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TEOLOGIA PASTORAL
- Apresentação E Introdução
- Definições E Conceitos
- Panorama Bíblico Teológico da Vocação
- Qualificação
- O Homem, Esposo, Pai e Pastor
- O Pastor
- Ética Pastoral
- O Pastor E Suas Relações Interpessoais E A
Comunidade De Fe
- O Pastor E A Congregação/Denominação
- O Pastor E Seu Trabalho Frente À
Comunidade
- Vida Devocional: Ministério, Sofrimentos E
Recompensas.
- Globalização Da Missão (Missão Integral)
- Adendo: Cerimônias
- bibliografia
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SEMINÁRIO TEOLÓGICO ÁLEF BACHAREL EM TEOLOGIA TEOLOGIA PASTORAL
INTRODUCÃO
Os homens cobiçam, mas não sabem o que; eles caminham, mas perdem a trilha
de chegada; eles lutam e competem, mas esquecem o prêmio. Eles espalham a
semente, mas se recusam a cuidar do solo nas devida estações. Eles buscam
poder e gloria, mas perdem o significado da vida.
George Gilder1
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TEOLOGIA PASTORAL
Ciência que trata dos fundamentos bíblicos para o ministério pastoral, bem como
das relações do pastor quanto ao seu trabalho, igreja, família, mundo etc2. Mas talvez
podemos analisar que esta Teologia Pastoral, a qual pode se confundir, as
vezes, com a Psicologia Pastoral, deveria se iniciar desde de uma visão bíblica
antropocêntrica, ou seja, o homem enquanto ser, e em si mesmo; tanto o
homem como ser emissário de Deus, como o homem sendo o alvo. O mais
importante, o homem, depois suas demais relações, família, igreja, mundo etc.
TEOLOGIA MINISTERIAL
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SEMINÁRIO TEOLÓGICO ÁLEF BACHAREL EM TEOLOGIA TEOLOGIA PASTORAL
Não venho de min mesmo, mas sim que fui enviado pôr Aquele que
é verdadeiro, o qual vocês não o conhecem, Eu o conheço pôr que
procedo dEle e foi Ele que me enviou- Jo 7:28
Assim que, como Tu me enviaste ao mundo, Eu também vos envio
Jo 17:18
4
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15 - Idem
16 - Idem
17 - GIRON, Rudy. “Reflexões Bíblicas do Evangelismo e a Missão da Igreja”. Rudy Giron é da
Igreja de Deus na Guatemala, Presidente de COMIBAM Internacional.
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VOCAÇÃO
Assim que, vocação pode ser compreendida de dois modos 4: geral (Jo
3:16 Mat 28:18-19; o sacerdócio de cada crente nos méritos da morte de Cristo) e
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QUALIFICAÇÃO
1- Biblíco Neo-Testamentário
No N.T. vemos a eficácia do trabalho de estabelecimento da igreja,
primeiramente por ocasião do mover do Espírito Santo em Pentecoste, na
tarefa delegada a igreja da misio eklesia (missão da igreja) manifestada na
diversidade cultural presente naqueles dias. “ Então, designou doze para
estarem com Ele e para os enviar a pregar e a exercer a autoridade de expelir
demônios” Marcos 3:13-14. O termo “para”(= a fim de que) vem do grego
“hina” e permite somente uma conclusão: o período que os díscipulos
passaram com Jesus e Ele os “enviou” a pregar (grego=proclamar)5. Mas o
termo no N.T. é “DISCIPULO” (literalmente é a pessoa que segue com a
intenção de aprender) era mais que um seguidor ; o aluno deixava sua casa,
seus pais, parentes e se dedicava a absorver no cotidiano do RABI, o seja do
mestre. Jesus basicamente tinha o seguinte projeto, segundo a analise do
hermeneuta6: 1º Nenhum discípulo deveria deixar e desfrutar da vida do
Mestre; 2º Jesus dava autoridade e responsabilidades; 3º Os discípulos
foram instruídos sobre Reino, igreja e humildade. Em resumo podemos
ressaltar que os discípulos tivessem o caráter de Cristo.
A liderança foi estabelecida, de entre aqueles que aos pés do Mestre
estavam; e posteriormente, saindo fronteiras afora dos limites judaicos,
iniciando por Barnabé numa visão da igreja para com outros povos,
posteriormente passado a Paulo, onde sistematiza seu trabalho, na
valorização do povo gentil convertido, no levante de liderança nativa e
preparada, na edificação de igrejas em cidades estrategicamente pré-
estabelecidas, na confirmação dos pastores, no zelo da correção, na
supervisão
2- Qualificação Formal
Ao contrário de uma secularização de nossa fé, o fator preparação é
fundamental para o vocacionado. Hoje temos uma consciência da exigência
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do povo para o qual se prega; mas, mais do que isto é a capacidade ser
melhores do que somos para edificação do Reino de Deus. Um inimigo cada
dia latente em nosso meio da reflexão teológica é a secularização da
preparação dos obreiros e a elitização. Mas se faz necessário se Ter o
conhecimento. “Errais em não conhecer as Escrituras (doutrina) e nem o poder de
Deus (unção)” . A qualificação formal equilibra e dá sólida consciência para
as formalidades cerimoniais que o ministro deve estar à frente, desde uma
consagração de crianças, ao batismo, sacramentos diversos, sermões,
funerais, aconselhamentos, discursos formais religiosos, e até mesmo para
se Tiver a adequada atitude de informalidade num culto bem “pentecostal”
se deve buscar o entendimento e a boa atitude. Muitos acreditam ser
desnecessário o estudo, pois Deus encherá a boca de palavras no momento
da pregação. De certa forma sim, mas se somos tão incapazes de buscar
saber bem o que falaremos não somos exemplo de dedicação e empenho.
Um bom ministro deve saber manusear bem a Palavra da verdade, não
numa ótica ou cosmovisão simplista superficial, mas ética e verdadeira,
mesmo quando desagradem os que se tem como ouvintes. O compromisso
de buscar saber e estudar não é vaidade ou outro tipo de glória particular; é
compromisso com a obra dentro de uma visão ministerial apurada,
recheada com humildade e soberania de Deus.
3- Qualificação Informal
Não vemos tanta dificuldade em explanar sobre este tema, pois a
informalidade e a facilidade de se quebrar uma ética espiritual
institucionalizada ou humanamente estruturada, Deus é quem “entende”
muito disto; como foi com a Samaritana, referindo-se contrário ao
pensamento então existente (se em Jerusalém ou no Monte é onde se deveria
adorar , pois assim se ensinava a tradição institucional judaica). Toda
experiência com Deus é bem particular e pessoal, mas a dificuldade está em
saber administrar o que Deus nos dá.
Para demonstrar esta latente incapacidade atual, há quantas ovelhas que dizem
não necessitarem de pastor e ensino, são pastores de si mesmos; e na maioria
sem vínculos com igreja ou ligação denominacional nenhuma. Eis o perigo: a
solitária e particular visão de formar o seu próprio reino, de orgulho, dentre
outras das vãs glórias humanas e medíocres. Mas uma arma imbatível é quando
o relacionamento pessoal e particular é amparado por um sobre modo
sentimento de dependência de Deus. Eis a chave de vitória em tudo quanto
vamos realizar, seja desde uma área técnica às mais diversas formas ministeriais
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4- Capacidade Contextual
Essa área é a qual o ministro é capaz de se adequar ao local, povo, condições
diversas, cultura etc; tudo após minucioso estudo, sendo um visionário,
estrategista, visão espiritual para ver oportunidade para desenvolver seu
ministério em muitas áreas, ver a oportunidade de crescer onde ninguém
viu, fazendo brotar uma veia talentosa, dons naturais, espontâneo e
carismático. Um exemplo disto é o livro O Apóstolo dos Pés Sangrentos”7 .
A Psicologia Pastoral, área esta, como antes já referimos, é uma nova disciplina
alinhada no contexto da Teologia Pastoral. Quando envolvemos no trabalho
ministerial pastoral, envolvemos numa tarefa de se dar ao próximo, e as vezes
numa intensidade maior do que podemos imaginar. Dai vem a necessidade da
psicologia para nos ensinar a não nos envolver ao ponto de observarmos uma
dependência de ambas as partes. A isso chamamos de transferência e contra-
transferência, bem como nos ensina uma ótica de prioridades cristãs, num
senso de valores bem definidos, onde o exemplo é o maior testemunho para
este ponto definimos o resumo do livro “Pastores em Perigo”8 . A visão de um
profissionalismo ministerial, sem exageros numa humana racionalização, tem
crescido muito. Existem muitas lacunas no trabalho pastoral devido à falta de
conhecimento básico em aconselhamento, em saber simplesmente saber ouvir,
em questões éticas, com erros primários de imprudência. A principal falha
podemos ressaltar é a errônea prioridade familiar de ministros, onde seus
exemplos convergem a uma total alienação e desconforto. Muitos pastores são
excelentes empregados eclesiásticos, bons pastores à frente da igreja, mas
desqualificados; principalmente por crerem que a igreja é a prioridade de sua
vida e ministério. Não conseguem tirar tempo para lazer, passeio ou qualquer
7 “O Apóstolo dos Pés Sangrentos” é um livro que inspira e ensina na contextualização de um missionário
no campo, a Índia. Recomendamos esta leitura com uma atenção apurada na disposição do ministro em
buscar com seus dons e talentos a adequação da mensagem para bom entendimento de quem nos ouve.
8 KEMP, Jaime “Pastores em Perigo” SEPAL. Este autor tem desenvolvido seu ministério na formação
de pastores, casais e família; seu trabalho tem tido aceitação em âmbito nacional de forma bem explícita.
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Uma frase foi dita “Deus não tem compromisso de fidelidade conosco, Ele tem
fidelidade com sua Palavra e sua Palavra é repleta de bênçãos e promessas de
Deus para os que a cumprem; e assim sendo manifesta a sua fidelidade para
conosco”. Um “mega-evangelista9” respondeu a uma repórter quando
perguntado qual a razão que ele próprio atribuía a seu “deslize” moral, e assim
respondeu: “Meu erro foi em descuidar de meu devocional diário”. Certa
pessoa ao passar e ver que seu pastor estava trabalhando limpando seu lote e
cuidando do asseio de sua casa disse: “muito bem meu pastor gosto de lhe ver assim
trabalhando esforçado” e o pastor nada lhe respondeu. Ao retornar observou que
seu pastor estava sentado, com roupa limpa, Bíblia do lado, muito quieto e
pensativo. O irmão então disse: “Ei, meu pastor, em pleno meio-dia descansando? O
pastor não se conteve e respondeu de forma natural: “A primeira vez que você
passou eu estava me distraindo, agora eu estou trabalhando por você” . Um
ativismo religioso atrapalha, e muito, nossa vida ministerial e pessoal. Gostaria
de ver que irmãos investissem mais em suas famílias, pois se neste ponto for
bem sucedido o ministério e a igreja só tem a ganhar. A oração, o sermão vivido
e preparado, o tempo a sós com Deus, uma cumplicidade espiritual com o
cônjuge, a ministração do esposo sobre a esposa e da esposa sobre o esposo é de
fundamental importância para uma sólida estrutura para um pastorado de
sucesso. A maioria dos fracassos vem de uma infeliz atitude de menosprezar
nossa limitação humana, nossas pequenas falhas, não respondendo à tempo
oportuno e deixando acumular, não revendo, não nos auto-avaliando, não nos
auto-criticando e assumindo e corrigindo nossas falhas. “Se queremos Ter um
9Creio não ser o primeiro a usar este termo e sim, somente, repassamos o mesmo da forma comum que
ouvimos, e isto sem querer ser pejorativo, mas sim no seu sentido usual e comum no seu contexto.
11
SEMINÁRIO TEOLÓGICO ÁLEF BACHAREL EM TEOLOGIA TEOLOGIA PASTORAL
ÉTICA
10 VICNTE, Pr. Gerson. I Sem. Reflexão Teológica em Goiânia. É Pastor da Igreja de Cristo e Prof. UFG
11 Idem
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A ÉTICA E DEUS13
Estive pensando nestes dias sobre valores. Estive analisando sobre a moral do
homem, sua cultura e seu senso de valor decorrente a seu habitat cultural, sobre as
posições e imposições da sociedade.
A gama de boas maneiras e o manual de condutas equilibradas e saudáveis, para
que o homem viva bem, se dá o nome de ética. Ética não é um sentimento, tão pouco é
uma ação isolada, mas é motivação que acompanha a ação ou que gera atitudes corretas
ou recheadas de um querer, de uma vontade de acertar.
Assim é o homem, incapaz de se conduzir a si mesmo, movido e removido pelas
normas e padrões da estabelecida e necessária ética.
Mas Deus não tem ética. Porque ética para o Ser que em si mesmo reside
valores incontestáveis? Não se pode questionar os valores e as atitudes de Deus, pois
elas apesar de diferentes e indiferentes aos olhos e a ética humana, são os melhores para
nós.
Para quem lê o livro de Jó, observa que Deus permitiu o diabo tocar em seus
bens, que não eram poucos, e Ele mesmo toca na vida de Jó, este, íntegro e reto. Pôr
que? Deus tem ética? Na realidade Deus não tem ética, se Deus é mau ou sanguinário,
o digo desde a minha ótica humana assumida e recebida via veias da sociedade, assim
Ele continua sendo incontestável. Pois o mau de Deus é o melhor prá nós, Isaias 54
v.16; 45 v 7.
Tudo é dEle, bem e mal, tudo está sujeito a Ele, até os demônios. Para que ética
para Deus?; pôr acaso Ele é homem, sujeito as formalidades da sociedade que dita a
cultura, os moldes, e a ética humana? Não, Deus não tem Ética, Ele tem a ética, a Ética
é Ele.
Me faz lembrar o texto de Jó 42 onde ele diz
" Bem sei que tudo podes e nenhum dos teus planos podem ser frustrados, ... eu
te conhecia só de ouvir mas agora de vêem os meus olhos" .
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A ÉTICA NO MINISTÉRIO
14
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14 ADAMS, Jay. “Conselheiro Capaz” Ed. Vida. Com relação a tipos de aconselhamento, em específico
o noutético
15 MEILAENDER, Gilbert. “Bioética, um guia para os cristãos” Ed. Vida Nova
15
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16 Não impondo que a ação do Espírito Santo se restringe neste ou naquele seguimento religioso, se
histórico ortodoxo, arminiano ou calvinista, reformado ou renovado, neo ou tradicional pentecostal. Mas
sim uma posição específica de nossa teologia com seus distintivos: as manifestações espirituais hoje, ou
seja a atuação dos dons do Espírito Santo hoje na igreja como discernimento espiritual, visões, guerra
espiritual, línguas, profecias, curas entre outras diversas. Nossa posição teológica deve ser clara e honesta,
em nosso próprio meio bem como para os demais.
17 Termo usado no curso de Psicanálise Clínica, onde se dizia da importância do ser enquanto homem
como qualquer outro, feitura de Deus com sentimentos, emoções, vibrações, numa liberdade de
compromisso com Deus e conosco mesmo.
18 PEREIRA, Natan – Professor Teologia Pastoral
16
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João 21:7-17
Ser pastor e ministro é ser tratável, vulnerável, humano, propício a erros; mas no
caminho vêm às vitórias, o gozo de se estar no centro da vontade de Deus. Nosso maior
conselho é o exemplo.
“pôr que eu recebi do Senhor, o que também vos ensinei...”
Ap. Paulo
MISSÃO INTEGRAL
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Para uma comunidade cristã, que prega paz e justiça, não poderia se
esperar que ela viesse a ser complacente com a desigualdade e a injustiça dos
dias de hoje. Ou pelo menos realizaria sua tarefa particular de cumprir com
sua parte realizando trabalhos sociais, filantrópicos, assistência, e claro
espiritual.
Registrada no Pacto de Lausane, uma declaração vem demonstrar grande
preocupação sobre este “dever cristão” de uma teologia integral. Assim relata
esta mensagem:
24 - MIRANDA, Juan Carlos Dr. “Manual de Crescimento da Igreja” Ed. Soc. Religiosa Ed. Vida Nova.
São Paulo - SP 1991.
25 –Termo usado por René Padilla, Timóteo Carriker e outros; não temos a origem deste termo em torno de quem
o poderia ter criado, mas é freqüentemente usado.
26 - Termo usado por Larry Pate em seu livro “Missiologia” e pelo Dr. Peter Wagner, citado por
Juan Carlos Miranda em seu livro “Manual de Crescimento da Igreja”
27 - MIRANDA, Juan Carlos Dr. “Manual de Crescimento da Igreja” Ed. Soc. Religiosa Ed. Vida Nova.
São Paulo - SP 1991
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mesmo”. Jesus então resume que estes dois estão na lei e nos ensinos dos
profetas e que, como cristãs temos a responsabilidade (e não é opção) de amar o
próximo e como amaremos a Deus se não amamos ao próximo?
Necessidade: E as necessidades são as prioridade e as emergências. Seria
tudo que envolvesse a integridade, família, integridade cultural, libertação do
oprimido, manutenção da paz (se é da vontade de Deus que vivamos em paz).
Deus conhece o nosso potencial e nos mostra que estas são características das
necessidades descritas também no sermão do monte.
Alcance: “O mandato cultural nunca foi anulado: da criação até a
conclusão da história escatológica. Os agentes de Deus são os que realizam sua
obra. Todos tem uma parte a cumprir os crentes são os agentes escolhidos pôr
Deus para fazerem coisas acontecerem.. Contudo, grandes estudiosos, como é
o caso de um dos ex-diretores do Seminário Fuller, insistem em afirmar que
mandato cultural como também de “DEVER CRISTÃO”.
19 Este termo hebraico é aplicado à criação do homem, porém como feitura de Deus, mas em específico,
como feitura especial de Deus, este termo se aplica à formação da mulher.
20 Termo que se refere ao homem como objeto do amor de Deus, onde o centro desta visão de amor é o
homem.
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Peter Wagner relata que é sem dúvidas difícil implantar uma visão
missionária com esta estrutura social devido ao sistema já estabilizado
existente, principalmente sul-américa , um sistema recheado de autoritarismo e
com forma ditatorial eclesiástica. Ele relata seis cuidados e perigos para a igreja
compreender esta visão social30:
1- Perigo das Seleções: Os lideres perdem contato com o básico, com os que
querem servir mas não alcançam ter esta visão, e este grupo é maioria,
humildes e legítimos cristãos, mas que são descrentes nos termos de ação social,
quando tiveram num passado exemplos ruins de seus lideres.
2- Perigo das Divisões: A ação social é controvertida, causará divisões ao
menos que a igreja entenda a missão.
3- Perigo da Impotência Social: Os pregadores da ação social, não
concordando com a passividade da igreja e da sociedade, as vezes se enredam
por caminhos da crítica e esquecem da tarefa prioritária. “O próprio Papa
disse aos pregadores da Teologia da Libertação: Preguem o evangélico e não se
envolvam com política31”
4- Perigo da Desumanização: É quando o social se transforma em plataforma
política, e isto se dá manifestando a Desumanização negando uma teologia do
corpo e uma antropologia cristã.
5- Perigo da Imperfeição: É não conseguirem fazer bem uma coisa e outra, não
se leva a pastoral de forma eficaz, e nem mesmo o pastor é esperto em ação
social deixando a desejar em algumas áreas. A imperfeição se manifesta forma
generalizada.
6- Perigo de “Constantilismo”: (Este termo vem do Imperador Constantino).
Qual a meta da igreja controlar a sociedade ou a política? Este é o perigo de se
29 - MIRANDA, Juan Carlos Dr. “Manual de Crescimento da Igreja” Ed. Soc. Religiosa Ed. Vida Nova.
São Paulo - SP 1991. (citando Peter Wagner)
30 - Idem
31 - Idem (Citando o Papa João Paulo II)
20
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querer somente mudar as estruturas sociais e não fazer ação social. Queremos
somente revolucionários sociais ou queremos evangelistas que desenvolvem
ação social?
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Ao contrário, parece que o lado das barreiras, por que não dizer internas,
dificulta essa nossa sadia interpretação da Missio Dei. O institucionalismo ou
leríamos denominacionalismo, parece sufocar o humano, o tradicionalismo dos
dogmas, talvez estes pessoais até, superam a tese da fé e da teologia pura, onde
amar o próximo como a ti mesmo, dá lugar a busca do sucesso dos sistemas
humanos, e isto as vezes é confundido com que chamam de levar o Evangelho.
Timóteo Carriker21 define de forma clara e simples essas principais dificuldades
para uma consciência social evangélica.
21CARRIKER, Timóteo Ph.D. Escreveu vários livros, dentre eles o “Missão Integral”. É professor e
Diretor
do Centro Acadêmico do CEM, Centro Evang. De Missões, em Viçosa-MG.
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Doutrinária. Esta tem haver com a questão das boas obras, e parecem
que isto soa diferente quando se fala das obras. Na realidade esta atitude não é
exatamente uma postura ou posição e sim uma contraposição aos então
denominados “inimigos da fé”, que são os católicos e os espíritas. Na realidade
esta contraposição não é exatamente uma barreira doutrinária, pois de
doutrinária não tem nada, muito menos base bíblica escriturística para se opor a
atitudes sociais e filantrópicas de outros seguimentos religiosos. Como agir
frente a referências bíblicas exortativas a atitudes sociais como papel de um
bom cristão? (Ef 2:8-10 e Tg 2:14-17). Existem muitos seguimentos evangélicos
radicais, ou para ser mais moderado nos termos, zelosos que nem sabem a
conotação do que é Doutrina, mas conhecem “dotrina” que são fundamentos
estereotipados nos chavões de alguns pregadores de renome ou de nome
“grandes homens de Deus”.
23
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que tem os mesmos objetivos com funções específicas. Jesus mesmo sendo
24
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pessoa a pessoa; tem haver com quem sou e como sou, e como sou no
mundo, e tudo isto tem haver com minha relação com Deus, na pessoa do
privilégio de termos a direção do Espírito Santo, pois se Ele não falar pôr nós
Poderia relatar com amplitude muitas das outras ações, mas além de
sacrifício, bem como seu retorno, são realidades na vida dos homens e da
igreja.
22 LATOURELLE, Rene “Teologia de la Revelación” Verdad y Imagen 49. Ed. Sigueme 7ª Edición 1989 Salamanca
España. Pg. 535
25
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relacionamento com Ele, pôr isso Deus se revela e se faz conhecido tanto
humana25” .
a ter e viver a vida que Cristo oferece, o pastor deve desejar ter e viver o
23 Idem
24 Idem
25 Idem
26
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que é fundamental para aquele que toma consciência de todo ato de amor,
com esmero pontos importantes e que facilitam a prática, sem nenhum ato
Deus, glorificando seu nome através da igreja com a consciência de que ela é
privilegio dos que optam pelo ministério. Assim que devemos nos esmerar
26Ide. “Não deixa de ser uma poesia de tom profético, real e gostosa de se ouvir e sentir; onde o amor de
Deus se manifesta de forma diferente, mas inimaginável; Deus é tremendo.
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SACRIFICADO27
ADENDO
CERIMONIAS
I- CEIA
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participar.
por mais que por si só já o é, mas não podemos dar essa conotação de
conhecer quem era a pessoa, como foi, o que pensa a família entre
III- CASAMENTO
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METAMORFOSE28
Deus é perfeito e assim criou um sistema, equilibrado tudo feito para ser
acionado no devido tempo, nada está fora de sintonia. Existe pôr exemplo o caso da
metamorfose da lagarta, onde a seu tempo passa para outro estágio, fica diferente
bonita, colorida. O que passou fica no esquecimento, nem mesmo se lembra que um
dia rastejava e que não podia ver as coisas do alto. Neste caso tudo se transforma, a
lagarta recebe um título pomposo, um nome diferente. Como é belo esse momento
30
SEMINÁRIO TEOLÓGICO ÁLEF BACHAREL EM TEOLOGIA TEOLOGIA PASTORAL
da senhora lagarta, pois assim Deus faz acontecer. Todo animal vive esses
fenômenos, mas o homem, que tem a primazia da criação (yatssar) parece não
conviver com seu ciclo. O homem é diferente, cada um nasce com características
distintas; negros, mulatos, brancos, inibidos, extrovertidos, seguros, inseguros,
afoitos, lideres, liderados. Assim somos nós. Deus nos fez assim, diferentes,
estabeleceu uma vida, deu-nos valores, mandamentos; estes, mesmo que estejam
inerentes em nós, é a nossa cara, e ao contrário da lagarta nós não podemos mudar.
Muitos, ou quase todos, tem uma capacidade tremenda e explícita de se
transformarem e de mudarem conceitos, épocas, pensamentos e valores. Parece que
o prioritário perde seu valor e o secundário passa a ter lugar de primazia. Como
seria o caso de muitos que se dizem pregadores do amor ao próximo, onde com
muita facilidade se metamorfoseiam, em uma conversão ao secundário, onde o
básico e prioritário deixam de ser, para que as estruturas, os sistemas, o visível e
técnico passam a ter mais valor do que o humano. O propenso alvo dos sistemas, os
homens, estes vêem seu lugar ficar cada vez mais vago, preenchido pôr qualquer
outro. Os sistemas e as suas prioridades têm balançado nações inteiras num ritmo
frenético de dor e despreparo do espiritual. Somos todos muito bons em coisas
teóricas da alma, mas ruins e fracos de uma antropologia de amor. Muitos grupos
religiosos no mundo hoje tem essa mesma facilidade de serem uma metamorfose
ambulante, onde se adaptam e refazem seus dogmas de lugar para lugar, de país
para país, de cultura para cultura. Até parece que a verdade anda tendo caras
diferentes e formas diferente. A verdade é imutável, axiomática, a verdade é Cristo.
Ele não muda. É que nós somos limitados, pequenos e muitas das vezes medíocres
em nosso raciocínio, ignorantes até. Mas Deus supera tudo e todos, épocas,
pensamentos, ética humana. Ele se relaciona sem metamorfosear seus conceitos, Ele
os vive, e eles moram nEle. Ele é. E o que é não muda, é. Deus não se transforma
pelo passar do tempo, nem pela constante mudança de interpretação que se possa
ter; nunca se verá Deus com diplomacia interesseira ou com imposição e pressão,
cedendo a homens com suas vãs glorias. Deus não é homem, ele não muda, ao
contrário o homem é vulnerável e vive trocando suas vestes; Hora é lagarta, hora
libélula, devido ao tempo, devido aos interesses, devido aos seus conceitos
puramente circunstanciais. Triste homem, hora libélula, hora lagarta (não é o fato
de ser lagarta que é ruim, mas a metamorfose muda seu ser), hora Deus encarnado
na beleza das teorias do amor, hora emissário do mal, encarnando o poder da
metamorfose. Paulo disse “miserável homem que sou, quem me livrara do corpo
desta morte, pois o quero não faço e o que não quero , isto faço, miserável homem
que sou”. Mas se deixarmos sermos moldados e transformados pôr Deus uma
metamorfose acontece, o barro se transforma em um rico e fino porta jóias. II Cor 4,
v. 7.
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BIBLIOGRAFIA
32
SEMINÁRIO TEOLÓGICO ÁLEF BACHAREL EM TEOLOGIA TEOLOGIA PASTORAL
PSCICOLOGIA GERAL
HEBRAICO
HISTÓRIA DA IGREJA
DIDÁTICA GERAL
SOCIOLOGIA GERAL
HOMILÉTICA
NOVO TESTAMENTO
GREGO
ANTROPOLOGIA FILOSÓFICA
HERMENÊUTICA
APOLOGÉTICA
EXEGESE
33