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1 INTRODUÇÃO
Enfermagem é a ciência cuja especificidade é a assistência/cuidado ao ser humano,
individualmente, na família ou em comunidade de modo integral e holístico, desenvolvendo
de forma autônoma ou em equipe atividade de promoção, proteção, prevenção, reabilitação
ou recuperação da saúde, tendo todo embasamento científico para tal. O conhecimento que
fundamenta o cuidado de enfermagem deve ser construída na intersecção entre a filosofia,
que responde a grande questão existêncial do homem, a ciência e tecnologia tendo a lógica
formal como responsável pela correção normativa e a ética, numa abordagem epistemológica
efetivamente comprometida com a emancipação humana e evolução das sociedades.
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2. DESENVOLVIMENTO
A origem da Enfermagem
A história da Enfermagem começa há milhares de anos, ainda antes do nascimento de
Cristo. Nessa época, a humanidade ainda não sabia muito sobre doenças, que eram
consideradas castigo divino. Mesmo assim, os enfermos recebiam cuidados, principalmente
de mulheres. Com o tempo, esse trabalho foi ganhando destaque na sociedade, até que se
tornou uma profissão.
O modelo de Enfermagem que conhecemos nos dias atuais, porém, surgiu por volta de
1840, quando Florence Nightingale, uma mulher rica e muito religiosa, desenvolveu métodos
para o tratamento de feridos de guerra. Os estudos de Florence serviram como base para
muitos avanços na área, como o desenvolvimento de novos procedimentos e técnicas de
cuidado.
O termo hospital origina-se do latim hospitium, que quer dizer local onde se hospedam
pessoas, em referência a estabelecimentos fundados pelo clero, a partir do século IV dC, cuja
finalidade era prover cuidados a doentes e oferecer abrigo a viajantes e peregrinos. Segundo o
Ministério da Saúde, hospital é definido como estabelecimento de saúde destinado a prestar
assistência sanitária em regime de internação a uma determinada clientela, ou de
não-internação, no caso de ambulatório ou outros serviços. Para se avaliar a necessidade de
serviços e leitos hospitalares numa dada região faz-se necessário considerar fatores como a
estrutura e nível de organização de saúde existente, número de habitantes e freqüência e dis-
-tribuição de doenças, além de outros eventos relacionados à saúde.
Por exemplo, é possível que numa região com grande população de jovens haja carência
de leitos de maternidade onde ocorre maior número de nascimentos. Em outra, onde haja
maior incidência de doenças crônico-degenerativas, a necessidade talvez seja a de expandir
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leitos de clínica médica. De acordo com a especialidade existente, o hospital pode ser
classificado como geral, destinado a prestar assistência nas quatro especialidades médicas
básicas, ou especializado, destinado a prestar assistência em uma especialidade, como, por
exemplo, maternidade, ortopedia, entre outras. Um outro critério utilizado para a
classificação de hospitais é o seu número de leitos ou capacidade instalada: são considerados
como de pequeno porte aqueles com até 50 leitos; de médio porte, de 51 a 150 leitos; de
grande porte, de 151 a 500 leitos; e de porte especial, acima de 500 leitos.
Conforme as diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS), os serviços de saúde em uma dada
região geográfica - desde as unidades básicas até os hospitais de maior complexidade - devem
estar integrados, constituindo um sistema hierarquizado e organizado de acordo com os níveis
de atenção à saúde.
O ambiente hospitalar é considerado um local de trabalho insalubre, onde os profissionais
e os próprios pacientes internados estão expostos a agressões de diversas naturezas, seja por
agentes físicos, como radiações originárias de equipamentos radiológicos e elementos
radioativos, seja por agentes químicos, como medicamentos e soluções, ou ainda por agen-
-tes biológicos, representados por microrganismos.
No hospital concentram-se os hospedeiros mais susceptíveis - os doentes - e os
microrganismos mais resistentes. O volume e a diversidade de antibióticos utilizados
provocam alterações importantes nos microrganismos, dando origem a cepas
multirresistentes, normalmente inexistentes na comunidade. A contaminação de pacientes
durante a realização de um procedimento ou por intermédio de artigos hospitalares pode
provocar infecções graves e de difícil tratamento. Procedimentos diagnósticos e terapêuticos
invasivos - como diálise peritonial, hemodiálise, inserção de cateteres e drenos, uso de drogas
imunossupressoras - são fatores que contribuem para a ocorrência de infecção.
Ao dar entrada no hospital, o paciente já pode estar com uma infecção, ou pode vir a
adquiri-la durante seu período de internação. Seguindo-se a classificação descrita na Portaria
no 2.616/98, do Ministério da Saúde5, podemos afirmar que o primeiro caso representa uma
infecção comunitária; o segundo, uma infecção hospitalar que pode ter como fontes a
equipe de saúde, o próprio paciente, os artigos hospitalares e o ambiente.
Visando evitar a ocorrência de infecção hospitalar, a equipe deve realizar os devidos cuidados
no tocante à sua prevenção e controle, principalmente relacionada à lavagem das mãos, pois
os microrganismos são facilmente levados de um paciente a outro ou do profissional para o
paciente, podendo causar a infecção cruzada.
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O ambiente hospitalar
Esses locais conseguem transmitir informações pelo jeito que são, pelos móveis que
possuem, suas cores ou iluminação, que juntos, são percebidos e processados pelo nosso
cérebro sem nem mesmo percebermos.
O ambiente hospitalar ideal para o paciente e o seu acompanhante é composto por diversos
fatores, cada um possui sua importância que vai desde a maneira como tratar o paciente e sua
família, até os objetos que servem de suporte ao paciente e ao acompanhante, e tudo irá
depender do nível de conscientização dos hospitais com a questão, porém, é preciso dar
ênfase na questão dos móveis .
Os móveis hospitalares têm muita importância na humanização do hospital, pois podem
melhorar ou piorar a experiência de seus usuários. A mobília adequada pode promover a
sensação de acolhimento ao paciente e ao seu acompanhante. Tanto um quanto o outro, se
sentem melhor quando entram em um quarto de internação hospitalar e se deparam com
móveis conservados e confortáveis para passarem o tempo determinado de internação.
Os ambientes hospitalares geralmente são repletos de vírus, bactérias e fungos. Por isso, é
extremamente importante que haja limpeza e higienização adequada dessas áreas, de modo a
evitar possíveis contaminações dos pacientes e funcionários. Para garantir que esse cuidado
seja seguido, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) desenvolveu a norma
7256:2005, que classifica as áreas hospitalares de três formas: crítica, semicrítica e não
crítica.
● Área semicrítica
A área semicrítica é aquela que possui um menor risco de transmissão de agentes infecciosos,
mas que mesmo assim precisam de todo o cuidado para que não haja contaminação. Podemos
considerar como áreas semicríticas: enfermaria, ambulatório, farmácia de medicamentos e
banheiros.
todas as “portas de entrada” estejam bem alinhadas à instituição. É certo que, com o
atendimento humanizado, o provável é o paciente retornar a consultar com o mesmo
profissional, não precisando procurar outro. Um dos motivos que causa este tipo de mudança
comportamental é despertar a memória afetiva do paciente. Ou seja, a pessoa se sente mais
aliviada ao entrar na consulta e tem maior tranquilidade em relação ao tratamento proposto
devido à formação da confiança. Esta mudança no atendimento é relevante para todas as
especialidades e segmentos, mas em algumas é mais notável sua importância.
O EPI faz parte da assistência médica cotidiana e é vital que os profissionais tenham
treinamento adequado para minimizar os riscos de contaminação cruzada entre pacientes e
entre pacientes e funcionários. Os funcionários devem se sentir capazes de desafiar a prática e
ter acesso a treinamento baseado nas melhores evidências disponíveis. A higiene das mãos
continua sendo a pedra angular da prevenção de infecções e todos os profissionais de saúde
devem estar cientes de que o uso de EPI não substitui a necessidade de realizar práticas
seguras de higiene das mãos e descontaminação das mãos.
O EPI é usado em ambientes de assistência médica para criar uma barreira entre os
profissionais e um agente infeccioso do paciente. Além disso, o EPI às vezes pode ser usado
pela família / visitantes do paciente, principalmente se eles estiverem prestando assistência
direta ao paciente, por exemplo, ajudando o paciente a ir ao banheiro. Nessas circunstâncias,
os prestadores de cuidados devem ser totalmente instruídos no uso de EPI e Higiene das
Mãos. A escolha do EPI deve basear-se na avaliação de risco da exposição potencial ao
sangue / fluidos corporais / agentes infecciosos.
Os EPI devem estar disponíveis no ponto de uso, tanto na comunidade quanto nos locais de
assistência médica aguda, e os funcionários devem receber treinamento sobre o uso e descarte
corretos dos EPI. Se usado de forma inadequada, o EPI pode aumentar o risco de transmissão
de infecções e colocar as pessoas em risco de contrair uma infecção.
Lavando as mãos
No dia-a-dia de nosso trabalho executamos grande variedade de procedimentos, muitos
deles repetidas vezes. Em geral, a importância que lhes é conferida associa-se ao grau de
complexidade, à tecnologia envolvida, à capacidade de provocar danos ou complicações ao
paciente e à frequência de realização. A pouca adesão dos profissionais da área de saúde à
prática de lavagem das mãos reflete em parte essa situação, pois é procedimento simples,
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comum na esfera social como hábito de higiene, o que certamente não lhe confere o valor e o
status de alta tecnologia. E muitas são as justificativas usadas pela equipe para não fazê-lo,
como, dentre outras: falta de pias e degermantes adequados, sobrecarga de serviço, situações
de emergência.
Em contrapartida, os especialistas são unânimes em afirmar que este é um dos
procedimentos mais significativos para a prevenção e o controle da infecção hospitalar,
sendo-lhe atribuída a possibilidade de redução acentuada da carga microbiana quando as
mãos são lavadas com água e sabão e com degermantes como povidine ou clorexidina.
Integridade
O conceito de integridade se refere àquilo que é íntegro. Sendo assim, o profissional da
Enfermagem deve trabalhar sempre com plenitude, dando o máximo de si e não se
corrompendo sob nenhuma hipótese. Os juramentos feitos ao término da sua graduação
devem ser mantidos!
Imparcialidade
Ao atender um paciente, não importa quem ele é. Sendo assim, o princípio da
imparcialidade é válido para todos, inclusive para aquelas pessoas que seguem um estilo de
vida diferente dos nossos ou que realizam atos passíveis de julgamento na justiça. O
enfermeiro não é um juiz. Lembre-se disso!
Confidencialidade
Assim como em outras profissões da área da saúde, é importante ressaltar que o que é dito
ao enfermeiro permanece com o enfermeiro. A confidencialidade das informações passadas
pelo paciente não deve ser violada em nenhum momento. Fique sempre de olho e não se
deixe levar por situações que possam tentá-lo a quebrar esse combinado.
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Empatia
Ter empatia também é um dos fundamentos da Enfermagem. Afinal, sem ela, o enfermeiro
não consegue se colocar no lugar dos seus pacientes e pode desenvolver um atendimento
menos humanizado, que vai contra as principais tendências do setor em todo o mundo. Ser
enfermeiro também é sentir!
Autonomia
O princípio da autonomia também deve ser trabalhado, pois é outro fundamento da
Enfermagem. O enfermeiro é um profissional com atribuições bem definidas pela Lei nº
7498, de 1986. Dentro dessas funções, ele tem autonomia para realizá-las de acordo com as
necessidades, tomando decisões em benefício dos pacientes e de suas equipes.
Idoneidade
Agir com precisão e de forma confiável também é outro fundamento dessa profissão. O
enfermeiro deve atuar de acordo com a sua regulamentação (vista acima) e com os
juramentos feitos na obtenção do seu diploma.
Gestão
Outro dos fundamentos da Enfermagem diz respeito à gestão. Essa é uma das áreas mais
importantes dessa profissão, pois garante que a organização das equipes seja o mais eficiente
possível e permite, assim, que ambientes como os hospitais funcionem da maneira
Organização
Organização é outra das palavras-chave envolvidas em todo esse processo! Se você quer
saber tudo sobre a faculdade de Enfermagem, é importante também aprender como
administrar e delegar tarefas, melhorando consideravelmente a vida dos pacientes que estão
sob os cuidados da sua equipe.
Inteligência emocional
Por fim, é extremamente importante que o enfermeiro desenvolva uma boa dose de
inteligência emocional. Esse é um dos fundamentos da Enfermagem, pois permite não só que
os desafios do cotidiano sejam enfrentados com uma graça maior, mas também que o
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profissional não adoeça por conta de problemas como a Síndrome de Burnout e a Fadiga por
Compaixão.
3.CONCLUSÃO
É importante ressaltar que as funções do enfermeiro em relação ao gerenciamento de
materiais em serviços de saúde devem ser realizadas tendo como objetivo a melhoria ou
aprimoramento das condições de existência aos usuários e de trabalho da equipe de
enfermagem e de saúde, é não como um atividade apenas burocrática, tendo como meta a
prevenção dos interesses econômicos das instituições.