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COMANDO DA AERONÁUTICA

ESCOLA DE ESPECIALISTAS DE AERONÁUTICA


CORPO DE ALUNOS

MANUAL DO ALUNO

2021
Manual do Aluno 2021 2/87
Manual do Aluno 2021 3/87

MINISTÉRIO DA DEFESA
COMANDO DA AERONÁUTICA
ESCOLA DE ESPECIALISTAS DE AERONÁUTICA
PORTARIA EEAR N° 76/SDTCA, DE 14 DE JUNHO DE 2021.
Aprova a 6ª Edição do Manual do Aluno
da Escola de Especialistas de Aeronáutica.

O COMANDANTE DA ESCOLA DE ESPECIALISTAS DE


AERONÁUTICA, no uso das atribuições que lhe conferem o
Regulamento da Escola de Especialistas de Aeronáutica (ROCA 21-
9/2021), aprovado pela Portaria GABAER nº 34/GC3, de 27 de
janeiro de 2021, e de acordo com o Regulamento de Administração da
Aeronáutica, na forma eletrônica (RADA-e), aprovado pela Portaria
GABAER nº 25/GC3, de 21 de janeiro de 2021, resolve:
Art. 1º Aprovar a 6ª Edição do Manual do Aluno da Escola
de Especialistas de Aeronáutica.
Art. 2º Esta portaria entra em vigor em 1º de julho de 2021.
Art. 3º. Fica revogada a Portaria EEAR nº 183/SECCA, de
23 de novembro de 2018.

Brig Ar ANTONIO LUIZ GODOY SOARES MIONI RODRIGUES


Comandante da EEAR

Publicada no Bol Int Ost nº 120, de 28 de junho de 2021, da EEAR.


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SUMÁRIO

SUMÁRIO.................................................................................................................................5
1 PREFÁCIO.............................................................................................................................7
2 CÓDIGO DE HONRA DO ALUNO DA EEAR..................................................................8
3 LEMA DO ALUNO ESPECIALISTA..................................................................................9
4 PROGRAMA DE FORMAÇÃO E FORTALECIMENTO DE VALORES...................10
5 DEVERES DO ALUNO DA EEAR....................................................................................12
6 CONDUTA NOS ÔNIBUS PÚBLICOS E DA SAEEAR..................................................17
7 CONDUTA AO RECEBER VISITAS................................................................................18
8 USO E ESTACIONAMENTO DE VEÍCULOS................................................................19
9 CONDUTA NO RANCHO..................................................................................................19
10 ALOJAMENTOS E INSTALAÇÕES SANITÁRIAS....................................................20
11 CONDUTA NA DIVISÃO DE ENSINO...........................................................................24
12 CONDUTA NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA E NAS COMPETIÇÕES
DESPORTIVAS.......................................................................................................................25
13 PROCEDIMENTOS REPROVÁVEIS E PROIBIDOS.................................................27
14 CONDUTA EM LOCAIS PÚBLICOS.............................................................................29
15 DESLOCAMENTOS DE TURMAS DE INSTRUÇÃO.................................................30
16 CONDUTA APÓS LICENCIAMENTOS........................................................................31
17 CONDUTA EM CASO DE DOENÇA, BAIXA E ALTA DE HOSPITAL OU
FALECIMENTO DE FAMILIAR.........................................................................................32
18 CONDUTAS EM SITUAÇÕES DIVERSAS...................................................................34
19 MÍDIAS SOCIAIS.............................................................................................................36
20 CONDUTA NA CANTINA................................................................................................38
21 CONSTITUIÇÃO DOS PROGRAMAS DE FORMAÇÃO..........................................38
22 CADEIA DE LIDERANÇA DO CA.................................................................................39
23 SISTEMA ESPECIAL DISCIPLINAR............................................................................45
24 APRESENTAÇÃO PESSOAL..........................................................................................50
25 INSIGNIAS, BREVÊS E ADORNOS..............................................................................58
26 EMBLEMAS DE ESQUADRÃO E ESPECIALIDADE................................................64
27 PREVENÇÃO DE RABDOMIÓLISE.............................................................................67
28 CONDUTA SEXUAL E RELACIONAMENTO AFETIVO..........................................69
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1. PREFÁCIO
Prezado aluno, é com grande satisfação que nos dirigimos a você,
parabenizando-o pela sua escolha e pelo sucesso alcançado no exame de
admissão, conquista importante para o início de sua vida profissional. Este
manual tem por finalidade facilitar sua adaptação à Escola de Especialistas
de Aeronáutica (EEAR).
As atividades das quais você participará, ao ser matriculado na EEAR,
representarão inúmeras novidades em termos de rotina, conduta e postura
às quais, provavelmente, você não esteja acostumado. Mesmo aqueles
oriundos da vida militar constatarão sensíveis diferenças em relação às
suas experiências anteriores.
Por vezes, algumas informações contidas neste manual poderão lhe parecer
óbvias ou redundantes, contudo é importante que você as conheça e as
aplique, pois elas padronizam ações, procedimentos e comportamentos
inerentes ao profissional militar.
Este Manual é uma fonte de consulta constante, porém não é a única. No
decorrer do Curso ou Estágio, você terá aulas acerca de normas, diretrizes,
regulamentos e leis que fundamentarão sua vida. Assim, este Manual pode
ser compreendido como uma introdução ao estudo destas disciplinas.
O conhecimento deste Manual é obrigatório para o aluno da EEAR, por
isso, caso você não compreenda qualquer parte de seu conteúdo, deverá
procurar a Sargenteação de seu Esquadrão, as Seções de Doutrina ou
Instrução Militar a fim de obter os devidos esclarecimentos.
Por fim, seja bem-vindo ao Berço dos Especialistas da Força Aérea
Brasileira e tenha certeza de que seu esforço e dedicação serão
recompensados.

Corpo de Alunos
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2. CÓDIGO DE HONRA DO ALUNO DA EEAR


O Código de Honra do Aluno da EEAR abrange um segmento dos
valores morais e éticos constituintes dos fundamentos da vida militar.
É composto dos preceitos básicos a serem desenvolvidos e
professados consciente e concretamente pelos alunos, como forma
objetiva de se prepararem para o atendimento das exigências a que
serão submetidos na carreira.
Com base no conteúdo da letra da Canção do Especialista, três são os
preceitos básicos que regem a conduta do Aluno da EEAR.
2.1 DISCIPLINA
É a obediência às regras e aos superiores. A vida militar, com suas
peculiaridades da caserna, tem como pilar o binômio disciplina e
hierarquia.
2.2 AMOR
É concebido como: amor a Deus, amor à Pátria, amor à instituição,
amor para consigo mesmo e amor à família.
2.3 CORAGEM
É por excelência, uma virtude militar. É um estado de espírito que nos
leva a enfrentar conscientemente o perigo, mercê dos obstáculos, das
dificuldades e do medo que possamos ter. Trata-se de um misto de
energia, espírito de decisão, persistência pelo objetivo, integridade e
resolução.
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3. LEMA DO ALUNO ESPECIALISTA


Conforme descrito no Distintivo de Organização Militar (DOM) da
Escola de Especialistas de Aeronáutica, que é composto de um Escudo
Português, com a sigla da Organização, “EEAR”, tendo no Coração
uma águia, em amarelo, de asas abertas, pousada e armada,
representando o símbolo tradicional da aviação, sendo que as asas que
ladeiam o Escudo, procuram, de forma estilizada, representar as
divisas de Sargento, militar formado pelo Estabelecimento.
Em contrachefe, onde pousa a águia, encontra-se um pergaminho em
azul, com a divisa em prata: “AD ASTRA ET ULTRA”, sendo
traduzindo livremente para AOS ASTROS E ALÉM.
Frase esta que simboliza que o voo do Sargento Especialista não
termina nos astros, indo além, isto é, que não para, procurando sempre
a busca da perfeição. Traduzindo o sentimento de se aprimorar durante
sua carreira para desempenhar cada vez melhor sua função.
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4. PROGRAMA DE FORMAÇÃO E FORTALECIMENTO DE


VALORES
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O PFV constitui um conjunto de atividades desenvolvidas por todos os


setores da EEAR, de maneira a trabalhar os valores necessários ao
militar da Força Aérea Brasileira e reconhecer os heróis que por ela
passaram, enobrecendo o espírito e as atitudes daqueles que são a
atividade fim desta Escola.
A comissão do PFV da GUARNAE-GW é aprovada por Portaria do
Comandante da EEAR.
Ao Aluno(a) Especialista, é esperado que ele(a) seja o exemplo da
vivência integral dessas tradições e valores, portanto algumas
responsabilidades lhe são atribuídas:
Os cuidados em relação à apresentação pessoal e à conduta (maneiras
de pensar, agir e falar) devem sempre estar alinhados com os valores
preconizados no PFV.
Portar-se de maneira correta e digna em qualquer situação, buscando
sempre ser um exemplo de disciplina, dedicação e respeito aos seus
superiores hierárquicos, pares e subordinados.
Assim como diz o nosso lema, AD ASTRA ET ULRA, o Aluno
Especialista não deve contentar-se com o seu desempenho mínimo,
buscando a perfeição com intuito contribuir, após formado, para a
missão da Força Aérea Brasileira da melhor maneira possível.
Ao ser observada, por exemplo, uma conduta inadequada de algum
Aluno mais moderno, no âmbito da EEAR ou fora dela, é obrigação
do Aluno mais antigo fazer, imediatamente, as correções necessárias,
emitindo orientações. O Aluno que estiver sendo corrigido deverá ser
informado do motivo da correção e orientado.
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5. DEVERES DO ALUNO DA EEAR


5.1. Conhecer e pôr em prática o conteúdo deste Manual.
5.2. Cobrar dos alunos mais modernos as normas constantes neste
Manual.
5.3. Conhecer a rotina prevista na NPA do Corpo de Alunos.
5.4. Observar os pilares de nossa Instituição: DISCIPLINA e
HIERARQUIA, em qualquer ambiente ou situação.
5.5. Apresentar-se a qualquer militar de grau hierárquico superior,
quando a ele dirigir-se ou por ele for interpelado, declinando
grau hierárquico, nome de guerra e Esquadrão a que pertence.
5.6. Prestar a continência regulamentar, além das autoridades
previstas no RCONT, aos alunos Líder e Vice-líder do CA,
Aluno de Dia ao CA e Líderes de Esquadrão, todas as vezes que
os encontrar. Para a 4ª série do CFS, a continência ao líder,
vice-líder e Al de Dia ao CA é facultativa.
5.7. Antes de adentrar recinto fechado no interior da Organização
Militar onde se encontre superior hierárquico, solicitar
permissão ao mais antigo presente.
5.8. Quando estiver em traje civil, saudar seus superiores
hierárquicos com cumprimento verbal (“Bom dia!”, “Boa
tarde!” ou “Boa noite!”), em qualquer situação ou local. Nos
locais fora da administração militar, não há necessidade de
solicitar permissão, de maneira formal, para entrar ou
permanecer no recinto.
5.9. Quando fardado, o aluno deve cumprimentar o mais antigo
presente, fazendo-lhe a continência. No caso de tratar-se de
local público, não há necessidade de solicitar permissão, de
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maneira formal, para entrar ou permanecer no local. Caso o


aluno já esteja no interior de um estabelecimento e entrar um
superior, o aluno deverá prestar-lhe a continência.
5.10. Estar com a cobertura em locais “descobertos”. Para efeito do
uso da cobertura, os corredores da DE, o interior de viaturas, os
toldos de pontos de ônibus, as áreas externas dos galpões de
ensino e as coberturas dos ranchos A e B são considerados
“descobertos”.
5.11. Comparecer pontualmente a todas as instruções programadas,
nas quais deve prestar a máxima atenção e esforçar-se em obter
o melhor aproveitamento possível.
5.12. Durante o período de aulas previsto no Quadro de Trabalho
Semanal, caso haja necessidade de se ausentar, informar o
destino ao chefe de turma.
5.13. Desativar quaisquer alarmes nos relógios durante as instruções,
palestras, reuniões, formaturas ou qualquer outro evento cuja
participação seja obrigatória.
5.14. Sentar-se com atitude condizente com as boas maneiras e
somente em locais destinados a esse fim.
5.15. Zelar pela limpeza, conservação e arrumação das instalações,
equipamentos e materiais que utilize.
5.16. Devolver ao proprietário todo objeto ou material encontrado no
interior da EEAR. Caso não haja identificação, deverá ser
entregue na sala do Aluno de Dia.
5.17. Atender, ao ser chamado por superior hierárquico, de forma ágil
e solícita.
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5.18. Portar sempre o cartão de identidade. A exceção para o porte


obrigatório da identidade são as instruções de EF, ATF e
aquelas orientadas pelo instrutor antecipadamente.
5.19. No caso de extravio da cédula de identidade, comunicar
imediatamente ao Esquadrão. Providenciar junto ao órgão de
segurança pública, com a maior brevidade, o boletim de
ocorrência.
5.20. Verificar sempre a correção de seus dados pessoais em todas as
relações ou documentos de seu conhecimento.
5.21. Tomar conhecimento das NPAs afetas aos serviços, Quadros de
Trabalho Semanal (QTS), relações de consultas
médicas/odontológicas, ordens expedidas pelo Comandante do
CA, GFM e do seu Esquadrão.
5.22. Comunicar-se com o Oficial de Permanência ao CA ou com o
Oficial de Dia à EEAR nas situações de emergência, fora do
horário de expediente.
5.23. Ser discreto ao presenciar um militar mais antigo ser
admoestado por superior, devendo pedir permissão e retirar-se
do local e evitar comentários sobre o fato.
5.24. Respeitar os horários estabelecidos em NPA relativos à
permanência nos clubes e centros de tradição. Casos
extraordinários devem ser levados ao conhecimento do oficial
orientador da SAEEAR ou, quando fora do expediente, ao
Oficial de Permanência ao CA, para tomada das providências
cabíveis.
5.25. Desenvolver e cultivar o hábito de se preocupar com a
conservação, higiene e segurança das instalações. No que se
refere à segurança, deve ter cautela ao prestar informações
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pessoais ou de colegas a terceiros, principalmente, por telefone


e mídias sociais.
5.26. Comparecer a todas as atividades escolares e executar as
respectivas atividades extraclasses que forem propostas em
QTS.
5.27. Atender às convocações e determinações de autoridade
competente.
5.28. Concorrer, como auxiliar e a título de aprendizado, aos serviços
de escala da Unidade, conforme a série e a especialidade que
estiver cursando. O serviço de escala visa preparar o futuro
sargento para a supervisão das praças responsáveis pelos
serviços de segurança das OM do COMAER.
5.29. Ser pontual no cumprimento dos horários das atividades
previstas em QTS, pernoites, paradas diárias e revistas de
licenciamento.
5.30. Ser honesto e verdadeiro ao ser questionado por superior
hierárquico.
5.31. Agir com responsabilidade no cumprimento de serviço ou
missão que lhe seja confiada.
5.32. Manter a higiene e boa apresentação pessoal.
5.33. Zelar por todo material que lhe seja confiado. Para alguns
materiais será feito “cautela” (documento que responsabiliza o
usuário pela guarda do material).
5.34. Desenvolver e manter o cuidado com a saúde pessoal e coletiva,
cooperando com a promoção da saúde e com a prevenção de
doenças.
5.35. Manter-se atento a sintomas de doenças transmissíveis.
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5.36. Desenvolver e manter o espírito de camaradagem e espírito de


corpo.
5.37. Obedecer às regras gerais de condutas sociais, morais e
culturalmente aceitas.
5.38. Zelar pela ética e pundonor militar.
5.39. Apresentar-se sempre de maneira digna e correta, quer na
Escola, quer fora dela, de modo a manter sempre elevado o
conceito da EEAR e da Força Aérea Brasileira perante a
sociedade brasileira.
5.40. Cumprir rigorosamente as orientações constantes nas NPAs de
serviço.
5.41. Zelar pelo bom convívio com os colegas e pela prática dos bons
costumes.
5.42. Trajar o “uniforme do dia” em consonância com o RUMAER.
Observar o disposto na NPA de Rotina do Corpo de Alunos.
5.43. Zelar pela manutenção da aptidão intelectual, da higidez física e
da idoneidade moral.
5.44. Cumprir as normas de condutas constantes deste Manual e dos
regulamentos militares.
5.45. Relatar, via FOBS, quando presenciar alunos mais modernos
descumprindo normas regulamentares e as dispostas neste
Manual.
5.46. Evitar tratar de assuntos afetos à administração militar ou de
missões militares em local público ou na presença de estranhos.
5.47. Trajar-se em conformidade com o RUMAER quando for a
qualquer Organização Militar. No caso de encontrar-se em
“Representação” deverá usar o uniforme estabelecido na Ordem
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de Missão, e no caso de estar na situação de convidado deverá


trajar o uniforme equivalente ao que tenha sido especificado no
convite.

6. CONDUTA NOS ÔNIBUS PÚBLICOS E DA SAEEAR

6.1. A conduta do aluno da EEAR no interior de viaturas militares,


nos ônibus fretados pela SAEEAR ou quando em representação
deve ser condizente com os bons costumes e ao decoro da
classe.
6.2. Manifestações explícitas de comportamentos decorrentes de
relacionamento afetivo estão proibidas nos ônibus fretados pela
SAEEAR.
6.3. Deve-se obedecer às normas ou às instruções de utilização do
meio de transporte, evitando incomodar as demais pessoas.
6.4. Portar-se de maneira correta, com atitude digna de uma pessoa
educada, priorizando os assentos do veículo aos idosos,
portadores de necessidades especiais, senhoras, gestantes,
pessoas com crianças no colo e crianças.
6.5. Evitar subir ou descer de veículos em movimento,
resguardando-se de possíveis acidentes ou tornar-se alvo de
hilaridade pública.
6.6. Evitar despertar a atenção geral com atitudes exageradas e
conversas em voz alta. Seja moderado e discreto, evite ser o
“centro das atenções”.
6.7. Manter-se em trajes condizentes, respeitando as orientações
repassadas pelo aluno fiscal do ônibus fretado pela SAEEAR,
acatando os horários estabelecidos para embarque e retorno de
licenciamento.
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7. CONDUTA AO RECEBER VISITAS

7.1. Orientar ao visitante que, para ingresso na EEAR, faz-se


necessário a identificação pela equipe de serviço do Portão da
Guarda.
7.2. Informar à equipe de serviço os dados do visitante e o provável
horário de chegada à EEAR.
7.3. As visitas deverão ocorrer nos dias não úteis, das 7 às 22 horas.
7.4. O aluno poderá circular com seus visitantes pelas áreas comuns
da administração. É proibida a visitação aos alojamentos e às
áreas restritas ao aluno. No caso de o aluno receber a visita de
militar que possa ter acesso a determinados setores da
administração que sejam proibidos ao aluno, este deve aguardar
do lado de fora.
7.5. Nos dias úteis, as visitas devem se restringir aos casos
excepcionais e com prévia autorização do Comandante do
Esquadrão. Tal autorização deverá chegar ao Oficial de
Permanência ao CA ou Sargento de Dia. Os visitantes deverão
aguardar na sala do Aluno de Dia até o aluno visitado
comparecer.
7.6. Ao receber a visita na sala do Aluno de Dia, o aluno visitado
poderá se dirigir à SAEEAR ou ficar na Praça do Especialista.
7.7. É proibido entrega de alimentos por familiar ou terceiros a
alunos.
7.8. Os alunos deverão alertar seus familiares acerca da utilização
de trajes condizentes com as normas previstas na OM, quando
em visitas, bem como do fiel cumprimento dos horários
estabelecidos.
7.9. Os alunos visitados deverão orientar os visitantes para a
obediência aos limites de velocidade no interior da Escola,
conforme sinalização.
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8. USO E ESTACIONAMENTO DE VEÍCULOS


8.1. Os alunos devem estacionar seus veículos apenas nos locais
permitidos.
8.2. Todo aluno que possuir veículo automotor deverá cadastrá-lo na
Seção de Investigação e Captura (SIC) do ESD-GW. Veículos
não cadastrados poderão ser impedidos de adentrar ou de
permanecer no interior da OM.
8.3. O cartão de identificação de veículo fornecido pelo ESD-GW
deve ficar visível no veículo quando no interior da EEAR.
8.4. Deve-se atentar para as leis de trânsito, com ênfase no
cumprimento dos limites de velocidade, uso de equipamentos
obrigatórios, respeito às sinalizações, preferências de passagem,
utilização de capacete (quando de motocicletas) e NÃO
utilização de celular ao volante.
8.5. O aluno deverá estar com a CNH e toda a documentação de seu
veículo em dia.
8.6. É proibido o acesso ao interior de veículos, nos dias úteis, sem
autorização do Comandante do Esquadrão ou, nos casos
excepcionais, do Oficial de Permanência ao CA.

9. CONDUTA NO RANCHO
9.1. Caso tenha se arraçoado, deve comparecer ao rancho no horário
da refeição constante na NPA de Rotina do Corpo de Alunos. O
não comparecimento pode ser tratado como transgressão
disciplinar.
9.2. Quando em refeições festivas, com a presença do Comandante
da EEAR ou com oficiais convidados, os alunos somente
poderão deixar as mesas após o mais antigo presente retirar-se
do local, salvo orientação diferente por parte do Comandante do
CA, do Comandante do GFM ou do Comandante do Esquadrão.
9.3. Por ocasião da presença do Comandante da EEAR no refeitório,
os alunos devem estar atentos ao comando de “Rancho,
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Atenção!”, dado pelo primeiro que o avistar. Em seguida deverá


anunciar o posto e a função. Nesta situação, todos deverão
cessar a conversação e permanecer em silêncio, na posição em
que estiverem, até o comando de “À vontade!”.
9.4. É vedado a qualquer aluno de serviço premiar ou favorecer
outro aluno para ingresso no refeitório.
9.5. Aguardar na posição de descansar, atrás da cadeira e com o
prato sobre a mesa. Assim que a mesma estiver completa,
mediante permissão do mais antigo daquela mesa, todos se
sentam e iniciam suas refeições.
9.6. Ao deixar a mesa, solicitar permissão ao mais antigo da mesa,
recolocar a cadeira sob a mesa e levar consigo os talheres, prato
e copo, entregando-os no balcão destinado a esse fim.
9.7. Alimentar-se à vontade, porém, com moderação, evitando-se o
desperdício de alimentos.
9.8. Quando desejar apresentar alguma reclamação ou sanar dúvidas
sobre o serviço do rancho, dirigir-se à equipe de serviço.
9.9. Não é permitido, entrar na cozinha, despensa ou outras
dependências da Seção de Aprovisionamento.
9.10. O aluno não poderá levar nenhum tipo de alimento/utensílio do
rancho, exceto os destinados a colação.
10. ALOJAMENTOS E INSTALAÇÕES SANITÁRIAS
10.1. O alojamento é uma dependência coletiva para repouso e
vestiário do aluno. Sendo assim, merece especial atenção e
cuidado, devendo estar sempre limpo, arrumado e arejado.
10.2. Por ocasião da entrada de oficial, suboficial ou sargento entre a
alvorada e a revista do recolher, o primeiro aluno que o avistar,
comandará, de forma que todos os presentes possam ouvir:
“Atenção alojamento!” “Encontra-se presente o
(posto/graduação, nome de guerra do militar que está entrando
e cargo que exerce)”. Imediatamente, todos os alunos que
estiverem no interior do alojamento voltam sua atenção para o
militar. Se deitados, levantam-se e aguardam suas instruções em
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silêncio. Ao comando de “À vontade!”, os alunos voltam aos


seus afazeres, mantêm silêncio e ficam atentos para qualquer
questionamento ou orientação. Evitar que diversos alunos
fiquem repetindo o comando de “Atenção alojamento!”.
10.3. Especial atenção deve ser dispensada à arrumação da cama, que
deverá estar com a colcha limpa e esticada, travesseiro
envolvido pela colcha e a manta dobrada na cabeceira contrária
ao travesseiro.
10.4. O aluno deverá manter o armário limpo e organizado. Deve
separar os uniformes 5°, 6°, 7° e 10° RUMAER em cabides,
roupas íntimas em necessaires, material de higiene e alimentos
(quando permitido pelo Esquadrão) protegidos em recipientes
hermeticamente fechados. Calçados e roupa suja deverão
ocupar a parte inferior do armário.
10.5. As sargenteações dos esquadrões complementarão as
informações referentes à padronização sobre arrumação de
armário, cama e disposição de malas conforme a estrutura de
cada alojamento.
10.6. Todos os dias haverá revista de alojamento pela sargenteação
com o objetivo de fortalecer a disciplina relacionada a limpeza
e capricho na arrumação de pertences pessoais. Para os alunos
do PTM, com a finalidade de desenvolver o espírito de corpo e
a camaradagem, tanto o “dono da cama” quanto os militares
que ocupam as camas vizinhas terão o “licenciamento não
concedido”.
10.7. É vedado pendurar roupas no alojamento no período de
instrução. Mediante autorização do Comandante de cada
Esquadrão, apenas as toalhas poderão permanecer na parte
externa do armário, desde que limpas e dispostas de maneira
organizada.
10.8. É proibida a “instalação” de varal improvisado dentro do
alojamento ou em suas adjacências, tais como hall ou sacada.
Também não é permitido colocar roupas para secar próximas
aos ventiladores.
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10.9. É proibido transitar de pijama, roupas íntimas ou com o


uniforme incompleto pelas sacadas, escadas e halls dos
alojamentos.
10.10. Evitar brincadeiras, trotes, jogos ou quaisquer outras atividades
cuja execução seja perigosa ou incompatível com a área e a
organização do alojamento.
10.11. Respeitar o toque de silêncio, não acendendo luzes ou fazendo
barulho.
10.12. O armário deve ser mantido trancado. Lembre-se de que uma
cópia da chave deverá ficar no claviculário do Esquadrão.
10.13. Não mexer em objetos ou armários sem autorização do dono.
Caso encontre qualquer objeto e não consiga identificar seu
proprietário, leve-o imediatamente ao seu sargenteante.
10.14. Somente poderão entrar nos alojamentos durante o expediente
com a autorização do Comandante ou sargento do Esquadrão.
10.15. O aluno não deve deixar objetos pessoais fora do armário, salvo
quando autorizado pelo Comandante do Esquadrão.
10.16. Aparelhos de som e vídeo ou outros dispositivos eletrônicos,
quando autorizado o uso no interior do alojamento pelo
Comandante de Esquadrão, deverão ser utilizados conforme as
regras de condutas sociais aceitas pela coletividade e dentro de
um gradiente de volume aceitável, sem incomodar os
companheiros de alojamento, inclusive nos dias não úteis ou de
meio expediente. Após o toque de silêncio, ainda que haja
concordância da coletividade, estes aparelhos deverão ser
desligados.
10.17. Exceto no intervalo do almoço, o aluno não deve se deitar
durante o horário de expediente previsto no “Quadro de
Trabalho Semanal” (QTS).
10.18. São proibidos o acesso e a permanência na entrada dos
alojamentos do sexo oposto.
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10.19. É proibido o acesso aos alojamentos por parte de qualquer


pessoa estranha à esquadrilha, exceto equipe de serviço ou
quando acompanhado por instrutor do CA.
10.20. Caso seja necessário adentrar alojamento do sexo oposto o
aluno deverá acionar a campainha, bater a porta e aguardar um
integrante daquele alojamento para transmitir as orientações
necessárias.
10.21. Nos dias em que não houver expediente, o acesso de equipes de
serviço ou manutenção no alojamento de sexo oposto deverá ser
feito somente após a evacuação total, sob a orientação do
Sargento de Dia ao CA.
10.22. Ao ausentar-se do alojamento, o aluno deverá deixar o armário
trancado, luzes apagadas, torneiras fechadas, vasos sanitários
asseados, portas dos banheiros fechadas e assoalho seco e
limpo.
10.23. As janelas devem permanecer abertas.
10.24. Para evitar sobrecarga na rede elétrica, são proibidas quaisquer
instalações clandestinas ou modificações de tomadas ou
equipamentos sem a autorização e mensuração da carga pelo
pessoal da Subseção Elétrica dos Serviços Gerais. Deve-se
atentar para o uso comedido de ferros de passar, secadores de
cabelo, aparelhos de “chapinha” e outros, especialmente
aqueles que produzem calor, sob risco de incidentes com a rede
elétrica.
10.25. Não permitir que as lixeiras dos sanitários, alojamentos e
arredores do prédio fiquem transbordando e sem sacos
apropriados.
10.26. As roupas deverão ser lavadas apenas nas lavanderias, não
sendo permitido o uso dos lavatórios para esta finalidade.
10.27. Usar os lavatórios e banheiros exclusivamente para as
finalidades a que se destinam, lembrando que a má utilização
dos aparelhos sanitários propicia a transmissão de doenças
infectocontagiosas.
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10.28. Concorrer para a limpeza, boa apresentação e higiene dos


sanitários, não sujando paredes, portas ou pisos, lembrando-se
de dar descarga logo após a utilização.
10.29. Não descartar papel higiênico e outros detritos, tais como copo
plástico, tubo de pasta, invólucro de sabonete, cotonete,
absorvente íntimo e outros objetos nos vasos sanitários para
evitar o entupimento das canalizações de esgoto.
10.30. Cuidar para que os fios de cabelo que por ventura se
desprendam no banheiro sejam retirados e depositados nas
lixeiras, o acúmulo indevido destes fios no encanamento causa
entupimento.
10.31. Jamais fique em pé ou agachado sobre o assento sanitário, pois
isso pode causar ferimentos graves caso o vaso sanitário venha
a se quebrar.
10.32. Não permanecer nas sacadas quando estiver ocorrendo
instrução próxima ao seu prédio, em virtude de despertar a
atenção dos instruendos e causar impressão negativa.
11. CONDUTA NA DIVISÃO DE ENSINO
11.1. Cumprir e fiscalizar o cumprimento das normas estabelecidas
pela Divisão de Ensino.
11.2. Os chefes de turmas deverão estar com as turmas prontas antes
da hora prevista para o início da aula ou outra atividade.
11.3. A retirada de faltas, sob a responsabilidade do chefe de turma,
deverá ser rigorosa e em conformidade com a NPA em vigor.
11.4. Não se deve ingerir alimentos, mascar chiclete, pentear-se ou
ocupar-se com outras leituras durante a instrução.
11.5. As solicitações de esclarecimentos sobre o assunto ministrado
deverão ser feitas sempre com respeito e consideração.
11.6. Não danificar a pintura das instalações, carteiras escolares,
equipamentos e outros itens de auxílio à instrução.
Manual do Aluno 2021 25/87

11.7. No início da aula, a turma aguarda o instrutor no local de


instrução e, ao final da aula, a turma aguarda que o instrutor
saia primeiro.
11.8. Após a aula, a sala deve ser mantida arrumada, sem que se
altere a disposição prevista das cadeiras ou mesas.
11.9. Satisfazer as necessidades fisiológicas antes de ser iniciada
qualquer atividade, evitando, dessa forma, saídas durante a
aula. Contudo, se for necessário dirigir-se ao sanitário, escolher
o momento oportuno e, de forma discreta, solicitar autorização.
11.10. Usar convenientemente bebedouros, banheiros e outras áreas
comuns, zelando pela conservação, limpeza e economia de
recursos.
11.11. Observar rigorosa probidade na execução de quaisquer provas
ou trabalhos escolares. O uso de quaisquer recursos ilícitos
(cola) é incompatível com a dignidade e o decoro militar e
poderá resultar no desligamento do Curso/Estágio. A “cola” é
uma maneira desonesta de se obter êxito! Trata-se de
deslealdade com os pares e também com os instrutores e
professores.
11.12. É vedado o uso de equipamentos eletrônicos durante as
instruções e intervalos de aulas. Exceção para acompanhamento
de problema de saúde de familiar, sendo, nesses casos,
necessária a autorização pelo Comandante do Esquadrão.
11.13. Conforme consta no Estatuto dos Militares, as Praças Especiais
devem dedicar-se inteiramente aos estudos e ao aprendizado
técnico-profissional. Dessa forma, o aluno da EEAR deve
esforçar-se para manter a máxima atenção durante as
instruções.
12. CONDUTA NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA E NAS
COMPETIÇÕES DESPORTIVAS
12.1. Atentar para a correta composição do uso do 9º uniforme. O
aluno deverá manter sempre a camiseta vestida e por dentro do
calção, bem como usar o tênis na cor branca. Nas corridas ou
Manual do Aluno 2021 26/87

prática de esportes, poderá ser autorizada a utilização de tênis


apropriado a cada caso.
12.2. Estar com o 9° RUMAER ao fazer uso da piscina para lazer. É
vedado o uso de piscina estando sozinho. A Seção de Educação
Física poderá implementar normas específicas acerca desse
assunto.
12.3. As corridas deverão ser, preferencialmente, acompanhadas.
Quando sozinho, o aluno deverá usar somente as vias mais
movimentadas.
12.4. Efetuar o trajeto no sentido contrário da via, com o objetivo de
facilitar a visualização de veículos. Deslocar-se no lado externo
da vida, com o objetivo de prover espaço seguro para a
passagem dos veículos.
12.5. Ao correr em grupo, atentar para não obstruir a vida por
completo.
12.6. A noite, o único trajeto permitido para corrida é a Alameda São
Paulo, tendo como limites o Portão da Guarda e o Ginásio.
12.7. Respeitar o adversário qualquer que seja o resultado, mantendo
o espírito desportivo.
12.8. Manter o índice de massa corporal (IMC) ideal, tanto pela
manutenção da saúde, quanto pela apresentação pessoal. Caso
tenha dúvidas para realizar treinamento físico, procurar a Seção
de Educação Física para obter orientações.
12.9. O aluno que porventura seja identificado com dificuldades para
acompanhar o programa de Educação Física estabelecido para o
CA poderá ser submetido a treinamentos extras nos finais de
semana.
12.10. Fica autorizada a utilização do abrigo do 9° uniforme de
maneira incompleta (somente o agasalho ou a calça) para
práticas de atividades desportivas isoladas desde que o aluno
esteja utilizando a camisa prevista no uniforme. Para o caso de
entrada em forma, deverá utilizar o abrigo completo.
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13. PROCEDIMENTOS REPROVÁVEIS E PROIBIDOS


13.1. Eximir-se de assumir responsabilidade pelos seus atos, faltar
com a verdade (mentir), “colar” em atividades avaliadas, agir
de maneira que macule a honra e o caráter ou que afrontem as
obrigações e deveres militares, constituem transgressão grave e
podem resultar no desligamento do Curso/Estágio.
13.2. Travar disputa, rixa ou luta corporal com seu companheiro,
subordinado, superior ou civil, dentro ou fora da Escola.
13.3. Permanecer deitado após o toque de alvorada.
13.4. Solicitar carona em via terrestre, fardado ou não.
13.5. Dirigir-se à Seção de Apoio Aéreo para solicitar vaga em
aeronave militar sem autorização do Comandante de
Esquadrão.
13.6. Envolver autoridade civil ou militar na busca de solução de
problemas pessoais sem a autorização ou conhecimento do
Comandante de Esquadrão.
13.7. Introduzir ou fazer uso de bebida alcoólica ou de entorpecentes
no interior da EEAR.
13.8. Não devem ser feitas “gozações”, trotes e imposição de
apelidos ou quaisquer outras atitudes ofensivas, inclusive no
uso de redes sociais ou quaisquer outras mídias digitais
(cyberbullying).
13.9. Sentar-se no chão, calçada ou outros locais que para isso não se
destinem, exceto quando em determinadas instruções militares.
13.10. Permanecer encostado ou com os pés nas paredes, muretas,
placas e árvores.
13.11. Entortar galhos ou subir em árvores frutíferas para apanhar
frutas.
13.12. Frequentar bares ou ambientes que desabonem o decoro da
classe.
13.13. Usar expressões de baixo calão ou gestos incompatíveis com a
boa conduta militar dentro ou fora da EEAR.
Manual do Aluno 2021 28/87

13.14. Alegar qualquer pretexto sem o devido amparo legal para se


eximir de participar de formaturas ou de escalas.
13.15. Utilizar meios ilícitos ou dispositivos eletrônicos para ter
qualquer tipo de acesso a alojamento do sexo oposto.
13.16. Dirigir viaturas oficiais sem autorização publicada em boletim
interno.
13.17. Fazer manutenção ou lavar carros nas adjacências dos
alojamentos ou de qualquer outra área da administração.
13.18. Utilizar-se de recursos de informática ou de quaisquer outros
recursos da administração para fins particulares, inclusive
acessos a contas de correio eletrônico (e-mail) ou acessos
indevidos à Internet.
13.19. Fazer ou intermediar qualquer tipo de comércio.
13.20. Transitar pela EEAR consumindo qualquer tipo de bebida ou
alimento.
13.21. Fumar em local diferente do centro da Praça do Especialista.
13.22. Sobrepor a qualquer uniforme, objetos de sociedades
particulares, associações religiosas ou políticas, medalhas
desportivas, chaveiros e outros adornos que possam
descaracterizar o uniforme.
13.23. Adentrar o alojamento antes das 16 h30 min, exceto se estiver
de serviço ou autorizado pelos instrutores de seu Esquadrão.
13.24. Apresentar ofício disciplinar ou FOBS contra militar mais
moderno sem fundamento.
13.25. Colocar avisos ou propagandas em quadros de avisos ou murais
sem autorização.
13.26. Portar aparelho celular ou dispositivo de comunicação durante
os turnos de instrução e seus respectivos intervalos, bem como
durante qualquer atividade ligada à instrução, formatura ou
serviço, nesses casos, mesmo fora do horário do expediente
normal. O uso de dispositivos eletrônicos em sala de aula
Manual do Aluno 2021 29/87

obedecerá a regras específicas e somente quando orientado ou


supervisionado pelo instrutor.
13.27. Solicitar entrega de gêneros alimentícios por meio de comércio
cujo funcionamento não seja autorizado.
13.28. “Puxar”, durante os deslocamentos de tropa, canções que façam
apologia à:
a) violência e criminalidade;
b) ideias ou atos libidinosos;
c) quaisquer formas de discriminação;
d) ideias ou atos ofensivos às Forças Armadas ou à sociedade;
e) ideologias terroristas ou extremistas contrárias às instituições
democráticas; e
f) ofensas ou menosprezo ou que tratem de maneira pejorativa
instrutores, especialidades, colegas, outros Esquadrões ou
outras Instituições.
“Se os hinos e gritos de guerra são técnicas importantes que
garantem a motivação e a cadência na prática de atividades
militares, é inconcebível que as letras entoadas contrariem nossos
valores. Reitero que não serão admitidos temas que explicitem ou
sugiram preconceito ou discriminação de qualquer espécie, em
especial aqueles que atentem contra a honra e a dignidade humana.”
Boletim Periódico nº 02/15, de 18 ABR 2015
14. CONDUTA EM LOCAIS PÚBLICOS
14.1. O aluno, quando transita por locais públicos, além de responder
por sua individualidade, representa toda nossa coletividade.
Desta forma, o CA, a EEAR, o COMAER e os militares em
geral poderão estar representados por um único aluno. Diante
dessa responsabilidade, nos locais ou estabelecimentos públicos
o aluno deverá acatar leis vigentes, conhecer e aplicar as regras
de convívio social em que se encontre e agir sempre de maneira
respeitosa com todos.
Manual do Aluno 2021 30/87

14.2. Não é permitida a presença de apenas dois alunos de qualquer


sexo em locais ermos ou com pouca luminosidade. Isso inclui
estudo na divisão de ensino após as 22 horas, prática desportiva
fora do período de instrução, uso das salas da SAEEAR,
bancos, centros de tradições, etc.
14.3. Não se envolver em distúrbios civis ou em quaisquer
manifestações coletivas. Manter-se afastado de aglomerações,
comícios e congêneres.
14.4. Não se pronunciar acerca de notícias ou comentários que
possam envolver assuntos ou situações relacionadas a EEAR,
essas questões serão respondidas pelo Setor de Comunicação
Social.
14.5. Quando uniformizado, mantenha o garbo militar e a mais
correta conduta, quer a serviço, quer a passeio.
14.6. Corrigir colegas ou subordinados que estejam mal
uniformizados ou agindo de maneira inadequada e
comprometendo a boa imagem do aluno da EEAR.
14.7. Recomenda-se prudência ao organizar eventos fora da EEAR.
Atentar para o respeito ao horário de silêncio e para as regras de
convívio social do local.
15. DESLOCAMENTOS DE TURMAS DE INSTRUÇÃO
15.1. Deve ser evitado o deslocamento de tropas de alunos pela
Alameda São Paulo. Os comandantes de fração de tropa,
quando deslocando suas respectivas tropas, deverão conduzi-las
pelas alamedas internas e somente cruzar a Alameda São Paulo.
Exceção será o deslocamento em direção ao CTE.
15.2. Sempre que uma tropa estiver atrasada para uma instrução ou
reunião, o deslocamento deverá ser em “passo acelerado”.
15.3. Os deslocamentos de alunos pelas vilas residenciais somente
serão permitidos quando fazendo parte de tropa, durante a
instrução de Educação Física; ou quando seguindo ou
retornando de uma instrução programada.
Manual do Aluno 2021 31/87

15.4. Quando houver instrução com a presença de todo o Esquadrão,


deve-se atentar para que ruas, corredores ou passagens fiquem
livres. O procedimento será deslocar a tropa para um local
seguro e comandar o avançar por colunas para o interior do
local da instrução.
15.5. Após a chegada ao local de instrução ou reunião, a ocupação
dos lugares deverá ser ágil e preenchendo os assentos
disponíveis a partir das primeiras fileiras.
15.6. Deverá ser franqueada a passagem à tropa mais antiga nos
locais de convergência.
15.7. Os “gritos de guerra” evidenciam o moral da tropa e o espírito
de corpo de seus integrantes, por isso os comandos de “fora de
forma” de tropas de alunos devem ser enérgicos e com a
seguinte padronização:
a) formação por Esquadrão: “nome ou cor” do Esquadrão;
b) formação por Esquadrilha: “letra” da Esquadrilha;
c) formação por especialidade: “nome” da especialidade; e
d) formação não especificada nos subitens anteriores: “Brasil!”.
16. CONDUTA APÓS LICENCIAMENTOS
16.1. A forma de liberação para os licenciamentos, de modo geral,
estará definida no QTS. Os licenciamentos poderão ser das
seguintes maneiras:
a) mediante os toques de corneta padronizados, devendo, nestes
casos, os alunos aguardarem dentro dos respectivos
alojamentos;
b) mediante “formatura de licenciamento”, com revista de
uniforme; ou
c) outra maneira definida pelo Comandante do CA ou seu
substituto.
16.2. Fica autorizado o uso do traje civil apenas no trajeto
compreendido entre o alojamento e o ponto de ônibus ou
estacionamento. Os alunos que estejam licenciados não deverão
Manual do Aluno 2021 32/87

permanecer no pátio do CA em traje civil durante a realização


de qualquer instrução.
16.3. Para evitar atrasos aos ônibus fretados pela SAEEAR, os alunos
poderão realizar um “lanche rápido” na cantina em traje à
paisana. Fica subentendido que “lanche rápido” é quando o
aluno dispõe de pouco tempo para esperar, o que implica no
fato de o aluno NÃO se sentar às mesas.
16.4. Não é permitida a presença do aluno no interior da cantina em
traje civil em qualquer outra situação a não a descrita no item
anterior.
16.5. É obrigatório declarar junto ao Esquadrão, quando em gozo de
férias ou licença, o endereço completo onde poderá ser
localizado e no mínimo um telefone para eventuais contatos de
emergência, além de outros dados que porventura sejam
solicitados.
16.6. Apresentar-se devidamente fardado na secretaria de seu
Esquadrão por conclusão de férias ou licenças.
16.7. Comunicar imediatamente à EEAR quando houver
impossibilidade de comparecer no horário ou data prevista.
16.8. No caso de rematrícula, o aluno deverá se apresentar
formalmente ao Comandante de Esquadrão, informar sua
situação e cumprir os trâmites administrativos.
17. CONDUTA EM CASO DE DOENÇA, BAIXA E ALTA DE
HOSPITAL OU FALECIMENTO DE FAMILIAR
17.1. Em casos NÃO urgentes:
a) em horário de expediente: o aluno comunica ao chefe de
turma e dirige-se ao Posto Médico do CA. Caso seja
agendado algum exame ou consulta no ambulatório ou
hospital pelo médico do PMCA em outro horário, o aluno
deverá, novamente, informar ao chefe de turma. Em ambos
os casos, o aluno retorna para o local da instrução; e
b) fora do horário de expediente: o aluno apresenta-se na Sala
do Aluno de Dia para ciência da equipe de serviço e dirige-se
Manual do Aluno 2021 33/87

ao hospital. Após ser atendido, apresenta-se novamente na


Sala do Aluno de Dia.
17.2. Em casos urgentes: providenciar o acionamento de ambulância,
se for o caso, e, tão logo possível, comunicar à sargenteação do
Esquadrão e à Sala do Aluno de Dia.
17.3. Quando baixar em qualquer hospital fora da EEAR, deverá
envidar esforços para comunicar-se, no prazo de 48 horas, com
a Sala do Aluno de Dia ou Oficial de Dia à EEAR, informando,
com detalhes, o hospital onde se encontra.
17.4. Ao receber alta hospitalar, apresentar-se ao Comando do
Esquadrão, durante o expediente, ou ao Sargento de Dia ao CA
caso seja fora do expediente.
17.5. A simulação de moléstia sujeitará o aluno à punição disciplinar
por tentativa de iludir superior hierárquico.
17.6. Em caso de falecimento de familiar, informar imediatamente à
Sala do Aluno de Dia ou ao Oficial de Dia à EEAR. Deverá
também, o mais breve possível, entrar em contato com o
Comando do Esquadrão. Ao retornar para a Escola, trazer cópia
do atestado de óbito, para comprovação do direito ao luto.
17.7. Atestado Sanitário de Origem (ASO):
17.8. Caso o aluno venha a se envolver em qualquer tipo de acidente,
deverá comunicar ao seu Comandante de Esquadrão e procurar
a Subdivisão de Saúde por meio do PMCA, para verificar a
necessidade ou não de ser submetido à perícia médica para
emissão do ASO.
17.9. Nos casos em que a dispensa médica descaracterize o uniforme
do dia, o Comando do Esquadrão poderá autorizar o uso do
abrigo de educação física.
17.10. Incorrerá em transgressão disciplinar grave o aluno com
restrição para prática de atividade física ou ordem unida
prescrita ou homologada por médico do COMAER, que for
participar de tais atividades ou treinamentos físicos.
Manual do Aluno 2021 34/87

17.11. Os chefes de turmas deverão colocar falta nas fichas de


frequência para os discentes que tiverem prescrição proibindo a
prática de atividades físicas e ordem unida.
18. CONDUTAS EM SITUAÇÕES DIVERSAS
18.1. Quando receber uma ordem de um superior hierárquico, após
sua execução, deverá providenciar meios para informar o seu
resultado ao superior (feedback).
18.2. Os alunos que apresentarem dificuldades na assimilação de
instruções típicas da atividade militar poderão ser submetidos a
treinamentos extras, em períodos noturnos ou finais de semana,
a título de instrução complementar ou reforço na aprendizagem.
18.3. A “colação” (lanche fornecido pelo rancho) deverá ser retirada
no horário previsto e consumida nos horários de intervalo.
18.4. Observar as normas previstas para utilização dos clubes ou
outras instalações destinadas a lazer e atividades
extracurriculares.
18.5. A realização de eventos comemorativos nos clubes e nos
centros será mediante autorização, devendo-se observar que
NÃO poderá haver bebidas alcoólicas e a Equipe de Serviço
deverá ser notificada.
18.6. Os alunos que, por algum motivo, estejam dispensados de
participar da Parada Diária do CA, não deverão transitar por
nenhuma parte do pátio do CA durante sua realização.
18.7. Ao dirigir-se à piscina ou academia de musculação, a toalha
deverá ser conduzida dobrada em uma das mãos. É proibido
conduzir a toalha sobre os ombros ou amarrada à cintura.
18.8. É proibida a participação de alunos da EEAR sob caráter de
“Representação” em eventos sociais sem a expressa autorização
do Comandante do Corpo de Alunos.
18.9. Cada aluno é responsável pela preservação dos materiais de uso
pessoal recebidos, tais como armário, cama tipo beliche,
colchão, roupa de cama e outros.
Manual do Aluno 2021 35/87

18.10. Dirigir-se às vilas residenciais nos dias não úteis somente


quando convidado por algum morador. Nos dias úteis, em casos
de eventos festivos, comemorações ou outros eventos
programados, poderá comparecer somente com a autorização
do Comandante de seu Esquadrão.
18.11. Quando chegar atrasado a qualquer reunião ou instrução em
auditório ou outro local, não deverá interrompê-la para solicitar
autorização. Nessa situação, de maneira discreta, deverá sentar-
se na poltrona da última fileira do setor que estiver sendo
utilizado e, ao final da instrução, apresentar-se ao Aluno de Dia
ao Esquadrão correspondente ou chefe da turma, informando o
motivo do seu atraso.
18.12. Transitar pelo comando do Esquadrão, do CA ou da EEAR
somente quando autorizado. Para tratar de assuntos relativos à
administração ou de caráter particular com um comandante,
chefe ou diretor, é recomendado que todo militar observe a
cadeia de comando.
18.13. Ao presenciar ou se envolver em qualquer ocorrência de caráter
disciplinar, deverá comunicar o fato, via FOBS.
18.14. Nos casos de enfermidades em que o médico do COMAER
prescreva dispensa total do serviço, o aluno deverá procurar o
Comandante do Esquadrão para orientações.
18.15. A guia de saída extraordinária é uma concessão do Comandante
do Esquadrão. Quando for estritamente necessário, o aluno
poderá solicitá-la para se ausentar da instrução para tratar de
assunto de seu interesse. Nesta situação, o aluno assume
conhecer:
a) a programação de aula relativa ao(s) dia(s) dispensado(s),
bem como o calendário de provas;
b) a não reposição das aulas perdidas em decorrência desta
saída extraordinária; e
c) o seu limite de faltas, que não serão abonadas.
Manual do Aluno 2021 36/87

18.16. Todas as atividades do aluno na EEAR têm finalidade de


instrução e de formação militar, fazendo parte dessa formação
determinar que o aluno siga a cadeia hierárquica na busca de
soluções para suas necessidades. É proibida, portanto, a
interferência de familiares (civis ou militares) visando resolver
problemas administrativos e internos do Corpo de Alunos, tais
como trocas de escala de serviço, saídas extraordinárias,
comissões de formatura, horários de licenciamento e outras
atividades inerentes ao período de formação.
18.17. O aluno da EEAR deverá conhecer:
a) o Comandante da Aeronáutica;
b) o Comandante da EEAR;
c) o Comandante do CA;
d) os chefes de divisões da EEAR e o Comandante do ESDGW;
e) os oficiais, professores, suboficiais e sargentos do CA; e
f) os alunos líder e vice-líder do CA, os líderes dos esquadrões
e os líderes de esquadrilha de seu esquadrão.
g) o conteúdo deste Manual;
h) os hinos e canções do hinário do CA;
i) o código de Honra do Aluno da EEAR;
j) os postos e graduações das três Forças Armadas;
k) o Pai da Aviação e Patrono da Aeronáutica: Marechal do Ar
Alberto Santos Dumont;
l) o Patrono da Força Aérea: Marechal do Ar Eduardo Gomes;
e
m) o 1º Ministro da Aeronáutica: Dr. Joaquim Pedro Salgado
Filho.
19. MÍDIAS SOCIAIS
19.1. Nos dias atuais, tem sido rotina o uso de sites de
relacionamento, de comunidades virtuais e de redes sociais
pelas pessoas de todas as idades e de toda índole.
Manual do Aluno 2021 37/87

19.2. Considerando que a profissão militar é, por sua natureza, uma


atividade diretamente vinculada à segurança, é importante que o
aluno da EEAR compreenda que, quando expõe dados e
informações ligadas ao seu trabalho, sua rotina ou informações
intrínsecas ao quartel, está violando regras de segurança.
19.3. No campo da “tecnologia da informação”, existe um termo
conhecido como “engenharia social”. A engenharia social
consiste em técnicas reais ou virtuais utilizadas com a
finalidade de obter acesso e informações importantes e/ou
sigilosas em organizações ou sistemas por meio da ilusão ou
exploração da confiança das pessoas. Os principais canais
utilizados para acesso a este tipo de ataque são os sites de
relacionamento, as comunidades virtuais e as redes sociais.
19.4. É possível reduzir as vulnerabilidades quanto ao acesso a sites
de redes sociais tomando os seguintes cuidados:
a) desconfiar, inclusive dos amigos, e não clicar em todo
conteúdo oferecido;
b) obedecer à política de uso da internet da Organização em que
trabalha; e
c) atentar quanto à instalação de aplicativos e pensar duas vezes
antes de utilizar a geolocalização”.
19.5. Tomar conhecimento dos boletins periódico nº 01/15, de 06
ABR 2015, que dispõe sobre “Orientações para uso das redes
sociais”, nº 04/2016, de 17 AGO 2016, que dispõe sobre
“Riscos da realidade aumentada de POKÉMON GO em
organizações militares”, e nº 01/17, de 07 MAR 2017, que
dispõe sobre “Liberdade de Expressão”.
19.6. Não postar ou curtir quaisquer mensagens que possam envolver
ou caracterizar censura a ato de superior hierárquico, inclusive
quando feitas em “tom irônico”. Vale lembrar que o militar
“não deixa de ser militar” por estar em ambientes virtuais.
Manual do Aluno 2021 38/87

19.7. No uso de sites ou aplicativos relacionados às mídias sociais, o


aluno NÃO deverá “curtir” ou colocar comentários, fotos ou
vídeos que possam expor:
a) instalações cuja segurança deva ser preservada;
b) exercícios militares, instruções teóricas ou práticas sem o
conhecimento dos respectivos instrutores;
c) armamentos ou postos de serviço;
d) instrutores ou colegas em situações que possam causar
constrangimentos ou que desrespeitem o direito à
privacidade; e
e) episódios e/ou acontecimentos envolvendo a instrução ou a
administração que estejam sob investigação interna, ao qual
tenha tido acesso.
20 CONDUTA NA CANTINA
20.1. Prestar a continência regulamentar em quaisquer dos ambientes
da cantina, inclusive quando seu superior estiver fora da
cantina. No caso de o aluno encontrar-se sentado, deverá, de
forma respeitosa, olhar e cumprimentar seus superiores com
“aceno de cabeça”.
20.2. No caso de passagem de tropa ou por ocasião do hasteamento
ou arriação do Pavilhão Nacional o aluno deverá prestar a
continência regulamentar conforme estabelecido no RCONT.
(Portaria Normativa nº 660/MD, de 19 MAI 2009).
21 CONSTITUIÇÃO DOS PROGRAMAS DE FORMAÇÃO
21.1 PROGRAMA DE TREINAMENTO MILITAR (PTM)
Programa de treinamento físico e doutrinário a ser cumprido pelos
estagiários e alunos da EEAR. O referido programa é aplicado durante
a primeira metade do curso ou estágio ao qual o discente estiver
matriculado e visa à preparação do futuro sargento para ações que
exijam pronta resposta e resistência à fadiga.
O objetivo é estimular o desenvolvimento da autodisciplina, a
compreensão de autoridade e hierarquia, o sentimento de
Manual do Aluno 2021 39/87

camaradagem e criar fortes laços de dever e lealdade para com a


instituição e o país. Durante este programa, o Aluno é constantemente
exigido nos aspectos de coragem, tenacidade e entusiasmo.
Esta fase inicia-se com o Estágio de Adaptação Militar.
21.2 ESTÁGIO DE ADAPTAÇÃO MILITAR (EAM)
O EAM tem por objetivo adaptar o jovem, que inicia sua jornada
acadêmica, à vida da caserna e às peculiaridades da instituição, por
meio de um programa de treinamento doutrinário, físico e militar
estimulando o gosto pela profissão, o espírito de corpo, a disciplina e a
organização, desenvolvendo, ainda, o hábito da atividade física e do
estudo, dentre outras virtudes militares, com base nos mais elevados
princípios éticos e morais, visando à integração do futuro Aluno ao
restante do Corpo.
21.3 PROGRAMA DE TREINAMENTO DE LIDERANÇA
O referido programa é aplicado durante a segunda metade do curso ou
estágio ao qual o discente estiver matriculado e visa à preparação do
futuro sargento para exercer liderança de pequenas frações de tropa.
É nesta fase que o Aluno desenvolve sua capacidade de comunicação e
relacionamento humano, necessárias ao papel de liderança ao qual está
destinado. O Aluno será então contextualizado, compreendendo sua
situação na formação dos graduados da FAB, sabendo que espera-se
que o seu comportamento influencie os novos discentes a
internalizarem os valores apresentados no PFV.
22. CADEIA DE LIDERANÇA DO CORPO DE ALUNOS
22.1 CONCEITUAÇÃO
É composta por alunos da 4ª Série, selecionados pelo Comando de seu
Esquadrão, tem como atribuição transmitir diretrizes, normas e
costumes vigentes na instituição aos alunos dos Esquadrões mais
modernos, atuando como elo entre o Comando do Corpo de Alunos e
os seus discentes.
Os alunos da 4ª Série, quando empregados no PTL, deverão estar
cônscios de que serão vistos como modelos pelos alunos dos demais
Esquadrões, pelo exemplo de integridade e correção que os mais
Manual do Aluno 2021 40/87

antigos representam. Sendo assim, devem enfatizar a educação através


da persuasão e do comportamento cooperativo no desempenho das
missões de que participe junto com os mais modernos ou das quais
esses devam participar.
22.2 CONSTITUIÇÃO DA CADEIA DE LIDERANÇA
Líder do Corpo de Alunos;
Vice-líder do Corpo de Alunos;
Líderes de Esquadrão; e
Líderes de Esquadrilha.
22.3 ESTADO-MAIOR DE ALUNOS
Os alunos Líder e Vice-Líder do CA, os Líderes de Esquadrão e o
Presidente da SAEEAR, compõem o Estado-Maior de Alunos.
O Estado-Maior tem como atribuição fiscalizar a atuação dos demais
membros da Cadeia de Liderança, orientando-os a fim de que se
atinjam os objetivos propostos no PTM, no PTL, no PFV e no EAM.
Os alunos componentes do Estado-Maior têm, como prerrogativas:
a) formar ao lado esquerdo do palanque dos instrutores durante as
paradas diárias do Corpo de Alunos;
b) permanecer fora de forma durante os deslocamentos do Corpo
de Alunos;
c) não concorrer às escalas de serviço; e
d) receber continência dos alunos dos Esquadrões mais modernos.
Parágrafo único: O presidente da SAEEAR faz jus às prerrogativas
acima, exceto a de receber continência dos alunos mais modernos.
22.4 RESPONSABILIDADES DA CADEIA DE LIDERANÇA
A Cadeia de Liderança tem um papel extremamente importante para o
êxito da aplicação do PTM e do PTL estabelecidos pela Seção de
Doutrina, uma vez que lhe é atribuída a responsabilidade da execução
dos respectivos programas, supervisionados pelos oficiais e sargentos
do CA.
Manual do Aluno 2021 41/87

Execução do Estágio de Adaptação Militar aos candidatos recém-


ingressos na EEAR sob supervisão da SIMCA e Comando dos
Esquadrões.
Participar ativamente do Programa de Formação de Valores,
capitaneados pela Seção de Doutrina, com intuito de internalizar esses
valores em si próprios e nos demais alunos.
Orientar seus liderados a fim de que se atinjam os objetivos propostos
pelo Comando do CA, e que todos os procedimentos previstos no
Manual do Aluno e regulamentos em vigor sejam ensinados e,
posteriormente, verificados quanto a sua execução.
Fiscalizar a atuação dos demais alunos para assegurar que a conduta
dos mesmos seja orientada, corrigida constantemente e aplicada em
conformidade com os documentos doutrinários e com as orientações
dos oficiais do CA.
22.5 DOS DEVERES DO LÍDER DO CORPO DE ALUNOS
Exercer, efetivamente, sua liderança sobre os demais alunos em todas
as situações.
Adotar postura e conduta dignas que denotem a honradez que a função
de Líder lhe impõe e servir como exemplo para os demais alunos.
Orientar e fiscalizar o desempenho e a atuação dos demais
componentes da Cadeia de Liderança dentro dos limites preconizados.
Acompanhar de perto a rotina do Corpo de Alunos, procurando
assessorar o Comando do Corpo de Alunos, por meio do Comando de
seu Esquadrão, sobre problemas eventuais de relevância para a
coletividade dos alunos.
Manter-se atualizado em relação às instruções da Seção de Doutrina e
às diretrizes do comando, no tocante ao PTM e PTL.
Exigir dos demais alunos atitudes que venham a solidificar a
disciplina no âmbito do Corpo de Alunos, relatando aquelas que
contrariarem tais orientações.
Tomar a iniciativa de apresentar o Corpo de Alunos em todas as
situações em que tal procedimento se fizer necessário.
Manual do Aluno 2021 42/87

22.6 DOS DEVERES DO VICE-LÍDER DO CORPO DE ALUNOS


Auxiliar o Líder do Corpo de Alunos nas tarefas e atribuições relativas
à Cadeia de Liderança.
Substituir Líder do Corpo de Alunos na ausência deste.
22.7 DOS DEVERES DOS LÍDERES DE ESQUADRÃO
Manter ligação constante com o Comando do Esquadrão, procurando
assessorá-lo em todos os assuntos do seu nível.
Agir como elo entre o Comando do Esquadrão, a Cadeia de Liderança
e os alunos do Esquadrão, transmitindo ordens, auxiliando no
doutrinamento e levando ao Comando do Esquadrão os assuntos dos
seus liderados considerados relevantes.
Acompanhar e avaliar o desempenho dos Líderes de Esquadrilha
subordinados.
Acompanhar de perto a rotina dos seus liderados, procurando
assessorar o Líder do Corpo de Alunos sobre problemas eventuais
julgados de relevância para a coletividade.
Solicitar aos Líderes de Esquadrilha relatos escritos ou verbais de
alterações de alunos de seu Esquadrão, recomendando as medidas a
serem adotadas.
Colaborar na coordenação de atividades extracurriculares planejadas
pelo Comando do Esquadrão com objetivo de criar reflexos
condicionados de disciplina, marcialidade e vivacidade.
Orientar o Esquadrão ao qual lidera quanto aos procedimentos, avisos
e determinações emanados do Comando, fazendo com que sejam
cumpridos efetivamente.
Sugerir ao Comando do Esquadrão, quando julgar necessário,
atividades extracurriculares com o objetivo de criar reflexos
condicionados de disciplina, marcialidade e vivacidade e,
eventualmente, auxiliar na coordenação e supervisão de tais
atividades, com a autorização do respectivo Comando.
Manual do Aluno 2021 43/87

22.8 DOS DEVERES DOS LÍDERES DE ESQUADRILHA


Exercer efetivamente sua liderança no âmbito da Esquadrilha sob sua
responsabilidade.
Auxiliar o Líder de Esquadrão no planejamento das medidas
disciplinares a serem aplicadas na esfera da sua Esquadrilha, bem
como participar do processo de execução das mesmas, com
autorização do Comando do respectivo Esquadrão.
Supervisionar a aplicação e o cumprimento das diretrizes disciplinares
estabelecidas nos regulamentos e normas ou emanadas pelo Comando,
no âmbito de sua Esquadrilha.
Agir como elo entre o Líder de Esquadrão e os alunos de sua
Esquadrilha, transmitindo ordens, auxiliando no doutrinamento e
levando ao Líder do Esquadrão as necessidades dos seus liderados.
Acompanhar de perto a rotina dos seus liderados, procurando
assessorar o Líder de Esquadrão sobre problemas eventuais julgados
de relevância para a coletividade.
Acompanhar o desempenho escolar (ensino e instrução militar) dos
liderados, procurando identificar eventuais deficiências de método de
estudo, aprendizado e fatores sociais ou psicológicos que possam vir a
prejudicá-lo, como, por exemplo, relacionamento familiar, situação
econômica e dificuldade de adaptação à rotina da EEAR, dentre
outros.
Exigir dos seus liderados o cumprimento, à risca, dos procedimentos
previstos no Manual do Aluno e regulamentos em vigor.
Manter um registro de informações sobre os alunos de sua
Esquadrilha, as quais serão consideradas reservadas, só podendo ser
mostradas aos instrutores do Esquadrão.
Motivar seus liderados para as atividades extracurriculares
desenvolvidas na EEAR.
22.9 CRITÉRIOS PARA INDICAÇÃO À LIDERANÇA
O Presidente da SAEEAR será escolhido por votação dos alunos da
própria turma, quando na 3ª Série do CFS e deverá ter seu nome
aprovado pelo Comandante do Esquadrão.
Manual do Aluno 2021 44/87

O Líder do Corpo de Alunos é o primeiro colocado da 4ª Série do


CFS, de acordo com o Plano de Avaliação da EEAR.
O Vice-Líder do Corpo de Alunos é o segundo colocado da 4ª Série do
CFS, de acordo com o Plano de Avaliação da EEAR.
Os Líderes de Esquadrão serão alunos da 4ª Série do CFS que,
independentemente de especialidade ou de antiguidade, destacaram-
se, ao longo das séries anteriores, pelo seu desempenho global e que
satisfaçam aos seguintes requisitos:
Preferencialmente:
a) possuir o Mérito Especialista;
b) ter sido indicado por sua turma;
c) ter sido indicado pelo Estado-Maior anterior; e
d) possuir higidez física adequada à função.
Obrigatoriamente:
a) possuir o Mérito Militar;
b) possuir média acima de 8,00;
c) ter sido indicado pelo Comando de seu Esquadrão;
d) ter seu nome aprovado pelo Comandante do CA.
Os Líderes de Esquadrilha serão alunos da 4ª Série do CFS que,
independentemente da especialidade ou da antiguidade, destacaram-
se, ao longo dos anos anteriores, pelo seu desempenho global e
satisfaçam as seguintes condições:
Preferencialmente:
a) ter sido indicado por sua turma; e
b) possuir higidez física adequada à função.
Obrigatoriamente:
a) possuir o Mérito Militar;
b) ter sido indicado pelo Comando de seu Esquadrão; e
c) ter seu nome aprovado pelo Comandante do CA.
Manual do Aluno 2021 45/87

Qualquer componente que venha, no decorrer de sua função, a


cometer transgressão que atente contra os preceitos basilares do
militarismo, ou que tenha um desempenho insuficiente ou inadequado
no exercício de sua função, poderá ser substituído.
A supervisão geral do trabalho da Cadeia de Liderança cabe à Seção
de Doutrina, em coordenação com os Comandos dos Esquadrões.
23. SISTEMA ESPECIAL DISCIPLINAR
O Sistema Especial Disciplinar é aplicado ao Aluno Especialista no
intuito de familiarizá-lo com as regras de conduta, primando sempre
pela manutenção da disciplina e hierarquia, visando adaptá-lo as
normas disciplinares contidas no RDAER, conforme previsto na Lei
nº 6.880/80 (Estatuto dos Militares).
Na aplicação das punições disciplinares serão considerados os
dispositivos constantes do RDAER, em consonância com o disposto
na Portaria nº 782/GC3, de 10 NOV 2010, que regulamenta a
sistemática de apuração de transgressão e aplicação de punição
disciplinar.
São punições disciplinares previstas no RDAER:
a) repreensão;
b) detenção;
c) prisão;
d) desligamento do curso;
e) licenciamento a bem da disciplina (praças sem estabilidade); e
f) exclusão a bem da disciplina (praças estabilizadas).
Poderão, ainda, serem impostas aos alunos da EEAR outras medidas
disciplinares, como forma de advertência, com a finalidade de
promover sua reeducação, quando a conduta praticada enquadrar-se,
tão somente, como irregular, segundo o disposto no Art. 5º do
RDAER.
Poderão ser utilizadas as seguintes formas de advertência com relação
às condutas tidas como irregulares:
Manual do Aluno 2021 46/87

a) trabalhos de estudo e pesquisa;


b) serviço extra;
c) revista de uniforme;
d) pré-alvorada;
e) licenciamento NÃO concedido; e
f) treinamento de Prontidão Militar e Condicionamento Físico.
A forma de advertência relacionada na letra “f” do item anterior será
detalhada em NS específica.
23.1 TRABALHOS DE ESTUDO E PESQUISA
A fim de corrigir pequenos desvios de comportamento, principalmente
quando for verificado que a conduta irregular deu-se por falta de
sedimentação dos conhecimentos transmitidos, poderá ser cobrada do
aluno a elaboração de um estudo, por escrito, a respeito do tema que
originou a irregularidade.
O prazo para a elaboração da pesquisa deverá ser de 3 a 5 dias, sendo
recomendável que o aluno realize o trabalho aos finais de semana, sem
prejuízo do licenciamento.
Caso julgado oportuno, o aluno poderá vir a apresentar para o restante
de seu Esquadrão por ocasião de DCE.
23.2 SERVIÇO EXTRA
Modalidade de correção de conduta destinada, exclusivamente, a sanar
problemas observados durante serviço de escala, com a finalidade
educativa de reforçar os conceitos e particularidades de cada posto de
serviço. Este serviço não entrará no cômputo de serviços tirados pelo
aluno (quadrinho).
23.3 REVISTA DE UNIFORME
Os Comandos de Esquadrão poderão determinar aos alunos que forem
encontrados com deficiente apresentação pessoal que se reportem
diariamente, por um período determinado, com uniformes específicos.
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23.4 PRÉ-ALVORADA
Determinar a apresentação do aluno transgressor à Sala do Aluno de
Dia até 30 minutos antes da alvorada, por um período determinado de
no máximo 5 dias úteis. Essa medida será aplicada somente ao PTM,
podendo ser imposta pelo Estado-Maior de Alunos, com prévia
anuência do Comandante de Esquadrão. O Comando dos Esquadrões
têm autonomia para aplicar a Pré-Alvorada. Horários anteriores ao
citado deverão ter prévia autorização do Comandante do CA.
A retirada de faltas será realizada pelo Permanência à Sala do Aluno
de Dia.
23.5 LICENCIAMENTO NÃO CONCEDIDO
O aluno submete-se ao regime de internato ao longo de sua formação.
Desta forma, o Licenciamento é concessão do Comandante do CA, o
LNC é a retirada temporária da concessão para se ausentar da EEAR,
infligida ao aluno pelo Comandante do seu Esquadrão, por ser um ato
discricionário do Comandante, este procedimento não necessita de
Formulário de Apuração de Transgressão Disciplinar (FATD).
Quando no cumprimento de LNC, o aluno deverá se restringir à área
administrativa da EEAR, seguindo os limites e rotas previstos na NPA
de Rotina.
O uniforme para o cumprimento do LNC será determinado pelo seu
Comando de Esquadrão, podendo inclusive ser modificado durante as
apresentações.
O aluno poderá utilizar a SAEEAR, CTG, CTNN, CTMG, cantina e
outros recintos similares, podendo, ainda, utilizar-se das salas de aula
da DE para estudar nos horários compreendidos entre as revistas e
chamadas, sendo que, para isso, deverá apresentar-se ao Oficial de
Permanência ou Sargento de dia ao CA.
Comparecer às revistas de verificação de presença, conforme listado
abaixo:
a) Café da manhã;
b) Hasteamento do Pavilhão Nacional;
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c) Almoço;
d) Arriação do Pavilhão Nacional;
e) Pernoite da Equipe de Serviço; e
f) Qualquer outro horário estipulado pelo Comando do
Esquadrão.
23.6 REPREENSÃO
A repreensão verbal poderá ser acompanha de uma Medida Disciplinar
Especial, esta punição deve apenas ser registrada no histórico do aluno
em seu esquadrão.
A repreensão por Escrito não acarreta nenhum tipo de privação ao
aluno durante os dias úteis e não úteis. Esta punição deve ser
publicada em boletim interno.
23.7 DETENÇÃO
Quando no cumprimento de detenção, o aluno deverá se restringir à
área administrativa do CA, limitados pela Lagoa do Brigadeiro,
Alameda São Paulo, Alameda Bahia e Academia do CA.
O uniforme para o cumprimento da Detenção será o 7º C completo
após o término das atividades diárias, nos dias úteis, e durante toda a
rotina nos dias não-úteis.
Nos dias úteis, o aluno só poderá se ausentar dos limites do CA para o
cumprimento de atividades curriculares programadas.
O aluno detido permanece em seu alojamento, ausentando-se apenas
para ir ao refeitório e revistas de verificação de presença; não poderá
participar das atividades dos Clubes do CA tampouco utilizar-se da
academia.
Comparecer às revistas de verificação de presença, conforme listado
abaixo:
a) Café da manhã;
b) Hasteamento do Pavilhão Nacional;
c) 10 h;
Manual do Aluno 2021 49/87

d) 11 h;
e) Almoço;
f) 14 h;
g) 15 h;
h) 16 h;
i) Arriação do Pavilhão Nacional;
j) 19 h;
k) Pernoite da Equipe de Serviço;
l) 22 h; e
m) Qualquer outro horário estipulado pelo Comando do
Esquadrão.
Nos dias úteis o aluno se apresentará às revistas de verificação de
presença a partir da Arriação do Pavilhão Nacional;
Nos horários das refeições os punidos entrarão em forma na Sala do
Aluno de Dia, e após retirada de falta, deslocarão em forma para o
refeitório.
23.8 PRISÃO
Quando no cumprimento de Prisão, o aluno deverá permanecer na sala
anexa à Sala do Aluno de Dia, ausentando-se apenas para entrar em
forma nas verificações de presença dos punidos, formaturas do
Pavilhão Nacional e ao deslocar-se para o refeitório.
O uniforme previsto para o cumprimento da Prisão deverá ser o 10º
uniforme completo.
Nos dias úteis o aluno deverá se apresentar ao Sargento de Dia ao
término das instruções.
23.9 HORÁRIOS DE INÍCIO E TÉRMINO DAS PUNIÇÕES
A punição inicia às 8 h do primeiro dia da punição e encerra às 08 h
do dia seguinte ao último dia da punição.
Os alunos deverão observar se a grade de punidos ou a relação de
Licenciamento não concedido contém os seus respectivos nomes. Não
Manual do Aluno 2021 50/87

poderá ser considerado o cumprimento da punição se não houver


grade nominal de punidos assinado no dia do início da punição.
23.10 DISPOSIÇÕES GERAIS
Para qualquer uma das apresentações, o mais antigo dos punidos
coloca os demais em forma, cinco minutos antes do horário previsto.
Cabe ao ALCA estar presente em todas as revistas e lançar estas
alterações no livro de serviço, caso haja impossibilidade de cumprir os
horários previstos.
Ao punido com Detenção ou Prisão é permitido ir ao Esquadrão de
Saúde apenas por problemas de saúde própria ou em apoio a outrem,
devendo ser dada a ciência ao ALCA do ocorrido, imediatamente,
após o fato.
Caso o aluno detido seja de Esquadrão mais antigo que o ALCA, ele
se apresentará ao Sargento de Dia ao CA.
Somente o Comandante do CA/GFM ou, na ausência destes, os
Comandantes de Esquadrão, tem autonomia para dispensar o aluno
punido de qualquer apresentação que o mesmo deva cumprir de
acordo com este Manual.
24 APRESENTAÇÃO PESSOAL
24.1 INTRODUÇÃO
A apresentação pessoal no âmbito do Comando da Aeronáutica é
regulamentada por meio de Instrução do COMAER, ICA 35-10. Essa
Instrução estabelece que, durante o período de formação, estágios de
adaptação e instruções operacionais, os alunos, além do disposto na
ICA 35-10, também estarão sujeitos às orientações e padronizações
estabelecidas pelo setor de doutrina ou Seção de Instrução Militar das
Instituições de Ensino às quais estiverem subordinados.
Em conformidade com o documento supracitado, este Manual
complementa orientações quanto à apresentação pessoal para as praças
especiais matriculadas na EEAR.
24.2 APRESENTAÇÃO QUANDO UNIFORMIZADO
Manual do Aluno 2021 51/87

Os desenhos e/ou pinturas do tipo tatuagem não poderão afetar a


honra pessoal, o pundonor militar ou o decoro exigido dos integrantes
das Forças Armadas, conforme princípios de ética preconizados no
Art. 28 da Lei nº 6.880, de 1980 (EMI), apresentando símbolos e/ou
inscrições alusivos a:
a) ideia ou ato libidinoso;
b) ideias ofensivas às Forças Armadas ou à sociedade;
c) discriminação quanto à raça, credo, sexo, origem ou qualquer
outra forma de preconceito; e
d) ideologias terroristas ou extremistas contrárias às instituições
democráticas ou que preguem a violência ou a criminalidade.
Os aplicativos do tipo “piercing” que estejam localizados em partes do
corpo que fiquem à mostra quando trajando uniformes previstos no
RUMAER, inclusive aqueles previstos para a prática de Educação
Física, deverão ser removidos.
É vedado o uso de lentes de contato coloridas ou que apresentem
desenhos, mesmo que de grau.
É autorizado o uso do guarda-chuva em conformidade com o
RUMAER (guarda-chuva na cor preta, exceto quando estiver em
forma ou compondo equipe de serviço). Entretanto, esse uso deverá
ser individual, não sendo permitido mais que um aluno sob o mesmo
guarda-chuva.
24.3 PRESCRIÇÕES PARA AS ALUNAS
Em eventos especiais, quando autorizado pelo Comandante do Corpo
de Alunos, o seguimento feminino poderá utilizar maquiagem. As
alunas deverão atentar para a moderação na aplicação dos produtos e
em tons discretos, mesmo que em trajes civis, sempre em
conformidade com as formalidades e exigências do ambiente.
As unhas devem ser tratadas e, se pintadas, deverá ser utilizado apenas
esmalte de cor transparente ou renda, sem desenhos ou enfeites, sendo
seu comprimento máximo limitado pelo alinhamento com a ponta dos
dedos.
Manual do Aluno 2021 52/87

Nos exercícios de prontidão militar, caracterizados pelo acionamento


após o Toque de Silêncio, as alunas poderão usar o penteado tipo
“rabo de cavalo”, devendo o comprimento do cabelo não ultrapassar a
linha definida pela união das axilas, de acordo com a ICA 35-10.
Em Exercícios de Campanha ou outros exercícios operacionais, por
motivo de segurança, poderá ser determinado o uso de “rabo de
cavalo”, trança única e a utilização de touca protetora. Nesse caso, o
cabelo deverá ser preso com uma série de elásticos da cor mais
próxima à do cabelo, colocados ao longo de todo seu comprimento, de
maneira que fique totalmente preso.
No uso do penteado tipo “rabo de cavalo” ou “trança única” o
comprimento da trança ou do “rabo de cavalo” não poderá ultrapassar
a linha definida pela união das axilas, devendo ter como base central
do rabo de cavalo a linha que tangencia a parte superior das orelhas.
Deverão ser utilizados grampos e fivelas na cor do cabelo, em
quantidade suficiente para prendê-lo.
A aluna deve abster-se do uso de penteados exagerados, cobrindo a
testa, ainda que parcialmente, bem como o uso de quaisquer postiços,
adereços ou “glitter”, inclusive em eventos sociais.
Cabelo curto é aquele cujo comprimento fique acima da gola do
uniforme, o qual não poderá ser usado solto em qualquer
circunstância, quando utilizado com cobertura deve estar com as
orelhas a mostras. O cabelo deve ser preso com “tic-tac” de forma que
a franja não recaia sobre o rosto.
Quando uniformizadas, devem abster-se:
a) quando for autorizado o uso de penteados (bailes, jantares, etc)
as militares devem atentar para que a altura da massa de cabelo,
medida a partir do couro cabeludo, não exceda cinco
centímetros;
b) de penteados que cubram a testa, ainda que parcialmente (franja
ou qualquer outro modelo); e
c) do uso de quaisquer postiços.
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É proibido o uso de maquiagens permanentes (Ex:cílios permanentes,


sobrancelhas de rena, contornos de boca e olhos, etc.).
A coloração artificial do cabelo deve ser feita com moderação,
utilizando as cores naturais, em tonalidade discreta e compatível com
o uso do uniforme militar.
Utilizando o penteado tipo coque, a aluna poderá utilizar “tic-tac” para
prender os fios que ficaram soltos. Nessa situação, a aluna não poderá
ter partes do cabelo raspado, como nuca, lateral da cabeça ou região
frontal.
Utilizando o penteado tipo coque a aluna deverá prender todo o cabelo
uniformemente até a confecção do coque, não podendo haver tranças,
penteados ou qualquer coisa que altere a linearidade natural dos fios
até a confecção do coque.
Exemplo de irregularidade onde há uma torção dos fios até a
confecção do coque:

O Comandante do Corpo de Alunos poderá autorizar o uso de


maquiagem ao PTL, visando a adaptação da militar a vida de formada.
Nesse caso, as alunas deverão observar que a maquiagem seja de
acordo com o tom de pele, atentando para o prescrito nesta seção.
Não é permitido o uso de saias extremamente justas, acima dos
joelhos ou com cintura baixa;
O corte “aparado curto” deverá ser cortado à máquina nº 2, ou
correspondente, nas partes parietais e occipitais do crânio, isto é, nas
laterais e nuca, mantendo-se bem nítidos os contornos junto às orelhas
e ao pescoço com “pé quadrado”, disfarçando o corte, gradativamente,
Manual do Aluno 2021 54/87

de baixo para cima, com tesoura, até a altura correspondente à borda


da cobertura. Na parte superior da cabeça, o cabelo deve ser
desbastado o suficiente para harmonizar-se com o restante do corte e
com o uso da cobertura;

Padrão de cabelo preso tipo coque para as alunas

Padrão de cabelo curto para as alunas

Padrão de “rabo de cavalo” para as alunas


Manual do Aluno 2021 55/87

Padrão de cabelo aparado curto para as alunas


24.4 PRESCRIÇÕES PARA OS ALUNOS
Por ocasião do retorno de férias, o aluno deverá se apresentar com o
corte padrão (pente “número um” nas laterais e nuca e pente “número
dois” na parte superior da cabeça).
A costeleta (porção de barba e cabelo que se deixa crescer na parte
lateral do rosto) deve ser mantida a dois centímetros abaixo do ponto
superior de união da orelha com a cabeça, conservando sua largura
natural (é vedado o estreitamento da costeleta).
É vedado o uso:
a) de bigode;
b) de brincos;
c) de barba, cavanhaque ou barbicha; e
d) de raspar a cabeça com “máquina zero” ou navalha, exceto se
prescrito por oficial médico, por motivos clínicos.
No caso de necessidade do uso de corte de cabelo e/ou barba, com a
finalidade de encobrir lesão fisionômica, o militar deverá requerer
autorização por escrito e fundamentada em parecer clínico ao
respectivo Comandante de Esquadrão, que encaminhará o caso ao
Comandante do CA. Caso haja necessidade, o militar deverá ser
novamente identificado.
24.5 USO DE ACESSÓRIOS
Manual do Aluno 2021 56/87

24.5.1 É PERMITIDO:
Relógio em tamanho e modelo discretos e funcionais, em qualquer
pulso, na cor preta ou prateada.
Aliança, na cor prateada ou dourada.
Óculos de grau, devendo ser observada a discrição quanto ao formato
e cor. As lentes NÃO poderão ser espelhadas ou coloridas e a armação
deverá ser dourada, prateada ou outra cor em tom escuro, preservando
a discrição.
Óculos escuros desde que mediante receita médica, devendo ser
entregue uma cópia da receita na secretaria do respectivo Esquadrão e
observar o disposto no item anterior. NÃO é permitido o uso preso ao
uniforme ou sobre a cabeça.
Colar metálico no pescoço desde que tenha apenas uma volta, na cor
dourada e/ou prateada, com espessura máxima de meio centímetro, e
que possua, ou não, um pingente com, no máximo, um e meio
centímetro de largura por um e meio centímetro de altura.
Protetor solar sem cor e manteiga de cacau.
Apenas às alunas do PTL: um par de brincos (um em cada orelha),
podendo ser coloridos e com pedras, desde que sejam pequenos e
discretos, sem argolas nem pingentes. Os brincos não devem
ultrapassar o tamanho do lóbulo da orelha. Para os homens é vedada a
utilização de brincos.
24.5.2 NÃO É PERMITIDO O USO:
Chaveiro ou chave pendurada no cinto.
“Gloss” ou outros tipos de hidratantes labiais com brilho, exceto em
caso de indicação médica.
Mochila levada às costas, exceto de modelo militar e quando em
exercício de campanha.
Peça de qualquer material aplicada na parte inferior da perna próxima
ao pé, conhecida como “tornozeleira”.
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Fones de ouvido, exceto em estudo individual noturno no interior da


sala de aula ou da Sociedade dos Alunos (SAEEAR).
Uniformes demasiadamente ajustados ao corpo.
As calças não poderão ter cintura baixa; devendo deixar aparecer, no
máximo, cinco botões da canícula.
No caso das saias, não poderão ser acima dos joelhos ou com cintura
baixa.
Sapato diferente do que é fornecido pela Seção de Provisões.
“Smartwatch” ou “smartphone” em instrução, serviço, reuniões,
“briefings” ou qualquer outra atividade programada.
24.5.3 USO DE TRAJES CIVIS
É proibido conduzir veículo no interior da EEAR de chinelos ou sem
camisa.
É proíbido o uso de camisas com dizeres impróprios ou que afrontem
o decoro e os bons costumes
Aos alunos, no âmbito de qualquer Organização Militar (OM), fica
proibido o uso de:
a) Bonés, toucas, chinelos e similares;
b) Bermudas e shorts; e
c) Camisetas sem mangas.
Às alunas, no âmbito de qualquer OM, fica proibido o uso de:
a) Blusas com decotes ousados que deixem à mostra o contorno
dos seios, podendo ser usado top ou faixa por baixo da blusa
para cobrir o decote;
b) Blusas que deixem as costas descobertas abaixo da linha das
axilas;
c) Blusas transparentes;
d) Peças que exponham roupa íntima;
e) Blusas que deixem qualquer parte do abdômen à mostra;
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f) Calças justas que definam a silhueta do corpo ou calças de


lycra;
g) Saias ou vestidos com comprimento acima da linha do joelho; e
h) O uso de bonés, toucas e chinelos.
25. INSIGNIAS, BREVÊS E ADORNOS
25.1 INSÍGNIAS DE MÉRITO
A insígnia de Mérito Militar será utilizada pelos alunos das 3ª e 4ª
séries que obtiverem os maiores graus no Conceito de Doutrina
Militar, que avalia o espírito militar, o caráter, o decoro, a capacidade
física, a apresentação pessoal e a disciplina. A quantidade de insígnias
será correspondente a 10% (dez por cento) do efetivo de cada série.
A insígnia de Mérito Intelectual será distribuída para até 10% do
efetivo de cada série (2ª, 3ª e 4ª séries), sendo utilizados os seguintes
critérios: alunos primeiros colocados de cada especialidade e na
sequência os demais alunos de acordo com a classificação geral.
A insígnia de Mérito Desportivo será utilizada pelo aluno considerado
pela Seção de Educação Física como o atleta padrão das 2ª, 3ª e 4ª
séries.
A insígnia de Mérito Especialista será utilizada pelos alunos que
obtiverem as insígnias de Mérito Militar e Intelectual
simultaneamente.
Manual do Aluno 2021 59/87

25.2 INSÍGNIAS ESPECIAIS


A Insígnia Especial de Primeiro Colocado da 4ª Série do CA será
conferida ao primeiro colocado na classificação geral da 3ª para a 4ª
série do CFS, independente de especialidade.
A Insígnia Especial da Sociedade dos Alunos – SAEEAR será
outorgada aos alunos da última série do CFS, integrantes da diretoria
da SAEEAR.
A Insígnia Especial da Equipe de Bandeiras Históricas será outorgada
aos alunos da última série do CFS, integrantes da Equipe de Bandeiras
Históricas.
A Insígnia Especial do Grupo de Ordem Unida Elite Especialista será
outorgada aos alunos da última série do curso ou estágio, integrantes
do Grupo de Ordem Unida Elite Especialista como forma de
reconhecimento pelo esforço extracurricular nas atividades de Ordem
Unida do referido grupo.
Manual do Aluno 2021 60/87

1
MATERIAL
Metal.
2 USO
No bolso direito, centralizada, nos uniformes: 3º, 4º, 5º, 6º e 7º
RUMAER. Conforme são utilizados os distintivos de cursos de
carreira nos militares formados.
25.3 INSÍGNIAS DA LIDERANÇA
A Insígnia de Líder do Corpo de Alunos será outorgada ao aluno
primeiro colocado na classificação geral da 3ª para a 4ª série do CFS.
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A Insígnia de Vice-Líder do Corpo de Alunos será outorgada ao aluno


segundo colocado na classificação geral da 3ª para a 4ª série do CFS.
A Insígnia de Líder de Esquadrão será outorgada aos alunos da 4ª série
do CFS escolhidos para a função de Líderes de Esquadrão.
A Insígnia de Líder de Esquadrilha será outorgada aos alunos da 4ª
série do CFS escolhidos para a função de Líder de Esquadrilha.
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1 MATERIAL
3º, 4º, 5º, 6º e 7º RUMAER: Metal dourado para a insígnia de Líder
do CA e metal prateado para as demais Insígnias da Liderança.
No 10º RUMAER: Confeccionado em tecido de brim verde-oliva,
medindo 18 mm por 60 mm, com as engrenagens e a estrela em linha
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“amarelo ouro” para o Líder do CA, linha branca para o Vice-líder do


CA e em linha preta para as demais Insígnias da Liderança.
2 USO
No bolso superior esquerdo, centralizada a 2 mm acima da costura
superior nos uniformes: 3º, 4º, 5º, 6º e 7º RUMAER. No 10º
RUMAER deverá ser centralizada a 2 mm acima da tarjeta com o
bordado Força Aérea.
25.4 DISTINTIVO DE INSTRUTOR DE TIRO
O distintivo de Instrutor de Tiro poderá ser utilizado pelos alunos dos
cursos BMB e SGS após a conclusão do Estágio e a realização da
última avaliação na 3ª Série.
O distintivo tipo brevê poderá ser utilizado nos 3º, 4º, 5º, 6º, 7º e 10º
Uniformes (tecido para o 10º e metal para os demais) e deverá ser
aposto a 5 milímetros acima da tarjeta de Força Aérea ou em posição
equivalente ou a 1 centímetro acima da fileira superior de insígnias da
Liderança/Barretas.
O brevê do tipo dístico com a inscrição “INSTRUTOR DE TIRO”
deverá ser aposto a um centímetro da costura do ombro da manga
esquerda da gandola do 10º uniforme e confeccionado no padrão de
baixa visibilidade.
25.5 CORDÃO VERMELHO COM APITO
O cordão vermelho com apito poderá ser utilizado pelos alunos da
especialidade de SBO após a conclusão da última avaliação da
especialidade na 3ª Série, em cerimônia realizada no GSBO. Será
utilizado no ombro direito obedecendo o modelo FAB-D-057
conforme item 4 do anexo C do RUMAER.
25.6 CORDÃO BRANCO DO PRIMEIRO COLOCADO DA 4ª CFS
O cordão branco será utilizado pelo aluno primeiro colocado na
classificação geral da 3ª para 4ª série, após receber o estandarte da
Escola de Especialistas de Aeronáutica. Será utilizado no ombro
direito obedecendo o modelo FAB-D-057 conforme item 4 do anexo C
do RUMAER.
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26. EMBLEMAS DE ESQUADRÃO E ESPECIALIDADE


26.1 EMBLEMAS DE ESQUADRÃO
O emblema deverá ser circular, com borda externa na cor preta. Em
sua bordadura deverão constar os dísticos “CORPO DE ALUNOS DA
EEAR” na parte superior, ocupando a metade superior do emblema,
com todas as letras na cor preta e em fundo branco e o “NOME” do
Esquadrão, na parte inferior, nas cores do Esquadrão (preta para o
Esquadrão Branco) em fundo branco. O restante da bordadura, não
preenchido por estes dísticos, deverá ter faixas em verde e amarelo.
O limite externo do emblema deverá ter o seu diâmetro com medida
igual a 7 (sete) centímetros. A borda deverá ter 1/18 avos do diâmetro
(5 mm). O emblema deverá ser submetido à aprovação do
Comandante do Corpo de Alunos da Escola de Especialistas de
Aeronáutica.
Para a utilização no 10º uniforme as cores deverão ser no padrão de
“baixa visibilidade”, bordado na cor preta, podendo conter apenas
tonalidades de verde compatíveis com o 10º RUMAER.
Para o uso no 10º uniforme o Emblema de Esquadrão deverá se
posicionar no local do DOM (bolso esquerdo).
Para o uso nos 8º e 11º B o Emblema de Esquadrão deverá ser
utilizado no bolso direito.
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26.2 EMBLEMA DE ESPECIALIDADE (ICA 903-1):


Podem ser utilizados nos uniformes 8º de voo e 11º B (macacão de
manutenção).
No 8º uniforme o Emblema de Especialidade deverá ser utilizado no
bolso esquerdo, no local onde é utilizado o distintivo de
operacionalidade pelos militares formados.
No 11º B o Emblema de Especialidade deverá ser utilizado a 2 mm,
centralizado, acima no bolso esquerdo.
O emblema deverá ser circular, com borda externa na cor preta. Em
sua bordadura deverão constar os dísticos “NOME DA
ESPECIALIDADE” na parte superior e o “NOME” do Esquadrão
com seu ano de matrícula, na parte inferior, fundo na cor do
Esquadrão, letra preta para os Esquadrões Amarelo, Branco e Prata e
letra branca para os Esquadrões Azul e Verde.
A arte utilizada no centro do Emblema é livre, devendo apenas conter
o símbolo da Especialidade inserido na mesma.
O limite externo do emblema deverá ter o seu diâmetro com medida
igual a 7 (sete) centímetros. A borda deverá ter 1/18 avos do diâmetro
(5 mm). O emblema deverá ser submetido à aprovação do
Encarregado do respectivo Galpão de Especialidade.
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27. PREVENÇÃO DE RABDOMIÓLISE


APRESENTAÇÃO DO CONTEXTO
O estresse celular é uma conjuntura do organismo onde a célula
trabalha sem ter o apoio logístico (macro e micronutrientes, água,
repouso e alimentação) necessário à realização do esforço ao qual está
sendo solicitada, induzindo desequilíbrios orgânicos no organismo e,
em alguns casos, levando até mesmo à morte.
A rabdomiólise é uma síndrome grave que decorre da lesão muscular
(miólise) direta ou indireta. É um resultado do rompimento das fibras
musculares, que liberam seu conteúdo para a corrente sanguínea. Esse
processo pode afetar principalmente os rins, que não conseguem
remover os resíduos concentrados na urina.
A rabdomiólise pode ser causada por diferentes fatores, como
consumo excessivo de álcool e traumas, porém no meio militar está
mais relacionada com a atividade física intensa em condições
climáticas desfavoráveis.
Dentre as causas mais conhecidas em exercícios militares está a
liberação no sangue uma substância chamada mioglobina, que é uma
proteína relacionada à hemoglobina. Quando a mioglobina é liberada
após lesão do músculo, é filtrada para fora do pelos rins, que pode
causar uma insuficiência renal aguda.
Exercício intenso em excesso, insolação ou desidratação podem
desencadear a síndrome da rabdomiólise.
Os sintomas mais comuns de rabdomiólise incluem fraqueza
muscular, hematomas, dores musculares, desidratação e urina escura.
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O aluno deve estar sempre atento aos sintomas e informar sempre o


mais antigo presente na atividade ou instrução, caso note alguma
discrepância na coloração da sua urina, acompanhado de outros
sintomas relacionados que denotem o quadro clínico de rabdomiólise.
O aluno fica terminantemente proibido de fazer o uso de suplementos
vitamínicos (Proteínas em geral, whay protein, hiper calóricos,
aminoácidos em geral, BCAA, glutamina, creatina, etc.) e
estimulantes energéticos a base de cafeína e taurina, sem a receita de
um médico ou nutricionista da escola de especialistas, devendo
informar e apresentar a receita a secretaria do comando de seu
esquadrão.
O uso de suplementos pode sobrecarregar os rins e associados a
atividade física intensa, condições de temperatura e umidade,
aumentam as chances de ocorrer um quadro clínico de rabdomiólise.
O aluno deve suspender todo e qualquer suplementação, mesmo que
com receita médica um mês antes de qualquer atividade prática que
envolvam exercícios físicos intensos como por exemplo os Exercícios
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de Campanha, disciplinas como Táticas de Combate Terrestre 4 ou


qualquer outra atividade que envolva grande desgaste físico.
Atentar quanto ao uso de medicamentos, pois estes também podem
ocasionar uma sobrecarga dos rins e corroborar para o agravamento de
um quadro clínico rabdomiólise, dessa forma fica proibido o consumo
de medicamentos por conta própria em atividades de campanha e em
exercícios militares.
28. CONDUTA SEXUAL E RELACIONAMENTO AFETIVO
28.1 INTRODUÇÃO
Em decorrência da consolidação do ingresso da mulher no mercado de
trabalho, a compreensão de questões ligadas ao tema “assédio sexual”
torna-se essencial para a manutenção de um ambiente sadio, e de
mútuo respeito e que possibilite o desenvolvimento profissional.
Pesquisas revelam que a maior incidência de casos de assédio sexual
tem o homem como agente e a mulher como destinatária. Todavia,
também pode ocorrer entre pessoas do mesmo sexo ou da mulher
destinada ao homem.
As instituições militares não estão isentas da possibilidade de
sofrerem as consequências advindas do problema que envolve o
presente tema, devendo procurar respaldar-se ética, técnica e
legalmente para solucionar eventuais questões que possam ocorrer no
seu ambiente de formação ou de trabalho.
A inclusão da mulher nas Forças Armadas tem resultado no convívio
entre homens e mulheres em diversos cenários, sendo que, no período
de formação militar, na maioria dos casos, isso acontece em regime de
semi-internato. Assim, a finalidade desta seção é proporcionar
conhecimentos e valores aos alunos acerca desse tema, de forma que
possam conviver em um ambiente misto de forma madura e
profissional, tanto durante o período de formação quanto após
formado, nas diversas Organizações.
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28.2 CONCEITUAÇÃO
28.2.1 CARACTERÍSTICAS
O assédio sexual no local de trabalho consiste em “cantadas”
explícitas ou constantes “insinuações” com conotação sexual, sem a
concordância da vítima. É importante que esta “NÃO concordância”
sempre deve ser manifesta de forma firme e clara por parte da pessoa
afetada. A principal característica do assédio sexual é quando o agente
age de maneira insistente com a intenção de obter favores sexuais.
Trata-se, também, de uma forma de agressão moral e psicológica,
visto que, via de regra, afeta a honra, expõe o(a) destinatário(a) a
situações vexatórias e provoca insegurança profissional pelo receio de
se perder o emprego, sofrer perseguições ou quaisquer outras
“retaliações” que afetem o desenvolvimento profissional.
De acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT),
quaisquer insinuações, contatos físicos forçados, propostas ou pedidos
impertinentes, entre outros, podem ser considerados como assédio
sexual, desde que apresentem pelo menos uma das seguintes
características:
a)ser claramente uma condição para dar ou manter o emprego;
b)influir nas promoções ou na carreira do assediado;
c)humilhar, insultar ou intimidar a vítima; e
d)prejudicar o desempenho profissional.
Em síntese, o assédio sexual no trabalho é sempre um ato de poder,
sendo o assediador um superior hierárquico da pessoa assediada.
Trata-se de uma insinuação ou proposta sexual insistente e inoportuna
e rejeitada pela outra parte. Essa insinuação ou proposta pode ser
verbal, gestual ou física.
O assédio sexual apresenta ainda os seguintes elementos:
a)sujeitos: agente (assediador) e destinatário (assediado);
b)conduta de natureza sexual;
c)rejeição à conduta do agente;
d)reiteração da conduta; e
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e)relação de emprego ou de hierarquia.


Em relação ao requisito da repetição da conduta, pode ser
excepcionalmente desnecessário para a configuração do assédio
sexual, nos casos em que o ato, ainda que praticado uma única vez,
seja de natureza grave.
28.2.2 DIFERENCIAÇÕES
É importante compreender que galanteios e elogios acompanhados de
certas sutilezas, a priori, não caracterizam o assédio sexual. Existem
três elementos que distinguem a “paquera” ou “cantada” do assédio
sexual: a inconveniência, a insistência e a coerção baseada na
condição hierárquica. Quando estes galanteios e elogios são
livremente aceitos ou se não são rechaçados, fica descaracterizado o
assédio, podendo, inclusive, vir a caracterizar a “reciprocidade”.
A paquera ou a “cantada” não produz nenhuma forma de
constrangimento, receio de demissão ou qualquer outra forma de
prejuízo na carreira. Isso porque quem é paquerado ou recebe uma
cantada pode até não se sentir confortável ou lisonjeado com a
situação, mas o fato não lhe causa nenhum tipo de incômodo. Nesse
ponto é importante que ambos sejam profissionais e maduros para
avaliarem a situação. O que diferencia o assédio sexual das condutas
de aproximação com intenção afetiva (ou sexual) é a insistência
mesmo após ter ficado clara a ausência de reciprocidade.
Também não se caracteriza como assédio sexual o sexo forçado,
caracterizado pelo uso de violência ou força física, pois isso tipifica
outras formas de crime, como o estupro, por exemplo.
28.3 FUNDAMENTAÇÃO LEGAL
A Lei n. 10.224, de 15 de maio de 2001, introduziu no Código Penal o
artigo 216-A, criminalizando o assédio sexual nas relações de trabalho
e de ascendência. Essa lei define o assédio sexual nos seguintes
termos: “Constranger alguém com o intuito de obter vantagem ou
favorecimento sexual, prevalecendo-se o agente da sua condição de
superior hierárquico ou ascendência inerentes ao exercício de
emprego, cargo ou função”, e fixa pena de detenção de um a dois anos
para o assediador.
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Nos termos da lei em vigor, o sujeito ativo do crime deve ser


necessariamente superior hierárquico, excluindo aqueles que exercem
a mesma função ou cargo inferior. Assim, o que caracteriza o assédio
na legislação brasileira é, principalmente, a relação de sujeição da
vítima.
Entretanto, existe a possibilidade de se caracterizar o assédio sexual
também entre colegas do mesmo nível hierárquico, haja vista que o
assediante poderia influenciar, mesmo que indiretamente, na carreira
ou nas condições de trabalho do assediado (assédio por intimidação).
Exemplo: um caso em que um subordinado fosse o detentor de uma
informação que pudesse prejudicar a carreira do chefe e usa isso como
argumento para assediar o superior.
Também é importante esclarecer que o assédio sexual pode não
acontecer somente nas relações de trabalho ou quando esteja presente
o “vínculo empregatício”. Isso pode acontecer quando um profissional
constrange outrem com o intuito de obter vantagem ou favorecimento
sexual, prevalecendo-se de sua ascendência “inerente ao exercício” de
sua função ou cargo. Exemplo: um instrutor de uma autoescola que
oferecesse vantagem no curso em troca de favores sexuais.
Outro aspecto que deve ficar claro é que não há necessidade da
conduta ser praticada no local de trabalho. O que se exige para
configurar o crime de assédio sexual é que tenha relação com o
trabalho. Exemplo: Uma conduta grave em uma viagem decorrente de
um compromisso de trabalho.
28.4 EXEMPLOS DE CONDUTAS IMPRÓPRIAS
A configuração do assédio sexual não ocorre apenas por meio de
contato físico, são várias as condutas que podem constituir o assédio.
Não é simples relacionar todas as condutas que podem configurar o
assédio sexual. Como exemplo, entretanto, podem ser citadas as
seguintes ações, quando frequentes e contra a manifesta vontade da
vítima:
a)tentativa de “compra” de favores sexuais da vítima, oferecendo
benefícios em troca;
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b)contatos físicos propositais e desnecessários (normalmente,


acontecem de forma sutil);
c)convites ou propostas indecentes ou com conotação sexual;
d)promessa de demissão ou promoção com conotação sexual;
e)mensagens eletrônicas com conotação sexual;
f)insistente “oferecimento” de carona;
g)exposição de publicações obscenas;
h)assuntos picantes ou íntimos;
i)piadas de conotação sexual;
j)intimidações ou ameaças;
k)cantadas mais agressivas; e
l)gesticulação obscena.
28.5 SITUAÇÃO DA VÍTIMA
Por diversos motivos, raramente as vítimas denunciam o assédio
sexual. As principais razões são o medo e a vergonha. Muitas vezes,
surgem comentários no sentido de que o assédio tenha ocorrido por
culpa da própria vítima, o que afeta sua idoneidade.
Destacam-se os fatores abaixo:
a)receio de represálias, retaliações, perda do emprego, rebaixamento,
transferência, exposição ao ridículo frente aos colegas e familiares;
b)vergonha perante os colegas e os familiares, afetando, em alguns
casos, a estabilidade conjugal;
c)tendência a acreditar que não existem maneiras eficazes para
solucionar o problema; e
d)dificuldades de falar e introspecção, podendo levar à depressão.
28.6 SUGESTÕES QUANTO AO QUE FAZER
É importante que se ponderem as consequências de uma atitude
precipitada, em que não se tenha certeza de que esteja ocorrendo o
assédio. Deve-se ponderar sobre a responsabilidade social e legal ao se
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fazer qualquer denúncia. Vale lembrar que o ônus da prova recai sobre
quem faz a acusação ou denúncia.
É recomendável avaliar as consequências para as duas partes. O
melhor a ser feito é procurar uma conversa franca e sem
animosidades.
Não restando dúvidas de que se está diante de uma situação em que
estejam presentes fortes indícios de assédio sexual, podem ser
adotadas as seguintes medidas:
a)evar ao Comandante do Esquadrão os casos mais graves e
comprovados que podem gerar consequências jurídicas para o
assediador;
b)responder a qualquer questionamento do assediador de maneira
profissional, limitando-se ao estritamente necessário;
c)manter um relatório detalhado dos acontecimentos e das evidências
que caracterizem o assédio;
d) NÃO responder mensagens eletrônicas que não tenham vínculo com
o trabalho;
e)procurar reunir possíveis provas (bilhetes, “presentinhos”, dentre
outros);
f)comunicar a chefia hierarquicamente superior ao assediador, se
houver;
g)evitar permanecer sozinho(a) com o assediador no mesmo ambiente;
h)dizer “NÃO” ao assediador de forma clara e direta; e
i)arrolar colegas que possam ser testemunhas.
28.7 COMO PROVAR
A obtenção de prova para configuração de assédio sexual é bastante
difícil. Condutas com conotação sexual, via de regra, acontecem entre
duas pessoas e às escondidas. Porém, para a punição do assediador,
serão necessárias as provas aceitas no campo jurídico, visto que se
está falando de um crime tipificado em lei. Cabe ressaltar que o ônus
da prova recai sobre a vítima.
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Ao serem tomadas providências pela vítima, é importante saber que,


em primeiro lugar, é necessária a clara demonstração do desconforto
com a conduta do assediador, devendo ficar evidente a ausência de
reciprocidade. A sustentação deve ser fundamentada com provas
habitualmente aceitas em Juízo. A palavra da vítima, embora seja
importante, não é acolhida como única prova do assédio.
Exemplos de provas indiretas que podem ser configuradas através das
atitudes do assediante:
a)designação para realizar tarefas sem importância ou incompatíveis
com a função;
b)piadas ou comentários com finalidade de desqualificar o assediado;
c)ameaça ou a efetiva transferência para setor de menor destaque;
d)discriminação nas ocasiões de recebimento de prêmios ou bônus;
e)críticas ou advertências constantes e em público; e
f)avaliação profissional efetuada de forma negativa.
28.8 COMO COMBATER O ASSÉDIO SEXUAL NO AMBIENTE
DE TRABALHO
A primeira coisa a se fazer para combater o assédio é procurar manter
um bom ambiente de trabalho; “brincadeiras” tipicamente masculinas
são desnecessárias no trabalho, principalmente quando houver
companheiras no mesmo setor. Igualmente, “piadinhas” e fotos
eróticas são proibidas.
É obrigação da empresa ou da instituição assegurar um ambiente de
trabalho baseado no respeito a todo o seu quadro de colaboradores. O
empregador ou administrador deve considerar a possibilidade de
realizar investimentos na qualificação de pessoal, incluindo a elevação
dos padrões éticos da equipe.
No âmbito do Serviço Público, além do aspecto legal, o assediador
pode receber punições disciplinares, de acordo com o regramento
próprio. No caso dos militares, são aplicáveis o Estatuto dos Militares,
o RDAer e outros regulamentos.
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Outra maneira bastante eficaz é a Instituição adotar um “código de


ética ou de conduta” de conhecimento ostensivo e de aplicação
compulsória por todos os seus integrantes e aplicado em conjunto com
programas de treinamento, campanhas educativas e fixação de regras
para apuração de denúncias.
28.9 IMPORTUNAÇÃO SEXUAL
Com a ocorrência de diversos casos de importunação sexual em
ambientes públicos, a Lei n. 13.718, de 24 de setembro de 2018,
trouxe alterações no Código Penal. Essa lei tipifica o crime de
“Importunação Sexual”, definindo-o como segue: “Art. 215-A.
Praticar contra alguém e sem a sua anuência ato libidinoso com o
objetivo de satisfazer a própria lascívia ou a de terceiro”.
Outra alteração introduzida por essa lei foi a criminalização da
“Divulgação de cenas de estupro de vulnerável e de cenas de sexo ou
de pornografia”. Essa alteração encontra-se no Art. 218-C:
Oferecer, trocar, disponibilizar, transmitir, vender ou expor à venda,
distribuir, publicar ou divulgar, por qualquer meio – inclusive por
meio de comunicação de massa ou sistema de informática ou
telemática –, fotografia, vídeo ou outro registro audiovisual que
contenha cena de estupro ou de estupro de vulnerável ou que faça
apologia ou induza a sua prática, ou, sem o consentimento da vítima,
cena de sexo, nudez ou pornografia.
A lei prevê aumento da pena caso essa divulgação seja feita por quem
“[...] mantém ou tenha mantido relação íntima de afeto com a vítima
ou com o fim de vingança ou humilhação”.
Alerta-se para as consequências e responsabilidades em relação ao
compartilhamento de vídeos e imagens dessa natureza por meio dos
diversos canais digitais (mídias sociais em seus diversos formatos).
As orientações relativas ao tema “assédio sexual” também são
aplicáveis a este tópico, destacando-se que, diferente do assédio, a
importunação sexual não faz menção a relações de hierarquia.
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28.10 RELACIONAMENTO AFETIVO


Desde que seja observado o respeito aos ditames inerentes à profissão
militar, tais como manutenção da disciplina, do decoro da classe, da
discrição e do pundonor militar (sentimento de dignidade e de respeito
pela profissão), não há impedimento ao relacionamento afetivo.
Todavia, deve-se atentar que NÃO são permitidas quaisquer
manifestações ou evidências de relacionamento afetivo no interior da
EEAR, visando preservar a imagem da Instituição, dos alunos e o
decoro da classe.
É proibido aos alunos da EEAR manifestarem, explicitamente,
comportamentos decorrentes de relacionamento afetivo por meio de
gestos ou atitudes, tais como mãos dadas, beijos, abraços, apertos de
mão prolongados ou qualquer outro tipo de manifestação de
intimidade, enquanto no interior da EEAR ou de quaisquer outras
Organizações Militares. Ainda que fora do ambiente militar, esta
proibição deve ser observada quando os envolvidos estiverem em
Missão de Representação (fardados ou à paisana) ou se estiverem
fardados (mesmo não estando em Missão de Representação).
São recomendadas as seguintes práticas entre as organizações:
a)ponderar a possibilidade de o relacionamento não durar. E, caso isso
ocorra, o convívio com a outra pessoa deverá continuar de maneira
civilizada e produtiva, mantendo-se o profissionalismo acima de
eventuais decepções. No caso do relacionamento afetivo durante o
período de formação, é conveniente cogitar a possibilidade de que, ao
término do Curso ou Estágio, os envolvidos sejam classificados em
localidades diferentes;
b)avaliar os riscos de eventual ocorrência de gravidez. É
imprescindível que se tenha consciência de que paternidade e
maternidade devem ser assumidas de forma responsável, familiar e
social. Caso isso venha a ocorrer durante o período de formação,
poderá comprometer a conclusão do Curso ou Estágio;
c)evitar o isolamento do convívio com outros colegas. Os encontros
do casal deverão ocorrer fora do horário do expediente, observando-se
a discrição;
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d)evitar os encontros demorados e trocas de afeto no ambiente de


trabalho ou quando representando a Instituição;
e)evitar comentários com outros colegas sobre as particularidades do
relacionamento; e
f)levar o caso ao conhecimento das respectivas chefias. No caso do
aluno, esta comunicação será feita ao Comandante de Esquadrão.
Não é permitida a permanência de aluno e aluna, sentados ou não, em
locais ermos e com pouca luminosidade.
Estas normas são aplicáveis ainda:
a)quando fora da EEAR ou de qualquer outra OM, porém durante
evento representativo; e
b)quando fora da EEAR ou de qualquer outra OM e NÃO estando
representando a Instituição, porém estando fardados.
Nos licenciamentos, quando estiver fora da EEAR e das OM's do
COMAER, o aluno deverá seguir as regras de convívio social aceitas
pela sociedade brasileira. Para tal, deve pautar-se sempre pelas
práticas e normas contidas neste Manual.
28.11 CONCLUSÃO
Esta seção não esgota o assunto em virtude de sua complexidade e
grande quantidade de variáveis. Todavia, o conteúdo apresentado é
suficiente para balizar o convívio em ambiente misto por toda a
carreira. Caso permaneça alguma dúvida após essa leitura, ela poderá
ser sanada pelos instrutores.
Por fim, é importante relembrar que a profissão militar exige elevado
grau de comprometimento com os preceitos da ética e dos valores
aceitos pela sociedade, por isso é imposta aos militares a obrigação de
zelar pelo bom nome das Forças Armadas.
Dessa forma, recomenda-se que cada um contribua para que, tanto no
ambiente de trabalho quanto fora dele, seja observado o princípio da
“Valorização do Homem”, valor destacado como lema no âmbito da
Força Aérea.
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BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

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voltada para o trabalhador. Wagner Advogados Associados.
Disponível em:
<http://www.sinasefe.org.br/antigo/cartilha_assedio_sexual.pdf>.
Acesso em: 25 mar. 2010.

BENNETT, Carole. Ética Profissional. (Série Profissional) Tradução


Martha Malvezzi Leal. 2ª ed. São Paulo: Cencage Learning. Rio de
Janeiro: Senac, 2012.

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Regulamento Disciplinar do Exército (R-4) e dá outras providências.
(RDE). DF, 2002.

______. Decreto nº 6.703, de 18 de dezembro de 2008. Aprova a


Estratégia Nacional de Defesa e dá outras providências. DF, 2008.

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nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 – Código Penal, para dispor sobre
o crime de assédio sexual e dá outras providências. DF, 2001.

______. Lei nº 12.464, de 5 de agosto de 2011. Disposições sobre o


Ensino na Aeronáutica. DF, 2011.

______ Lei nº 13.718, de 24 de setembro de 2018. Altera o Decreto-


Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), para tipificar
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CALVO, Adriana C. O assédio sexual e o assédio moral no


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pessoal e o uso de adornos por parte dos militares do Comando da
Aeronáutica. Brasília, 2016.

______. RCA 34-1. Regulamento interno de serviços da Aeronáutica


– RISAER. Brasília, 2005.

______. RCA 35-2. Regulamento de uniformes para os militares da


Aeronáutica – RUMAER. Brasília, 2012.

______. RICA 21-155. Regimento Interno da Escola de Especialistas


de Aeronáutica. Brasília, 2009.

______. ROCA 21-79. Regulamento da Escola de Especialistas de


Aeronáutica. Brasília, 2018.
Manual do Aluno 2021 81/87

ESCOLA DE ESPECIALISTAS DE AERONÁUTICA. Coletânea de


Normas Padrão de Ação Publicadas em Boletim Interno
(publicações diversas). Guaratinguetá/SP.

FREITAS, Maria Ester de. Assédio moral e assédio sexual: faces do


poder perverso nas organizações. RAE - Revista de Administração
de Empresas – Abr./Jun. 2001. São Paulo, v. 41, p. 8-19. Disponível
em:<http://www.scielo.br/pdf/rae/v41n2/v41n2a02.pdf>. Acesso em:
18 mar. 2010.

MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO. Assédio moral e


sexual no trabalho. Cartilha elaborada pela Subcomissão de
Gênero com participação da Comissão de Ética do MTE. Brasília,
2009. Disponível em:
<http://www.eln.gov.br/opencms/export/sites/eletronorte/ouvidoria/ass
edioMoral.pdf>. Acesso em: 20 mar. 2010.

OLIVEIRA, Margarete Nicolau de. Assédio sexual nas relações de


trabalho. 2003. 59 p. Monografia (Especialização) - Universidade
Mackenzie, Brasília, 2003. Disponível em:
<http://aplicacao.tst.jus.br/dspace/bitstream/handle/1939/18176/assedi
osexualnarelacoesdetrabalho.pdf?sequence=1>. Acesso em: 12 mar.
2010.
Manual do Aluno 2021 82/87

ATUALIZAÇÕES E MEMORANDOS
Este anexo tem a finalidade de que cada aluno fique responsável por
manter o seu manual sempre atualizado.
Sempre que for aprovada qualquer alteração de norma de conduta ou
orientação que deva ser aplicada de forma padronizada no âmbito do
CA, haverá uma divulgação por meio de memorando do Comandante
do Corpo de Alunos para cada Esquadrão, o qual, disponibilizará os
seus conteúdos por meio de quadros de avisos.
Nº MEMO DATA SEÇÃO REDAÇÃO
Manual do Aluno 2021 83/87

Nº MEMO DATA SEÇÃO REDAÇÃO


Manual do Aluno 2021 84/87

TELEFONES E ENDEREÇOS

PABX: (12)2131-7400
Sala do AL de Dia 7687/7688 Esq. Verde 7683
Oficial de Dia 7699 Esq. Amarelo 7673
Médico de Dia 7494 Esq. Azul 7675
Contra incêndio 8899 Esq. Branco 7677
Hospital – Portaria 7493 Esq. Prata 7680
Odontoclínica 7503 SOE 8323/5789
Manual do Aluno 2021 85/87

INSÍGNIAS DE POSTOS E GRADUAÇÕES


Manual do Aluno 2021 86/87

PERSONALIDADES DA AERONÁUTICA BRASILEIRA

Marechal do Ar Marechal do Ar ALBERTO Doutor JOAQUIM


EDUARDO GOMES SANTOS DUMONT PEDRO SALGADO
FILHO

Patrono da Força Pai da Aviação e


Aérea Patrono da Aeronáutica 1º Ministro da
Aeronáutica
Manual do Aluno 2021 87/87

MISSÃO, VISÃO E VALORES DA FAB


Disponível em:
<http://www.portal.intraer/portalintraer/capa/index.php?
page=missao>. Acesso em 10JUN2021.

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