da
passear com o paciente, administrar medicação equipe de enfermagem na atenção domiciliar,
por via oral, etc. (MAEDA, 2011). consta as seguintes definições:
O sexto componente é a equipe I Atendimento Domiciliar: compreende
multiprofissional que é formada por médicos, todas as ações, sejam elas educativas ao
enfermeiros, técnicos de enfermagem, paciente e seus familiares.
fisioterapeutas, nutricionistas, psicólogos, entre II Internação Domiciliar: é a prestação de
outros. A participação ativa desses profissionais é cuidados sistematizados de forma integral e
de suma importância para recuperação do contínua e até mesmo ininterrupto, no domicílio,
paciente, contudo somente após a avaliação e com oferta de tecnologia e de recursos humanos,
classificação do paciente é possível decidir o equipamentos, materiais e medicamentos, para
nível de complexidade mais adequado e designar pacientes que demandam assistência semelhante
os profissionais que devem atendê-lo. É à oferecida em ambiente hospitalar.
imprescindível que a equipe multiprofissional III Visita Domiciliar: considera um contato
possua uma relação interpessoal para melhor pontual de equipe de enfermagem para avaliação
tratamento do cliente, sendo, também, das demandas exigidas pelo usuário e/ou familiar,
comprometida com a ética, almejando sempre o bem como ao ambiente onde vivem, visando
bem-estar do paciente (MAEDA, 2011). estabelecer um plano assistencial, programado
com objetivo definido. A Resolução COFEN Nº
CAPACIDADE E INCAPACIDADE FUNCIONAL: 464/2014 (BRASIL, 2014) determina a
IDENTIFICAÇÃO DA NECESSIDADE DA participação da equipe de enfermagem na
ASSISTÊNCIA DOMICILIAR E SEU NÍVEL DE Assistência Domiciliar e as ações desenvolvidas
CUIDADO no domicílio da pessoa:
A capacidade funcional consiste na §2º A atenção domiciliar de enfermagem
habilidade e competência do ser humano para a abrange um conjunto de atividades desenvolvidas
realização de atividades diárias básicas que são por membros da equipe de enfermagem,
essenciais para nossa vida, sem precisar da caracterizadas pela atenção no domicílio do
ajuda de terceiros. Atividades essas que podem usuário do sistema de saúde que necessita de
variar desde a higienização pessoal, preparação cuidados técnicos. §3º A atenção domiciliar de
e ingestão de alimentos, limpeza do ambiente em Enfermagem pode ser executada no âmbito da
que vive, entre outros (DIAS et al, 2010). Atenção Primária e Secundária, por Enfermeiros
Ao longo do processo natural do que atuam de forma autônoma ou em equipe
envelhecimento, essas capacidades vão sendo multidisciplinar por instituições públicas, privadas
desenvolvidas e aperfeiçoadas, mas conforme os ou filantrópicas que ofereçam serviços de
anos vão passando, as mesmas vão sendo atendimento domiciliar. 7
gradativamente reduzidas, recebendo o nome de §4º O Técnico de Enfermagem, em
incapacidade funcional, quando não conseguimos conformidade com o disposto na Lei do Exercício
mais desempenhar essas atividades básicas Profissional e no Decreto que a regulamenta,
sozinhos, necessitando, assim, da ajuda de outra participa da execução da atenção domiciliar de
pessoa. enfermagem, naquilo que lhe couber, sob
A capacidade funcional, em bom estado, supervisão e orientação do Enfermeiro (Brasil,
pode estar diretamente relacionada ao estado de 2014).
saúde do paciente. Uma pessoa saudável
consegue manter suas habilidades físicas e ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA ATENÇÃO
mentais por mais tempo, assim como pessoas DOMICILIAR
que apresentam patologias podem perder um
pouco de sua autonomia (DIAS et al, 2010). 1. AÇÕES INTERACIONAIS:
Para a contratação dos serviços de 1. Relação de ajuda/interação
Enfermagem na assistência domiciliar é 2. Apoio afetivo mental ou psicológico
imprescindível que o profissional enfermeiro, junto 3. Comunicação
a família do indivíduo, analise o grau de 4. Relação de confiança
dependência desse paciente para então optar 5. Negociação
pelo nível de atendimento mais adequado ao 6. Respeito
caso, na intenção de suprir necessidades do 7. Diálogo e escuta
paciente em vários aspectos visando seu bem-
estar e manutenção da sua saúde. 2. AÇÕES EDUCACIONAIS:

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HOME CARE – TÉCNICO EM ENFERMAGEM
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1. Orientações a familiares, cuidadores g) participação nos programas e nas


e/ou pacientes atividades de assistência integral à saúde
2. Desenvolvimento de estratégia de ensino individual e de grupos específicos,
3. Educação sobre recursos sociais particularmente daqueles prioritários e de alto
4. Preparo de paciente, família e rede de risco;
vizinhos e outros setores para prevenção de h) participação nos programas de higiene e
riscos em casos de emergências segurança do trabalho e de prevenção de
5. Orientações a outros enfermeiros acidentes e de doenças profissionais e do
trabalho;
3. AÇÕES ASSISTENCIAIS: II- executar atividades de assistência de
1. Gestão ou infusão de medicamentos Enfermagem, excetuadas as privativas do
2. Cuidado agudo no Domicílio Enfermeiro e as referidas no Art. 9º deste
3. Manejo clínico de feridas Decreto;
4. Gestão da dor III- integrar a equipe de saúde.
5. Cuidados na nutrição parenteral, diálise Resolução Cofen nº 464/2014, dispõe no
peritoneal e oxigenoterapia seu Artigo 1º § 4º que o Técnico de Enfermagem,
6. Visita domiciliar em conformidade com o disposto na Lei do
7. Avaliação de riscos, prevenção e Exercício Profissional e no Decreto que a
complicações regulamenta, participa da execução da atenção
8. Procedimentos técnicos: avaliação física, domiciliar de enfermagem, naquilo que lhe
higiene pessoal, realização de enema, verificação couber, sob supervisão e orientação do
de sinais vitais, cuidados de decúbito, exercícios Enfermeiro.
para deambulação, atendimentos em casos de
emergência, sondagens vesicais, sondagens RESPONSABILIDADE TÉCNICA
gástricas e enterais, entre outros procedimentos Conforme preconiza a RESOLUÇÃO
privativos. COFEN Nº 509/2016, a qual atualiza a norma
técnica para Anotação de Responsabilidade
4. AÇÕES ADMINISTRATIVAS: Técnica pelo Serviço de Enfermagem e define
1. Supervisão clínica e administrativa atribuições do enfermeiro Responsável Técnico:
2. Planejamento e organização das visitas 1. Manter a CERTIDÃO DE
domiciliares RESPONSABILIDADE TÉCNICA - CRT em local
3. Coordenação do cuidado visível ao público, observando o prazo de
4. Gestão do caso. validade;
2. As escalas deverão ser devidamente
ATRIBUIÇÕES DOS TÉCNICOS DE assinadas e carimbadas pelo responsável
ENFERMAGEM técnico, mantendo-as em local visível nas
As atribuições dos técnicos de enfermagem unidades da instituição;
estão previstas no decreto nº 94.406/87, que 3. Manter informações necessárias e
regulamenta a Lei nº 7.498, de 25 de junho de atualizadas de todos os profissionais de
1986, que dispõe sobre o exercício da Enfermagem que atuam na empresa/instituição,
Enfermagem, a saber: com os seguintes dados: nome, sexo, data do
Art. 10 – O Técnico de Enfermagem exerce nascimento, categoria profissional, número do RG
as atividades auxiliares, de nível médio técnico, e CPF, número de inscrição no Conselho
atribuídas à equipe de Enfermagem, cabendo-lhe: Regional de Enfermagem, endereço completo,
I – Assistir ao Enfermeiro: contatos telefônicos e endereço eletrônico, assim
a) no planejamento, programação, como das alterações como: mudança de nome,
orientação e supervisão das atividades de admissões, demissões, férias e licenças, devendo
assistência de Enfermagem; fornecêla semestralmente, e sempre quando lhe
b) na prestação de cuidados diretos de for solicitado, pelo Conselho Regional de
Enfermagem a pacientes em estado grave; Enfermagem;
c) na prevenção e controle das doenças 4. Organizar o Serviço de Enfermagem
transmissíveis em geral em programas de utilizando-se de instrumentos administrativos
vigilância epidemiológica; como regimento interno, normas e rotinas,
d) na prevenção e controle sistemático da protocolos, procedimentos operacionais padrão e
infecção hospitalar; outros;
e) na prevenção e controle sistemático de 5. Elaborar, implantar e/ou implementar, e
danos físicos que possam ser causados a atualizar regimento interno, manuais de normas e
pacientes durante a assistência de saúde; rotinas, procedimentos, protocolos, e demais
f) na execução dos programas referidos instrumentos administrativos de Enfermagem;
nas letras “i” e ”o” do item II do Art. 8º;

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6. O enfermeiro responsável técnico e o A Resolução COFEN Nº 450/2013 - no


representante legal da instituição são Parecer Normativo, dispõe que: A sondagem
responsáveis por garantir que todos os vesical é um procedimento invasivo e que envolve
profissionais de enfermagem da instituição riscos ao paciente, que está sujeito a infecções
estejam devidamente inscritos no Coren-DF. Por do trato urinário e/ou a trauma uretral ou vesical.
isso, deve-se observar periodicamente se os Requer cuidados de Enfermagem de maior
profissionais de enfermagem são inscritos no complexidade técnica, conhecimentos de base
Coren-DF, a fim de coibir o exercício ilegal da científica e capacidade de tomar decisões
profissão; imediatas e, por essas razões, no âmbito da
7. Em caso de ilegalidade profissional os equipe de Enfermagem, a inserção de cateter
profissionais são notificados pela fiscalização e o vesical é PRIVATIVA DO ENFERMEIRO, que
responsável técnico e/ou representante legal são deve imprimir rigor técnico-científico ao
notificados a afastar imediatamente o profissional procedimento.
das atividades de enfermagem até sua
regularização. Caso as notificações sejam TERAPIA NUTRICIONAL
descumpridas, serão providenciadas medidas A Resolução COFEN Nº 453/2014 aprova a
administrativas e/ou judiciais cabíveis; Norma Técnica que dispõe sobre a atuação da
8. A consulta pode ser realizada por meio Equipe de Enfermagem em Terapia Nutricional.
do site www.coren-df.gov.br, no “link” acessar As instituições ou unidades prestadoras de
“Coren - Online”, opção “Consulta de Cadastro” serviços de saúde, tanto no âmbito hospitalar,
ou “Certidão de Nada Consta” – esta somente ambulatorial ou domiciliar, devem contar com um
pode ser solicitada pelo profissional de quadro de pessoal de enfermagem qualificado e
enfermagem; em quantidade que permita atender à demanda
9. Para a elaboração das escalas de atenção e aos requisitos desta Norma Técnica.
recomendamos que não fique somente com a A equipe de enfermagem envolvida na
responsabilidade dos técnicos escaladores. É de administração da TN é formada por Enfermeiros e
responsabilidade do enfermeiro coordenar e Técnicos de Enfermagem, executando estes
aprovar as escalas, conforme a lei 7.498/86 art. profissionais suas atribuições em conformidade
11, b e c. com o disposto em legislação específica, Lei nº
7.498, de 25 de junho de 1986, e o Decreto nº
ADMISSÃO DE ENFERMEIRO EM VAGA DE 94.406, de 08 de junho de 1987, que
TÉCNICO DE ENFERMAGEM regulamentam o exercício da Enfermagem no
Segundo o PARECER NORMATIVO Nº país.
003/2017, a Admissão de Enfermeiro em vaga de Por ser considerada uma terapia de alta
Técnico de Enfermagem aponta pela complexidade, é vedada aos Auxiliares de
impossibilidade de, apesar do profissional de Enfermagem a execução de ações relacionadas à
Enfermagem possuir formação acadêmica TN podendo, no entanto, executar cuidados de
superior, ou seja, mais exigente e, desta forma, higiene e conforto ao paciente em TN.
poder realizar atividades de Enfermagem na Os Técnicos de Enfermagem, em
formação acadêmica menos exigente, não conformidade com o disposto na Lei nº 7.498, de
poderá, este, ocupar o cargo de uma categoria 25 de junho de 1986, e no Decreto nº 94.406, de
inferior, quando não detentor do diploma ou 08 de junho de 1987, que regulamentam o
certificado para tal, bem como a ausência do exercício profissional no país, participam da
registro no Conselho Regional de Enfermagem de atenção de enfermagem em TN, naquilo que lhes
sua jurisdição, descumprindo as previsões legais couber, ou por delegação, sob a supervisão e
insculpidas na Lei do Exercício Profissional de orientação do Enfermeiro.
Enfermagem, nº. 7.498 de 25 de junho de 1986 e
Decreto nº 94.406 de 08 de junho de 1987. DESCONTINUIDADE DE PLANTÃO
O ABANDONO DE PLANTÃO: é uma
SONDAGEM VESICAL infração ética conforme dispõe o Código de Ética
dos Profissionais de Enfermagem, dispostos nos
arts. 24, 45 e 51. É responsabilidade do
profissional assegurar à pessoa, família e
coletividade assistência de enfermagem livre de
danos decorrentes de imperícia, negligência ou
imprudência. Além de ser um dever de garantia
da continuidade da assistência.

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Sendo assim, o profissional que deixa de Art. 61 Executar e/ou determinar atos
prestar assistência ao paciente pode ser contrários ao Código de Ética e à legislação que
penalizado com advertência, suspensão, censura disciplina o exercício da Enfermagem.
ou cassação do registro profissional, a depender Art. 62 Executar atividades que não sejam
da gravidade do paciente e possíveis de sua competência técnica, científica, ética e
consequências do abandono. legal ou que não ofereçam segurança ao
No caso de abandono de plantão, podem profissional, à pessoa, à família e à coletividade.
responder, ética e civilmente, o profissional que
abandonou a assistência, o que não compareceu ALIMENTAÇÃO DO PROFISSIONAL NO
para escala determinada (sem justificativa) e o DOMICÍLIO
enfermeiro responsável. Em atenção as Normas Regulamentadoras
NR 24 e NR-32 do Ministério do Trabalho e do
AOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM Emprego, que dispõe sobre segurança e saúde
PREVIAMENTE ESCALADOS, CABE O no trabalho em serviços de saúde, é
COMPROMISSO DE COMPARECIMENTO AO imprescindível que o profissional de Enfermagem
PLANTÃO, IMPEDINDO, ASSIM, QUE OUTROS tenha um espaço fora do quarto do paciente para
PROFISSIONAIS, FIQUEM “PRESOS” NA fazer suas refeições e, que tenha uma cadeira
RESIDÊNCIA DO PACIENTE. confortável ou cama para descanso em momento
Neste sentido, no caso de oportuno. Vale frisar que os cumprimentos dos
DESCONTINUIDADE de plantão, pode responder deveres dos profissionais de enfermagem são
ética e civilmente, o profissional que DEIXOU o fiscalizados pelo Conselho Regional de
plantão, QUE NÃO COMPARECEU para a escala Enfermagem.
determinada (sem justificativa plausível) e o
enfermeiro responsável. EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL
Quanto a proteção ao profissional e ao
DOS DIREITOS paciente, observar a Norma Regulamentadora da
A resolução Cofen nº 564/17, no capítulo I, NR - 32, com a finalidade de minimizar os riscos à
artigos 1° ao 3º, dispõe que o profissional tem saúde da equipe de Enfermagem, principalmente,
DIREITO a tratamento sem discriminação, no que se refere aos EQUIPAMENTOS DE
vejamos: PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI), vestimentas e
Art. 1º Exercer a Enfermagem com adornos.
liberdade, segurança técnica, científica e
ambiental, autonomia, e ser tratado sem TREINAMENTOS PARA OS TÉCNICOS DE
discriminação de qualquer natureza, segundo os ENFERMAGEM
princípios e pressupostos legais, éticos e dos
direitos humanos. Para que haja uma assistência domiciliar
Art. 2º Exercer atividades em locais de de excelência, os profissionais de enfermagem
trabalho livre de riscos e danos e violências física deverão conhecer previamente a real situação do
e psicológica à saúde do trabalhador, em respeito paciente e, deverão ser capacitados e treinados
à dignidade humana e à proteção dos direitos dos pela HOME CARE E COOPERATIVA de acordo
profissionais de enfermagem. com o nível de complexidade do paciente
Art. 3º Apoiar e/ou participar de avaliado pelo enfermeiro.
movimentos de defesa da dignidade profissional,
do exercício da cidadania e das reivindicações SEGURANÇA DO PACIENTE E O DOMICÍLIO
por melhores condições de assistência, trabalho e
remuneração, observados os parâmetros e limites A Segurança do Paciente é definida pela
da legislação vigente. Organização Mundial da Saúde (OMS) como a
redução a um mínimo aceitável, do risco de dano
DOS DEVERES: desnecessário associado ao cuidado de saúde.
Art. 24 Exercer a profissão com justiça,
compromisso, equidade, resolutividade,
dignidade, competência, responsabilidade,
honestidade e lealdade.
Art. 25 Fundamentar suas relações no
direito, na prudência, no respeito, na
solidariedade e na diversidade de opinião e
posição ideológica.

DAS PROIBIÇÕES:

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As ações reforçam o fato de que a Recentemente, a Organização Mundial da


responsabilidade sobre a segurança é de todos, Saúde (OMS) adaptou a abordagem: “Meus 5
não algo de caráter individual, e vai além da momentos para a higiene das mãos”, para a
segurança do paciente, incluindo a segurança dos atenção fora do ambiente hospitalar. De acordo
próprios profissionais, familiares e comunidade. com o documento, as indicações para higiene das
Corrobora, assim, a cultura justa, a qual propõe a mãos correspondem a cinco momentos
identificação de falhas no sistema que levam os essenciais em que esta prática é necessária para
indivíduos a cometerem atos inseguros, ao o cuidado ao paciente, de modo a prevenir a
mesmo tempo em que não admite práticas transmissão de micro-organismos ao paciente, ao
imprudentes (BRASIL, 2014). Nesse sentido, faz- profissional/cuidador ou ao ambiente (OMS,
se necessário conversar sobre a ocorrência dos 2014):
incidentes e transformá-los em informações 1) Antes de tocar o paciente;
transparentes, possibilitando que, a partir da 2) Antes de realizar procedimento
ocorrência deles, promova-se o aprendizado limpo/asséptico;
individual e institucional. 3) Após risco de exposição a fluidos
corporais;
LAVAGEM DAS MÃOS 4) Após tocar o paciente e,
Cabe destaque ao processo de 5) Após tocar superfícies próximas ao
higienização das mãos (Figura 1), por ser medida paciente.
individual e pouco dispendiosa para a prevenção Quanto ao uso de EPI, a Norma
e o controle de infecções. No domicílio, essa Regulamentadora 6 (NR 6) considera que seja
prática deve ser reforçada, também, entre os “todo dispositivo ou produto, de uso individual
familiares e cuidadores, podendo ser realizada utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção
com água e sabonete líquido ou com preparação de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a
alcoólica para a higiene das mãos. saúde no trabalho”.

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