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2.3.1.

Serviços Preliminares

Serviços Topográficos

Os serviços topográficos, representados pela locação, demarcação e apoio


à obra, consistem nas atividades necessárias para o controle das etapas
de serviço, envolvendo as precisões a serem alcançadas e as tolerâncias
ou erros admissíveis, conforme definições dos projetos e das
especificações.

Os equipamentos de medição e locação topográfica estarão disponíveis na


fase inicial das obras e em perfeito estado de funcionamento, de modo a
permitir atender prontamente a qualquer solicitação da CONTRATANTE.
Esses equipamentos serão submetidos à aprovação da CONTRATANTE,
a qual se reserva o direito de aceitá-los ou não.

Os serviços topográficos serão executados em perfeita observância às


indicações dos desenhos de projeto e da especificação técnica, utilizando-
se aparelhos de comprovada exatidão e profissionais devidamente
habilitados.

A CONTRATANTE indicará os pontos de amarração e referências de nível


(RNs) que julgar necessários e suficientes, a fim de possibilitar à FBS a
locação da obra.

A locação da obra no terreno será realizada a partir das referências de nível


e dos vértices de coordenadas implantados ou utilizados para a execução
do levantamento topográfico.

Os eixos de referência e as referências de nível serão materializados por


meio de estacas de madeira cravadas na posição vertical ou marcos
topográficos previamente implantados em placas metálicas fixadas em
concreto.

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Os serviços abaixo relacionados encontram-se incluídos no escopo da
locação da obra e serão realizados por equipe de topografia:

▪ Locação da obra e locação de elementos estruturais;

▪ Implantação de marcos topográficos;

▪ Transporte de cotas por nivelamento geométrico;

▪ Levantamentos cadastrais, inclusive de redes de utilidades enterradas;

▪ Verificação da qualidade dos serviços – prumo, alinhamento, nível.

Previamente ao início das obras será instalado sistema de marcos


topográficos de concreto amarrados ao sistema de coordenadas constante
do projeto. Estes marcos serão distribuídos de forma a permitir a locação
das estruturas previstas.

Será mantido no Canteiro de Obras e à disposição da CONTRATANTE o


relatório dos levantamentos topográficos, composto de uma breve
descrição das atividades desenvolvidas e de planilhas de cálculo,
cadernetas de campo e, se necessário, desenhos.

Limpeza do Terreno

Os serviços limpeza do terreno contemplam as operações de


destocamento, retiradas de restos de raízes envoltos em solo, solos
orgânicos, entulhos e outros materiais impeditivos à implantação do
empreendimento.

Os serviços de destocamento e limpeza serão executados levando-se em


conta a preservação dos elementos de composição paisagística,
assinalados no projeto. Os equipamentos a serem utilizados nestas
atividades se apresentarão sempre em boas condições de operação e
adequados para cada tipo de serviço, e serão selecionados de acordo com
o tipo da vegetação a ser removida e complementada com o emprego de
serviços manuais.

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Nas áreas de corte, as operações de destocamento e limpeza somente são
consideradas concluídas, quando as raízes remanescentes ficarem
situadas na profundidade de 1,0 m abaixo do greide de terraplenagem.

Nas áreas de implantação de aterros, a camada superficial contendo


matéria orgânica será removida na espessura total, a menos que haja
indicação em contrário do projeto. Para qualquer altura de aterro, as raízes
remanescentes ficarão, ao menos, a 2,0 m abaixo do greide da plataforma
de terraplenagem.

Os buracos ou depressões ocasionadas por destocamento serão


preenchidos com material de áreas de empréstimo, devidamente
compactados. Os solos da camada superficial fértil, que forem removidos
nas operações de limpeza, poderão ser estocados e utilizados
posteriormente na recomposição das áreas de exploração de materiais,
caso previsto em projeto.

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2.3.2. Serviços em Terra / Terraplenagem

Escavação de Material de 1ª Categoria

As escavações serão realizadas dentro das dimensões, dos alinhamentos


e dos greides indicados nos desenhos de projeto detalhado ou indicados
pela CONTRATANTE.

As escavações serão classificadas de acordo com a natureza dos materiais


escavados, os graus de complexidade de execução e os equipamentos
utilizados.

Serão tomadas todas as precauções necessárias para não danificar


quaisquer materiais abaixo e/ou além das linhas de escavação. Caso sejam
encontrados, durante as escavações, materiais de características
diferentes das previstas no projeto detalhado, a CONTRATANTE a seu
exclusivo critério, poderá alterar os alinhamentos, seções, taludes e demais
dimensões indicadas no mesmo. Ressalta-se, entretanto, que deverão ser
realizadas as devidas verificações hidráulicas, quando estas alterações
incorrerem em alterações na geometria/ condições hidráulicas dos
sistemas de drenagem projetados.

Os materiais destinados a diferentes frentes de serviço serão escavados e


colocados nos respectivos locais de destino, conforme indicado no projeto,
ou segundo orientação específica da CONTRATANTE.

Serão mantidos controles adequados na seleção dos materiais escavados,


a serem beneficiados ou não, operando diretamente nas frentes de
trabalho, coordenando o tráfego de equipamentos para os locais de
aplicação, além de sinalizar os veículos transportadores com placas que
indiquem a origem e o destino dos materiais.

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Serão tomadas medidas adequadas, de forma a manter a praça de trabalho
com configuração que permita o rápido escoamento das águas pluviais e a
pronta retomada dos serviços, em circunstâncias chuvosas.

Todas as escavações deverão apresentar taludes estáveis, superfícies


com acabamento final uniforme e adequado. As escavações com taludes
provisórios, de inclinação maior que as indicadas no projeto, deverão ser
evitadas.

As superfícies de escavação que ficarem permanentemente expostas


deverão apresentar taludes com regularização final uniforme e serem
dotadas de sistema adequado de proteção e drenagem, de acordo com o
projeto ou conforme determinação da CONTRATANTE.

Os materiais provenientes das escavações, considerados inadequados


para utilização, deverão ser destinados às locais previamente aprovados
pela CONTRATANTE.

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Aterro Compactado

Os aterros são previstos e necessários para promover o alteamento da cota


do terreno de forma a estabelecer os níveis projetados da plataforma.

Antes do início dos serviços serão instaladas referências topográficas e


estacas, a serem mantidas para controle de alinhamentos e das elevações
especificadas, bem como será providenciada a execução dos serviços
topográficos e cadastramento das obras em execução conforme
procedimentos previamente aprovados. Os equipamentos serão
mobilizados em número suficiente para manter a produção uniforme,
contínua e na quantidade requerida para a execução dos serviços nos
prazos estabelecidos.

Não serão utilizados equipamentos de aspersão com vazamento que


possam prejudicar a qualidade dos aterros.

A compactação será efetuada por rolos convencionais. Os compactadores


mecânicos de operação manual serão utilizados apenas nas áreas
confinadas, junto a eventuais instrumentos e nos locais inacessíveis aos
equipamentos convencionais, devendo ser obtidos nestes locais os
mesmos requisitos de compactação exigidos para a plataforma.

O umedecimento dos materiais nas praças de lançamento das camadas,


eventualmente necessário para pequenos ajustes de umidade, será feito
por caminhões-pipa equipados com barras aspersoras, que permitirão a
aplicação uniforme de água na área a ser regada e o controle da aspersão
durante a operação.

Para gradeamento, escarificação, homogeneização ou aeração de


camadas a serem compactadas, serão empregadas grades de disco,
escarificadores de motoniveladora, ou outro equipamento apropriado.

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Os materiais a serem utilizados, em cada camada do aterro compactado,
deverão apresentar teores de umidade dentro dos limites especificados,
necessários à obtenção dos pesos específicos requeridos.

O controle da umidade será efetuado em campo através de métodos


rápidos, conforme previamente especificado.

As camadas individuais deverão sempre apresentar homogeneidade


quanto aos teores de umidade e graus de compactação, inclusive entre o
topo e a base das mesmas.

O lançamento e espalhamento das camadas do aterro compactado


somente serão iniciados após inspeção e liberação, pela FISCALIZAÇÃO,
da área para lançamento.

Durante a colocação dos materiais será evitada a formação de lentes,


bolsões e camadas contínuas de material que defiram substancialmente do
material circundante em textura e características.

As operações de lançamento e espalhamento serão feitas,


preferencialmente, em paralelo aos eixos longitudinais da área de aterro.

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A superfície da área de aterro será mantida aproximadamente em nível,
com inclinações suaves que permitirão uma drenagem adequada das
águas de chuva. Após o lançamento, os materiais serão espalhados em
camadas aproximadamente horizontais. As espessuras das camadas
serão rigidamente controladas pelas equipes de topografia.

Depois de espalhadas, as camadas terão espessuras que, após a


compactação, não excedam a altura especificada. Em locais inacessíveis
aos rolos compactadores, onde será necessário o uso de compactadores
mecânicos manuais, as camadas de solo solto serão espalhadas.

Desde que a umidade da camada espalhada esteja dentro da faixa


especificada, serão iniciados, após o nivelamento da camada, as
operações de compactação, com os rolos se movendo, preferencialmente,
em paralelo aos eixos longitudinais da área de aterro. Cada passada do
rolo compactador deverá cobrir total e uniformemente a área a ser
compactada.

A compactação dos materiais terrosos será realizada por rolos pés-de-


carneiro. Os equipamentos serão testados em aterros experimentais antes
do início da execução do aterro definitivo.

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2.3.3. Drenagem e Rede de Esgoto

Rede de Drenagem e Esgoto

As redes de drenagem primárias e secundárias, e redes de esgoto


primárias, serão executadas com tubulações e demais materiais de acordo
com as definições dos projetos executivos e dos memoriais técnicos.

Poço de Visita

O poço de visita será executado em concreto pré-moldado. Após a abertura


da vala, a base deverá ser preparada, fazendo-se o nivelamento e a
compactação. A base do poço de visita será construída sobre lastrio de
concreto magro.

Durante o assentamento da estrutura pré-moldada, será realizada a


instalação dos tubos de interligação, para permitir a entrada e a saída das
redes de drenagem.

A chaminé deverá ser executada em alvenaria, com a utilização de blocos


de concreto alinhados com as normas técnicas. Os blocos serão
assentados com aplicação de argamassa de cimento e areia.

Para o fechamento da chaminé do poço de visita, deverá ser instalado


tampão de ferro fundido, o qual será recebido pronto para a instalação no
canteiro de obras.

Boca de Leão

As bocas de leão serão executadas pré-moldadas, com resistência


determinada em projeto, podendo ser simples ou dupla. As tampas serão
executadas em grelha metálica.

A escavação, concreto, fôrma, armação e argamassa seguirão as


especificações técnicas correspondentes. As bocas de leão serão
executadas segundo formas, dimensões cotas e localizações

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estabelecidas no Projeto. A laje de fundo será executada sobre solo
regularizado, após o apiloamento, preparação do fundo e das laterais das
cavas.

Caixas Coletoras

As caixas coletoras consistem em tomadas de água verticais para coleta e


distribuição de águas provenientes da sarjeta, canaletas, descidas d’água
ou valetas, coletadas no arruamento ou plataformas. Poderão também,
servir como ponto de ligação entre caixas de passagem, mudanças de
direção, declividade ou diâmetro das tubulações das redes de drenagem
ou bueiros.

As caixas coletoras serão executadas em concreto armado, com


resistência determinada no Projeto Executivo. A escavação, concreto,
fôrma, armação e argamassa seguirão as especificações correspondentes.

As caixas coletoras serão executadas em 6x6x2.

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2.3.4. Guia, Sarjeta e Calçada

Guias e Sarjetas Extrusadas

As guias e sarjetas serão construídas junto à plataforma ou ao arruamento,


para conduzir a água que escoa dos taludes, da plataforma ou do corpo do
arruamento a um local onde possa desaguar, evitando-se erosões nos
taludes ou mesmo no terreno natural.

Para a sua construção será adotado o concreto moldado “in loco”,


atendendo as exigências prescritas pela ABNT.

Os equipamentos necessários as execuções dos serviços serão


adequadas aos locais de instalação das obras, atendendo ao que dispõem
as prescrições especificas para os serviços similares.

Está prevista a execução das guias e sarjetas com a utilização de


extrusora.

O concreto utilizado deverá apresentar as resistências exigidas nas


especificações. Os traços para as resistências indicadas serão dosados e
experimentados pela FBS e aprovados pela Fiscalização.

Calçada

As calçadas serão implantadas com piso de concreto armado, começando


pela abertura de caixa, que corresponde a escavação mecanizada ou
manual do solo até a profundidade especificada em projeto. Na caixa
aberta, será executada camada de base com a aplicação de brita.

A brita será espalhada e compactada com socadores manuais. Após


concluída a camada de base, será instalada lona plástica, antecedendo a
construção do revestimento de concreto armado. As formas serão
assentadas de acordo com os alinhamentos indicados no projeto,
uniformemente apoiadas sobre a camada de lona e fixadas com ponteiros
de aço, de modo a suportarem sem deformação ou movimentos apreciáveis

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as solicitações inerentes ao trabalho. O topo das formas deverá coincidir
com a superfície final prevista.

O alinhamento e o nivelamento das formas serão verificados e, se


necessário, corrigidos antes do lançamento do concreto.

Por ocasião do lançamento do concreto as formas devem estar limpas e


untadas com óleo, a fim de facilitar a desforma.

Em seguida, deverá ser aplicada a armação em tela, conforme modulação


e quantidades apresentadas em projetos específicos, bem como os
reforços. As armações são aplicadas sempre com o auxílio de espaçadores
plásticos. O lançamento do concreto deverá ser feito de modo a reduzir o
trabalho de espalhamento, evitando-se também a segregação de seus
componentes.

A concretagem dos panos dos pisos será devidamente planejada de modo


que a programação do concreto siga corretamente as entregas, sem
interrupção. O adensamento do concreto poderá ser auxiliado pelo uso de
vibradores de imersão.

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2.3.5. Pavimentação

Reforço de Subleito

O reforço do subleito com solo selecionado somente será executado


quando a camada subjacente estiver liberada quanto aos requisitos de
aceitação de materiais e execução. A superfície deverá estar perfeitamente
limpa, desempenada e sem excessos de umidade para execução da
camada do reforço do subleito.

Os materiais escavados a serem utilizados na camada de reforço do


subleito serão transportados para local de aplicação, descarregados e
distribuídos em montes e leiras sobre o subleito, para posterior
espalhamento com motoniveladora, de forma a obter a espessura da
camada definida em projeto.

Concluídas as correções necessárias para obtenção do teor ótimo da


umidade especificada, dever-se-á conformar a camada pela ação da
motoniveladora, iniciando-se em seguida a compactação.

O equipamento de compactação utilizado deverá ser compatível com o tipo


de material e com as condições de densificação pretendidas no reforço do
subleito.

As operações de compactação prosseguirão até que se atinja o grau de


compactação de 95% em relação à massa específica aparente seca
máxima, obtida na energia especificada em projeto, conforme NBR 7182.
O número de passadas necessárias do equipamento de compactação, para
atingir grau de compactação exigido, deverá ser determinada
experimentalmente na pista.

O acabamento será executado pela ação conjunta da motoniveladora e do


rolo de pneus ou liso.

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Camada de BGS

A superfície a receber a camada de base de brita graduada deverá estar


totalmente concluída, perfeitamente limpa, isenta de pó, lama e demais
agentes prejudiciais, desempenada e com as declividades estabelecidas
no projeto, além de ter recebido prévia aprovação.

Eventuais defeitos existentes serão adequadamente reparados antes da


distribuição da brita graduada.

A rocha sã da pedreira aprovada será previamente britada e classificada


em frações a serem definidas em função da granulometria prevista para a
mistura. Nas usinas utilizadas para produção brita graduada, os silos
deverão ter capacidade total de, no mínimo, três vezes a capacidade do
misturador, e devem possuir, no mínimo, três silos agregados. Os silos
conterão dispositivos que os abriguem da chuva.

As frações obtidas, acumuladas nos silos da usina são combinadas no


misturador, acrescentando-se ainda a água necessária à condução da
mistura de agregados à respectiva umidade ótima, mais o acréscimo
destinado a fazer frente às perdas verificadas nas operações construtivas
subsequentes.

A brita graduada produzida na central será descarregada diretamente sobre


caminhões basculantes e em seguida transportada para a pista. Os
materiais deverão ser protegidos por lonas para evitar perda de umidade
durante seu transporte.

Não será feito o transporte de brita graduada para a pista quando o subleito
ou a camada subjacente estiver molhada, incapaz de suportar, sem se
deformar, a movimentação do equipamento.

A definição da espessura do material solto será obtida a partir da


observação criteriosa de panos experimentais, previamente executados.

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Após a compactação, essa espessura permitirá a obtenção da espessura
definida em projeto. A distribuição da brita graduada será feita com
equipamento distribuidor de agregados, capaz de distribuir a brita graduada
em espessura uniforme, sem produzir segregação, e de forma a evitar
conformação adicional da camada. Eventualmente, poderá ser utilizada a
motoniveladora para a distribuição do material.

O tipo de equipamento a ser utilizado e o número de passadas do rolo


compactador serão definidos logo no início da obra, em função dos
resultados obtidos na execução de trechos experimentais.

A energia de compactação a ser adotada como referência para a execução


da brita graduada será a modificada e deve ser adotada na determinação
da densidade seca máxima e umidade ótima de compactação, conforme a
NBR 7182.

A compactação da brita graduada será executada mediante o emprego de


rolos vibratórios lisos e de rolos pneumáticos de pressão regulável.

Durante a compactação, se necessário, poderá ser promovido o


umedecimento da superfície da camada mediante emprego de caminhão
pipa com barra distribuidora de água. As manobras do equipamento de
compactação que impliquem variações direcionais prejudiciais serão
processadas fora da área de compactação.

A compactação evoluirá até que se obtenha o grau de compactação mínimo


igual ou superior a 100% em relação à massa específica aparente seca
máxima, obtido no ensaio de compactação, conforme NBR 7182 na energia
modificada.

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Imprimação

Os serviços de imprimação consistem na aplicação de camada de material


betuminoso sobre a superfície da base concluída, antecipando a execução
do revestimento betuminoso, objetivando conferir coesão superficial,
impermeabilizar e permitir condições de aderência entre esta e o
revestimento a ser executado.

A FBS ficará responsável por aplicar a proteção dos serviços e materiais


contra a ação destrutiva das águas pluviais, do trânsito e de outros agentes
que possam danificá-los.

Num primeiro momento deverá ser feita a varredura da superfície da base,


preferencialmente com vassouras mecânicas rotativas, ou também ser
executada manualmente. O jato de ar comprimido poderá também ser
usado para complementação das atividades de limpeza.

A distribuição do ligante será feita por equipamentos equipados com bomba


reguladora de pressão e sistema completo de aquecimento que permitam
a aplicação do ligante betuminoso em quantidade uniforme.

Os equipamentos distribuidores do ligante betuminoso, especialmente os


construídos para este fim, serão providos de dispositivos de aquecimento,
dispondo de tacômetro, calibradores e termômetros, instalados em locais
de fácil observação e, ainda, possuirão espargidor manual para tratamento
de pequenas superfícies e correções localizadas. As barras de distribuição
serão do tipo de circulação plena, com dispositivo de ajustamentos verticais
e larguras variáveis de espalhamento uniforme do ligante.

O depósito de ligante betuminoso, quando necessário, será equipado com


dispositivo que permita o aquecimento adequado e uniforme do conteúdo
do recipiente, e com capacidade tal, que possa armazenar a quantidade de
ligante betuminoso a ser aplicado em, pelo menos, um dia completo de
trabalho.

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Na sequência à conformação geométrica da base, será feita nova varredura
da superfície, de modo a eliminar todo e qualquer material solto. Antes da
aplicação do ligante betuminoso a pista poderá ser levemente umedecida.
Em seguida, será liberada a aplicação do ligante betuminoso adequado, na
temperatura compatível com o seu tipo, na quantidade recomendada e de
maneira uniforme.

Revestimento em CBUQ

O Concreto Betuminoso Usinado a Quente (CBUQ) é aplicado na formação


dos revestimentos finais do pavimento (acabamento), e deverá ser
produzido em usinas apropriadas.

A mistura poderá utilizar aditivos de ligante asfáltico, agregado minerais,


material de enchimento (filler) ou outros aditivos, conforme especificado em
projeto.

O transporte do CBUQ é realizado através de caminhões do tipo


basculantes, os quais deverão possuir caçambas metálicas robustas,
sempre limpas e lisas, ligeiramente lubrificadas, de modo a evitar a
aderência da mistura ao fundo ou parede do mesmo. Não será permitida a
utilização de produtos susceptíveis para dissolver o ligante asfáltico (óleo
diesel, gasolina, etc.).

A carga será sempre protegida com lona ou outro material aceitável, com
tamanho suficiente para proteger a mistura, sobrepassando a caçamba do
caminhão nas laterais e na traseira.

O equipamento previsto para o espalhamento e acabamento deverá ser


constituído de pavimentadora automotriz, com capacidade de espalhar e
conformar a mistura no alinhamento, cotas e abaulamentos requeridos.
Esse equipamento conterá, inclusive, uma rosca sem-fim, necessária para
espalhar a mistura sem segregação, com dispositivo rápido e eficiente de
direção, além de marcha para frente e para trás.

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O equipamento será dotado de sistema de vibração que permita uma pré-
compactação na mistura espalhada e com dispositivo de aquecimento da
mesa para evitar que a mistura agarre na mesma e prejudique o
acabamento, assim como com sistema de controle de nível (espessura)
eletrônico nos dois lados da mesa.

A mesa não deverá deixar marcas longitudinais na massa espalhada, o que


será possível com um bom ajuste junto às emendas das extensões.

No início da jornada a mesa deverá estar aquecida, no mínimo, na


temperatura definida pela especificação técnica no tocante a temperatura
de descarga. No caso de haver pontos segregados durante o
espalhamento, sejam finos ou grossos, ondulações transversais e/ou riscos
longitudinais, porventura resultados da má operação da pavimentadora, o
serviço será paralisado até que sejam feitas as correções.

As operações de distribuição da mistura atenderão aos seguintes


requisitos:

▪ A temperatura ambiente deverá se apresentar acima de 10° C;

▪ A mistura será aplicada com textura uniforme, sem pontos segregados.


Qualquer falha constatada na superfície será sanada antes do início da
compactação. Caso a correção seja frequente, a pavimentadora deverá
ser ajustada ou substituída por outra;

▪ A mesa da pavimentadora terá uma superfície lisa, sem riscos que


deixem marcas de arraste de material. Caso se constate este arraste,
os serviços serão paralisados e o defeito sanado imediatamente;

▪ Na descarga, o caminhão será empurrado pela pavimentadora, não se


permitindo choques ou travamento dos pneus durante a operação;

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▪ A espessura da camada será aplicada de acordo com o projeto de
mistura aprovado, observando-se o disposto nas especificações
técnicas;

▪ A velocidade da acabadora será definida em função da capacidade de


produção da usina, de maneira que a mesma esteja continuamente em
movimento, sem paralisações para esperar caminhões.

O equipamento para a compressão poderá ser constituído de rolo


pneumático e tandem liso vibratório. Todos os rolos serão lastrados para
atender às especificações de peso recomendadas pelo fabricante do
mesmo. A superfície a ser pavimentada obedecerá aos seguintes
requisitos:

▪ Deverá estar seca e limpa, sem presença de pó ou materiais soltos;

▪ Imediatamente antes da pavimentação será feita uma pintura de


ligação nas taxas previamente definidas;

▪ Serão coletadas amostras da emulsão no caminhão espargidor e feita


uma determinação expedita do resíduo antes da aplicação. A taxa
deverá ser ajustada em função da porcentagem de resíduo encontrada;

▪ A pintura de ligação será feita obrigatoriamente com a barra


espargidora. A caneta só será usada para correção de pontos falhos
ou de difícil acesso;

▪ O tráfego de caminhões sobre a pintura só será permitido após o


rompimento e cura da emulsão.

A compressão da mistura será iniciada imediatamente após o


espalhamento e o equipamento deverá atender às definições das
especificações técnicas. A rolagem será iniciada com uma passada de rolo
tandem sem vibrar (Breakdown) logo após o espalhamento, seguida das
seguintes operações:

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▪ Passagem do rolo pneumático com a pressão nos pneus máxima
especificada, que dará o número de passadas necessário a garantir a
compactação da mistura, podendo ser auxiliado por um rolo vibratório;

▪ A rolagem para acabamento da pista e correção de possíveis marcas


de pneus do rolo pneumático será feita com rolo tandem. A temperatura
de rolagem deverá ser aquela capaz de corrigir todas as marcas da
pista, deixando a pista com aspecto uniforme e sem depressões;

▪ A compressão será iniciada pelos bordos, longitudinalmente,


continuando em direção ao eixo da pista;

▪ Nas curvas, de acordo com a superelevação, a compressão deverá


começar sempre do ponto mais baixo para o mais alto;

▪ Cada passada do rolo deverá ser recoberta na seguinte, pelo menos,


30 cm;

▪ Durante a rolagem não serão permitidas mudanças de direção ou


inversões bruscas de marcha, nem estacionamento do equipamento
sobre o revestimento recém-rolado, ainda quente;

▪ Se for utilizada água no rolo tandem, a mesma deverá se apresentar


pulverizada, não se permitindo o escorrimento por gravidade pelo
tambor e empoçamento na superfície da camada;

▪ A abertura ao transito de veículos só será permitida após o completo


resfriamento da camada espalhada.

Pavimento de Concreto

O estabelecimento do traço do concreto será em função da dosagem


experimental (racional), na forma preconizada na NBR 12655, de maneira

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que se obtenha, com os materiais disponíveis, um concreto que satisfaça
as exigências do projeto que se destina (fck).

Os pavimentos constituídos por placas de concreto serão construídos sobre


a superfície de base devidamente executada. As formas serão assentadas
de acordo com os alinhamentos indicados no projeto, uniformemente
apoiadas sobre o leito e fixadas com ponteiras de aço ou outro processo,
de modo a suportar, sem deformação ou movimentos apreciáveis, as
solicitações inerentes ao trabalho.

O topo das formas deverá coincidir com a superfície de rolamento prevista.


Por ocasião da concretagem as formas devem estar limpas, pintadas e
untadas com material adequado, para facilitar a desmoldagem, não se
permitindo o tráfego de veículos ou equipamentos sobre a superfície pronta
para receber o concreto.

O espalhamento do concreto será executado com máquina autopropulsora


(ou manualmente, onde necessário), com auxílio de ferramentas manuais,
evitando sempre a segregação dos materiais. O concreto será distribuído
por faixas e em excesso por toda a largura de cada trecho em execução;
após sua distribuição será rasado a uma altura conveniente para que, após
as operações de adensamento e acabamento, apresente a espessura de
projeto em todos os pontos.

O adensamento do concreto será feito por vibração, com o emprego da


máquina autopropulsora (ou manualmente, onde necessário), exigindo-se
o emprego de vibradores de imersão nas proximidades das formas e nas
placas executadas manualmente.

O acabamento da superfície do concreto será executado mecanicamente,


por máquina autopropulsora, imediatamente após o adensamento.

As depressões observadas à passagem da máquina serão imediatamente


corrigidas com concreto fresco, não sendo permitido o emprego de

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argamassa. A verificação da superfície do concreto será feita em toda a
largura da faixa com régua, disposta paralelamente ao eixo longitudinal do
pavimento, antes do término da pega, e avançando no máximo metade de
seu comprimento cada vez.

Qualquer depressão encontrada será imediatamente preenchida e


qualquer saliência será cortada e igualmente acabada. O acabamento final
da superfície será iniciado assim que desaparecer a água superficial.

O período de cura úmida mantendo o piso saturado com água durante um


período mínimo de 7 dias. As pistas de concretagem serão alternadas,
permitindo tempo mínimo de 24 horas entre placas vizinhas.

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2.3.6. Paisagismo

Plantio de Grama em Placas

A terra a ser utilizada no plantio do revestimento vegetal deverá ser de boa


qualidade, destorroada e armazenada em local adequado. Os adubos
orgânicos ou químicos serão entregues a granel ou ensacados, e
depositados em local preparado e adequado. Antes da aplicação no local
do plantio, será realizada uma mistura desses componentes.

A grama será fornecida em placas retangulares ou quadradas, conforme


definições do fornecedor e/ou especificação de projeto.

As placas deverão chegar à obra podadas, retificadas e compactadas,


sendo empilhadas com altura máxima de 50 cm, em local próximo à área
de utilização.

A água utilizada na irrigação será limpa, isenta de substâncias nocivas e


prejudiciais à terra e às plantas.

O terreno destinado ao plantio será inicialmente limpo de todo o material


prejudicial ao desenvolvimento e manutenção da vegetação, removendo-
se tocos, materiais não biodegradáveis, materiais ferruginosos e outros.

Será feita a rega continuada da área de grama plantada pelo perído


previamente especificado, até ser verificada a pega completa.

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2.3.7. Bacia de Contenção

Escavação Mecanizada

As escavações mecanizadas previstas para a execução da bacia


de contenção serão realizadas seguindo o procedimento já descrito para
as escavações de material de 1ª categoria, no item de Terraplenagem.

Revestimento em PEAD

A FBS para execução da obra ficará responsável pelo recebimento,


descarregamento e armazenamento da geomembrana em local
adequado, conforme as recomendações apresentadas neste documento.

As bobinas de geomembrana serão armazenadas em local adequado,


seguindo todas as recomendações do fabricante, considerando a ordem
de retirada conforme a modulação, para a instalação.

A geomembrana será instalada cuidadosamente sobre a camada pétrea,


para evitar possíveis obstruções dos furos deste.

Deverá ser garantido que a superfície de aplicação esteja limpa, livre de


qualquer impureza ou material que possa puncionar a geomembrana.

A geomembrana será instalada sobre a camada inferior recém executada.


Deverá ser observada a ausência de materiais pontiagudos que possam
puncionar a geomembrana.

Os painéis deverão ser posicionados e abertos respeitando a numeração


e a sequência de instalação previstos na modulação proposta no Plano
de Execução.

Deve-se tomar todo cuidado para evitar danos à geomembrana causados


por quedas de objetos, ou movimentação de pessoas sobre o material.

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Nenhum objeto deve ser posicionado sobre a geomembrana sem a devida
proteção.

O transpasse entre os painéis de geomembrana devem ser feitos


observando a direção predominante do vento, com, no mínimo, 10 cm.
Essa medida visa minimizar o levantamento dos painéis pelo seu efeito. As
emendas entre os painéis de geotêxtil (rolos) deverão ser fixadas por solda
por termofusão e/ou solda por extrusão, seguindo as recomendações
detalhadas nos projetos.

A qualidade dos serviços de instalação da geomembrana será comprovada


através do registro dos trabalhos de instalação, em forma de relatório,
informando a sequência construtiva, o número, a localização e a data de
instalação de cada painel, assim como o “As-Built”. Também será
registrada a execução das emendas, dos ensaios não destrutivos e
destrutivos, a locação dos reparos e as interferências.

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2.3.8. Muro de Arrimo em Concreto Armado

A construção do muro de contenção em concreto armado deverá começar


assim que as áreas de trabalho se apresentarem liberadas, conforme o
avanço das equipes de terraplenagem e drenagem.

Inicialmente deverá ser realizada a locação das obras com o apoio da


equipe de topografia, e em seguida deverão começar as escavações para
a abertura de valas, incluindo a instalação de escoramentos.

As estruturas corresponderão a montagem de formas e aplicação de


armação e concreto moldado “in loco”, seguindo as determinações
dos projetos.

Conforme o avanço de cada etapa das escavações (podendo ser também


pelo método de escavação de cachimbos), as faces das paredes recém
escavadas são preparadas com a aplicação de formas, armações e
escoramento, apara em seguida receber o concreto.

O concreto deverá ter uma resistência característica mínima à


compressão conforme especificado em projeto. As formas e as armações
atenderão às especificações definidas pelo calculista.

Cada camada de concreto lançada será vibrada mecanicamente por meio


de vibradores de imersão ou de parede. O adensamento do concreto será
cuidadoso, evitando-se, desta forma, não só a ocorrência de vazios assim
como a concentração de grandes porções de argamassa em pontos
localizados. Será evitada também, a vibração da armadura, para que não
se formem vazios a seu redor com prejuízo da aderência.

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Enquanto não atingir a resistência necessária o concreto será protegido
contra agentes prejudiciais, tais como mudanças bruscas de temperatura,
secagem, chuva forte ou agentes químicos.

Após a conclusão da construção do muro deverá ser feito o reaterro


compactado de vala, prevendo-se a conformação do terreno nas áreas
adjacentes.

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