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Aula 01 História da Enfermagem

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Prof. Ruth Rocha  A enfermagem no mundo atual...


 O que é Enfermagem ?  A humanização do cuidado.
 Qual o papel da equipe de enfermagem ? As dificuldades...
 Níveis profissionais... As alegrias...
 Áreas de atuação... As conquistas...
 E a história da enfermagem... – A enfermagem e a equipe multiprofissional.
Quando surgiu? –  Os conflitos.
Quem foram as pioneiras?  Enfermagem X Paciente/Cliente.
O que é Enfermagem
A enfermagem é uma ciência cujo objetivo é a implantação do tratamento de doenças e o cuidado ao ser humano,
individualmente, na família ou em comunidade de modo integral e holístico
O papel da Enfermagem
Pode-se imaginar, hoje, uma organização hospitalar saudável sem a presença marcante da equipe de Enfermagem?
------NÃO
A enfermagem tem se destacado como a “ciência do cuidar”, tendo como principal objetivo restaurar a saúde do
paciente e realizar assistência integral quando a doença não responde ao tratamento curativo.
 É uma das poucas profissões na área da Saúde que mescla o humano com o científico, cuidando do paciente
quando enfermo, na prevenção de doenças e na produção de pesquisas preventivas.
 Seu foco de atuação no ambiente hospitalar é garantir a melhora da qualidade de vida, tanto para o paciente, como
para seus familiares, que têm a enfermagem como elemento de referência, uma vez que é sempre a ela que recorrem.

No Brasil, temos atualmente um sistema de


O Técnico de Auxiliar de
enfermagem que comporta três níveis O Enfermeiro
Enfermagem (nível Enfermagem (nível
profissionais com funções muito específicas no (nível superior),
médio), fundamental).
atendimento ao paciente:

Níveis profissionais

Coordenar, planejar e supervisionar a assistência prestada pela equipe,


por meio da Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE);

Atuar nas áreas assistencial, administrativa, gerencial e, opcionalmente,


educacional (exercendo a função de professor e mestre);

Monitorar a evolução do paciente, para certificar-se


de que seus cuidados foram efetivos;

Realizar Educação em Saúde, por meio de orientação do paciente e/ou familiar, com o intuito de estabelecer segurança
para garantir a continuidade dos cuidados no ambiente domiciliar;
Trabalhar de forma integrada com a equipe multidisciplinar;
Administrar, cuja função é organizar, controlar e favorecer as práticas de cuidar, seja na elaboração de processos, na
auditoria e manutenção da qualidade
Níveis profissionais O Técnico de Enfermagem
Prestar assistência de enfermagem segura, humanizada e individualizada aos paciente/clientes, sob supervisão do
enfermeiro.
Auxiliar o superior na prevenção e controle das doenças transmissíveis em geral, em programas de vigilância
epidemiológica e no controle sistemático da infecção hospitalar.
Preparar pacientes/clientes para consultas e exames, orientando-os sobre as condições de realização dos mesmos.
Colher e ou auxiliar o cliente na coleta de material para exames de laboratório, segundo orientação.
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Orientar e auxiliar pacientes/clientes, prestando informações relativas a higiene, alimentação, utilização de


medicamentos e cuidados específicos em tratamento de saúde.
Verificar os sinais vitais e as condições gerais dos pacientes/clientes, segundo prescrição médica e de enfermagem.
Preparar e administrar medicações independente das vias, sob supervisão do Enfermeiro.
Cumprir prescrições de assistência médica e de enfermagem.
Realizar a movimentação e o transporte de pacientes/clientes de maneira segura. Auxiliar nos atendimentos de
urgência e emergência.
Realizar controles e registros das atividades do setor e outros que se fizerem necessários para a realização de
relatórios e controle estatístico.
Circular e instrumentar em salas cirúrgicas e obstétricas, preparando-as conforme o necessário.
Efetuar o controle diário do material utilizado, bem como requisitar, conforme as normas da Instituição, o material
necessário à prestação da assistência à saúde do paciente/cliente.
Controlar materiais, equipamentos e medicamentos sob sua responsabilidade.
Manter equipamentos e a unidade de trabalho organizada, zelando pela sua conservação e comunicando ao
superior eventuais problemas.
Executar atividades de limpeza, desinfecção, esterilização de materiais e equipamentos, bem como seu
armazenamento e distribuição.
Participar de programa de treinamento, quando convocado.
Executar tarefas pertinentes à área de atuação, utilizando-se de equipamentos e programas de informática.
Executar outras tarefas compatíveis com as exigências para o exercício da função.
Níveis profissionais O Auxiliar de Enfermagem
É capaz de dar cuidados básicos, sem presença de risco e complexidade, sempre com a supervisão de um
enfermeiro.
Pode fazer curativos simples, administrar remédios simples e dar injeções na veia e no músculo em
pacientes/clientes sem gravidade.
É capaz de observar, reconhecer e descrever sinais e sintomas e prestar cuidados de higiene e conforto ao
paciente/cliente.
Decreto Nº 94.406/87
Os limites das atividades dos profissionais de enfermagem (auxiliar, técnico e enfermeiro) estão definidos no
Decreto N° 94.406/87, que regulamenta a Lei N° 7.498/86, sobre o exercício profissional da Enfermagem.
As atividades do enfermeiro estão descritas nos artigos 8° e 9°, as competências do técnico de enfermagem, no
artigo 10°, e as do auxiliar, no artigo 11° do referido decreto
Os limites das atividades dos profissionais de enfermagem (auxiliar, técnico e enfermeiro) estão definidos no
Decreto N° 94.406/87, que regulamenta a Lei N° 7.498/86, sobre o exercício profissional da Enfermagem.
As atividades do enfermeiro estão descritas nos artigos 8° e 9° , as competências do técnico de enfermagem, no
artigo 10° , e as do auxiliar, no artigo 11° do referido decreto
Órgãos de Enfermagem
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Áreas de Atuação
Hospitais em geral; Postos de Saúde: Rede de atenção básica, esquipes da estratégia saúde da família; Home care; Laboratórios de
análise clínicas; Geriatria; Industrias: Enfermagem do trabalho; Escolas e Creches; Consultórios médicos, entre outros.
História da Enfermagem Origem da Profissão
Desde antes de Cristo que a profissão de enfermeiro já era conhecida, mesmo sem ter este nome.
Eram aqueles homens e mulheres abnegados que cuidavam dos doentes, idosos e deficientes, garantindo a sua sobrevivência.
Com o tempo, estes cuidados de saúde evoluíram e, entre os séculos, a Enfermagem surgiu entre os religiosos, como um sacerdócio.
Em seus primórdios tinha estreita relação com a maternidade, e era exclusivamente feita por mulheres.
Desta “seleção exclusivamente para mulheres”, a enfermagem prosseguiu, de novo pelas mulheres que exerciam a profissão mais
antiga do mundo, prostituição, alargando a prestação de cuidados ao sexo masculino, dos moribundos da guerra.
Eram escolhidas as prostitutas por estas conhecerem melhor que as outras mulheres o corpo dos homens, em todas
as suas vertentes, íntima também e como forma de reintegração destas à sociedade.
No século XVI (16), a Enfermagem já começa a ser vista como uma atividade profissional institucionalizada e, no
século XIX (19), como Enfermagem moderna na Inglaterra.

A palavra Enfermeira/o se compõe de duas palavras do latim: "nutrix", que significa mãe, e do verbo "nutrire", que tem como
significados criar e nutrir. Essas palavras, adaptadas ao inglês durante o século XIX , se transformaram na palavra Nurse que significa
Enfermeira.
A palavra "mãe" está presente até na formação do nome da profissão enfermagem “heróis da saúde”, que acompanham o ser humano
desde o nascimento até morte, como verdadeiros “anjos guardiões” Florence Nightingale nasceu em 12 de maio de 1820, em
Florença, Itália.
Em 1845, em Roma, no desejo de tornar-se enfermeira,
estudou as atividades das Irmandades Católicas e, em
1849, decidiu trabalhar na Alemanha, entre as
diaconisas.
Em 1854 foi enfermeira de guerra e, durante os combates,
os soldados fizeram de Florence o seu anjo da guarda,
pois de lanterna na mão percorria as enfermarias dos
acampamentos, atendendo os soldados doentes.
Por este motivo ela ficou conhecida mundialmente como A
Dama da Lâmpada

Ao retornar da guerra em 1856, recebeu um prêmio em dinheiro do governo inglês em reconhecimento ao seu trabalho.
Ela usou este dinheiro e deu início à Primeira Escola de Enfermagem, fundada no Hospital Saint Thomas, em 1859.
Florence morre em 13 de agosto de 1910, deixando florescente o ensino de enfermagem.

Ana Néri nasceu em 13 de dezembro de 1814, na cidade de Cachoeira,


na Bahia. Em 1864, quando seus dois filhos foram convocados para a
Guerra do Paraguai (1864-1870), ela não resistiu à separação da
família (era viúva) e colocou-se à disposição do governo para ir à
guerra, sendo considerada a primeira enfermeira voluntária do Brasil.
O seu nome foi dado à primeira Escola de Enfermagem oficializada
pelo Governo Federal, em 1923. Ana Néri faleceu no Rio de Janeiro,
em 20 de maio de 1880.
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Primeiras escolas de Enfermagem

Padrões de conhecimento na enfermagem


Carper (1978), ao investigar a literatura de enfermagem, identificou e descreveu quatro padrões de conhecimentos que as
enfermeiras têm valorizado e utilizado na prática. Além do conhecimento empírico refere os seguintes padrões:
Conhecimento Ético- Conhecimento moral da enfermagem envolve julgamentos éticos constantes e, frequentemente, implica
confrontar valores, normas, interesses ou princípios.
Conhecimento Pessoal em Enfermagem: compreende a experiência interior de tornar-se um todo, um self (suas atitudes e
comportamento indivíduo) consciente. Conhecimento de si próprio, de seus valores que é formado através das experiências da vida.
Ao considerar o self da outra pessoa, por exemplo, o enfermeiro com/e o paciente, o encontro caracteriza-se por ser um cuidado,
no qual ambos se ajudam a cresce
PADRÕES DE CONHECIMENTO NA ENFERMAGEM
Conhecimento Estético: conhecido como a arte da enfermagem. Expressa-se através das ações, comportamentos, atitudes,
condutas e interações da enfermagem com as pessoas. 5 sentidos da arte em enfermagem:
habilidade em extrair significado nos encontros com os pacientes;
habilidade em estabelecer uma conexão significativa com o paciente;
habilidade em realizar atividades de enfermagem com competência;
habilidade em usar a lógica ao prescrever o curso de uma ação de enfermagem;
habilidade em conduzir moralmente a sua prática de enfermagem.
O valor da experiência: é através dela que aprendemos a focalizar de imediato aquilo que é relevante na situação e extrair o seu
significado, só os que participam na prática dos cuidados têm noção da complexidade e da perícia exigida por um determinado
cuidado.
Sendo a enfermagem uma profissão em que as pessoas prestam cuidados a outras pessoas, é importante a qualidade da relação
interpessoal e intencional entre o cuidador e o paciente/cliente, inerente ao ato de cuidar.
Cuidar é o ideal moral da enfermagem cujo fim é a proteção, a promoção e a preservação da dignidade humana. Este ideal moral
do cuidar em enfermagem sendo como que o seu ponto de partida é também uma atitude que tem de se tomar, um desejo, uma
intenção, um compromisso que se manifesta em atos concretos - atos de cuidar
É importante ressaltar que: Embora descritos separadamente, os quatro padrões de conhecimento ocorrem de forma inter
relacionada e emergem da totalidade da experiência, sendo cada um igualmente necessário, cada um deles contribuindo como
componente essencial para a prática de enfermagem
A HUMANIZAÇÃO DO CUIDADO
Conceito: Humanização é a ação ou efeito de humanizar, de tornar
humano ou mais humano, tornar benévolo, tornar afável.
A humanização na área da saúde tem como um dos seus principais
objetivos fornecer um melhor atendimento dos beneficiários e
melhores condições para os trabalhadores.
O processo de humanização implica na evolução do Homem, pois
ele tenta aperfeiçoar as suas aptidões através da interação com o
seu meio envolvente.
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As dificuldades..

Primeiro emprego.
Insegurança.
Conflitos.
Perdas..

As conquistas...
 Espaço no mercado de trabalho.
 Autonomia.
 Valorização profissional.
 Respeito.
 Participação de destaque na
recuperação do paciente/cliente.
Enfermagem
Conhecimento
Dedicação
Compromisso
São princípios que fazem a diferença

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