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DATA:

OM: 20ºBIB CCAp


HORA:

PERÍODO BÁSICO TURMA:

MATÉRIA: 03. CAMUFLAGEM


ASSUNTOS: 1. Camuflagem;
2. Camuflagem individual;
3. Disciplina de camuflagem;
4. Manutenção da camuflagem;
5. Camuflagem para as operações diurna e noturna.

OBJETIVO:
 Idt os procedimentos básicos da camuflagem;
 Idt materiais adequados para a camuflagem individual;
 Demonstrar as técnicas de camuflagem individual.

LOCAL:

MEIOS AUXILIARES: Quadro mural, kit de camuflagem.

INSTRUTOR: MONITOR(ES):

MEDIDAS ADMINISTRATIVAS:- Preparar o local de instrução


-Limpeza do local de instrução

MEDIDAS DE SEGURANÇA: Evacuar para a formação sanitária do batalhão.

ASSINATURA INSTR: VISTO CMT CCAP:

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SUMÁRIO

I- INTRODUÇÃO
Importância do assunto, algumas considerações iniciais.

II- DESENVOLVIMENTO

1. PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
2. MATERIAIS DE CAMUFLAGEM
3. TÉCNICAS DE CAMUFLAGEM INDIVIDUAL

III- CONCLUSÃO
- Perguntas aos Instruendos sobre os assuntos ministrados.

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MAI E
TEMPO DISTRIBUIÇÃO DO ASSUNTO
OBS

I-INTRODUÇÃO
- A camuflagem compreende uma série de medidas adotadas com o propósito de
ocultar ou disfarçar pessoal, material e instalações da observação terrestre ou aérea
do inimigo.
II- DESENVOLVIMENTO
1. Princípios fundamentais
Para atingir sua finalidade, a camuflagem deve atender a três requisitos básicos:
escolha da posição; disciplina de camuflagem e construção da camuflagem.
a. Escolha da posição
O objeto a ser camuflado deve harmonizar-se com o ambiente onde se
encontra. A aparência do local, tanto quanto seja possível, não deve ser alterada
pela presença de indivíduos, armas ou equipamentos. Na escolha da posição deve-
se, ainda, tomar as seguintes precauções:
1) não permitir que o objeto contraste com o fundo ou se projete no horizonte.
2) evitar a proximidade de pontos notáveis isolados, como árvores, cercas,
casas, etc;
3) usar a Sombra para auxiliar a ocultação.
b. Disciplina de camuflagem
Consiste nos cuidados tomados para evitar que a atividade humana revele ao
inimigo uma posição camuflada.
Uma posição camuflada é facilmente revelada por trilhas e pegadas deixadas
por pessoas, animais ou viaturas. Por isso devem ser utilizadas ao máximo as
estradas, trilhas e caminhos já existentes no terreno. Quando for necessária a
abertura de novos caminhos, estes devem limitar.se ao mínimo indispensável e que
possível, não devem terminar na posição e sim ser prolongados para outro local que
justifique sua existência.
Outros indícios claros de atividade militar são o acúmulo de equipamento, os
detritos e a terra resultante das escavações de tocas, trincheiras e espaldões. Os
equipamentos, armamentos, viaturas e suprimentos devem ser dispersadas
aproveitando ao máximo as cobertas naturais existentes. Os detritos, de ração, latas
vazias, estojos e cunhetes de munição, devem ser cobertos ou enterrados. A terra
retirada das escavações
Deve ser coberta, disfarçada pela vegetação da área ou dispersa de modo a
confundir-se com o terreno adjacente. Esses restos devem ser disfarçados o mais
distante possível da posição camuflada.
O movimento de pessoas pode denunciar uma posição e deve, por limitar-se
ao mínimo indispensável e sempre que possível ser feito à noite ou caminhos
desenfiados e previamente reconhecidos.
Especial cuidado deve ser dispensado à ocultação de objetos brilhantes como vidros
de óculos, pára-brisas e faróis de viaturas, marmitas, relógios, etc.
A noite a disciplina de luzes e ruídos assume importância maior a camuflagem
propriamente dita e a escuridão pode ser utilizada para ocultar atividades e
material. É proibido fumar à noite, nas áreas próximas do inimigo. As lanternas e
outras fontes de luz indispensáveis ao trabalho devem ter sua propagação limitada a
um pequeno facho, sendo usadas, em principio, em ambientes fechados (barracas,
abrigos cobertos ou sob um poncho).
c. Construção da camuflagem

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Procura-se alterar as formas conhecidas e fazer com que o objeto se
confunda com o terreno adjacente (dissimulação) ou oculta-se o objeto das vistas
do inimigo atrás de um anteparo, como rede de camuflagem, telheiro, etc
(mascaramento). Em ambos os processos, deve-se observar o seguinte:
1) não permitir que a sombra projetada pelo objeto ou pela camuflagem
denuncie a posição; para tal é necessário que todo o contorno do objeto seja
modificado
2) a cor e a tonalidade do objeto e de sua camuflagem não devem contrastar
com o meio onde se encontra, a fim de não atrair a atenção do inimigo.
3) não se deve usar material de camuflagem em demasia, pois os objetos e
suas sombras tornar-se-ão muito escuros e o conjunto parecerá volumoso, o que
poderá despertar suspeitas.

2. Materiais de camuflagem
Podem ser naturais ou artificiais.
a. Materiais naturais - são aqueles encontrados na
própria região, tais como vegetação (cortada ou viva) entulhos, destroços, terra, areia,
cascalho e grama.
A vegetação cortada deve ser empregada de modo a apresentar-se seu
aspecto natural, com a superfície superior das folhas e as pontas dos galhos para
cima e os talos para baixo.
Outro cuidado importante quando se utiliza vegetação cortada é a sua
substituição freqüente, antes que a folhagem murche o suficiente para mudar de cor
e aspecto.
A grama deve ser usada em forma de placas de leiva, retiradas das
superfícies escavadas nos trabalhos de fortificação de campanha ou colhida de
áreas distantes da posição a ser camuflada.
b. Materiais artificiais
São aqueles produzidos com a finalidade de serem empregados na
camuflagem, como tintas, redes, telas e tecidos especiais.

3. Camuflagem do combatente.
a. Capacete - Por sua forma características, o capacete é uma das partes do
equipamento do soldado que mais se distingue e deve, portanto, ser objeto dos
primeiros cuidados na camuflagem individual. Diversas são as maneiras de
desfigurar o capacete e eliminar o seu brilho.
A pintura direta de figuras irregulares sobre a superfície do capacete é uma
dessas maneiras. Devem ser usadas tintas foscas nas cores e tonalidades adequadas
ao ambiente onde se vai atuar.
Para diminuir o brilho é conveniente utilizar areia ou serragem, a fim de
deixar a pintura rugosa e opaca.
As coberturas de tecido que normalmente são distribuídas com os
uniformes camuflados são um meio prático e rápido de desfigurar o capacete.
Pode-se também improvisar coberturas semelhantes, usando-se peças velhas do
uniforme ou outros tecidos grosseiros, como sacos de aniagem. Pequenos furos no
tecido ajudarão na fixação de folhas e ramos ao capacete, melhorando a
dissimulação.
Elásticos podem ser empregados para a fixação de guarnições de material
natural ou artificiais ao capacete. Esses elásticos são facilmente improvisados com
tiras de borracha de câmara de ar. Um pedaço de rede de camuflagem afixado sobre
o capacete, também dará o mesmo resultado. É importante evitar que a folhagem
fique em pé, como "penas de um cocar", pois o menor movimento de cabeça

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resultará em uma grande agitação das folhas.
Pode-se combinar alguns desses diferentes processos para se obter uma
desfiguração mais perfeita, desde que não se peque pelo uso excessivo de material.

Certo Errado
Cuidado para não parecer um índio.

b . Uniforme.
O uniforme camuflado, por si só, não é suficiente para fazer com que o
soldado "desapareça do terreno". É necessário que seja utilizado de acordo com os
princípios fundamentais da camuflagem. O próprio uniforme verde oliva de
campanha adapta-se à maioria dos terrenos e, a partir dele, o combatente pode
improvisar um uniforme camuflado, usando corantes, barro, carvão, ou outros
materiais de que dispuser. O importante é que sua roupa se pareça mais com o
terreno do que com um uniforme.
c. Equipamento.
Equipamento individual de lona é fosco e, normalmente, confunde-se bem com o
terreno. Esse material, no entanto, pode desbotar com certa facilidade tornando-se
necessário escurecê-lo, usando os mesmos materiais já citados na camuflagem do
uniforme. O material de náilon, por sua vez, dificilmente perde a cor, mas seu
aspecto é pouco natural e ligeiramente brilhante. Esse brilho deve ser eliminado
usando-se lama, barro ou poeira. As pequenas peças metálicas do equipamento, tais
como fivelas, grampos e mosquetões, com o uso, podem perder o revestimento
fosco e adquirir um certo brilho.
Essas peças deverão, então, ser cobertas com panos ou com fita isolante. O
cantil, o caneco, a marmita, os talheres e outros objetos brilhantes devem ser
mantidos em seus estojos de lona ou de náilon, a fim de não ocasionarem reflexos
ao sol.
d. Pele
A camuflagem da pele tem por finalidade ofuscar o brilho natural, reduzir
o contraste da tonalidade entre a pele e a vegetação circundante e eliminar as linhas
nítidas do rosto, como os olhos, sobrancelhas e boca (linhas horizontais) e (linha
vertical). Mesmo as peles escuras têm reflexos, devido ao suor e à oleosidade
natural.
Para a pintura da pele são usados bastões de camuflagem, distribuídos,
normalmente, nas cores preto e verde no mesmo tubo. O rosto deve ser pintado de
ambas as cores e com desenhos irregulares, de forma a quebrar seus contornos
nítidos. Nas ações noturnas usa-se apenas a tinta preta, escurecendo todo o rosto de
maneira uniforme. Não se deve esquecer a camuflagem das mãos, da nuca e do
pescoço.
Quando não se dispuser de bastões de camuflagem, podem ser usadas
rolhas de cortiça queimadas, fuligem ou carvão. O barro deve ser evitado e só
usado em situações de emergência, mesmo assim depois de aprovado pelo oficial
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médico, porque poderá conter bactérias nocivas à saúde.
É interessante notar que o barro muda de cor enquanto seca, bem como
pode descascar a pele ao cair ou ao ser retirado.
Ao ser aplicada a camuflagem, deve-se empregar o sistema de duplas;
trabalhando aos pares, os homens poderão se ajudar mutuamente.
e. Armamento
A camuflagem das armas portáteis é feita guarnecendo-as com tiras de tecido
grosseiro ou folhagem, para desfazer a regularidade do contorno. Lama ou barro
podem servir para ofuscar as partes brilhantes da coronha ou do cano do fuzil.
Todo cuidado deve ser tomado para que a camuflagem não interfira no
funcionamento e no emprego tático da arma.

III- CONCLUSÃO
- Perguntas aos Instruendos sobre os assuntos ministrados.

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