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UD III - Armt, Mun e Tiro

Metralhadora Leve
- TIRO MASCARADO
ASSUNTO 13A - MISSÕES DE TIRO
- ROTEIRO DE TIRO
OBJETIVOS
• DESCREVER O TIRO MASCARADO
• PREPARAR O TIRO MASCARADO NA
SEQÜÊNCIA DAS OPERAÇÕES
• AJUSTAR O TIRO MASCARADO
• AMARRAR O TIRO MASCARADO
• DETERMINAR OS DADOS PARA EXECUÇÃO DE
UMA MISSÃO DE TIRO
• IDENTIFICAR A FINALIDADE DO ROTEIRO DE
TIRO
• CONFECCIONAR UM ESBOÇO DE TIRO
• PREENCHER UM BOLETIM DE AMARRAÇÃO
SUMÁRIO
1. Introdução
2. Desenvolvimento
• O tiro mascarado
• A seqüência das operações do tiro mascarado
• Ajustagem e amarração do tiro mascarado
• Dados para execução de uma missão de tiro
• Finalidade do roteiro de tiro
• Confecção de um esboço de tiro
• Preenchimento de um boletim de amarração

3. Conclusão
OBJETIVOS
• DESCREVER O TIRO MASCARADO
• PREPARAR O TIRO MASCARADO NA
SEQÜÊNCIA DAS OPERAÇÕES
• AJUSTAR O TIRO MASCARADO
• AMARRAR O TIRO MASCARADO
• DETERMINAR OS DADOS PARA EXECUÇÃO DE
UMA MISSÃO DE TIRO
• IDENTIFICAR A FINALIDADE DO ROTEIRO DE
TIRO
• CONFECCIONAR UM ESBOÇO DE TIRO
• PREENCHER UM BOLETIM DE AMARRAÇÃO
GENERALIDADES:
O Tiro Mascarado é executado pelas
metralhadoras de posições situadas a
retaguarda e, a pequena distância de uma
massa cobridora de cuja crista, os alvos a
serem batidos possam ser vistos. Caracteriza-
se, por serem os dados de tiro tomados da
crista da máscara.
Devido ao fato ser pequena a curva da
trajetória das metralhadoras, o Tiro
Mascarado só pode ser executado sobre alvos
a mais de 900 metros das posições de tiro.
GENERALIDADES:
No Tiro Mascarado as posições das
metralhadoras são ditas “DESENFIADAS”.
O desenfiamento é dito “PARCIAL”, quando
a máscara só oferece relativa proteção.
Os tiros LONGÍNQUOS devem ser
executados de posições mascaradas, a fim de
dificultar a localização das metralhadoras
por parte do inimigo e, para dar relativa
liberdade e proteção as guarnições,
principalmente contra tiros diretos.
PREPARAÇÃO DO TIRO MASCARADO
1. Tomada dos dados da pontaria em alcance;
2. Determinação da direção de tiro;
3. Escolha da posição de tiro;
4. Execução da pontaria;
5. Introdução das correções necessárias;
6. Verificação da possibilidade de encristamento;
7. Ajustagem do tiro (quando possível);
8. Amarração do tiro.
1. PONTARIA EM ALCANCE
a. DOTADA DE CLINÔMETRO:
1) Trazer a Mtr até a crista da máscara
ocupando uma posição parcialmente
desenfiada;
2) Apontar a Mtr para o alvo com a alça
correspondente a distância;
3) Sem modificar a inclinação do cano, agir no
clinômentro colocando a bolha entre reparos;
4) Fazer a leitura do clinômentro anotando o
ângulo de elevação registrado.
1. PONTARIA EM ALCANCE
b. MTR DESPROVIDA DE INSTRUMENTOS:
1) Por um Ponto de Referência Afastado:
a) Trazer a Mtr até a crista da máscara ocupando uma
posição parcialmente desenfiada;
b) Escolher um ponto de referência afastado e alto, na
direção geral do alvo, que possa ser visto da posição
mascarada;
c) Determinar o afastasmento angular vertical do alvo
em relação ao ponto de referência escolhido
(binóculo ou mecanismo de elevação);
3) Anotar o afastamento angular vertical determinado.
1. PONTARIA EM ALCANCE
c. POR MEIO DE UM NIVELAMENTO
EXPEDITO DA ARMA:
a) Trazer a Mtr até a crista da máscara ocupando
uma posição parcialmente desenfiada;
b) Fazer o nivelamento expedito da arma, com um
cartucho ou outro objeto cilíndrico pesado colocado
sobre a arma;
c) Registrar a alça do alvo;
d) Levar a visada para o alvo, verificando a
quantidade de milésimos que a Mtr foi elevada ou
abaixada;
e) Anotar o valor encontrado.
2. DIREÇÃO DE TIRO
• Por balizamento
• Por um ponto de referência

3. ESCOLHA DA POSIÇÃO DE TIRO


• Deve permitir o desenfiamento de um
homem em pé
5. EXECUÇÃO DA PONTARIA EM DIREÇÃO
1) Se a direção de tiro foi balizada:
a. Fazer com que a visada tangencie
simultaneamente as arestas das duas balizas;
b. Para auxiliar no alinhamento pode-se utilizar
um cartucho colocado na vertical sobre a arma.
2) Por um ponto de referência:
a. Visa-se o ponto de referência;
b. Deslocar a Mtr conforme o afastamento
angular horizontal determinado na tomada dos
dados.
6. EXECUÇÃO DA PONTARIA EM ALCANCE
a. Dados tomados com clinômentro:
1) Registrar no clinômentro o ângulo de
elevação determinado na crista da máscara;
2) Colocar a bolha entre os reparos agindo no
mecanismo de elevação da arma;
6. EXECUÇÃO DA PONTARIA EM ALCANCE
b. Dados tomados com ponto de referência:
1) Registrar a alça da distância do alvo;
2) Apontar a arma para o ponto de referência
3) Agindo no mecanismo de pontaria em alcance,
abaixar a arma o número de milésimos
correspondentes ao afastamento angular vertical.
c. Dados tomados por nivelamento expedito da arma:
1) Fazer o nivelamento expedito da arma;
2) Elevar ou abaixar a inclinação do cano tantos
milésimos quantos foram determinados na crista
da máscara.
7. CORREÇÕES DOS DADOS DE PONTARIA

As correções a serem introduzidas dizem


respeito à pontaria em ALCANCE e são:
 a. Correção de distância
 b. Correção de sítio.
a.CORREÇÃO DE DISTÂNCIA:
Toda vez que recuamos ou avançamos a Mtr de 50
m, procedendo da seguinte forma:
1) Estando a arma em posição de tiro, registrar a
alça do alvo determinada na crista da máscara;
2) Fazer visada na baliza e determinar um índice no
ponto onde a visada incidir;
3) Registrar alça correspondente a distância do alvo
para a posição de tiro;
4) Agindo no aparelho de pontaria em alcance levar
a visada para o índice da baliza.
b. CORREÇÃO DE SÍTIO:
a. Verificar o número de metros descidos com a
Mtr ao ser trazida da crista da máscara para a
pos de tiro;
b. Determinar a correção “K” a ser introduzida
na inclinação da arma: K = 1000 m
D
c. Elevar o cano da Mtr o número de milésimos
correspondentes à correção “K” determinada.
K = correção em milésimos
m = cota da crista menos cota da posição de tiro
D = distância da peça-alvo
8. VERIFICAÇÃO DA POSSIBILIDADE DE
ENCRISTAMENTO
1) Determinar a distância da posição de tiro à
crista da máscara
2) Em relação a distância:
* Se < 100 m - registrar alça 300
* Se > 100 m - registrar alça de garantia da
distância da máscara.
3) Fazer a visada através do Ap Pont, se a visada
passar por cima ou tangenciar a máscara o tiro
não encristará, caso contrário haverá
encristamento.
9. AJUSTAGEM DO TIRO

A ajustagem do tiro deve ser feita sempre que


possível, se a ajustagem do tiro não puder ser
executada com antecedência, ela deve ser
feita por ocasião da realização do fogo eficaz,
colocando-se um observador na crista da
máscara e fora da direção de tiro;
10. AMARRAÇÃO E EXECUÇÃO DO TIRO
MASCARADO
O tiro mascarado é um tiro de pontaria
indireta, sendo assim, torna-se necessário a
amarração do tiro, que pode ser feita por
qualquer dos processos (clinômetro, baliza,
estacas);
O controle do tiro deve ser executado por um
observador colocado na crista da mascara e
fora da linha de tiro;
Da mesma posição mascarada pode-se bater
vários alvos, basta para isto amarrar cada
um destes e anotar os dados de pontaria.
EXEMPLIFICAÇÃO
1) Você pretende colocar a Mtr do Gp de Apoio
do seu pelotão em uma posição máscara.
Verificou os seguintes dados:
- Dist Máscara-Alvo= 1020 m
- Dist Pos de Tiro - Másc=180 m
- Dif de cota da máscara - Pos de Tiro = 6 m
Responda:
a) Qual a correção de sítio a ser introduzida?
b) Qual a alça a ser registrada para verificar o
encristamento?
Solução:
a) D = 1020 + 180= 1200 m
m=6m
K = 1000x6 = 5 ”’ (eleva cano)
1200

b) Alça de garantia:
180 m = 900
INTERVALO
OBJETIVOS
• DESCREVER O TIRO MASCARADO
• PREPARAR O TIRO MASCARADO NA
SEQÜÊNCIA DAS OPERAÇÕES
• AJUSTAR O TIRO MASCARADO
• AMARRAR O TIRO MASCARADO
• DETERMINAR OS DADOS PARA EXECUÇÃO DE
UMA MISSÃO DE TIRO
• IDENTIFICAR A FINALIDADE DO ROTEIRO DE
TIRO
• CONFECCIONAR UM ESBOÇO DE TIRO
• PREENCHER UM BOLETIM DE AMARRAÇÃO
1. GENERALIDADES
FORMAS DE EMPREGO:
1) Ação de Conjunto
2) Apoio Direto
3) Em Reforço
As frações de Mtr recebem uma ou mais
MISSÕES TÁTICAS a serem cumpridas. Cabe
ao comandante da fração de metralhadoras
transforma-la em MISSÕES DE TIRO.
MISSÃO DE TIRO é a síntese do emprego tático
e técnico das metralhadoras.
2. MISSÕES TÁTICAS
a. NO ATAQUE:
1) Fogos de Preparação: Antes do Esc Atq
transpor LP. Enfraquecem a P Def ini.
2) Fogos Durante o Ataque (Após Esc Atq
transpor LP):
a) Fogos de Apoio Imediato: Apoia
progressão e protege Fl Esc Atq.
b) Fogos de Proteção: protegem a
consolidação e reorganização e repelem Contra-
Ataques.
2. MISSÕES TÁTICAS
b. NA DEFESA:
a) Fogos Longínquos: ini no raio de obs da fração -
PAC (iludir, retardar e inquietar)
b) Fogos Defensivos Aproximados: inimigo no
alcance de utilização do Armt (deter atq ini,
impedindo aproximação do LAADA)
c) Fogos de Proteção Final: ini atinge LPF (impedir
o assalto ao LAADA).
d) Fogos no Interior da Posição: Mtr nas pos de
aprofundamento (limitar penetração no LAADA e
apoiar C Atq).
3. FINALIDADES TÁTICAS
a. Tiro de regulação: corrigir tiro (Traçante)
b. Tiro de Destruição: destruir obj materiais (Pf)
c. Tiro de Neutralização: interromper mvt ou
ações e reduzir a eficiência combativa do ini.
d. Tiro de Inquietacão: durante calmaria para
abater o moral, diminuir eficiência e manter em
alerta desnecessário o ini.
e. Tiro de Interdição: em zonas ou pontos para
impedir uso pelo ini (pontes, estradas, vaus...)
4. MISSÃO DE TIRO
a. Deve conter, sem omissão, se possível:
1) Posição de Tiro (local aprox);
2) Efeitos a serem obtidos (finalidade tática)
3) Objetivo de Tiro (alvos)
4) Hora ou Sinais p/ abertura, suspensão,
cessação, transporte ou alongamento dos fogos.
5) Consumo de munição
6) Modo de bater alvos
7) Tipo de Munição a empregar
4. MISSÃO DE TIRO
b) Três formas de designar os Objetivos de tiro:
1) Direção de Barragem: Mtr atira com
tiros rasantes ou de flanqueamento (“muro”);
2) Setor de Tiro: limites amarrados por
pontos nítidos no terreno, amplitude não deve
exceder 1600’”;
3) Alvos definidos: tropa desabrigada,
sumariamente abrigada, Vtr leves, Seteiras de
CC, casamata Mtr e aberturas de edifícios.
4. MISSÃO DE TIRO
c) Abertura, cessação, transporte e alongamento dos
fogos: Quando não se puder estabelecer as
condições, sinalização ou horários para tal, deve
ser especificado se estas ações se farão mdd ordem
ou a critério do Cmt Subordinado.
d) Consumo de Munição: expresso pelo Nr de tiros
para a missão ou pelo regime de tiro
e) Modo de bater Alvos: Gêneros de Tiro e, se o tiro
é direto, indireto ou amarrado.
f) Tipo de munição: para que se possa fazer o pedido
de munição e os cálculos utilizando-se da tabela.
INTERVALO
OBJETIVOS
• DESCREVER O TIRO MASCARADO
• PREPARAR O TIRO MASCARADO NA
SEQÜÊNCIA DAS OPERAÇÕES
• AJUSTAR O TIRO MASCARADO
• AMARRAR O TIRO MASCARADO
• DETERMINAR OS DADOS PARA EXECUÇÃO DE
UMA MISSÃO DE TIRO
• IDENTIFICAR A FINALIDADE DO ROTEIRO DE
TIRO
• CONFECCIONAR UM ESBOÇO DE TIRO
• PREENCHER UM BOLETIM DE AMARRAÇÃO
5. ROTEIRO DE TIRO
a. Os Roteiros são confeccionados para facilitar a
determinação dos dados de tiro com boa ou má
visibilidade.
b. O Roteiro de Tiro deve conter, além das posições e
armas Ini já conhecidas, todos os pontos críticos
onde alvos poderão surgir ou já existir.
c. O roteiro consta de duas partes:
1) Um Esboço de Tiro
2) Um Boletim de Amarração de Tiro
5. ROTEIRO DE TIRO
d. Para cada posição de tiro (inclusive pos de
muda e suplementar) é confeccionado em duas
vias um roteiro (p/ guarnição e p/ Cmt
superior imediato). A luz do roteiro de tiro, o
Cmt Seção organiza o ROTEIRO DA SEÇÃO,
em 2 vias, e envia uma para o Cmt Pel.
e. Os Roteiros permitem a coordenação dos fogos
f. O Cmt Pel organiza seu plano de fogo baseado
nos Roteiros da Seção.
g. Os Roteiros são indispensáveis nas Op Def.
5. ROTEIRO DE TIRO
h. No Roteiro de Tiro deve constar:
1) Limites dos setores de tiro;
2) Direção da LPF com suas zonas rasadas,
perigosas e ângulos mortos;
3) Posições e armas inimigas reveladas;
4) Regiões onde possam surgir alvos: pontes, orla
de bosque, vaus, cristas, macegas, armas);
5) Direção N, S, E ou W;
6) Elementos das Missões de tiro;
7) Dados necessários a realização do tiro: alças,
amarração, azimutes
5. ROTEIRO DE TIRO

a. Confecção do Esboço de Tiro:


1) Semi-círculo concêntrico e eqüidistante,
representado a distâncias de 100 em 100 m;
2) Um limbo graduado de 100 em 100”’ para
facilitar o lançamento dos azimutes;
3) O centro dos arcos representa a posição da
peça.
5. ROTEIRO DE TIRO

b. Confecção do Esboço de Tiro:


1) A direção da LPF serve de base para a
locação dos demais pontos;
2) Inicia-se o trabalho tomando o azimute da
LPF medindo-se sua profundidade e
determinando suas zonas rasadas, perigosas e
ângulos mortos;
3) Representar corretamente a LPF;
4) Partindo-se do azimute da LPF numerar a
graduação do limbo dos azimutes.
5. ROTEIRO DE TIRO

c. Confecção do Esboço de Tiro:


1) Localiza-se no terreno todos os pontos
onde podem ser desencadeados os fogos;
2) Determinar a distância e azimute de cada
ponto;
3) Tomando-se a direção da LPF como
origem, locar de acordo com seu azimute e
distância os pontos identificados.
5. ROTEIRO DE TIRO
Confecção do Esboço de Tiro:
d. Locar no Esboço de Tiro os limites e os pontos
cardeais mais convenientes;
e. Os alvos e pontos de referência podem ser
apresentados no Esboço por símbolos
cartográficos ou por desenhos esquemáticos,
nomeando-os quando houver possibilidade de
dúvida na sua identificação (numerados da
esquerda para a direita);
5. ROTEIRO DE TIRO

Confecção do Esboço de Tiro


f. Quando forem atribuídos mais de um setor de tiro (Missão
Pcp e secundárias) cada um será nomeado por letra: Setor
A, Setor B...
g. Para facilitar a designação dos azimutes e graduação do
limbo será numerada segundo os azimutes a partir da
LPF.
6. BOLETIM DE AMARRAÇÃO DE TIRO

a. É preenchido no verso do Esboço de tiro;


b. No Boletim são lançados:
1) Todas as informações da Missão de Tiro;
2) Azimute e alça para cada alvo;
3) Alça da amarração do tiro;
4) Todas as demais informações.
CONCLUSÃO
“Sem fogo não há movimento”
Sem o conhecimento da técnica
e tática, não há emprego com
eficiência das metralhadoras e
sem a prática não se chega a
perfeição

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