Você está na página 1de 15

LEGISLAÇÃO E ÉTICA PROFISSIONAL

(Prof. Silas)

EUTANÁSIA E ABORTO

 Os dilemas éticos vão surgindo no dia a dia, exigindo do profissional


atualização constante. Daí o caráter dinâmico da discussão ética, haja
vista que os valores são históricos, portanto, mutáveis, pois construídos
para atender as nuances de determinado contexto sócio político-
econômico e cultural
LEGISLAÇÃO E ÉTICA PROFISSIONAL
EUTANÁSIA E ABORTO

 Dentre as proibições preconizadas no Código de Ética da Enfermagem


o artigo 29 proíbe que o profissional de enfermagem não deve
promover a eutanásia ou participar em prática destinada a antecipar a
morte do cliente
LEGISLAÇÃO E ÉTICA PROFISSIONAL
EUTANÁSIA E ABORTO

 A eutanásia é um fenômeno bastante antigo e sua própria


nomenclatura vem do grego e significa boa morte, ou de acordo com
algumas traduções, morte apropriada

 Sendo assim, o intuito da eutanásia é provocar uma morte menos


dolorosa para aquele que se encontra em estado de profundo
sofrimento
LEGISLAÇÃO E ÉTICA PROFISSIONAL
EUTANÁSIA E ABORTO

 Por muito tempo, o termo foi empregado abrangendo os mais diversos


tipos de procedimento, comissivos ou omissivos, em pacientes que,
mesmo doentes, encontravam-se em situações com níveis diferentes
de sofrimento

 Hoje em dia, o conceito de eutanásia popularmente conhecido


compreende a eutanásia ativa, que é aquela em que realmente existe
uma ação para findar a vida do paciente enfermo.
LEGISLAÇÃO E ÉTICA PROFISSIONAL
(Prof. Silas)

EUTANÁSIA E ABORTO

 Já a eutanásia passiva – ortotanásia – consiste em uma omissão.


Nesse segundo tipo, os meios que sustentam a vida do paciente são
retirados, privando-o de um tratamento que já não fazia tanto efeito
assim

 Dessa forma, o médico apenas regulará aspectos naturais e deixará


que a vida do paciente se estenda pelo tempo que seu corpo aguentar,
sem utilização de aparelhos ou mecanismos que prolonguem sua vida
LEGISLAÇÃO E ÉTICA PROFISSIONAL
(Prof. Silas)

EUTANÁSIA E ABORTO

 Se o tratamento se prolongar sem obtenção de resultados, havendo


também uma extensão do sofrimento do paciente, estamos frente à
distanásia. É desse tipo de procedimento que surge a ideia de vida
vegetativa: o paciente não responde aos estímulos, mas sua vida
continua sendo prolongada, utilizando-se de meio artificiais
LEGISLAÇÃO E ÉTICA PROFISSIONAL
EUTANÁSIA E ABORTO

 Quanto ao consentimento do paciente, se faz necessário citar também


outros três tipos de eutanásia. A eutanásia voluntária é aquela em que
existe uma vontade real do paciente. A eutanásia voluntária é também
denominada de suicídio assistido

 A segunda espécie é a chamada eutanásia involuntária. Nesta, tem-se


a completa negação do paciente, ou seja, ele não quer morrer, não
deseja a sua morte e esta é provocada contra a sua vontade. Esse tipo
de eutanásia, praticada em larga escala pela medicina nazista, pode e
deve ser punida, pois se trata de homicídio
LEGISLAÇÃO E ÉTICA PROFISSIONAL
EUTANÁSIA E ABORTO

 O terceiro tipo de eutanásia quanto ao consentimento do paciente é a


eutanásia não-voluntária, que, por sua vez, é aquela em que o paciente
não está consciente e, por isso, não pode fazer escolhas ou tomar
decisões. Geralmente, é levada em consideração a escolha da família
em diminuir o sofrimento de alguém que não responde mais aos
estímulos médicos
LEGISLAÇÃO E ÉTICA PROFISSIONAL
EUTANÁSIA E ABORTO

 Independentemente de toda a bondade supostamente envolvida na


prática, a eutanásia vai de encontro a um dos maiores – senão o maior
– principio fundamental: a vida

 Atualmente, poucos são os países que não criminalizam o método e,


preponderantemente, a eutanásia esbarra na ética e nos dogmas
religiosos, encontrando barreiras para ser praticada ao redor do mundo
LEGISLAÇÃO E ÉTICA PROFISSIONAL
EUTANÁSIA E ABORTO

 No Brasil, que, em tese, adota a laicidade do Estado, mas condena


grande parte das convenções opostas às cristãs, a atividade ainda é
condenada e tratada como homicídio puro e simples – o ordenamento
jurídico pátrio ainda não possui legislação ou qualquer tipificação
especial que regularize ou regulamente a eutanásia
LEGISLAÇÃO E ÉTICA PROFISSIONAL
EUTANÁSIA E ABORTO

 Em relação ao aborto, ele também se encontra no capítulo que aborda


as proibições e mostra em seu artigo 28 que é proibido provocar aborto
ou cooperar em prática destinada a interromper a gestação
LEGISLAÇÃO E ÉTICA PROFISSIONAL
EUTANÁSIA E ABORTO

 O termo aborto comporta diferentes significados, que variam conforme


o contexto cultural, político ou legal. Na área da saúde, abortamento é
a interrupção da gestação (espontânea ou voluntária) até 20 ou 22
semanas com o embrião ou feto pesando menos de 500g; já o aborto,
é o produto do abortamento

 Contudo, na prática, os dois termos são utilizados como sinônimos


LEGISLAÇÃO E ÉTICA PROFISSIONAL
EUTANÁSIA E ABORTO

 No campo da saúde coletiva, o abortamento é classificado em três


grandes tipos:

 Espontâneo ou induzido

 Legal ou ilegal

 Seguro ou inseguro
LEGISLAÇÃO E ÉTICA PROFISSIONAL
EUTANÁSIA E ABORTO

 No Brasil o aborto é considerado crime contra a vida, quando induzido


pela própria gestante (autoaborto) ou terceiros, sendo enquadrado nos
artigos 124 ao 127 do Código Penal
LEGISLAÇÃO E ÉTICA PROFISSIONAL
EUTANÁSIA E ABORTO

 Em parágrafo único dentro do mesmo capítulo é enfatizado que nos


casos previstos em Lei, o profissional deverá decidir, de acordo com a
sua consciência, sobre a sua participação ou não no ato abortivo

 O enfermeiro pode ser convocado a responder pelos seus atos ou de


um outro profissional de enfermagem, a ele subordinado, quando dos
mesmos resultarem quaisquer danos ou prejuízos, seja de ordem física
ou moral, ou ambas, porque se tornaram coautores

Você também pode gostar