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Direito Médico

Aula 4 - Código de ética médica

Profa. Dra. Cristina Alves – 2023.2


A questão da ética é discutida desde a Antiguidade
Clássica, época em que Sócrates, Platão e Aristóteles
questionavam o que poderia ser composto como valores
universais entre os seres humanos, sobretudo no quesito
político da sociedade.

A ética surgiu desses princípios:

ações coletivas
individuais.
Os códigos de ética profissional foram produzidos pelos princípios
da conduta humana, aliados às diretrizes do ofício.

As profissões registradas são controladas pelo Estado, que exige e


fiscaliza que todos os profissionais cumpram os controles
preestabelecidos de normas e regras de conduta, com direitos e
deveres de cada um.

Para os médicos, o código de ética é ainda mais rigoroso, já que


seu desempenho e sua responsabilidade são constantemente
observados por lidar com vidas humanas.

Qualquer erro que possa causar problemas para os pacientes que


confiaram nos médicos pode acarretar em consequências não só
para ele, como também para hospitais e para o próprio código.
Código de Medicina

A primeira ação de compromisso para que as regras médicas sejam


cumpridas é através do juramento, realizado durante a formatura.

O juramento mais utilizado é de Hipócrates, mas há também outros


juramentos:

Ayurveda - é semelhante ao Juramento de Hipócrates, que é feito


pelos médicos ocidentais. É uma promessa de seguir os princípios
éticos e morais da Medicina Ayurveda (filosofia médica oriental
ddesenvolvida no subcontinente Indiano há milhares de anos.

Assaf- juramento médico que é feito pelos médicos Ayurveda.


Semelhante ao Juramento de Hipócrates, que é feito pelos médicos
ocidentais. O texto proíbe o médico, por exemplo de causar a morte
de um doente por meio de ervas ou poções; obrigada a guardar
segredps dos pacientes além de outras considerações que continuam
atuais.texto judaico “oração diária de um médico”
Taoismo – fundamentada no conceito filosófico de
integridade e unidade do todo – a unidade do
organismo humano em si e a unidade maior do ser
humano com a natureza.

Código de Hamurabi. - O médico e o julgador devem


estar sempre a serviço do indivíduo, respeitando a
vida e sua dignidade. O médico e o julgador devem
exercer a profissão com liberdade de decidir. Há
aproximação entre as construções das éticas da
Medicina e Direito ajustadas à busca da
materialidade, respectivamente, da doença e do
delito, nas primeiras cidades.
Primeiro Código de Ética Médica Moderna foi publicado em
1803 por Tomas Percival, que era médico, filósofo e escritor.

Percival organizou um manual de condutas profissionais


médicas e hospitalares. A importância deste manual foi
confirmada quando a Associação Médica Americana o tornou
o primeiro código de ética do país e de uma associação
profissional, em 1847.

O médico escritor publicou vários livros sobre condutas e


éticas médicas, sempre baseadas nos debates entre médicos,
cirurgiões, boticas e físicos, sobre suas obrigações com os
pacientes.
No Brasil, o primeiro decreto sobre a profissão foi elaborado em
1851, pela Academia Imperial de Medicina, ainda sem os traços de
um código dos médicos.

Em 1867, com a tradução do código de ética de Tomas Percival, é


que começou de fato a ser questionada a ética médica.

Com a criação do Sindicato Médico Brasileiro, em 1927, inicia-se


novamente a discussão sobre as questões éticas, até que foi
publicada uma tradução do código de ética criado no VI Congresso
Médico Latino-Americano de Havana, em 1929, que serviu de base
para os criados, posteriormente.
Após várias adaptações, o atual Código de Ética Médica foi
criado em 1988, no período de redemocratização, e revisado
em 2009.

O novo código é moderno por abranger não só a realidade


prática da medicina, como também o compromisso de
transformação.

Apesar disso, ele está sempre em debate, para que sejam


incluídas questões sobre bioéticas.

A discussão também se amplia sobre as condições humanas,


que acabaram tornando a medicina como um sacerdócio.

A proposta é focar na qualidade técnica e científica dos


médicos, que precisam de estrutura e remuneração dignas
para exercer o trabalho.
A reformulação do Código

O Código de Ética Médica tem uma atuação importante


não só para os médicos, mas também para a política, já
que atua em defesa da saúde da população.

Por isso, precisa se manter sempre atualizado de acordo


com as mudanças da sociedade e com a evolução
científica.

O Conselho Federal de Medicina está revisando o código


criado em 1988 e convidou a sociedade civil organizada
a participar.

Ouvindo médicos e pacientes com sugestões e opiniões


sobre o ofício da medicina, o Conselho visa criar um
código amplo e que abranja todo o país.
A evolução tecnológica e científica é a mola propulsora dessa
atualização. O código precisa acompanhar essas mudanças na mesma
velocidade em que elas acontecem. Avaliando e sabendo o impacto
que causam, mas de que forma elas são irreversíveis na conduta.

A sociedade tem uma visão de que a tecnologia é magnânima, já que


é a partir dela que as evoluções estão circundando, mas não avalia o
quanto elas interferem na ética.

Esse debate é fundamental para construir um novo Código, mais


coerente e sensato, sem diminuir a importância da tecnologia e nem
deixar de refletir e ponderar sobre suas consequências.
Temas como:

manipulação de células germinativas


distanásia,
terapia gênica
reprodução assistida
diálogo livre e esclarecido
autonomia
relação médico-paciente,
responsabilidade civil dos médicos
situações clínicas irreversíveis e terminais

Outros temas, também, devem ser atribuídos ao Código .

Objetivos:

sustentar,
preservar
promover o prestígio
união profissional, garantindo à sociedade padrões de prática e estabelecer valores,
deveres e virtudes profissionais.
Um dos assuntos recorrentes ao debate é a reprodução assistida.

O Código de Ética proíbe que, em uma fertilização in vitro, haja embriões


implantados com escolha de cor dos olhos, pele, sexo e até de possíveis
doenças genéticas.

O dispositivo do Código de Ética Médica encontra correspondência


com os itens 4 e 5 do Título I da Resolução CFM 1358/92 que
proíbem a aplicação das técnicas de reprodução assistida com o intento
de "selecionar o sexo ou qualquer outra característica biológica do futuro
filho", salvo para fins terapêuticos ou preventivos de doenças.
Nenhum médico pode criar seres humanos geneticamente modificados, seja qual
for a circunstância, sem também interferir no genoma humano.

Os debates visam questões como essa, em que a sociedade que recrimina esse tipo
de ação também se interessa em usar a tecnologia a seu favor.

Nesse caso, por exemplo, dificilmente haverá um denunciante, já que é ele quem
usufrui desse erro ético médico. O estudo do genoma é um dos que mais atiçam o
Conselho de Ética.

Os avanços tecnológicos mostram que ele é a estrutura da cura de uma infinidade de


doenças, mas bate de frente com a ética, a religião e os conceitos sociais
conturbados.
Funcionamento do Código de Ética para o cidadão

O Conselho Federal de Medicina, por meio do Código de Ética Médica, defende os


interesses corporativos da profissão, em prol da boa medicina, focados em uma
formação mais técnica e humanista, sem o conceito de super-heróis.

Através de seu portal, o paciente pode fazer uma denúncia sobre médicos que possam
ter descumprido o código de ética.

É direcionada ao Presidente do Conselho e só é aceita se assinada e com todos os dados


do denunciante, que precisa narrar todo o fato ocorrido de forma clara, sem deixar de
mencionar o nome do hospital ou o consultório e o nome do médico envolvido. Se
houver testemunhas, elas também devem ser acrescentadas.
O processo seguinte é abrir uma sindicância para averiguação dos fatos e
comprovação das provas.

O Conselho empenha uma pessoa como responsável pelas investigações, que,


em um prazo de 30 dias, indica se houve ou não uma infração.

Caso a denúncia não seja comprovada, ela será arquivada. Outra hipótese, em
caso afirmativo da infração, é um acordo entre paciente e médicos ou um
processo ético.

Nesse caso, um conselheiro instrutor é indicado para conduzir o processo, que


dura em média 60 dias.

As penalidades podem ser financeiras, afastamento por tempo determinado e


até cassação do registro profissional.
O Conselho Federal de Medicina pode abrir uma sindicância mesmo sem denúncia, para
avaliar algum procedimento ou estabelecimento médico que possa depor contra o código.

Decisões polêmicas do Código de Ética:

a proibição do médico em fazer manipulações genéticas


não estar vinculado a cartões e consórcios
escolher o sexo do bebê em reprodução assistida
procedimentos desnecessários em pacientes terminais.

O paciente tem direito a uma segunda opinião e a que suas escolhas sejam
determinantes.
A favor dos médicos

O CFM, foi criado, também, para proteger os médicos de políticas públicas que
não favoreçam a profissão, da desvalorização salarial e de condições
inadequadas de trabalho.

As empresas podem tomar decisões satisfatórias a ela e ao funcionário,


conscientes de que comportamentos éticos são vitais ao sucesso das organizações
e da sociedade.

Empresários conscientes entendem que, através da ética, podem se tornar mais


competitivos no setor médico.

Estimulando os profissionais que trabalham em sua empresa a fortalecerem o


trabalho que exercem, o que causa satisfação, produtividade, lucros e
motivação.
A questão salarial é ainda mais importante, já que os médicos não possuem um
piso salarial da categoria, apenas uma sugestão dos órgãos para que sejam
baseadas as negociações.

Muitos valores são, muito, abaixo da responsabilidade e da dedicação que o


médico oferece.

Dentre eles, o que mais está em defasagem é o setor público, com uma diferença
de até quatro vezes menos que o setor privado.
Com o Código de Ética em mãos, a categoria luta por salários mais justos e também
por segurança no trabalho.

Muitos médicos passam por situações limites em áreas de risco, como também tem
dificuldade de ter material de qualidade para trabalhar. Alguns ambientes são
totalmente fora do objetivo mínimo de qualidade e impedem uma qualidade
profissional adequada.

Essa situação de insegurança acaba refletindo em áreas carentes sem cobertura


médica, já que não é oferecido o mínimo para garantir a vida dos profissionais.

A partir do Código de Ética, que também inclui os direitos do profissional, pode-se


lutar a favor da população e do profissional, para que haja infraestrutura digna.
Principais alterações do novo código de ética médica

O C.E. Atual foi publicado em 2019 e pelo CFM e entrou em vigor no mesmo ano.

Com a revisão recente do código de ética na medica houve a inserção de artigos que
tratam principalmente da relação entre médicos e pacientes.

A revisão recente do Código manteve a estrutura anterior do documento, com a


mesma quantidade e temas dos capítulos.

Algumas alterações foram feitas com da inserção de artigos que falam principalmente
do tratamento entre médicos e pacientes e da adoção de novas tecnologias,
disponíveis há pouco tempo.
Destaques do novo código de ética na medicina:

Limites no uso das redes sociais por médicos, que devem evitar a
autopromoção e focar em publicações de cunho informativo
Previsão do uso de meios técnicos e científicos disponíveis que visem aos
melhores resultados como um dos princípios médicos fundamentais
Exigência da não discriminação de médicos com deficiência, que poderão
exercer a profissão nos limites de suas capacidades, desde que seja seguro para o
paciente
Proibição do tratamento de qualquer ser humano sem civilidade ou
consideração, com desrespeito à sua dignidade ou discriminação de qualquer
forma ou sob qualquer pretexto
Exigência de que os médicos tratem colegas com respeito, consideração e
solidariedade.
Percepções dos principais pontos do código de ética na medicina

Em um total de 14 capítulos, o Código de Ética Médica aborda direitos, deveres e


princípios da profissão.

Seus 25 princípios fundamentais, 10 normas diceológicas, 118 normas deontológicas e 4


disposições gerais que orientam os médicos sobre diferentes assuntos, estabelecem a
conduta esperada nessas situações.

O conteúdo está pautado na relação do médico com o paciente, sociedade e outros


médicos, além da rotina da profissão exercida em todos os níveis de atenção em saúde.
Pontos relevantes sobre o tema.

Respeito às necessidade do paciente é uma ética na medicina

Respeitar as demandas do paciente e ter empatia com a situação são pontos


fundamentais para todo profissional de saúde, principalmente para os médicos que
lidam diariamente com a finitude da vida.

É importante que os médicos priorizem as carências que serão tratadas, amenizadas,


curadas ou acolhidas, para não introduzir métodos desnecessários ou com custo-
benefício desfavorável.

Nesse sentido é fundamental ter empatia e se colocar no lugar do outro, considerando a


decisão difícil que o paciente deve tomar e a insegurança que paira nos momentos mais
críticos de sua existência.
Diagnóstico e tratamento mais certeiros

Diagnosticar um problema de saúde, sua extensão e


complexidade e avaliar o prognóstico do paciente é uma questão
que envolve mais do que raciocínio clínico e econômico da
situação. Nesse contexto, é preciso integrar diversas
metodologias.

Fundamental estabelecer os métodos de triagem diagnósticos


mais condizentes com a situação, estudar as queixas e sintomas
clínicos apresentados, formular hipóteses e testar intervenções,
este trabalho envolve concentração, conhecimento, discussão
com outros médicos, entre outras ferramentas mentais para que
o diagnóstico e o tratamento sejam os mais adequados à
suspeita clínica.
Garantir que não esteja prejudicando o paciente

Não causar o mal é um princípio que vem desde os primórdios da


medicina, devido às inúmeras terapias sem comprovação
científica ou racional que permeavam neste meio.

Sabe-se que ainda perduram muitas ideias e tratamentos


empíricos na atualidade, podendo causar malefícios, atrasar na
identificação do diagnóstico e contribuir para complicações ou
morte do paciente.

As primeiras avaliações clínicas devem prezar por não prejudicar o


paciente em hipótese alguma, principalmente quando se tem
consciência de que a intervenção será mais danosa do que
benéfica.
Código de Ética na Prática

A medicina presta um serviço essencial, pois o cuidado com a saúde


está entre os direitos universais dos seres humanos.

O lidar com a saúde e a vida de outras pessoas é uma tarefa difícil, que
se torna mais simples quando há clareza sobre o comportamento
esperado de um médico.
O Código de Ética se presta a esse papel, recomendando a postura
apropriada em cada caso.

Essencialmente, ao colocar os princípios em prática, o documento pede


que médicos tomem decisões embasadas pelo conhecimento
científico, sem deixar de lado: a humanização no atendimento
Inclusão, zelo, honra e dignidade devem nortear as ações desses
profissionais, além de considerar o nível de letramento em saúde do
indivíduo, para facilitar o esclarecimento e a adesão ao tratamento
preconizado.
RELAÇÃO MÉDICO E COLEGAS

A relação entre médicos é tratada no Capítulo VII do Código, que


prevê colaboração e solidariedade em prol da saúde, discutindo
pontos relevantes entre as condutas de diferentes especialistas.

Um médico não pode descartar o tratamento prescrito por outro,


a não ser que haja benefícios para o paciente.

Não é permitido negar o acesso a ferramentas


ou tecnologias que auxiliem no tratamento de qualidade,
considerando nesse contexto o acesso e as funcionalidades
desses equipamentos.

A ideia é estabelecer limites para a disputa entre médicos, de


forma que não prejudique ou exclua o paciente.
Relação entre médico e sociedade

Médicos têm um grande propósito moral:

cuidar da saúde de todos os cidadãos, independentemente da


opção religiosa, sexual, comportamental, racial, entre outras
questões que carregam grande peso de preconceito na
sociedade.
TELEMEDICINA

Redução da carga de trabalho com o auxílio de novas


tecnologias, conforme orienta o CFM.
Utilização de tecnologias da informação e comunicação para
entregar laudos à distância, além de oferecer outros serviços
igualmente interessantes.

Especialistas que atuam em clínicas médicas ou hospitais não


precisam despender horas na interpretação de exames de
diagnóstico, o que pode aumentar a produtividade sem perder a
qualidade.

Basta treinar um técnico em enfermagem ou radiologia para que


faça testes simples com equipamento digital. O próprio técnico
pode compartilhar os registros de raio X, eletrocardiograma,
espirometria e outros exames, via plataforma de telemedicina.
Juramento de Hipócrates

O Juramento de Hipócrates é um ato solene e tradicional


efetuado pelos médicos quando do término de sua formação
acadêmica. Acredita-se que ele tenha sido escrito por
Hipócrates – considerado como o pai da medicina ocidental –
ou por um de seus alunos.

O juramento original foi escrito em grego jônico (no século V


a.C.) e sofreu modificações com o transcorrer do tempo.

De forma original existe a versão escrita em Lausane no ano


de 1771, e outra ratificada em 1948, quando da Declaração de
Genebra, Suíça.
O Juramento foi revisto pela 22ª Assembleia da Associação
Médica Mundial, em agosto de 1968, e depois pela 35ª
Assembleia, realizada em outubro de 1983 em Veneza Itália, e
pela 46ª Assembleia, em setembro de 1994, em Estocolmo,
Suécia.

Revisão editorial veio em maio de 2005, na 170ª


Sessão do Conselho, em Divonne-les-Bains, França, e
na 173ª Seção do Conselho, novamente na mesma
cidade francesa, em maio de 2006. A revisão atual foi
determinada na 68ª Assembleia, realizada em Chicago,
EUA, em outubro de 2017.
JURAMENTO de HIPÓCRATES 1771

Prefácio

São estes os estatutos da arte médica que o aluno deve aceitar e


confirmar por juramento, Contêm os preceitos sobre a gratidão
para com o professor; sobre a integridade do doente e sobre os
mais graves casos cirúrgicos não curáveis, como a extracção de
cálculos da bexiga, como se debus pela divisão da medicina em
três partes, Os antigos aceitavam-na, os Mercuriales rejeitam-na,

Argumento

Os deveres que o médico deve ter para com o professor e para


com a profissão são: a integridade de vida, a assistência aos
doentes e o desprezo pela sua própria pessoa,
Juramento

Juro por Apolo Médico, por Esculápio por Higía por Panaceia e por todos
os Deuses e Deusas que acato este juramento e que o procurarei cumprir
com todas as minhas forças físicas e intelectuais; Honrarei o professor que
me ensinar esta arte como os meus próprios pais; partilharei com ele os
alimentos e auxiliá-lo-ei nas suas carências, Estimarei os filhos dele como
irmãos e, se quiserem aprender esta arte, ensiná-la-ei sem contrato ou
remuneração.

...”A partir de regras, lições e outros processos ensinarei o conhecimento


global da medicina, tanto aos meus filhos e aos daquele que me ensina!;
como aos alunos abrangidos por contrato e por juramento médico, mas a
mais ninguém. A vida que professar será para benefício dos doentes e
para o meu próprio bem, nunca para prejuízo deles ou com malévolos
propósitos”. HIPOCRATIS OPERA VERA ET ADSCRIPTA Tomus Quartus, pág: 197-
198-199, Lausanne MDCCLXXI
1983

No momento de ser admitido como Membro da Profissão Médica:

Prometo solenemente consagrar a minha vida ao serviço da Humanidade. Darei aos


meus Mestres o respeito e o reconhecimento que lhes são devidos. Exercerei a
minha arte com consciência e dignidade. A Saúde do meu Doente será a minha
primeira preocupação. Mesmo após a morte do doente respeitarei os segredos que
me tiver confiado. Manterei por todos os meios ao meu alcance, a honra e as
nobres tradições da profissão médica. Os meus Colegas serão meus irmãos. Não
permitirei que considerações de religjão, nacionalidade, raça, partido político, ou
posição social se interponham entre o meu dever e o meu Doente. Guardarei
respeito absoluto pela Vida Humana desde o seu início, mesmo sob ameaça e não
farei uso dos meus conhecimentos Médicos contra as leis da Humanidade. Faço
estas promessas solenemente, livremente e sob a minha honra.

FÓRMULA DE GENEBRA Adoptado pela Associação Médica Mundial, em 1983.


(Versão de outubro de 2017, da Associação Médica Mundial)
Como membro da profissão médica:

» EU PROMETO SOLENEMENTE consagrar minha vida ao serviço da humanidade;


» A SAÚDE E O BEM-ESTAR DE MEU PACIENTE serão as minhas primeiras preocupações;
» RESPEITAREI a autonomia e a dignidade do meu paciente;
» GUARDAREI o máximo respeito pela vida humana;
» NÃO PERMITIREI que considerações sobre idade, doença ou deficiência, crença religiosa,
origem étnica, sexo, nacionalidade, filiação política, raça, orientação sexual, estatuto social ou
qualquer outro fator se interponham entre o meu dever e meu paciente;
» RESPEITAREI os segredos que me forem confiados, mesmo após a morte do paciente;
» EXERCEREI a minha profissão com consciência e dignidade e de acordo com as boas práticas
médicas;
» FOMENTAREI a honra e as nobres tradições da profissão médica;
» GUARDAREI respeito e gratidão aos meus mestres, colegas e alunos pelo que lhes é devido;
» PARTILHAREI os meus conhecimentos médicos em benefício dos pacientes e da melhoria dos
cuidados da saúde;
» CUIDAREI da minha saúde, bem-estar e capacidades para prestar cuidados da maior
qualidade; e
» NÃO USAREI os meus conhecimentos médicos para violar direitos humanos e liberdades
civis, mesmo sob ameaça.
FAÇO ESTAS PROMESSAS solenemente, livremente e sob palavra de honra.
Bibliografia

• BERGSTEIN, Gilberto. A informação na relação médico-


paciente. São Paulo: Saraiva, 2013. (Minha Biblioteca)
• Código de Ética Médica.

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