equipe multiprofissional PROF. ALESSANDRO BACCHINI Referência
Capítulo 15 - "O psicólogo em equipe multiprofissional na unidade
de terapia intensivo adulto". Em: BAPTISTA, Makilim N.; BAPTISTA, Rosana Righetto D.; BAPTISTA, Adriana Said D. Psicologia Hospitalar - Teoria, Aplicações e Casos Clínicos, 3ª edição. [Digite o Local da Editora]: Grupo GEN, 2018. E-book. ISBN 9788527733557. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527733557/. Acesso em: 16 nov. 2022. Características da unidade de terapia intensiva adulto (UTI-A) Atende pacientes em estado grave com possibilidade de recuperação; Monitoramento constante e cuidados complexos; Seu objetivo básico é recuperar ou dar suporte às funções vitais dos pacientes enquanto eles se recuperam (Cuchi, 2009). A Portaria n. 3.432 de 12 de agosto de 1998, do Ministério da Saúde (Brasil, 1998), faz referência à equipe em UTI, sendo necessária a participação multiprofissional; Características da unidade de terapia intensiva adulto (UTI-A) A UTI-A é considerada um ambiente restrito tanto para profissionais quanto para visitas, pois utiliza o máximo de ações que controlem a propagação de infecção hospitalar; Local de crenças, medos e expectativas; Ambiente da unidade de terapia intensiva
O ambiente da UTI-A é considerado um dos mais agressivos e
tensos do hospital, onde a morte e as intercorrências são uma constante; Privação de sono, ruídos excessivos, invasão de privacidade, grande fluxo de profissionais, quase exclusão dos familiares no processo de cuidado e pouca comunicação. Ambiente da unidade de terapia intensiva
A tecnologia utilizada favorece o atendimento imediato em um
paciente crítico, possibilitando segurança para toda a equipe da UTI- A; Em contrapartida, podem contribuir para tornar as relações humanas mais distantes quando muito se fala sobre as máquinas e menos sobre os laços sociais; Humanização em unidade de terapia intensiva Em 2003, o Ministério da Saúde criou a Política Nacional de Humanização (PNH) ; O programa HumanizaSUS entende a humanização como:
A valorização dos indivíduos ligados ao processo de saúde, sejam
pacientes ou profissionais O estímulo ao indivíduo para ser protagonista de sua recuperação; o estabelecimento de vínculos de forma solidária e do trabalho multiprofissional A defesa por um Sistema Único de Saúde (SUS) conhecedor dos brasileiros, oferecendo boa atenção à saúde a todos e a todas Humanização em unidade de terapia intensiva A adequação aos modelos de gestão às necessidades dos usuários; trabalho multiprofissional pela promoção da saúde de modo benévolo, para que seja mais ágil e resolutiva A qualificação das condições de trabalho e atendimento O afinco para construir um SUS mais humanizado com o objetivo de melhorar os serviços prestados, disponibilizando saúde integral a todos os cidadãos. Humanização em unidade de terapia intensiva Humanizar significa: Resgatar valores relativos a dignidade humana; A empatia; o cuidar; o servir e tratar dos pacientes de modo afetuoso, com atenção, cortesia, delicadeza, prontidão; A resposta às solicitações, comunicação efetiva; E os sentimentos de respeito e dignidade pelos pacientes e familiares; Reformular o modo de gerir e administrar as práticas de saúde com vistas a qualificar os serviços. Paciente em unidade de terapia intensiva
A experiência da internação em UTI-A:
Rotinas rígidas, desconforto por causa da impessoalidade, dependência da tecnologia, isolamento social, falta de privacidade, perda de identidade, autonomia, entre outros, rompendo bruscamente seu modo de viver, que inclui suas relações e seus papéis (Baggio et al., 2011). Paciente em unidade de terapia intensiva
O trabalho do psicólogo na UTI-A objetiva identificar aspectos que
possam afetar a evolução do paciente e atuar sobre eles, visando à adaptação durante a internação. Sua colaboração ao tratamento, portanto, é no sentido da recuperação e promoção da saúde do paciente (Santos et al., 2012). Paciente em unidade de terapia intensiva
A família é fundamental na vida dos indivíduos, uma vez que é dos
laços afetivos e da história de relações entre seus membros que o sujeito se constitui. Diante do enfrentamento de uma doença, a importância dos laços afetivos torna-se ainda mais evidente, já que questões emocionais podem emergir e a família é quem tem a maior possibilidade de oferecer suporte e apoio (Diener et al., 2011). Equipe São deveres de toda a equipe: •Dispor de estrutura organizacional documentada •Preservar a identidade e a privacidade do paciente, assegurando um ambiente de respeito e dignidade •Promover ambiente acolhedor; incentivar e promover a participação da família na atenção ao paciente •Garantir o direito a acompanhante para pacientes pediátricos e adolescentes •Fornecer orientações aos familiares e aos pacientes, quando couber, em linguagem clara, sobre o estado de saúde do paciente e a assistência a ser prestada desde a admissão até a alta •Promover ações de humanização da atenção à saúde e dispor de manual de normas e rotinas técnicas implantadas (AMIB, 2009). Equipe Cabe então, ao psicólogo, assistir ao paciente e atender aos fatores que influenciam sua estabilidade emocional, como orientar e informar as rotinas da UTI-A, avaliar a adaptação do paciente à hospitalização (sono, alimentação, contato com as equipes, aceitação de procedimentos, visitas, entre outros), avaliar o estado psíquico do paciente (orientação, consciência, memória, afetividade, entre outros) e sua compreensão do diagnóstico, além das reações emocionais diante da internação e da doença (Pregnolatto e Agostinho, 2010).