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ÉTICA NA ENFERMAGEM
Prof. Silas
COMPETÊNCIAS
A Ética é um ramo da filosofia que lida com o que é moralmente bom ou mau, certo ou
errado. As palavras ética e moral têm a mesma base etimológica: a palavra grega ethos e a
palavra latina moral, ambas significam hábitos e costumes.
A ética, como expressão única do pensamento correto, conduz à ideia da universalidade
moral, ou ainda, à forma ideal, universal do comportamento humano, expressa em princípios
válidos para todo pensamento normal e sadio.
A palavra ética vem do grego – ethikos –, e significa aquilo que pertence ao (ethos), que
significava "bom costume", "costume superior", ou "portador de caráter". Uma das possíveis
definições de ética seria a de que é uma parte da filosofia (e pertinente às ciências sociais) que
lida com a compreensão das noções e dos princípios que sustentam as bases da moralidade
social e da vida individual. Em outras palavras, trata-se de uma reflexão sobre o valor das ações
sociais consideradas tanto no âmbito coletivo como no âmbito individual.
A ética também não deve ser confundida com a lei, embora com certa frequência a lei
tenha como base princípios éticos. Ao contrário do que ocorre com a lei, nenhum indivíduo
pode ser compelido, pelo Estado ou por outros indivíduos, a cumprir as normas éticas, nem
sofrer qualquer sanção pela desobediência a estas. Por outro lado, a lei pode ser omissa quanto
a questões abrangidas no escopo da ética.
A ÉTICA NA FILOSOFIA
As diversas profissões possuem seus códigos específicos. Não porque uma área de
atuação é melhor do que a outra, mas sim pelo fato de que as peculiaridades de cada profissão
exigem normas e legislações direcionadas. Além do Código de Ética, tem-se também outras
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legislações que falam sobre a profissão do Técnico de Enfermagem, como por exemplo a Lei
n. 5.905, de 12 de julho de 1973 que “Dispõe sobre a criação dos Conselhos Federal e Regionais
de Enfermagem e dá outras providências”.
A Lei n. 7.498, de 25 de junho de 1986 que Dispõe sobre a regulamentação do exercício
da enfermagem e dá outras providências”. Vale destacar nessa legislação alguns artigos que
tratam especificamente dos profissionais técnicos em enfermagem:
Parágrafo único. A enfermagem é exercida privativamente pelo Enfermeiro, pelo
Técnico de Enfermagem, pelo Auxiliar de Enfermagem e pela Parteira, respeitados os
respectivos graus de habilitação.
Art. 7º São Técnicos de Enfermagem: I o titular do diploma ou do certificado de Técnico
de Enfermagem, expedido de acordo com a legislação e registrado pelo órgão competente;
II o titular do diploma ou do certificado legalmente conferido por escola ou curso
estrangeiro, registrado em virtude de acordo de intercâmbio cultural ou revalidado no Brasil
como diploma de Técnico de Enfermagem.
Art. 12 O Técnico de Enfermagem exerce atividade de nível médio, envolvendo
orientação e acompanhamento do trabalho de enfermagem em grau auxiliar, e participação no
planejamento da assistência de enfermagem, cabendo-lhe especialmente:
a) participar da programação da assistência de enfermagem;
b) executar ações assistenciais de enfermagem, exceto as privativas do Enfermeiro;
c) participar da orientação e supervisão do trabalho de enfermagem em grau auxiliar;
d) participar da equipe de saúde.
Já o Decreto n. 94.406, de 08 de junho de 1987 trata sobre a regulamentação da Lei
7.498/1986 “que dispõe sobre o exercício da Enfermagem e dá outras providências”. Entre os
diversos artigos, destacaremos apenas o que nos interessa nesse momento:
Art. 1º O exercício da atividade de Enfermagem, observadas as disposições da Lei n.
7.498, de 25 de junho de 1986, e respeitados os graus de habilitação, é privativo de Enfermeiro,
Técnico de Enfermagem, Auxiliar de Enfermagem e Parteiro e só será permitido ao profissional
inscrito no Conselho Regional de Enfermagem da respectiva região.
Art. 5º São técnicos de Enfermagem:
I o titular do diploma ou do certificado de técnico de Enfermagem, expedido de acordo
com a legislação e registrado no órgão competente;
II o titular do diploma ou do certificado legalmente conferido por escola ou curso
estrangeiro, registrado em virtude de acordo de intercâmbio cultural ou revalidado no Brasil
como diploma de técnico de Enfermagem.
Art. 10 O Técnico de Enfermagem exerce as atividades auxiliares, de nível médio
técnico, atribuídas à equipe de Enfermagem, cabendo-lhe:
I assistir ao Enfermeiro:
a) no planejamento, programação, orientação e supervisão das atividades de assistência
de Enfermagem;
b) na prestação de cuidados diretos de Enfermagem a pacientes em estado grave;
c) na prevenção e controle das doenças transmissíveis em geral em programas de
vigilância epidemiológica;
d) na prevenção e controle sistemático da infecção hospitalar;
e) na prevenção e controle sistemático de danos físicos que possam ser causados
a pacientes durante a assistência de saúde.
II executar atividades de assistência de Enfermagem, excetuadas as privativas do
Enfermeiro e as referidas no Art. 9º deste Decreto:
III integrar a equipe de saúde.
Art. 14 Incumbe a todo o pessoal de Enfermagem:
I cumprir e fazer cumprir o Código de Deontologia da Enfermagem;
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1. Toda pessoa tem direito ao acesso a bens e serviços ordenados e organizados para garantia
da promoção, prevenção, proteção, tratamento e recuperação da saúde.
2. Toda pessoa tem direito ao tratamento adequado e no tempo certo para resolver o seu
problema de saúde.
3. Toda pessoa tem direito ao atendimento humanizado, realizado por profissionais
qualificados, em ambiente limpo, acolhedor e acessível a todas as pessoas.
4. Toda pessoa deve ter seus valores, sua cultura, crença e seus direitos respeitados na relação
com os serviços de saúde.
5. Toda pessoa é responsável para que seu tratamento e sua recuperação sejam adequados e sem
interrupção.
6. Toda pessoa tem direito à informação sobre os serviços de saúde e as diversas formas de
participação da comunidade.
7. Toda pessoa tem direito a participar dos conselhos e das conferências de saúde e de exigir
que os gestores federal, estaduais e municipais cumpram os princípios desta carta.
A carta dos direitos dos Usuários da Saúde foi aprovada no Conselho Nacional de Saúde
em junho de 2009, e publicada na Portaria n. 1.820, de 13 de agosto de 2009.
EUTANÁSIA E ABORTO
Dentre as proibições preconizadas no Código de Ética da Enfermagem o artigo 29
proíbe que o profissional de enfermagem não deve promover a eutanásia ou participar em
prática destinada a antecipar a morte do cliente.
Em relação ao aborto, ele também se encontra no capítulo que aborda as proibições e
mostra em seu artigo 28 que é proibido provocar aborto ou cooperar em prática destinada a
interromper a gestação.
Em parágrafo único dentro do mesmo capítulo é enfatizado que nos casos previstos em
Lei, o profissional deverá decidir, de acordo com a sua consciência, sobre a sua participação ou
não no ato abortivo.
O enfermeiro pode ser convocado a responder pelos seus atos ou de um outro
profissional de enfermagem, a ele subordinado, quando dos mesmos resultarem quaisquer
danos ou prejuízos, seja de ordem física ou moral, ou ambas, porque se tornaram coautores.
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