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COMANDO DA AERONÁUTICA

ESCOLA DE ESPECIALISTAS DE AERONÁUTICA


CORPO DE ALUNOS

MANUAL DO ALUNO
2023
MINISTÉRIO DA DEFESA
COMANDO DA AERONÁUTICA
ESCOLA DE ESPECIALISTAS DE AERONÁUTICA
PORTARIA EEAR N° 514/SECCA, DE 3 DE JANEIRO DE 2023.
Protocolo COMAER nº 67540.000182/2023-87

Aprova a 7ª Edição do Manual do Aluno da


Escola de Especialistas de Aeronáutica.

O COMANDANTE DA ESCOLA DE ESPECIALISTAS DE


AERONÁUTICA, no uso das atribuições que lhe conferem o inciso I
do Art. 13 do Regulamento da Escola de Especialistas de Aeronáutica
(ROCA 21-79), aprovado pela Portaria GABAER nº 398/GC3, de 20 de
outubro de 2022, e de acordo com o Regulamento de Administração da
Aeronáutica, na forma eletrônica (RADA-e), aprovado pela Portaria
GABAER nº 25/GC3, de 21 de janeiro de 2021, resolve:
Art. 1º Aprovar a 7ª Edição do Manual do Aluno da Escola
de Especialistas de Aeronáutica.
Art. 2º Esta portaria entra em vigor na data de sua
publicação.
Art. 3º. Fica revogada a Portaria EEAR nº 76/SDTCA, de 14
de junho de 2021, publicada no Boletim Interno Ostensivo nº 120, de 28
de junho de 2021.

Brig Ar ANTONIO MARCOS GODOY SOARES MIONI RODRIGUES


Comandante da EEAR
Intencionalmente em branco
SÚMARIO
PORTARIA EEAR N° 514/SECCA, DE 3 DE JANEIRO DE 2023........................................3
1 - PREFÁCIO..............................................................................................................................9
2 - CÓDIGO DE HONRA DO ALUNO DA EEAR.................................................................10
2.1 - DISCIPLINA...............................................................................................................10
2.2 - AMOR.........................................................................................................................10
2.3 - CORAGEM.................................................................................................................10
3 - LEMA DO ALUNO ESPECIALISTA................................................................................10
4 - PROGRAMA DE FORMAÇÃO E FORTALECIMENTO DE VALORES...................11
5 - DEVERES DO ALUNO DA EEAR.....................................................................................12
6 - CONDUTA NOS ÔNIBUS PÚBLICOS E DA SAEEAR..................................................16
7 - CONDUTA AO RECEBER VISITAS.................................................................................17
8 - USO E ESTACIONAMENTO DE VEÍCULOS.................................................................18
9 - CONDUTA NO RANCHO...................................................................................................18
10 - ALOJAMENTOS E INSTALAÇÕES SANITÁRIAS.....................................................20
11 - CONDUTA NA DIVISÃO DE ENSINO DE FORMAÇÃO............................................24
12 - CONDUTA NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA E NAS COMPETIÇÕES
DESPORTIVAS..........................................................................................................................25
13 - PROCEDIMENTOS REPROVÁVEIS E PROIBIDOS..................................................27
14 - CONDUTA EM LOCAIS PÚBLICOS..............................................................................29
15 - DESLOCAMENTOS DE TURMAS DE INSTRUÇÃO..................................................30
16 - CONDUTA APÓS LICENCIAMENTOS.........................................................................31
17 - CONDUTA EM CASO DE DOENÇA, BAIXA E ALTA DE HOSPITAL OU
FALECIMENTO DE FAMILIAR............................................................................................32
18 - CONDUTAS EM SITUAÇÕES DIVERSAS....................................................................34
19 - MÍDIAS SOCIAIS...............................................................................................................37
20 - CONDUTA NA CANTINA................................................................................................39
21 - CONSTITUIÇÃO DOS PROGRAMAS DE FORMAÇÃO............................................40
21.1 - ESTÁGIO DE ADAPTAÇÃO MILITAR (EAM)........................................................40
21.2 - PROGRAMA DE TREINAMENTO MILITAR (PTM)...............................................40
21.3 - PROGRAMA DE TREINAMENTO DE LIDERANÇA..............................................40
22 - CADEIA DE LIDERANÇA DO CORPO DE ALUNOS.................................................41
22.1 - CONCEITUAÇÃO....................................................................................................41
22.2 - CONSTITUIÇÃO DA CADEIA DE LIDERANÇA:..................................................41
22.3 - ESTADO-MAIOR DE ALUNOS.............................................................................41
22.4 - RESPONSABILIDADES DA CADEIA DE LIDERANÇA.........................................42
22.5 - DOS DEVERES DO LÍDER DO CORPO DE ALUNOS..........................................42
22.6 - DOS DEVERES DO VICE-LÍDER DO CORPO DE ALUNOS................................43
22.7 - DOS DEVERES DOS LÍDERES DE ESQUADRÃO.............................................43
22.8 - DOS DEVERES DOS LÍDERES DE ESQUADRILHA.........................................44
22.9 - CRITÉRIOS PARA INDICAÇÃO À LIDERANÇA...................................................45
23 - SISTEMA ESPECIAL DISCIPLINAR.............................................................................46
23.1 - TRABALHOS DE ESTUDO E PESQUISA...............................................................47
23.2 - PRÉ-ALVORADA.....................................................................................................48
23.3 - LICENCIAMENTO NÃO CONCEDIDO..................................................................48
23.4 - REPREENSÃO..........................................................................................................49
23.5 - DETENÇÃO..............................................................................................................49
23.6 - PRISÃO.....................................................................................................................49
23.7 - HORÁRIOS DE INÍCIO E TÉRMINO DAS PUNIÇÕES.........................................50
23.8 - DISPOSIÇÕES GERAIS...........................................................................................50
24 - APRESENTAÇÃO PESSOAL...........................................................................................51
24.1 - INTRODUÇÃO.........................................................................................................51
24.2 - APRESENTAÇÃO QUANDO UNIFORMIZADO....................................................51
24.3 - USO DE ACESSÓRIOS............................................................................................55
25 - INSIGNIAS, BREVÊS E ADORNOS................................................................................57
25.1 - INSÍGNIAS DE MÉRITO..........................................................................................57
25.2 - INSÍGNIAS ESPECIAIS............................................................................................58
25.3 - INSÍGNIAS DA LIDERANÇA...................................................................................58
25.3.1. MATERIAL..............................................................................................................59
25.3.2. USO.........................................................................................................................59
25.4 - DISTINTIVO DE INSTRUTOR DE TIRO................................................................60
25.5 - CORDÃO VERMELHO COM APITO......................................................................60
25.6 - CORDÃO BRANCO DO PRIMEIRO COLOCADO DA 4ª CFS..............................60
26 - EMBLEMAS DE ESQUADRÃO E ESPECIALIDADE.................................................60
26.1 - EMBLEMAS DE ESQUADRÃO...............................................................................60
26.2 - EMBLEMA DE ESPECIALIDADE (ICA 903-1):.....................................................62
27 - PREVENÇÃO DE RABDOMIÓLISE.............................................................................63
27.1 - APRESENTAÇÃO DO CONTEXTO.........................................................................63
28 - CONDUTA SEXUAL E RELACIONAMENTO AFETIVO..........................................65
28.1 - INTRODUÇÃO.........................................................................................................65
28.2 - CONCEITUAÇÃO....................................................................................................65
28.3 - FUNDAMENTAÇÃO LEGAL...................................................................................67
28.4 - EXEMPLOS DE CONDUTAS IMPRÓPRIAS..........................................................68
28.5 - SITUAÇÃO DA VÍTIMA...........................................................................................69
28.6 - SUGESTÕES QUANTO AO QUE FAZER...............................................................69
28.7 - COMO PROVAR......................................................................................................70
28.8 - COMO COMBATER O ASSÉDIO SEXUAL NO AMBIENTE DE TRABALHO......71
28.9 - IMPORTUNAÇÃO SEXUAL....................................................................................72
28.10 - RELACIONAMENTO AFETIVO............................................................................72
29 - CONCLUSÃO......................................................................................................................74
30 - ATUALIZAÇÕES E MEMORANDOS............................................................................75
31 - TELEFONES E ENDEREÇOS..........................................................................................76
32 - INSÍGNIAS DE POSTOS E GRADUAÇÕES..................................................................77
33 - PERSONALIDADES DA AERONÁUTICA BRASILEIRA..........................................78
34 - MISSÃO, VISÃO E VALORES DA FAB.........................................................................79
Intencionalmente em branco
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1 - PREFÁCIO
Prezado aluno, é com grande satisfação que nos dirigimos a você,
parabenizando-o pela sua escolha e pelo sucesso alcançado no exame de
admissão, conquista importante para o início de sua vida profissional. Este
manual tem por finalidade facilitar sua adaptação à Escola de Especialistas
de Aeronáutica (EEAR).
As atividades das quais você participará, ao ser matriculado na EEAR,
representarão inúmeras novidades em termos de rotina, conduta e postura às
quais, provavelmente, você não esteja acostumado. Mesmo aqueles oriundos
da vida militar constatarão sensíveis diferenças em relação às suas
experiências anteriores.
Por vezes, algumas informações contidas neste manual poderão lhe parecer
óbvias ou redundantes, contudo é importante que você as conheça e as
aplique, pois elas padronizam ações, procedimentos e comportamentos
inerentes ao profissional militar.
Este Manual é uma fonte de consulta constante, porém não é a única. No
decorrer do Curso ou Estágio, você terá aulas acerca de normas, diretrizes,
regulamentos e leis que fundamentarão sua vida. Assim, este Manual pode
ser compreendido como uma introdução ao estudo destas disciplinas.
O conhecimento deste Manual é obrigatório para o aluno da EEAR, por isso,
caso você não compreenda qualquer parte de seu conteúdo, deverá procurar a
“Sargenteação” de seu Esquadrão, as Seções de Doutrina ou de Instrução
Militar, a fim de obter os devidos esclarecimentos.
Por fim, seja bem-vindo ao Berço dos Especialistas da Força Aérea
Brasileira e tenha certeza de que seu esforço e dedicação serão
recompensados.

Corpo de Alunos
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2 - CÓDIGO DE HONRA DO ALUNO DA EEAR


O Código de Honra do Aluno da EEAR abrange um segmento dos
valores morais e éticos constituintes dos fundamentos da vida militar.
É composto dos preceitos básicos a serem desenvolvidos e professados
consciente e concretamente pelos alunos, como forma objetiva de se
prepararem para o atendimento das exigências a que serão submetidos
na carreira.
Com base no conteúdo da letra da Canção do Especialista, três são os
preceitos básicos que regem a conduta do Aluno da EEAR.
2.1 - DISCIPLINA
É a obediência às regras e aos superiores. A vida militar, com suas
peculiaridades da caserna, tem como pilar o binômio disciplina e
hierarquia.
2.2 - AMOR
É concebido como: amor a Deus, amor à Pátria, amor à instituição,
amor para consigo mesmo e amor à família.
2.3 - CORAGEM
É por excelência, uma virtude militar. É um estado de espírito que nos
leva a enfrentar conscientemente o perigo, mercê dos obstáculos, das
dificuldades e do medo que possamos ter. Trata-se de um misto de
energia, espírito de decisão, persistência pelo objetivo, integridade e
resolução.

3 - LEMA DO ALUNO ESPECIALISTA


Conforme descrito no Distintivo de Organização Militar (DOM) da
Escola de Especialistas de Aeronáutica, que é composto de um Escudo
Português, com a sigla da Organização, “EEAR”, tendo no Coração
uma águia, em amarelo, de asas abertas, pousada e armada,
representando o símbolo tradicional da aviação, sendo que as asas que
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ladeiam o Escudo, procuram, de forma estilizada, representar as divisas


de Sargento, militar formado pelo Estabelecimento.
Em contrachefe, onde pousa a águia, encontra-se um pergaminho em
azul, com a divisa em prata: “AD ASTRA ET ULTRA”, sendo
traduzindo livremente para AOS ASTROS E ALÉM.
Frase esta que simboliza que o voo do Sargento Especialista não
termina nos astros, indo além, isto é, que não para, procurando sempre a
busca da perfeição. Traduzindo o sentimento de se aprimorar durante
sua carreira para desempenhar cada vez melhor sua função.

4 - PROGRAMA DE FORMAÇÃO E FORTALECIMENTO DE


VALORES
O PFV constitui um conjunto de atividades desenvolvidas por todos os
setores da EEAR, de maneira a trabalhar os valores necessários ao
militar da Força Aérea Brasileira e reconhecer os heróis que por ela
passaram, enobrecendo o espírito e as atitudes daqueles que são a
atividade-fim desta Escola.
A comissão do PFV da GUARNAE-GW é aprovada por Portaria do
Comandante da EEAR.
Ao Aluno(a) Especialista, é esperado que ele(a) seja o exemplo da
vivência integral dessas tradições e valores, portanto algumas
responsabilidades lhe são atribuídas:
Os cuidados em relação à apresentação pessoal e à conduta (maneiras de
pensar, agir e falar) devem sempre estar alinhados com os valores
preconizados no PFV.
Portar-se de maneira correta e digna em qualquer situação, buscando
sempre ser um exemplo de disciplina, dedicação e respeito aos seus
superiores hierárquicos, pares e subordinados.
Assim como diz o nosso lema, AD ASTRA ET ULTRA, o Aluno
Especialista não deve contentar-se com o seu desempenho mínimo,
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buscando a perfeição com intuito contribuir, após formado, para a


missão da Força Aérea Brasileira da melhor maneira possível.
Ao ser observada, por exemplo, uma conduta inadequada de algum
Aluno mais moderno, no âmbito da EEAR ou fora dela, é obrigação do
Aluno mais antigo fazer, imediatamente, as correções necessárias,
emitindo orientações. O Aluno que estiver sendo corrigido deverá ser
informado do motivo da correção e orientado.

5 - DEVERES DO ALUNO DA EEAR


5.1 - Cumprir as normas de condutas constantes deste Manual e dos
regulamentos militares.
5.2 - Cobrar dos alunos mais modernos as normas constantes neste
Manual.
5.3 - Conhecer a rotina prevista na NPA do Corpo de Alunos.
5.4 - Observar os pilares de nossa Instituição: DISCIPLINA e
HIERARQUIA, em qualquer ambiente ou situação.
5.5 - Apresentar-se de maneira correta, sem emoção na voz e
utilizando palavras adequadas. A apresentação individual padrão a
ser feita pelo aluno deve obedecer à seguinte sequência:
a) para apresentar-se, toma a posição de "sentido", mantendo a
distância de um aperto de mão, faz a continência e diz, em voz
claramente audível, sem gritar, seu grau hierárquico, nome de
guerra e Esquadrão ou série a que pertence, desfazendo a
continência e, em seguida, diz o motivo da apresentação,
permanecendo na posição de "sentido", até que lhe seja autorizado
tomar a posição de "descansar", ao comando de "à vontade";
b) para se retirar da presença de um superior, o aluno presta a
continência individual idêntica à da apresentação e pede permissão
para se retirar, uma vez concedida a permissão, o aluno faz "meia-
volta", rompendo marcha em seguida;
c) na impossibilidade de executar "meia-volta", em função de algum
obstáculo físico, o aluno executa "esquerda-volver" ou "direita-
volver" para seguir destino; e
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d) quando da apresentação de tropa, o aluno deverá verbalizar tal


como o exemplo a seguir: "Apresento a tropa em forma, com xx
faltas, pronta para início de instrução.
5.6 - Prestar a continência regulamentar, além das autoridades
previstas no RCONT, aos Líderes de Esquadrão e aos alunos Líder
e Vice-líder do CA, todas as vezes que os encontrar. Para a 4ª série
do CFS, as continências supracitadas são dispensadas.
5.7 - Solicitar permissão ao mais antigo ao adentrar em recinto
fechado no interior da Organização Militar.
5.8 - Saudar seus superiores hierárquicos com cumprimento verbal
(“Bom dia!”, “Boa tarde!” ou “Boa noite!”) ou prestando a
continência individual, em qualquer situação ou local, quando
estiver em traje civil. Nos locais fora da administração militar, não
há necessidade de solicitar permissão, de maneira formal, para
entrar ou permanecer no recinto.
5.9 - Cumprimentar o mais antigo presente, quando fardado, fazendo-
lhe a continência. No caso de tratar-se de local público, não há
necessidade de solicitar permissão, de maneira formal, para entrar
ou permanecer no local. Caso o aluno já esteja no interior de um
estabelecimento e entrar um superior, o aluno deverá prestar-lhe a
continência.
5.10 - Permanecer com a cobertura em locais “descobertos”. Para
efeito do uso da cobertura, os corredores da DEF, o interior de
viaturas, os toldos de pontos de ônibus, as áreas externas dos
galpões de ensino e as coberturas dos ranchos A e B são
considerados “descobertos”.
5.11 - Comparecer com 5 minutos de antecedência a todas as
instruções programadas, nas quais deve prestar a máxima atenção e
esforçar-se em obter o melhor aproveitamento possível.
5.12 - Comparecer com 5 minutos de antecedência às consultas
agendadas pelo Grupo de Saúde de Guaratinguetá, bem como aos
agendamentos relativos à inspeção de saúde.
5.13 - Comunicar o destino ao chefe de turma, durante o período de
aulas previsto no Quadro de Trabalho Semanal, caso haja
necessidade de se ausentar.
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5.14 - Desativar quaisquer alarmes nos relógios durante as instruções,


palestras, reuniões, formaturas ou qualquer outro evento cuja
participação seja obrigatória.
5.15 - Sentar-se com atitude condizente com as boas maneiras e
somente em locais destinados a esse fim.
5.16 - Zelar pela limpeza, conservação e arrumação das instalações,
equipamentos e materiais que utilize.
5.17 - Devolver ao proprietário todo objeto ou material encontrado no
interior da EEAR. Caso não haja identificação, deverá ser entregue
na sala do Aluno de Dia.
5.18 - Atender, ao ser chamado por superior hierárquico, de forma
ágil e solícita.
5.19 - Portar sempre o cartão de identidade. A exceção para o porte
obrigatório da identidade são as instruções de EF, ATF e aquelas
orientadas pelo instrutor antecipadamente.
5.20 - Comunicar imediatamente ao Esquadrão ocorrência de extravio
da cédula de identidade. Providenciar junto ao órgão de segurança
pública, com a maior brevidade, o boletim de ocorrência.
5.21 - Verificar sempre a correção de seus dados pessoais em todas as
relações ou documentos de seu conhecimento.
5.22 - Conhecer as NPA afetas aos serviços, Quadros de Trabalho
Semanal (QTS), relações de consultas médicas/odontológicas,
escalas de serviço ou outras escalas, ordens expedidas pelo
Comandante do CA, Subcomandante do CA e do seu Esquadrão.
5.23 - Comunicar-se com o Oficial de Permanência ao CA ou com o
Oficial de Dia à EEAR nas situações de emergência, fora do
horário de expediente.
5.24 - Ser discreto ao presenciar um militar mais antigo ser
admoestado por superior, devendo pedir permissão e retirar-se do
local e evitar comentários sobre o fato.
5.25 - Respeitar os horários estabelecidos em NPA relativos à
permanência nos clubes e centros de tradição. Casos
extraordinários devem ser levados ao conhecimento do oficial
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orientador da SAEEAR ou, quando fora do expediente, ao Oficial


de Permanência ao CA, para tomada das providências cabíveis.
5.26 - Desenvolver e cultivar o hábito de se preocupar com a
conservação, higiene e segurança das instalações. No que se refere
à segurança, deve ter cautela ao prestar informações pessoais ou de
colegas a terceiros, principalmente, por telefone e mídias sociais.
5.27 - Comparecer a todas as atividades escolares e executar as
respectivas atividades extraclasses que forem propostas em QTS.
5.28 - Atender às convocações e determinações de autoridade
competente.
5.29 - Concorrer, como auxiliar e a título de aprendizado, aos
serviços de escala da Unidade, conforme a série e a especialidade
que estiver cursando. O serviço de escala visa preparar o futuro
sargento para a supervisão das praças responsáveis pelos serviços
de segurança das OM do COMAER.
5.30 - Cumprir os horários das atividades previstas em QTS,
pernoites, paradas diárias e revistas de licenciamento, atentando
para estar presente com antecedência mínima de 5 minutos.
5.31 - Ser honesto e verdadeiro ao ser questionado por superior
hierárquico.
5.32 - Agir com responsabilidade no cumprimento de serviço ou
missão que lhe seja confiada.
5.33 - Manter a higiene e boa apresentação pessoal.
5.34 - Zelar por todo material que lhe seja confiado. Para alguns
materiais será feito “cautela” (documento que responsabiliza o
usuário pela guarda do material).
5.35 - Desenvolver e manter o cuidado com a saúde pessoal e
coletiva, cooperando com a promoção da saúde e com a prevenção
de doenças.
5.36 - Manter-se atento a sintomas de doenças transmissíveis.
5.37 - Desenvolver e manter o espírito de camaradagem e espírito de
corpo.
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5.38 - Obedecer às regras gerais de condutas sociais, morais e


culturalmente aceitas.
5.39 - Zelar pela ética e pundonor militar.
5.40 - Apresentar-se sempre de maneira digna e correta, quer na
Escola, quer fora dela, de modo a manter sempre elevado o
conceito da EEAR e da Força Aérea Brasileira perante a sociedade
brasileira.
5.41 - Zelar pelo bom convívio com os colegas e pela prática dos
bons costumes.
5.42 - Trajar o “uniforme do dia” em consonância com o RUMAER.
Observar o disposto no QTS do Corpo de Alunos.
5.43 - Zelar pela manutenção da aptidão intelectual, da higidez física
e da idoneidade moral.
5.44 - Relatar, via FOBS, quando presenciar alunos mais modernos
descumprindo normas regulamentares e as dispostas neste Manual.
5.45 - Evitar tratar de assuntos afetos à administração militar ou de
missões militares em local público ou na presença de estranhos.
5.46 - Trajar-se em conformidade com o RUMAER quando for a
qualquer Organização Militar. No caso de encontrar-se em
“Representação” deverá usar o uniforme estabelecido na Ordem de
Missão, e no caso de estar na situação de convidado deverá trajar o
uniforme equivalente ao que tenha sido especificado no convite.
5.47 - É responsabilidade dos alunos do Esquadrão mais moderno
manter a Praça do Especialista limpa.
5.48 - É incumbência dos alunos do Esquadrão mais moderno, antes
da parada diária, secar as poças d’água no pátio do CA.

6 - CONDUTA NOS ÔNIBUS PÚBLICOS E DA SAEEAR


6.1 - A conduta do aluno da EEAR no interior de viaturas militares,
nos ônibus fretados pela SAEEAR ou quando em representação
deve ser condizente com os bons costumes e ao decoro da classe.
6.2 - Manifestações explícitas de comportamentos decorrentes de
relacionamento afetivo estão proibidas nos ônibus fretados pela
SAEEAR.
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6.3 - Deve-se obedecer às normas ou às instruções de utilização do


meio de transporte, evitando incomodar as demais pessoas.
6.4 - Portar-se de maneira correta, com atitude digna de uma pessoa
educada, priorizando os assentos do veículo aos idosos, portadores
de necessidades especiais, senhoras, gestantes, pessoas com
crianças no colo e crianças.
6.5 - Evitar subir ou descer de veículos em movimento,
resguardando-se de possíveis acidentes ou tornar-se alvo de
hilaridade pública.
6.6 - Evitar despertar a atenção geral com atitudes exageradas e
conversas em voz alta. Seja moderado e discreto, evite ser o
“centro das atenções”.
6.7 - Manter-se em trajes condizentes, respeitando as orientações
repassadas pelo aluno fiscal do ônibus fretado pela SAEEAR,
acatando os horários estabelecidos para embarque e retorno de
licenciamento.

7 - CONDUTA AO RECEBER VISITAS


7.1 - Orientar ao visitante que, para ingresso na EEAR, faz-se
necessário a identificação pela equipe de serviço do Portão da
Guarda.
7.2 - Informar à equipe de serviço os dados do visitante e o provável
horário de chegada à EEAR.
7.3 - As visitas deverão ocorrer nos dias não úteis, das 09 h às 18 h.
7.4 - É proibida a visitação aos alojamentos e às áreas restritas ao
aluno. No caso de o aluno receber a visita de militar que possa ter
acesso a determinados setores da Administração que sejam
proibidos ao aluno, este deve aguardar do lado de fora.
7.5 - Nos dias úteis, as visitas devem se restringir aos casos
excepcionais e com prévia autorização do Comandante do Corpo
de Alunos. Tal autorização deverá chegar ao Oficial de
Permanência ao CA ou Sargento de Dia. Os visitantes deverão
aguardar na sala do Aluno de Dia até o aluno visitado comparecer.
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7.6 - Ao receber a visita na Sala do Aluno de Dia, em dia útil ou não


útil, o aluno deverá permanecer na Praça do Especialista.
7.7 - É proibido a entrega de alimentos por familiar aos alunos.
7.8 - Os alunos deverão alertar seus familiares acerca da utilização de
trajes condizentes com as normas previstas na OM, quando em
visitas, bem como do fiel cumprimento dos horários estabelecidos.
7.9 - Os alunos deverão orientar os visitantes para a obediência aos
limites de velocidade no interior da Escola, conforme sinalização.
7.10 - Os alunos deverão orientar os visitantes para estacionar o carro
nas imediações da Sala do Aluno de Dia.

8 - USO E ESTACIONAMENTO DE VEÍCULOS


8.1 - Os alunos devem estacionar seus veículos apenas nos locais
permitidos.
8.2 - Todo aluno que possuir veículo automotor deverá cadastrá-lo no
setor responsável do GSD-GW. Veículos não cadastrados poderão
ser impedidos de adentrar ou de permanecer no interior da OM.
8.3 - O cartão de identificação de veículo fornecido pelo GSD-GW
deve ficar visível no veículo quando no interior da EEAR.
8.4 - Deve-se atentar para as leis de trânsito, com ênfase no
cumprimento dos limites de velocidade, uso de equipamentos
obrigatórios, respeito às sinalizações, preferências de passagem,
utilização de capacete (quando de motocicletas) e NÃO utilização
de celular ao volante.
8.5 - O aluno deverá estar com a CNH e toda a documentação de seu
veículo em dia.
8.6 - É proibido o acesso ao interior de veículos, nos dias úteis, sem
autorização do Comandante do Esquadrão ou, nos casos
excepcionais, do Oficial de Permanência ao CA.

9 - CONDUTA NO RANCHO
9.1 - Caso tenha se arraçoado, deve comparecer ao rancho no horário
da refeição constante na NPA de Rotina do Corpo de Alunos. O
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não comparecimento pode ser tratado como transgressão


disciplinar.
9.2 - O aluno que não estiver arraçoado, não poderá adentrar ao
rancho.
9.3 - Quando em refeições festivas, com a presença do Comandante
da EEAR ou com oficiais convidados, os alunos somente poderão
deixar as mesas após o mais antigo presente retirar-se do local,
salvo orientação diferente por parte do Comandante do CA, do
Subcomandante do CA ou do Comandante do Esquadrão.
9.4 - Por ocasião da presença do Comandante da EEAR no refeitório,
os alunos devem estar atentos ao comando de “Rancho, Atenção!”,
dado pelo primeiro que o avistar. Em seguida deverá anunciar o
posto e a função. Nessa situação, todos deverão cessar a
conversação e permanecer em silêncio, na posição em que
estiverem, até o comando de “À vontade!”.
9.5 - É vedado a qualquer aluno de serviço premiar ou favorecer
outro aluno para ingresso no refeitório.
9.6 - Aguardar na posição de descansar, atrás da cadeira e com o
prato sobre a mesa. Assim que a mesma estiver completa,
mediante permissão do mais antigo daquela mesa, todos se sentam
e iniciam suas refeições.
9.7 - Ao deixar a mesa, solicitar permissão ao mais antigo e levar
consigo os talheres, prato e copo, entregando-os no balcão
destinado a esse fim.
9.8 - Alimentar-se à vontade, porém, com moderação, evitando-se o
desperdício de alimentos.
9.9 - Quando desejar apresentar alguma reclamação ou sanar dúvidas
sobre o serviço do rancho, dirigir-se à equipe de serviço.
9.10 - Não é permitido, entrar na cozinha, despensa ou outras
dependências da Seção de Aprovisionamento.
9.11 - O aluno não poderá levar nenhum tipo de alimento/utensílio do
rancho, exceto os destinados à colação.
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9.12 - O aluno após terminar sua refeição deverá atentar-se para


recolher os restos de alimentos sobre a mesa no local o qual
ocupou.

10 - ALOJAMENTOS E INSTALAÇÕES SANITÁRIAS


10.1 - O alojamento é uma dependência coletiva para repouso e
vestiário do aluno. Sendo assim, merece especial atenção e
cuidado, devendo estar sempre limpo, arrumado e arejado.
10.2 - Por ocasião da entrada de oficial, suboficial ou sargento entre a
alvorada e a revista do recolher, o primeiro aluno que o avistar,
comandará, de forma que todos os presentes possam ouvir:
“Atenção alojamento!” “Encontra-se presente o (posto/graduação,
nome de guerra do militar que está entrando e cargo que exerce)”.
Imediatamente, todos os alunos que estiverem no interior do
alojamento voltam sua atenção para o militar. Se deitados,
levantam-se e aguardam suas instruções em silêncio. Ao comando
de “À vontade!”, os alunos voltam aos seus afazeres, mantêm
silêncio e ficam atentos para qualquer questionamento ou
orientação. Evitar que diversos alunos fiquem repetindo o
comando de “Atenção alojamento!”.
10.3 - Especial atenção deve ser dispensada à arrumação da cama,
que deverá estar com a colcha limpa e esticada, travesseiro
envolvido pela colcha e a manta dobrada na cabeceira contrária ao
travesseiro.
10.4 - O aluno deverá manter o armário limpo e organizado. Deve
separar os uniformes 5°, 6°, 7° e 10° RUMAER em cabides,
roupas íntimas em necessaires, material de higiene e alimentos
(quando permitido pelo Esquadrão) protegidos em recipientes
hermeticamente fechados. Calçados e roupa suja deverão ocupar a
parte inferior do armário.
10.5 - Ao aluno fica, terminantemente, proibido fazer uso de
suplementos vitamínicos (proteínas em geral, whey protein, hiper
calóricos, aminoácidos em geral, BCAA, glutamina, creatina, etc.)
e estimulantes energéticos à base de cafeína e taurina, sem a
receita de um médico ou nutricionista da Organização de Saúde da
Aeronáutica, devendo informar e apresentar a receita à Secretaria
Manual do Aluno 2023 21/79

do Comando de seu Esquadrão, a fim de receber a autorização para


manter os produtos no armário.
10.6 - As “Sargenteações” dos Esquadrões complementarão as
informações referentes à padronização sobre arrumação de
armário, cama e disposição de malas conforme a estrutura de cada
alojamento.
10.7 - Todos os dias haverá revista de alojamento pela
“Sargenteação” com o objetivo de fortalecer a disciplina
relacionada a limpeza e capricho na arrumação de pertences
pessoais.
10.8 - É vedado pendurar roupas no alojamento no período de
instrução. Mediante autorização do Comandante de cada
Esquadrão, apenas as toalhas poderão permanecer na parte externa
do armário, desde que limpas e dispostas de maneira organizada.
10.9 - É proibida a “instalação” de varal improvisado dentro do
alojamento ou em suas adjacências, tais como “hall” ou sacada.
Também não é permitido colocar roupas para secar próximas aos
ventiladores.
10.10 - É proibido transitar de pijama, roupas íntimas, trajes civis
incompletos ou com o uniforme incompleto pelas lavanderias,
sacadas, escadas, áreas administrativas e “halls” dos alojamentos.
10.11 - Evitar brincadeiras, trotes, jogos ou quaisquer outras
atividades cuja execução seja perigosa ou incompatível com a área
e a organização do alojamento.
10.12 - Respeitar o toque de silêncio, não acendendo luzes ou fazendo
barulho.
10.13 - O armário deve ser mantido trancado. Lembre-se de que uma
cópia da chave deverá ficar no claviculário do Esquadrão, não
estando autorizado o uso de cadeado segredo.
10.14 - Não mexer em objetos ou armários sem autorização do dono.
Caso encontre qualquer objeto e não consiga identificar seu
proprietário, leve-o imediatamente ao seu “sargenteante”.
10.15 - Somente poderão entrar nos alojamentos durante o expediente
com a autorização do Comandante ou sargento do Esquadrão,
22/79 Manual do Aluno 2023

devendo para isso utilizar apenas a porta frontal do prédio. Cabe


ressaltar que o ingresso no prédio do Esquadrão só será permitido
através da porta frontal do prédio, sendo proibido o ingresso no
alojamento pelas portas de emergência.
10.16 - O aluno não deve deixar objetos pessoais fora do armário,
salvo quando autorizado pelo Comandante do Esquadrão.
10.17 - Aparelhos de som e vídeo ou outros dispositivos eletrônicos,
quando autorizado o uso no interior do alojamento pelo
Comandante de Esquadrão, deverão ser utilizados conforme as
regras de condutas sociais aceitas pela coletividade e dentro de um
gradiente de volume aceitável, sem incomodar os companheiros de
alojamento, inclusive nos dias não úteis ou de meio expediente.
Após o toque de silêncio, ainda que haja concordância da
coletividade, estes aparelhos deverão ser desligados.
10.18 - Exceto no intervalo do almoço, o aluno não deve se deitar
durante o horário de expediente previsto no “Quadro de Trabalho
Semanal” (QTS).
10.19 - São proibidos o acesso e a permanência na entrada dos
alojamentos do sexo oposto.
10.20 - É proibido o acesso aos alojamentos por parte de qualquer
pessoa estranha à esquadrilha, exceto equipe de serviço ou quando
acompanhado por instrutor do CA.
10.21 - Caso seja necessário adentrar alojamento do sexo oposto o
aluno deverá acionar a campainha, bater a porta e aguardar um
integrante daquele alojamento para transmitir as orientações
necessárias.
10.22 - Nos dias em que não houver expediente, o acesso de equipes
de serviço ou manutenção no alojamento de sexo oposto deverá ser
feito somente após a evacuação total, sob a orientação do Sargento
de Dia ao CA.
10.23 - Ao ausentar-se do alojamento, o aluno deverá deixar o
armário trancado, luzes apagadas, torneiras fechadas, vasos
sanitários asseados, portas dos banheiros fechadas e assoalho seco
e limpo.
Manual do Aluno 2023 23/79

10.24 - As janelas devem permanecer abertas sob quaisquer


condições climáticas, assegurando o fluxo de ventilação adequado
a todo alojamento.
10.25 - Para evitar sobrecarga na rede elétrica, são proibidas
quaisquer instalações clandestinas ou modificações de tomadas ou
equipamentos sem a autorização e mensuração da carga pelo
pessoal da Seção de Eletricidade dos Serviços Gerais. Deve-se
atentar para o uso comedido de ferros de passar, secadores de
cabelo, aparelhos de “chapinha” e outros, especialmente aqueles
que produzem calor, sob risco de incidentes com a rede elétrica.
10.26 - Não permitir que as lixeiras dos sanitários, alojamentos e
arredores do prédio fiquem transbordando e sem sacos
apropriados.
10.27 - As roupas deverão ser lavadas apenas nas lavanderias, não
sendo permitido o uso dos lavatórios para esta finalidade.
10.28 - Usar os lavatórios e banheiros exclusivamente para as
finalidades a que se destinam, lembrando que a má utilização dos
aparelhos sanitários propicia a transmissão de doenças
infectocontagiosas.
10.29 - Concorrer para a limpeza, boa apresentação e higiene dos
sanitários, não sujando paredes, portas ou pisos, lembrando-se de
dar descarga logo após a utilização.
10.30 - Não descartar papel higiênico e outros detritos, tais como
copo plástico, tubo de pasta, invólucro de sabonete, cotonete,
absorvente íntimo e outros objetos nos vasos sanitários para evitar
o entupimento das canalizações de esgoto.
10.31 - Cuidar para que os fios de cabelo que por ventura se
desprendam no banheiro sejam retirados e depositados nas lixeiras,
o acúmulo indevido destes fios no encanamento causa
entupimento.
10.32 - Jamais fique em pé ou agachado sobre o assento sanitário,
pois isso pode causar ferimentos graves caso o vaso sanitário
venha a se quebrar.
24/79 Manual do Aluno 2023

10.33 - Não permanecer nas sacadas quando estiver ocorrendo


instrução próxima ao seu prédio, em virtude de despertar a atenção
dos instruendos e causar impressão negativa.

11 - CONDUTA NA DIVISÃO DE ENSINO DE FORMAÇÃO


11.1 - Cumprir e fiscalizar o cumprimento das normas estabelecidas
pela Divisão de Ensino de Formação.
11.2 - Os chefes de turmas deverão estar com as turmas prontas antes
da hora prevista para o início da aula ou outra atividade.
11.3 - A retirada de faltas, sob a responsabilidade do chefe de turma,
deverá ser rigorosa e em conformidade com a NPA em vigor.
11.4 - Apresentação de turma ao professor civil: o chefe de turma
posicionará a turma em “DESCANSAR” e informará que a turma
está pronta para a instrução, com ou sem faltas. Ao final da
instrução, serão adotados os mesmos procedimentos, estando a
retirada do local condicionada à autorização do professor.
11.5 - Não se deve ingerir alimentos, mascar chiclete, pentear-se ou
ocupar-se com outras leituras durante a instrução.
11.6 - As solicitações de esclarecimentos sobre o assunto ministrado
deverão ser feitas sempre com respeito e consideração.
11.7 - Não danificar a pintura das instalações, carteiras escolares,
equipamentos e outros itens de auxílio à instrução.
11.8 - No início da aula, a turma aguarda o instrutor no local de
instrução e, ao final da aula, a turma aguarda que o instrutor saia
primeiro.
11.9 - Após a aula, a sala deve ser mantida arrumada, sem que se
altere a disposição prevista das cadeiras ou mesas.
11.10 - Satisfazer as necessidades fisiológicas antes de ser iniciada
qualquer atividade, evitando, dessa forma, saídas durante a aula.
Contudo, se for necessário dirigir-se ao sanitário, escolher o
momento oportuno e, de forma discreta, solicitar autorização.
11.11 - Usar convenientemente bebedouros, banheiros e outras áreas
comuns, zelando pela conservação, limpeza e economia de
recursos.
Manual do Aluno 2023 25/79

11.12 - Observar rigorosa probidade na execução de quaisquer provas


ou trabalhos escolares. O uso de quaisquer recursos ilícitos (cola) é
incompatível com a dignidade e o decoro militar e poderá resultar
no desligamento do Curso/Estágio. A “cola” é uma maneira
desonesta de se obter êxito! Trata-se de deslealdade com os pares e
também com os instrutores e professores.
11.13 - É vedado o uso de equipamentos eletrônicos, incluindo o
celular, durante as instruções e intervalos de aulas. Exceção para
acompanhamento de problema de saúde de familiar, sendo, nesses
casos, necessária a autorização pelo Comandante do Esquadrão.
11.14 - Conforme consta no Estatuto dos Militares, as Praças
Especiais devem dedicar-se inteiramente aos estudos e ao
aprendizado técnico-profissional. Dessa forma, o aluno da EEAR
deve esforçar-se para manter a máxima atenção durante as
instruções.

12 - CONDUTA NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA E NAS


COMPETIÇÕES DESPORTIVAS
12.1 - Atentar para a correta composição do uso do 9º uniforme.
Quando não estiver praticando efetivamente atividade física, o
aluno deverá manter sempre a camiseta vestida e por dentro do
calção, bem como usar o tênis na cor branca. Nas corridas ou
prática de esportes, poderá ser autorizada a utilização de tênis
apropriado a cada caso.
12.2 - Estar com o 9° RUMAER ao fazer uso da piscina para lazer. É
vedado o uso de piscina estando sozinho. A Seção de Educação
Física poderá implementar normas específicas acerca desse
assunto.
12.3 - As corridas deverão ser, preferencialmente, acompanhadas.
Quando sozinho, o aluno deverá usar somente as vias permitidas.
12.4 - Efetuar o trajeto no sentido contrário da via, com o objetivo de
facilitar a visualização de veículos. Deslocar-se no lado externo da
via, com o objetivo de prover espaço seguro para a passagem dos
veículos.
26/79 Manual do Aluno 2023

12.5 - Ao correr em grupo, atentar para não obstruir a via por


completo.
12.6 - À noite, o único trajeto permitido para corrida é a Alameda São
Paulo, tendo como limites o Portão da Guarda e o Ginásio.
12.7 - Respeitar o adversário qualquer que seja o resultado, mantendo
o espírito desportivo.
12.8 - Manter o índice de massa corporal (IMC) ideal, tanto pela
manutenção da saúde, quanto pela apresentação pessoal. Caso
tenha dúvidas para realizar treinamento físico, procurar a Seção de
Educação Física para obter orientações.
12.9 - O aluno que porventura seja identificado com dificuldades para
acompanhar o programa de Educação Física estabelecido para o
CA poderá ser submetido a treinamentos extras nos finais de
semana, supervisionados pela SEF.
12.10 - Fica autorizada a utilização do abrigo do 9° uniforme de
maneira incompleta (somente o agasalho ou a calça) para práticas
de atividades desportivas isoladas desde que o aluno esteja
utilizando a camisa prevista no uniforme. Para o caso de entrada
em forma, deverá utilizar o abrigo completo.
12.11 - Não é autorizado ao aluno dirigir-se à área das Vilas
residenciais da EEAR, mesmo em corridas individuais em dias
úteis e dias não úteis.
12.12 - Para correr individualmente, fora do contexto de instrução
supervisionada, em qualquer dia da semana no interior da EEAR,
os alunos devem utilizar os seguintes locais: pista de atletismo do
campo central, somente até às 17 h 30 min e não poderá realizar tal
prática sozinho, deve ter no mínimo mais um aluno acompanhando
no local; e da guarda até o Ginásio, via alameda São Paulo.
12.13 - Ao correr nos itinerários supracitados, o aluno deverá trajar o
9º Unif. RUMAER, não sendo autorizado a correr de 10º Unif.
RUMAER e fazê-lo de modo a permanecer próximo à calçada, de
modo a evitar quaisquer possíveis acidentes com os carros que
trafegam na via.
12.14 - O aluno poderá andar de bicicleta nos trajetos compreendidos
entre (Guarda x CA, via alameda São Paulo).
Manual do Aluno 2023 27/79

12.15 - É terminantemente proibido a qualquer aluno ir além do Hotel


de trânsito, ingressando nas imediações do “Mirante do ar” ou na
área do Exercício de Campanha.

13 - PROCEDIMENTOS REPROVÁVEIS E PROIBIDOS


13.1 - Eximir-se de assumir responsabilidade pelos seus atos, faltar
com a verdade (mentir), “colar” em atividades avaliadas, agir de
maneira que macule a honra e o caráter ou que afrontem as
obrigações e deveres militares, constituem transgressão grave e
podem resultar no desligamento do Curso/Estágio.
13.2 - Travar disputa, rixa ou luta corporal com seu companheiro,
subordinado, superior ou civil, dentro ou fora da Escola.
13.3 - Permanecer deitado após o toque de alvorada.
13.4 - Solicitar carona em via terrestre, fardado ou não.
13.5 - Dirigir-se à Seção de Apoio Aéreo para solicitar vaga em
aeronave militar sem autorização do Comandante de Esquadrão.
13.6 - Envolver autoridade civil ou militar na busca de solução de
problemas pessoais sem a autorização ou conhecimento do
Comandante de Esquadrão.
13.7 - Introduzir ou fazer uso de bebida alcoólica no interior da
EEAR.
13.8 - Fazer uso de entorpecentes dentro ou fora da EEAR.
13.9 - Não devem ser feitas “gozações”, trotes e imposição de
apelidos ou quaisquer outras atitudes ofensivas, inclusive no uso
de redes sociais ou quaisquer outras mídias digitais
(cyberbullying).
13.10 - Sentar-se no chão, calçada ou outros locais que para isso não
se destinem, exceto quando em determinadas instruções militares.
13.11 - Permanecer encostado ou com os pés nas paredes, muretas,
placas e árvores.
13.12 - Entortar galhos ou subir em árvores frutíferas para apanhar
frutas.
28/79 Manual do Aluno 2023

13.13 - Frequentar bares ou ambientes que desabonem o decoro da


classe.
13.14 - Usar expressões de baixo calão ou gestos incompatíveis com
a boa conduta militar dentro ou fora da EEAR.
13.15 - Alegar qualquer pretexto sem o devido amparo legal para se
eximir de participar de formaturas ou de escalas.
13.16 - Utilizar meios ilícitos ou dispositivos eletrônicos para ter
qualquer tipo de acesso a alojamento do sexo oposto.
13.17 - Dirigir viaturas oficiais sem autorização publicada em boletim
interno.
13.18 - Fazer manutenção ou lavar carros nas adjacências dos
alojamentos ou de qualquer outra área da administração.
13.19 - Utilizar-se de recursos de informática ou de quaisquer outros
recursos da administração para fins particulares, inclusive acessos
a contas de correio eletrônico (e-mail) ou acessos indevidos à
Internet.
13.20 - Fazer ou intermediar qualquer tipo de comércio.
13.21 - Transitar pela EEAR consumindo qualquer tipo de bebida ou
alimento.
13.22 - Fumar em local diferente do centro da Praça do Especialista.
13.23 - Sobrepor a qualquer uniforme, objetos de sociedades
particulares, associações religiosas ou políticas, medalhas
desportivas, chaveiros e outros adornos que possam descaracterizar
o uniforme.
13.24 - Adentrar o alojamento antes das 16 h 30 min, exceto se
estiver de serviço ou autorizado pelos instrutores de seu
Esquadrão.
13.25 - Apresentar ofício disciplinar ou FOBS contra militar mais
moderno sem fundamento.
13.26 - Colocar avisos ou propagandas em quadros de avisos ou
murais sem autorização.
13.27 - Portar aparelho celular ou dispositivo de comunicação durante
os turnos de instrução e seus respectivos intervalos, bem como
Manual do Aluno 2023 29/79

durante qualquer atividade ligada à instrução, formatura,


cumprimento de punição ou serviço, mesmo fora do horário do
expediente normal. O uso de dispositivos eletrônicos em sala de
aula obedecerá a regras específicas e somente quando orientado ou
supervisionado pelo instrutor.
13.28 - Portar aparelho celular preso à cintura por dentro da calça.
13.29 - Solicitar entrega de gêneros alimentícios por meio de
comércio cujo funcionamento não seja autorizado.
13.30 - “Puxar”, durante os deslocamentos de tropa, canções que
façam apologia à:
a ) violência e criminalidade;
b ) ideias ou atos libidinosos;
c ) quaisquer formas de discriminação;
d ) ideias ou atos ofensivos às Forças Armadas ou à sociedade;
e ) ideologias terroristas ou extremistas contrárias às instituições
democráticas; e
f ) ofensas ou menosprezo ou que tratem de maneira pejorativa
instrutores, especialidades, colegas, outros Esquadrões ou outras
Instituições.
“Se os hinos e gritos de guerra são técnicas importantes que garantem
a motivação e a cadência na prática de atividades militares, é
inconcebível que as letras entoadas contrariem nossos valores. Reitero
que não serão admitidos temas que explicitem ou sugiram preconceito
ou discriminação de qualquer espécie, em especial aqueles que atentem
contra a honra e a dignidade humana.”
Boletim Periódico nº 02/15, de 18 ABR 2015

14 - CONDUTA EM LOCAIS PÚBLICOS


14.1 - O aluno, quando transita por locais públicos, além de responder
por sua individualidade, representa toda nossa coletividade. Desta
forma, o CA, a EEAR, o COMAER e os militares em geral
poderão estar representados por um único aluno. Diante dessa
30/79 Manual do Aluno 2023

responsabilidade, nos locais ou estabelecimentos públicos o aluno


deverá acatar leis vigentes, conhecer e aplicar as regras de
convívio social em que se encontre e agir sempre de maneira
respeitosa com todos.
14.2 - Não é permitida a presença de apenas dois alunos de qualquer
sexo em locais ermos, com pouca luminosidade ou sala com portas
fechadas. Isso inclui estudo na Divisão de Ensino de Formação
após as 22 horas, prática desportiva fora do período de instrução,
uso das salas da SAEEAR, bancos, centros de tradições, etc.
14.3 - Não se envolver em distúrbios civis ou em quaisquer
manifestações coletivas. Manter-se afastado de aglomerações,
comícios e congêneres.
14.4 - Não se pronunciar acerca de notícias ou comentários que
possam envolver assuntos ou situações relacionadas a EEAR, essas
questões serão respondidas pelo Setor de Comunicação Social.
14.5 - Quando uniformizado, mantenha o garbo militar e a mais
correta conduta, quer a serviço, quer a passeio.
14.6 - Corrigir colegas ou subordinados que estejam mal
uniformizados ou agindo de maneira inadequada e comprometendo
a boa imagem do aluno da EEAR.
14.7 - Recomenda-se prudência ao organizar eventos fora da EEAR.
Atentar para o respeito ao horário de silêncio e para as regras de
convívio social do local.

15 - DESLOCAMENTOS DE TURMAS DE INSTRUÇÃO


15.1 - Deve ser evitado o deslocamento de tropas de alunos pela
Alameda São Paulo. Os comandantes de fração de tropa, quando
deslocando suas respectivas tropas, deverão conduzi-las pelas
alamedas internas e somente cruzar a Alameda São Paulo. Exceção
será o deslocamento em direção ao CTE.
15.2 - Sempre que uma tropa estiver atrasada para uma instrução ou
reunião, o deslocamento deverá ser em “passo acelerado”.
15.3 - Os deslocamentos de alunos pelas vilas residenciais somente
serão permitidos quando fazendo parte de tropa, durante a
instrução de Educação Física, supervisionados por instrutor ou
Manual do Aluno 2023 31/79

professor; ou quando seguindo ou retornando de uma instrução


programada.
15.4 - Quando houver instrução com a presença de todo o Esquadrão,
deve-se atentar para que ruas, corredores ou passagens fiquem
livres. O procedimento será deslocar a tropa para um local seguro e
comandar o avançar por colunas para o interior do local da
instrução.
15.5 - Após a chegada ao local de instrução ou reunião, a ocupação
dos lugares deverá ser ágil e preenchendo os assentos disponíveis a
partir das primeiras fileiras.
15.6 - Deverá ser franqueada a passagem à tropa mais antiga nos
locais de convergência.
15.7 - Os “gritos de guerra” evidenciam o moral da tropa e o espírito
de corpo de seus integrantes, por isso os comandos de “fora de
forma” de tropas de alunos devem ser enérgicos e com a seguinte
padronização:
a ) formação por Esquadrão: “nome ou cor” do Esquadrão;
b ) formação por Esquadrilha: “letra” da Esquadrilha;
c ) formação por especialidade: “nome” da especialidade; e
d ) formação não especificada nos subitens anteriores:
“Brasil!”.

16 - CONDUTA APÓS LICENCIAMENTOS


16.1 - A forma de liberação para os licenciamentos, de modo geral,
estará definida no QTS. Os licenciamentos poderão ser das
seguintes maneiras:
a ) mediante os toques de corneta padronizados, devendo,
nestes casos, os alunos aguardarem dentro dos respectivos
alojamentos;
b ) mediante “formatura de licenciamento”, com revista de
uniforme; ou
32/79 Manual do Aluno 2023

c ) outra maneira definida pelo Comandante do CA ou seu


substituto.
16.2 - Fica autorizado o uso do traje civil apenas no trajeto
compreendido entre o alojamento e o ponto de ônibus ou
estacionamento. Os alunos que estejam licenciados não deverão
permanecer no pátio do CA em traje civil durante a realização de
qualquer instrução.
16.3 - Para evitar atrasos aos ônibus fretados pela SAEEAR, os
alunos poderão realizar um “lanche rápido” na cantina em traje à
paisana. Fica subentendido que “lanche rápido” é quando o aluno
dispõe de pouco tempo para esperar, o que implica no fato de o
aluno NÃO se sentar às mesas.
16.4 - Não é permitida a presença do aluno no interior da cantina em
traje civil em qualquer outra situação a não ser a descrita no item
anterior.
16.5 - É obrigatório declarar junto ao Esquadrão, quando em gozo de
férias ou licença, o endereço completo onde poderá ser localizado
e no mínimo um telefone para eventuais contatos de emergência,
além de outros dados que porventura sejam solicitados.
16.6 - Apresentar-se, devidamente fardado, na secretaria de seu
Esquadrão, por conclusão de férias ou licenças.
16.7 - Comunicar imediatamente à EEAR quando houver
impossibilidade de comparecer no horário ou data prevista.
16.8 - No caso de rematrícula, o aluno deverá se apresentar
formalmente ao Comandante de Esquadrão, informar sua situação
e cumprir os trâmites administrativos.

17 - CONDUTA EM CASO DE DOENÇA, BAIXA E ALTA DE


HOSPITAL OU FALECIMENTO DE FAMILIAR
17.1 - Em casos NÃO urgentes:
a ) em horário de expediente: o aluno comunica ao chefe de
turma, dirige-se à Sala do Aluno de Dia ao CA (na ida e na volta)
e, posteriormente, ao Posto Médico do CA. Caso seja agendado
algum exame ou consulta no ambulatório ou hospital pelo médico
Manual do Aluno 2023 33/79

do Posto Médico do CA em outro horário, o aluno deverá,


novamente, informar ao chefe de turma. Em ambos os casos, o
aluno retorna para o local da instrução; e
b ) fora do horário de expediente: o aluno apresenta-se na Sala
do Aluno de Dia ao CA para ciência da equipe de serviço e dirige-
se ao hospital. Após ser atendido, apresenta-se novamente na Sala
do Aluno de Dia.
17.2 - Em casos urgentes: providenciar o acionamento de ambulância,
se for o caso, e, tão logo possível, comunicar à “sargenteação” do
Esquadrão e à Sala do Aluno de Dia.
17.3 - Quando baixar em qualquer hospital fora da EEAR, deverá
envidar esforços para comunicar-se, no prazo de 48 horas, com a
Sala do Aluno de Dia ao CA ou com Oficial de Dia à EEAR,
informando, com detalhes, o hospital onde se encontra.
17.4 - Ao receber alta hospitalar, apresentar-se ao Comando do
Esquadrão, durante o expediente, ou ao Sargento de Dia ao CA
caso seja fora do expediente.
17.5 - A simulação de moléstia sujeitará o aluno à punição disciplinar
por tentativa de iludir superior hierárquico.
17.6 - Em caso de falecimento de familiar, informar imediatamente à
Sala do Aluno de Dia ao CA ou ao Oficial de Dia à EEAR. Deverá
também, o mais breve possível, entrar em contato com o Comando
do Esquadrão. Ao retornar para a Escola, trazer cópia do atestado
de óbito, para comprovação do direito ao luto.
17.7 - Caso o aluno venha a se envolver em qualquer tipo de acidente,
deverá comunicar ao seu Comandante de Esquadrão e procurar o
Grupo de Saúde de Guaratinguetá (GSAU-GW), por meio do
Posto Médico do CA, para verificar a necessidade ou não de ser
submetido à perícia médica para emissão do Atestado Sanitário de
Origem (ASO).
17.8 - Nos casos em que a dispensa médica descaracterize o uniforme
do dia, o Comando do Esquadrão poderá autorizar o uso do abrigo
de educação física.
34/79 Manual do Aluno 2023

17.9 - Incorrerá em transgressão disciplinar grave o aluno com


restrição para prática de atividade física ou ordem unida prescrita
ou homologada por médico do COMAER, que for participar de
tais atividades ou treinamentos físicos.
17.10 - Os chefes de turmas deverão colocar falta nas fichas de
frequência para os discentes que tiverem prescrição proibindo a
prática de atividades físicas e ordem unida.

18 - CONDUTAS EM SITUAÇÕES DIVERSAS


18.1 - Quando receber uma ordem de um superior hierárquico, após
sua execução, deverá providenciar meios para informar o seu
resultado ao superior (feedback).
18.2 - Os alunos que apresentarem dificuldades na assimilação de
instruções típicas da atividade militar poderão ser submetidos a
treinamentos extras, em períodos noturnos ou finais de semana, a
título de instrução complementar ou reforço na aprendizagem.
18.3 - A “colação” (lanche fornecido pelo rancho) deverá ser
obrigatoriamente retirada no horário previsto e consumida nos
horários de intervalo.
18.4 - Observar as normas previstas para utilização do clube dos
alunos ou outras instalações destinadas a lazer e atividades
extracurriculares.
18.5 - A realização de eventos comemorativos no clube dos alunos e
nos centros será mediante autorização do Comandante de
Esquadrão, devendo-se observar que NÃO poderá haver bebidas
alcoólicas e a equipe de serviço deverá ser notificada.
18.6 - Os alunos que, por algum motivo, estejam dispensados de
participar da parada diária do CA, não deverão transitar por
nenhuma parte do pátio do CA durante sua realização, devendo
permanecer no espaço entre a SEF e o Posto Médico do CA.
18.7 - Ao dirigir-se à piscina ou academia de musculação, a toalha
deverá ser conduzida dobrada em uma das mãos. É proibido
conduzir a toalha sobre os ombros ou amarrada à cintura.
Manual do Aluno 2023 35/79

18.8 - É proibida a participação de alunos da EEAR, a título de


representação, em eventos sociais sem a expressa autorização do
Comandante do Corpo de Alunos.
18.9 - Cada aluno é responsável pela preservação dos materiais de
uso pessoal recebidos, tais como armário, cama tipo beliche,
colchão, roupa de cama e outros.
18.10 - Dirigir-se às vilas residenciais nos dias não úteis somente
quando convidado por algum morador. Nos dias úteis, em casos de
eventos festivos, comemorações ou outros eventos programados,
poderá comparecer somente com a autorização do Comandante de
seu Esquadrão.
18.11 - Quando chegar atrasado a qualquer reunião ou instrução em
auditório ou outro local, não deverá interrompê-la para solicitar
autorização. Nessa situação, de maneira discreta, deverá sentar-se
na poltrona da última fileira do setor que estiver sendo utilizado e,
ao final da instrução, apresentar-se ao Aluno de Dia ao Esquadrão
correspondente ou chefe da turma, informando o motivo do seu
atraso.
18.12 - Transitar pelas dependências do Comando do Esquadrão, do
Comando do CA ou do Comando da EEAR somente quando
autorizado. Para tratar de assuntos relativos à administração ou de
caráter particular com o Comandante, Chefe ou Diretor de uma
OM, é necessário que todo militar observe a cadeia de comando.
18.13 - Ao presenciar ou se envolver em qualquer ocorrência de
caráter disciplinar, deverá comunicar o fato, via FOBS.
18.14 - Nos casos de enfermidades em que o médico do COMAER
prescreva dispensa total do serviço, o aluno deverá procurar o
Comandante do Esquadrão para orientações.
18.15 - A guia de saída extraordinária é uma concessão do
Comandante do Esquadrão. Quando for estritamente necessário, o
aluno poderá solicitá-la para se ausentar da instrução para tratar de
assunto de seu interesse. Nessa situação, o aluno assume conhecer:
a ) a programação de aula relativa ao(s) dia(s) dispensado(s),
bem como o calendário de provas;
36/79 Manual do Aluno 2023

b ) a não reposição das aulas perdidas em decorrência desta


saída extraordinária; e
c ) o seu limite de faltas, que não serão abonadas.
18.16 - Todas as atividades do aluno na EEAR têm finalidade de
instrução e de formação militar, fazendo parte dessa formação
determinar que o aluno siga a cadeia hierárquica na busca de
soluções para suas necessidades. É proibida, portanto, a
interferência de familiares (civis ou militares) visando resolver
problemas administrativos e internos do Corpo de Alunos, tais
como trocas de escala de serviço, saídas extraordinárias, comissões
de formatura, horários de licenciamento e outras atividades
inerentes ao período de formação.
18.17 - O aluno da EEAR deverá conhecer:
a ) o Comandante da Aeronáutica;
b ) o Comandante da EEAR;
c ) o Comandante do CA;
d ) o Subcomandante do CA;
e ) os Chefes de Divisões da EEAR;
f ) os oficiais, professores, suboficiais e sargentos do CA;
g ) os alunos Líder e Vice-Líder do CA, os Líderes dos
Esquadrões, os Líderes de Esquadrilha de seu Esquadrão e o
Presidente da SAEEAR;
h ) o conteúdo deste Manual;
i ) os hinos e canções do hinário do CA;
j ) o Código de Honra do Aluno da EEAR;
k ) os postos e graduações das três Forças Armadas;
l ) o Pai da Aviação e Patrono da Aeronáutica, Marechal do Ar
Alberto Santos Dumont;
Manual do Aluno 2023 37/79

m ) o Patrono da Força Aérea, Marechal do Ar Eduardo Gomes;


e
n ) o 1º Ministro da Aeronáutica: Doutor Joaquim Pedro
Salgado Filho.

19 - MÍDIAS SOCIAIS
19.1 - Nos dias atuais, tem sido rotina o uso de sites de
relacionamento, de comunidades virtuais e de redes sociais pelas
pessoas de todas as idades e de toda índole.
19.2 - Considerando que a profissão militar é, por sua natureza, uma
atividade diretamente vinculada à segurança, é importante que o
aluno da EEAR compreenda que, quando expõe dados e
informações ligadas ao seu trabalho, sua rotina ou informações
intrínsecas ao quartel, está violando regras de segurança.
19.3 - No campo da “tecnologia da informação”, existe um termo
conhecido como “engenharia social”. A engenharia social consiste
em técnicas reais ou virtuais utilizadas com a finalidade de obter
acesso e informações importantes e/ou sigilosas em organizações
ou sistemas por meio da ilusão ou exploração da confiança das
pessoas. Os principais canais utilizados para acesso a este tipo de
ataque são os sites de relacionamento, as comunidades virtuais e as
redes sociais.
19.4 - É possível reduzir as vulnerabilidades quanto ao acesso a sites
de redes sociais tomando os seguintes cuidados:
a ) desconfiar, inclusive dos amigos, e não clicar em todo
conteúdo oferecido;
b ) obedecer à política de uso da internet da Organização em
que trabalha;
c ) atentar quanto à instalação de aplicativos e pensar duas
vezes antes de utilizar a geolocalização”;
d ) não publicar ou encaminhar mensagens falsas ou danosas a
qualquer pessoa ou instituição;
38/79 Manual do Aluno 2023

e ) não se utilizar do anonimato criando perfis falsos para se


manifestar nas mídias sociais;
f ) não publicar, compartilhar, comentar ou curtir postagens
polêmicas que possam fomentar desordem social ou ainda gerar
comentários ofensivos à FAB ou a outras instituições;
g ) não publicar conteúdos de caráter íntimo que atente contra o
decoro;
h ) não fazer, no ambiente virtual, o que não faria no ambiente
real;
i ) não obter vantagens de qualquer tipo, financeiras ou não,
utilizando a posição de militar em perfil pessoal na internet;
j ) não criticar a Instituição, bem como seus superiores, pares ou
subordinados;
k ) não publicar imagens/vídeos, portando ou utilizando
armamento militar;
l ) não publicar imagens/vídeos no interior dos alojamentos;
m ) não realizar qualquer transmissão ao vivo (live stream) do
interior das Organizações Militares do COMAER;
n ) publicar, em redes sociais, apenas as informações e as
imagens institucionais das Organizações Militares, ou seja,
aquelas que estão dispostas nos sites oficiais da FAB ou que se
refiram à sua atividade-fim, à sua importância histórica ou à sua
beleza arquitetônica, evitando, absolutamente, a exposição de
informações que prejudiquem a segurança, a credibilidade e a
integridade das Organizações Militares e de seus membros;
o ) não publicar imagens/vídeos de si mesmo ou de qualquer
outro aluno, trajando, de forma incompleta, uniforme militar
previsto no RUMAER;
p ) não publicar imagens ingerindo bebidas alcoólicas ou
apresentando indícios de embriaguez;
Manual do Aluno 2023 39/79

q ) atentar ao falar sobre a FAB, porque o discurso pode ser


interpretado como uma posição oficial da Instituição. “Falar sobre
a FAB”, sim; “Falar pela FAB”, não. Lembre-se: fardado ou não,
você representa a Instituição.
19.5 - Não postar ou curtir quaisquer mensagens que possam
envolver ou caracterizar censura a ato de superior hierárquico,
inclusive quando feitas em “tom irônico”. Vale lembrar que o
militar “não deixa de ser militar” por estar em ambientes virtuais.
19.6 - No uso de sites ou aplicativos relacionados às mídias sociais, o
aluno NÃO deverá “curtir” ou colocar comentários, fotos ou
vídeos que possam expor:
a ) instalações cuja segurança deva ser preservada;
b ) exercícios militares, instruções teóricas ou práticas sem o
conhecimento dos respectivos instrutores;
c ) armamentos ou postos de serviço;
d ) instrutores ou colegas em situações que possam causar
constrangimentos ou que desrespeitem o direito à privacidade; e
e ) episódios e/ou acontecimentos envolvendo a instrução ou a
administração que estejam sob investigação interna, ao qual tenha
tido acesso.

20 - CONDUTA NA CANTINA
20.1 - Prestar a continência regulamentar em quaisquer dos ambientes
da cantina, inclusive quando seu superior estiver fora da cantina.
No caso de o aluno encontrar-se sentado, deverá, de forma
respeitosa, olhar e cumprimentar seus superiores com “aceno de
cabeça”.
20.2 - No caso de passagem de tropa ou por ocasião do hasteamento
ou arriação do Pavilhão Nacional o aluno deverá prestar a
continência regulamentar conforme estabelecido no RCONT.
20.3 - Após o licenciamento, para evitar atrasos aos ônibus fretados
pela SAEEAR, os alunos poderão realizar um “lanche rápido” na
cantina em traje à paisana. Fica subentendido que “lanche rápido”
40/79 Manual do Aluno 2023

é quando o aluno dispõe de pouco tempo para esperar, o que


implica no fato de o aluno NÃO se sentar às mesas.
20.4 - Não é permitida a presença do aluno no interior da cantina em
traje civil em qualquer outra situação a não a descrita no item
anterior.

21 - CONSTITUIÇÃO DOS PROGRAMAS DE FORMAÇÃO


21.1 - ESTÁGIO DE ADAPTAÇÃO MILITAR (EAM)
O EAM tem por objetivo adaptar o jovem, que inicia sua jornada
acadêmica, à vida da caserna e às peculiaridades da instituição, por
meio de um programa de treinamento doutrinário, físico e militar
estimulando o gosto pela profissão, o espírito de corpo, a disciplina e a
organização, desenvolvendo, ainda, o hábito da atividade física e do
estudo, dentre outras virtudes militares, com base nos mais elevados
princípios éticos e morais, visando à integração do futuro Aluno ao
restante do Corpo.
21.2 - PROGRAMA DE TREINAMENTO MILITAR (PTM)
Programa de treinamento físico e doutrinário a ser cumprido pelos
estagiários e alunos da EEAR. O referido programa é aplicado durante a
primeira metade do curso ou estágio ao qual o discente estiver
matriculado e visa à preparação do futuro sargento para ações que
exijam pronta resposta e resistência à fadiga.
O objetivo é estimular o desenvolvimento da autodisciplina, a
compreensão de autoridade e hierarquia, o sentimento de camaradagem
e criar fortes laços de dever e lealdade para com a instituição e o país.
Durante este programa, o Aluno é constantemente exigido nos aspectos
de coragem, tenacidade e entusiasmo.
Esta fase inicia-se com o Estágio de Adaptação Militar.
21.3 - PROGRAMA DE TREINAMENTO DE LIDERANÇA
O referido programa é aplicado durante a segunda metade do curso ou
estágio ao qual o discente estiver matriculado e visa à preparação do
futuro sargento para exercer liderança de pequenas frações de tropa.
É nesta fase que o Aluno desenvolve sua capacidade de comunicação e
relacionamento humano, necessárias ao papel de liderança ao qual está
Manual do Aluno 2023 41/79

destinado. O Aluno será então contextualizado, compreendendo sua


situação na formação dos graduados da FAB, sabendo que espera-se que
o seu comportamento influencie os novos discentes a internalizarem os
valores apresentados no PFV.

22 - CADEIA DE LIDERANÇA DO CORPO DE ALUNOS


22.1 - CONCEITUAÇÃO
É composta por alunos da 4ª Série, selecionados pelo Comando de seu
Esquadrão, tem como atribuição transmitir diretrizes, normas e
costumes vigentes na instituição aos alunos dos Esquadrões mais
modernos, atuando como elo entre o Comando do Corpo de Alunos e os
seus discentes.
Os alunos da 4ª Série, quando empregados no PTL, deverão estar
cônscios de que serão vistos como modelos pelos alunos dos demais
Esquadrões, pelo exemplo de integridade e correção que os mais antigos
representam. Sendo assim, devem enfatizar a educação através da
persuasão e do comportamento cooperativo no desempenho das missões
de que participe junto com os mais modernos ou das quais esses devam
participar.
22.2 - CONSTITUIÇÃO DA CADEIA DE LIDERANÇA:
a ) Líder do Corpo de Alunos;
b ) Vice-líder do Corpo de Alunos;
c ) Líderes de Esquadrão; e
d ) Líderes de Esquadrilha.
22.3 - ESTADO-MAIOR DE ALUNOS
Os alunos Líder e Vice-Líder do CA, os Líderes de Esquadrão e o
Presidente da SAEEAR compõem o Estado-Maior de Alunos.
O Estado-Maior tem como atribuição fiscalizar a atuação dos demais
membros da Cadeia de Liderança, orientando-os a fim de que se atinjam
os objetivos propostos no PTM, no PTL, no PFV e no EAM.
Os alunos componentes do Estado-Maior têm, como prerrogativas:
42/79 Manual do Aluno 2023

a ) formar ao lado esquerdo do palanque dos instrutores durante


as paradas diárias do Corpo de Alunos;
b ) permanecer fora de forma apenas durante as chamadas
rotineiras e os deslocamentos do Corpo de Alunos, exceto quando
houver ordem superior para permanecer na tropa; e
c ) não concorrer às escalas de serviço.
22.4 - RESPONSABILIDADES DA CADEIA DE LIDERANÇA
A Cadeia de Liderança tem um papel extremamente importante para o
êxito da aplicação do PTM e do PTL estabelecidos pela Seção de
Doutrina, uma vez que auxiliam na execução dos respectivos
programas, sendo supervisionados pelos oficiais e sargentos do CA.
Participar ativamente do Programa de Formação de Valores,
capitaneados pela Seção de Doutrina, com intuito de internalizar esses
valores em si próprios e nos demais alunos.
Orientar seus liderados a fim de que se atinjam os objetivos propostos
pelo Comando do CA, e que todos os procedimentos previstos no
Manual do Aluno e regulamentos em vigor sejam ensinados e,
posteriormente, verificados quanto a sua execução.
Fiscalizar a atuação dos demais alunos para assegurar que a conduta dos
mesmos seja orientada, corrigida constantemente e aplicada em
conformidade com os documentos doutrinários e com as orientações dos
oficiais do CA.
22.5 - DOS DEVERES DO LÍDER DO CORPO DE ALUNOS
Exercer, efetivamente, sua liderança sobre os demais alunos em todas as
situações.
Adotar postura e conduta dignas que denotem a honradez que a função
de Líder lhe impõe e servir como exemplo para os demais alunos.
Orientar e fiscalizar o desempenho e a atuação dos demais componentes
da Cadeia de Liderança dentro dos limites preconizados.
Acompanhar de perto a rotina do Corpo de Alunos, procurando
assessorar o Comando do Corpo de Alunos, por meio do Comando de
seu Esquadrão, sobre problemas eventuais de relevância para a
coletividade dos alunos.
Manual do Aluno 2023 43/79

Manter-se atualizado em relação às instruções da Seção de Doutrina e às


diretrizes do comando, no tocante ao PTM e PTL.
Exigir dos demais alunos atitudes que venham a solidificar a disciplina
no âmbito do Corpo de Alunos, relatando aquelas que contrariarem tais
orientações.
Tomar a iniciativa de apresentar o Corpo de Alunos em todas as
situações em que tal procedimento se fizer necessário.
22.6 - DOS DEVERES DO VICE-LÍDER DO CORPO DE ALUNOS
Auxiliar o Líder do Corpo de Alunos nas tarefas e atribuições relativas à
Cadeia de Liderança, bem como substituir o Líder do Corpo de Alunos
na ausência deste.
22.7 - DOS DEVERES DOS LÍDERES DE ESQUADRÃO
Manter ligação constante com o Comando do Esquadrão, procurando
assessorá-lo em todos os assuntos do seu nível.
Agir como elo entre o Comando do Esquadrão, a Cadeia de Liderança e
os alunos do Esquadrão, transmitindo ordens, auxiliando no
doutrinamento e levando ao Comando do Esquadrão os assuntos dos
seus liderados considerados relevantes.
Acompanhar e avaliar o desempenho dos Líderes de Esquadrilha
subordinados.
Acompanhar de perto a rotina dos seus liderados, procurando assessorar
o Líder do Corpo de Alunos sobre problemas eventuais julgados de
relevância para a coletividade.
Solicitar aos Líderes de Esquadrilha relatos escritos ou verbais de
alterações de alunos de seu Esquadrão, recomendando as medidas a
serem adotadas.
Colaborar na coordenação de atividades extracurriculares planejadas
pelo Comando do Esquadrão com objetivo de criar reflexos
condicionados de disciplina, marcialidade e vivacidade.
Orientar o Esquadrão ao qual lidera quanto aos procedimentos, avisos e
determinações emanados do Comando, fazendo com que sejam
cumpridos efetivamente.
44/79 Manual do Aluno 2023

Sugerir ao Comando do Esquadrão, quando julgar necessário, atividades


extracurriculares com o objetivo de criar reflexos condicionados de
disciplina, marcialidade e vivacidade e, eventualmente, auxiliar na
coordenação e supervisão de tais atividades, com a autorização do
respectivo Comando.
22.8 - DOS DEVERES DOS LÍDERES DE ESQUADRILHA
Exercer efetivamente sua liderança no âmbito da Esquadrilha sob sua
responsabilidade.
Auxiliar o Líder de Esquadrão no planejamento das medidas
disciplinares a serem aplicadas na esfera da sua Esquadrilha, bem como
participar do processo de execução das mesmas, com autorização do
Comando do respectivo Esquadrão.
Supervisionar a aplicação e o cumprimento das diretrizes disciplinares
estabelecidas nos regulamentos e normas ou emanadas pelo Comando,
no âmbito de sua Esquadrilha.
Agir como elo entre o Líder de Esquadrão e os alunos de sua
Esquadrilha, transmitindo ordens, auxiliando no doutrinamento e
levando ao Líder do Esquadrão as necessidades dos seus liderados.
Acompanhar de perto a rotina dos seus liderados, procurando assessorar
o Líder de Esquadrão sobre problemas eventuais julgados de relevância
para a coletividade.
Acompanhar o desempenho escolar (ensino e instrução militar) dos
liderados, procurando identificar eventuais deficiências de método de
estudo, aprendizado e fatores sociais ou psicológicos que possam vir a
prejudicá-lo, como, por exemplo, relacionamento familiar, situação
econômica e dificuldade de adaptação à rotina da EEAR, dentre outros.
Exigir dos seus liderados o cumprimento, à risca, dos procedimentos
previstos no Manual do Aluno e regulamentos em vigor.
Manter um registro de informações sobre os alunos de sua Esquadrilha,
as quais serão consideradas reservadas, só podendo ser mostradas aos
instrutores do Esquadrão.
Motivar seus liderados para as atividades extracurriculares
desenvolvidas na EEAR.
Manual do Aluno 2023 45/79

22.9 - CRITÉRIOS PARA INDICAÇÃO À LIDERANÇA


O Líder do Corpo de Alunos é o primeiro colocado da 4ª Série do CFS,
de acordo com o Plano de Avaliação da EEAR.
O Vice-Líder do Corpo de Alunos é o segundo colocado da 4ª Série do
CFS, de acordo com o Plano de Avaliação da EEAR.
Os Líderes de Esquadrão serão alunos da 4ª Série do CFS que,
independentemente de especialidade ou de antiguidade, destacaram-se,
ao longo das séries anteriores, pelo seu desempenho global e que
satisfaçam aos seguintes requisitos:
Preferencialmente:
a ) possuir o Mérito Especialista; e
b ) possuir média acima de 8,00.
Obrigatoriamente:
a ) possuir higidez física adequada à função;
b ) possuir o Mérito Militar;
c ) ter sido indicado pelo Comando de seu Esquadrão; e
d ) ter seu nome aprovado pelo Comandante do CA.
Os Líderes de Esquadrilha serão alunos da 4ª Série do CFS que,
independentemente da especialidade ou da antiguidade, destacaram-se,
ao longo dos anos anteriores, pelo seu desempenho global e satisfaçam
as seguintes condições:
Preferencialmente:
a ) possuir média acima de 8,00; e
b ) possuir o Mérito Militar.
Obrigatoriamente:
a ) possuir higidez física adequada à função;
b ) ter sido indicado pelo Comando de seu Esquadrão; e
c ) ter seu nome aprovado pelo Comandante do CA.
46/79 Manual do Aluno 2023

Os adaptadores serão indicados pelo Comandante de Esquadrão,


observando o perfil militar e o histórico do militar, respeitando o
quantitativo demandado pela SIMCA.
O Presidente da SAEEAR será escolhido por votação dos alunos da
sociedade, quando na 3ª Série do CFS e deverá ter seu nome aprovado
pelo Comandante do Esquadrão e pelo Comandante do CA.
As Diretorias da SAEEAR, bem como as Diretorias dos Centros de
Tradições Regionais (CTG, CTNN e CTMG) serão indicadas pelos
associados e, posteriormente, submetidas à aprovação do respectivo
Comandante de Esquadrão.
Qualquer componente que venha, no decorrer de sua função, a cometer
transgressão disciplinar que atente contra os preceitos basilares do
militarismo, ou que tenha um desempenho insuficiente ou inadequado
no exercício de sua função, poderá ser substituído.
A supervisão do trabalho da Cadeia de Liderança cabe à Seção de
Doutrina do Corpo de Alunos, em coordenação com os Comandos dos
Esquadrões.

23 - SISTEMA ESPECIAL DISCIPLINAR


O Sistema Especial Disciplinar é aplicado ao Aluno Especialista no
intuito de familiarizá-lo com as regras de conduta, primando sempre
pela manutenção da disciplina e hierarquia, visando adaptá-lo as normas
disciplinares contidas no RDAER, conforme previsto na Lei nº 6.880/80
(Estatuto dos Militares).
Na aplicação das punições disciplinares serão considerados os
dispositivos constantes do RDAER, em consonância com o disposto na
ICA 111-6, que regulamenta a sistemática de apuração de transgressão e
aplicação de punição disciplinar.
São punições disciplinares previstas no RDAER:
a ) repreensão;
b ) detenção;
c ) prisão;
d ) desligamento do curso;
Manual do Aluno 2023 47/79

e ) licenciamento a bem da disciplina (praças sem estabilidade);


e
f ) exclusão a bem da disciplina (praças estabilizadas).
Poderão, ainda, serem impostas aos alunos da EEAR outras medidas
administrativas, com a finalidade de promover a sua reeducação,
quando a conduta praticada enquadrar-se, tão somente, como irregular,
mas não chegar a constituir transgressão disciplinar ou crime, com base
no Art. 18 do RDAER.
Poderão ser adotadas as seguintes medidas administrativas em relação
às condutas irregulares praticadas por alunos, não enquadradas como
transgressão disciplinar ou crime:
a ) trabalhos de estudo e pesquisa;
b ) serviço extra, visando o reforço de aprendizagem;
c ) revista de uniforme, realizada por sargenteante, visando o
reforço da correta utilização do fardamento;
d ) pré-alvorada;
e ) licenciamento NÃO concedido; e
f ) treinamento de prontidão militar.
A forma de advertência relacionada na letra “d” do item anterior será
detalhada em Ordem de Instrução específica.
23.1 - TRABALHOS DE ESTUDO E PESQUISA
A fim de corrigir pequenos desvios de comportamento, principalmente
quando for verificado que a conduta irregular deu-se por falta de
sedimentação dos conhecimentos transmitidos, poderá ser cobrada do
aluno a elaboração de um estudo, por escrito, a respeito do tema que
originou a irregularidade.
O prazo para a elaboração da pesquisa deverá ser de 3 a 5 dias, sendo
recomendável que o aluno realize o trabalho aos finais de semana, sem
prejuízo do licenciamento e da rotina acadêmica.
Caso julgado oportuno, o aluno poderá vir a apresentar para o restante
de seu Esquadrão por ocasião de DCE.
48/79 Manual do Aluno 2023

23.2 - PRÉ-ALVORADA
Determinar a apresentação do aluno à Sala do Aluno de Dia até 30
minutos antes da alvorada, por um período determinado de no máximo 5
dias úteis. O Comando dos Esquadrões têm autonomia para aplicar a
Pré-Alvorada. Horários anteriores ao citado deverão ter prévia
autorização do Comandante do CA.
A retirada de faltas será realizada pelo Aluno Permanência à Sala do
Aluno de Dia.
23.3 - LICENCIAMENTO NÃO CONCEDIDO
O aluno submete-se ao regime de internato ao longo de sua formação.
Desta forma, o Licenciamento Não Concedido é concessão do
Comandante do CA, o LNC é a retirada temporária da concessão para se
ausentar da EEAR, aplicada ao aluno pelo Comandante do seu
Esquadrão, por ser um ato discricionário do Comandante, este
procedimento não necessita de Processo de Apuração de Transgressão
Disciplinar (PATD).
Quando no cumprimento de LNC, o aluno deverá se restringir à área
administrativa da EEAR, seguindo os limites e rotas previstos na NPA
de Rotina.
O uniforme para o cumprimento das revistas de verificação do LNC
será o 7º C completo.
O aluno poderá utilizar a SAEEAR, o Clube dos Alunos, o CTG, o
CTNN, o CTMG, a cantina e outros recintos similares, podendo, ainda,
utilizar-se das salas de aula da DEF para estudar nos horários
compreendidos entre as revistas e chamadas, bem como praticar
atividades físicas. No entanto, deverá comparecer às chamadas de
verificação, conforme listado abaixo:
a ) Café da manhã (às 6 h 30 min);
b ) Almoço (às 11 h 50 min);
c ) Janta (às 17 h 50 min); e
d ) Toque de silêncio (às 22 h).
Manual do Aluno 2023 49/79

23.4 - REPREENSÃO
A repreensão verbal poderá ser acompanha de uma Medida Disciplinar
Especial, esta punição deve apenas ser registrada no histórico do aluno
em seu esquadrão.
A repreensão por Escrito não acarreta nenhum tipo de privação ao aluno
durante os dias úteis e não úteis. Esta punição deve ser publicada em
boletim interno.
23.5 - DETENÇÃO
Quando no cumprimento de detenção, o aluno deverá se restringir à área
administrativa do CA, limitados pela Lagoa do Brigadeiro, Alameda
São Paulo, Alameda Bahia e Academia do CA.
O uniforme para o cumprimento da Detenção será o 7º C completo, após
o término das atividades diárias, nos dias úteis, e durante toda a rotina
nos dias não-úteis.
Nos dias úteis, o aluno só poderá se ausentar dos limites do CA para o
cumprimento de atividades curriculares programadas.
O aluno detido permanece em seu alojamento, ausentando-se apenas
para ir ao refeitório e revistas de verificação de presença; não poderá
participar das atividades dos Clubes do CA tampouco utilizar-se da
academia e a Sociedade dos Alunos.
Comparecer às revistas de verificação de presença de cumprimento de
punição, conforme listado abaixo:
a ) Hasteamento do Pavilhão Nacional;
b ) Almoço;
c ) Arriamento do Pavilhão Nacional; e
d ) Pernoite da Equipe de Serviço.
Nos dias úteis, o aluno deverá se apresentar ao Sargento de Dia ao
término das instruções, sem prejuízo a quaisquer instruções
programadas em QTS.
23.6 - PRISÃO
Quando no cumprimento de Prisão, o aluno deverá permanecer na sala
anexa à Sala do Aluno de Dia, ausentando-se apenas para entrar em
50/79 Manual do Aluno 2023

forma nas verificações de presença de cumprimento punição e nos


deslocamentos para o refeitório.
O uniforme previsto para o cumprimento da prisão deverá ser o 10º
uniforme completo.
Comparecer às revistas de verificação de presença de punição, conforme
listado abaixo:
a ) Hasteamento do Pavilhão Nacional;
b ) Almoço;
c ) Arriamento do Pavilhão Nacional; e
d ) Pernoite da equipe de serviço.
Nos dias úteis, o aluno deverá se apresentar ao Sargento de Dia ao CA
ao término das instruções, sem prejuízo a quaisquer instruções
programadas em QTS.
23.7 - HORÁRIOS DE INÍCIO E TÉRMINO DAS PUNIÇÕES
A punição inicia às 8 h do primeiro dia da punição e encerra às 8 h do
dia seguinte ao último dia da punição.
Os alunos deverão observar se a grade de punidos ou a relação de
Licenciamento Não Concedido contém os seus respectivos nomes. Não
poderá ser considerado o cumprimento da punição se não houver grade
nominal de punidos assinado no dia do início da punição.
23.8 - DISPOSIÇÕES GERAIS
Para qualquer uma das apresentações, o mais antigo dos punidos coloca
os demais em forma, antes do horário previsto, em frente a Sala do
Aluno de Dia. Cabe ao ALCA estar presente em todas as revistas e
lançar estas alterações no livro de serviço, caso haja impossibilidade de
cumprir os horários previstos.
Ao punido com detenção ou prisão é permitido ir ao Grupo de Saúde de
Guaratinguetá (GSAU-GW) apenas por problemas de saúde própria,
consultas ou em apoio a outrem, devendo ser dada a ciência ao ALCA
do ocorrido, imediatamente, após o fato.
Caso o aluno detido seja de Esquadrão mais antigo que o ALCA, ele se
apresentará ao Sargento de Dia ao CA.
Manual do Aluno 2023 51/79

Somente o Comandante do CA/Subcomandante do CA ou, na ausência


destes, os Comandantes de Esquadrão, tem autonomia para dispensar o
aluno punido de qualquer apresentação que o mesmo deva cumprir de
acordo com este Manual.

24 - APRESENTAÇÃO PESSOAL
24.1 - INTRODUÇÃO
Em conformidade com o RUMAER, este Manual complementa
orientações quanto à apresentação pessoal para as praças especiais
matriculadas na EEAR.
24.2 - APRESENTAÇÃO QUANDO UNIFORMIZADO
É vedado o uso de tatuagem no corpo com símbolo ou inscrição que
afete a honra pessoal, o pundonor militar ou o decoro exigido aos
integrantes das Forças Armadas que faça alusão a:
a ) ideologia terrorista ou extremista contrária às instituições
democráticas ou que pregue ou incite a violência ou a
criminalidade;
b ) discriminação ou preconceito de raça, credo, sexo ou
origem;
c ) ideia ou ato libidinoso; e
d ) ideia ou ato ofensivo às instituições, sociedade, etnias,
grupos ou indivíduos.
É vedado o uso de qualquer tipo de tatuagem na região da cabeça, do
rosto e da face anterior do pescoço que comprometa a segurança do
aluno.
É vedado o uso de escarificações em partes do corpo que fiquem
visíveis com o uso do uniforme.
Os aplicativos do tipo “piercing” que estejam localizados em partes do
corpo que fiquem à mostra quando trajando uniformes previstos no
RUMAER, inclusive aqueles previstos para a prática de Educação
Física, deverão ser removidos.
52/79 Manual do Aluno 2023

É vedado o uso de lentes de contato coloridas ou que apresentem


desenhos, mesmo que de grau.
É autorizado o uso do guarda-chuva em conformidade com o RUMAER
(guarda-chuva na cor preta, exceto quando estiver em forma ou
compondo equipe de serviço). Entretanto, esse uso deverá ser
individual, não sendo permitido mais que um aluno sob o mesmo
guarda-chuva.
24.3 PRESCRIÇÕES PARA AS ALUNAS
Em ocasiões especiais, quando autorizado pelo Comandante do Corpo
de Alunos, o seguimento feminino poderá utilizar maquiagem.
A maquiagem deve ser usada com moderação, em tons discretos e
compatíveis com a cor da pele da militar. Deverá ser observada a
harmonia e a estética, sempre em conformidade com o nível de
formalidade e adequação exigidos pelo ambiente ou evento. Nesse
contexto, são permitidas maquiagens mais elaboradas em bailes,
representações e eventos comemorativos.
Não sendo autorizado o uso de maquiagens permanentes (Ex: cílios
permanentes, sobrancelhas de rena, contornos de boca e olhos, etc.).
As unhas devem ser tratadas e, se pintadas, deverá ser utilizado apenas
esmalte de cor transparente, sem desenhos ou enfeites, sendo seu
comprimento máximo limitado pelo alinhamento com a ponta dos
dedos.
No âmbito do Corpo de Alunos, as alunas podem adotar o corte de
cabelo curto e o penteado tipo coque. Os demais cortes e penteados,
previstos no RUMAER, poderão ser utilizados mediante autorização do
Comandante do Corpo de Alunos.
Utilizando o penteado tipo coque, a aluna poderá utilizar “tic-tac”, na
cor preta, para prender os fios que ficarem soltos. Nessa situação, a
aluna não poderá ter partes do cabelo raspado, como nuca, lateral da
cabeça ou região frontal.
Utilizando o penteado tipo coque a aluna deverá prender todo o cabelo
uniformemente até a confecção do coque, não podendo haver tranças,
penteados ou qualquer coisa que altere a linearidade natural dos fios até
a confecção do coque.
Manual do Aluno 2023 53/79

O Comandante do CA poderá permitir o uso dos demais penteados tipo


rabo de cavalo e tipo trança única nos seguintes casos:
a ) no uso do 9º uniforme, ou ainda, quando utilizando abrigos
que representem a OM da militar em competições esportivas;
b ) no uso do 10º uniforme, quando em campanha ou exercício
operacional, desde que observada a segurança operacional e do
trabalho, sendo vedada sua utilização nos serviços de guarda; e
c ) com o 8º uniforme, colocando, quando em atividade aérea, o
rabo de cavalo ou trança única para dentro do macacão de voo,
desde que o comprimento do cabelo permita.
No caso de cabelo curto, assim entendido aquele cujo comprimento
fique acima da gola do uniforme, este pode ser usado solto em qualquer
circunstância, observando-se que, quando com cobertura, as orelhas
devem ficar à mostra. Para fins de padronização, o cabelo deve ser preso
com “tic-tac”, na cor preta, de forma que o mesmo não recaia sobre o
rosto.
As militares devem abster-se do uso de penteados exagerados (a altura
da massa de cabelo, medida a partir do couro cabeludo, não deve
exceder cinco centímetros), de penteados que cubram a testa, ainda que
parcialmente (franja), e do uso de quaisquer postiços, adereços ou
“glitter”, inclusive em eventos sociais.
A coloração artificial do cabelo deve ser feita com moderação,
utilizando-se apenas tons de cores naturais de cabelo e respeitando a
harmonia e a discrição necessária e compatível com o uso do uniforme.
Quando necessário prender e/ou moldar os cabelos, deve-se usar
grampos simples, elásticos, fivelas discretas e/ou rede, todos pretos ou
na cor do cabelo, sem enfeites e/ou brilhos.
Nos exercícios de prontidão militar, caracterizados pelo acionamento
após o Toque de Silêncio, as alunas poderão usar o penteado tipo “rabo
de cavalo”, devendo o comprimento do cabelo seguir as regras previstas
no RUMAER.
Em Exercícios de Campanha ou outros exercícios operacionais, por
motivo de segurança, poderá ser determinado o uso de “rabo de cavalo”,
trança única e a utilização de touca protetora. Nesse caso, o cabelo
54/79 Manual do Aluno 2023

deverá ser preso com uma série de elásticos da cor mais próxima à do
cabelo, colocados ao longo de todo seu comprimento, de maneira que
fique totalmente preso.
Não é permitido o uso de saias extremamente justas, acima dos joelhos
ou com cintura baixa.
Não é permitido o uso de calças extremamente justas.
24.4 PRESCRIÇÕES PARA OS ALUNOS
Por ocasião do retorno de férias, o aluno deverá se apresentar com o
corte padrão (pente “número um” nas laterais e nuca e pente “número
dois” na parte superior da cabeça).
O tamanho do corte do cabelo, desde o início do período da adaptação
até o evento dos “100 Dias” na 4ª Série, deverá ser realizado utilizando
máquina com pente nº 1 nas laterais e máquina com pente nº 2 no
restante, sem fazer o “pezinho”. Contudo, após o evento “100 Dias”,
poderá ser autorizado, a critério do Comandante do CA, o corte com
máquina com pente nº 2 nas laterais e máquina com pente nº 4 no
restante, podendo fazer o “pezinho” do cabelo.
A costeleta (porção de barba e cabelo que se deixa crescer na parte
lateral do rosto) deve ser mantida a dois centímetros abaixo do ponto
superior de união da orelha com a cabeça, conservando sua largura
natural (é vedado o estreitamento da costeleta).
É vedado o uso:
a ) de bigode;
b ) de brincos;
c ) de barba, cavanhaque ou barbicha; e
d ) de raspar a cabeça com “máquina zero” ou navalha, exceto
se prescrito por oficial médico, por motivos clínicos.
No caso de necessidade do uso de corte de cabelo e/ou barba, com a
finalidade de encobrir lesão fisionômica, o militar deverá requerer
autorização por escrito e fundamentada em parecer clínico ao respectivo
Comandante de Esquadrão, que encaminhará o caso ao Comandante do
CA. Caso haja necessidade, o militar deverá ser novamente identificado.
Manual do Aluno 2023 55/79

24.3 - USO DE ACESSÓRIOS


24.3.1. É PERMITIDO:
Relógio em tamanho e modelo discretos e funcionais, em qualquer
pulso, na cor preta ou prateada.
Aliança, na cor prateada ou dourada.
Óculos de grau, devendo ser observada a discrição quanto ao formato e
cor. As lentes NÃO poderão ser espelhadas ou coloridas e a armação
deverá ser dourada, prateada ou outra cor em tom escuro, preservando a
discrição.
Óculos escuros desde que mediante receita médica, devendo ser
entregue uma cópia da receita na secretaria do respectivo Esquadrão e
observar o disposto no item anterior. NÃO é permitido o uso preso ao
uniforme ou sobre a cabeça.
Colar metálico no pescoço desde que tenha apenas uma volta, na cor
dourada e/ou prateada, com espessura máxima de meio centímetro, e
que possua, ou não, um pingente com, no máximo, um e meio
centímetro de largura por um e meio centímetro de altura.
Fones de ouvido, em tamanho discreto, nas cores preta ou branca,
devendo ser usado apenas durante a prática individual de atividade
física, fora das jornadas de instrução. Além disso, o dispositivo
eletrônico poderá ser utilizado em estudo individual noturno, no interior
da sala de aula.
Mochila preta, sendo admitidos pequenos detalhes, em cores neutras,
podendo ser carregada às costas, ou ao ombro, exclusivamente, nos 8º,
9º, 10º e 11º uniformes. Esta autorização não se aplica a militares em
formaturas ou compondo equipe de serviço. Exclusivamente quando o
militar estiver se deslocando em motocicleta ou bicicleta, é autorizado o
uso de mochila às costas, ou ao ombro, em qualquer uniforme.
Protetor solar sem cor e manteiga de cacau.
Apenas às alunas do PTL: um par de brincos (um em cada orelha),
podendo ser prata, dourado ou pérola, desde que sejam pequenos e
discretos, sem argolas nem pingentes. Os brincos não devem ultrapassar
o tamanho do lóbulo da orelha. Para os homens é vedada a utilização de
brincos.
56/79 Manual do Aluno 2023

24.3.2. NÃO É PERMITIDO O USO:


Chaveiro ou chave pendurada no cinto.
“Gloss” ou outros tipos de hidratantes labiais com brilho, exceto em
caso de indicação médica.
Peça de qualquer material aplicada na parte inferior da perna próxima
ao pé, conhecida como “tornozeleira”.
Uniformes demasiadamente ajustados ao corpo.
As calças não poderão ter cintura baixa; devendo deixar aparecer, no
máximo, cinco botões da canícula.
No caso das saias, não poderão ser acima dos joelhos ou com cintura
baixa.
“Smartwatch” ou “smartphone” em instrução, serviço, reuniões,
“briefings” ou qualquer outra atividade programada.
24.3.3. USO DE TRAJES CIVIS
É proibido conduzir veículo no interior da EEAR de chinelos ou sem
camisa.
É proibido o uso de camisas com dizeres impróprios ou que afrontem o
decoro e os bons costumes.
Aos alunos, no âmbito de qualquer Organização Militar (OM), fica
proibido o uso de:
a ) bonés, toucas, chinelos e similares;
b ) bermudas e shorts; e
c ) camisetas sem mangas.
Às alunas, no âmbito de qualquer OM, fica proibido o uso de:
a ) blusas com decotes ousados que deixem à mostra o contorno
dos seios, podendo ser usado top ou faixa por baixo da blusa para
cobrir o decote;
b ) blusas que deixem as costas descobertas abaixo da linha das
axilas;
c ) blusas transparentes;
Manual do Aluno 2023 57/79

d ) peças que exponham roupa íntima;


e ) blusas que deixem qualquer parte do abdômen à mostra;
f ) calças justas que definam a silhueta do corpo ou calças de
“lycra”;
g ) saias ou vestidos com comprimento acima da linha do
joelho; e
h ) O uso de bonés, toucas e chinelos.

25 - INSIGNIAS, BREVÊS E ADORNOS


25.1 - INSÍGNIAS DE MÉRITO
A insígnia de Mérito Militar será utilizada pelos alunos das 3ª e 4ª séries
que obtiverem os maiores graus no Conceito de Doutrina Militar, que
avalia o espírito militar, o caráter, o decoro, a capacidade física, a
apresentação pessoal e a disciplina. A quantidade de insígnias será
correspondente a 10% (dez por cento) do efetivo de cada série.
A insígnia de Mérito Intelectual será distribuída para até 10% do efetivo
de cada série (2ª, 3ª e 4ª séries), sendo utilizados os seguintes critérios:
alunos primeiros colocados de cada especialidade e na sequência os
demais alunos de acordo com a classificação geral.
A insígnia de Mérito Desportivo será utilizada pelo aluno considerado
pela Seção de Educação Física como o atleta padrão das 2ª, 3ª e 4ª
séries.
A insígnia de Mérito Especialista será utilizada pelos alunos que
obtiverem as insígnias de Mérito Militar e Intelectual simultaneamente.
58/79 Manual do Aluno 2023

25.2 - INSÍGNIAS ESPECIAIS


A Insígnia Especial da Sociedade dos Alunos – SAEEAR será
outorgada aos alunos da última série do CFS, integrantes da diretoria da
SAEEAR.
MATERIAL: Metal.
USO: No bolso direito, centralizada, nos uniformes: 3º, 4º, 5º, 6º e 7º
RUMAER. Conforme são utilizados os distintivos de cursos de carreira
nos militares formados.

25.3 - INSÍGNIAS DA LIDERANÇA


A Insígnia de Líder do Corpo de Alunos será outorgada ao aluno
primeiro colocado na classificação geral da 3ª para a 4ª série do CFS.
A Insígnia de Vice-Líder do Corpo de Alunos será outorgada ao aluno
segundo colocado na classificação geral da 3ª para a 4ª série do CFS.
Manual do Aluno 2023 59/79

A Insígnia de Líder de Esquadrão será outorgada aos alunos da 4ª série


do CFS escolhidos para a função de Líderes de Esquadrão e ao
Presidente da SAEEAR.
A Insígnia de Líder de Esquadrilha será outorgada aos alunos da 4ª série
do CFS escolhidos para a função de Líder de Esquadrilha.

25.3.1. MATERIAL
3º, 4º, 5º, 6º e 7º RUMAER: Metal dourado para a insígnia de Líder do
CA e metal prateado para as demais Insígnias da Liderança.
No 10º RUMAER: Confeccionado em tecido de brim verde-oliva,
medindo 18 mm por 60 mm, com as engrenagens e a estrela em linha
“amarelo ouro” para o Líder do CA, linha branca para o Vice-líder do
CA e em linha preta para as demais Insígnias da Liderança.
25.3.2. USO
No bolso superior esquerdo, centralizada a 2 mm acima da costura
superior nos uniformes: 3º, 4º, 5º, 6º e 7º RUMAER. No 10º RUMAER
deverá ser centralizada a 2 mm acima da tarjeta com o bordado Força
Aérea.
60/79 Manual do Aluno 2023

25.4 - DISTINTIVO DE INSTRUTOR DE TIRO


O distintivo de Instrutor de Tiro poderá ser utilizado pelos alunos dos
cursos BMB e SGS após a conclusão do Estágio. Ambas as
especialidades, somente poderão utilizar o distintivo na 4ª série.
O distintivo tipo brevê poderá ser utilizado nos 5º, 7º e 10º Uniformes
(tecido para o 10º e metal para os demais) e deverá ser aposto a 5
milímetros acima da tarjeta de Força Aérea ou em posição equivalente
ou a 1 centímetro acima da fileira superior de insígnias da
Liderança/Barretas.
O brevê do tipo dístico com a inscrição “INSTRUTOR DE TIRO”
deverá ser aposto a um centímetro da costura do ombro da manga
esquerda da gandola do 10º uniforme e confeccionado no padrão de
baixa visibilidade.
25.5 - CORDÃO VERMELHO COM APITO
O cordão vermelho com apito poderá ser utilizado pelos alunos da
especialidade de SBO após a conclusão da última avaliação da
especialidade na 3ª Série, em cerimônia realizada no GSBO. Será
utilizado no ombro direito. Cabe ressaltar que o aluno não poderá
utilizar o cordão vermelho quando estiver em forma com todo o
Esquadrão, nas paradas diárias e nos treinamentos de formaturas.
25.6 - CORDÃO BRANCO DO PRIMEIRO COLOCADO DA 4ª CFS
O cordão branco será utilizado pelo aluno primeiro colocado na
classificação geral da 3ª para 4ª série, após receber o estandarte da
Escola de Especialistas de Aeronáutica. Será utilizado no ombro direito.

26 - EMBLEMAS DE ESQUADRÃO E ESPECIALIDADE


26.1 - EMBLEMAS DE ESQUADRÃO
O emblema deverá ser circular, com borda externa na cor preta. Em sua
bordadura deverão constar os dísticos “CORPO DE ALUNOS DA
EEAR” na parte superior, ocupando a metade superior do emblema,
com todas as letras na cor preta e em fundo branco e o “NOME” do
Esquadrão, na parte inferior, nas cores do Esquadrão (preta para o
Esquadrão Branco) em fundo branco. O restante da bordadura, não
preenchido por estes dísticos, deverá ter faixas em verde e amarelo.
Manual do Aluno 2023 61/79

O limite externo do emblema deverá ter o seu diâmetro com medida


igual a 7 (sete) centímetros. A borda deverá ter 1/18 avos do diâmetro (5
mm). O emblema deverá ser submetido à aprovação do Comandante do
Corpo de Alunos da Escola de Especialistas de Aeronáutica.
Para a utilização no 10º uniforme as cores deverão ser no padrão de
“baixa visibilidade”, bordado na cor preta, podendo conter apenas
tonalidades de verde compatíveis com o 10º RUMAER.
Para o uso no 10º uniforme o Emblema de Esquadrão deverá se
posicionar no local do DOM (bolso esquerdo).
Para o uso nos 8º e 11º B o Emblema de Esquadrão deverá ser utilizado
no bolso direito.
62/79 Manual do Aluno 2023

26.2 - EMBLEMA DE ESPECIALIDADE (ICA 903-1):


Podem ser utilizados nos uniformes 8º de voo e 11º B (macacão de
manutenção).
No 8º uniforme o Emblema de Especialidade deverá ser utilizado no
bolso esquerdo, no local onde é utilizado o distintivo de
operacionalidade pelos militares formados.
No 11º B o Emblema de Especialidade deverá ser utilizado a 2 mm,
centralizado, acima no bolso esquerdo.
O emblema deverá ser circular, com borda externa na cor preta. Em sua
bordadura deverão constar os dísticos “NOME DA ESPECIALIDADE”
na parte superior e o “NOME” do Esquadrão com seu ano de matrícula,
na parte inferior, fundo na cor do Esquadrão, letra preta para os
Esquadrões Amarelo, Branco e Prata e letra branca para os Esquadrões
Azul e Verde.
A arte utilizada no centro do Emblema é livre, devendo apenas conter o
símbolo da Especialidade inserido na mesma.
O limite externo do emblema deverá ter o seu diâmetro com medida
igual a 7 (sete) centímetros. A borda deverá ter 1/18 avos do diâmetro (5
mm). O emblema deverá ser submetido à aprovação do Encarregado do
respectivo Galpão de Especialidade.
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27 - PREVENÇÃO DE RABDOMIÓLISE
27.1 - APRESENTAÇÃO DO CONTEXTO
O estresse celular é uma conjuntura do organismo onde a célula trabalha
sem ter o apoio logístico (macro e micronutrientes, água, repouso e
alimentação) necessário à realização do esforço ao qual está sendo
solicitada, induzindo desequilíbrios orgânicos no organismo e, em
alguns casos, levando até mesmo à morte.
A rabdomiólise é uma síndrome grave que decorre da lesão muscular
(miólise) direta ou indireta. É um resultado do rompimento das fibras
musculares, que liberam seu conteúdo para a corrente sanguínea. Esse
processo pode afetar principalmente os rins, que não conseguem
remover os resíduos concentrados na urina.
A rabdomiólise pode ser causada por diferentes fatores, como consumo
excessivo de álcool e traumas, porém no meio militar está mais
relacionada com a atividade física intensa em condições climáticas
desfavoráveis.
Dentre as causas mais conhecidas em exercícios militares está a
liberação no sangue uma substância chamada mioglobina, que é uma
proteína relacionada à hemoglobina. Quando a mioglobina é liberada
após lesão do músculo, é filtrada para fora do pelos rins, que pode
causar uma insuficiência renal aguda.
64/79 Manual do Aluno 2023

Exercício intenso em excesso, insolação ou desidratação podem


desencadear a síndrome da rabdomiólise.
Os sintomas mais comuns de rabdomiólise incluem fraqueza muscular,
hematomas, dores musculares, desidratação e urina escura.

O aluno deve estar sempre atento aos sintomas e informar sempre o


mais antigo presente na atividade ou instrução, caso note alguma
discrepância na coloração da sua urina, acompanhado de outros
sintomas relacionados que denotem o quadro clínico de rabdomiólise.
O aluno fica terminantemente proibido de fazer o uso de suplementos
vitamínicos (Proteínas em geral, whey protein, hipercalóricos,
aminoácidos em geral, BCAA, glutamina, creatina, etc.) e estimulantes
energéticos a base de cafeína e taurina, sem a receita de um médico ou
nutricionista da escola de especialistas, devendo informar e apresentar a
receita a secretaria do comando de seu esquadrão.
O uso de suplementos pode sobrecarregar os rins e associados a
atividade física intensa, condições de temperatura e umidade, aumentam
as chances de ocorrer um quadro clínico de rabdomiólise.
O aluno deve suspender todo e qualquer suplementação, mesmo que
com receita médica um mês antes de qualquer atividade prática que
envolvam exercícios físicos intensos como por exemplo os Exercícios
de Campanha, disciplinas como Táticas de Combate Terrestre 4 ou
qualquer outra atividade que envolva grande desgaste físico.
Atentar quanto ao uso de medicamentos, pois estes também podem
ocasionar uma sobrecarga dos rins e corroborar para o agravamento de
Manual do Aluno 2023 65/79

um quadro clínico rabdomiólise, dessa forma fica proibido o consumo


de medicamentos por conta própria em atividades de campanha e em
exercícios militares.

28 - CONDUTA SEXUAL E RELACIONAMENTO AFETIVO


28.1 - INTRODUÇÃO
Em decorrência da consolidação do ingresso da mulher no mercado de
trabalho, a compreensão de questões ligadas ao tema “assédio sexual”
torna-se essencial para a manutenção de um ambiente sadio, e de mútuo
respeito e que possibilite o desenvolvimento profissional.
Pesquisas revelam que a maior incidência de casos de assédio sexual
tem o homem como agente e a mulher como destinatária. Todavia,
também pode ocorrer entre pessoas do mesmo sexo ou da mulher
destinada ao homem.
As instituições militares não estão isentas da possibilidade de sofrerem
as consequências advindas do problema que envolve o presente tema,
devendo procurar respaldar-se ética, técnica e legalmente para
solucionar eventuais questões que possam ocorrer no seu ambiente de
formação ou de trabalho.
A inclusão da mulher nas Forças Armadas tem resultado no convívio
entre homens e mulheres em diversos cenários, sendo que, no período
de formação militar, na maioria dos casos, isso acontece em regime de
semi-internato. Assim, a finalidade desta seção é proporcionar
conhecimentos e valores aos alunos acerca desse tema, de forma que
possam conviver em um ambiente misto de forma madura e
profissional, tanto durante o período de formação quanto após formado,
nas diversas Organizações.
28.2 - CONCEITUAÇÃO
28.2.1. CARACTERÍSTICAS
O assédio sexual no local de trabalho consiste em “cantadas” explícitas
ou constantes “insinuações” com conotação sexual, sem a concordância
da vítima. É importante que esta “NÃO concordância” sempre deve ser
manifesta de forma firme e clara por parte da pessoa afetada. A
principal característica do assédio sexual é quando o agente age de
maneira insistente com a intenção de obter favores sexuais. Trata-se,
66/79 Manual do Aluno 2023

também, de uma forma de agressão moral e psicológica, visto que, via


de regra, afeta a honra, expõe o(a) destinatário(a) a situações vexatórias
e provoca insegurança profissional pelo receio de se perder o emprego,
sofrer perseguições ou quaisquer outras “retaliações” que afetem o
desenvolvimento profissional.
De acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT),
quaisquer insinuações, contatos físicos forçados, propostas ou pedidos
impertinentes, entre outros, podem ser considerados como assédio
sexual, desde que apresentem pelo menos uma das seguintes
características:
a ) ser claramente uma condição para dar ou manter o emprego;
b ) influir nas promoções ou na carreira do assediado;
c ) humilhar, insultar ou intimidar a vítima; e
d ) prejudicar o desempenho profissional.
Em síntese, o assédio sexual no trabalho é sempre um ato de poder,
sendo o assediador um superior hierárquico da pessoa assediada. Trata-
se de uma insinuação ou proposta sexual insistente e inoportuna e
rejeitada pela outra parte. Essa insinuação ou proposta pode ser verbal,
gestual ou física.
O assédio sexual apresenta ainda os seguintes elementos:
a ) sujeitos: agente (assediador) e destinatário (assediado);
b ) conduta de natureza sexual;
c ) rejeição à conduta do agente;
d ) reiteração da conduta; e
e ) relação de emprego ou de hierarquia.
Em relação ao requisito da repetição da conduta, pode ser
excepcionalmente desnecessário para a configuração do assédio sexual,
nos casos em que o ato, ainda que praticado uma única vez, seja de
natureza grave.
Manual do Aluno 2023 67/79

28.2.2. DIFERENCIAÇÕES
É importante compreender que galanteios e elogios acompanhados de
certas sutilezas, a priori, não caracterizam o assédio sexual. Existem três
elementos que distinguem a “paquera” ou “cantada” do assédio sexual:
a inconveniência, a insistência e a coerção baseada na condição
hierárquica. Quando estes galanteios e elogios são livremente aceitos ou
se não são rechaçados, fica descaracterizado o assédio, podendo,
inclusive, vir a caracterizar a “reciprocidade”.
A paquera ou a “cantada” não produz nenhuma forma de
constrangimento, receio de demissão ou qualquer outra forma de
prejuízo na carreira. Isso porque quem é paquerado ou recebe uma
cantada pode até não se sentir confortável ou lisonjeado com a situação,
mas o fato não lhe causa nenhum tipo de incômodo. Nesse ponto é
importante que ambos sejam profissionais e maduros para avaliarem a
situação. O que diferencia o assédio sexual das condutas de
aproximação com intenção afetiva (ou sexual) é a insistência mesmo
após ter ficado clara a ausência de reciprocidade.
Também não se caracteriza como assédio sexual o sexo forçado,
caracterizado pelo uso de violência ou força física, pois isso tipifica
outras formas de crime, como o estupro, por exemplo.
28.3 - FUNDAMENTAÇÃO LEGAL
A Lei n. 10.224, de 15 de maio de 2001, introduziu no Código Penal o
artigo 216-A, criminalizando o assédio sexual nas relações de trabalho e
de ascendência. Essa lei define o assédio sexual nos seguintes termos:
“Constranger alguém com o intuito de obter vantagem ou favorecimento
sexual, prevalecendo-se o agente da sua condição de superior
hierárquico ou ascendência inerentes ao exercício de emprego, cargo ou
função”, e fixa pena de detenção de um a dois anos para o assediador.
Nos termos da lei em vigor, o sujeito ativo do crime deve ser
necessariamente superior hierárquico, excluindo aqueles que exercem a
mesma função ou cargo inferior. Assim, o que caracteriza o assédio na
legislação brasileira é, principalmente, a relação de sujeição da vítima.
Entretanto, existe a possibilidade de se caracterizar o assédio sexual
também entre colegas do mesmo nível hierárquico, haja vista que o
assediante poderia influenciar, mesmo que indiretamente, na carreira ou
68/79 Manual do Aluno 2023

nas condições de trabalho do assediado (assédio por intimidação).


Exemplo: um caso em que um subordinado fosse o detentor de uma
informação que pudesse prejudicar a carreira do chefe e usa isso como
argumento para assediar o superior.
Também é importante esclarecer que o assédio sexual pode não
acontecer somente nas relações de trabalho ou quando esteja presente o
“vínculo empregatício”. Isso pode acontecer quando um profissional
constrange outrem com o intuito de obter vantagem ou favorecimento
sexual, prevalecendo-se de sua ascendência “inerente ao exercício” de
sua função ou cargo. Exemplo: um instrutor de uma autoescola que
oferecesse vantagem no curso em troca de favores sexuais.
Outro aspecto que deve ficar claro é que não há necessidade da conduta
ser praticada no local de trabalho. O que se exige para configurar o
crime de assédio sexual é que tenha relação com o trabalho. Exemplo:
Uma conduta grave em uma viagem decorrente de um compromisso de
trabalho.
28.4 - EXEMPLOS DE CONDUTAS IMPRÓPRIAS
A configuração do assédio sexual não ocorre apenas por meio de
contato físico, são várias as condutas que podem constituir o assédio.
Não é simples relacionar todas as condutas que podem configurar o
assédio sexual. Como exemplo, entretanto, podem ser citadas as
seguintes ações, quando frequentes e contra a manifesta vontade da
vítima:
a ) tentativa de “compra” de favores sexuais da vítima,
oferecendo benefícios em troca;
b ) contatos físicos propositais e desnecessários (normalmente,
acontecem de forma sutil);
c ) convites ou propostas indecentes ou com conotação sexual;
d ) promessa de demissão ou promoção com conotação sexual;
e ) mensagens eletrônicas com conotação sexual;
f ) insistente “oferecimento” de carona;
g ) exposição de publicações obscenas;
Manual do Aluno 2023 69/79

h ) assuntos picantes ou íntimos;


i ) piadas de conotação sexual;
j ) intimidações ou ameaças;
k ) cantadas mais agressivas; e
l ) gesticulação obscena.
28.5 - SITUAÇÃO DA VÍTIMA
Por diversos motivos, raramente as vítimas denunciam o assédio sexual.
As principais razões são o medo e a vergonha. Muitas vezes, surgem
comentários no sentido de que o assédio tenha ocorrido por culpa da
própria vítima, o que afeta sua idoneidade.
Destacam-se os fatores abaixo:
a ) receio de represálias, retaliações, perda do emprego,
rebaixamento, transferência, exposição ao ridículo frente aos
colegas e familiares;
b ) vergonha perante os colegas e os familiares, afetando, em
alguns casos, a estabilidade conjugal;
c ) tendência a acreditar que não existem maneiras eficazes para
solucionar o problema; e
d ) dificuldades de falar e introspecção, podendo levar à
depressão.
28.6 - SUGESTÕES QUANTO AO QUE FAZER
É importante que se ponderem as consequências de uma atitude
precipitada, em que não se tenha certeza de que esteja ocorrendo o
assédio. Deve-se ponderar sobre a responsabilidade social e legal ao se
fazer qualquer denúncia. Vale lembrar que o ônus da prova recai sobre
quem faz a acusação ou denúncia.
É recomendável avaliar as consequências para as duas partes. O melhor
a ser feito é procurar uma conversa franca e sem animosidades.
70/79 Manual do Aluno 2023

Não restando dúvidas de que se está diante de uma situação em que


estejam presentes fortes indícios de assédio sexual, podem ser adotadas
as seguintes medidas:
a ) levar ao Comandante do Esquadrão;
b ) responder a qualquer questionamento do assediador de
maneira profissional, limitando-se ao estritamente necessário;
c ) manter um relatório detalhado dos acontecimentos e das
evidências que caracterizem o assédio;
d ) NÃO responder mensagens eletrônicas que não tenham
vínculo com o trabalho;
e ) procurar reunir possíveis provas (bilhetes, “presentinhos”,
dentre outros);
f ) comunicar a chefia hierarquicamente superior ao assediador,
se houver;
g ) evitar permanecer sozinho(a) com o assediador no mesmo
ambiente;
h ) dizer “NÃO” ao assediador de forma clara e direta; e
i ) arrolar colegas que possam ser testemunhas.
28.7 - COMO PROVAR
A obtenção de prova para configuração de assédio sexual é bastante
difícil. Condutas com conotação sexual, via de regra, acontecem entre
duas pessoas e às escondidas. Porém, para a punição do assediador,
serão necessárias as provas aceitas no campo jurídico, visto que se está
falando de um crime tipificado em lei. Cabe ressaltar que o ônus da
prova recai sobre a vítima.
Ao serem tomadas providências pela vítima, é importante saber que, em
primeiro lugar, é necessária a clara demonstração do desconforto com a
conduta do assediador, devendo ficar evidente a ausência de
reciprocidade. A sustentação deve ser fundamentada com provas
habitualmente aceitas em Juízo. A palavra da vítima, embora seja
importante, não é acolhida como única prova do assédio.
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Exemplos de provas indiretas que podem ser configuradas através das


atitudes do assediante:
a ) designação para realizar tarefas sem importância ou
incompatíveis com a função;
b ) piadas ou comentários com finalidade de desqualificar o
assediado;
c ) ameaça ou a efetiva transferência para setor de menor
destaque;
d ) discriminação nas ocasiões de recebimento de prêmios ou
bônus;
e ) críticas ou advertências constantes e em público; e
f ) avaliação profissional efetuada de forma negativa.
28.8 - COMO COMBATER O ASSÉDIO SEXUAL NO AMBIENTE
DE TRABALHO
A primeira coisa a se fazer para combater o assédio é procurar manter
um bom ambiente de trabalho; “brincadeiras” tipicamente masculinas
são desnecessárias no trabalho, principalmente quando houver
companheiras no mesmo setor. Igualmente, “piadinhas” e fotos eróticas
são proibidas.
É obrigação da empresa ou da instituição assegurar um ambiente de
trabalho baseado no respeito a todo o seu quadro de colaboradores. O
empregador ou administrador deve considerar a possibilidade de realizar
investimentos na qualificação de pessoal, incluindo a elevação dos
padrões éticos da equipe.
No âmbito do Serviço Público, além do aspecto legal, o assediador pode
receber punições disciplinares, de acordo com o regramento próprio. No
caso dos militares, são aplicáveis o Estatuto dos Militares, o RDAER e
outros regulamentos.
Outra maneira bastante eficaz é a Instituição adotar um “código de ética
ou de conduta” de conhecimento ostensivo e de aplicação compulsória
por todos os seus integrantes e aplicado em conjunto com programas de
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treinamento, campanhas educativas e fixação de regras para apuração de


denúncias.
28.9 - IMPORTUNAÇÃO SEXUAL
Com a ocorrência de diversos casos de importunação sexual em
ambientes públicos, a Lei n. 13.718, de 24 de setembro de 2018, trouxe
alterações no Código Penal. Essa lei tipifica o crime de “Importunação
Sexual”, definindo-o como segue: “Art. 215-A. Praticar contra alguém e
sem a sua anuência ato libidinoso com o objetivo de satisfazer a própria
lascívia ou a de terceiro”.
Outra alteração introduzida por essa lei foi a criminalização da
“Divulgação de cenas de estupro de vulnerável e de cenas de sexo ou de
pornografia”. Essa alteração encontra-se no Art. 218-C:
Oferecer, trocar, disponibilizar, transmitir, vender ou expor à venda,
distribuir, publicar ou divulgar, por qualquer meio – inclusive por meio
de comunicação de massa ou sistema de informática ou telemática –,
fotografia, vídeo ou outro registro audiovisual que contenha cena de
estupro ou de estupro de vulnerável ou que faça apologia ou induza a
sua prática, ou, sem o consentimento da vítima, cena de sexo, nudez ou
pornografia.
A lei prevê aumento da pena caso essa divulgação seja feita por quem
“[...] mantém ou tenha mantido relação íntima de afeto com a vítima ou
com o fim de vingança ou humilhação”.
Alerta-se para as consequências e responsabilidades em relação ao
compartilhamento de vídeos e imagens dessa natureza por meio dos
diversos canais digitais (mídias sociais em seus diversos formatos).
As orientações relativas ao tema “assédio sexual” também são
aplicáveis a este tópico, destacando-se que, diferente do assédio, a
importunação sexual não faz menção a relações de hierarquia.
28.10 - RELACIONAMENTO AFETIVO
Desde que seja observado o respeito aos ditames inerentes à profissão
militar, tais como manutenção da disciplina, do decoro da classe, da
discrição e do pundonor militar (sentimento de dignidade e de respeito
pela profissão), não há impedimento ao relacionamento afetivo.
Todavia, deve-se atentar que NÃO são permitidas quaisquer
manifestações ou evidências de relacionamento afetivo no interior da
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EEAR, visando preservar a imagem da Instituição, dos alunos e o


decoro da classe.
É proibido aos alunos da EEAR manifestarem, explicitamente,
comportamentos decorrentes de relacionamento afetivo por meio de
gestos ou atitudes, tais como mãos dadas, beijos, abraços, apertos de
mão prolongados ou qualquer outro tipo de manifestação de intimidade,
enquanto no interior da EEAR ou de quaisquer outras Organizações
Militares. Ainda que fora do ambiente militar, esta proibição deve ser
observada quando os envolvidos estiverem em missão de representação
(fardados ou à paisana) ou se estiverem fardados (mesmo não estando
em missão de representação).
Não é permitida a permanência de aluno e aluna, sentados ou não, em
locais ermos e com pouca luminosidade, bem como a permanência em
local fechado.
São recomendadas as seguintes práticas:
a ) ponderar a possibilidade de o relacionamento não durar. E,
caso isso ocorra, o convívio com a outra pessoa deverá continuar
de maneira civilizada e produtiva, mantendo-se o profissionalismo
acima de eventuais decepções. No caso do relacionamento afetivo
durante o período de formação, é conveniente cogitar a
possibilidade de que, ao término do Curso ou Estágio, os
envolvidos sejam classificados em localidades diferentes;
b ) avaliar os riscos de eventual ocorrência de gravidez. É
imprescindível que se tenha consciência de que paternidade e
maternidade devem ser assumidas de forma responsável, familiar
e social. Caso isso venha a ocorrer durante o período de formação,
poderá comprometer a conclusão do Curso ou Estágio;
c ) evitar o isolamento do convívio com outros colegas. Os
encontros do casal deverão ocorrer fora do horário do expediente,
observando-se a discrição;
d ) evitar os encontros demorados e trocas de afeto no ambiente
de trabalho ou quando representando a Instituição;
e ) evitar comentários com outros colegas sobre as
particularidades do relacionamento; e
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f ) levar o caso ao conhecimento das respectivas chefias. No


caso do aluno, esta comunicação será feita ao Comandante de
Esquadrão.
Estas normas são aplicáveis fora da EEAR ou em qualquer outra OM,
estando fardado ou não.
Nos licenciamentos, quando estiver fora da EEAR e das OM do
COMAER, o aluno deverá seguir as regras de convívio social aceitas
pela sociedade brasileira. Para tal, deve pautar-se sempre pelas práticas
e normas contidas neste Manual.

29 - CONCLUSÃO
Esta seção não esgota o assunto em virtude de sua complexidade e
grande quantidade de variáveis. Todavia, o conteúdo apresentado é
suficiente para balizar o convívio em ambiente misto por toda a carreira.
Caso permaneça alguma dúvida após essa leitura, ela poderá ser sanada
pelos instrutores.
Por fim, é importante relembrar que a profissão militar exige elevado
grau de comprometimento com os preceitos da ética e dos valores
aceitos pela sociedade, por isso é imposta aos militares a obrigação de
zelar pelo bom nome das Forças Armadas.
Dessa forma, recomenda-se que cada um contribua para que, tanto no
ambiente de trabalho quanto fora dele, seja observado o princípio da
“Valorização do Homem”, valor destacado como lema no âmbito da
Força Aérea.
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30 - ATUALIZAÇÕES E MEMORANDOS
Este anexo tem a finalidade de que cada aluno fique responsável por
manter o seu manual sempre atualizado.
Sempre que for aprovada qualquer alteração de norma de conduta ou
orientação que deva ser aplicada de forma padronizada no âmbito do
CA, haverá uma divulgação por meio de memorando do Comandante do
Corpo de Alunos para cada Esquadrão, o qual, disponibilizará os seus
conteúdos por meio de quadros de avisos.
Nº MEMO DATA SEÇÃO REDAÇÃO
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31 - TELEFONES E ENDEREÇOS

PABX: (12) 2131-7400

Sala do AL de 7687/7688 Esq. Verde 7683


Dia
Oficial de Dia 7699 Esq. Amarelo 7673
Médico de Dia 7494 Esq. Azul 7675
Contra incêndio 8899 Esq. Branco 7677
Hospital – 8489 Esq. Prata 7680
Portaria
Odontoclínica 7501 SOE 8323/5789
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32 - INSÍGNIAS DE POSTOS E GRADUAÇÕES


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33 - PERSONALIDADES DA AERONÁUTICA BRASILEIRA

Marechal do Ar Marechal do Ar Doutor JOAQUIM


EDUARDO ALBERTO SANTOS PEDRO SALGADO
GOMES DUMONT FILHO

Patrono da Força Pai da Aviação e 1º Ministro da


Aérea Patrono da Aeronáutica Aeronáutica
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34 - MISSÃO, VISÃO E VALORES DA FAB

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