NOTA DE AULA

TÉCNICA DE MATERIAL

Mrt L 60 mm HOTCHKISS
 Introdução
a. O morteiro leve 60 mm foi projetado para acompanhar as frações de Infantaria em todas as fases
do combate e provê-las com um eficaz apoio de fogo.
b. O morteiro dispara uma granada alto-explosiva TDA (Thomson –CSF – Daimler – Benz –
Aerospace) a uma distancia de 2000 metros e pode engajar, sem demora, qualquer uma arma
hostil que surja repentinamente.
c. Alem disso, suas granadas iluminativas, fumígena e alto-explosiva colorida possibilitam iluminar
o campo de batalha, assinalar um objetivo, cegar momentaneamente um posto de observação
inimigo ou trocar sinais visuais com as unidades vizinhas.
d. Graças às suas principais características – leveza, precisão e robustez – o morteiro leve 60 mm é
primordialmente uma arma de apoio de fogo dos Pel Fzo.

Características
1. Alma: Lisa (sem raiamento)
2. Trajetória: Tiro curvo
3. Carregamento: Antecarga (pela boca)
4. Dados Gerais da arma:
a. TUBO
(1) Calibre .................................................................60 mm
(2) Comprimento do tubo e culatra..........................724 mm
b. MECANISMO DE ELEVAÇÃO
(1) Ângulo de elevação...........................................40º a 85º
c. MECANISMO DE DIREÇÃO
(1) campo de tiro horizontal com a braçadeira a 230 mm da boca

Ângulo de elevação 45º 50º 60º 70º

Campo de tiro (milésimos) 235 260 290 345

d. MECANISMO DE NIVELAMENTO TRANSVERSAL

Permite que o morteiro possa ser nivelado mesmo em declives acentuados
e. PRESSÃO NO TUBO
(1) Pressão normal com carga 4 ..............................290 Kg/cm2
(2) Pressão normal com carga 4+S ..........................410 Kg/cm2

1
* Morteiros de fabricantes diferentes apresentam capacidades desiguais de suportar a pressão no tubo
e, por isso, não se deve utilizar a Gr de um Mrt em outro de fabricante diferente, a menos que as
especificações técnicas sejam idênticas e que haja autorização do escalão competente para isso.

f. PESO
(1) Tubo .................................................................3,9 Kg
(2) Placa-base..........................................................6,4 Kg
(3) Bipé ..................................................................5,4 Kg
Total ......................................................................15,7 Kg
g. APARELHO DE PONTARIA
(1) Peso ........................................................................0,49 Kg
(2) Campo de tiro horizontal……………………..…...6400```
h. ALCANCE MAXIMO = DE UTILIZAÇÃO
(1) Granada Alto – Explosiva MK 61………………..2050 m

Partes Principais

1.TUBO
(1) De alma lisa, é feito de aço especial de cromo níquel.

(2) A extremidade posterior do tubo possui uma rosca na qual é atarraxada a culatra.

1.1 CULATRA
De aço fica atarraxada ao tudo. O percutor é atarraxado pela extremidade esférica da culatra,
projetando 1,5mm de sua ponta na base da câmara. A percussão é feita pela gravidade.

2.PLACA-BASE
a. A placa-base possui formato semelhante ao de um triângulo eqüilátero suportada por três
nervuras formando o desenho de uma Estela em torno de um cone central e terminado em três
garras.
b. No centro da placa-base existe um alvéolo (munhão esférico) este é fixado por um retém.
c. O seu formato permite uma excelente estabilidade e possibilita o tiro em todas as direções.
d. A alça de transporte auxilia no transporte do morteiro.

3. BIPÉ
Composto por:
a. Pernas
b. Mecanismo de direção
c. Mecanismo de elevação
d. Amortecedores
e. Mecanismo de nivelamento transversal
f. Braçadeira de pressão
a.Pernas

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 (1) Feitas de duralumínio são fixadas na parte superior do bipé por placas e articuladas por um
pino.
(2) Na sua extremidade inferior estão afixadas as sapatas e feitas de liga leve. A distância entre as
sapatas é ajustável e pode ser limitada por uma corrente.
b.Mecanismo de direção
(1) Composto de uma manivela uma forquilha feita em liga leve e uma porca na qual move-se o
parafuso de direção. Em caso de impacto, o parafuso pode suportar um desvio este desvio é
limitado por uma porca de apoio que protege o mecanismo de possíveis folgas.
(2) O parafuso é o sistema de absorção automático eliminam qualquer movimento radial ou axial
do mecanismo de direção.
(3) O entalhe que serve para encaixar o aparelho de pontaria, é localizado na extremidade esquerda
da forquilha e é feito de aço moldado.
c.Mecanismo de elevação
(1) Composto por um tubo-guia de liga leve no qual se move o parafuso de elevação. A caixa de
engrenagem serve como pivô para que as pernas se fechem. Na caixa de engrenagem existe uma
coroa dentada que, acionada por uma manivela, dirige o movimento do parafuso e da porca de
elevação.
d. Amortecedores
(1) Os amortecedores formam uma conexão entre o tubo e o bipé e ligam a braçadeira ao
mecanismo de direção.
(2) Os amortecedores estão distribuídos simetricamente em torno da linha central do morteiro e são
constituídos de:
(a) um tubo-guia simples, e
(b) um amortecedor telescópico de dupla ação.

e. Mecanismo de Nivelamento Transversal

(1) Nivelamento aproximado

(a) Obtém-se através de uma haste que desliza dentro de uma peça de ligação fixada ao tubo-guia e que
permite realizar grandes correções de nivelamento.
(b) A haste é travada por meio de um volante (volante de travamento).
(2) Nivelamento preciso
(a) Obtém-se agindo na manga de chamada que se move ao longo da perna esquerda e permite o
nivelamento preciso.
f. Braçadeira de pressão (Fixação rápida)

(1) Consiste de dois componentes de liga leve articulados por um pino.

(2) A braçadeira é fixada ao tubo por meio de uma alavanca que aciona um conjunto de pressão,
permitindo uma pressão constante.

4. APARELHO DE PONTARIA

O aparelho de pontaria consiste de:

a.Mecanismo de Pontaria em Direção
b.Mecanismo de Pontaria e Alcance
c.Suporte do Conjunto
DESMONTAGEM E MONTAGEM DO Mrt L

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 1. Desmontagem: A única parte do morteiro que pode ser desmontada pela guarnição da peça é o percutor.
Basta desparafusar.
2. Montagem: Após a lubrificação do percutor, deve-se aparafusar o mesmo, apertando bem firme.
ESTA É A ÚNICA DESMONTAGEM PERMITIDA À GUARNIÇÃO DA Pç.

ACESSÓRIOS E SOBRESSALENTES
Ferramentas e equipamentos necessários ao tiro, a Mnt e ao transporte do Mrt, são os seguintes:

1. Haste de limpeza
2. Clinômetro com estojo de couro
3. Prumo com cordel
4. Extrato de cartuchos
5. Estojo de couro com alça para acessórios
6. Coifa de boca com bandoleira
7. Bandoleira de couro para bipé
8. Escova de nylon com porta escopa
9. Recipiente para óleo ou querosene
10. Graxeira tipo bomba
11. Chave para atarraxar espoleta
12. Chave Hallen 3 mm
13. Chave para espoleta VI 9
14. Pino oco
15. Arruela
16. Parafuso HC 6 x 10 SI
17. Parafuso C5 x 10 SI
18. Cabo de desmontagem
19. Percutor
20. Jogo de manuais [01 (um) manual de operação, 01 (um) manual de manutenção e 01 (um) catálogo de
acessórios]
21. Bolsa de munição para carregar as granadas
22. Uma caixa de madeira para acondicionar todo o equipamento
23. Um estojo para aparelho de pontaria
24. Uma chave de fenda

TIPOS DE MUNIÇÃO DO Mrt L

a. Granada Alto Explosiva
b. Granada Fumígena
c. Granada Alto Explosiva Colorida
d. Granada de Exercício
e. Granada Iluminativa
f. Granada de Manejo

a- GRANADA ALTO-EXPLOSIVA MK 61
A granada é feita de ferro fundido maleável.
1. Características:

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 (1) comprimento total...........................................307,5mm
(2) peso total.........................................................1,720kg
(3) peso do corpo.................................................. 1,220 kg
(4) peso do TNT......................................................0,260kg
Obs – a espoleta V19 PAI é descrita em folha de dados especial.
(5) carga de projeção
(a) 1 cartucho de projeção
(b) 4 suplementos
(c) 1 “S” – suplemento semicircular, colocado em torno da empenagem e acima da bandeja de cargas.
(d) com carga 4 + S, o alcance máximo é de 2050m.
(6) as granadas fumígenas, alto-explosivas coloridas e de exercício têm as mesmas características
balísticas da granada alto-explosiva.
(7) emprego: contra Vtr Bld L, guarnições de armas de apoio, instalações Ini, área de estacionamento
de Vtr de transporte, PO, frações em áreas de reunião, frações em deslocamento, etc.

b- GRANADA FUMÍGENA

Compostas de titânio – tetraclorido ou fósforo branco. A granada fumígena produz

instantaneamente uma fumaça branca no impacto.
Empregada para cegar o inimigo ou sinalizar.

c- GRANADA ALTO-EXPLOSIVA COLORIDA

Composta de TNT envolto de material colorido. O arrebentamento produz uma fumaça verde,
amarela, vermelha ou preta que permite:
(1) distinguir ou identificar os tiros das diversas armas que atiram no mesmo alvo.
(2) designar um alvo para os observadores amigos.
(3) trocar sinais visuais com unidades vizinha.

d- GRANADA DE EXERCÍCIO

A granada de exercício é composta de uma mistura inerte (enxofre, naftalina, sulfato de bário
e resina) e é armada com a espoleta de manejo V19 PAI.
Empregada no adestramento das Pç.
e. GRANADA ILUMINATIVA
(a) Características
1- calibre............................60mm
2- comprimento total.........319mm
3- peso total.......................1,5kg
Empregada para iluminação de áreas e sinalização.

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 *ESPOLETA DE TEMPO MH-55

a. Registra de 7 a 35 segundos
b. Temperatura de operação
1- De -31,5 C a 52 C
c. Composto iluminante (vela pirotécnica)
1- Magnésio
2- Peso da carga..................0,240kg
3- Peso do componente.......0,410kg

d. Pára-quedas
1- Área octogonal de 0,46m²
2- 1 cartucho de projeção
3- 4 suplementos

e. Alcance
1- De 300 a 1700 m

f. GRANADA DE MANEJO
Completamente inerte , utilizada nas instruções da Pç.

COMPONENTES DA MUNICAO
1. Cauda: possui vários orifícios que ligam o fogo da queima da carga 0(zero) aos suplementos .
2. Empenagem (aletas): laminas responsáveis pela estabilidade do projétil e por receber os
suplementos.
3. Ouvido roscado: local da granada onde se atarraxa a espoleta.
4. Cinta de turgência : serve pra guiar o projétil em seu movimento no interior do tubo e impedir
o escape de gases através do turbilhonamento provocado pelos vários sulcos da cinta de turgência
, tubilhonameto este que empurra os gases de volta para o interior do tubo.
5. Ogiva: forma aerodinâmica situada acima da cinta de turgência.
6. Alojamento do cartucho de projeção: situado na cauda , destina-se a receber a Cg 0.
7. Carga de projeção (cartucho de projeção + suplementos): e formado pelo cartucho de
projeção, o qual representa a Cg 0 e e similar a um cartucho de arma de caça , mais os
suplementos, que são acrescentados a empena conforme a Cg desejada: 0 suplemento para
Cg1,02 para Cg 2 e assim por diante.

8. Espoletas:
a. De percussão: instantânea ou com retardo.

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 b. De tempo: fixo (rastilho de pólvora) ou variável (tipo relógio)
9. Detonador: aumenta a chama e a onda explosiva da espoleta, acionando a carga de
arrebentamento.
10. Suplementos:
- junto com o cartucho de projeção, forma a carga de projeção (Cg) que impulsiona a granada
para fora do tubo do Mrt.
- quando a carga for maior que 1(um), os suplementos deverão ser dispostos simetricamente
entra as aletas.
11. Grampo de segurança: dispositivo que evita acidentes durante o transporte da munição.

FUNCIONAMENTO DA GRANADA DE Mrt

a. Seqüência do funcionamento:
1. percussão do cartucho de projeção e acionamento da carga de projeção.
2. Ação dos gases na granada (cinta de turgência)
3. Movimento da granada no Ar.
4. Acionamento da espoleta.
5. Acionamento do detonador
6. Acionamento da carga principal

1) Ao ser retirado o grampo de segurança o pino de retrocesso fica livre para trabalhar.
2) Quando uma granada é introduzida no interior do tubo do Mrt, as forças combinadas do
choque da Gr sobre a culatra e da força de expansão dos gases da carga de projeção obrigam
o pino de retrocesso a vencer a resistência de sua mola e a deslocar-se para baixo no interior
da espoleta.
3) O pino de segurança, liberado agora pelo pino de retrocesso, é expelido pela ação de sua
própria mola.
4) Ao ser expelido, o pino de segurança liberta o deslizador, que avança impulsionado pela sua
mola.
5) Ao avançar, o deslizador acaba alinhando a cápsula de seu detonador com a estopilha da
escorva e com a ponta do percussor.
6) Quando a granada encontra o solo, o captel é comprimido e leva a ponta do percussor a ferir a
cápsula do detonador do deslizador. A chama da cápsula inflama o detonador do deslizador
que por sua vez, aciona a escorva, a qual faz explodir o detonador. A explosão deste último
detona a carga principal do corpo da granada.

O MATERIAL DE PONTARIA

1. Aparelho de pontaria: no aparelho de pontaria serão registrados os dados necessários a

realização da pontaria em alcance e direção.

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 2. Baliza de pontaria: é um meio auxiliar que nos permite apontar o Mrt com precisão, ainda
que não tenhamos visada direta sobre o objetivo.

COMPONENTES DOS MATERIAIS DE PONTARIA

Aparelho de pontaria

- O aparelho de pontaria consiste de:

a) Mecanismo de pontaria em direção

b) Mecanismo de pontaria em alcance
c) Suporte do conjunto

a) Mecanismo de Pontaria em Direção

Este mecanismo é destinado ao registro das derivas e consiste de:

1) Tambor das derivas

- Dividida em 100 milésimos, é acionado por meio de um botão serrilhado (botão de
comando) e serve como complemento ao prato das derivas.
2) Colimador
- Possui uma linha de referência horizontal e outra vertical, também chamada de linha de fé
do colimador, que é utilizada para apontar a Mrt em direção.
- Permite verificar a possibilidade de encristamento do tiro. A altura de segurança é
verificada registrando a alça de 40 graus, girando o colimador totalmente a retaguarda e
fazendo a visada com base na linha de referencia horizontal. Nessa situação, a linha de visada
estará passando 2 graus abaixo do eixo do tubo, o que significa que, se a visada passa por
cima da massa cobridora, o tiro também passará.

3) Prato de derivas
- Graduado de 0 a 6400 milésimos numerado de 100 em 100 milésimos. É completado pelo
tambor das derivas e possui um retém que o libera para girar livremente para qualquer um dos
lados.
4) Nível transversal
- Possui uma bolha que determina a horizontalidade do parafuso de direção.
– Quando o Mrt está nivelado, essa bolha fica parada exatamente no centro do nível e
dizemos que ela está calada ou entre reparos.

b) Mecanismo de Pontaria em Alcance

Este mecanismo é destinado ao registro das alças e consiste de:

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 1) Setor das alças
- Graduado de 40º a 90º e numerado de 10 em 10 graus.
- É o local onde serão registrados os dados referentes ao alcance do tiro (alça), sendo
complementado pelo tambor das alças.
2) Tambor das alças
- Dividido em quartos de grau. Comanda o setor das alças e permite registrar o ângulo de
elevação.
3) Nível longitudinal
- Determina a inclinação do tubo correspondente à alça desejada.
- Quando o Mrt está nivelado, essa bolha fica parada exatamente no centro do nível e
dizemos que esta calada ou entre reparos.

c) Suporte do Conjunto

- É destinado a sustentar o corpo do aparelho de pontaria e contém o dispositivo de fixação do

aparelho do Morteiro.

- Possui um encaixe e um retém para fixação ao bipé.

CUIDADOS COM O APARELHO DE PONTARIA

O aparelho de pontaria é um instrumento resistente, todavia não deve ser manuseado com
descuido ou de modo brusco, pois, tal procedimento pode acarretar imprecisões ou mau
funcionamento.
As pancadas podem provocar mossas no encaixe do aparelho no entalhe da armação e,
também, quebrar a tinta no fundo do colimador.
Quando não estiver sendo usado, deve ser guardado no estojo e sempre deverá ser mantido
seco. Não pode ser guardado molhado.
É proibido pintar, desmontar, usar liquido para limpar ou polir as partes óticas do aparelho.
As partes móveis podem ser limpas com pequena quantidade de óleo. Após a limpeza, deve
se secar bem o aparelho.
Deve-se retirar o aparelho de pontaria na realização dos três primeiros tiros, em função
do assentamento da placa base.

2. BALIZA DE PONTARIA

- A baliza de pontaria consiste de uma haste de qualquer natureza, a qual se possa visar,
utilizando o colimador, para que haja no terreno um ponto de referência.
- Na falta dessa haste, um ponto nítido no terreno poderá ser utilizado como referência à
pontaria.

LEITURA E REGISTRO DE DERIVAS E ALÇAS

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 1. Derivas:

a) A deriva padronizada para ser a inicial é prato 0 tambor 0.

b) Baseado nas informações a respeito da direção do Ini, o militar registra, de forma direta, os
dados no prato das derivas (EDDA), agindo no botão serrilhado do tambor das derivas.
c) A leitura, também, é feita de forma direta. Sendo que o militar poderá se valer do
acionamento do retém do prato das derivas para medir ângulos horizontais.

2. Alças:

a) A alça padronizada para ser inicial é a 60º (meia zero)

b) Baseado nas informações a respeito da distância do Ini, o militar consulta a tabela de tiro e
verifica que alça devera registrar, lançando-a diretamente no setor das alças, agindo no botão
serrilhado do tambor das alças.

ARMAR E DESARMAR o Mrt L

* O método mais prático para se armar o Mrt L baseia-se em oito passos, que deverão ser seguidos
visando uma entrada em posição rápida e eficiente, bem como a padronização de procedimentos.

1. Determinação da direção inicial de tiro:

- Poderá ser utilizado o processo do azimute, da bússola e fórmula do milésimo e outros, para
se obter a direção inicial de tiro.
- Depois de obtida a direção inicial de tiro, a mesma deverá ser materializada no terreno
através das balizas de pontaria, distanciadas entre si de cerca de 25 metros.

2. Colocação da placa-base:

- A placa é colocada com alça de transporte voltada para a retaguarda e o lado esquerdo do
bordo anterior encostado na baliza da placa-base e perpendicular a direção de tiro (depois que
a placa-base estiver posicionada, sua baliza deverá ser retirada para não atrapalhar trabalhos
posteriores).
- O terreno onde será colocada a placa-base deverá ser preparado com a picareta, para que as
garras e nervuras possam ficar enterradas e o plano que contém o alvéolo fique na horizontal.
Com isso, conseguiremos que ela assente com mais facilidade durante o tiro e facilitaremos a
entrada em posição.

3. Instalação do bipé:

- As pernas deverão ficar afastadas da placa-base e abertas cerca de 50 cm.

- A linha imaginária que une as 2 sapatas do bipé deverá estar paralela ao bordo anterior
da placa-base.

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 4. Fixar o tubo ao bipé e a placa-base:

- Prende-se o munhão esférico no alvéolo da placa-base com seu retém voltado para a
retaguarda e fixa-se o tubo ao bipé através da braçadeira de pressão, a qual deverá ser
posicionada a, aproximadamente, 30 cm da boca do tubo (+/- um palmo).

5. Centralizar os mecanismos do bipé:

- Agindo nas manivelas, centrar os mecanismos de elevação e direção.

- Para realizar essa operação, o atirador deverá contar o número total de voltas que cada
parafuso permite executar e dividir esse número por dois, para que ele saiba com quantas
voltas seus mecanismos estarão centrados.
- Para centralizar o mecanismo de nivelamento transversal, o atirador deverá liberar o volante
de travamento, de forma que, no final da operação, o tubo guia esteja na bissetriz do ângulo
formado pelas pernas do bipé e a manga de chamada esteja equidistante de seus limites
superior e inferior.

6. Colocação do aparelho de pontaria:

- Encaixar o aparelho de pontaria, agindo no retém do suporte do conjunto e registrar alça e

deriva inicial (prato 0, tambor 0, alça 60).

7. Fazer a pontaria aproximada:

a) Em direção:
- Deslocar o bipé lateralmente, até a linha de fé do colimador, coincidir com o bordo esquerdo
da baliza.
b) Em alcance:
- Deslocar a braçadeira de pressão até que o tubo fique na inclinação desejada.
- Ao final da operação as bolhas do nível longitudinal e transversal deverão estar
parcialmente caladas.

8. Fazer a pontaria precisa:

- Executar o processo do RENIAVE, agindo nas manivelas e na manga de chamada.

* Para desarmar o Mrt L a operação a ser realizada é bem mais simples, basta retirar o aparelho de
pontaria, separar o bipé do tubo, utilizar o tubo como alavanca para retirar a placa-base do solo e, por
fim, separar o tubo da placa-base.

EXECUÇÃO DA PONTARIA

Processo do RENAVE: Registra – Nivela – Aponta – Verifica

1. Registrar os dados de tiro no aparelho de pontaria.

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2. Nivelar o Mrt longitudinalmente.
- Calar a bolha do nível longitudinal, agindo na manivela do mecanismo de elevação.

3. Apontar o Mrt
- levar a linha de referência vertical (linha de fé) do colimador até o bordo esquerdo da baliza de
pontaria e buscar o nivelamento transversal, agindo, simultaneamente,na manivela de direção e na
manga de chamada.

4. Verificar o nível longitudinal, transversal e a fenda do colimador.

INCIDENTES DE TIRO
- O incidente de tiro acontece quando a granada não sai do tubo e isso pode ocorrer por dois motivos:
1º - A espoleta do cartucho de projeção não percutiu, provavelmente porque o percutor está com a
ponta gasta.
2º - A espoleta percutiu, mas o cartucho de projeção não foi deflagrado.

- Para sanar um incidente de tiro com segurança é necessário seguir os seguintes passos:

1. Aguardar 01 minuto.
2. Bater com o calcanhar ou um pedaço de madeira no tubo, na altura da culatra.
3. Aguardar mais 01 minuto.
4. Liberar o tubo da placa-base, agindo no retém do munhão esférico.
5. Levantar a culatra até que o tubo fique um pouco acima da linha horizontal e aparar a granada com
as mãos, tomando a precaução de não deixar nem o corpo nem a mão na frente do tubo durante esse
processo.
- Após serem tomadas estas medidas, prosseguir na missão trocando as partes com problemas.
- Caso a granada apresente um problema que não possa ser resolvido no local de realização do tiro, a
mesma deverá ser destruída. Nenhuma granada defeituosa deverá retornar ao paiol do batalhão.

MANUTENÇÃO DO MORTEIRO
1. Cuidados e limpeza quando o morteiro não estiver realizando o tiro:

a. Tubo
- Manter o tubo completamente limpo e protegido por uma leve camada de óleo.
- Quando limpar o interior do tubo, não bater no percutor.
- Não deixar resíduos de pano ou de estopa no percutor.

b. Percutor
- Limpar o percutor com uma estopa e lubrificá-lo com óleo fino.
- Verificar a ausência de resíduos de estopa na rosca do alojamento de percutor e no próprio percutor.

c. Bipé
- Manter todas as partes do bipé e placa-base limpas e livres de sujeiras.
- Manter uma leve camada de óleo permanentemente.

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2. Cuidados e limpeza com o Mrt antes do tiro:
- Desarmar as partes principais do morteiro
- Limpar o interior do tubo e o percutor com estopa.
- Não lubrificar o interior do tubo.
Limpar e lubrificar levemente todas as peças móveis.

3.Cuidados com o Mrt durante o tiro:

- Não atirar com qualquer resíduo no tubo.
- Manter o tubo sem óleo.
- Manter o bipé bem lubrificado.
- Retirar o aparelho de pontaria nos três primeiros tiros ou até a placa-base estar assentada.

4. Cuidados e limpeza após tiro: Limpar cuidadosamente na mesma jornada

a. Tubo
- Retirar o percutor.
- Limpar o interior do tubo com uma estopa embebida em óleo.
- Após a limpeza com óleo, secar o interior do tubo com estopa fazendo com que o mesmo fique
inteiramente limpo.
- Limpar o percutor e seu alojamento com óleo.
- Lubrificar a parte externa do tubo com uma leve camada de óleo.

b. Bipé
- Limpar todas as partes móveis com solvente.
- Secar o bipé e passar uma leve camada de óleo.
- Aplicar graxa nas graxeiras.
- Verificar o funcionamento do bipé.

c. Placa-base
- Remover os detritos de terra.
- Lavar com água quente e sabão.
- Enxugar completamente.
- Lubrificar com uma leve camada de óleo.

5. Destruição do morteiro em caso de captura iminente:

- Nas situações em que as limitações de tempo ou de transporte tornem impossível a evacuação do

material, é imperativo que o material seja destruído para evitar a sua captura intacta pelo inimigo e o
posterior uso contra nossas tropas.

1) Destruição do tubo
- Processo n 1
> Introduzir uma granada com um número excessivo de suplementos.
> Prender a granada com um número excessivo de suplementos.
> Puxar o barbante de uma posição abrigada.

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- Processo n 2
> Perfurar o tubo com tiros de calibre 7,62 mm executados a uma distância mínima de 25 m.

2) Destruição a munição
> Queimar com gasolina.
> destruir com TNT.

3)Material de controle de tiro

> Deve ser destruído em último caso, quando sua evacuação se tornar impossível.
> Artigos inflamáveis devem ser queimados (tabela de tiro, escalas improvisadas e etc.)
> O material ótico deve ser quebrado (aparelho de pontaria, binóculos, bússolas e etc.)

CONCLUSÃO
O conhecimento da técnica do material do Mrt é fundamental para sua correta utilização e
para um emprego eficiente desse material.
O futuro tenente de infantaria deve dominar esse conhecimento, para que ele tenha condições
de instruir e orientar seus subordinados de melhor forma possível, pois esse armamento será
essencial no cumprimento de diversas missões.

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