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RESUMO PARA A2 ÉTICA

 INTRODUÇÃO

 A ética é um conjunto de valores e de hábitos consagrados pela tradição cultural


de um povo, que é adquirido ou conquistado.

 A ética não é lei, pois as pessoas não sofrem penalidades do Estado por não
cumprirem (algumas) normas éticas.

 Teoria sobre a conduta da ética, envolve as seguintes perguntas: Quero? Posso?


Devo?

 A moral é o ato ou prática de não realizar aquilo que o indivíduo não considera
ético (costumes), tendo como base os valores próprios de uma sociedade ou
grupo social. É normativa, ou seja, ela parte de um conjunto de regras, valores,
proibições e tabus que provêm de fora do ser humano.

 Diferentes sociedades contem diferentes valores, sendo assim, códigos morais


bastante distintos. A moral é mutável e está diretamente relacionada com
práticas culturais

 O Anel de Giges envolvia Platão, Aristóteles, Kant e Santo Agostinho e São


Tomás de Aquino. Reflexão sobre como os indivíduos iriam se comportar, se
cometeriam ações antiéticas. “Os fins não justificam os meios”.

 A cidadania é o conjunto de direitos e deveres exercidos por um indivíduo que


vive em sociedade, no que se refere ao seu poder e grau de intervenção no
usufruto de seus espaços e na sua posição em poder nele intervir e transformá-lo.
 Para profissionais qualificados é necessário o conhecimento das normas
sanitárias e das que reagem a profissão, principalmente, o Código de Ética da
Profissão Farmacêutica.

 o Código de Ética e Processo Ético da Profissão Farmacêutica foi elaborado


pelo Conselho Federal de Farmácia e publicado como sendo a Resolução mais
recente a nº 724/2022. Estabelece os direitos, deveres e proibições para os
profissionais atuantes na área farmacêutica.

 A questão da ética profissional não pode se restringir a condutas normativas


adotadas de forma dogmática ou autoritária, mas sim, como um conjunto
de virtudes e qualidades do indivíduo que deve ser transferido para o âmbito
profissional e resultando em benefícios recíprocos. Ex: honestidade,
competência prudência e responsabilidade.

 HIERARQUIA DAS LEIS E BIOÉTICA

 hierarquia é essencial para garantir o controle de constitucionalidade das


normas ou para solucionar eventual conflito entre elas.

 Deontologia trata do conjunto de deveres e princípios éticos relativos a cada


profissão, ocupação ou local de trabalho. É a teoria ética normativa na qual a
moralidade de uma ação deve se basear em: se a própria ação é certa ou errada
(sob uma série de regras) sem se basear nas consequências da ação. Origem
Kantiana, têm uma base fundamental normativa.

 Deontologia Farmacêutica ramo que instrui os Farmacêuticos sobre a ética e


as leis que o cercam, e, portanto, precisam ser conhecidas . É um conjunto de
regras que indicam o comportamento do indivíduo, na qualidade de membro
de um grupo que, ao exercer a profissão farmacêutica, tem que cumprir essas
regras e garantir a conveniência e a utilidade desse grupo social, a fim de que ele
possa alcançar melhor as finalidades propostas ao conjunto da sociedade.

 Farmacêutico deve possuir ampla formação humanística e abertura para as


discussões em torno de questões relacionadas à ética e à bioética.

 A Bioética tem por objetivo associar a Biologia à Ética, por meio de uma
prática interdisciplinar, onde esperam os médicos, homens de ciência,
advogados, juristas, religiosos, atuem em comum para estabelecer um conjunto
de normas aceitável para todos.

 O Sistema Único de Saúde (SUS) é o conjunto de todas as ações e serviços de


saúde prestados por órgãos e instituições públicas federais, estaduais e
municipais, da administração direta e indireta e das fundações mantidas pelo
Poder Público. Em todo o país, o SUS deve ter a mesma doutrina e a mesma
forma de organização e está baseado em princípios doutrinários (núcleo comum)
e organizativos (operacionalização).

 Princípios do SUS:

 Universalização: a saúde é um direito de cidadania de todas as pessoas e cabe


ao Estado assegurar este direito, sendo que o acesso às ações e serviços deve ser
garantido a todas as pessoas, independentemente de sexo, raça, ocupação ou
outras características sociais ou pessoais.

 Equidade: o objetivo desse princípio é diminuir desigualdades. Apesar de todas


as pessoas possuírem direito aos serviços, as pessoas não são iguais e, por isso,
têm necessidades distintas. Em outras palavras, equidade significa tratar
desigualmente os desiguais, investindo mais onde a carência é maior

 Integralidade: considera as pessoas como um todo, atendendo a todas as suas


necessidades. Para isso, é importante a integração de ações, incluindo a
promoção da saúde, a prevenção de doenças, o tratamento e a reabilitação.
Juntamente, o princípio de integralidade pressupõe a articulação da saúde com
outras políticas públicas, para assegurar uma atuação intersetorial entre as
diferentes áreas que tenham repercussão na saúde e qualidade de vida dos
indivíduos.

 Princípios Organizativos:
 Regionalização e Hierarquização: os serviços devem ser organizados em
níveis crescentes de complexidade, circunscritos a uma determinada área
geográfica, planejados a partir de critérios epidemiológicos e com definição e
conhecimento da população a ser atendida.

 Descentralização e Comando Único: descentralizar é redistribuir poder e


responsabilidade entre os três níveis de governo. Com relação à saúde,
descentralização objetiva prestar serviços com maior qualidade e garantir o
controle e a fiscalização por parte dos cidadãos.

 Participação Popular: a sociedade deve participar no dia-a-dia do sistema. Para


isto, devem ser criados os Conselhos e as Conferências de Saúde, que visam
formular estratégias, controlar e avaliar a execução da política de saúde.

 Indústria Farmacêutica é dinâmica e investe em tecnologia avançada além de


investir em estratégias de marketing.

 Não pode ter CRF e CRM ao mesmo tempo, pois causa conflito de interesses
entre farmácias e médicos.

 Processo saúde – doença (variáveis que podem implicar na saúde ou doença de


uma população). Deve-se atender ao Princípio da Beneficência (bonum fare)
que determina fazer sempre o bem ao paciente, atendendo aos interesses
dele, faz parte da postura do profissional da saúde.

 Formas de informação: Informação oral e outras ferramentas de sedução;


Informação mais fácil e o papel da indústria; Informação disseminada e o papel
da mídia; Informação pretensamente científica; Informação mais fidedigna, mas
necessariamente escrutinada. Devemos sempre buscar as informações mais
fidedignas.

 Informação mais fácil e o papel da indústria: o aprendizado passivo é mais


fácil assistência a palestras, simpósios satélites em congressos, pequenos
cursos (geralmente em hotéis “estrelados”). Formadores de opinião têm papel
preponderante e recompensa financeira significativa para quem os patrocina.

 Informação disseminada e o papel da mídia: transmite para a população a


ideia da necessidade de novos produtos, sempre melhores do que os antigos. As
pessoas acreditam que encontrarão a solução para todos os males nos novos e
promissores medicamentos. Publicidade direta ao público de novos
medicamentos pode levar a erros de administração ou medicalização
inapropriada de doenças.
 Ética da transmissão de conhecimento pela Internet: oferece a possibilidade
de informar interativamente o paciente, em blogs, comunidades, sites de busca.

 Escritor fantasma: é definido como aquele que planeja o protocolo de pesquisa,


realiza as análises estatísticas ou escreve o artigo sem que seu nome conste
como autor da publicação.

 Aspectos éticos:

 A ética na utilização de medicamentos genéricos versus os de marca: O uso


de medicamentos de marca em vez de genéricos aumenta os custos com saúde,
muitos medicamentos ainda sejam superiores aos genéricos são prescritos como
os medicamentos de marca. Muitos medicamentos ainda permanecem na nossa
memória como os medicamentos de marca, isso possivelmente reflita a crença
de médicos e pacientes de que medicamentos de marca ainda sejam superiores
aos genéricos. A escolha pelos medicamentos genéricos deve ser encorajada
para diminuir custos e limitar a influência comercial.

 Uso off label é a prática da prescrição de medicamentos registrados para uso não
incluído na informação do produto, tal prática não é recomendada. Tal
prescrição não é ilegal, mas aspectos clínicos, de segurança e éticos devem
ser considerados. Ex: anticonvulsivante (análogo ao GABA ácido 
aminobutírico) off label indicado para dor neuropática e ansiedade, potencial
efeito adverso morte súbita.

 A ética na prescrição sub-reptícia: quando fármacos poderosos são


mascarados com alimentos e administrados a pacientes não avisados.

 LEGISLAÇÃO PROFISSIONAL E CÓDIGO DE ÉTICA


FARMACÊUTICA

 O exercício da profissão farmacêutica compreende: a manipulação e o


comércio dos medicamentos ou remédios magistrais; manipulação e o fabrico
dos medicamentos galênicos e das especialidades farmacêuticas; o comércio
direto com o consumidor de todos os medicamentos oficinais, especialidades
farmacêuticas, produtos químicos, galênicos, biológicos, e plantas de aplicações
terapêuticas.

 Medicamentos:
 Medicamentos magistrais: aqueles manipulados em farmácias com
manipulação a partir de uma prescrição por médico ou outro profissional
prescritor.

 Medicamentos galênicos: manipulados em farmácias com manipulação a partir


de plantas medicinais.

 Medicamentos oficinais: são as formulações farmacopeicas.

 Especialidades Farmacêuticas: são medicamentos de fórmula conhecida, de


ação terapêutica comprovável, em forma farmacêutica estável, embalado de
modo uniforme e comercializado com um nome convencional.

 O Conselho Profissional – CRF: Registrar os profissionais, expedindo a


carteira profissional e a cédula de identidade, e as empresas; Examinar e decidir
sobre as reclamações e representações dos serviços de registro e as infrações à
Lei Federal nº 3.820/60; Fiscalizar o exercício das atividades farmacêuticas,
impedindo e punindo as infrações à lei; Dirimir dúvidas relativas à competência
e ao âmbito das atividades profissionais farmacêuticas; Analisar e julgar em
primeira instância os processos de interesse da profissão farmacêutica afetos à
sua competência administrativa e zelar pela saúde pública, promovendo a
assistência farmacêutica.

 A fiscalização do CRFSP é exercida exclusivamente por farmacêuticos fiscais


aprovados em concurso/processo seletivo. Os fiscais atuam em todo o Estado de
SP, inspecionam inclusive em períodos noturnos, finais de semana e feriados e
ocorrem mediante formalização de termos de visita e termos de intimação/auto
de infração.

 Constituição Federal é a norma máxima, e não pode ser contrariada, prevê três
esferas de responsabilidade: Civil, Penal e Administrativa. Código de Ética
Farmacêutica trata de responsabilidade do exercício profissional está inserida na
esfera administrativa.

 A dispensação de medicamentos é privativa de: farmácia; drogaria; posto de


medicamento e unidade volante; dispensário de medicamentos.

 a Farmácia Homeopática: só poderá manipular fórmulas oficinais e magistrais,


obedecida a farmacotécnica homeopática. A manipulação de medicamentos
homeopáticos não constantes das farmacopeias ou dos formulários homeopáticos
depende de aprovação do órgão sanitário federal.
 Assistência e Responsabilidade Técnicas: a obrigatoriedade de farmácias e
drogarias de terem a assistência de técnico responsável inscrito no Conselho
Regional de Farmácia, presença do técnico responsável será obrigatória durante
todo o horário de funcionamento do estabelecimento. A cada farmacêutico será
permitido exercer a direção técnica de, no máximo, duas farmácias, sendo uma
comercial e uma hospitalar.

 Licenciamento: ✓comercializar ✓dispensar ✓representar ✓importar ✓exportar.

 São atribuições privativas dos profissionais farmacêuticos: I – em funções de


dispensação ou manipulação de fórmulas II – assessoramento e responsabilidade
técnica... III –fiscalização profissional sanitária e técnica de empresas, ... IV -
elaboração de laudos técnicos e a realização de perícias técnico-legais V - o
magistério superior das matérias privativas constantes do currículo próprio do
curso de formação farmacêutica VI - desempenho de outros serviços e funções,
não especificados no presente Decreto, que se situem no domínio de capacitação
técnico-científica profissional.

 São atribuições dos profissionais farmacêuticos, as seguintes atividades afins,


respeitadas as modalidades profissionais, ainda que não privativas ou exclusivas:
I - a direção, o assessoramento, a responsabilidade técnica e o desempenho de
funções especializadas exercidas em: ...e a lei descreve uma extensa lista de
estabelecimentos II - tratamento e controle de qualidade de águas para diferentes
finalidades III - vistoria, perícia, avaliação, arbitramento e serviços técnicos.

 Assistência Farmacêutica: é o conjunto de ações e de serviços que visem a


assegurar a assistência terapêutica integral e a promoção, a proteção e a
recuperação da saúde nos estabelecimentos públicos e privados que
desempenhem atividades farmacêuticas, tendo o medicamento como insumo
essencial e visando ao seu acesso e ao seu uso racional.

 Descreve que a Farmácia é uma unidade de prestação de serviços destinada a


prestar assistência farmacêutica, assistência à saúde e orientação sanitária
individual e coletiva, na qual se processe a manipulação e/ou dispensação de
medicamentos magistrais, oficinais, farmacopeicos ou industrializados,
cosméticos, insumos farmacêuticos, produtos farmacêuticos e correlatos.
 O Código de Ética Farmacêutica estabelece os direitos, deveres e proibições
para os profissionais atuantes na área farmacêutica. Foi aprovado pela
Resolução nº 724/2022 do Conselho Federal de Farmácia que dispõe sobre o
Código de Ética Farmacêutica, o Código de Processo Ético e estabelece as
infrações e as regras de aplicação das sanções disciplinares.

 Dividido em três seções: 1. Código de Ética Farmacêutica → Exercícios


profissional, direitos, deveres e proibições, Publicidade e dos Trabalhos
Científicos 2. Código de Processo Ético 3. Infrações e as regras de aplicação
das sanções disciplinares.

 A profissão farmacêutica deve ser exercida com vistas à promoção,


prevenção e recuperação da saúde, e sem fins meramente mercantilistas.

 Proibições: I - exercer simultaneamente a Medicina.

 ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA PROCESSO SAÚDE-DOENÇA

 Saúde: Não apenas como a ausência de doença, mas como a situação de perfeito
bem-estar físico, mental e social.

 Definição de doença: Uma alteração ou desvio do estado de equilíbrio de um


indivíduo. Podem ser alterações físicas, mentais ou as duas juntos.

 Busca das causas ao longo do tempo: magia, miasmas, germes, abordagem


multicausal.
 Processo saúde-doença: não racionais mágico-religiosas e racionais
racionalidade científica.

 As concepções mágicas/ religiosa: eram explicações para a criação e o


funcionamento do mundo residiram ou residem no sobrenatural, sendo os mitos,
lendas e histórias, cultura religiosa, hermenêuticas.

 Concepções racionais: se baseavam nos 4 elementos, terra, água, fogo e ar.

 Concepção humoral: a saúde resultaria do equilíbrio de quatro fluidos


(humores).

 Todas as substâncias são venenos; não ha ́nenhuma que não seja um veneno. A
dose correta distingue o veneno do remédio.

 Durante a Idade Média, com o predomínio do cristianismo (pensamento


religioso), a racionalidade grega declinou no Ocidente, prevalecendo o
teocentrismo, cuja atenção e estudos estavam focados nos assuntos divinos.

 O mecanicismo afirma que os fenômenos do mundo material são regidos por


causas físicas e não por entes espirituais. Outra importante contribuição desse
período foi o desenvolvimento de um método para a investigação do mundo real.
Proposto por Descartes, o método cartesiano, como ficou conhecido, estabeleceu
os seguintes passos para a investigação científica: verificação, análise, síntese e
conclusão.
 Observando o corpo humano analogamente a uma máquina, os estudos
sobre anatomia ganharam maior relevância, e a concepção humoral foi
sendo substituída pela concepção de que nos órgãos (as peças da máquina) é
que deveria estar localizada a doença.

 Teorias dos miasmas e do contágio: considerava que vapores nocivos e de mau


cheiro convenientes de pessoas e animais doentes, emanações dos pântanos, de
dejetos e substâncias em decomposição se propagavam pelo ar provocando
doenças.

 os “pequenos animais” observados eram equivocadamente considerados


produtos, e não a causa de doenças.

 Muitas das medidas práticas, recomendadas sob a lógica da teoria dos miasmas,
ainda que esta fosse equivocada, contribuíram para melhorar as condições
sanitárias das cidades europeias, reduzindo a incidência de doenças
transmissíveis.

 A nova teoria do contágio afirmava que as doenças epidêmicas resultavam da


transmissão de diminutos agentes infecciosos os seminários (sementes), pelo
contato direto pessoa a pessoa por meio de agentes indiretos ou pelo ar.

 Teoria germinal das enfermidades infecciosas, a cada doença corresponde um


agente causador que, uma vez identificado, poderá ser combatido.

 Observou-se que a presença de um agente etiológico (vírus, bactérias,


protozoários ou fungos), era condição necessária, mas não suficiente para
desencadear uma doença e que os indivíduos reagem diferentemente a um
mesmo agente agressor.

 ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA

 O que se espera de um profissional farmacêutico: Educação em Saúde;


Dispensação com qualidade; orientação farmacêutica; Acompanhamento
farmacoterapêutico, registro sistemático das atividades, avaliação dos resultados
e intervenção farmacêutica; Promoção do uso racional do medicamento;
Conduta ética profissional, além de seus valores profissionais; Respeito a
dignidade humana; Desenvolvimento de atitudes dentro do âmbito de saúde.
 Dificuldades: A inserção dos medicamentos no sistema de saúde (englobar mais
medicamentos); Garantia do acesso apoiada no tripé: indústria farmacêutica
(produção), rede de distribuição e de dispensação privada e assistência
farmacêutica pública; Pelo menos duas partes são atividades típicas de mercado
– medicamento como mercadoria e usuário consumidor (não um paciente);
Programas e ações de saúde pontuais/limitados – Ações em saúde com enfoque
comercial. Farmácia Comercial x Farmácia Comunitária; estabelecer o foco no
usuário.

 Tipo de medicamentos:

 Referencia: Inovador, criou o medicamento, custos com propagandas.

 Genérico: Mesmo princípio ativo de referência, só difere no laboratório, a forma


que é manipulada e não contem gastos com marketing, consequentemente sendo
mais barato. Teste de Bioequivalência comprova a segurança e que age da
mesma forma da referência.

 Similar: Mesmo principio ativo, só difere no prazo de validade, na forma,


embalagem e o nome.

 Assistência Farmacêutica é o conjunto de ações voltadas à promoção, proteção


e recuperação da saúde, tanto individual como coletiva, tendo o medicamento
como insumo essencial e visando o acesso e ao seu uso racional. Este conjunto
envolve a pesquisa, o desenvolvimento e a produção de medicamentos e
insumos, bem como a sua seleção, programação, aquisição, distribuição,
dispensação, garantia da qualidade dos produtos e serviços, acompanhamento e
avaliação de sua utilização, na perspectiva da obtenção de resultados concretos e
da melhoria da qualidade de vida da população.

 A assistência farmacêutica é essencial para orientar o paciente sobre os cuidados


para o uso de medicamento, sendo este um dos principais recursos estratégicos
para a garantia do direito à saúde.

 O farmacêutico é o profissional que apresenta as melhores condições para


garantir a qualidade de um medicamento, e também de indicar a melhor maneira
de uso do mesmo.
 Atenção Farmacêutica está presente na etapa final da Assistência
Farmacêutica: no momento da dispensação e utilização dos medicamentos.

 Níveis de atenção à saúde:

 Primário: Porta de entrada do SUS, constituído principalmente pelas UBSs.

 Secundário: A atenção secundária é composta pelos serviços especializados


encontrados em hospitais e ambulatórios.

 Terciário: Fornece atendimento de alta complexidade, sendo formado por


hospitais de grande porte.

 MODELOS DE ATENÇÃO À SAÚDE

 O conjunto de saberes e técnicas que determinam as ações destinadas ao


enfrentamento dos problemas relacionados à saúde, incluídas em serviços
sistematicamente ofertados ou de caráter eventual, constitui o que se chama
atenção à saúde.
 A abordagem oficialmente reconhecida determinará o modelo de atenção
prevalente, o qual, por sua vez, definirá a formação profissional, os serviços de
saúde, a política de saúde, e tudo o que a ela se relaciona.

 Modelo mais conhecido é o modelo biomédico.

 Modelo biomédico → é baseado em tradições em que a mais moderna é a


tradição biologicista.

 Concepção ampliada → baseia-se no fato que a saúde é um conjunto de


fatores e condições (lazer, liberdade, habitação, educação, etc.)

 Quando o corpo doente é visto analogamente a uma máquina com problemas, o


olhar tende a se fixar nas “peças com defeito”, entretanto, o indivíduo cujo corpo
está doente é muito mais complexo do que a soma de suas partes Esta operação
matemática a soma das partes não é capaz de incluir toda a gama de sentimentos,
sensações, emoções, vontades e medos que fazem parte do indivíduo

 Essa valoração faz com que um único profissional (o médico) detenha o máximo
do poder, enquanto os demais profissionais da saúde somente “orbitam” ao seu
redor, empobrecendo a abordagem do problema.

 É quase desnecessário dizer que os interesses econômicos no campo da saúde


pesam, extraordinariamente, na definição das políticas de saúde, já que o setor
médico-industrial é capaz de bancar campanhas de candidatos a cargos de
representação política, seduzir políticos, condicionar a conduta médica e
mobilizar a opinião pública através da propaganda, matérias pagas em revistas e
jornais, divulgação de resultados de pesquisas tendenciosas etc.

 O Informe Dawson este documento, considerava que o crescimento da


complexidade e do custo dos tratamentos resultava em que menos pessoas
tivessem condições de pagar pelos serviços.

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