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CAPÍTULO 5
TÉCNICA DE TIRO DA METRALHADORA A GÁS 7,62 mm
5.1 - INTRODUÇÃO
A técnica de tiro abrange os princípios de emprego e os métodos existentes para se
engajar os alvos da metralhadora.
5.2 - PRINCÍPIOS DE EMPREGO
A máxima eficiência no emprego de metralhadoras pode ser obtida pela aplicação dos
seguintes princípios: Emprego por Seção; Cruzamento de Fogos; Coordenação de
Fogos; Apoio Mútuo; Desenfiamento; Enfiamento; Economia de Fogo e Segurança.
5.2.1 - Emprego por Seção
O emprego de metralhadoras por seção (duas Mtr) assegura um elevado e contínuo
volume de fogos. Esse emprego provê maior capacidade de engajar eficientemente
alvos de grande largura e profundidade, daquela que uma peça isolada poderia
proporcionar com eficácia. O emprego por seção proporciona, ainda, a oportunidade
para realizar fogo contínuo com uma peça enquanto outra peça está envolvida em
sanar uma interrupção, avaria ou defeito ocasionados por um incidente ou acidente
de tiro.
5.2.2 - Cruzamento de Fogos
Assegurar que o setor de tiro atribuído a uma peça cruze fogos com o setor designado
a outra peça previne a existência de brechas nas linhas amigas que possam ser
exploradas pelo inimigo para se aproximar e atacar as posições amigas. A eficácia
dos fogos é ampliada apropriadamente por meio do emprego de obstáculos e de
fogos de outras armas entre as posições amigas e inimigas.
5.2.3 - Apoio Mútuo
Nenhuma peça de metralhadora deve ser posicionada isoladamente. Metralhadoras
devem ser posicionadas aonde as peças possam se apoiar por meio de seus fogos, de
modo que os fogos desencadeados por uma peça possam auxiliar a repelir ataques
inimigos a outra peça. Um aspecto importante do apoio mútuo é a segurança. Em
algumas situações, pode ser necessário o emprego de outras armas orgânicas do
BtlInfFuzNav, para garantir que uma peça possa proporcionar apropriado apoio
mútuo a outra.
5.2.4 - Desenfiamento
As metralhadoras devem ser empregadas em posições desenfiadas. Ao se posicionar
c) Ceifa em largura
É um tiro tal que a zona batida é suficiente para cobrir a profundidade do alvo,
mas não a largura, por isso necessita de sucessivas mudanças na direção da
arma. Este tipo é empregado contra alvos demasiadamente largos para serem
batidos pelos tiros fixos. A frente de uma tropa em linha, as trincheiras e a orla
de um bosque são exemplos de alvos para este tiro (Fig 5.4).
d) Tiro escalonado
É um tiro tal que a zona batida não possua largura nem profundidade para cobrir
o alvo requerendo, portanto, modificações sucessivas na arma, tanto em direção
como em elevação. Este tiro é empregado contra alvos cujo eixo maior é oblíquo
à direção do alvo, quando a diferença entre a extremidade mais distante e a mais
próxima é maior que a profundidade da zona batida. Um exemplo de alvo para
este tipo de tiro é uma linha ou coluna de Atiradores deslocando-se
diagonalmente em direção à arma.
b) Tiro de flanco
É o tiro no qual o eixo maior da zona batida é paralelo à frente do alvo. É eficaz
contra um alvo, tal como: o flanco de uma tropa em linha (Fig 5.7).
ficam determinadas por sucessivos ângulos de 45 graus. São eles: frente direita,
flanco direito, retaguarda, flanco esquerdo e frente esquerda.
Um dos melhores métodos de se designar alvos indistintos é usar pontos de
referência sucessivos. O Atirador é conduzido passo a passo, indicando-se os
pontos sucessivos de referência, até que o seu olhar seja posto sobre o alvo. Por
exemplo: “REFERÊNCIA: CASA DE TELHADO VERMELHO” (uma barreira,
centro de barreira ou portão); “ALVO: UMA METRALHADORA NA ORLA DO
CAMPO”. A referência precede a descrição do alvo.
c) Descrição
Uma breve descrição, usualmente uma ou duas palavras, é tudo que se necessita
para descrever um alvo; porém, deve ser criada na mente do Atirador uma
imagem do alvo a ser atingido. Por exemplo: “COLUNA DE HOMENS” -
“AQUELA BARREIRA” - “LINHA DE ATIRADORES”.
5.6.2 - Atirando
Atirando com a arma é um método rápido, seguro e simples de se designar um alvo.
Para fazer isso, o chefe vai para a arma carregada com munição comum, traçante ou
então com ambas, registra a alça correspondente a distância que estimou e então
anuncia a viva voz para a sua unidade a direção e o tipo de tiro. Por exemplo:
“FRENTE DIREITA” - “OBSERVEM MEUS TIROS” ou “OBSERVEM MEUS
TRAÇANTES”. Ele então dá alguns disparos e completa a designação oralmente. A
desvantagem deste método é que a posição da arma é revelada, assim como perde-se
o efeito surpresa e do choque.
5.6.3 - Apontando com a arma
Quando se designa o alvo apontando a arma, o Comandante da Seção ou CP anuncia
a distância e a direção, vai a cada arma e aponta-a para o alvo completando a
designação oralmente. Este método tem a vantagem de não se sacrificar o efeito da
surpresa.
5.7 - AVALIAÇÃO DE DISTÂNCIAS
A determinação das distâncias é de grande importância, pois habilita a peça de
metralhadora a fazer um fogo eficaz. É necessário que todas as armas atinjam o alvo
com a primeira rajada e isto só é possível se a distância for determinada corretamente.
Há cinco métodos de se determinar as distâncias: à vista, medindo-se em uma carta ou
fotografia aérea, atirando com a arma, por meio de outra unidade e utilizando-se
instrumentos.
5.7.1 - Avaliação à vista
Este método consiste em se medir a distância aplicando-se a unidade correspondente
a 100 m. Isto requer perfeita familiaridade com a unidade que se está aplicando,
como ela aparece nas diversas espécies de terreno sob as várias condições de
visibilidade. Neste processo pode-se empregar também distâncias já conhecidas tais
como: linhas de postes, alta tensão, etc.
5.7.2 - Medindo em carta ou fotografia aérea
Aplicando este método, a primeira rajada normalmente poderá não cair sobre o alvo.
Isto acontece porque as cartas e as fotografias aéreas possuem imprecisões. As
vantagens de sua utilização é que são facilmente obtidas, constituem um método
razoavelmente preciso e, muitas vezes, é a única maneira de se conseguir avaliar as
distâncias em combate.
5.7.3 - Atirando
É um dos métodos mais precisos e seguros de se determinar as distâncias. A sua
desvantagem é que a posição da arma é revelada, aumentando o perigo da guarnição
ser descoberta.
5.7.4 - Por meio de outra unidade
As distâncias dos acidentes de terreno geralmente podem ser obtidas das unidades
adjacentes ou de unidades que estejam sendo substituídas. Neste último caso, a tabela
de alcance que já tenha sido preparada pode ser utilizada.
5.7.5 - Utilizando instrumentos
Há vários instrumentos, como binóculos, GPS ou telêmetro laser, que podem ser
utilizados para medir as distâncias.
5.7.6 - Condições que influenciam a avaliação das distâncias
Serão mostradas a seguir algumas das condições que influenciam na avaliação de
distâncias.
a) Alvo parece mais próximo
O alvo parece estar mais próximo e se faz uma avaliação inferior à distância real
quando:
- quando é visto sob luz muito forte;
- a cor do alvo contrasta com o fundo;
- é visto sobre a água, neve ou superfície uniforme como campos de trigo ou
desertos;
- é visto de cima de uma depressão, cuja parte maior não é visível;
- é visto ao longo de uma reta ou linha férrea; e
- é visto no sopé de uma elevação, olhando-se de cima da mesma.
b) Alvo parece mais distante
O alvo parece estar mais distante e se faz uma avaliação superior à distância real
quando:
- é visto de cima de uma depressão, cuja parte maior é visível;
- somente uma pequena parte do alvo está exposta;
- há pouca luz, neblina ou ainda se estiver chovendo;
- a cor do alvo se confunde com o fundo;
- é visto no alto de uma elevação, olhando-se do sopé da mesma; e
- há árvores, tocas, vegetação etc., interpostas entre o observador e o alvo.
Deve ser praticada a avaliação de distâncias sob as várias condições acima
mencionadas.
5.8 - DISTRIBUIÇÃO DO TIRO
O tiro para ser eficaz deve ser distribuído sobre todo o alvo e variará com as dimensões
do alvo. Assim os alvos podem ser classificados da seguinte forma:
5.8.1 - Tipo ponto
São os alvos que não têm largura e comprimentos maiores que os da zona batida no
terreno em que estão localizados. Os alvos tipo ponto devem ser batidos pelo tiro
fixo.
5.8.2 - Tipo largo
São os alvos que possuem largura maior do que a da zona batida.
- Quando a Seção de Metralhadoras bate, de frente, um alvo cuja largura é menor ou
igual a 50 milésimos e o comprimento é menor que o da zona batida, usa-se a ceifa
em largura. Inicialmente, cada peça é apontada para um ponto imediatamente após
a extremidade do seu lado correspondente no alvo (cerca 2 milésimos à direita ou à
esquerda); seu tiro é ajustado naquele ponto e é cruzado através do alvo, até um
ponto situado imediatamente após a extremidade do lado correspondente a outra
peça (cerca 2 milésimos à direita ou à esquerda). Cada peça desloca seus tiros
(incrementos de 2 a 4 milésimos) de um lado para outro entre estes tais pontos, a
fim de cobrir todo o alvo.
- Quando uma Seção de Metralhadoras bate um alvo de frente, cuja largura é maior
que 50 milésimos e o comprimento é menor que o da zona batida, o comandante da
seção determina uma parte do alvo para cada peça. Cada arma faz a ceifa em
largura, cobrindo a parte do alvo que lhe foi atribuída. Cabe ressaltar que o alvo
poderá ser dividido equitativamente entre as peças ou não. No caso de cada
metralhadora disparar contra uma metade do alvo, normalmente, emprega-se o
seguinte comando: “1a PEÇA; 1 a METADE/2 a PEÇA: 2 a METADE”. Um exemplo
de comando de tiro em que o alvo não é dividido equitativamente entre as peças é
apresentado a seguir: “1 a PEÇA: 1o TERÇO/2 a PEÇA: 2 TERÇOS” (Ver exemplos
de Comandos de Tiro - inciso 5.12.5).
- Se os flancos de um alvo tipo largo são invisíveis para o Atirador, este alvo pode
ser designado atirando-se com a metralhadora ou com o fuzil, colocando a arma em
posição ou utilizando um ponto de referência que seja visível e próximo ao alvo.
Neste último caso, a designação desse alvo é executada anunciando-se o
afastamento do alvo em milésimos à direita ou à esquerda do ponto de referência.
- No caso de alvo tipo área engajado por duas ou mais seções de metralhadoras, em
princípio, deve-se bater o alvo como um todo por todas as seções, de maneira a
obter melhor eficácia do tiro. No caso do alvo necessitar ser divido entre as seções
são empregados procedimentos descritos acima.
5.8.3 - Tipo profundo
É aquele cujo comprimento é maior do que o da zona batida. Para este tipo de alvo
utiliza-se a ceifa em profundidade, realizada por uma peça ou por uma seção.
a) Por uma peça
A peça é apontada para a extremidade do alvo que se encontra mais próxima e em
seguida faz a ceifa em profundidade até que todo o alvo tenha sido coberto.
b) Por uma seção
Se o alvo está parado e suas extremidades são visíveis aos Atiradores, a primeira
peça é apontada para a extremidade mais próxima e em seguida faz a ceifa em
profundidade, aumentando a elevação da arma. A segunda peça é apontada para a
extremidade mais distante e faz a ceifa em profundidade, diminuindo a elevação
da arma.
Alvos profundos não são divididos quando se emprega uma seção de
metralhadoras. Ambas as peças de uma seção disparam no alvo como um todo,
- sem modificar a inclinação do cano (que está apontando para o alvo com a alça
para a distância correspondente a que ele se encontra), graduar a alça para a
distância do ponto escolhido, acrescida de 550 m. Caso a soma seja inferior a
1350 m, graduar a alça para esta distância. Nunca se deve graduar a alça para
menos de 1350 m; e
- verificar o ponto onde a linha de visada toca o terreno.
Se a linha de visada cair sobre o ponto escolhido, este será o limite de segurança
e as tropas podem avançar sem perigo até este ponto;
Se cair antes do ponto escolhido, as tropas só avançarão com segurança até o
ponto onde a linha de visada toca o terreno; e
Finalmente, se cair após do ponto escolhido, as tropas que avançarem até este
ponto, o farão com segurança.
Só é desejável atirar depois que as tropas amigas avançarem para um ponto mais
distante, deve ser determinado um novo ponto, testando-se novos pontos
escolhidos, até que a linha de visada e o ponto escolhido coincidam no terreno
(Fig 5.10).
50 m ________________________ 2,0’’’
1250 m_______________________ 24,70’’’
b) Determinar a alça mínima para 840 m
A alça mínima para 900 m é de 12,85’’’ e para 800 m é de 10,24’’’.
A diferença é de 2,6’’’.
900 m _______________________ 12,85’’’
800 m _______________________ 10,24’’’
100 m _______________________ 2,61’’’
Se 100 m correspondem a 2,6’’’, 40 m corresponderão a x’’’.
100 m________________________ 2,6’’’
40 m ________________________ x’’’
x = 40 x 2,6 x = 1,0’’’
100
Como a alça mínima para 800 m é de 10,24’’’, a de 840 m será de:
800 m _______________________ 10,24’’’
40 m ________________________ 1,0’’’
840 m _______________________ 11,24’’’
O procedimento para este tipo de exercício será o mesmo para quaisquer valores
intermediários da tabela de tiro.
5.12 - COMANDOS DE TIRO
Os Comandos de Tiro se subdividem em Comandos Iniciais de Tiro e Comandos
Subsequentes.
Os Comandos Iniciais de Tiro são ordens verbais transmitidas a uma seção ou peça de
metralhadora visando a prepará-la para engajar um ou mais alvos designados.
Comandos Subsequentes são todos os comandos que seguem ao Comando Inicial de
Tiro de uma missão de tiro específica. Estes comandos são empregados para regulação
ou para ajustagem do tiro e se constituem de correções introduzidas no disparo inicial
à luz dos impactos observados. Incluem ainda os comandos intermediários e final de
cessar fogo.
Um comando de tiro correto é aquele tão breve e claro quanto possível e emitido na
sequência em que devem ser executadas as ações necessárias ao seu cumprimento.
Quatro elementos básicos constituem os Comandos Iniciais de Tiro: ordem de alerta,
designação do alvo; distribuição do tiro e controle de tiro. Estes elementos poderão ser
enunciados, submetidos ou subentendidos, conforme o caso.
disponibilidade de munição.
A cadência de tiro é selecionada por meio do ajuste do regulador do cilindro de
gases que possui as posições 1, 2 e 3 (Fig 5.11). As cadências de tiro são as
seguintes:
- Normal - de 600 a 800 tiros por minuto - Posição 1; e
- Rápida - de 800 a 1000 tiros por minuto - Posição 3.
- FRENTE ESQUERDA;
- LINHA DE ATIRADORES;
- CEIFA EM LARGURA;
- CADÊNCIA NORMAL; e
- ABRIR FOGO.
c) Alvo tipo largo (largura acima de 50 milésimos)
- ATENÇÃO! 3ª SEÇÃO;
- MISSÃO DE TIRO;
- OITO ZERO ZERO;
- FRENTE DIREITA;
- ALVO:ATIRADORES ENTRINCHEIRADOS;
- 1ª PEÇA: METADE DIREITA;
- 2ª PEÇA: ESQUERDA 2/3;
- CEIFA EM LARGURA;
- CADÊNCIA RÁPIDA; e
- ABRIR FOGO.
d) Alvo tipo profundo
- ATENÇÃO! 1ª PEÇA;
- ALVO MÓVEL;
- CINCO ZERO ZERO;
- FRENTE ESQUERDA;
- ALVO: PATRULHA INIMIGA;
- CEIFA EM PROFUNDIDADE;
- CADÊNCIA RÁPIDA; e
- ABRIR FOGO.
e) Alvo tipo oblíquo
- ATENÇÃO! 2ª PEÇA;
- MISSÃO DE TIRO;
- SETE ZERO ZERO;
- FRENTE;
- REFERÊNCIA: EXTREMIDADE ESQUERDA DO GRUPO DE ÁRVORES,
CRISTA DE COLINA;
- ALVO: LINHA DE ATIRADORES;
- ESCALONADO;
- CADÊNCIA: NORMAL; e
- AO MEU COMANDO: ABRIR FOGO.
Nota: Sempre que se empregar “REFERÊNCIA”, a descrição de alvo deverá vir
precedida da palavra “ALVO”.
5.13 - ROTEIRO DE TIRO
É um esboço orientado de um setor de tiro, mostrando os elementos que facilitarão à
execução correta do tiro, principalmente em períodos de visibilidade reduzida.
Os roteiros de tiro são preparados para a metralhadora cobrir seu setor de tiro. Um
limite do setor de tiro, em uma situação defensiva, usualmente incluirá a barragem
principal. Dentro do setor de tiro, são determinados elementos de tiro para todos os
prováveis alvos e pontos chaves, tais como entroncamento de estradas e outros
acidentes do terreno (Fig 5.12). Os elementos consistem de um simples esboço ou
descrição de cada alvo, com anotações tais como: direção, elevação e distância
necessária para engajá-los.
Os roteiros de tiro são preparados em duas vias para a posição principal,
imediatamente após sua ocupação e posteriormente para as posições de muda e
suplementar. Uma via do roteiro de tiro permanece na posição da Seção de
Metralhadoras e a cópia deve ser enviada ao CmtPelPtr, o qual anota as informações
essenciais em seu mapa tático.
5.14 - ELEVAÇÃO
Para apontar a arma em elevação, é necessário o conhecimento dos seguintes
fundamentos de pontaria indireta e do uso da tabela de tiro:
5.14.1 - Ângulo de Sítio
Quando a arma e o alvo não estão na mesma altura, um ângulo adicional deve ser
tomado em consideração.
Este é um ângulo vertical, formado pela linha de sítio e a linha horizontal que passa
pela boca da arma. Ele é chamado ângulo de sítio (AS). Se o alvo estiver mais
elevado que a arma, o AS será positivo; caso contrário será negativo.
5.14.2 - Ângulo de Elevação
Quando o projétil inicia seu curso no prolongamento do eixo da alma e então, em
virtude dos fatores que influenciam na trajetória, cai em curva gradual, será
necessário elevar o eixo da alma acima da linha de sítio, a fim de bater um alvo a
uma dada distância. O ângulo vertical acima da linha de sítio através do qual o
eixo da alma deverá ser elevado, de modo que o projétil atinja o alvo é chamado
ângulo de elevação (AE). Portanto, o AE é sempre positivo e aumenta com os
acréscimos de distância. A variação de aumento do AE para distâncias de 100 até
1800 m é fornecida por meio da tabela de tiro. Exemplo: para se bater um alvo
distante 1200 m da posição ocupada pela metralhadora, é necessário elevar a arma
de modo que a alma forme um ângulo de 22,70’’’ com a linha de sítio.
5.14.3 - Elevação do Quadrante
O ângulo de elevação do quadrante (QE) é o ângulo formado pela linha que se
estende do eixo da alma, na direção do alvo, e a alma horizontal que passa pela
origem das trajetórias. O QE é positivo sempre que a arma estiver apontada acima
da horizontal e será negativo sempre que a arma estiver apontada abaixo da
horizontal. O QE é a soma algébrica do AE e do AS, isto é, se o AS é positivo ele é
adicionado ao AE e se o AS é negativo ele será subtraído do AE.
QE = AE + /- AS
Vejamos então as três situações em que poderemos enquadrar o QE:
Dados:
Distância para o alvo: 700 m
Frente do alvo: 2,5 m
- QE quando a arma e o alvo estão no mesmo plano horizontal que a arma, esta
deverá ser elevada para formar um ângulo de 8,05’’’ com a linha de sítio, uma vez
que: 8,05’’’ é o AE para a distância de 700 m. O AS é o 0 (zero), pois a linha de
sítio coincide com a horizontal. Consequentemente, o QE é 8,05’’’, ou seja, a
soma algébrica de AE = 8,05’’’ e AS = 0’’’ (Fig 5.13).
- QE quando o alvo está mais alto que a arma. Se o alvo está a uma distância de 700
m e mais alto que a arma, para que este possa batê-lo deve atirar com o ângulo
igual ao AE mais o AS para a distância determinada, de modo que a arma seja
apontada com um QE de 8,05’’’ mais 3,5’’’, ou QE = 11,55’’’ (Fig 5.14).
- QE quando o alvo está mais baixo que a arma. O alvo está a uma distância de
700 m, porém mais baixo que a arma. Para que se possa batê-lo, este deve atirar
com um ângulo igual ao AE menos o AS para a distância determinada. Logo, a
arma deve ser apontada com um QE = 4,55’’’, ou seja, a soma algébrica de AE =
8,05’’’ e AS = - 3,5’’’. A Fig 3-14 ilustra um caso em que o QE é negativo. O
Fig 5.16 - Alvo mais baixo que a arma - QE Negativo (eixo da alma abaixo da horizontal)
1ª Peça 2ª Peça
F = 20 m + 5 m F = 8 m + 20 m
F = 25 m F = 28 m
D = 700 m D = 700 m
n=F n= F
D D
n = 25 n = 28
0,7 0,7
n = 36’’’ n = 40’’’
RESPOSTA:
a) 1ª Peça: 36’’’
2ª Peça: 40’’’
b) 1ª Peça: Direita 36’’’
SETE ZERO ZERO
2ª Peça: Direita 40’’’
SETE ZERO ZERO