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Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

DREN.014/1 – ESCAVAÇÃO MECÂNICA DE MATERIAL DE PRIMEIRA


CATEGORIA ATÉ 2 M DE PROFUNDIDADE. AF_ITA_09/2014
UNIDADE: m3 (metro cúbico)

ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS

1 GENERALIDADES

Esta especificação fixa as condições de execução dos serviços de escavação de


valas de até 2 m de profundidade, conforme seção transversal definida em projeto. O
serviço se aplica no caso de escavações de valas para implantação de redes diversas.

2 MATERIAIS

Solos de primeira categoria: correspondem a solos em geral, de natureza


residual ou sedimentar e seixos rolados ou não com diâmetro máximo de 0,15 cm.

3 EQUIPAMENTOS

A execução deverá prever a utilização racional de equipamento apropriado,


atendidas as condições locais e a produtividade exigida. O seguinte tipo de
equipamento é o mais indicados, podendo ser utilizados outros equipamentos.
Qualquer equipamento a ser utilizado, deve ser previamente aprovado pela
FISCALIZAÇÃO:
• Escavadeira Hidráulica.

4 EXECUÇÃO

Precede-se à escavação os serviços de desmatamento, destocamento e limpeza


do terreno. O serviço deverá ser executado em trechos, de acordo com a capacidade
de produção da equipe e as condições de trabalhabilidade características da obra.
Além da escavação, a execução de valas deverá contemplar os serviços de
escoramento e esgotamento, quando indicado em projeto.
O memorial descritivo do projeto deve contar com elementos técnicos
específicos:
a) métodos e equipamentos a serem utilizados.
b) alternativas para a superação das interferências que potencialmente
serão encontradas durante a escavação;
c) locais mais adequados para a deposição do material proveniente da
escavação;
A escavação deve ser executada de acordo com a previsão de utilização
adequada ou da rejeição dos materiais extraídos. A profundidade da cava deverá ser
compatível com a localização da base do berço sobre o qual será assentada a vala. A
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largura da cava deverá ser superior à do berço em 30 cm para cada lado, de modo a
garantir o manuseio para implantação de formas.
Deverão ser aproveitados na construção dos reaterros os materiais das
escavações, desde que sejam compatíveis com as especificações constantes em
projeto.
Cuidados adicionais:
Durante a execução, o CONTRATADO é responsável pela manutenção dos
caminhos de serviço e reposições referentes a danos ou prejuízos que ocorram em
propriedades lindeiras durante a execução, sem nenhum ônus ao CONTRATANTE.

5 CONTROLE

5.1 CONTROLE GEOMÉTRICO

O acabamento da vala será procedido mecanicamente, de forma a se alcançar a


conformação da seção transversal do projeto, admitindo-se as seguintes tolerâncias:
• Variação da altura máxima de 0,05 m, para mais ou para menos, para o eixo,
bordas e alinhamentos paralelos;
• variação máxima da dimensão horizontal do eixo da vala, em qualquer
direção e sentido, de +0,20 m, não se admitindo variação para menos.

6 MEDIÇÃO

A medição para este serviço será realizada por metro cúbico de material
escavado.
O volume escavado será medido no corte com auxílio de instrumentos
topográficos que medirão as áreas e espessuras das camadas e a distância de
transporte medida entre local do corte e o local de destino. O cálculo dos volumes
deverá ser resultante da aplicação do método da "média das áreas", sendo que a
distância de transporte deverá ser medida em projeção horizontal, ao longo do
percurso seguido pelo equipamento transportador, entre os centros de gravidade das
massas.
No preço unitário dos serviços de escavação deverão estar incluídos, além da
escavação, da carga, do transporte até a distância estabelecida no projeto, da
descarga e do espalhamento do material escavado, os custos diretos e indiretos de
todas as operações e equipamentos, encargos gerais, mão-de-obra e leis sociais,
necessários à completa execução dos serviços. Os preços unitários não indenizam os
custos de aquisição dos materiais de solo de 1ª categoria.
Os materiais a serem armazenados farão jus a uma segunda medição para
pagamento dos serviços referentes ao seu deslocamento do depósito ao local de
utilização definitiva, remunerando-se tão somente sua carga e transporte.
Os materiais escavados deverão ser devidamente classificados, e uma vez
perfeitamente caracterizado o material como rocha, deverá ser procedida a medição
específica do mesmo, não se admitindo, neste caso, classificação percentual do
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referido material. A escavação que apresentar uma mistura de solos e rochas com
limites pouco definidos deverá merecer atenção especial da FISCALIZAÇÃO, de
maneira a permitir uma classificação justa dos materiais escavados.

7 ASPECTOS AMBIENTAIS

Objetivando a preservação ambiental, devem ser devidamente observadas e


adotadas as soluções e os respectivos procedimentos específicos atinentes ao tema
ambiental, definidos e/ou instituídos no instrumental técnico-normativo pertinente
vigente da ANAC, da INFRAERO e do COMAER.
Na exploração dos materiais deve-se atender às recomendações preconizadas
na norma DNER-ES 281. O material somente deverá ser aceito após apresentação da
licença ambiental de operação da jazida cuja cópia da licença deverá ser arquivada
junto ao Livro de Ocorrências da obra.
No decorrer do processo de obtenção de material deverá ser evitada a
localização da jazida em área de preservação ambiental, bem como deverão ser
proibidas as queimadas como forma de desmatamento.
Em todos os locais onde ocorrerem escavações ou aterros necessários à
implantação da obra deverá ser feito revestimento vegetal adequado dos bota-foras, a
fim de proporcionar a manutenção das condições locais e incorporá-los à paisagem
local.
Caso os materiais sejam fornecidos por terceiros deve-se exigir a documentação
atestando a regularidade das instalações, assim como, atestando a regularidade da
exploração da jazida junto ao órgão ambiental competente.
As áreas destinadas ao estacionamento e aos serviços de manutenção dos
equipamentos utilizados no transporte do material devem estar localizadas de forma
que resíduos de lubrificantes e/ou combustíveis não sejam levados até cursos d'agua’

8 REFERÊNCIAS

ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA DNER – ET-DE-Q00/002: Escavação e Carga de


Material. Rio de Janeiro, 2006.

ABNT NBR 12266:92: Projeto e execução de valas para assentamento de


tubulação de água, esgoto ou drenagem urbana. Rio de Janeiro, 1992.

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DREN.022/1 – escoramento de valas TIPO DESCONTÍNUO. AF_ITA_09/2014


UNIDADE: m2 (metro quadrado)

ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS

1 GENERALIDADES

Esta Especificação Técnica fixa as condições de execução e controle do serviço de


escoramento de valas tipo descontínuo. O escoramento corresponde a toda estrutura
destinada a manter estáveis os taludes das escavações e é obrigatório em seções retangulares
de valas com profundidades superiores a 1,30 m conforme item 4.1.4.1 da NBR 12.266 (1992)
da ABNT.
Nos demais casos, a necessidade ou não de escoramento nas valas e a determinação das
dimensões e posições das peças a serem utilizadas devem basear-se no cálculo das pressões
máximas sobre esses escoramentos. Cabe ressaltar ainda que seções trapezoidais ou mistas
dispensam o uso de escoramento, devendo ser indicadas quando houver ocorrência de solo
estável, espaço disponível ou vantagem técnica e/ou econômica.
Os tipos de escoramento utilizados serão especificados em projeto a partir da
observação de fatores locais determinantes tais como a qualidade do terreno, a profundidade
da vala e a proximidade de edificações, redes, postes, muros, cercas ou vias de tráfego. A
largura de vala (L: Figuras 1 e 3) será definida no projeto em função do solo, profundidade,
processo de execução, diâmetro do tubo e do espaço necessário para a execução das juntas.
O escoramento de vala tipo descontínuo é recomendado em terrenos firmes, em cota
superior à do lençol freático, e em profundidades menores ou iguais a 3 m.
NOTA: A presente especificação não prevê o uso de damas na escavação, sendo
necessário efetuar as pertinentes adequações, caso o terreno permita a sua utilização e se
adote essa solução. Essas devem ser utilizadas somente em terrenos firmes, devem ser
intercaladas de 3 m a 5 m e devem ter, no máximo, 1,00 m de comprimento conforme item
4.2.6.2 da NBR 12.266 (1992) da ABNT.

2 MATERIAIS

Para a execução do escoramento de vala tipo descontínuo, utilizam-se de


tábuas/pranchas de peroba (ou madeira dura com resistência e tolerância à umidade
equivalente) com espessura mínima de 2,7 cm e largura mínima de 30 cm (0,027 m x 0,30 m);
longarinas de peroba (ou madeira dura com resistência e tolerância à umidade equivalente)
com espessura mínima de 6 cm e largura mínima de 16 cm (0,06 m x 0,16 m) e estroncas de
eucalipto (ou madeira com resistência e tolerância à umidade equivalente) de diâmetro mínimo
de 0,20 m (comprimento definido de acordo com a largura da vala, definida em projeto).

3 EQUIPAMENTOS

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Os equipamentos devem ser do tipo, tamanho e quantidade que venham a ser


necessários para a execução satisfatória dos serviços. Os equipamentos mínimos requeridos
são os descritos a seguir:
a) Bate-estaca/marreta e luvas;
b) Serradora, pregos, mãos francesas; e
c) Ferramentas manuais diversas.

4 EXECUÇÃO

Em valas com profundidade inferior a 1,25 m deve ser utilizado escoramento sempre
que as paredes laterais forem constituídas de solo passível de desmoronamento, bem como
nos casos em que, devido aos serviços de escavação, constate-se a possibilidade de alteração
da estabilidade do que estiver próximo à região dos serviços.
No caso de escavação manual de valas, o escoramento deve ser executado
concomitantemente à escavação. A remoção do escoramento deve ser feita cuidadosamente e
à medida que for sendo feito o reaterro. O escoramento não deve ser retirado antes do
preenchimento atingir 0,60 m acima da tubulação ou 1,50 m abaixo da superfície natural do
terreno, desde que este seja de boa qualidade. Caso contrário, o escoramento somente deve
ser retirado quando a vala estiver totalmente preenchida.
Se, por algum motivo, o escoramento tiver que ser deixado definitivamente na vala,
deve ser retirado da cortina de escoramento uma faixa de aproximadamente 90 cm abaixo do
nível do pavimento, ou da superfície existente.
Os materiais usados devem ser isentos de trincas, falhas ou nós, para não comprometer
a resistência aos esforços a suportar. Caso não seja possível utilizar peças com as bitolas
especificadas, as mesmas devem ser substituídas por outras com módulo de resistência
equivalente, sem ônus adicional.
Devem ser cravadas tábuas de peroba com espessura mínima de 2,7 cm e largura
mínima de 30 cm (0,027 m x 0,30 m), dispostas verticalmente, espaçadas de no máximo 0,30 m,
travadas horizontalmente por longarinas com espessura mínima de 6 cm e largura mínima de
16 cm (0,06 m x 0,16 m), espaçadas verticalmente por uma distância máxima de 1 m com
estroncas de eucalipto de diâmetro mínimo de 0,20 m, espaçadas entre si por uma distância
máxima de 1,35 m, sendo que a primeira estronca deverá ser colocada a 0,40 m da
extremidade da longarina, conforme detalhes construtivos apresentados a seguir.

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Figura 1 – Planta do escoramento descontínuo (NBR 12.226 da ABNT)

Figura 2 – Corte longitudinal do escoramento descontínuo (NBR 12.226 da ABNT)

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Figura 3 – Corte transversal do escoramento descontínuo (NBR 12.226 da ABNT)

5 CONTROLE

O controle será executado através de cuidados construtivos especiais (CEHOP,


2003) como, por exemplo:
• As estroncas devem ficar rigorosamente perpendiculares ao plano do
escoramento;
• Para se evitar sobrecarga no escoramento, o material escavado deverá ser
colocado a uma distância da vala equivalente, no mínimo, à sua profundidade;
• Evitar ao máximo a entrada ou percolação de águas pluviais na vala, devendo
para isto a Contratada:
a) Executar, quando necessário, mureta de proteção ao longo da vala;
b) No aparecimento de trincas laterais na vala, providenciar sua vedação e
impermeabilização da área com asfalto;
c) Vistoriar, junto às sarjetas, se há penetração de água, e, em caso positivo,
vedar com asfalto;

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d) Sempre que forem encontradas tubulações ao longo do eixo da vala, estas


deverão ser escoradas com pontaletes, junto às bolsas, antes do aterro da
vala.
Adicionalmente, recomenda-se que sejam executadas vistorias (prévia e posterior) das
edificações, redes e pátios presentes na vizinhança dos escoramentos.
O monitoramento do estado prévio das instalações visa detectar se o escoramento
coibiu o surgimento de fissuras ou outros defeitos. Recomenda-se que essa vistoria seja feita
em conjunto com o responsável pela instalação e que a mesma gere um relatório descritivo dos
defeitos previamente existentes. Esse relatório de vistoria deve ser registrado em Cartório e é
chamado Vistoria Ad Perpetuam Rei Memoriam (NUVOLARI, 2003).

6 ASPECTOS AMBIENTAIS

Devem ser observadas medidas visando à preservação do meio ambiente, no decorrer


das operações destinadas à execução do serviço de escoramento de vala tipo descontínuo,
exigindo-se, entre outros, os procedimentos a seguir descritos:
a) Somente utilizar madeiras roliças ou serradas, originárias de fornecedor com
licença ambiental de exploração;
b) O material resultante da retirada do escoramento deve ser removido do local da
obra, sendo convenientemente depositado em local que não permita sua
condução pelos cursos d´água.
Os cuidados, para a preservação ambiental, referem-se ainda ao cuidado para disciplina
do tráfego e do estacionamento dos equipamentos.

7 MEDIÇÃO

Os serviços aceitos serão medidos por metro quadrado de área escorada,


independentemente da profundidade, da largura da vala ou da dimensão do diâmetro.
Quando executado em valas, a profundidade utilizada será a média entre a seção
montante e a jusante.

8 REFERÊNCIAS

Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT. NBR 12.266 – Projeto e


execução de valas para assentamento de tubulação de água esgoto ou drenagem
urbana – Procedimento. 1992. 17 p.
NUVOLARI, A. Esgoto Sanitário – Coleta, transporte, tratamento e reúso
agrícola. 1ª Ed. 2003. 524 p.
Companhia Estadual de Habitação e Obras Públicas – CEHOP. Escoramentos
de Valas, Cavas e Poços. 2003. 8 p.

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DREN.023/1 – ESCORAMENTO DE VALAS TIPO PONTALETEAMENTO.


AF_ITA_09/2014
UNIDADE: m2 (metro quadrado)

ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS

1 GENERALIDADES

Esta Especificação Técnica fixa as condições de execução e controle do serviço de


escoramento de vala tipo pontaleteamento. O escoramento corresponde a toda estrutura
destinada a manter estáveis os taludes das escavações e é obrigatório em seções retangulares
de valas com profundidades superiores a 1,30 m conforme item 4.1.4.1 da NBR 12266 (1992) da
ABNT.
Nos demais casos, a necessidade ou não de escoramento nas valas e a determinação das
dimensões e posições das peças a serem utilizadas devem basear-se no cálculo das pressões
máximas sobre esses escoramentos. Cabe ressaltar ainda que seções trapezoidais ou mistas
dispensam o uso de escoramento, devendo ser indicadas quando houver ocorrência de solo
estável, espaço disponível ou vantagem técnica e/ou econômica.
Os tipos de escoramento utilizados serão especificados em projeto a partir da
observação de fatores locais determinantes tais como a qualidade do terreno, a profundidade
da vala e a proximidade de edificações, redes, postes, muros, cercas ou vias de tráfego. A
largura de vala (L: Figuras 1 e 3) será definida no projeto em função do solo, profundidade,
processo de execução, diâmetro do tubo e do espaço necessário para a execução das juntas.
O escoramento de vala tipo pontaleteamento é recomendado em solos coesivos,
geralmente em cota superior à do lençol freático e em profundidades menores ou iguais a 2 m.
NOTA: A presente especificação não prevê o uso de damas na escavação, sendo
necessário efetuar as pertinentes adequações, caso o terreno permita a sua utilização e se
adote essa solução. Essas devem ser utilizadas somente em terrenos firmes, devem ser
intercaladas de 3 m a 5 m e devem ter, no máximo, 1,00 m de comprimento conforme item
4.2.6.2 NBR 12266 (1992) da ABNT.

2 MATERIAIS

Para a execução do escoramento de vala tipo pontaleteamento, necessita-se de


tábuas/pranchas de peroba (ou madeira dura com resistência e tolerância à umidade equivalente)
com espessura mínima de 2,7 cm e largura mínima de 30 cm (0,027 m x 0,30 m); estroncas de
eucalipto (ou madeira com resistência e tolerância à umidade equivalente) de diâmetro mínimo
de 0,20 m (comprimento definido de acordo com a largura da vala, definida em projeto).

3 EQUIPAMENTOS

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Os equipamentos devem ser do tipo, tamanho e quantidade que venham a ser


necessários para a execução satisfatória dos serviços. Os equipamentos mínimos
requeridos são os descritos a seguir:

d) Bate-estaca / marreta e luvas; e


e) Ferramentas manuais diversas.

4 EXECUÇÃO

Em valas com profundidade inferior a 1,25 m deve ser utilizado escoramento sempre que
as paredes laterais forem constituídas de solo passível de desmoronamento, bem como nos
casos em que, devido aos serviços de escavação, constate-se a possibilidade de alteração da
estabilidade do que estiver próximo à região dos serviços.
No caso de escavação manual de valas, o escoramento deve ser executado
concomitantemente à escavação. A remoção do escoramento deve ser feita cuidadosamente e
à medida que for sendo feito o reaterro. O escoramento não deve ser retirado antes do
preenchimento atingir 0,60 m acima da tubulação ou 1,50 m abaixo da superfície natural do
terreno, desde que este seja de boa qualidade. Caso contrário, o escoramento somente deve
ser retirado quando a vala estiver totalmente preenchida.
Se, por algum motivo, o escoramento tiver que ser deixado definitivamente na vala, deve
ser retirado da cortina de escoramento uma faixa de aproximadamente 90 cm abaixo do nível do
pavimento, ou da superfície existente.
Os materiais usados devem ser isentos de trincas, falhas ou nós, para não comprometer a
resistência aos esforços a suportar. Caso não seja possível utilizar peças com as bitolas
especificadas, as mesmas devem ser substituídas por outras com módulo de resistência
equivalente, sem ônus adicional.
Devem ser cravadas tábuas de peroba com espessura mínima de 2,7 cm e largura mínima
de 30 cm (0,027 m x 0,30 m), dispostas verticalmente, espaçadas de no máximo 1,35 m (eixo a
eixo), travadas horizontalmente por estroncas de eucalipto de diâmetro mínimo de 0,20 m,
espaçadas verticalmente por uma distância máxima de 1,00 m conforme detalhes construtivos
apresentados a seguir.

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Figura 1 – Planta do escoramento por pontaleteamento (NBR 12.226 da ABNT)

Figura 2 – Corte longitudinal do escoramento por pontaleteamento


(NBR 12.226 da ABNT)

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Figura 3 – Corte transversal do escoramento por pontaleteamento


(NBR 12.226 da ABNT)

5 CONTROLE

O controle será executado através de cuidados construtivos especiais (CEHOP, 2003)


como, por exemplo:
• As estroncas devem ficar rigorosamente perpendiculares ao plano do
escoramento;
• Para se evitar sobrecarga no escoramento, o material escavado deverá ser
colocado a uma distância da vala equivalente, no mínimo, à sua profundidade;
• Evitar ao máximo a entrada ou percolação de águas pluviais na vala, devendo
para isto a Contratada:
a) Executar, quando necessário, mureta de proteção ao longo da vala;
b) No aparecimento de trincas laterais na vala, providenciar sua vedação e
impermeabilização da área com asfalto;
c) Vistoriar, junto às sarjetas, se há penetração de água, e, em caso positivo,
vedar com asfalto;
d) Sempre que forem encontradas tubulações ao longo do eixo da vala, estas
deverão ser escoradas com pontaletes, junto às bolsas, antes do aterro da
vala.

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Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

Adicionalmente, recomenda-se que sejam executadas vistorias (prévia e posterior) das


edificações, redes e pátios presentes na vizinhança dos escoramentos.
O monitoramento do estado prévio das instalações visa detectar se o escoramento
coibiu o surgimento de fissuras ou outros defeitos. Recomenda-se que essa vistoria seja feita
em conjunto com o responsável pela instalação e que a mesma gere um relatório descritivo dos
defeitos previamente existentes. Esse relatório de vistoria deve ser registrado em Cartório e é
chamado Vistoria Ad Perpetuam Rei Memoriam (NUVOLARI, 2003).

6 ASPECTOS AMBIENTAIS

Devem ser observadas medidas visando à preservação do meio ambiente, no


decorrer das operações destinadas à execução do serviço de escoramento de vala tipo
pontaleteamento, exigindo-se, entre outros, os procedimentos a seguir descritos:
a) Somente utilizar madeiras roliças ou serradas, originárias de fornecedor com
licença ambiental de exploração;
b) O material resultante da retirada do escoramento deve ser removido do local da
obra, sendo convenientemente depositado em local que não permita sua
condução pelos cursos d´água.
Os cuidados, para a preservação ambiental, referem-se ainda ao cuidado para disciplina
do tráfego e do estacionamento dos equipamentos.

7 MEDIÇÃO

Os serviços aceitos serão medidos por metro quadrado de área escorada,


independentemente da profundidade, da largura da vala ou da dimensão do diâmetro. Quando
executado em valas, a profundidade utilizada será a média entre a seção montante e a jusante.

8 REFERÊNCIAS

Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT. NBR 12.266 – Projeto e


execução de valas para assentamento de tubulação de água esgoto ou drenagem
urbana – Procedimento. 1992. 17 p.
NUVOLARI, A. Esgoto Sanitário – Coleta, transporte, tratamento e reúso
agrícola. 1ª Ed. 2003. 524 p.
Companhia Estadual de Habitação e Obras Públicas – CEHOP. Escoramentos
de Valas, Cavas e Poços. 2003. 8 p.

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DREN.024/1 – ESCORAMENTO DE VALAS TIPO CONTÍNUO. AF_ITA_09/2014


UNIDADE: m2 (metro quadrado)

ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS

1 GENERALIDADES

Esta Especificação Técnica fixa as condições de execução e controle do serviço de


escoramento de vala tipo contínuo. O escoramento corresponde a toda estrutura destinada a
manter estáveis os taludes das escavações e é obrigatório em seções retangulares de valas com
profundidades superiores a 1,30 m conforme item 4.1.4.1 da NBR 12266 (1992) da ABNT.
Nos demais casos, a necessidade ou não de escoramento nas valas e a determinação das
dimensões e posições das peças a serem utilizadas devem basear-se no cálculo das pressões
máximas sobre esses escoramentos. Cabe ressaltar ainda que seções trapezoidais ou mistas
dispensam o uso de escoramento, devendo ser indicadas quando houver ocorrência de solo
estável, espaço disponível ou vantagem técnica e/ou econômica.
Os tipos de escoramento utilizados serão especificados em projeto a partir da
observação de fatores locais determinantes tais como a qualidade do terreno, a profundidade
da vala e a proximidade de edificações, redes, postes, muros, cercas ou vias de tráfego. A
largura de vala (L: Figuras 1 e 3) será definida no projeto em função do solo, profundidade,
processo de execução, diâmetro do tubo e do espaço necessário para a execução das juntas.
O escoramento de vala tipo contínuo é recomendado em qualquer tipo de solo (exceto
os arenosos na presença de água do lençol freático), em cota superior à do lençol freático, e em
profundidades menores ou iguais a 4 m.
NOTA: A presente especificação não prevê o uso de damas na escavação, sendo
necessário efetuar as pertinentes adequações, caso o terreno permita a sua utilização e se
adote essa solução. Essas devem ser utilizadas somente em terrenos firmes, devem ser
intercaladas de 3 m a 5 m e devem ter, no máximo, 1,00 m de comprimento conforme item
4.2.6.2 da NBR 12266 (1992) da ABNT.

2 MATERIAIS

Para a execução do escoramento de vala tipo contínuo, necessita-se de tábuas/


pranchas de peroba (ou madeira dura com resistência e tolerância à umidade equivalente) com
espessura mínima de 2,7 cm e largura mínima de 30 cm (0,027 m x 0,30 m); longarinas de
peroba (ou madeira dura com resistência e tolerância à umidade equivalente) com espessura
mínima de 6 cm e largura mínima de 16 cm (0,06 m x 0,16 m) e estroncas de eucalipto (ou
madeira com resistência e tolerância à umidade equivalente) de diâmetro mínimo de 0,20 m
(comprimento definido de acordo com a largura da vala, definida em projeto).

3 EQUIPAMENTOS

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Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

Os equipamentos devem ser do tipo, tamanho e quantidade que venham a ser


necessários para a execução satisfatória dos serviços. Os equipamentos mínimos
requeridos são os descritos a seguir:

f) Bate-estaca / marreta e luvas;


g) Serradora, pregos, mãos francesas; e
h) Ferramentas manuais diversas.

4 EXECUÇÃO

Em valas com profundidade inferior a 1,25 m deve ser utilizado escoramento sempre
que as paredes laterais forem constituídas de solo passível de desmoronamento, bem como
nos casos em que, devido aos serviços de escavação, constate-se a possibilidade de alteração
da estabilidade do que estiver próximo à região dos serviços.
No caso de escavação manual de valas, o escoramento deve ser executado
concomitantemente à escavação. A remoção do escoramento deve ser feita cuidadosamente e
à medida que for sendo feito o reaterro. O escoramento não deve ser retirado antes do
preenchimento atingir 0,60 m acima da tubulação ou 1,50 m abaixo da superfície natural do
terreno, desde que este seja de boa qualidade. Caso contrário, o escoramento somente deve
ser retirado quando a vala estiver totalmente preenchida.
Se, por algum motivo, o escoramento tiver que ser deixado definitivamente na vala,
deve ser retirado da cortina de escoramento uma faixa de aproximadamente 90 cm abaixo do
nível do pavimento, ou da superfície existente.
Os materiais usados devem ser isentos de trincas, falhas ou nós, para não comprometer
a resistência aos esforços a suportar. Caso não seja possível utilizar peças com as bitolas
especificadas, as mesmas devem ser substituídas por outras com módulo de resistência
equivalente, sem ônus adicional.
Devem ser cravadas tábuas de peroba com espessura mínima de 2,7 cm e largura
mínima de 30 cm (0,027 m x 0,30 m), dispostas verticalmente de modo a cobrir toda a
superfície lateral da vala, travadas umas às outras horizontalmente por longarinas com
espessura mínima de 6 cm e largura mínima de 16 cm (0,06 m x 0,16 m) em toda a sua
extensão, espaçadas verticalmente por uma distância máxima de 1 m com estroncas de
eucalipto de diâmetro mínimo de 0,20 m, espaçadas entre si por uma distância máxima de 1,35
m, sendo que a primeira estronca deverá ser colocada a 0,40 m da extremidade da longarina,
conforme detalhes construtivos apresentados a seguir.

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Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

Figura 1 – Planta do escoramento contínuo (NBR 12.226 da ABNT)

Figura 2 – Corte longitudinal do escoramento contínuo (NBR 12.226 da ABNT)

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Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

Figura 3 – Corte transversal do escoramento contínuo (NBR 12.226 da ABNT)

5 CONTROLE

O controle será executado através de cuidados construtivos especiais (CEHOP, 2003)


como, por exemplo:
• As estroncas devem ficar rigorosamente perpendiculares ao plano do
escoramento;
• Para se evitar sobrecarga no escoramento, o material escavado deverá ser
colocado a uma distância da vala equivalente, no mínimo, à sua profundidade;
• Evitar ao máximo a entrada ou percolação de águas pluviais na vala, devendo
para isto a Contratada:
a) Executar, quando necessário, mureta de proteção ao longo da vala;
b) No aparecimento de trincas laterais na vala, providenciar sua vedação e
impermeabilização da área com asfalto;
c) Vistoriar, junto às sarjetas, se há penetração de água, e, em caso positivo,
vedar com asfalto;

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d) Sempre que forem encontradas tubulações ao longo do eixo da vala, estas


deverão ser escoradas com pontaletes, junto às bolsas, antes do aterro da
vala.
Adicionalmente, recomenda-se que sejam executadas vistorias (prévia e posterior) das
edificações, redes e pátios presentes na vizinhança dos escoramentos.
O monitoramento do estado prévio das instalações visa detectar se o escoramento
coibiu o surgimento de fissuras ou outros defeitos. Recomenda-se que essa vistoria seja feita
em conjunto com o responsável pela instalação e que a mesma gere um relatório descritivo dos
defeitos previamente existentes. Esse relatório de vistoria deve ser registrado em Cartório e é
chamado Vistoria Ad Perpetuam Rei Memoriam (NUVOLARI, 2003).

6 ASPECTOS AMBIENTAIS

Devem ser observadas medidas visando à preservação do meio ambiente, no decorrer


das operações destinadas à execução do serviço de escoramento de vala tipo pontaleteamento,
exigindo-se, entre outros, os procedimentos a seguir descritos:
a) Somente utilizar madeiras roliças ou serradas, originárias de fornecedor com
licença ambiental de exploração;
b) O material resultante da retirada do escoramento deve ser removido do local da
obra, sendo convenientemente depositado em local que não permita sua
condução pelos cursos d´água.
Os cuidados, para a preservação ambiental, referem-se ainda ao cuidado para
disciplina do tráfego e do estacionamento dos equipamentos.

7 MEDIÇÃO

Os serviços aceitos serão medidos por metro quadrado de área escorada,


independentemente da profundidade, da largura da vala ou da dimensão do diâmetro.
Quando executado em valas, a profundidade utilizada será a média entre a seção
montante e a jusante.

8 REFERÊNCIAS

Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT. NBR 12.266 – Projeto e


execução de valas para assentamento de tubulação de água esgoto ou drenagem
urbana – Procedimento. 1992. 17 p.
NUVOLARI, A. Esgoto Sanitário – Coleta, transporte, tratamento e reúso
agrícola. 1ª Ed. 2003. 524 p.
Companhia Estadual de Habitação e Obras Públicas – CEHOP. Escoramentos
de Valas, Cavas e Poços. 2003. 8 p.

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Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

DREN.055/1 – TUBULAÇÃO EM CONCRETO ARMADO PARA DRENAGEM DE


ÁGUAS PLUVIAIS - CLASSE PA-3 PB NBR-8890/2007, DIÂMETRO NOMINAL 300
MM, INCLUINDO BERÇO DE CONCRETO. AF_ITA_09/2014
UNIDADE: m (metro)

ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS

1 GENERALIDADES

Esta Especificação Técnica fixa as condições de execução de tubulação de


concreto armado, de diâmetro nominal 300 mm, para drenagem de águas pluviais, com
o objetivo de possibilitar a passagem de águas através de obstáculos, aterros ou
pavimentações. A classe dos tubos utilizada na execução do serviço é a PA-3 PB,
conforme a norma ABNT NBR 8890/2007, sendo executado também o berço de
concreto, conforme dimensões e detalhes constantes da figura a seguir.

Esta especificação abrange os serviços de escavação da vala, apiloamento do


fundo da vala, lançamento, adensamento e cura do concreto do berço, lançamento da
tubulação, e reaterro compactado da vala.
Página 19
Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

2 MATERIAIS

2.1 TUBOS DE CONCRETO

Os tubos de concreto deverão ser da classe PA-3 com diâmetro nominal igual
300 mm para águas pluviais, serão de encaixe, tipo “ponta e bolsa” ou “macho e
fêmea” e deverão seguir as exigências da norma NBR 8890/2007 - "Tubo de concreto
de seção circular para águas pluviais e esgotos sanitários - Requisitos e métodos de
ensaios".
O concreto usado para fabricação dos tubos será confeccionado de acordo com
as normas NBR 6118/2003, NBR 12655/1996, NBR 7187/2003 e DNER-ES 330/97 e
dosado experimentalmente para a resistência à compressão (fckmín) aos 28 dias de 15
MPa. As juntas para os tubos destinados a águas pluviais podem ser rígidas ou
elásticas.
Deverão ser obedecidas as exigências quanto à resistência a compressão
diametral, em função do tipo e do diâmetro para sua aceitação, conforme dado a
seguir, de acordo com a norma NBR 8890/2007.
• Resistência à compressão diametral de tubos de concreto armado, carga
mínima de trinca de 27,0 kN/m, para o diâmetro nominal de 300 mm.

• Resistência à compressão diametral de tubos de concreto armado, carga


mínima de ruptura de 41,0 kN/m, para o diâmetro nominal de 300 mm.

• Carga diametral de fissura/ruptura de tubos de concreto armado, de 90


kN/m, para diâmetro nominal de 300 mm.

As dimensões a serem consideradas para a tubulação de concreto armado


utilizados para a drenagem de águas pluviais são dadas na Tabela 1.

Tabela 1 – Dimensões dos tubos de concreto armado destinados a águas


pluviais

Diâmetro Comprimento Comprimento Espessura


Folga máxima
nominal DN útil mínimo do mínimo da mínima de
da bolsa (mm)
(mm) tubo (mm) bolsa (mm) parede (mm)
300 1000 60 15 45

2.2 CONCRETO PARA O BERÇO

O concreto para a confecção do berço dos tubos deverá ser dosado de forma a
atender uma resistência à compressão simples mínima aos 28 dias (fckmín) de 15 MPa
e deverá ser preparado como estabelecido pelas normas NBR 6118/2003, NBR
7187/2003, NBR 12655/1996 e DNER-ES 330/1997.

Página 20
Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

2.3 MATERIAL DE REJUNTAMENTO

O rejuntamento da tubulação dos bueiros será feito de acordo com o


estabelecido nos projetos específicos e, na falta de outra indicação, deverá atender ao
traço mínimo de 1:4 em massa, executado a aplicado de acordo com o que dispõe a
DNER-ES 330/1997.
O rejuntamento deverá ser feito de modo a atingir toda a circunferência da
tubulação, a fim de garantir sua estanqueidade.

2.4 MATERIAL PARA REATERRO

O reaterro deverá ser realizado com material selecionado da escavação da vala


ou outro indicado pela FISCALIZAÇÃO. Não deverá possuir partículas que fiquem
retidas na peneira de 2”, não poderá ser argila plástica (IP > 12) e a granulometria
deverá ter, no mínimo, 95% passando na peneira de ½” e 95% retido na peneira n° 4.

3 EQUIPAMENTOS

Os equipamentos necessários à execução dos serviços serão adequados aos


locais de instalação das obras referidas, atendendo ao que dispõem as prescrições
específicas para os serviços similares. Recomenda-se, no mpinimo, os seguintes
equipamentos:
• equipamento para movimentação dos tubos, podendo ser um caminhão
provido com um guindaste hidráulico, ou caminhão com grua ou “Munck”;
• caminhão basculante;
• betoneiras ou centrais de concreto para o preparo do concreto do berço
ou do envelopamento dos tubos;
• motonivelaroda;
• pá-carregadeira;
• rolo compactador metálico;
• Retroescavadeiras ou valetadeiras mecânicas para a escavação das
valas;
• compactadores mecânicos manuais, para iniciar o aterro sobre os tubos;
• serra elétrica para formas;
• equipamentos para o lançamento do concreto e vibradores de imersão.
A escavação da vala deverá ser executada preferencialmente com escavadeira
hidráulica, podendo ser utilizada retroescavadeira quando o terreno permitir.
Deverá ser utilizado soquete vibratório compactador do tipo sapo para o serviço
de reaterro das valas e compactador manual tipo maço (30 kg) para o serviço de
apiloamento do fundo da vala.

Página 21
Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

Todo equipamento a ser utilizado deverá ser vistoriado, antes do início da


execução do serviço de modo a garantir as condições apropriadas de operação, sem o
que não será autorizada sua utilização.

4 EXECUÇÃO

4.1 ESCAVAÇÃO DA VALA

Para a execução do serviço de escavação de vala deverá ser utilizada


preferencialmente escavadeira hidráulica ou, quando o terreno apresentar baixa
resistência, poderá ser utilizada a retroescavadeira. O material proveniente da
escavação deverá ser estocado no local para posterior execução da recomposição do
terreno, quando adequado, sendo o excesso, se for o caso, destinado ao local de bota-
fora. Caberá à FISCALIZAÇÃO definir o destino do material excedente, que poderá ser
utilizado nos corpos de aterro ou lançado em bota-fora.
A execução das aberturas das valas para a instalação da tubulação de concreto
deverá ser acompanhada de serviços de topografia, onde deverão ser tomados todos
os procedimentos necessários, visando garantir a posição do eixo do tubo de concreto
e a altura adequada do berço, de forma a conformar o terreno de acordo com as cotas
indicadas em projeto.
A largura da vala deverá ser adequada à instalação do tubo e, ainda, permitir
uma fácil movimentação dos montadores e auxiliares durante a execução dos serviços
de concretagem do berço e de implantação dos tubos. Sendo assim, para
profundidades de vala menores ou iguais a 1,50 m, deverá ser adotada uma largura
adicional mínima de cada lado do envelope de 0,10 m. Para profundidades de vala
maiores que 1,50 m, a largura adicional deverá ser fixada de acordo com as
peculiaridades de cada caso.
O escoramento da vala, quando necessário, deve ser executado de acordo com
um plano previamente apresentado pela CONTRATADA. Cuidados especiais deverão
ser tomados nos casos de profundidades elevadas (maiores que 1,50 m), má qualidade
do solo, reduzida inclinação dos taludes, movimentação de cargas pesadas nas
proximidades, condições climáticas desfavoráveis e proximidades de obras existentes
que possam ser comprometidas pelas escavações. Quando da presença de água no
fundo da vala, recomenda-se a aplicação de uma camada de brita, recoberta com
areia.

4.2 PREPARAÇÃO DA BASE

A base deverá ficar uniformemente distribuída e o material convenientemente


compactado. A compactação da base do fundo da vala (apiloamento) deverá ser
executada com compactador manual do tipo maço, de 30 kg.
Os tubos de concreto deverão ser assentados sobre berços de concreto simples
(fck > 15 MPa). O concreto simples para o berço deve ser lançado sobre formas
devidamente instaladas, podendo ser de madeira ou outro material adequado. As
dimensões devem seguir os requisitos de projeto.

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Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

4.3 ASSENTAMENTO DOS TUBOS DE CONCRETO ARMADO

Somente após a concretagem, acabamento e cura do berço serão feitas a


colocação, assentamento e rejuntamento dos tubos, com argamassa cimento-areia,
traço 1:4 em massa.
O rejuntamento dos tubos deverá ser feito com argamassa de cimento e areia
em toda a sua circunferência, de forma a garantir a completa estanqueidade.
A complementação do berço compreende o envolvimento do tubo com o mesmo
tipo de concreto, obedecendo a geometria prevista no projeto-tipo.

4.4 REATERRO DA VALA

Após a remoção completa dos entulhos e completo esgotamento de água,


deverá ser executado o reaterro da vala, em camadas não superiores a 15 cm de
espessura, de modo a garantir apoio lateral uniforme em toda a altura do tubo, sem
danificá-lo, através de compactação mecânica com soquete vibratório do tipo Sapo. A
densidade do material utilizado no reaterro deverá obedecer aos requisitos de projeto
para a compactação de solo, podendo variar dependendo da localização de instalação
do tubo. O material poderá ser o mesmo que foi retirado quando da abertura das valas,
desde que esteja isento de pedras, detritos e outras impurezas.
Os rolos compactadores somente poderão atuar sobre os tubos quando a altura
de aterro de recobrimento for superior a 50 cm.
A altura mínima de recobrimento para os tubos irá depender do tipo de trem de
pouso da aeronave de projeto e do seu peso máximo de decolagem. A Tabela 2
apresenta os valores do recobrimento mínimo, medido a partir da geratriz superior do
tubo.
Tabela 2 – Altura mínima de recobrimento de tubos de concreto armado
assentados sobre berço de concreto simples
Altura de recobrimento dos tubos enterrados sobre pavimento flexível (m)
Peso máx. de decolagem Tubo de concreto do tipo
Tipo do trem de pouso
(tf) PA-3
Simples 10,00 0,50
Duplo 30,00 0,60
Duplo 75,00 1,00
Duplo Tandem 200,00 1,25
Triplo Tandem 350,00 1,60
No caso de pavimentos rígidos, utilizar, para qualquer carregamento, a altura do
recobrimento mínima do carregamento de rodas simples da Tabela 2.
Ao ser concluído o reaterro, todo o material remanescente deverá ser removido
para o local de bota-fora aprovado pela Fiscalização. O terreno deverá ser entregue
limpo e nivelado.

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Quando as alturas mínimas de recobrimento sob pavimentos, apresentadas na


Tabela 2, não puderem ser respeitadas, além do berço de concreto, os tubos deverão
ser totalmente envelopados em concreto simples (fck > 15 MPa). O envelope de
concreto deverá ser medido e pago separadamente desta Especificação.

5 CONTROLE

5.1 CONTROLE TECNOLÓGICO

O controle tecnológico do concreto empregado no berço será realizado de


acordo com as normas NBR 12654/1992, NBR 12655/1996 e DNER-ES 330/1997.
Deverá ser estabelecido, previamente, o plano de retirada dos corpos-de-prova de
concreto e das amostras de aço, cimento, agregados e demais materiais, de forma a
satisfazer as especificações respectivas.
Os tubos de concreto deverão ser submetidos a medições e ensaios para serem
aceitos. Caso alguma das recomendações não sejam satisfeitas o lote por inteiro será
rejeitado. Os lotes são formados por tubos de mesmo diâmetro. O tamanho dos lotes
será definido pela FISCALIZAÇÃO, não podendo ser superior a 100 (cem) tubos. Para
cada lote de até 100 (cem) tubos de mesmo diâmetro, 04 (quatro) deles deverão ser
selecionados para a realização de ensaios, sendo 02 (dois) para ensaios de
Compressão Diametral e 02 (dois) para ensaios de Permeabilidade. Os resultados dos
ensaios deverão ser confrontados com os limites estabelecidos pela NSMA 85-2, da
Diretoria de Engenharia da Aeronáutica e pela NBR 8890/2003.
Em relação às dimensões do tubo, as seguintes observações devem ser feitas:
• o diâmetro interno de pelo menos 90% dos tubos do lote não poderá
diferir do diâmetro nominal correspondente;
• variações no diâmetro interno, para qualquer seção transversal do tubo,
não poderão diferir de 1% do diâmetro interno médio;
• para a espessura de parede não são admitidas diferenças para menos de
5% da espessura declarada ou 5 mm, adotando-se sempre o menor valor;
• o comprimento útil não deve diferir da dimensão declarada em mais de 20
mm para menos nem mais de 50 mm para mais.
Em relação ao acabamento do tubo, as seguintes observações devem ser feitas:
• as superfícies internas e externas dos tubos devem ser regulares e
homogêneas, compatíveis com o processo de fabricação, não devendo
apresentar defeitos visíveis a olho nu ou detectáveis através de
percussão, e que sejam prejudiciais à qualidade do tubo quanto à
resistência, impermeabilidade e durabilidade;
• não são permitidos retoques com nata de cimento ou com outros
materiais, visando esconder defeitos. Após o fim de pega do cimento e
mediante aprovação da Fiscalização, podem ser executados reparos de
defeitos, de dimensões inferiores ao especificado anteriormente, com

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Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

materiais e procedimentos adequados e fiscalizados pela Fiscalização,


bem como fissuras superficiais;
• podem ser aceitos bolhas ou furos superficiais com diâmetros inferiores
ou iguais a 10 mm e profundidade inferior ou igual a 5 mm;
• o acabamento da superfície interna do tubo deve ser avaliado com o
gabarito previamente fabricado, indicado na norma NBR 8890/2003, que
deve ser rolado sobre esta em movimentos circulares com o eixo paralelo
ao eixo do tubo. Devem ser aprovados os tubos cuja parede não é tocada
pela parte central do gabarito.

5.2 CONTROLE TOPOGRÁFICO

O controle será realizado através da verificação topográfica de cotas,


alinhamento, dimensões e locação. O serviço deverá ser refeito caso não sejam
respeitadas as exigências de projeto.

5.3 CONTROLE GEOTÉCNICO

O reaterro sobre os tubos será controlado pelas Especificações Gerais para


Obras de Infraestrutura Aeroportuária para Aterros, da Diretoria de Engenharia da
Aeronáutica, e das próprias especificações técnicas do SINAPI Aeroportuário,
dependendo do ensaio de compactação utilizado e do grau de compactação a ser
executado no local.

6 ASPECTOS AMBIENTAIS

No decorrer das operações destinadas às execuções dos dispositivos de


drenagem deverão ser observados cuidados visando à preservação do meio ambiente,
tais que:
• Quando houver excesso de material de escavação ou sobras, deverá ser
removido das proximidades dos dispositivos, de modo a não provocar o
seu entupimento, sendo conduzido para bota-fora licenciado
ambientalmente indicado pela CONTRATADA.
• O material excedente removido será transportado para local pré-definido
em conjunto com a Fiscalização cuidando-se ainda para que este material
não seja conduzido para os cursos d'água, de modo a não causar
assoreamento.
• Nos pontos de deságue dos dispositivos deverão ser executadas obras de
proteção de forma a evitar a erosão das vertentes ou assoreamento de
cursos d’água.
• Em todos os locais onde ocorrerem escavações ou aterros necessários à
implantação da obra deverá ser feito revestimento vegetal adequado dos
bota-foras, a fim de proporcionar a manutenção das condições locais e
incorporá-los à paisagem local.

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Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

• O trânsito dos equipamentos e veículos de serviço desnecessários deverá


ser evitado, tanto quanto possível, para não causar desfiguração,
principalmente onde houver alguma área com relevante interesse
paisagístico ou ecológico.
• Nas áreas de bota-fora ou empréstimos necessários à realização das
valas de saída que se instalam nas vertentes, deverão ser evitados os
lançamentos de materiais de escavação que possam afetar o sistema de
drenagem superficial.

7 MEDIÇÃO

As galerias circulares em concreto armado serão medidas por metro linear,


executados em conformidade com o projeto.

8 REFERÊNCIAS

NORMA ABNT NBR 8890/2003. Tubos de Concreto, de seção circular, para


águas pluviais e esgotos sanitários – Requisitos e métodos de ensaio. Rio de Janeiro,
2003. 16 p.
Comando da Aeronáutica. Diretoria de Engenharia da Aeronáutica.
Especificações Gerais para obras de Infraestrutura Aeroportuária. 03.05.505 – Bueiro
Tubular de Concreto. Rio de Janeiro. 5 p.
Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes. DNIT 023/2006 – ES.
Drenagem – Bueiros Tubulares de Concreto – Especificação de Serviço. Rio de
Janeiro. 2006. 8 p

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Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

DREN.056/1 – TUBULAÇÃO EM CONCRETO ARMADO PARA DRENAGEM DE


ÁGUAS PLUVIAIS - CLASSE PA-3 PB NBR-8890/2007, DIÂMETRO NOMINAL 400
MM, INCLUINDO BERÇO DE CONCRETO. AF_ITA_09/2014
UNIDADE: m (metro)

ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS

1 GENERALIDADES

Esta Especificação Técnica fixa as condições de execução de tubulação de


concreto armado, de diâmetro nominal 400 mm, para drenagem de águas pluviais, com
o objetivo de possibilitar a passagem de águas através de obstáculos, aterros ou
pavimentações. A classe dos tubos utilizada na execução do serviço é a PA-3 PB,
conforme a norma ABNT NBR 8890/2007, sendo executado também o berço de
concreto, conforme dimensões e detalhes constantes da figura a seguir.

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Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

Esta especificação abrange os serviços de escavação da vala, apiloamento do


fundo da vala, lançamento, adensamento e cura do concreto do berço, lançamento da
tubulação, e reaterro compactado da vala.

2 MATERIAIS

2.1 TUBOS DE CONCRETO

Os tubos de concreto deverão ser da classe PA-3 com diâmetro nominal igual
400 mm para águas pluviais, serão de encaixe, tipo “ponta e bolsa” ou “macho e
fêmea” e deverão seguir as exigências da norma NBR 8890/2007 - "Tubo de concreto
de seção circular para águas pluviais e esgotos sanitários - Requisitos e métodos de
ensaios".
O concreto usado para fabricação dos tubos será confeccionado de acordo com
as normas NBR 6118/2003, NBR 12655/1996, NBR 7187/2003 e DNER-ES 330/97 e
dosado experimentalmente para a resistência à compressão (fckmín) aos 28 dias de 15
MPa. As juntas para os tubos destinados a águas pluviais podem ser rígidas ou
elásticas.
Deverão ser obedecidas as exigências quanto à resistência a compressão
diametral, em função do tipo e do diâmetro para sua aceitação, conforme dado a
seguir, de acordo com a norma NBR 8890/2007.
• Resistência à compressão diametral de tubos de concreto armado, carga
mínima de trinca de 36,0 kN/m, para o diâmetro nominal de 400 mm.
• Resistência à compressão diametral de tubos de concreto armado, carga
mínima de ruptura de 54,0 kN/m, para o diâmetro nominal de 400 mm.
• Carga diametral de fissura/ruptura de tubos de concreto armado, de 90
kN/m, para diâmetro nominal de 400 mm.

As dimensões a serem consideradas para a tubulação de concreto armado


utilizados para a drenagem de águas pluviais são dadas na Tabela 1.

Tabela 1 – Dimensões dos tubos de concreto armado destinados a águas


pluviais

Diâmetro Comprimento Comprimento Espessura


Folga máxima
nominal DN útil mínimo do mínimo da mínima de
da bolsa (mm)
(mm) tubo (mm) bolsa (mm) parede (mm)
400 1000 65 15 45

2.2 CONCRETO PARA O BERÇO

O concreto para a confecção do berço dos tubos deverá ser dosado de forma a
atender uma resistência à compressão simples mínima aos 28 dias (fckmín) de 15 MPa

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Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

e deverá ser preparado como estabelecido pelas normas NBR 6118/2003, NBR
7187/2003, NBR 12655/1996 e DNER-ES 330/1997.

2.3 MATERIAL DE REJUNTAMENTO

O rejuntamento da tubulação dos bueiros será feito de acordo com o


estabelecido nos projetos específicos e, na falta de outra indicação, deverá atender ao
traço mínimo de 1:4 em massa, executado a aplicado de acordo com o que dispõe a
DNER-ES 330/1997.
O rejuntamento deverá ser feito de modo a atingir toda a circunferência da
tubulação, a fim de garantir sua estanqueidade.

2.4 MATERIAL PARA REATERRO

O reaterro deverá ser realizado com material selecionado da escavação da vala


ou outro indicado pela FISCALIZAÇÃO. Não deverá possuir partículas que fiquem
retidas na peneira de 2”, não poderá ser argila plástica (IP > 12) e a granulometria
deverá ter, no mínimo, 95% passando na peneira de ½” e 95% retido na peneira n° 4.

3 EQUIPAMENTOS

Os equipamentos necessários à execução dos serviços serão adequados aos


locais de instalação das obras referidas, atendendo ao que dispõem as prescrições
específicas para os serviços similares. Recomendam-se, no mínimo, os seguintes
equipamentos:
• equipamento para movimentação dos tubos, podendo ser um caminhão
provido com um guindaste hidráulico, ou caminhão com grua ou “Munck”;
• caminhão basculante;
• betoneiras ou centrais de concreto para o preparo do concreto do berço
ou do envelopamento dos tubos;
• motonivelaroda;
• pá-carregadeira;
• rolo compactador metálico;
• Retroescavadeiras ou valetadeiras mecânicas para a escavação das
valas;
• compactadores mecânicos manuais, para iniciar o aterro sobre os tubos;
• serra elétrica para formas;
• equipamentos para o lançamento do concreto e vibradores de imersão.
A escavação da vala deverá ser executada preferencialmente com escavadeira
hidráulica, podendo ser utilizada retroescavadeira quando o terreno permitir.

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Deverá ser utilizado soquete vibratório compactador do tipo sapo para o serviço
de reaterro das valas e compactador manual tipo maço (30 kg) para o serviço de
apiloamento do fundo da vala.
Todo equipamento a ser utilizado deverá ser vistoriado, antes do início da
execução do serviço de modo a garantir as condições apropriadas de operação, sem o
que não será autorizada sua utilização.

4 EXECUÇÃO

4.1 ESCAVAÇÃO DA VALA

Para a execução do serviço de escavação de vala deverá ser utilizada


preferencialmente escavadeira hidráulica ou, quando o terreno apresentar baixa
resistência, poderá ser utilizada a retroescavadeira. O material proveniente da
escavação deverá ser estocado no local para posterior execução da recomposição do
terreno, quando adequado, sendo o excesso, se for o caso, destinado ao local de bota-
fora. Caberá à FISCALIZAÇÃO definir o destino do material excedente, que poderá ser
utilizado nos corpos de aterro ou lançado em bota-fora.
A execução das aberturas das valas para a instalação da tubulação de concreto
deverá ser acompanhada de serviços de topografia, onde deverão ser tomados todos
os procedimentos necessários, visando garantir a posição do eixo do tubo de concreto
e a altura adequada do berço, de forma a conformar o terreno de acordo com as cotas
indicadas em projeto.
A largura da vala deverá ser adequada à instalação do tubo e, ainda, permitir
uma fácil movimentação dos montadores e auxiliares durante a execução dos serviços
de concretagem do berço e de implantação dos tubos. Sendo assim, para
profundidades de vala menores ou iguais a 1,50 m, deverá ser adotada uma largura
adicional mínima de cada lado do envelope de 0,10 m. Para profundidades de vala
maiores que 1,50 m, a largura adicional deverá ser fixada de acordo com as
peculiaridades de cada caso.
O escoramento da vala, quando necessário, deve ser executado de acordo com
um plano previamente apresentado pela CONTRATADA. Cuidados especiais deverão
ser tomados nos casos de profundidades elevadas (maiores que 1,50 m), má qualidade
do solo, reduzida inclinação dos taludes, movimentação de cargas pesadas nas
proximidades, condições climáticas desfavoráveis e proximidades de obras existentes
que possam ser comprometidas pelas escavações. Quando da presença de água no
fundo da vala, recomenda-se a aplicação de uma camada de brita, recoberta com
areia.

4.2 PREPARAÇÃO DA BASE

A base deverá ficar uniformemente distribuída e o material convenientemente


compactado. A compactação da base do fundo da vala (apiloamento) deverá ser
executada com compactador manual do tipo maço, de 30 kg.
Os tubos de concreto deverão ser assentados sobre berços de concreto simples
(fck > 15 MPa). O concreto simples para o berço deve ser lançado sobre formas
Página 30
Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

devidamente instaladas, podendo ser de madeira ou outro material adequado. As


dimensões devem seguir os requisitos de projeto.

4.3 ASSENTAMENTO DOS TUBOS DE CONCRETO ARMADO

Somente após a concretagem, acabamento e cura do berço serão feitas a


colocação, assentamento e rejuntamento dos tubos, com argamassa cimento-areia,
traço 1:4 em massa.
O rejuntamento dos tubos deverá ser feito com argamassa de cimento e areia
em toda a sua circunferência, de forma a garantir a completa estanqueidade.
A complementação do berço compreende o envolvimento do tubo com o mesmo
tipo de concreto, obedecendo a geometria prevista no projeto-tipo.

4.4 REATERRO DA VALA

Após a remoção completa dos entulhos e completo esgotamento de água,


deverá ser executado o reaterro da vala, em camadas não superiores a 15 cm de
espessura, de modo a garantir apoio lateral uniforme em toda a altura do tubo, sem
danificá-lo, através de compactação mecânica com soquete vibratório do tipo Sapo. A
densidade do material utilizado no reaterro deverá obedecer aos requisitos de projeto
para a compactação de solo, podendo variar dependendo da localização de instalação
do tubo. O material poderá ser o mesmo que foi retirado quando da abertura das valas,
desde que esteja isento de pedras, detritos e outras impurezas.
Os rolos compactadores somente poderão atuar sobre os tubos quando a altura
de aterro de recobrimento for superior a 50 cm.
A altura mínima de recobrimento para os tubos irá depender do tipo de trem de
pouso da aeronave de projeto e do seu peso máximo de decolagem. A Tabela 2
apresenta os valores do recobrimento mínimo, medido a partir da geratriz superior do
tubo.
Tabela 2 – Altura mínima de recobrimento de tubos de concreto armado
assentados sobre berço de concreto simples
Altura de recobrimento dos tubos enterrados sobre pavimento flexível (m)
Peso máx. de decolagem Tubo de concreto do tipo
Tipo do trem de pouso
(tf) PA-3
Simples 10,00 0,50
Duplo 30,00 0,60
Duplo 75,00 1,00
Duplo Tandem 200,00 1,25
Triplo Tandem 350,00 1,60

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No caso de pavimentos rígidos, utilizar, para qualquer carregamento, a altura do


recobrimento mínima do carregamento de rodas simples da Tabela 2.
Ao ser concluído o reaterro, todo o material remanescente deverá ser removido
para o local de bota-fora aprovado pela Fiscalização. O terreno deverá ser entregue
limpo e nivelado.
Quando as alturas mínimas de recobrimento sob pavimentos, apresentadas na
Tabela 2, não puderem ser respeitadas, além do berço de concreto, os tubos deverão
ser totalmente envelopados em concreto simples (fck > 15 MPa). O envelope de
concreto deverá ser medido e pago separadamente desta Especificação.

5 CONTROLE

5.1 CONTROLE TECNOLÓGICO

O controle tecnológico do concreto empregado no berço será realizado de


acordo com as normas NBR 12654/1992, NBR 12655/1996 e DNER-ES 330/1997.
Deverá ser estabelecido, previamente, o plano de retirada dos corpos-de-prova de
concreto e das amostras de aço, cimento, agregados e demais materiais, de forma a
satisfazer as especificações respectivas.
Os tubos de concreto deverão ser submetidos a medições e ensaios para serem
aceitos. Caso alguma das recomendações não sejam satisfeitas o lote por inteiro será
rejeitado. Os lotes são formados por tubos de mesmo diâmetro. O tamanho dos lotes
será definido pela FISCALIZAÇÃO, não podendo ser superior a 100 (cem) tubos. Para
cada lote de até 100 (cem) tubos de mesmo diâmetro, 04 (quatro) deles deverão ser
selecionados para a realização de ensaios, sendo 02 (dois) para ensaios de
Compressão Diametral e 02 (dois) para ensaios de Permeabilidade. Os resultados dos
ensaios deverão ser confrontados com os limites estabelecidos pela NSMA 85-2, da
Diretoria de Engenharia da Aeronáutica e pela NBR 8890/2003.
Em relação às dimensões do tubo, as seguintes observações devem ser feitas:
• o diâmetro interno de pelo menos 90% dos tubos do lote não poderá
diferir do diâmetro nominal correspondente;
• variações no diâmetro interno, para qualquer seção transversal do tubo,
não poderão diferir de 1% do diâmetro interno médio;
• para a espessura de parede não são admitidas diferenças para menos de
5% da espessura declarada ou 5 mm, adotando-se sempre o menor valor;
• o comprimento útil não deve diferir da dimensão declarada em mais de 20
mm para menos nem mais de 50 mm para mais.
Em relação ao acabamento do tubo, as seguintes observações devem ser feitas:
• as superfícies internas e externas dos tubos devem ser regulares e
homogêneas, compatíveis com o processo de fabricação, não devendo
apresentar defeitos visíveis a olho nu ou detectáveis através de
percussão, e que sejam prejudiciais à qualidade do tubo quanto à
resistência, impermeabilidade e durabilidade;

Página 32
Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

• não são permitidos retoques com nata de cimento ou com outros


materiais, visando esconder defeitos. Após o fim de pega do cimento e
mediante aprovação da Fiscalização, podem ser executados reparos de
defeitos, de dimensões inferiores ao especificado anteriormente, com
materiais e procedimentos adequados e fiscalizados pela Fiscalização,
bem como fissuras superficiais;
• podem ser aceitos bolhas ou furos superficiais com diâmetros inferiores
ou iguais a 10 mm e profundidade inferior ou igual a 5 mm;
• o acabamento da superfície interna do tubo deve ser avaliado com o
gabarito previamente fabricado, indicado na norma NBR 8890/2003, que
deve ser rolado sobre esta em movimentos circulares com o eixo paralelo
ao eixo do tubo. Devem ser aprovados os tubos cuja parede não é tocada
pela parte central do gabarito.

5.2 CONTROLE TOPOGRÁFICO

O controle será realizado através da verificação topográfica de cotas,


alinhamento, dimensões e locação. O serviço deverá ser refeito caso não sejam
respeitadas as exigências de projeto.

5.3 CONTROLE GEOTÉCNICO

O reaterro sobre os tubos será controlado pelas Especificações Gerais para


Obras de Infraestrutura Aeroportuária para Aterros, da Diretoria de Engenharia da
Aeronáutica, e das próprias especificações técnicas do SINAPI Aeroportuário,
dependendo do ensaio de compactação utilizado e do grau de compactação a ser
executado no local.

6 ASPECTOS AMBIENTAIS

No decorrer das operações destinadas às execuções dos dispositivos de


drenagem deverão ser observados cuidados visando à preservação do meio ambiente,
tais que:
• Quando houver excesso de material de escavação ou sobras, deverá ser
removido das proximidades dos dispositivos, de modo a não provocar o
seu entupimento, sendo conduzido para bota-fora licenciado
ambientalmente indicado pela CONTRATADA.
• O material excedente removido será transportado para local pré-definido
em conjunto com a Fiscalização cuidando-se ainda para que este material
não seja conduzido para os cursos d'água, de modo a não causar
assoreamento.
• Nos pontos de deságue dos dispositivos deverão ser executadas obras de
proteção de forma a evitar a erosão das vertentes ou assoreamento de
cursos d’água.

Página 33
Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

• Em todos os locais onde ocorrerem escavações ou aterros necessários à


implantação da obra deverá ser feito revestimento vegetal adequado dos
bota-foras, a fim de proporcionar a manutenção das condições locais e
incorporá-los à paisagem local.
• O trânsito dos equipamentos e veículos de serviço desnecessários deverá
ser evitado, tanto quanto possível, para não causar desfiguração,
principalmente onde houver alguma área com relevante interesse
paisagístico ou ecológico.
• Nas áreas de bota-fora ou empréstimos necessários à realização das
valas de saída que se instalam nas vertentes, deverão ser evitados os
lançamentos de materiais de escavação que possam afetar o sistema de
drenagem superficial.

7 MEDIÇÃO

As galerias circulares em concreto armado serão medidas por metro linear,


executados em conformidade com o projeto.

8 REFERÊNCIAS

NORMA ABNT NBR 8890/2003. Tubos de Concreto, de seção circular, para


águas pluviais e esgotos sanitários – Requisitos e métodos de ensaio. Rio de Janeiro,
2003. 16 p.
Comando da Aeronáutica. Diretoria de Engenharia da Aeronáutica.
Especificações Gerais para obras de Infraestrutura Aeroportuária. 03.05.505 – Bueiro
Tubular de Concreto. Rio de Janeiro. 5 p.
Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes. DNIT 023/2006 – ES.
Drenagem – Bueiros Tubulares de Concreto – Especificação de Serviço. Rio de
Janeiro. 2006. 8 p.

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DREN.057/1 – TUBULAÇÃO EM CONCRETO ARMADO PARA DRENAGEM DE


ÁGUAS PLUVIAIS - CLASSE PA-3 PB NBR-8890/2007, DIÂMETRO NOMINAL 500
MM, INCLUINDO BERÇO DE CONCRETO. AF_ITA_09/2014
UNIDADE: m (metro)

ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS

1 GENERALIDADES

Esta Especificação Técnica fixa as condições de execução de tubulação de


concreto armado, de diâmetro nominal 500 mm, para drenagem de águas pluviais, com
o objetivo de possibilitar a passagem de águas através de obstáculos, aterros ou
pavimentações. A classe dos tubos utilizada na execução do serviço é a PA-3 PB,
conforme a norma ABNT NBR 8890/2007, sendo executado também o berço de
concreto, conforme dimensões e detalhes constantes da figura a seguir.

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Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

Esta especificação abrange os serviços de escavação da vala, apiloamento do


fundo da vala, lançamento, adensamento e cura do concreto do berço, lançamento da
tubulação, e reaterro compactado da vala.

2 MATERIAIS

2.1 TUBOS DE CONCRETO

Os tubos de concreto deverão ser da classe PA-3 com diâmetro nominal igual
500 mm para águas pluviais, serão de encaixe, tipo “ponta e bolsa” ou “macho e
fêmea” e deverão seguir as exigências da norma NBR 8890/2007 - "Tubo de concreto
de seção circular para águas pluviais e esgotos sanitários - Requisitos e métodos de
ensaios".
O concreto usado para fabricação dos tubos será confeccionado de acordo com
as normas NBR 6118/2003, NBR 12655/1996, NBR 7187/2003 e DNER-ES 330/97 e
dosado experimentalmente para a resistência à compressão (fckmín) aos 28 dias de 15
MPa. As juntas para os tubos destinados a águas pluviais podem ser rígidas ou
elásticas.
Deverão ser obedecidas as exigências quanto à resistência a compressão
diametral, em função do tipo e do diâmetro para sua aceitação, conforme dado a
seguir, de acordo com a norma NBR 8890/2007.
• Resistência à compressão diametral de tubos de concreto armado, carga
mínima de trinca de 45,0 kN/m, para o diâmetro nominal de 500 mm.
• Resistência à compressão diametral de tubos de concreto armado, carga
mínima de ruptura de 68,0 kN/m, para o diâmetro nominal de 500 mm.
• Carga diametral de fissura/ruptura de tubos de concreto armado, de
90 kN/m, para diâmetro nominal de 500 mm.

As dimensões a serem consideradas para a tubulação de concreto armado


utilizados para a drenagem de águas pluviais são dadas na Tabela 1.

Tabela 1 – Dimensões dos tubos de concreto armado destinados a águas


pluviais

Diâmetro Comprimento Comprimento Espessura


Folga máxima
nominal DN útil mínimo do mínimo da mínima de
da bolsa (mm)
(mm) tubo (mm) bolsa (mm) parede (mm)
500 1000 70 20 50

2.2 CONCRETO PARA O BERÇO

O concreto para a confecção do berço dos tubos deverá ser dosado de forma a
atender uma resistência à compressão simples mínima aos 28 dias (fckmín) de 15 MPa

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Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

e deverá ser preparado como estabelecido pelas normas NBR 6118/2003, NBR
7187/2003, NBR 12655/1996 e DNER-ES 330/1997.

2.3 MATERIAL DE REJUNTAMENTO

O rejuntamento da tubulação dos bueiros será feito de acordo com o


estabelecido nos projetos específicos e, na falta de outra indicação, deverá atender ao
traço mínimo de 1:4 em massa, executado a aplicado de acordo com o que dispõe a
DNER-ES 330/1997.
O rejuntamento deverá ser feito de modo a atingir toda a circunferência da
tubulação, a fim de garantir sua estanqueidade.

2.4 MATERIAL PARA REATERRO

O reaterro deverá ser realizado com material selecionado da escavação da vala


ou outro indicado pela FISCALIZAÇÃO. Não deverá possuir partículas que fiquem
retidas na peneira de 2”, não poderá ser argila plástica (IP > 12) e a granulometria
deverá ter, no mínimo, 95% passando na peneira de ½” e 95% retido na peneira n° 4.

3 EQUIPAMENTOS

Os equipamentos necessários à execução dos serviços serão adequados aos


locais de instalação das obras referidas, atendendo ao que dispõem as prescrições
específicas para os serviços similares. Recomendam-se, no mínimo, os seguintes
equipamentos:
• equipamento para movimentação dos tubos, podendo ser um caminhão
provido com um guindaste hidráulico, ou caminhão com grua ou “Munck”;
• caminhão basculante;
• betoneiras ou centrais de concreto para o preparo do concreto do berço
ou do envelopamento dos tubos;
• motonivelaroda;
• pá-carregadeira;
• rolo compactador metálico;
• Retroescavadeiras ou valetadeiras mecânicas para a escavação das
valas;
• compactadores mecânicos manuais, para iniciar o aterro sobre os tubos;
• serra elétrica para formas;
• equipamentos para o lançamento do concreto e vibradores de imersão.
A escavação da vala deverá ser executada preferencialmente com escavadeira
hidráulica, podendo ser utilizada retroescavadeira quando o terreno permitir.

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Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

Deverá ser utilizado soquete vibratório compactador do tipo sapo para o serviço
de reaterro das valas e compactador manual tipo maço (30 kg) para o serviço de
apiloamento do fundo da vala.
Todo equipamento a ser utilizado deverá ser vistoriado, antes do início da
execução do serviço de modo a garantir as condições apropriadas de operação, sem o
que não será autorizada sua utilização.

4 EXECUÇÃO

4.1 ESCAVAÇÃO DA VALA

Para a execução do serviço de escavação de vala deverá ser utilizada


preferencialmente escavadeira hidráulica ou, quando o terreno apresentar baixa
resistência, poderá ser utilizada a retroescavadeira. O material proveniente da
escavação deverá ser estocado no local para posterior execução da recomposição do
terreno, quando adequado, sendo o excesso, se for o caso, destinado ao local de bota-
fora. Caberá à FISCALIZAÇÃO definir o destino do material excedente, que poderá ser
utilizado nos corpos de aterro ou lançado em bota-fora.
A execução das aberturas das valas para a instalação da tubulação de concreto
deverá ser acompanhada de serviços de topografia, onde deverão ser tomados todos
os procedimentos necessários, visando garantir a posição do eixo do tubo de concreto
e a altura adequada do berço, de forma a conformar o terreno de acordo com as cotas
indicadas em projeto.
A largura da vala deverá ser adequada à instalação do tubo e, ainda, permitir
uma fácil movimentação dos montadores e auxiliares durante a execução dos serviços
de concretagem do berço e de implantação dos tubos. Sendo assim, para
profundidades de vala menores ou iguais a 1,50 m, deverá ser adotada uma largura
adicional mínima de cada lado do envelope de 0,10 m. Para profundidades de vala
maiores que 1,50 m, a largura adicional deverá ser fixada de acordo com as
peculiaridades de cada caso.
O escoramento da vala, quando necessário, deve ser executado de acordo com
um plano previamente apresentado pela CONTRATADA. Cuidados especiais deverão
ser tomados nos casos de profundidades elevadas (maiores que 1,50 m), má qualidade
do solo, reduzida inclinação dos taludes, movimentação de cargas pesadas nas
proximidades, condições climáticas desfavoráveis e proximidades de obras existentes
que possam ser comprometidas pelas escavações. Quando da presença de água no
fundo da vala, recomenda-se a aplicação de uma camada de brita, recoberta com
areia.

4.2 PREPARAÇÃO DA BASE

A base deverá ficar uniformemente distribuída e o material convenientemente


compactado. A compactação da base do fundo da vala (apiloamento) deverá ser
executada com compactador manual do tipo maço, de 30 kg.
Os tubos de concreto deverão ser assentados sobre berços de concreto simples
(fck > 15 MPa). O concreto simples para o berço deve ser lançado sobre formas
Página 38
Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

devidamente instaladas, podendo ser de madeira ou outro material adequado. As


dimensões devem seguir os requisitos de projeto.

4.3 ASSENTAMENTO DOS TUBOS DE CONCRETO ARMADO

Somente após a concretagem, acabamento e cura do berço serão feitas a


colocação, assentamento e rejuntamento dos tubos, com argamassa cimento-areia,
traço 1:4 em massa.
O rejuntamento dos tubos deverá ser feito com argamassa de cimento e areia
em toda a sua circunferência, de forma a garantir a completa estanqueidade.
A complementação do berço compreende o envolvimento do tubo com o mesmo
tipo de concreto, obedecendo a geometria prevista no projeto-tipo.

4.4 REATERRO DA VALA

Após a remoção completa dos entulhos e completo esgotamento de água,


deverá ser executado o reaterro da vala, em camadas não superiores a 15 cm de
espessura, de modo a garantir apoio lateral uniforme em toda a altura do tubo, sem
danificá-lo, através de compactação mecânica com soquete vibratório do tipo Sapo. A
densidade do material utilizado no reaterro deverá obedecer aos requisitos de projeto
para a compactação de solo, podendo variar dependendo da localização de instalação
do tubo. O material poderá ser o mesmo que foi retirado quando da abertura das valas,
desde que esteja isento de pedras, detritos e outras impurezas.
Os rolos compactadores somente poderão atuar sobre os tubos quando a altura
de aterro de recobrimento for superior a 50 cm.
A altura mínima de recobrimento para os tubos irá depender do tipo de trem de
pouso da aeronave de projeto e do seu peso máximo de decolagem. A Tabela 2
apresenta os valores do recobrimento mínimo, medido a partir da geratriz superior do
tubo.
Tabela 2 – Altura mínima de recobrimento de tubos de concreto armado
assentados sobre berço de concreto simples
Altura de recobrimento dos tubos enterrados sobre pavimento flexível (m)
Peso máx. de decolagem Tubo de concreto do tipo
Tipo do trem de pouso
(tf) PA-3
Simples 10,00 0,50
Duplo 30,00 0,60
Duplo 75,00 1,00
Duplo Tandem 200,00 1,25
Triplo Tandem 350,00 1,60

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Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

No caso de pavimentos rígidos, utilizar, para qualquer carregamento, a altura do


recobrimento mínima do carregamento de rodas simples da Tabela 2.
Ao ser concluído o reaterro, todo o material remanescente deverá ser removido
para o local de bota-fora aprovado pela Fiscalização. O terreno deverá ser entregue
limpo e nivelado.
Quando as alturas mínimas de recobrimento sob pavimentos, apresentadas na
Tabela 2, não puderem ser respeitadas, além do berço de concreto, os tubos deverão
ser totalmente envelopados em concreto simples (fck > 15 MPa). O envelope de
concreto deverá ser medido e pago separadamente desta Especificação.

5 CONTROLE

5.1 CONTROLE TECNOLÓGICO

O controle tecnológico do concreto empregado no berço será realizado de


acordo com as normas NBR 12654/1992, NBR 12655/1996 e DNER-ES 330/1997.
Deverá ser estabelecido, previamente, o plano de retirada dos corpos-de-prova de
concreto e das amostras de aço, cimento, agregados e demais materiais, de forma a
satisfazer as especificações respectivas.
Os tubos de concreto deverão ser submetidos a medições e ensaios para serem
aceitos. Caso alguma das recomendações não sejam satisfeitas o lote por inteiro será
rejeitado. Os lotes são formados por tubos de mesmo diâmetro. O tamanho dos lotes
será definido pela FISCALIZAÇÃO, não podendo ser superior a 100 (cem) tubos. Para
cada lote de até 100 (cem) tubos de mesmo diâmetro, 04 (quatro) deles deverão ser
selecionados para a realização de ensaios, sendo 02 (dois) para ensaios de
Compressão Diametral e 02 (dois) para ensaios de Permeabilidade. Os resultados dos
ensaios deverão ser confrontados com os limites estabelecidos pela NSMA 85-2, da
Diretoria de Engenharia da Aeronáutica e pela NBR 8890/2003.
Em relação às dimensões do tubo, as seguintes observações devem ser feitas:
• o diâmetro interno de pelo menos 90% dos tubos do lote não poderá
diferir do diâmetro nominal correspondente;
• variações no diâmetro interno, para qualquer seção transversal do tubo,
não poderão diferir de 1% do diâmetro interno médio;
• para a espessura de parede não são admitidas diferenças para menos de
5% da espessura declarada ou 5 mm, adotando-se sempre o menor valor;
• o comprimento útil não deve diferir da dimensão declarada em mais de 20
mm para menos nem mais de 50 mm para mais.
Em relação ao acabamento do tubo, as seguintes observações devem ser feitas:
• as superfícies internas e externas dos tubos devem ser regulares e
homogêneas, compatíveis com o processo de fabricação, não devendo
apresentar defeitos visíveis a olho nu ou detectáveis através de
percussão, e que sejam prejudiciais à qualidade do tubo quanto à
resistência, impermeabilidade e durabilidade;

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Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

• não são permitidos retoques com nata de cimento ou com outros


materiais, visando esconder defeitos. Após o fim de pega do cimento e
mediante aprovação da Fiscalização, podem ser executados reparos de
defeitos, de dimensões inferiores ao especificado anteriormente, com
materiais e procedimentos adequados e fiscalizados pela Fiscalização,
bem como fissuras superficiais;
• podem ser aceitos bolhas ou furos superficiais com diâmetros inferiores
ou iguais a 10 mm e profundidade inferior ou igual a 5 mm;
• o acabamento da superfície interna do tubo deve ser avaliado com o
gabarito previamente fabricado, indicado na norma NBR 8890/2003, que
deve ser rolado sobre esta em movimentos circulares com o eixo paralelo
ao eixo do tubo. Devem ser aprovados os tubos cuja parede não é tocada
pela parte central do gabarito.

5.2 CONTROLE TOPOGRÁFICO

O controle será realizado através da verificação topográfica de cotas,


alinhamento, dimensões e locação. O serviço deverá ser refeito caso não sejam
respeitadas as exigências de projeto.

5.3 CONTROLE GEOTÉCNICO

O reaterro sobre os tubos será controlado pelas Especificações Gerais para


Obras de Infraestrutura Aeroportuária para Aterros, da Diretoria de Engenharia da
Aeronáutica, e das próprias especificações técnicas do SINAPI Aeroportuário,
dependendo do ensaio de compactação utilizado e do grau de compactação a ser
executado no local.

6 ASPECTOS AMBIENTAIS

No decorrer das operações destinadas às execuções dos dispositivos de


drenagem deverão ser observados cuidados visando à preservação do meio ambiente,
tais que:
• Quando houver excesso de material de escavação ou sobras, deverá ser
removido das proximidades dos dispositivos, de modo a não provocar o
seu entupimento, sendo conduzido para bota-fora licenciado
ambientalmente indicado pela CONTRATADA.
• O material excedente removido será transportado para local pré-definido
em conjunto com a Fiscalização cuidando-se ainda para que este material
não seja conduzido para os cursos d'água, de modo a não causar
assoreamento.
• Nos pontos de deságue dos dispositivos deverão ser executadas obras de
proteção de forma a evitar a erosão das vertentes ou assoreamento de
cursos d’água.

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Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

• Em todos os locais onde ocorrerem escavações ou aterros necessários à


implantação da obra deverá ser feito revestimento vegetal adequado dos
bota-foras, a fim de proporcionar a manutenção das condições locais e
incorporá-los à paisagem local.
• O trânsito dos equipamentos e veículos de serviço desnecessários deverá
ser evitado, tanto quanto possível, para não causar desfiguração,
principalmente onde houver alguma área com relevante interesse
paisagístico ou ecológico.
• Nas áreas de bota-fora ou empréstimos necessários à realização das
valas de saída que se instalam nas vertentes, deverão ser evitados os
lançamentos de materiais de escavação que possam afetar o sistema de
drenagem superficial.

7 MEDIÇÃO

As galerias circulares em concreto armado serão medidas por metro linear,


executados em conformidade com o projeto.

8 REFERÊNCIAS

NORMA ABNT NBR 8890/2003. Tubos de Concreto, de seção circular, para


águas pluviais e esgotos sanitários – Requisitos e métodos de ensaio. Rio de Janeiro,
2003. 16 p.
Comando da Aeronáutica. Diretoria de Engenharia da Aeronáutica.
Especificações Gerais para obras de Infraestrutura Aeroportuária. 03.05.505 – Bueiro
Tubular de Concreto. Rio de Janeiro. 5 p.
Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes. DNIT 023/2006 – ES.
Drenagem – Bueiros Tubulares de Concreto – Especificação de Serviço. Rio de
Janeiro. 2006. 8 p.

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Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

DREN.058/1 – TUBULAÇÃO EM CONCRETO ARMADO PARA DRENAGEM DE


ÁGUAS PLUVIAIS - CLASSE PA-3 PB NBR-8890/2007, DIÂMETRO NOMINAL 600
MM, INCLUINDO BERÇO DE CONCRETO. AF_ITA_09/2014
UNIDADE: m (metro)

ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS

1 GENERALIDADES

Esta Especificação Técnica fixa as condições de execução de tubulação de


concreto armado, de diâmetro nominal 600 mm, para drenagem de águas pluviais, com
o objetivo de possibilitar a passagem de águas através de obstáculos, aterros ou
pavimentações. A classe dos tubos utilizada na execução do serviço é a PA-3 PB,
conforme a norma ABNT NBR 8890/2007, sendo executado também o berço de
concreto, conforme dimensões e detalhes constantes da figura a seguir.

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Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

Esta especificação abrange os serviços de escavação da vala, apiloamento do


fundo da vala, lançamento, adensamento e cura do concreto do berço, lançamento da
tubulação, e reaterro compactado da vala.

2 MATERIAIS

2.1 TUBOS DE CONCRETO

Os tubos de concreto deverão ser da classe PA-3 com diâmetro nominal igual
600 mm para águas pluviais, serão de encaixe, tipo “ponta e bolsa” ou “macho e
fêmea” e deverão seguir as exigências da norma NBR 8890/2007 - "Tubo de concreto
de seção circular para águas pluviais e esgotos sanitários - Requisitos e métodos de
ensaios".
O concreto usado para fabricação dos tubos será confeccionado de acordo com
as normas NBR 6118/2003, NBR 12655/1996, NBR 7187/2003 e DNER-ES 330/97 e
dosado experimentalmente para a resistência à compressão (fckmín) aos 28 dias de 15
MPa. As juntas para os tubos destinados a águas pluviais podem ser rígidas ou
elásticas.
Deverão ser obedecidas as exigências quanto à resistência a compressão
diametral, em função do tipo e do diâmetro para sua aceitação, conforme dado a
seguir, de acordo com a norma NBR 8890/2007.
• Resistência à compressão diametral de tubos de concreto armado, carga
mínima de trinca de 54,0 kN/m, para o diâmetro nominal de 600 mm.
• Resistência à compressão diametral de tubos de concreto armado, carga
mínima de ruptura de 81,0 kN/m, para o diâmetro nominal de 600 mm.
• Carga diametral de fissura/ruptura de tubos de concreto armado, de
90 kN/m, para diâmetro nominal de 600 mm.

As dimensões a serem consideradas para a tubulação de concreto armado


utilizados para a drenagem de águas pluviais são dadas na Tabela 1.

Tabela 1 – Dimensões dos tubos de concreto armado destinados a águas


pluviais

Diâmetro Comprimento Comprimento Espessura


Folga máxima
nominal DN útil mínimo do mínimo da mínima de
da bolsa (mm)
(mm) tubo (mm) bolsa (mm) parede (mm)
600 1000 75 20 60

2.2 CONCRETO PARA O BERÇO

O concreto para a confecção do berço dos tubos deverá ser dosado de forma a
atender uma resistência à compressão simples mínima aos 28 dias (fckmín) de 15 MPa

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e deverá ser preparado como estabelecido pelas normas NBR 6118/2003, NBR
7187/2003, NBR 12655/1996 e DNER-ES 330/1997.

2.3 MATERIAL DE REJUNTAMENTO

O rejuntamento da tubulação dos bueiros será feito de acordo com o


estabelecido nos projetos específicos e, na falta de outra indicação, deverá atender ao
traço mínimo de 1:4 em massa, executado a aplicado de acordo com o que dispõe a
DNER-ES 330/1997.
O rejuntamento deverá ser feito de modo a atingir toda a circunferência da
tubulação, a fim de garantir sua estanqueidade.

2.4 MATERIAL PARA REATERRO

O reaterro deverá ser realizado com material selecionado da escavação da vala


ou outro indicado pela FISCALIZAÇÃO. Não deverá possuir partículas que fiquem
retidas na peneira de 2”, não poderá ser argila plástica (IP > 12) e a granulometria
deverá ter, no mínimo, 95% passando na peneira de ½” e 95% retido na peneira n° 4.

3 EQUIPAMENTOS

Os equipamentos necessários à execução dos serviços serão adequados aos


locais de instalação das obras referidas, atendendo ao que dispõem as prescrições
específicas para os serviços similares. Recomendam-se, no mínimo, os seguintes
equipamentos:
• equipamento para movimentação dos tubos, podendo ser um caminhão
provido com um guindaste hidráulico, ou caminhão com grua ou “Munck”;
• caminhão basculante;
• betoneiras ou centrais de concreto para o preparo do concreto do berço
ou do envelopamento dos tubos;
• motonivelaroda;
• pá-carregadeira;
• rolo compactador metálico;
• Retroescavadeiras ou valetadeiras mecânicas para a escavação das
valas;
• compactadores mecânicos manuais, para iniciar o aterro sobre os tubos;
• serra elétrica para formas;
• equipamentos para o lançamento do concreto e vibradores de imersão.
A escavação da vala deverá ser executada preferencialmente com escavadeira
hidráulica, podendo ser utilizada retroescavadeira quando o terreno permitir.

Página 45
Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

Deverá ser utilizado soquete vibratório compactador do tipo sapo para o serviço
de reaterro das valas e compactador manual tipo maço (30 kg) para o serviço de
apiloamento do fundo da vala.
Todo equipamento a ser utilizado deverá ser vistoriado, antes do início da
execução do serviço de modo a garantir as condições apropriadas de operação, sem o
que não será autorizada sua utilização.

4 EXECUÇÃO

4.1 ESCAVAÇÃO DA VALA

Para a execução do serviço de escavação de vala deverá ser utilizada


preferencialmente escavadeira hidráulica ou, quando o terreno apresentar baixa
resistência, poderá ser utilizada a retroescavadeira. O material proveniente da
escavação deverá ser estocado no local para posterior execução da recomposição do
terreno, quando adequado, sendo o excesso, se for o caso, destinado ao local de bota-
fora. Caberá à FISCALIZAÇÃO definir o destino do material excedente, que poderá ser
utilizado nos corpos de aterro ou lançado em bota-fora.
A execução das aberturas das valas para a instalação da tubulação de concreto
deverá ser acompanhada de serviços de topografia, onde deverão ser tomados todos
os procedimentos necessários, visando garantir a posição do eixo do tubo de concreto
e a altura adequada do berço, de forma a conformar o terreno de acordo com as cotas
indicadas em projeto.
A largura da vala deverá ser adequada à instalação do tubo e, ainda, permitir
uma fácil movimentação dos montadores e auxiliares durante a execução dos serviços
de concretagem do berço e de implantação dos tubos. Sendo assim, para
profundidades de vala menores ou iguais a 1,50 m, deverá ser adotada uma largura
adicional mínima de cada lado do envelope de 0,10 m. Para profundidades de vala
maiores que 1,50 m, a largura adicional deverá ser fixada de acordo com as
peculiaridades de cada caso.
O escoramento da vala, quando necessário, deve ser executado de acordo com
um plano previamente apresentado pela CONTRATADA. Cuidados especiais deverão
ser tomados nos casos de profundidades elevadas (maiores que 1,50 m), má qualidade
do solo, reduzida inclinação dos taludes, movimentação de cargas pesadas nas
proximidades, condições climáticas desfavoráveis e proximidades de obras existentes
que possam ser comprometidas pelas escavações. Quando da presença de água no
fundo da vala, recomenda-se a aplicação de uma camada de brita, recoberta com
areia.

4.2 PREPARAÇÃO DA BASE

A base deverá ficar uniformemente distribuída e o material convenientemente


compactado. A compactação da base do fundo da vala (apiloamento) deverá ser
executada com compactador manual do tipo maço, de 30 kg.
Os tubos de concreto deverão ser assentados sobre berços de concreto simples
(fck > 15 MPa). O concreto simples para o berço deve ser lançado sobre formas
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Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

devidamente instaladas, podendo ser de madeira ou outro material adequado. As


dimensões devem seguir os requisitos de projeto.

4.3 ASSENTAMENTO DOS TUBOS DE CONCRETO ARMADO

Somente após a concretagem, acabamento e cura do berço serão feitas a


colocação, assentamento e rejuntamento dos tubos, com argamassa cimento-areia,
traço 1:4 em massa.
O rejuntamento dos tubos deverá ser feito com argamassa de cimento e areia
em toda a sua circunferência, de forma a garantir a completa estanqueidade.
A complementação do berço compreende o envolvimento do tubo com o mesmo
tipo de concreto, obedecendo a geometria prevista no projeto-tipo.

4.4 REATERRO DA VALA

Após a remoção completa dos entulhos e completo esgotamento de água,


deverá ser executado o reaterro da vala, em camadas não superiores a 15 cm de
espessura, de modo a garantir apoio lateral uniforme em toda a altura do tubo, sem
danificá-lo, através de compactação mecânica com soquete vibratório do tipo Sapo. A
densidade do material utilizado no reaterro deverá obedecer aos requisitos de projeto
para a compactação de solo, podendo variar dependendo da localização de instalação
do tubo. O material poderá ser o mesmo que foi retirado quando da abertura das valas,
desde que esteja isento de pedras, detritos e outras impurezas.
Os rolos compactadores somente poderão atuar sobre os tubos quando a altura
de aterro de recobrimento for superior a 50 cm.
A altura mínima de recobrimento para os tubos irá depender do tipo de trem de
pouso da aeronave de projeto e do seu peso máximo de decolagem. A Tabela 2
apresenta os valores do recobrimento mínimo, medido a partir da geratriz superior do
tubo.
Tabela 2 – Altura mínima de recobrimento de tubos de concreto armado
assentados sobre berço de concreto simples
Altura de recobrimento dos tubos enterrados sobre pavimento flexível (m)
Peso máx. de decolagem Tubo de concreto do tipo
Tipo do trem de pouso
(tf) PA-3
Simples 10,00 0,50
Duplo 30,00 0,60
Duplo 75,00 1,00
Duplo Tandem 200,00 1,25
Triplo Tandem 350,00 1,60

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No caso de pavimentos rígidos, utilizar, para qualquer carregamento, a altura do


recobrimento mínima do carregamento de rodas simples da Tabela 2.
Ao ser concluído o reaterro, todo o material remanescente deverá ser removido
para o local de bota-fora aprovado pela Fiscalização. O terreno deverá ser entregue
limpo e nivelado.
Quando as alturas mínimas de recobrimento sob pavimentos, apresentadas na
Tabela 2, não puderem ser respeitadas, além do berço de concreto, os tubos deverão
ser totalmente envelopados em concreto simples (fck > 15 MPa). O envelope de
concreto deverá ser medido e pago separadamente desta Especificação.

5 CONTROLE

5.1 CONTROLE TECNOLÓGICO

O controle tecnológico do concreto empregado no berço será realizado de


acordo com as normas NBR 12654/1992, NBR 12655/1996 e DNER-ES 330/1997.
Deverá ser estabelecido, previamente, o plano de retirada dos corpos-de-prova de
concreto e das amostras de aço, cimento, agregados e demais materiais, de forma a
satisfazer as especificações respectivas.
Os tubos de concreto deverão ser submetidos a medições e ensaios para serem
aceitos. Caso alguma das recomendações não sejam satisfeitas o lote por inteiro será
rejeitado. Os lotes são formados por tubos de mesmo diâmetro. O tamanho dos lotes
será definido pela FISCALIZAÇÃO, não podendo ser superior a 100 (cem) tubos. Para
cada lote de até 100 (cem) tubos de mesmo diâmetro, 04 (quatro) deles deverão ser
selecionados para a realização de ensaios, sendo 02 (dois) para ensaios de
Compressão Diametral e 02 (dois) para ensaios de Permeabilidade. Os resultados dos
ensaios deverão ser confrontados com os limites estabelecidos pela NSMA 85-2, da
Diretoria de Engenharia da Aeronáutica e pela NBR 8890/2003.
Em relação às dimensões do tubo, as seguintes observações devem ser feitas:
• o diâmetro interno de pelo menos 90% dos tubos do lote não poderá
diferir do diâmetro nominal correspondente;
• variações no diâmetro interno, para qualquer seção transversal do tubo,
não poderão diferir de 1% do diâmetro interno médio;
• para a espessura de parede não são admitidas diferenças para menos de
5% da espessura declarada ou 5 mm, adotando-se sempre o menor valor;
• o comprimento útil não deve diferir da dimensão declarada em mais de 20
mm para menos nem mais de 50 mm para mais.
Em relação ao acabamento do tubo, as seguintes observações devem ser feitas:
• as superfícies internas e externas dos tubos devem ser regulares e
homogêneas, compatíveis com o processo de fabricação, não devendo
apresentar defeitos visíveis a olho nu ou detectáveis através de
percussão, e que sejam prejudiciais à qualidade do tubo quanto à
resistência, impermeabilidade e durabilidade;

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Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

• não são permitidos retoques com nata de cimento ou com outros


materiais, visando esconder defeitos. Após o fim de pega do cimento e
mediante aprovação da Fiscalização, podem ser executados reparos de
defeitos, de dimensões inferiores ao especificado anteriormente, com
materiais e procedimentos adequados e fiscalizados pela Fiscalização,
bem como fissuras superficiais;
• podem ser aceitos bolhas ou furos superficiais com diâmetros inferiores
ou iguais a 10 mm e profundidade inferior ou igual a 5 mm;
• o acabamento da superfície interna do tubo deve ser avaliado com o
gabarito previamente fabricado, indicado na norma NBR 8890/2003, que
deve ser rolado sobre esta em movimentos circulares com o eixo paralelo
ao eixo do tubo. Devem ser aprovados os tubos cuja parede não é tocada
pela parte central do gabarito.

5.2 CONTROLE TOPOGRÁFICO

O controle será realizado através da verificação topográfica de cotas,


alinhamento, dimensões e locação. O serviço deverá ser refeito caso não sejam
respeitadas as exigências de projeto.

5.3 CONTROLE GEOTÉCNICO

O reaterro sobre os tubos será controlado pelas Especificações Gerais para


Obras de Infraestrutura Aeroportuária para Aterros, da Diretoria de Engenharia da
Aeronáutica, e das próprias especificações técnicas do SINAPI Aeroportuário,
dependendo do ensaio de compactação utilizado e do grau de compactação a ser
executado no local.

6 ASPECTOS AMBIENTAIS

No decorrer das operações destinadas às execuções dos dispositivos de


drenagem deverão ser observados cuidados visando à preservação do meio ambiente,
tais que:
• Quando houver excesso de material de escavação ou sobras, deverá ser
removido das proximidades dos dispositivos, de modo a não provocar o
seu entupimento, sendo conduzido para bota-fora licenciado
ambientalmente indicado pela CONTRATADA.
• O material excedente removido será transportado para local pré-definido
em conjunto com a Fiscalização cuidando-se ainda para que este material
não seja conduzido para os cursos d'água, de modo a não causar
assoreamento.
• Nos pontos de deságue dos dispositivos deverão ser executadas obras de
proteção de forma a evitar a erosão das vertentes ou assoreamento de
cursos d’água.

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Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

• Em todos os locais onde ocorrerem escavações ou aterros necessários à


implantação da obra deverá ser feito revestimento vegetal adequado dos
bota-foras, a fim de proporcionar a manutenção das condições locais e
incorporá-los à paisagem local.
• O trânsito dos equipamentos e veículos de serviço desnecessários deverá
ser evitado, tanto quanto possível, para não causar desfiguração,
principalmente onde houver alguma área com relevante interesse
paisagístico ou ecológico.
• Nas áreas de bota-fora ou empréstimos necessários à realização das
valas de saída que se instalam nas vertentes, deverão ser evitados os
lançamentos de materiais de escavação que possam afetar o sistema de
drenagem superficial.

7 MEDIÇÃO

As galerias circulares em concreto armado serão medidas por metro linear,


executados em conformidade com o projeto.

8 REFERÊNCIAS

NORMA ABNT NBR 8890/2003. Tubos de Concreto, de seção circular, para


águas pluviais e esgotos sanitários – Requisitos e métodos de ensaio. Rio de Janeiro,
2003. 16 p.
Comando da Aeronáutica. Diretoria de Engenharia da Aeronáutica.
Especificações Gerais para obras de Infraestrutura Aeroportuária. 03.05.505 – Bueiro
Tubular de Concreto. Rio de Janeiro. 5 p.
Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes. DNIT 023/2006 – ES.
Drenagem – Bueiros Tubulares de Concreto – Especificação de Serviço. Rio de
Janeiro. 2006. 8 p.

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DREN.059/1 – TUBULAÇÃO EM CONCRETO ARMADO PARA DRENAGEM DE


ÁGUAS PLUVIAIS - CLASSE PA-3 PB NBR-8890/2007, DIÂMETRO NOMINAL 800
MM, INCLUINDO BERÇO DE CONCRETO. AF_ITA_09/2014
UNIDADE: m (metro)

ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS

1 GENERALIDADES

Esta Especificação Técnica fixa as condições de execução de tubulação de


concreto armado, de diâmetro nominal 800 mm, para drenagem de águas pluviais, com
o objetivo de possibilitar a passagem de águas através de obstáculos, aterros ou
pavimentações. A classe dos tubos utilizada na execução do serviço é a PA-3 PB,
conforme a norma ABNT NBR 8890/2007, sendo executado também o berço de
concreto, conforme dimensões e detalhes constantes da figura a seguir.

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Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

Esta especificação abrange os serviços de escavação da vala, apiloamento do


fundo da vala, lançamento, adensamento e cura do concreto do berço, lançamento da
tubulação, e reaterro compactado da vala.

2 MATERIAIS

2.1 TUBOS DE CONCRETO

Os tubos de concreto deverão ser da classe PA-3 com diâmetro nominal igual
800 mm para águas pluviais, serão de encaixe, tipo “ponta e bolsa” ou “macho e
fêmea” e deverão seguir as exigências da norma NBR 8890/2007 - "Tubo de concreto
de seção circular para águas pluviais e esgotos sanitários - Requisitos e métodos de
ensaios".
O concreto usado para fabricação dos tubos será confeccionado de acordo com
as normas NBR 6118/2003, NBR 12655/1996, NBR 7187/2003 e DNER-ES 330/97 e
dosado experimentalmente para a resistência à compressão (fckmín) aos 28 dias de 15
MPa. As juntas para os tubos destinados a águas pluviais podem ser rígidas ou
elásticas.
Deverão ser obedecidas as exigências quanto à resistência a compressão
diametral, em função do tipo e do diâmetro para sua aceitação, conforme dado a
seguir, de acordo com a norma NBR 8890/2007.
• Resistência à compressão diametral de tubos de concreto armado, carga
mínima de trinca de 72,0 kN/m, para o diâmetro nominal de 800 mm.
• Resistência à compressão diametral de tubos de concreto armado, carga
mínima de ruptura de 108,0 kN/m, para o diâmetro nominal de 800 mm.
• Carga diametral de fissura/ruptura de tubos de concreto armado, de
90 kN/m, para diâmetro nominal de 800 mm.

As dimensões a serem consideradas para a tubulação de concreto armado


utilizados para a drenagem de águas pluviais são dadas na Tabela 1.

Tabela 1 – Dimensões dos tubos de concreto armado destinados a águas


pluviais

Diâmetro Comprimento Comprimento Espessura


Folga máxima
nominal DN útil mínimo do mínimo da mínima de
da bolsa (mm)
(mm) tubo (mm) bolsa (mm) parede (mm)
800 1000 80 20 72

2.2 CONCRETO PARA O BERÇO

O concreto para a confecção do berço dos tubos deverá ser dosado de forma a
atender uma resistência à compressão simples mínima aos 28 dias (fckmín) de 15 MPa

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e deverá ser preparado como estabelecido pelas normas NBR 6118/2003, NBR
7187/2003, NBR 12655/1996 e DNER-ES 330/1997.

2.3 MATERIAL DE REJUNTAMENTO

O rejuntamento da tubulação dos bueiros será feito de acordo com o


estabelecido nos projetos específicos e, na falta de outra indicação, deverá atender ao
traço mínimo de 1:4 em massa, executado a aplicado de acordo com o que dispõe a
DNER-ES 330/1997.
O rejuntamento deverá ser feito de modo a atingir toda a circunferência da
tubulação, a fim de garantir sua estanqueidade.

2.4 MATERIAL PARA REATERRO

O reaterro deverá ser realizado com material selecionado da escavação da vala


ou outro indicado pela FISCALIZAÇÃO. Não deverá possuir partículas que fiquem
retidas na peneira de 2”, não poderá ser argila plástica (IP > 12) e a granulometria
deverá ter, no mínimo, 95% passando na peneira de ½” e 95% retido na peneira n° 4.

3 EQUIPAMENTOS

Os equipamentos necessários à execução dos serviços serão adequados aos


locais de instalação das obras referidas, atendendo ao que dispõem as prescrições
específicas para os serviços similares. Recomendam-se, no mínimo, os seguintes
equipamentos:
• equipamento para movimentação dos tubos, podendo ser um caminhão
provido com um guindaste hidráulico, ou caminhão com grua ou “Munck”;
• caminhão basculante;
• betoneiras ou centrais de concreto para o preparo do concreto do berço
ou do envelopamento dos tubos;
• motonivelaroda;
• pá-carregadeira;
• rolo compactador metálico;
• Retroescavadeiras ou valetadeiras mecânicas para a escavação das
valas;
• compactadores mecânicos manuais, para iniciar o aterro sobre os tubos;
• serra elétrica para formas;
• equipamentos para o lançamento do concreto e vibradores de imersão.
A escavação da vala deverá ser executada preferencialmente com escavadeira
hidráulica, podendo ser utilizada retroescavadeira quando o terreno permitir.

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Deverá ser utilizado soquete vibratório compactador do tipo sapo para o serviço
de reaterro das valas e compactador manual tipo maço (30 kg) para o serviço de
apiloamento do fundo da vala.
Todo equipamento a ser utilizado deverá ser vistoriado, antes do início da
execução do serviço de modo a garantir as condições apropriadas de operação, sem o
que não será autorizada sua utilização.

4 EXECUÇÃO

4.1 ESCAVAÇÃO DA VALA

Para a execução do serviço de escavação de vala deverá ser utilizada


preferencialmente escavadeira hidráulica ou, quando o terreno apresentar baixa
resistência, poderá ser utilizada a retroescavadeira. O material proveniente da
escavação deverá ser estocado no local para posterior execução da recomposição do
terreno, quando adequado, sendo o excesso, se for o caso, destinado ao local de bota-
fora. Caberá à FISCALIZAÇÃO definir o destino do material excedente, que poderá ser
utilizado nos corpos de aterro ou lançado em bota-fora.
A execução das aberturas das valas para a instalação da tubulação de concreto
deverá ser acompanhada de serviços de topografia, onde deverão ser tomados todos
os procedimentos necessários, visando garantir a posição do eixo do tubo de concreto
e a altura adequada do berço, de forma a conformar o terreno de acordo com as cotas
indicadas em projeto.
A largura da vala deverá ser adequada à instalação do tubo e, ainda, permitir
uma fácil movimentação dos montadores e auxiliares durante a execução dos serviços
de concretagem do berço e de implantação dos tubos. Sendo assim, para
profundidades de vala menores ou iguais a 1,50 m, deverá ser adotada uma largura
adicional mínima de cada lado do envelope de 0,10 m. Para profundidades de vala
maiores que 1,50 m, a largura adicional deverá ser fixada de acordo com as
peculiaridades de cada caso.
O escoramento da vala, quando necessário, deve ser executado de acordo com
um plano previamente apresentado pela CONTRATADA. Cuidados especiais deverão
ser tomados nos casos de profundidades elevadas (maiores que 1,50 m), má qualidade
do solo, reduzida inclinação dos taludes, movimentação de cargas pesadas nas
proximidades, condições climáticas desfavoráveis e proximidades de obras existentes
que possam ser comprometidas pelas escavações. Quando da presença de água no
fundo da vala, recomenda-se a aplicação de uma camada de brita, recoberta com
areia.

4.2 PREPARAÇÃO DA BASE

A base deverá ficar uniformemente distribuída e o material convenientemente


compactado. A compactação da base do fundo da vala (apiloamento) deverá ser
executada com compactador manual do tipo maço, de 30 kg.
Os tubos de concreto deverão ser assentados sobre berços de concreto simples
(fck > 15 MPa). O concreto simples para o berço deve ser lançado sobre formas
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devidamente instaladas, podendo ser de madeira ou outro material adequado. As


dimensões devem seguir os requisitos de projeto.

4.3 ASSENTAMENTO DOS TUBOS DE CONCRETO ARMADO

Somente após a concretagem, acabamento e cura do berço serão feitas a


colocação, assentamento e rejuntamento dos tubos, com argamassa cimento-areia,
traço 1:4 em massa.
O rejuntamento dos tubos deverá ser feito com argamassa de cimento e areia
em toda a sua circunferência, de forma a garantir a completa estanqueidade.
A complementação do berço compreende o envolvimento do tubo com o mesmo
tipo de concreto, obedecendo a geometria prevista no projeto-tipo.

4.4 REATERRO DA VALA

Após a remoção completa dos entulhos e completo esgotamento de água,


deverá ser executado o reaterro da vala, em camadas não superiores a 15 cm de
espessura, de modo a garantir apoio lateral uniforme em toda a altura do tubo, sem
danificá-lo, através de compactação mecânica com soquete vibratório do tipo Sapo. A
densidade do material utilizado no reaterro deverá obedecer aos requisitos de projeto
para a compactação de solo, podendo variar dependendo da localização de instalação
do tubo. O material poderá ser o mesmo que foi retirado quando da abertura das valas,
desde que esteja isento de pedras, detritos e outras impurezas.
Os rolos compactadores somente poderão atuar sobre os tubos quando a altura
de aterro de recobrimento for superior a 50 cm.
A altura mínima de recobrimento para os tubos irá depender do tipo de trem de
pouso da aeronave de projeto e do seu peso máximo de decolagem. A Tabela 2
apresenta os valores do recobrimento mínimo, medido a partir da geratriz superior do
tubo.
Tabela 2 – Altura mínima de recobrimento de tubos de concreto armado
assentados sobre berço de concreto simples
Altura de recobrimento dos tubos enterrados sobre pavimento flexível (m)
Peso máx. de decolagem Tubo de concreto do tipo
Tipo do trem de pouso
(tf) PA-3
Simples 10,00 0,50
Duplo 30,00 0,60
Duplo 75,00 1,00
Duplo Tandem 200,00 1,25
Triplo Tandem 350,00 1,60

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No caso de pavimentos rígidos, utilizar, para qualquer carregamento, a altura do


recobrimento mínima do carregamento de rodas simples da Tabela 2.
Ao ser concluído o reaterro, todo o material remanescente deverá ser removido
para o local de bota-fora aprovado pela Fiscalização. O terreno deverá ser entregue
limpo e nivelado.
Quando as alturas mínimas de recobrimento sob pavimentos, apresentadas na
Tabela 2, não puderem ser respeitadas, além do berço de concreto, os tubos deverão
ser totalmente envelopados em concreto simples (fck > 15 MPa). O envelope de
concreto deverá ser medido e pago separadamente desta Especificação.

5 CONTROLE

5.1 CONTROLE TECNOLÓGICO

O controle tecnológico do concreto empregado no berço será realizado de


acordo com as normas NBR 12654/1992, NBR 12655/1996 e DNER-ES 330/1997.
Deverá ser estabelecido, previamente, o plano de retirada dos corpos-de-prova de
concreto e das amostras de aço, cimento, agregados e demais materiais, de forma a
satisfazer as especificações respectivas.
Os tubos de concreto deverão ser submetidos a medições e ensaios para serem
aceitos. Caso alguma das recomendações não sejam satisfeitas o lote por inteiro será
rejeitado. Os lotes são formados por tubos de mesmo diâmetro. O tamanho dos lotes
será definido pela FISCALIZAÇÃO, não podendo ser superior a 100 (cem) tubos. Para
cada lote de até 100 (cem) tubos de mesmo diâmetro, 04 (quatro) deles deverão ser
selecionados para a realização de ensaios, sendo 02 (dois) para ensaios de
Compressão Diametral e 02 (dois) para ensaios de Permeabilidade. Os resultados dos
ensaios deverão ser confrontados com os limites estabelecidos pela NSMA 85-2, da
Diretoria de Engenharia da Aeronáutica e pela NBR 8890/2003.
Em relação às dimensões do tubo, as seguintes observações devem ser feitas:
• o diâmetro interno de pelo menos 90% dos tubos do lote não poderá
diferir do diâmetro nominal correspondente;
• variações no diâmetro interno, para qualquer seção transversal do tubo,
não poderão diferir de 1% do diâmetro interno médio;
• para a espessura de parede não são admitidas diferenças para menos de
5% da espessura declarada ou 5 mm, adotando-se sempre o menor valor;
• o comprimento útil não deve diferir da dimensão declarada em mais de 20
mm para menos nem mais de 50 mm para mais.
Em relação ao acabamento do tubo, as seguintes observações devem ser feitas:
• as superfícies internas e externas dos tubos devem ser regulares e
homogêneas, compatíveis com o processo de fabricação, não devendo
apresentar defeitos visíveis a olho nu ou detectáveis através de
percussão, e que sejam prejudiciais à qualidade do tubo quanto à
resistência, impermeabilidade e durabilidade;

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Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

• não são permitidos retoques com nata de cimento ou com outros


materiais, visando esconder defeitos. Após o fim de pega do cimento e
mediante aprovação da Fiscalização, podem ser executados reparos de
defeitos, de dimensões inferiores ao especificado anteriormente, com
materiais e procedimentos adequados e fiscalizados pela Fiscalização,
bem como fissuras superficiais;
• podem ser aceitos bolhas ou furos superficiais com diâmetros inferiores
ou iguais a 10 mm e profundidade inferior ou igual a 5 mm;
• o acabamento da superfície interna do tubo deve ser avaliado com o
gabarito previamente fabricado, indicado na norma NBR 8890/2003, que
deve ser rolado sobre esta em movimentos circulares com o eixo paralelo
ao eixo do tubo. Devem ser aprovados os tubos cuja parede não é tocada
pela parte central do gabarito.

5.2 CONTROLE TOPOGRÁFICO

O controle será realizado através da verificação topográfica de cotas,


alinhamento, dimensões e locação. O serviço deverá ser refeito caso não sejam
respeitadas as exigências de projeto.

5.3 CONTROLE GEOTÉCNICO

O reaterro sobre os tubos será controlado pelas Especificações Gerais para


Obras de Infraestrutura Aeroportuária para Aterros, da Diretoria de Engenharia da
Aeronáutica, e das próprias especificações técnicas do SINAPI Aeroportuário,
dependendo do ensaio de compactação utilizado e do grau de compactação a ser
executado no local.

6 ASPECTOS AMBIENTAIS

No decorrer das operações destinadas às execuções dos dispositivos de


drenagem deverão ser observados cuidados visando à preservação do meio ambiente,
tais que:
• Quando houver excesso de material de escavação ou sobras, deverá ser
removido das proximidades dos dispositivos, de modo a não provocar o
seu entupimento, sendo conduzido para bota-fora licenciado
ambientalmente indicado pela CONTRATADA.
• O material excedente removido será transportado para local pré-definido
em conjunto com a Fiscalização cuidando-se ainda para que este material
não seja conduzido para os cursos d'água, de modo a não causar
assoreamento.
• Nos pontos de deságue dos dispositivos deverão ser executadas obras de
proteção de forma a evitar a erosão das vertentes ou assoreamento de
cursos d’água.

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Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

• Em todos os locais onde ocorrerem escavações ou aterros necessários à


implantação da obra deverá ser feito revestimento vegetal adequado dos
bota-foras, a fim de proporcionar a manutenção das condições locais e
incorporá-los à paisagem local.
• O trânsito dos equipamentos e veículos de serviço desnecessários deverá
ser evitado, tanto quanto possível, para não causar desfiguração,
principalmente onde houver alguma área com relevante interesse
paisagístico ou ecológico.
• Nas áreas de bota-fora ou empréstimos necessários à realização das
valas de saída que se instalam nas vertentes, deverão ser evitados os
lançamentos de materiais de escavação que possam afetar o sistema de
drenagem superficial.

7 MEDIÇÃO

As galerias circulares em concreto armado serão medidas por metro linear,


executados em conformidade com o projeto.

8 REFERÊNCIAS

NORMA ABNT NBR 8890/2003. Tubos de Concreto, de seção circular, para


águas pluviais e esgotos sanitários – Requisitos e métodos de ensaio. Rio de Janeiro,
2003. 16 p.
Comando da Aeronáutica. Diretoria de Engenharia da Aeronáutica.
Especificações Gerais para obras de Infraestrutura Aeroportuária. 03.05.505 – Bueiro
Tubular de Concreto. Rio de Janeiro. 5 p.
Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes. DNIT 023/2006 – ES.
Drenagem – Bueiros Tubulares de Concreto – Especificação de Serviço. Rio de
Janeiro. 2006. 8 p.

Página 58
Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

DREN.060/1 – TUBULAÇÃO EM CONCRETO ARMADO PARA DRENAGEM DE


ÁGUAS PLUVIAIS - CLASSE PA-3 PB NBR-8890/2007, DIÂMETRO NOMINAL 1000
MM, INCLUINDO BERÇO DE CONCRETO. AF_ITA_09/2014
UNIDADE: m (metro)

ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS

1 GENERALIDADES

Esta Especificação Técnica fixa as condições de execução de tubulação de


concreto armado, de diâmetro nominal 1000 mm, para drenagem de águas pluviais,
com o objetivo de possibilitar a passagem de águas através de obstáculos, aterros ou
pavimentações. A classe dos tubos utilizada na execução do serviço é a PA-3 PB,
conforme a norma ABNT NBR 8890/2007, sendo executado também o berço de
concreto, conforme dimensões e detalhes constantes da figura a seguir.

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Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

Esta especificação abrange os serviços de escavação da vala, apiloamento do


fundo da vala, lançamento, adensamento e cura do concreto do berço, lançamento da
tubulação, e reaterro compactado da vala.

2 MATERIAIS

2.1 TUBOS DE CONCRETO

Os tubos de concreto deverão ser da classe PA-3 com diâmetro nominal igual
1000 mm para águas pluviais, serão de encaixe, tipo “ponta e bolsa” ou “macho e
fêmea” e deverão seguir as exigências da norma NBR 8890/2007 - "Tubo de concreto
de seção circular para águas pluviais e esgotos sanitários - Requisitos e métodos de
ensaios".
O concreto usado para fabricação dos tubos será confeccionado de acordo com
as normas NBR 6118/2003, NBR 12655/1996, NBR 7187/2003 e DNER-ES 330/97 e
dosado experimentalmente para a resistência à compressão (fckmín) aos 28 dias de 15
MPa. As juntas para os tubos destinados a águas pluviais podem ser rígidas ou
elásticas.
Deverão ser obedecidas as exigências quanto à resistência a compressão
diametral, em função do tipo e do diâmetro para sua aceitação, conforme dado a
seguir, de acordo com a norma NBR 8890/2007.
• Resistência à compressão diametral de tubos de concreto armado, carga
mínima de trinca de 90,0 kN/m, para o diâmetro nominal de 1000 mm.
• Resistência à compressão diametral de tubos de concreto armado, carga
mínima de ruptura de 135,0 kN/m, para o diâmetro nominal de 1000 mm.
• Carga diametral de fissura/ruptura de tubos de concreto armado, de
90 kN/m, para diâmetro nominal de 1000 mm.

As dimensões a serem consideradas para a tubulação de concreto armado


utilizados para a drenagem de águas pluviais são dadas na Tabela 1.

Tabela 1 – Dimensões dos tubos de concreto armado destinados a águas


pluviais

Diâmetro Comprimento Comprimento Espessura


Folga máxima
nominal DN útil mínimo do mínimo da mínima de
da bolsa (mm)
(mm) tubo (mm) bolsa (mm) parede (mm)
1000 1000 80 20 80

2.2 CONCRETO PARA O BERÇO

O concreto para a confecção do berço dos tubos deverá ser dosado de forma a
atender uma resistência à compressão simples mínima aos 28 dias (fckmín) de 15 MPa

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Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

e deverá ser preparado como estabelecido pelas normas NBR 6118/2003, NBR
7187/2003, NBR 12655/1996 e DNER-ES 330/1997.

2.3 MATERIAL DE REJUNTAMENTO

O rejuntamento da tubulação dos bueiros será feito de acordo com o


estabelecido nos projetos específicos e, na falta de outra indicação, deverá atender ao
traço mínimo de 1:4 em massa, executado a aplicado de acordo com o que dispõe a
DNER-ES 330/1997.
O rejuntamento deverá ser feito de modo a atingir toda a circunferência da
tubulação, a fim de garantir sua estanqueidade.

2.4 MATERIAL PARA REATERRO

O reaterro deverá ser realizado com material selecionado da escavação da vala


ou outro indicado pela FISCALIZAÇÃO. Não deverá possuir partículas que fiquem
retidas na peneira de 2”, não poderá ser argila plástica (IP > 12) e a granulometria
deverá ter, no mínimo, 95% passando na peneira de ½” e 95% retido na peneira n° 4.

3 EQUIPAMENTOS

Os equipamentos necessários à execução dos serviços serão adequados aos


locais de instalação das obras referidas, atendendo ao que dispõem as prescrições
específicas para os serviços similares. Recomenda-se, no mínimo, os seguintes
equipamentos:
• equipamento para movimentação dos tubos, podendo ser um caminhão
provido com um guindaste hidráulico, ou caminhão com grua ou “Munck”;
• caminhão basculante;
• betoneiras ou centrais de concreto para o preparo do concreto do berço
ou do envelopamento dos tubos;
• motonivelaroda;
• pá-carregadeira;
• rolo compactador metálico;
• Retroescavadeiras ou valetadeiras mecânicas para a escavação das
valas;
• compactadores mecânicos manuais, para iniciar o aterro sobre os tubos;
• serra elétrica para formas;
• equipamentos para o lançamento do concreto e vibradores de imersão.
A escavação da vala deverá ser executada preferencialmente com escavadeira
hidráulica, podendo ser utilizada retroescavadeira quando o terreno permitir.

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Deverá ser utilizado soquete vibratório compactador do tipo sapo para o serviço
de reaterro das valas e compactador manual tipo maço (30 kg) para o serviço de
apiloamento do fundo da vala.
Todo equipamento a ser utilizado deverá ser vistoriado, antes do início da
execução do serviço de modo a garantir as condições apropriadas de operação, sem o
que não será autorizada sua utilização.

4 EXECUÇÃO

4.1 ESCAVAÇÃO DA VALA

Para a execução do serviço de escavação de vala deverá ser utilizada


preferencialmente escavadeira hidráulica ou, quando o terreno apresentar baixa
resistência, poderá ser utilizada a retroescavadeira. O material proveniente da
escavação deverá ser estocado no local para posterior execução da recomposição do
terreno, quando adequado, sendo o excesso, se for o caso, destinado ao local de bota-
fora. Caberá à FISCALIZAÇÃO definir o destino do material excedente, que poderá ser
utilizado nos corpos de aterro ou lançado em bota-fora.
A execução das aberturas das valas para a instalação da tubulação de concreto
deverá ser acompanhada de serviços de topografia, onde deverão ser tomados todos
os procedimentos necessários, visando garantir a posição do eixo do tubo de concreto
e a altura adequada do berço, de forma a conformar o terreno de acordo com as cotas
indicadas em projeto.
A largura da vala deverá ser adequada à instalação do tubo e, ainda, permitir
uma fácil movimentação dos montadores e auxiliares durante a execução dos serviços
de concretagem do berço e de implantação dos tubos. Sendo assim, para
profundidades de vala menores ou iguais a 1,50 m, deverá ser adotada uma largura
adicional mínima de cada lado do envelope de 0,10 m. Para profundidades de vala
maiores que 1,50 m, a largura adicional deverá ser fixada de acordo com as
peculiaridades de cada caso.
O escoramento da vala, quando necessário, deve ser executado de acordo com
um plano previamente apresentado pela CONTRATADA. Cuidados especiais deverão
ser tomados nos casos de profundidades elevadas (maiores que 1,50 m), má qualidade
do solo, reduzida inclinação dos taludes, movimentação de cargas pesadas nas
proximidades, condições climáticas desfavoráveis e proximidades de obras existentes
que possam ser comprometidas pelas escavações. Quando da presença de água no
fundo da vala, recomenda-se a aplicação de uma camada de brita, recoberta com
areia.

4.2 PREPARAÇÃO DA BASE

A base deverá ficar uniformemente distribuída e o material convenientemente


compactado. A compactação da base do fundo da vala (apiloamento) deverá ser
executada com compactador manual do tipo maço, de 30 kg.
Os tubos de concreto deverão ser assentados sobre berços de concreto simples
(fck > 15 MPa). O concreto simples para o berço deve ser lançado sobre formas
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devidamente instaladas, podendo ser de madeira ou outro material adequado. As


dimensões devem seguir os requisitos de projeto.

4.3 ASSENTAMENTO DOS TUBOS DE CONCRETO ARMADO

Somente após a concretagem, acabamento e cura do berço serão feitas a


colocação, assentamento e rejuntamento dos tubos, com argamassa cimento-areia,
traço 1:4 em massa.
O rejuntamento dos tubos deverá ser feito com argamassa de cimento e areia
em toda a sua circunferência, de forma a garantir a completa estanqueidade.
A complementação do berço compreende o envolvimento do tubo com o mesmo
tipo de concreto, obedecendo a geometria prevista no projeto-tipo.

4.4 REATERRO DA VALA

Após a remoção completa dos entulhos e completo esgotamento de água,


deverá ser executado o reaterro da vala, em camadas não superiores a 15 cm de
espessura, de modo a garantir apoio lateral uniforme em toda a altura do tubo, sem
danificá-lo, através de compactação mecânica com soquete vibratório do tipo Sapo. A
densidade do material utilizado no reaterro deverá obedecer aos requisitos de projeto
para a compactação de solo, podendo variar dependendo da localização de instalação
do tubo. O material poderá ser o mesmo que foi retirado quando da abertura das valas,
desde que esteja isento de pedras, detritos e outras impurezas.
Os rolos compactadores somente poderão atuar sobre os tubos quando a altura
de aterro de recobrimento for superior a 50 cm.
A altura mínima de recobrimento para os tubos irá depender do tipo de trem de
pouso da aeronave de projeto e do seu peso máximo de decolagem. A Tabela 2
apresenta os valores do recobrimento mínimo, medido a partir da geratriz superior do
tubo.
Tabela 2 – Altura mínima de recobrimento de tubos de concreto armado
assentados sobre berço de concreto simples
Altura de recobrimento dos tubos enterrados sobre pavimento flexível (m)
Peso máx. de decolagem Tubo de concreto do tipo
Tipo do trem de pouso
(tf) PA-3
Simples 10,00 0,50
Duplo 30,00 0,60
Duplo 75,00 1,00
Duplo Tandem 200,00 1,25
Triplo Tandem 350,00 1,60

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No caso de pavimentos rígidos, utilizar, para qualquer carregamento, a altura do


recobrimento mínima do carregamento de rodas simples da Tabela 2.
Ao ser concluído o reaterro, todo o material remanescente deverá ser removido
para o local de bota-fora aprovado pela Fiscalização. O terreno deverá ser entregue
limpo e nivelado.
Quando as alturas mínimas de recobrimento sob pavimentos, apresentadas na
Tabela 2, não puderem ser respeitadas, além do berço de concreto, os tubos deverão
ser totalmente envelopados em concreto simples (fck > 15 MPa). O envelope de
concreto deverá ser medido e pago separadamente desta Especificação.

5 CONTROLE

5.1 CONTROLE TECNOLÓGICO

O controle tecnológico do concreto empregado no berço será realizado de


acordo com as normas NBR 12654/1992, NBR 12655/1996 e DNER-ES 330/1997.
Deverá ser estabelecido, previamente, o plano de retirada dos corpos-de-prova de
concreto e das amostras de aço, cimento, agregados e demais materiais, de forma a
satisfazer as especificações respectivas.
Os tubos de concreto deverão ser submetidos a medições e ensaios para serem
aceitos. Caso alguma das recomendações não sejam satisfeitas o lote por inteiro será
rejeitado. Os lotes são formados por tubos de mesmo diâmetro. O tamanho dos lotes
será definido pela FISCALIZAÇÃO, não podendo ser superior a 100 (cem) tubos. Para
cada lote de até 100 (cem) tubos de mesmo diâmetro, 04 (quatro) deles deverão ser
selecionados para a realização de ensaios, sendo 02 (dois) para ensaios de
Compressão Diametral e 02 (dois) para ensaios de Permeabilidade. Os resultados dos
ensaios deverão ser confrontados com os limites estabelecidos pela NSMA 85-2, da
Diretoria de Engenharia da Aeronáutica e pela NBR 8890/2003.
Em relação às dimensões do tubo, as seguintes observações devem ser feitas:
• o diâmetro interno de pelo menos 90% dos tubos do lote não poderá
diferir do diâmetro nominal correspondente;
• variações no diâmetro interno, para qualquer seção transversal do tubo,
não poderão diferir de 1% do diâmetro interno médio;
• para a espessura de parede não são admitidas diferenças para menos de
5% da espessura declarada ou 5 mm, adotando-se sempre o menor valor;
• o comprimento útil não deve diferir da dimensão declarada em mais de 20
mm para menos nem mais de 50 mm para mais.
Em relação ao acabamento do tubo, as seguintes observações devem ser feitas:
• as superfícies internas e externas dos tubos devem ser regulares e
homogêneas, compatíveis com o processo de fabricação, não devendo
apresentar defeitos visíveis a olho nu ou detectáveis através de
percussão, e que sejam prejudiciais à qualidade do tubo quanto à
resistência, impermeabilidade e durabilidade;

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• não são permitidos retoques com nata de cimento ou com outros


materiais, visando esconder defeitos. Após o fim de pega do cimento e
mediante aprovação da Fiscalização, podem ser executados reparos de
defeitos, de dimensões inferiores ao especificado anteriormente, com
materiais e procedimentos adequados e fiscalizados pela Fiscalização,
bem como fissuras superficiais;
• podem ser aceitos bolhas ou furos superficiais com diâmetros inferiores
ou iguais a 10 mm e profundidade inferior ou igual a 5 mm;
• o acabamento da superfície interna do tubo deve ser avaliado com o
gabarito previamente fabricado, indicado na norma NBR 8890/2003, que
deve ser rolado sobre esta em movimentos circulares com o eixo paralelo
ao eixo do tubo. Devem ser aprovados os tubos cuja parede não é tocada
pela parte central do gabarito.

5.2 CONTROLE TOPOGRÁFICO

O controle será realizado através da verificação topográfica de cotas,


alinhamento, dimensões e locação. O serviço deverá ser refeito caso não sejam
respeitadas as exigências de projeto.

5.3 CONTROLE GEOTÉCNICO

O reaterro sobre os tubos será controlado pelas Especificações Gerais para


Obras de Infraestrutura Aeroportuária para Aterros, da Diretoria de Engenharia da
Aeronáutica, e das próprias especificações técnicas do SINAPI Aeroportuário,
dependendo do ensaio de compactação utilizado e do grau de compactação a ser
executado no local.

6 ASPECTOS AMBIENTAIS

No decorrer das operações destinadas às execuções dos dispositivos de


drenagem deverão ser observados cuidados visando à preservação do meio ambiente,
tais que:
• Quando houver excesso de material de escavação ou sobras, deverá ser
removido das proximidades dos dispositivos, de modo a não provocar o
seu entupimento, sendo conduzido para bota-fora licenciado
ambientalmente indicado pela CONTRATADA.
• O material excedente removido será transportado para local pré-definido
em conjunto com a Fiscalização cuidando-se ainda para que este material
não seja conduzido para os cursos d'água, de modo a não causar
assoreamento.
• Nos pontos de deságue dos dispositivos deverão ser executadas obras de
proteção de forma a evitar a erosão das vertentes ou assoreamento de
cursos d’água.

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• Em todos os locais onde ocorrerem escavações ou aterros necessários à


implantação da obra deverá ser feito revestimento vegetal adequado dos
bota-foras, a fim de proporcionar a manutenção das condições locais e
incorporá-los à paisagem local.
• O trânsito dos equipamentos e veículos de serviço desnecessários deverá
ser evitado, tanto quanto possível, para não causar desfiguração,
principalmente onde houver alguma área com relevante interesse
paisagístico ou ecológico.
• Nas áreas de bota-fora ou empréstimos necessários à realização das
valas de saída que se instalam nas vertentes, deverão ser evitados os
lançamentos de materiais de escavação que possam afetar o sistema de
drenagem superficial.

7 MEDIÇÃO

As galerias circulares em concreto armado serão medidas por metro linear,


executados em conformidade com o projeto.

8 REFERÊNCIAS

NORMA ABNT NBR 8890/2003. Tubos de Concreto, de seção circular, para


águas pluviais e esgotos sanitários – Requisitos e métodos de ensaio. Rio de Janeiro,
2003. 16 p.
Comando da Aeronáutica. Diretoria de Engenharia da Aeronáutica.
Especificações Gerais para obras de Infraestrutura Aeroportuária. 03.05.505 – Bueiro
Tubular de Concreto. Rio de Janeiro. 5 p.
Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes. DNIT 023/2006 – ES.
Drenagem – Bueiros Tubulares de Concreto – Especificação de Serviço. Rio de
Janeiro. 2006. 8 p.

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DREN.061/1 – TUBULAÇÃO EM CONCRETO ARMADO PARA DRENAGEM DE


ÁGUAS PLUVIAIS - CLASSE PA-3 PB NBR-8890/2007, DIÂMETRO NOMINAL 1200
MM, INCLUINDO BERÇO DE CONCRETO. AF_ITA_09/2014
UNIDADE: m (metro)

ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS

1 GENERALIDADES

Esta Especificação Técnica fixa as condições de execução de tubulação de


concreto armado, de diâmetro nominal 1200 mm, para drenagem de águas pluviais,
com o objetivo de possibilitar a passagem de águas através de obstáculos, aterros ou
pavimentações. A classe dos tubos utilizada na execução do serviço é a PA-3 PB,
conforme a norma ABNT NBR 8890/2007, sendo executado também o berço de
concreto, conforme dimensões e detalhes constantes da figura a seguir.

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Esta especificação abrange os serviços de escavação da vala, apiloamento do


fundo da vala, lançamento, adensamento e cura do concreto do berço, lançamento da
tubulação, e reaterro compactado da vala.

2 MATERIAIS

2.1 TUBOS DE CONCRETO

Os tubos de concreto deverão ser da classe PA-3 com diâmetro nominal igual
1200 mm para águas pluviais, serão de encaixe, tipo “ponta e bolsa” ou “macho e
fêmea” e deverão seguir as exigências da norma NBR 8890/2007 - "Tubo de concreto
de seção circular para águas pluviais e esgotos sanitários - Requisitos e métodos de
ensaios".
O concreto usado para fabricação dos tubos será confeccionado de acordo com
as normas NBR 6118/2003, NBR 12655/1996, NBR 7187/2003 e DNER-ES 330/97 e
dosado experimentalmente para a resistência à compressão (fckmín) aos 28 dias de 15
MPa. As juntas para os tubos destinados a águas pluviais podem ser rígidas ou
elásticas.
Deverão ser obedecidas as exigências quanto à resistência a compressão
diametral, em função do tipo e do diâmetro para sua aceitação, conforme dado a
seguir, de acordo com a norma NBR 8890/2007.
• Resistência à compressão diametral de tubos de concreto armado, carga
mínima de trinca de 108,0 kN/m, para o diâmetro nominal de 1200 mm.
• Resistência à compressão diametral de tubos de concreto armado, carga
mínima de ruptura de 162,0 kN/m, para o diâmetro nominal de 1200 mm.
• Carga diametral de fissura/ruptura de tubos de concreto armado, de
90 kN/m, para diâmetro nominal de 1200 mm.

As dimensões a serem consideradas para a tubulação de concreto armado


utilizados para a drenagem de águas pluviais são dadas na Tabela 1.

Tabela 1 – Dimensões dos tubos de concreto armado destinados a águas


pluviais

Diâmetro Comprimento Comprimento Espessura


Folga máxima
nominal DN útil mínimo do mínimo da mínima de
da bolsa (mm)
(mm) tubo (mm) bolsa (mm) parede (mm)
1200 1000 90 25 96

2.2 CONCRETO PARA O BERÇO

O concreto para a confecção do berço dos tubos deverá ser dosado de forma a
atender uma resistência à compressão simples mínima aos 28 dias (fckmín) de 15 MPa

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e deverá ser preparado como estabelecido pelas normas NBR 6118/2003, NBR
7187/2003, NBR 12655/1996 e DNER-ES 330/1997.

2.3 MATERIAL DE REJUNTAMENTO

O rejuntamento da tubulação dos bueiros será feito de acordo com o


estabelecido nos projetos específicos e, na falta de outra indicação, deverá atender ao
traço mínimo de 1:4 em massa, executado a aplicado de acordo com o que dispõe a
DNER-ES 330/1997.
O rejuntamento deverá ser feito de modo a atingir toda a circunferência da
tubulação, a fim de garantir sua estanqueidade.

2.4 MATERIAL PARA REATERRO

O reaterro deverá ser realizado com material selecionado da escavação da vala


ou outro indicado pela FISCALIZAÇÃO. Não deverá possuir partículas que fiquem
retidas na peneira de 2”, não poderá ser argila plástica (IP > 12) e a granulometria
deverá ter, no mínimo, 95% passando na peneira de ½” e 95% retido na peneira n° 4.

3 EQUIPAMENTOS

Os equipamentos necessários à execução dos serviços serão adequados aos


locais de instalação das obras referidas, atendendo ao que dispõem as prescrições
específicas para os serviços similares. Recomenda-se, no mínimo, os seguintes
equipamentos:
• equipamento para movimentação dos tubos, podendo ser um caminhão
provido com um guindaste hidráulico, ou caminhão com grua ou “Munck”;
• caminhão basculante;
• betoneiras ou centrais de concreto para o preparo do concreto do berço
ou do envelopamento dos tubos;
• motonivelaroda;
• pá-carregadeira;
• rolo compactador metálico;
• Retroescavadeiras ou valetadeiras mecânicas para a escavação das
valas;
• compactadores mecânicos manuais, para iniciar o aterro sobre os tubos;
• serra elétrica para formas;
• equipamentos para o lançamento do concreto e vibradores de imersão.
A escavação da vala deverá ser executada preferencialmente com escavadeira
hidráulica, podendo ser utilizada retroescavadeira quando o terreno permitir.

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Deverá ser utilizado soquete vibratório compactador do tipo sapo para o serviço
de reaterro das valas e compactador manual tipo maço (30 kg) para o serviço de
apiloamento do fundo da vala.
Todo equipamento a ser utilizado deverá ser vistoriado, antes do início da
execução do serviço de modo a garantir as condições apropriadas de operação, sem o
que não será autorizada sua utilização.

4 EXECUÇÃO

4.1 ESCAVAÇÃO DA VALA

Para a execução do serviço de escavação de vala deverá ser utilizada


preferencialmente escavadeira hidráulica ou, quando o terreno apresentar baixa
resistência, poderá ser utilizada a retroescavadeira. O material proveniente da
escavação deverá ser estocado no local para posterior execução da recomposição do
terreno, quando adequado, sendo o excesso, se for o caso, destinado ao local de bota-
fora. Caberá à FISCALIZAÇÃO definir o destino do material excedente, que poderá ser
utilizado nos corpos de aterro ou lançado em bota-fora.
A execução das aberturas das valas para a instalação da tubulação de concreto
deverá ser acompanhada de serviços de topografia, onde deverão ser tomados todos
os procedimentos necessários, visando garantir a posição do eixo do tubo de concreto
e a altura adequada do berço, de forma a conformar o terreno de acordo com as cotas
indicadas em projeto.
A largura da vala deverá ser adequada à instalação do tubo e, ainda, permitir
uma fácil movimentação dos montadores e auxiliares durante a execução dos serviços
de concretagem do berço e de implantação dos tubos. Sendo assim, para
profundidades de vala menores ou iguais a 1,50 m, deverá ser adotada uma largura
adicional mínima de cada lado do envelope de 0,10 m. Para profundidades de vala
maiores que 1,50 m, a largura adicional deverá ser fixada de acordo com as
peculiaridades de cada caso.
O escoramento da vala, quando necessário, deve ser executado de acordo com
um plano previamente apresentado pela CONTRATADA. Cuidados especiais deverão
ser tomados nos casos de profundidades elevadas (maiores que 1,50 m), má qualidade
do solo, reduzida inclinação dos taludes, movimentação de cargas pesadas nas
proximidades, condições climáticas desfavoráveis e proximidades de obras existentes
que possam ser comprometidas pelas escavações. Quando da presença de água no
fundo da vala, recomenda-se a aplicação de uma camada de brita, recoberta com
areia.

4.2 PREPARAÇÃO DA BASE

A base deverá ficar uniformemente distribuída e o material convenientemente


compactado. A compactação da base do fundo da vala (apiloamento) deverá ser
executada com compactador manual do tipo maço, de 30 kg.
Os tubos de concreto deverão ser assentados sobre berços de concreto simples
(fck > 15 MPa). O concreto simples para o berço deve ser lançado sobre formas
Página 70
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devidamente instaladas, podendo ser de madeira ou outro material adequado. As


dimensões devem seguir os requisitos de projeto.

4.3 ASSENTAMENTO DOS TUBOS DE CONCRETO ARMADO

Somente após a concretagem, acabamento e cura do berço serão feitas a


colocação, assentamento e rejuntamento dos tubos, com argamassa cimento-areia,
traço 1:4 em massa.
O rejuntamento dos tubos deverá ser feito com argamassa de cimento e areia
em toda a sua circunferência, de forma a garantir a completa estanqueidade.
A complementação do berço compreende o envolvimento do tubo com o mesmo
tipo de concreto, obedecendo a geometria prevista no projeto-tipo.

4.4 REATERRO DA VALA

Após a remoção completa dos entulhos e completo esgotamento de água,


deverá ser executado o reaterro da vala, em camadas não superiores a 15 cm de
espessura, de modo a garantir apoio lateral uniforme em toda a altura do tubo, sem
danificá-lo, através de compactação mecânica com soquete vibratório do tipo Sapo. A
densidade do material utilizado no reaterro deverá obedecer aos requisitos de projeto
para a compactação de solo, podendo variar dependendo da localização de instalação
do tubo. O material poderá ser o mesmo que foi retirado quando da abertura das valas,
desde que esteja isento de pedras, detritos e outras impurezas.
Os rolos compactadores somente poderão atuar sobre os tubos quando a altura
de aterro de recobrimento for superior a 50 cm.
A altura mínima de recobrimento para os tubos irá depender do tipo de trem de
pouso da aeronave de projeto e do seu peso máximo de decolagem. A Tabela 2
apresenta os valores do recobrimento mínimo, medido a partir da geratriz superior do
tubo.
Tabela 2 – Altura mínima de recobrimento de tubos de concreto armado
assentados sobre berço de concreto simples
Altura de recobrimento dos tubos enterrados sobre pavimento flexível (m)
Peso máx. de decolagem Tubo de concreto do tipo
Tipo do trem de pouso
(tf) PA-3
Simples 10,00 0,50
Duplo 30,00 0,60
Duplo 75,00 1,00
Duplo Tandem 200,00 1,25
Triplo Tandem 350,00 1,60

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No caso de pavimentos rígidos, utilizar, para qualquer carregamento, a altura do


recobrimento mínima do carregamento de rodas simples da Tabela 2.
Ao ser concluído o reaterro, todo o material remanescente deverá ser removido
para o local de bota-fora aprovado pela Fiscalização. O terreno deverá ser entregue
limpo e nivelado.
Quando as alturas mínimas de recobrimento sob pavimentos, apresentadas na
Tabela 2, não puderem ser respeitadas, além do berço de concreto, os tubos deverão
ser totalmente envelopados em concreto simples (fck > 15 MPa). O envelope de
concreto deverá ser medido e pago separadamente desta Especificação.

5 CONTROLE

5.1 CONTROLE TECNOLÓGICO

O controle tecnológico do concreto empregado no berço será realizado de


acordo com as normas NBR 12654/1992, NBR 12655/1996 e DNER-ES 330/1997.
Deverá ser estabelecido, previamente, o plano de retirada dos corpos-de-prova de
concreto e das amostras de aço, cimento, agregados e demais materiais, de forma a
satisfazer as especificações respectivas.
Os tubos de concreto deverão ser submetidos a medições e ensaios para serem
aceitos. Caso alguma das recomendações não sejam satisfeitas o lote por inteiro será
rejeitado. Os lotes são formados por tubos de mesmo diâmetro. O tamanho dos lotes
será definido pela FISCALIZAÇÃO, não podendo ser superior a 100 (cem) tubos. Para
cada lote de até 100 (cem) tubos de mesmo diâmetro, 04 (quatro) deles deverão ser
selecionados para a realização de ensaios, sendo 02 (dois) para ensaios de
Compressão Diametral e 02 (dois) para ensaios de Permeabilidade. Os resultados dos
ensaios deverão ser confrontados com os limites estabelecidos pela NSMA 85-2, da
Diretoria de Engenharia da Aeronáutica e pela NBR 8890/2003.
Em relação às dimensões do tubo, as seguintes observações devem ser feitas:
• o diâmetro interno de pelo menos 90% dos tubos do lote não poderá
diferir do diâmetro nominal correspondente;
• variações no diâmetro interno, para qualquer seção transversal do tubo,
não poderão diferir de 1% do diâmetro interno médio;
• para a espessura de parede não são admitidas diferenças para menos de
5% da espessura declarada ou 5 mm, adotando-se sempre o menor valor;
• o comprimento útil não deve diferir da dimensão declarada em mais de 20
mm para menos nem mais de 50 mm para mais.
Em relação ao acabamento do tubo, as seguintes observações devem ser feitas:
• as superfícies internas e externas dos tubos devem ser regulares e
homogêneas, compatíveis com o processo de fabricação, não devendo
apresentar defeitos visíveis a olho nu ou detectáveis através de
percussão, e que sejam prejudiciais à qualidade do tubo quanto à
resistência, impermeabilidade e durabilidade;

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Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

• não são permitidos retoques com nata de cimento ou com outros


materiais, visando esconder defeitos. Após o fim de pega do cimento e
mediante aprovação da Fiscalização, podem ser executados reparos de
defeitos, de dimensões inferiores ao especificado anteriormente, com
materiais e procedimentos adequados e fiscalizados pela Fiscalização,
bem como fissuras superficiais;
• podem ser aceitos bolhas ou furos superficiais com diâmetros inferiores
ou iguais a 10 mm e profundidade inferior ou igual a 5 mm;
• o acabamento da superfície interna do tubo deve ser avaliado com o
gabarito previamente fabricado, indicado na norma NBR 8890/2003, que
deve ser rolado sobre esta em movimentos circulares com o eixo paralelo
ao eixo do tubo. Devem ser aprovados os tubos cuja parede não é tocada
pela parte central do gabarito.

5.2 CONTROLE TOPOGRÁFICO

O controle será realizado através da verificação topográfica de cotas,


alinhamento, dimensões e locação. O serviço deverá ser refeito caso não sejam
respeitadas as exigências de projeto.

5.3 CONTROLE GEOTÉCNICO

O reaterro sobre os tubos será controlado pelas Especificações Gerais para


Obras de Infraestrutura Aeroportuária para Aterros, da Diretoria de Engenharia da
Aeronáutica, e das próprias especificações técnicas do SINAPI Aeroportuário,
dependendo do ensaio de compactação utilizado e do grau de compactação a ser
executado no local.

6 ASPECTOS AMBIENTAIS

No decorrer das operações destinadas às execuções dos dispositivos de


drenagem deverão ser observados cuidados visando à preservação do meio ambiente,
tais que:
• Quando houver excesso de material de escavação ou sobras, deverá ser
removido das proximidades dos dispositivos, de modo a não provocar o
seu entupimento, sendo conduzido para bota-fora licenciado
ambientalmente indicado pela CONTRATADA.
• O material excedente removido será transportado para local pré-definido
em conjunto com a Fiscalização cuidando-se ainda para que este material
não seja conduzido para os cursos d'água, de modo a não causar
assoreamento.
• Nos pontos de deságue dos dispositivos deverão ser executadas obras de
proteção de forma a evitar a erosão das vertentes ou assoreamento de
cursos d’água.

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Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

• Em todos os locais onde ocorrerem escavações ou aterros necessários à


implantação da obra deverá ser feito revestimento vegetal adequado dos
bota-foras, a fim de proporcionar a manutenção das condições locais e
incorporá-los à paisagem local.
• O trânsito dos equipamentos e veículos de serviço desnecessários deverá
ser evitado, tanto quanto possível, para não causar desfiguração,
principalmente onde houver alguma área com relevante interesse
paisagístico ou ecológico.
• Nas áreas de bota-fora ou empréstimos necessários à realização das
valas de saída que se instalam nas vertentes, deverão ser evitados os
lançamentos de materiais de escavação que possam afetar o sistema de
drenagem superficial.

7 MEDIÇÃO

As galerias circulares em concreto armado serão medidas por metro linear,


executados em conformidade com o projeto.

8 REFERÊNCIAS

NORMA ABNT NBR 8890/2003. Tubos de Concreto, de seção circular, para


águas pluviais e esgotos sanitários – Requisitos e métodos de ensaio. Rio de Janeiro,
2003. 16 p.
Comando da Aeronáutica. Diretoria de Engenharia da Aeronáutica.
Especificações Gerais para obras de Infraestrutura Aeroportuária. 03.05.505 – Bueiro
Tubular de Concreto. Rio de Janeiro. 5 p.
Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes. DNIT 023/2006 – ES.
Drenagem – Bueiros Tubulares de Concreto – Especificação de Serviço. Rio de
Janeiro. 2006. 8 p.

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Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

DREN.062/1 – TUBULAÇÃO EM CONCRETO ARMADO PARA DRENAGEM DE


ÁGUAS PLUVIAIS - CLASSE PA-3 PB NBR-8890/2007, DIÂMETRO NOMINAL 1500
MM, INCLUINDO BERÇO DE CONCRETO. AF_ITA_09/2014
UNIDADE: m (metro)

ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS

1 GENERALIDADES

Esta Especificação Técnica fixa as condições de execução de tubulação de


concreto armado, de diâmetro nominal 1500 mm, para drenagem de águas pluviais,
com o objetivo de possibilitar a passagem de águas através de obstáculos, aterros ou
pavimentações. A classe dos tubos utilizada na execução do serviço é a PA-3 PB,
conforme a norma ABNT NBR 8890/2007, sendo executado também o berço de
concreto, conforme dimensões e detalhes constantes da figura a seguir.

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Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

Esta especificação abrange os serviços de escavação da vala, apiloamento do


fundo da vala, lançamento, adensamento e cura do concreto do berço, lançamento da
tubulação, e reaterro compactado da vala.

2 MATERIAIS

2.1 TUBOS DE CONCRETO

Os tubos de concreto deverão ser da classe PA-3 com diâmetro nominal igual
1500 mm para águas pluviais, serão de encaixe, tipo “ponta e bolsa” ou “macho e
fêmea” e deverão seguir as exigências da norma NBR 8890/2007 - "Tubo de concreto
de seção circular para águas pluviais e esgotos sanitários - Requisitos e métodos de
ensaios".
O concreto usado para fabricação dos tubos será confeccionado de acordo com
as normas NBR 6118/2003, NBR 12655/1996, NBR 7187/2003 e DNER-ES 330/97 e
dosado experimentalmente para a resistência à compressão (fckmín) aos 28 dias de 15
MPa. As juntas para os tubos destinados a águas pluviais podem ser rígidas ou
elásticas.
Deverão ser obedecidas as exigências quanto à resistência a compressão
diametral, em função do tipo e do diâmetro para sua aceitação, conforme dado a
seguir, de acordo com a norma NBR 8890/2007.
• Resistência à compressão diametral de tubos de concreto armado, carga
mínima de trinca de 135,0 kN/m, para o diâmetro nominal de 1500 mm.
• Resistência à compressão diametral de tubos de concreto armado, carga
mínima de ruptura de 203,0 kN/m, para o diâmetro nominal de 1500 mm.
• Carga diametral de fissura/ruptura de tubos de concreto armado, de
90 kN/m, para diâmetro nominal de 1500 mm.

As dimensões a serem consideradas para a tubulação de concreto armado


utilizados para a drenagem de águas pluviais são dadas na Tabela 1.

Tabela 1 – Dimensões dos tubos de concreto armado destinados a águas


pluviais

Diâmetro Comprimento Comprimento Espessura


Folga máxima
nominal DN útil mínimo do mínimo da mínima de
da bolsa (mm)
(mm) tubo (mm) bolsa (mm) parede (mm)
1500 1000 90 30 120

2.2 CONCRETO PARA O BERÇO

O concreto para a confecção do berço dos tubos deverá ser dosado de forma a
atender uma resistência à compressão simples mínima aos 28 dias (fckmín) de 15 MPa

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Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

e deverá ser preparado como estabelecido pelas normas NBR 6118/2003, NBR
7187/2003, NBR 12655/1996 e DNER-ES 330/1997.

2.3 MATERIAL DE REJUNTAMENTO

O rejuntamento da tubulação dos bueiros será feito de acordo com o


estabelecido nos projetos específicos e, na falta de outra indicação, deverá atender ao
traço mínimo de 1:4 em massa, executado a aplicado de acordo com o que dispõe a
DNER-ES 330/1997.
O rejuntamento deverá ser feito de modo a atingir toda a circunferência da
tubulação, a fim de garantir sua estanqueidade.

2.4 MATERIAL PARA REATERRO

O reaterro deverá ser realizado com material selecionado da escavação da vala


ou outro indicado pela FISCALIZAÇÃO. Não deverá possuir partículas que fiquem
retidas na peneira de 2”, não poderá ser argila plástica (IP > 12) e a granulometria
deverá ter, no mínimo, 95% passando na peneira de ½” e 95% retido na peneira n° 4.

3 EQUIPAMENTOS

Os equipamentos necessários à execução dos serviços serão adequados aos


locais de instalação das obras referidas, atendendo ao que dispõem as prescrições
específicas para os serviços similares. Recomenda-se, no mínimo, os seguintes
equipamentos:
• equipamento para movimentação dos tubos, podendo ser um caminhão
provido com um guindaste hidráulico, ou caminhão com grua ou “Munck”;
• caminhão basculante;
• betoneiras ou centrais de concreto para o preparo do concreto do berço
ou do envelopamento dos tubos;
• motonivelaroda;
• pá-carregadeira;
• rolo compactador metálico;
• Retroescavadeiras ou valetadeiras mecânicas para a escavação das
valas;
• compactadores mecânicos manuais, para iniciar o aterro sobre os tubos;
• serra elétrica para formas;
• equipamentos para o lançamento do concreto e vibradores de imersão.
A escavação da vala deverá ser executada preferencialmente com escavadeira
hidráulica, podendo ser utilizada retroescavadeira quando o terreno permitir.

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Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

Deverá ser utilizado soquete vibratório compactador do tipo sapo para o serviço
de reaterro das valas e compactador manual tipo maço (30 kg) para o serviço de
apiloamento do fundo da vala.
Todo equipamento a ser utilizado deverá ser vistoriado, antes do início da
execução do serviço de modo a garantir as condições apropriadas de operação, sem o
que não será autorizada sua utilização.

4 EXECUÇÃO

4.1 ESCAVAÇÃO DA VALA

Para a execução do serviço de escavação de vala deverá ser utilizada


preferencialmente escavadeira hidráulica ou, quando o terreno apresentar baixa
resistência, poderá ser utilizada a retroescavadeira. O material proveniente da
escavação deverá ser estocado no local para posterior execução da recomposição do
terreno, quando adequado, sendo o excesso, se for o caso, destinado ao local de bota-
fora. Caberá à FISCALIZAÇÃO definir o destino do material excedente, que poderá ser
utilizado nos corpos de aterro ou lançado em bota-fora.
A execução das aberturas das valas para a instalação da tubulação de concreto
deverá ser acompanhada de serviços de topografia, onde deverão ser tomados todos
os procedimentos necessários, visando garantir a posição do eixo do tubo de concreto
e a altura adequada do berço, de forma a conformar o terreno de acordo com as cotas
indicadas em projeto.
A largura da vala deverá ser adequada à instalação do tubo e, ainda, permitir
uma fácil movimentação dos montadores e auxiliares durante a execução dos serviços
de concretagem do berço e de implantação dos tubos. Sendo assim, para
profundidades de vala menores ou iguais a 1,50 m, deverá ser adotada uma largura
adicional mínima de cada lado do envelope de 0,10 m. Para profundidades de vala
maiores que 1,50 m, a largura adicional deverá ser fixada de acordo com as
peculiaridades de cada caso.
O escoramento da vala, quando necessário, deve ser executado de acordo com
um plano previamente apresentado pela CONTRATADA. Cuidados especiais deverão
ser tomados nos casos de profundidades elevadas (maiores que 1,50 m), má qualidade
do solo, reduzida inclinação dos taludes, movimentação de cargas pesadas nas
proximidades, condições climáticas desfavoráveis e proximidades de obras existentes
que possam ser comprometidas pelas escavações. Quando da presença de água no
fundo da vala, recomenda-se a aplicação de uma camada de brita, recoberta com
areia.

4.2 PREPARAÇÃO DA BASE

A base deverá ficar uniformemente distribuída e o material convenientemente


compactado. A compactação da base do fundo da vala (apiloamento) deverá ser
executada com compactador manual do tipo maço, de 30 kg.
Os tubos de concreto deverão ser assentados sobre berços de concreto simples
(fck > 15 MPa). O concreto simples para o berço deve ser lançado sobre formas
Página 78
Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

devidamente instaladas, podendo ser de madeira ou outro material adequado. As


dimensões devem seguir os requisitos de projeto.

4.3 ASSENTAMENTO DOS TUBOS DE CONCRETO ARMADO

Somente após a concretagem, acabamento e cura do berço serão feitas a


colocação, assentamento e rejuntamento dos tubos, com argamassa cimento-areia,
traço 1:4 em massa.
O rejuntamento dos tubos deverá ser feito com argamassa de cimento e areia
em toda a sua circunferência, de forma a garantir a completa estanqueidade.
A complementação do berço compreende o envolvimento do tubo com o mesmo
tipo de concreto, obedecendo a geometria prevista no projeto-tipo.

4.4 REATERRO DA VALA

Após a remoção completa dos entulhos e completo esgotamento de água,


deverá ser executado o reaterro da vala, em camadas não superiores a 15 cm de
espessura, de modo a garantir apoio lateral uniforme em toda a altura do tubo, sem
danificá-lo, através de compactação mecânica com soquete vibratório do tipo Sapo. A
densidade do material utilizado no reaterro deverá obedecer aos requisitos de projeto
para a compactação de solo, podendo variar dependendo da localização de instalação
do tubo. O material poderá ser o mesmo que foi retirado quando da abertura das valas,
desde que esteja isento de pedras, detritos e outras impurezas.
Os rolos compactadores somente poderão atuar sobre os tubos quando a altura
de aterro de recobrimento for superior a 50 cm.
A altura mínima de recobrimento para os tubos irá depender do tipo de trem de
pouso da aeronave de projeto e do seu peso máximo de decolagem. A Tabela 2
apresenta os valores do recobrimento mínimo, medido a partir da geratriz superior do
tubo.
Tabela 2 – Altura mínima de recobrimento de tubos de concreto armado
assentados sobre berço de concreto simples
Altura de recobrimento dos tubos enterrados sobre pavimento flexível (m)
Peso máx. de decolagem Tubo de concreto do tipo
Tipo do trem de pouso
(tf) PA-3
Simples 10,00 0,50
Duplo 30,00 0,60
Duplo 75,00 1,00
Duplo Tandem 200,00 1,25
Triplo Tandem 350,00 1,60

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Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

No caso de pavimentos rígidos, utilizar, para qualquer carregamento, a altura do


recobrimento mínima do carregamento de rodas simples da Tabela 2.
Ao ser concluído o reaterro, todo o material remanescente deverá ser removido
para o local de bota-fora aprovado pela Fiscalização. O terreno deverá ser entregue
limpo e nivelado.
Quando as alturas mínimas de recobrimento sob pavimentos, apresentadas na
Tabela 2, não puderem ser respeitadas, além do berço de concreto, os tubos deverão
ser totalmente envelopados em concreto simples (fck > 15 MPa). O envelope de
concreto deverá ser medido e pago separadamente desta Especificação.

5 CONTROLE

5.1 CONTROLE TECNOLÓGICO

O controle tecnológico do concreto empregado no berço será realizado de


acordo com as normas NBR 12654/1992, NBR 12655/1996 e DNER-ES 330/1997.
Deverá ser estabelecido, previamente, o plano de retirada dos corpos-de-prova de
concreto e das amostras de aço, cimento, agregados e demais materiais, de forma a
satisfazer as especificações respectivas.
Os tubos de concreto deverão ser submetidos a medições e ensaios para serem
aceitos. Caso alguma das recomendações não sejam satisfeitas o lote por inteiro será
rejeitado. Os lotes são formados por tubos de mesmo diâmetro. O tamanho dos lotes
será definido pela FISCALIZAÇÃO, não podendo ser superior a 100 (cem) tubos. Para
cada lote de até 100 (cem) tubos de mesmo diâmetro, 04 (quatro) deles deverão ser
selecionados para a realização de ensaios, sendo 02 (dois) para ensaios de
Compressão Diametral e 02 (dois) para ensaios de Permeabilidade. Os resultados dos
ensaios deverão ser confrontados com os limites estabelecidos pela NSMA 85-2, da
Diretoria de Engenharia da Aeronáutica e pela NBR 8890/2003.
Em relação às dimensões do tubo, as seguintes observações devem ser feitas:
• o diâmetro interno de pelo menos 90% dos tubos do lote não poderá
diferir do diâmetro nominal correspondente;
• variações no diâmetro interno, para qualquer seção transversal do tubo,
não poderão diferir de 1% do diâmetro interno médio;
• para a espessura de parede não são admitidas diferenças para menos de
5% da espessura declarada ou 5 mm, adotando-se sempre o menor valor;
• o comprimento útil não deve diferir da dimensão declarada em mais de 20
mm para menos nem mais de 50 mm para mais.
Em relação ao acabamento do tubo, as seguintes observações devem ser feitas:
• as superfícies internas e externas dos tubos devem ser regulares e
homogêneas, compatíveis com o processo de fabricação, não devendo
apresentar defeitos visíveis a olho nu ou detectáveis através de
percussão, e que sejam prejudiciais à qualidade do tubo quanto à
resistência, impermeabilidade e durabilidade;

Página 80
Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

• não são permitidos retoques com nata de cimento ou com outros


materiais, visando esconder defeitos. Após o fim de pega do cimento e
mediante aprovação da Fiscalização, podem ser executados reparos de
defeitos, de dimensões inferiores ao especificado anteriormente, com
materiais e procedimentos adequados e fiscalizados pela Fiscalização,
bem como fissuras superficiais;
• podem ser aceitos bolhas ou furos superficiais com diâmetros inferiores
ou iguais a 10 mm e profundidade inferior ou igual a 5 mm;
• o acabamento da superfície interna do tubo deve ser avaliado com o
gabarito previamente fabricado, indicado na norma NBR 8890/2003, que
deve ser rolado sobre esta em movimentos circulares com o eixo paralelo
ao eixo do tubo. Devem ser aprovados os tubos cuja parede não é tocada
pela parte central do gabarito.

5.2 CONTROLE TOPOGRÁFICO

O controle será realizado através da verificação topográfica de cotas,


alinhamento, dimensões e locação. O serviço deverá ser refeito caso não sejam
respeitadas as exigências de projeto.

5.3 CONTROLE GEOTÉCNICO

O reaterro sobre os tubos será controlado pelas Especificações Gerais para


Obras de Infraestrutura Aeroportuária para Aterros, da Diretoria de Engenharia da
Aeronáutica, e das próprias especificações técnicas do SINAPI Aeroportuário,
dependendo do ensaio de compactação utilizado e do grau de compactação a ser
executado no local.

6 ASPECTOS AMBIENTAIS

No decorrer das operações destinadas às execuções dos dispositivos de


drenagem deverão ser observados cuidados visando à preservação do meio ambiente,
tais que:
• Quando houver excesso de material de escavação ou sobras, deverá ser
removido das proximidades dos dispositivos, de modo a não provocar o
seu entupimento, sendo conduzido para bota-fora licenciado
ambientalmente indicado pela CONTRATADA.
• O material excedente removido será transportado para local pré-definido
em conjunto com a Fiscalização cuidando-se ainda para que este material
não seja conduzido para os cursos d'água, de modo a não causar
assoreamento.
• Nos pontos de deságue dos dispositivos deverão ser executadas obras de
proteção de forma a evitar a erosão das vertentes ou assoreamento de
cursos d’água.

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Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

• Em todos os locais onde ocorrerem escavações ou aterros necessários à


implantação da obra deverá ser feito revestimento vegetal adequado dos
bota-foras, a fim de proporcionar a manutenção das condições locais e
incorporá-los à paisagem local.
• O trânsito dos equipamentos e veículos de serviço desnecessários deverá
ser evitado, tanto quanto possível, para não causar desfiguração,
principalmente onde houver alguma área com relevante interesse
paisagístico ou ecológico.
• Nas áreas de bota-fora ou empréstimos necessários à realização das
valas de saída que se instalam nas vertentes, deverão ser evitados os
lançamentos de materiais de escavação que possam afetar o sistema de
drenagem superficial.

7 MEDIÇÃO

As galerias circulares em concreto armado serão medidas por metro linear,


executados em conformidade com o projeto.

8 REFERÊNCIAS

NORMA ABNT NBR 8890/2003. Tubos de Concreto, de seção circular, para


águas pluviais e esgotos sanitários – Requisitos e métodos de ensaio. Rio de Janeiro,
2003. 16 p.
Comando da Aeronáutica. Diretoria de Engenharia da Aeronáutica.
Especificações Gerais para obras de Infraestrutura Aeroportuária. 03.05.505 – Bueiro
Tubular de Concreto. Rio de Janeiro. 5 p.
Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes. DNIT 023/2006 – ES.
Drenagem – Bueiros Tubulares de Concreto – Especificação de Serviço. Rio de
Janeiro. 2006. 8 p.

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Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

DREN.063/1 - VALA TRAPEZOIDAL COM ARMAÇÃO EM TELA SOLDADA


NERVURADA – AÇO CA-60 C/ DIAM = 5,0 MM E MALHA 10X10CM – DIMENSÕES
(BXbXH) = 120X60X40CM – TIPO 1. AF_ITA_09/2014
UNIDADE: m (metro)

ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS

1 GENERALIDADES

Esta Especificação Técnica fixa as condições para construção de valas


trapezoidais em concreto armado, posicionadas conforme indicado em projeto.
As figuras a seguir apresentam os detalhes e dimensões da vala trapezoidal em
concreto armado, bem como a armação das paredes.

2 MATERIAIS

2.1 CONCRETO

O concreto a ser empregado na execução das caixas será moldado “in loco” ou
em central de concreto e deverá apresentar tensão mínima de ruptura aos 28 dias (fck)
de 15 MPa.

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Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

2.1.1 CIMENTO

Não havendo indicação em contrário, o cimento a empregar será o Portland


comum ou de alto forno, devendo satisfazer às prescrições das normas da ABNT, NBR
5732/1991 e NBR 5735/1991.
Caberá à Fiscalização aprovar o cimento a ser empregado, podendo exigir a
apresentação de certificado de qualidade, quando julgar necessário.

2.1.2 AGREGADOS

Os agregados para a confecção de concreto ou argamassa deverão ser


materiais sãos, resistentes e inertes, de acordo com as definições seguintes.
Deverão ser armazenados separadamente, isolados do terreno natural por
assoalho de madeira ou camada de concreto de cimento.
Agregado Miúdo
O agregado miúdo deve ser areia natural quartzosa de diâmetro máximo 4,8
mm. Deve estar limpo e não apresentar substâncias nocivas, como torrões de argila,
matéria orgânica e outras, obedecendo ao prescristo nas Especificações da ABNT.
Somente mediante avaliação da Fiscalização, poderão ser empregadas areias
artificiais provenientes de rocha sadia.
Agregado Graúdo
Consistirá de pedra britada ou seixo rolado britado, de diâmetro máximo superior
a 4,8 mm e inferior a 76 mm, isento de partículas aderentes, e não podendo apresentar
substâncias nocivas, como torrões de argila, matéria orgânica e outras.
O agregado graúdo será constituído pela mistura de partículas de diversos
diâmetros, em proporções convenientes, de acordo com os traços indicados.

2.1.3 FERRAGENS

A confecção das armaduras será de tela soldada nervurada TELCON Q-196 aço
CA-60 em malha 10 x 10 cm.

2.1.4 ÁGUA

A água para preparação do concreto deverá ser razoavelmente clara e isenta de


óleos, ácidos, álcalis, matéria orgânica, ou outros contaminantes.

2.1.5 MATERIAIS PARA CURA DO CONCRETO

Para garantia de uma cura uniforme sobre toda a superfície, deve ser
considerada a utilização de aditivo apropriado para a cura química do concreto.
O processo consiste basicamente na utilização de uma emulsão de
hidrocarbonetos parafínicos, formando um filme impermeável sobre o concreto fresco,
protegendo-o dos efeitos da desidratação provocada pelo calor e vento, evitando a

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Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

formação de fissuras e contribuindo para o desenvolvimento das resistências


mecânicas (utilizar como referência o aditivo CURING PAV® da marca Vedacit®, ou
comprovadamente equivalente).

3 EQUIPAMENTOS

A execução deverá prever a utilização racional de equipamento apropriado,


atendidas as condições locais e a produtividade exigida. Os seguintes tipos de
equipamentos são os mais indicados, podendo ser utilizados outros equipamentos.
• Escavadeira Hidráulica, para escavação da vala;
• Compactador com soquete vibratório do tipo sapo mecânico para os serviços
de reaterro
• Compactador manual tipo maço para os serviços de apiloamento do fundo da
vala da escavação; e
• Haste vibratória para adensamento de concreto;

4 EXECUÇÃO

A execução das valas trapezoidais deve observar os elementos técnicos


fornecidos à Contratada, como as especificações e os desenhos do projeto.
O serviço deve iniciar-se com a escavação em que será feita a vala cuidando-se
para que todas as dimensões definidas em projeto sejam atendidas. O fundo da vala
deverá ser compactado com utilização de compactador com soquete mecânico tipo
sapo, ou maço manual. Ao fundo compactado, deverá ser executada uma camada de 5
cm de espesssura em concreto magro com fck igual ou superior a 11 MPa, acima do
qual será feito o assentamento das formas.
As formas devem ser assentadas de acordo com os alinhamentos indicados no
projeto, uniformemente apoiadas sobre o leito e fixadas com ponteiros, de modo a
suportarem sem deformação ou movimentos apreciáveis as solicitações inerentes ao
trabalho.
O topo das formas deverá coincidir com a superfície prevista e o material em que
se apoiam as formas deverá estar compactado.
Os ponteiros devem ser espaçados de, no máximo, 1,00 m, cuidando-se da
perfeita fixação das extremidades na junção das formas.
O alinhamento e o nivelamento das formas deverão ser verificados e, quando se
verificarem erros superiores a 3 mm em relação à cota e 6 mm em relação ao
alinhamento, corrigidos antes do lançamento do concreto.
Quando se constatar insuficiência nas condições de apoio de qualquer forma,
esta será removida e convenientemente reassentada.
Assentadas as formas, procede-se à verificação do fundo com um gabarito nelas
apoiado. A correção das depressões só será permitida em camadas mínimas de 8 cm
de espessura.

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Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

Por ocasião da concretagem as formas devem estar limpas e untadas com óleo,
a fim de facilitar a desmoldagem.
O cimento deve ser medido em peso, o que pode ser feito pela contagem de
sacos inteiros, não se tolerando, neste caso, o aproveitamento de sacos avariados.
Os agregados de tipos diferentes, miúdo e graúdo, devem ser medidos
separadamente, em peso, considerando-se sempre nestas operações a influência da
umidade. O agregado graúdo deve ser molhado antes de ser utilizado.
A mistura e o amassamento do concreto serão feitos sempre mecanicamente
com o equipamento apropriado. O amassamento deve ser contínuo e durar pelo menos
um minuto, a contar do momento em que todos os componentes do concreto estiverem
na betoneira. O tempo exato de amassamento será determinado em cada caso, tendo
em vista a homogeneidade requerida para a mistura.
O concreto deve ser transportado para o local de lançamento, de modo a que
não acarrete segregação ou perda de qualquer de seus componentes. No caso de
serem utilizadas instalações centrais fixas de dosagem, ou para transporte superior a
30 minutos (no máximo 90 minutos), o concreto deverá ser transportado ao local de
lançamento em caminhão betoneira com velocidade de agitação de 2 a 6 rpm.
O intervalo máximo de tempo permitido entre o fabrico e o lançamento do
concreto transportado em caminhões basculantes será de 30 min.
A produção de concreto deve ser regulada de acordo com a marcha das
operações de concretagem, num ritmo que garanta a necessária continuidade do
serviço.
O lançamento do concreto deve ser feito de modo a reduzir o trabalho de
espalhamento, evitando-se a segregação de seus componentes.
O espalhamento do concreto deve ser executado com auxílio de ferramentas
manuais, evitando-se sempre a segregação dos materiais.
O concreto deve ser distribuído em excesso por toda a seção em execução e
rasado a uma altura conveniente para que, após as operações de adensamento e
acabamento, tenha a vala trapezoidal, em qualquer ponto, a espessura do projeto.
O adensamento do concreto será feito por vibração com o emprego de
vibradores de imersão e o acabamento da superfície será realizado imediatamente
após o adensamento do concreto.
O equipamento vibrador deverá passar em um mesmo local tantas vezes
quantas forem necessárias ao perfeito adensamento do concreto, e para que a
superfície do fundo fique no greide e perfil transversal do projeto, pronta para o
acabamento final.
As depressões observadas à passagem da máquina serão imediatamente
corrigidas com concreto fresco, sendo vedado o emprego de argamassa para esse fim.
O aditivo de cura química deverá ser distribuído superficialmente sobre o
concreto à taxa de 1 kg de aditivo para cada 5 m². Deverá ser aplicado com
pulverizador de baixa pressão, logo após o concreto ter “puxado” (adquirido aparência

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Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

fosca), de forma uniforme sobre toda a superfície, que apresentará aparência


esbranquiçada, após a aplicação.
As formas só poderão ser retiradas quando decorrerem pelo menos 12 horas
após a concretagem. A FISCALIZAÇÃO poderá, entretanto, fixar prazos maiores, até
um máximo de 24 horas.

5 CONTROLE

5.1 CONTROLE TECNOLÓGICO

As valas de concreto armado serão controladas no que diz respeito às cotas,


alinhamentos, dimensões e locação topograficamente, antes e após a conclusão dos
serviços, com base nos elementos previstos no projeto. O controle dos materiais e de
sua aplicação deve obedecer à NBR 5738 (ABNT, 2003).
A resistência do concreto à compressão simples será verificada em corpos de
prova cilíndricos moldados no local da concretagem e submetidos à cura até o
momento da determinação de acordo com as normas ASTM C-73. Devem ser
moldados 2 CP para cada 5 m³ ou para cada caminhão-betoneira.

6 MEDIÇÃO

A medição dos serviços será feita por metro linear de vala trapezoidal,
executada de acordo com o projeto.
Os serviços serão pagos pelos preços unitários contratuais, em conformidade
com a unidade de medição, que remuneram, além da aquisição dos materiais, do
preparo, do transporte ao local de aplicação e da execução, os custos diretos e
indiretos de todas as operações, equipamentos, encargos gerais, mão-de-obra e leis
sociais, necessários à completa execução dos serviços.

7 ASPECTOS AMBIENTAIS

No decorrer das operações destinadas às execuções dos dispositivos de


drenagem deverão ser observados cuidados visando à preservação do meio ambiente,
tais que:
Quando houver excesso de material de escavação ou sobras, deverá ser
removido das proximidades dos dispositivos, de modo a não provocar o seu
entupimento, sendo conduzido para bota-fora licenciado ambientalmente indicado pela
contratada.
O material excedente removido será transportado para local pré-definido em
conjunto com a fiscalização cuidando-se ainda para que este material não seja
conduzido para os cursos d’agua, de modo a não causar assoreamento.
Nos pontos de deságue dos dispositivos deverão ser executadas obras de
proteção de forma a evitar a erosão das vertentes ou assoreamento de cursos d’agua.
Em todos os locais onde ocorrerem escavações ou aterros necessários à
implantação da obra deverá ser feito revestimento vegetal adequado dos bota-foras, a

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Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

fim de proporcionar a manutenção das condições locais e incorporá-los à paisagem


local.
O trânsito dos equipamentos e veículos de serviço desnecessários deverá ser
evitado, tanto quanto possível, para não causar desfiguração, principalmente onde
houver alguma área com relevante interesse paisagístico ou ecológico.
Nas áreas de bota-fora ou empréstimos necessários à realização das valas de
saída que se instalam nas vertentes, deverão ser evitados os lançamentos de materiais
de escavação que possam afetar o sistema de drenagem superficial.

8 REFERÊNCIAS

NORMA ABNT NBR 5738/2008 – Procedimento para moldagem e cura de


corpos-de-prova.
Especificações Gerais para Obras de Infraestrutura Aeroportuária da Diretoria de
Engenharia da Aeronáutica – DIRENG.

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Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

DREN.064/1 - VALA TRAPEZOIDAL COM ARMAÇÃO EM TELA SOLDADA


NERVURADA – AÇO CA-60 C/ DIAM = 5,0 MM E MALHA 10X10CM – DIMENSÕES
(BXbXH) = 90X45X30CM – TIPO 2. AF_ITA_09/2014
UNIDADE: m (metro)

ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS

1 GENERALIDADES

Esta Especificação Técnica fixa as condições para construção de valas


trapezoidais em concreto armado, posicionadas conforme indicado em projeto.
As figuras a seguir apresentam os detalhes e dimensões da vala trapezoidal em
concreto armado, bem como a armação das paredes.

2 MATERIAIS

2.1 CONCRETO

O concreto a ser empregado na execução das caixas será moldado “in loco” ou
em central de concreto e deverá apresentar tensão mínima de ruptura aos 28 dias (fck)
de 15 MPa.

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Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

2.1.1 CIMENTO

Não havendo indicação em contrário, o cimento a empregar será o Portland


comum ou de alto forno, devendo satisfazer às prescrições das normas da ABNT, NBR
5732/1991 e NBR 5735/1991.
Caberá à Fiscalização aprovar o cimento a ser empregado, podendo exigir a
apresentação de certificado de qualidade, quando julgar necessário.

2.1.2 AGREGADOS

Os agregados para a confecção de concreto ou argamassa deverão ser


materiais sãos, resistentes e inertes, de acordo com as definições seguintes.
Deverão ser armazenados separadamente, isolados do terreno natural por
assoalho de madeira ou camada de concreto de cimento.
Agregado Miúdo
O agregado miúdo deve ser areia natural quartzosa de diâmetro máximo 4,8
mm. Deve estar limpo e não apresentar substâncias nocivas, como torrões de argila,
matéria orgânica e outras, obedecendo ao prescristo nas Especificações da ABNT.
Somente mediante avaliação da Fiscalização, poderão ser empregadas areias
artificiais provenientes de rocha sadia.
Agregado Graúdo
Consistirá de pedra britada ou seixo rolado britado, de diâmetro máximo superior
a 4,8 mm e inferior a 76 mm, isento de partículas aderentes, e não podendo apresentar
substâncias nocivas, como torrões de argila, matéria orgânica e outras.
O agregado graúdo será constituído pela mistura de partículas de diversos
diâmetros, em proporções convenientes, de acordo com os traços indicados.

2.1.3 FERRAGENS

A confecção das armaduras será de tela soldada nervurada TELCON Q-196 aço
CA-60 em malha 10 x 10 cm.

2.1.4 ÁGUA

A água para preparação do concreto deverá ser razoavelmente clara e isenta de


óleos, ácidos, álcalis, matéria orgânica, ou outros contaminantes.

2.1.5 MATERIAIS PARA CURA DO CONCRETO

Para garantia de uma cura uniforme sobre toda a superfície, deve ser
considerada a utilização de aditivo apropriado para a cura química do concreto.
O processo consiste basicamente na utilização de uma emulsão de
hidrocarbonetos parafínicos, formando um filme impermeável sobre o concreto fresco,
protegendo-o dos efeitos da desidratação provocada pelo calor e vento, evitando a

Página 90
Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

formação de fissuras e contribuindo para o desenvolvimento das resistências


mecânicas (utilizar como referência o aditivo CURING PAV® da marca Vedacit®, ou
comprovadamente equivalente).

3 EQUIPAMENTOS

A execução deverá prever a utilização racional de equipamento apropriado,


atendidas as condições locais e a produtividade exigida. Os seguintes tipos de
equipamentos são os mais indicados, podendo ser utilizados outros equipamentos.
• Escavadeira Hidráulica, para escavação da vala;
• Compactador com soquete vibratório do tipo sapo mecânico para os serviços
de reaterro
• Compactador manual tipo maço para os serviços de apiloamento do fundo da
vala da escavação; e
• Haste vibratória para adensamento de concreto;

4 EXECUÇÃO

A execução das valas trapezoidais deve observar os elementos técnicos


fornecidos à Contratada, como as especificações e os desenhos do projeto.
O serviço deve iniciar-se com a escavação em que será feita a vala cuidando-se
para que todas as dimensões definidas em projeto sejam atendidas. O fundo da vala
deverá ser compactado com utilização de compactador com soquete mecânico tipo
sapo, ou maço manual. Ao fundo compactado, deverá ser executada uma camada de 5
cm de espesssura em concreto magro com fck igual ou superior a 11 MPa, acima do
qual será feito o assentamento das formas.
As formas devem ser assentadas de acordo com os alinhamentos indicados no
projeto, uniformemente apoiadas sobre o leito e fixadas com ponteiros, de modo a
suportarem sem deformação ou movimentos apreciáveis as solicitações inerentes ao
trabalho.
O topo das formas deverá coincidir com a superfície prevista e o material em que
se apoiam as formas deverá estar compactado.
Os ponteiros devem ser espaçados de, no máximo, 1,00 m, cuidando-se da
perfeita fixação das extremidades na junção das formas.
O alinhamento e o nivelamento das formas deverão ser verificados e, quando se
verificarem erros superiores a 3 mm em relação à cota e 6 mm em relação ao
alinhamento, corrigidos antes do lançamento do concreto.
Quando se constatar insuficiência nas condições de apoio de qualquer forma,
esta será removida e convenientemente reassentada.
Assentadas as formas, procede-se à verificação do fundo com um gabarito nelas
apoiado. A correção das depressões só será permitida em camadas mínimas de 8 cm
de espessura.

Página 91
Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

Por ocasião da concretagem as formas devem estar limpas e untadas com óleo,
a fim de facilitar a desmoldagem.
O cimento deve ser medido em peso, o que pode ser feito pela contagem de
sacos inteiros, não se tolerando, neste caso, o aproveitamento de sacos avariados.
Os agregados de tipos diferentes, miúdo e graúdo, devem ser medidos
separadamente, em peso, considerando-se sempre nestas operações a influência da
umidade. O agregado graúdo deve ser molhado antes de ser utilizado.
A mistura e o amassamento do concreto serão feitos sempre mecanicamente
com o equipamento apropriado. O amassamento deve ser contínuo e durar pelo menos
um minuto, a contar do momento em que todos os componentes do concreto estiverem
na betoneira. O tempo exato de amassamento será determinado em cada caso, tendo
em vista a homogeneidade requerida para a mistura.
O concreto deve ser transportado para o local de lançamento, de modo a que
não acarrete segregação ou perda de qualquer de seus componentes. No caso de
serem utilizadas instalações centrais fixas de dosagem, ou para transporte superior a
30 minutos (no máximo 90 minutos), o concreto deverá ser transportado ao local de
lançamento em caminhão betoneira com velocidade de agitação de 2 a 6 rpm.
O intervalo máximo de tempo permitido entre o fabrico e o lançamento do
concreto transportado em caminhões basculantes será de 30 min.
A produção de concreto deve ser regulada de acordo com a marcha das
operações de concretagem, num ritmo que garanta a necessária continuidade do
serviço.
O lançamento do concreto deve ser feito de modo a reduzir o trabalho de
espalhamento, evitando-se a segregação de seus componentes.
O espalhamento do concreto deve ser executado com auxílio de ferramentas
manuais, evitando-se sempre a segregação dos materiais.
O concreto deve ser distribuído em excesso por toda a seção em execução e
rasado a uma altura conveniente para que, após as operações de adensamento e
acabamento, tenha a vala trapezoidal, em qualquer ponto, a espessura do projeto.
O adensamento do concreto será feito por vibração com o emprego de
vibradores de imersão e o acabamento da superfície será realizado imediatamente
após o adensamento do concreto.
O equipamento vibrador deverá passar em um mesmo local tantas vezes
quantas forem necessárias ao perfeito adensamento do concreto, e para que a
superfície do fundo fique no greide e perfil transversal do projeto, pronta para o
acabamento final.
As depressões observadas à passagem da máquina serão imediatamente
corrigidas com concreto fresco, sendo vedado o emprego de argamassa para esse fim.
O aditivo de cura química deverá ser distribuído superficialmente sobre o
concreto à taxa de 1 kg de aditivo para cada 5 m². Deverá ser aplicado com
pulverizador de baixa pressão, logo após o concreto ter “puxado” (adquirido aparência

Página 92
Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

fosca), de forma uniforme sobre toda a superfície, que apresentará aparência


esbranquiçada, após a aplicação.
As formas só poderão ser retiradas quando decorrerem pelo menos 12 horas
após a concretagem. A FISCALIZAÇÃO poderá, entretanto, fixar prazos maiores, até
um máximo de 24 horas.

5 CONTROLE

5.1 CONTROLE TECNOLÓGICO

As valas de concreto armado serão controladas no que diz respeito às cotas,


alinhamentos, dimensões e locação topograficamente, antes e após a conclusão dos
serviços, com base nos elementos previstos no projeto. O controle dos materiais e de
sua aplicação deve obedecer à NBR 5738 (ABNT, 2003).
A resistência do concreto à compressão simples será verificada em corpos de
prova cilíndricos moldados no local da concretagem e submetidos à cura até o
momento da determinação de acordo com as normas ASTM C-73. Devem ser
moldados 2 CP para cada 5 m³ ou para cada caminhão-betoneira.

6 MEDIÇÃO

A medição dos serviços será feita por metro linear de vala trapezoidal,
executada de acordo com o projeto.
Os serviços serão pagos pelos preços unitários contratuais, em conformidade
com a unidade de medição, que remuneram, além da aquisição dos materiais, do
preparo, do transporte ao local de aplicação e da execução, os custos diretos e
indiretos de todas as operações, equipamentos, encargos gerais, mão-de-obra e leis
sociais, necessários à completa execução dos serviços.

7 ASPECTOS AMBIENTAIS

No decorrer das operações destinadas às execuções dos dispositivos de


drenagem deverão ser observados cuidados visando à preservação do meio ambiente,
tais que:
Quando houver excesso de material de escavação ou sobras, deverá ser
removido das proximidades dos dispositivos, de modo a não provocar o seu
entupimento, sendo conduzido para bota-fora licenciado ambientalmente indicado pela
contratada.
O material excedente removido será transportado para local pré-definido em
conjunto com a fiscalização cuidando-se ainda para que este material não seja
conduzido para os cursos d’agua, de modo a não causar assoreamento.
Nos pontos de deságue dos dispositivos deverão ser executadas obras de
proteção de forma a evitar a erosão das vertentes ou assoreamento de cursos d’agua.
Em todos os locais onde ocorrerem escavações ou aterros necessários à
implantação da obra deverá ser feito revestimento vegetal adequado dos bota-foras, a

Página 93
Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

fim de proporcionar a manutenção das condições locais e incorporá-los à paisagem


local.
O trânsito dos equipamentos e veículos de serviço desnecessários deverá ser
evitado, tanto quanto possível, para não causar desfiguração, principalmente onde
houver alguma área com relevante interesse paisagístico ou ecológico.
Nas áreas de bota-fora ou empréstimos necessários à realização das valas de
saída que se instalam nas vertentes, deverão ser evitados os lançamentos de materiais
de escavação que possam afetar o sistema de drenagem superficial.

8 REFERÊNCIAS

NORMA ABNT NBR 5738/2008 – Procedimento para moldagem e cura de


corpos-de-prova.
Especificações Gerais para Obras de Infraestrutura Aeroportuária da Diretoria de
Engenharia da Aeronáutica – DIRENG.

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DREN.065/1 - VALA TRAPEZOIDAL COM ARMAÇÃO EM TELA SOLDADA


NERVURADA – AÇO CA-60 C/ DIAM = 5,0 MM E MALHA 10X10CM – DIMENSÕES
(BXbXH) = 60X30X20CM – TIPO 3. AF_ITA_09/2014
UNIDADE: m (metro)

ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS

1 GENERALIDADES

Esta Especificação Técnica fixa as condições para construção de valas


trapezoidais em concreto armado, posicionadas conforme indicado em projeto.
As figuras a seguir apresentam os detalhes e dimensões da vala trapezoidal em
concreto armado, bem como a armação das paredes.

2 MATERIAIS

2.1 CONCRETO

O concreto a ser empregado na execução das caixas será moldado “in loco” ou
em central de concreto e deverá apresentar tensão mínima de ruptura aos 28 dias (fck)
de 15 MPa.

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Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

2.1.1 CIMENTO

Não havendo indicação em contrário, o cimento a empregar será o Portland


comum ou de alto forno, devendo satisfazer às prescrições das normas da ABNT, NBR
5732/1991 e NBR 5735/1991.
Caberá à Fiscalização aprovar o cimento a ser empregado, podendo exigir a
apresentação de certificado de qualidade, quando julgar necessário.

2.1.2 AGREGADOS

Os agregados para a confecção de concreto ou argamassa deverão ser


materiais sãos, resistentes e inertes, de acordo com as definições seguintes.
Deverão ser armazenados separadamente, isolados do terreno natural por
assoalho de madeira ou camada de concreto de cimento.
Agregado Miúdo
O agregado miúdo deve ser areia natural quartzosa de diâmetro máximo 4,8
mm. Deve estar limpo e não apresentar substâncias nocivas, como torrões de argila,
matéria orgânica e outras, obedecendo ao prescristo nas Especificações da ABNT.
Somente mediante avaliação da Fiscalização, poderão ser empregadas areias
artificiais provenientes de rocha sadia.
Agregado Graúdo
Consistirá de pedra britada ou seixo rolado britado, de diâmetro máximo superior
a 4,8 mm e inferior a 76 mm, isento de partículas aderentes, e não podendo apresentar
substâncias nocivas, como torrões de argila, matéria orgânica e outras.
O agregado graúdo será constituído pela mistura de partículas de diversos
diâmetros, em proporções convenientes, de acordo com os traços indicados.

2.1.3 FERRAGENS

A confecção das armaduras será de tela soldada nervurada TELCON Q-196 aço
CA-60 em malha 10 x 10 cm.

2.1.4 ÁGUA

A água para preparação do concreto deverá ser razoavelmente clara e isenta de


óleos, ácidos, álcalis, matéria orgânica, ou outros contaminantes.

2.1.5 MATERIAIS PARA CURA DO CONCRETO

Para garantia de uma cura uniforme sobre toda a superfície, deve ser
considerada a utilização de aditivo apropriado para a cura química do concreto.
O processo consiste basicamente na utilização de uma emulsão de
hidrocarbonetos parafínicos, formando um filme impermeável sobre o concreto fresco,
protegendo-o dos efeitos da desidratação provocada pelo calor e vento, evitando a

Página 96
Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

formação de fissuras e contribuindo para o desenvolvimento das resistências


mecânicas (utilizar como referência o aditivo CURING PAV® da marca Vedacit®, ou
comprovadamente equivalente).

3 EQUIPAMENTOS

A execução deverá prever a utilização racional de equipamento apropriado,


atendidas as condições locais e a produtividade exigida. Os seguintes tipos de
equipamentos são os mais indicados, podendo ser utilizados outros equipamentos.
• Escavadeira Hidráulica, para escavação da vala;
• Compactador com soquete vibratório do tipo sapo mecânico para os serviços
de reaterro
• Compactador manual tipo maço para os serviços de apiloamento do fundo da
vala da escavação; e
• Haste vibratória para adensamento de concreto;

4 EXECUÇÃO

A execução das valas trapezoidais deve observar os elementos técnicos


fornecidos à Contratada, como as especificações e os desenhos do projeto.
O serviço deve iniciar-se com a escavação em que será feita a vala cuidando-se
para que todas as dimensões definidas em projeto sejam atendidas. O fundo da vala
deverá ser compactado com utilização de compactador com soquete mecânico tipo
sapo, ou maço manual. Ao fundo compactado, deverá ser executada uma camada de 5
cm de espesssura em concreto magro com fck igual ou superior a 11 MPa, acima do
qual será feito o assentamento das formas.
As formas devem ser assentadas de acordo com os alinhamentos indicados no
projeto, uniformemente apoiadas sobre o leito e fixadas com ponteiros, de modo a
suportarem sem deformação ou movimentos apreciáveis as solicitações inerentes ao
trabalho.
O topo das formas deverá coincidir com a superfície prevista e o material em que
se apoiam as formas deverá estar compactado.
Os ponteiros devem ser espaçados de, no máximo, 1,00 m, cuidando-se da
perfeita fixação das extremidades na junção das formas.
O alinhamento e o nivelamento das formas deverão ser verificados e, quando se
verificarem erros superiores a 3 mm em relação à cota e 6 mm em relação ao
alinhamento, corrigidos antes do lançamento do concreto.
Quando se constatar insuficiência nas condições de apoio de qualquer forma,
esta será removida e convenientemente reassentada.
Assentadas as formas, procede-se à verificação do fundo com um gabarito nelas
apoiado. A correção das depressões só será permitida em camadas mínimas de 8 cm
de espessura.

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Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

Por ocasião da concretagem as formas devem estar limpas e untadas com óleo,
a fim de facilitar a desmoldagem.
O cimento deve ser medido em peso, o que pode ser feito pela contagem de
sacos inteiros, não se tolerando, neste caso, o aproveitamento de sacos avariados.
Os agregados de tipos diferentes, miúdo e graúdo, devem ser medidos
separadamente, em peso, considerando-se sempre nestas operações a influência da
umidade. O agregado graúdo deve ser molhado antes de ser utilizado.
A mistura e o amassamento do concreto serão feitos sempre mecanicamente
com o equipamento apropriado. O amassamento deve ser contínuo e durar pelo menos
um minuto, a contar do momento em que todos os componentes do concreto estiverem
na betoneira. O tempo exato de amassamento será determinado em cada caso, tendo
em vista a homogeneidade requerida para a mistura.
O concreto deve ser transportado para o local de lançamento, de modo a que
não acarrete segregação ou perda de qualquer de seus componentes. No caso de
serem utilizadas instalações centrais fixas de dosagem, ou para transporte superior a
30 minutos (no máximo 90 minutos), o concreto deverá ser transportado ao local de
lançamento em caminhão betoneira com velocidade de agitação de 2 a 6 rpm.
O intervalo máximo de tempo permitido entre o fabrico e o lançamento do
concreto transportado em caminhões basculantes será de 30 min.
A produção de concreto deve ser regulada de acordo com a marcha das
operações de concretagem, num ritmo que garanta a necessária continuidade do
serviço.
O lançamento do concreto deve ser feito de modo a reduzir o trabalho de
espalhamento, evitando-se a segregação de seus componentes.
O espalhamento do concreto deve ser executado com auxílio de ferramentas
manuais, evitando-se sempre a segregação dos materiais.
O concreto deve ser distribuído em excesso por toda a seção em execução e
rasado a uma altura conveniente para que, após as operações de adensamento e
acabamento, tenha a vala trapezoidal, em qualquer ponto, a espessura do projeto.
O adensamento do concreto será feito por vibração com o emprego de
vibradores de imersão e o acabamento da superfície será realizado imediatamente
após o adensamento do concreto.
O equipamento vibrador deverá passar em um mesmo local tantas vezes
quantas forem necessárias ao perfeito adensamento do concreto, e para que a
superfície do fundo fique no greide e perfil transversal do projeto, pronta para o
acabamento final.
As depressões observadas à passagem da máquina serão imediatamente
corrigidas com concreto fresco, sendo vedado o emprego de argamassa para esse fim.
O aditivo de cura química deverá ser distribuído superficialmente sobre o
concreto à taxa de 1 kg de aditivo para cada 5 m². Deverá ser aplicado com
pulverizador de baixa pressão, logo após o concreto ter “puxado” (adquirido aparência

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Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

fosca), de forma uniforme sobre toda a superfície, que apresentará aparência


esbranquiçada, após a aplicação.
As formas só poderão ser retiradas quando decorrerem pelo menos 12 horas
após a concretagem. A FISCALIZAÇÃO poderá, entretanto, fixar prazos maiores, até
um máximo de 24 horas.

5 CONTROLE

5.1 CONTROLE TECNOLÓGICO

As valas de concreto armado serão controladas no que diz respeito às cotas,


alinhamentos, dimensões e locação topograficamente, antes e após a conclusão dos
serviços, com base nos elementos previstos no projeto. O controle dos materiais e de
sua aplicação deve obedecer à NBR 5738 (ABNT, 2003).
A resistência do concreto à compressão simples será verificada em corpos de
prova cilíndricos moldados no local da concretagem e submetidos à cura até o
momento da determinação de acordo com as normas ASTM C-73. Devem ser
moldados 2 CP para cada 5 m³ ou para cada caminhão-betoneira.

6 MEDIÇÃO

A medição dos serviços será feita por metro linear de vala trapezoidal,
executada de acordo com o projeto.
Os serviços serão pagos pelos preços unitários contratuais, em conformidade
com a unidade de medição, que remuneram, além da aquisição dos materiais, do
preparo, do transporte ao local de aplicação e da execução, os custos diretos e
indiretos de todas as operações, equipamentos, encargos gerais, mão-de-obra e leis
sociais, necessários à completa execução dos serviços.

7 ASPECTOS AMBIENTAIS

No decorrer das operações destinadas às execuções dos dispositivos de


drenagem deverão ser observados cuidados visando à preservação do meio ambiente,
tais que:
Quando houver excesso de material de escavação ou sobras, deverá ser
removido das proximidades dos dispositivos, de modo a não provocar o seu
entupimento, sendo conduzido para bota-fora licenciado ambientalmente indicado pela
contratada.
O material excedente removido será transportado para local pré-definido em
conjunto com a fiscalização cuidando-se ainda para que este material não seja
conduzido para os cursos d’agua, de modo a não causar assoreamento.
Nos pontos de deságue dos dispositivos deverão ser executadas obras de
proteção de forma a evitar a erosão das vertentes ou assoreamento de cursos d’agua.
Em todos os locais onde ocorrerem escavações ou aterros necessários à
implantação da obra deverá ser feito revestimento vegetal adequado dos bota-foras, a

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Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

fim de proporcionar a manutenção das condições locais e incorporá-los à paisagem


local.
O trânsito dos equipamentos e veículos de serviço desnecessários deverá ser
evitado, tanto quanto possível, para não causar desfiguração, principalmente onde
houver alguma área com relevante interesse paisagístico ou ecológico.
Nas áreas de bota-fora ou empréstimos necessários à realização das valas de
saída que se instalam nas vertentes, deverão ser evitados os lançamentos de materiais
de escavação que possam afetar o sistema de drenagem superficial.

8 REFERÊNCIAS

NORMA ABNT NBR 5738/2008 – Procedimento para moldagem e cura de


corpos-de-prova.
Especificações Gerais para Obras de Infraestrutura Aeroportuária da Diretoria de
Engenharia da Aeronáutica – DIRENG.

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Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

DREN.066/1 - CONSTRUÇÃO DE CAIXA DE PASSAGEM EM CONCRETO ARMADO


PARA DRENAGEM - DIMENSÕES 1,00X1,00X1,37M, COM TAMPA EM FERRO
FUNDIDO ARTICULÁVEL PARA TRÁFEGO PESADO (Ø=0,60 M) - CLASSE F900,
CONFORME NBR 10160/2005, INCLUINDO LASTRO DE CONCRETO, ESCAVAÇÃO
E REATERRO DE SOLO. AF_ITA_09/2014
UNIDADE: m (metro)

ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS

1 GENERALIDADES

Esta Especificação Técnica fixa as condições para construção de caixas de


passagem em concreto armado para drenagem, de dimensões 1,00m x 1,00m x 1,37m,
com tampa de ferro fundido articulável de Classe F900 para áreas sujeitas a cargas
muito elevadas, conforme NBR 10160/2005.
Estão inclusos nesta especificação os serviçosde escavação de valas para
construção da caixa, compactação do fundo da vala, construção da base em concreto
magro, construção da caixa de passagem, incluindo formas, ferragens, lançamento,
adensamento, acabamento e cura do concreto e colocação do tampão em ferro
fundido, bem como os serviços de reaterro compactado após a construção da caixa.
As figuras a seguir apresentam os detalhes e dimensões da caixa em concreto
armado, bem como a relação de ferragens para armação das paredes, tampa e fundo
das caixas.

Página 101
Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

Página 102
Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

2 MATERIAIS

2.1 CONCRETO

O concreto a ser empregado na execução das caixas será moldado “in loco” ou
em central de concreto e deverá apresentar tensão mínima de ruptura aos 28 dias (fck)
de 25 MPa.
Para a execução do berço sobre o qual a caixa será assentada, exige-se um
concreto magro com fck igual ou superior a 11 MPa.

2.1.1 CIMENTO

Não havendo indicação em contrário, o cimento a empregar será o Portland


comum ou de alto forno, devendo satisfazer às prescrições das normas da ABNT, NBR
5732/1991 e NBR 5735/1991.
Caberá à Fiscalização aprovar o cimento a ser empregado, podendo exigir a
apresentação de certificado de qualidade, quando julgar necessário.

2.1.2 AGREGADOS

Os agregados para a confecção de concreto ou argamassa deverão ser


materiais sãos, resistentes e inertes, de acordo com as definições seguintes.
Deverão ser armazenados separadamente, isolados do terreno natural por
assoalho de madeira ou camada de concreto de cimento.

Agregado Miúdo

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Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

O agregado miúdo deve ser areia natural quartzosa de diâmetro máximo 4,8
mm. Deve estar limpo e não apresentar substâncias nocivas, como torrões de argila,
matéria orgânica e outras.
Somente mediante avaliação da Fiscalização, poderão ser empregadas areias
artificiais provenientes de rocha sadia.
Agregado Graúdo
Consistirá de pedra britada ou seixo rolado britado, de diâmetro máximo superior
a 4,8 mm e inferior a 76 mm, isento de partículas aderentes, e não podendo apresentar
substâncias nocivas, como torrões de argila, matéria orgânica e outras.
O agregado graúdo será constituído pela mistura de partículas de diversos
diâmetros, em proporções convenientes, de acordo com os traços indicados.

2.1.3 FERRAGENS

O aço a ser empregado na confecção das armaduras será do tipo CA-50 ou CA-
60, conforme o seu uso. As barras de aço deverão ser armazenadas sobre caibros,
pontaletes ou barras metálicas evitando contato direto com o solo.Em caso de longos
períodos de estocagem devem-se cobrir as barras com lona plástica.

2.1.4 ÁGUA

A água para preparação do concreto deverá ser razoavelmente clara e isenta de


óleos, ácidos, álcalis, matéria orgânica, ou outros contaminantes.

2.1.5 MATERIAIS PARA CURA DO CONCRETO

Os materiais usados na cura do concreto serão, normalmente, tecidos de juta,


cânhamo ou algodão, mantidos permanentemente molhados. Os tecidos empregados
deverão absorver prontamente a água, não apresentar furos, nem conter terra ou
qualquer outra substância que prejudique a absorção ou que tenha efeito sobre o
concreto. Quando limpos e secos, não deverão pesar menos de 200 g/m².

2.2 TAMPÃO

O tampão deverá ser de ferro fundido dúctil, circular, não ventilado, diâmetro
nominal 600mm (diâmetro livre de passagem), com tampa articulada, removível e com
bloqueio anti-fechamento acidental, com travamento automático realizado por barra
elástica e com anel antirruído, constituído de tampa e telar.
A articulação da tampa deverá ser por meio de rótula, com abertura a 110º,
provida de bloqueio de segurança a 90º impedindo o fechamento acidental. Não será
permitida articulação por pinos, grampos de aço e/ou parafusos, nem a fixação por
solda.
A classificação do tampão deverá estar de acordo com a norma ABNT NBR
10160/2005 – Tampões e grelhas de ferro fundido dúctil - Requisitos e métodos de
ensaios – para classe F900, destinada a áreas sujeitas a cargas muito elevadas.

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Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

A superfície do tampão deve ser antiderrapante e possuir a inscrição do tipo de


águas pluviais.

3 EQUIPAMENTOS

A execução deverá prever a utilização racional de equipamento apropriado,


atendidas as condições locais e a produtividade exigida. Os seguintes tipos de
equipamentos são os mais indicados, podendo ser utilizados outros equipamentos.
• Escavadeira Hidráulica, para escavação da vala;
• Compactador com soquete vibratório do tipo sapo mecânico para os serviços
de reaterro
• Compactador manual tipo maço para os serviços de apiloamento do fundo da
vala da escavação; e
• Haste vibratória para adensamento de concreto;

4 EXECUÇÃO

A execução das caixas de passagem de concreto armado deve observar os


elementos técnicos fornecidos à Contratada, como as especificações e os desenhos do
projeto.
O serviço deve iniciar-se com a escavação da vala em que será feita a caixa,
cuidando-se para que a profundidade seja adequada, além de garantir-se que a vala
tenha espaço suficiente para que seja feita a montagem e a desmontagem das
formas.Para isso, recomenda-se a escavação de uma largura adicional mínimaem
relação a cada face da caixa de 0,30 metros.
O fundo da vala deverá ser compactado com utilização de compactador com
soquete mecânico tipo sapo, ou maço manual. Ao fundo compactado, deverá
serexecutada uma camada com 8 cm de espessura em concreto magro com fckigual ou
superior a 11 MPa, acima do qual será construída a base da caixa.
A base da caixa será executada sobre o lastro de concreto, previamente à
instalação das formas.
Após a execução da base, deve-se preceder à colocação das formas e em
seguida o posicionamento da armadura. As barras devem estar devidamente
posicionadas na forma previamente à concretagem.
O concreto deve ser transportado para o local de lançamento, de modo que não
ocorra segregação ou perda de qualquer de seus componentes.
No caso de serem utilizadas instalações centrais fixas de dosagem, ou para
transporte superior a 30 minutos (no máximo 90 minutos), o concreto deverá ser
transportado ao local de lançamento em caminhão betoneira com velocidade de
agitação de 2 a 6 rpm.
A produção de concreto deverá ser regulada de acordo com a marcha das
operações de concretagem, num ritmo que garanta a necessária continuidade do
serviço.
Página 105
Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

O lançamento do concreto deverá ser feito de modo a reduzir o trabalho de


espalhamento, evitando-se a segregação de seus componentes.
O espalhamento do concreto será executado com auxílio de ferramentas
manuais, evitando-se sempre a segregação dos materiais.
O adensamento do concreto será feito por meio de vibração com o emprego de
vibradores de imersão.
O acabamento da superfície será realizado imediatamente após o adensamento
do concreto.
O período de cura deve ser, no mínimo, de 7 dias.
As formas só poderão ser retiradas quando decorrerem pelo menos 12 horas
após a concretagem. A Fiscalização poderá, entretanto, fixar prazos maiores, até um
máximo de 24 horas.
Após a remoção completa das formas, entulhos e completo esgotamento de
água,deverá ser executado o reaterro da vala, em camadas não superiores a 20 cm de
espessura, através de compactação mecânica com soquete vibratório do tipo Sapo.
O material poderá ser o mesmo que foi retirado quando da abertura das valas,
desde que esteja isento de pedras, detritos e outras impurezas.
Ao ser concluído o reaterro, todo o material remanescente deverá ser removido
para o local de bota-fora aprovado pela Fiscalização. O terreno deverá ser entregue
limpo e nivelado.
Deve-se atentar rigorosamente às medidas de projeto para que a instalação da
tampa seja feita na cota adequada.

5 CONTROLE

5.1 CONTROLE TECNOLÓGICO

As caixas de passagem serão controladas no que diz respeitoàs cotas,


alinhamentos, dimensões e locação topograficamente, antes e após a conclusão dos
serviços, com base nos elementos previstos no projeto.
A equipe de topografia deve verificar a perfeita instalação da caixa de passagem
na cota de projeto adequada.
A resistência do concreto à compressão simples será verificada em corpos de
prova cilíndricos, moldados no local da concretagem e submetidos à cura até o
momento da determinação de acordo com as normas ABNT.

6 MEDIÇÃO

A medição para este serviço será realizada por unidade de caixa de passagem
construída.
Os serviços serão pagos pelos preços unitários contratuais, em conformidade
com a unidade de medição, que remuneram, além da escavação, do reaterro, da
aquisição dos materiais, do preparo, do transporte ao local de aplicação e da execução,
Página 106
Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

os custos diretos e indiretos de todas as operações, equipamentos, encargos gerais,


mão-de-obra e leis sociais, necessários à completa execução dos serviços.

7 ASPECTOS AMBIENTAIS

No decorrer das operações destinadas às execuções dos dispositivos de


drenagem deverão ser observados cuidados visando à preservação do meio ambiente,
tais que:
Quando houver excesso de material de escavação ou sobras, deverá ser
removido das proximidades dos dispositivos, de modo a não provocar o seu
entupimento, sendo conduzido para bota-fora licenciado ambientalmente indicado pela
contratada.
O material excedente removido será transportado para local pré-definido em
conjunto com a fiscalização cuidando-se ainda para que este material não seja
conduzido para os cursos d’agua, de modo a não causar assoreamento.
Nos pontos de deságue dos dispositivos deverão ser executadas obras de
proteção de forma a evitar a erosão das vertentes ou assoreamento de cursos d’agua.
Em todos os locais onde ocorrerem escavações ou aterros necessários à
implantação da obra deverá ser feito revestimento vegetal adequado dos bota-foras, a
fim de proporcionar a manutenção das condições locais e incorporá-los à paisagem
local.
O trânsito dos equipamentos e veículos de serviço desnecessários deverá ser
evitado, tanto quanto possível, para não causar desfiguração, principalmente onde
houver alguma área com relevante interesse paisagístico ou ecológico.
Nas áreas de bota-fora ou empréstimos necessários à realização das valas de
saída que se instalam nas vertentes, deverão ser evitados os lançamentos de materiais
de escavação que possam afetar o sistema de drenagem superficial.

8 REFERÊNCIAS

NORMA ABNT NBR 10160/2005 –Tampões e Grelhas de Ferro Fundido Dúctil -


Requisitos e Métodos de Ensaios;
Especificações Gerais para Obras de Infraestrutura Aeroportuária da Diretoria de
Engenharia da Aeronáutica – DIRENG.

Página 107
Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

DREN.067/1 - CONSTRUÇÃO DE CAIXA DE PASSAGEM EM CONCRETO ARMADO


PARA DRENAGEM - DIMENSÕES 1,20X1,20X1,67M, COM TAMPA EM FERRO
FUNDIDO ARTICULÁVEL PARA TRÁFEGO PESADO (Ø=0,60 M) - CLASSE F900,
CONFORME NBR 10160/2005, INCLUINDO LASTRO DE CONCRETO, ESCAVAÇÃO
E REATERRO DE SOLO. AF_ITA_09/2014
UNIDADE: m (metro)

ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS

1 GENERALIDADES

Esta Especificação Técnica fixa as condições para construção de caixas de


passagem em concreto armado para drenagem, de dimensões 1,20m x 1,20m x 1,67m,
com tampa de ferro fundido articulável de Classe F900 para áreas sujeitas a cargas
muito elevadas, conforme NBR 10160/2005.
Estão inclusos nesta especificação os serviços de escavação de valas para
construção da caixa, compactação do fundo da vala, construção da base em concreto
magro, construção da caixa de passagem, incluindo formas, ferragens, lançamento,
adensamento, acabamento e cura do concreto e colocação do tampão em ferro
fundido, bem como os serviços de reaterro compactado após a construção da caixa.
As figuras a seguir apresentam os detalhes e dimensões da caixa em concreto
armado, bem como a relação de ferragens para armação das paredes, tampa e fundo
das caixas.

Página 108
Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

Página 109
Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

2 MATERIAIS

2.1 CONCRETO

O concreto a ser empregado na execução das caixas será moldado “in loco” ou
em central de concreto e deverá apresentar tensão mínima de ruptura aos 28 dias (fck)
de 25 MPa.
Para a execução do berço sobre o qual a caixa será assentada, exige-se um
concreto magro com fck igual ou superior a 11 MPa.

2.1.1 CIMENTO

Não havendo indicação em contrário, o cimento a empregar será o Portland


comum ou de alto forno, devendo satisfazer às prescrições das normas da ABNT, NBR
5732/1991 e NBR 5735/1991.
Caberá à Fiscalização aprovar o cimento a ser empregado, podendo exigir a
apresentação de certificado de qualidade, quando julgar necessário.

2.1.2 AGREGADOS

Os agregados para a confecção de concreto ou argamassa deverão ser


materiais sãos, resistentes e inertes, de acordo com as definições seguintes.
Deverão ser armazenados separadamente, isolados do terreno natural por
assoalho de madeira ou camada de concreto de cimento.

Página 110
Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

Agregado Miúdo
O agregado miúdo deve ser areia natural quartzosa de diâmetro máximo 4,8
mm. Deve estar limpo e não apresentar substâncias nocivas, como torrões de argila,
matéria orgânica e outras.
Somente mediante avaliação da Fiscalização, poderão ser empregadas areias
artificiais provenientes de rocha sadia.
Agregado Graúdo
Consistirá de pedra britada ou seixo rolado britado, de diâmetro máximo superior
a 4,8 mm e inferior a 76 mm, isento de partículas aderentes, e não podendo apresentar
substâncias nocivas, como torrões de argila, matéria orgânica e outras.
O agregado graúdo será constituído pela mistura de partículas de diversos
diâmetros, em proporções convenientes, de acordo com os traços indicados.

2.1.3 FERRAGENS

O aço a ser empregado na confecção das armaduras será do tipo CA-50 ou CA-
60, conforme o seu uso. As barras de aço deverão ser armazenadas sobre caibros,
pontaletes ou barras metálicas evitando contato direto com o solo. Em caso de longos
períodos de estocagem devem-se cobrir as barras com lona plástica.

2.1.4 ÁGUA

A água para preparação do concreto deverá ser razoavelmente clara e isenta de


óleos, ácidos, álcalis, matéria orgânica, ou outros contaminantes.

2.1.5 MATERIAIS PARA CURA DO CONCRETO

Os materiais usados na cura do concreto serão, normalmente, tecidos de juta,


cânhamo ou algodão, mantidos permanentemente molhados. Os tecidos empregados
deverão absorver prontamente a água, não apresentar furos, nem conter terra ou
qualquer outra substância que prejudique a absorção ou que tenha efeito sobre o
concreto. Quando limpos e secos, não deverão pesar menos de 200 g/m².

2.2 TAMPÃO

O tampão deverá ser de ferro fundido dúctil, circular, não ventilado, diâmetro
nominal 600 mm (diâmetro livre de passagem), com tampa articulada, removível e com
bloqueio anti-fechamento acidental, com travamento automático realizado por barra
elástica e com anel antirruído, constituído de tampa e telar.
A articulação da tampa deverá ser por meio de rótula, com abertura a 110º,
provida de bloqueio de segurança a 90º impedindo o fechamento acidental. Não será
permitida articulação por pinos, grampos de aço e/ou parafusos, nem a fixação por
solda.

Página 111
Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

A classificação do tampão deverá estar de acordo com a norma ABNT NBR


10160/2005 – Tampões e grelhas de ferro fundido dúctil - Requisitos e métodos de
ensaios – para classe F900, destinada a áreas sujeitas a cargas muito elevadas.
A superfície do tampão deve ser antiderrapante e possuir a inscrição do tipo de
águas pluviais.

3 EQUIPAMENTOS

A execução deverá prever a utilização racional de equipamento apropriado,


atendidas as condições locais e a produtividade exigida. Os seguintes tipos de
equipamentos são os mais indicados, podendo ser utilizados outros equipamentos.
• Escavadeira Hidráulica, para escavação da vala;
• Compactador com soquete vibratório do tipo sapo mecânico para os serviços
de reaterro
• Compactador manual tipo maço para os serviços de apiloamento do fundo da
vala da escavação; e
• Haste vibratória para adensamento de concreto;

4 EXECUÇÃO

A execução das caixas de passagem de concreto armado deve observar os


elementos técnicos fornecidos à Contratada, como as especificações e os desenhos do
projeto.
O serviço deve iniciar-se com a escavação da vala em que será feita a caixa,
cuidando-se para que a profundidade seja adequada, além de garantir-se que a vala
tenha espaço suficiente para que seja feita a montagem e a desmontagem das formas.
Para isso, recomenda-se a escavação de uma largura adicional mínima em relação a
cada face da caixa de 0,30 metros.
O fundo da vala deverá ser compactado com utilização de compactador com
soquete mecânico tipo sapo, ou maço manual. Ao fundo compactado, deverá ser
executada uma camada com 8 cm de espessura em concreto magro com fck igual ou
superior a 11 MPa, acima do qual será construída a base da caixa.
A base da caixa será executada sobre o lastro de concreto, previamente à
instalação das formas.
Após a execução da base, deve-se preceder à colocação das formas e em
seguida o posicionamento da armadura. As barras devem estar devidamente
posicionadas na forma previamente à concretagem.
O concreto deve ser transportado para o local de lançamento, de modo que não
ocorra segregação ou perda de qualquer de seus componentes.
No caso de serem utilizadas instalações centrais fixas de dosagem, ou para
transporte superior a 30 minutos (no máximo 90 minutos), o concreto deverá ser
transportado ao local de lançamento em caminhão betoneira com velocidade de
agitação de 2 a 6 rpm.
Página 112
Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

A produção de concreto deverá ser regulada de acordo com a marcha das


operações de concretagem, num ritmo que garanta a necessária continuidade do
serviço.
O lançamento do concreto deverá ser feito de modo a reduzir o trabalho de
espalhamento, evitando-se a segregação de seus componentes.
O espalhamento do concreto será executado com auxílio de ferramentas
manuais, evitando-se sempre a segregação dos materiais.
O adensamento do concreto será feito por meio de vibração com o emprego de
vibradores de imersão.
O acabamento da superfície será realizado imediatamente após o adensamento
do concreto.
O período de cura deve ser, no mínimo, de 7 dias.
As formas só poderão ser retiradas quando decorrerem pelo menos 12 horas
após a concretagem. A Fiscalização poderá, entretanto, fixar prazos maiores, até um
máximo de 24 horas.
Após a remoção completa das formas, entulhos e completo esgotamento de
água, deverá ser executado o reaterro da vala, em camadas não superiores a 20 cm de
espessura, através de compactação mecânica com soquete vibratório do tipo Sapo.
O material poderá ser o mesmo que foi retirado quando da abertura das valas,
desde que esteja isento de pedras, detritos e outras impurezas.
Ao ser concluído o reaterro, todo o material remanescente deverá ser removido
para o local de bota-fora aprovado pela Fiscalização. O terreno deverá ser entregue
limpo e nivelado.
Deve-se atentar rigorosamente às medidas de projeto para que a instalação da
tampa seja feita na cota adequada.

5 CONTROLE

5.1 CONTROLE TECNOLÓGICO

As caixas de passagem serão controladas no que diz respeito às cotas,


alinhamentos, dimensões e locação topograficamente, antes e após a conclusão dos
serviços, com base nos elementos previstos no projeto.
A equipe de topografia deve verificar a perfeita instalação da caixa de passagem
na cota de projeto adequada.
A resistência do concreto à compressão simples será verificada em corpos de
prova cilíndricos, moldados no local da concretagem e submetidos à cura até o
momento da determinação de acordo com as normas ABNT.

6 MEDIÇÃO

A medição para este serviço será realizada por unidade de caixa de passagem
construída.
Página 113
Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

Os serviços serão pagos pelos preços unitários contratuais, em conformidade


com a unidade de medição, que remuneram, além da escavação, do reaterro, da
aquisição dos materiais, do preparo, do transporte ao local de aplicação e da execução,
os custos diretos e indiretos de todas as operações, equipamentos, encargos gerais,
mão-de-obra e leis sociais, necessários à completa execução dos serviços.

7 REFERÊNCIAS

NORMA ABNT NBR 10160/2005 – Tampões e Grelhas de Ferro Fundido Dúctil -


Requisitos e Métodos de Ensaios;
Especificações Gerais para Obras de Infraestrutura Aeroportuária da Diretoria de
Engenharia da Aeronáutica – DIRENG.

Página 114
Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

DREN.068/1 - CONSTRUÇÃO DE CAIXA DE PASSAGEM EM CONCRETO ARMADO


PARA DRENAGEM - DIMENSÕES 1,50X1,50X1,97M, COM TAMPA EM FERRO
FUNDIDO ARTICULÁVEL PARA TRÁFEGO PESADO (Ø=0,60 M) - CLASSE F900,
CONFORME NBR 10160/2005, INCLUINDO LASTRO DE CONCRETO, ESCAVAÇÃO
E REATERRO DE SOLO. AF_ITA_09/2014
UNIDADE: m (metro)

ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS

1 GENERALIDADES

Esta Especificação Técnica fixa as condições para construção de caixas de


passagem em concreto armado para drenagem, de dimensões 1,50m x 1,50m x 1,97m,
com tampa de ferro fundido articulável de Classe F900 para áreas sujeitas a cargas
muito elevadas, conforme NBR 10160/2005.
Estão inclusos nesta especificação os serviços de escavação de valas para
construção da caixa, compactação do fundo da vala, construção da base em concreto
magro, construção da caixa de passagem, incluindo formas, ferragens, lançamento,
adensamento, acabamento e cura do concreto e colocação do tampão em ferro
fundido, bem como os serviços de reaterro compactado após a construção da caixa.
As figuras a seguir apresentam os detalhes e dimensões da caixa em concreto
armado, bem como a relação de ferragens para armação das paredes, tampa e fundo
das

Página 115
Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

caixas.

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Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

2 MATERIAIS

2.1 CONCRETO

O concreto a ser empregado na execução das caixas será moldado “in loco” ou
em central de concreto e deverá apresentar tensão mínima de ruptura aos 28 dias (fck)
de 25 MPa.
Para a execução do berço sobre o qual a caixa será assentada, exige-se um
concreto magro com fck igual ou superior a 11 MPa.

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Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

2.1.1 CIMENTO

Não havendo indicação em contrário, o cimento a empregar será o Portland


comum ou de alto forno, devendo satisfazer às prescrições das normas da ABNT, NBR
5732/1991 e NBR 5735/1991.
Caberá à Fiscalização aprovar o cimento a ser empregado, podendo exigir a
apresentação de certificado de qualidade, quando julgar necessário.

2.1.2 AGREGADOS

Os agregados para a confecção de concreto ou argamassa deverão ser


materiais sãos, resistentes e inertes, de acordo com as definições seguintes.
Deverão ser armazenados separadamente, isolados do terreno natural por
assoalho de madeira ou camada de concreto de cimento.

Agregado Miúdo
O agregado miúdo deve ser areia natural quartzosa de diâmetro máximo 4,8
mm. Deve estar limpo e não apresentar substâncias nocivas, como torrões de argila,
matéria orgânica e outras.
Somente mediante avaliação da Fiscalização, poderão ser empregadas areias
artificiais provenientes de rocha sadia.
Agregado Graúdo
Consistirá de pedra britada ou seixo rolado britado, de diâmetro máximo superior
a 4,8 mm e inferior a 76 mm, isento de partículas aderentes, e não podendo apresentar
substâncias nocivas, como torrões de argila, matéria orgânica e outras.
O agregado graúdo será constituído pela mistura de partículas de diversos
diâmetros, em proporções convenientes, de acordo com os traços indicados.

2.1.3 FERRAGENS

O aço a ser empregado na confecção das armaduras será do tipo CA-50 ou CA-
60, conforme o seu uso. As barras de aço deverão ser armazenadas sobre caibros,
pontaletes ou barras metálicas evitando contato direto com o solo. Em caso de longos
períodos de estocagem devem-se cobrir as barras com lona plástica.

2.1.4 ÁGUA

A água para preparação do concreto deverá ser razoavelmente clara e isenta de


óleos, ácidos, álcalis, matéria orgânica, ou outros contaminantes.

2.1.5 MATERIAIS PARA CURA DO CONCRETO

Os materiais usados na cura do concreto serão, normalmente, tecidos de juta,


cânhamo ou algodão, mantidos permanentemente molhados. Os tecidos empregados

Página 118
Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

deverão absorver prontamente a água, não apresentar furos, nem conter terra ou
qualquer outra substância que prejudique a absorção ou que tenha efeito sobre o
concreto. Quando limpos e secos, não deverão pesar menos de 200 g/m².

2.2 TAMPÃO

O tampão deverá ser de ferro fundido dúctil, circular, não ventilado, diâmetro
nominal 600 mm (diâmetro livre de passagem), com tampa articulada, removível e com
bloqueio anti-fechamento acidental, com travamento automático realizado por barra
elástica e com anel antirruído, constituído de tampa e telar.
A articulação da tampa deverá ser por meio de rótula, com abertura a 110º,
provida de bloqueio de segurança a 90º impedindo o fechamento acidental. Não será
permitida articulação por pinos, grampos de aço e/ou parafusos, nem a fixação por
solda.
A classificação do tampão deverá estar de acordo com a norma ABNT NBR
10160/2005 – Tampões e grelhas de ferro fundido dúctil - Requisitos e métodos de
ensaios – para classe F900, destinada a áreas sujeitas a cargas muito elevadas.
A superfície do tampão deve ser antiderrapante e possuir a inscrição do tipo de
águas pluviais.

3 EQUIPAMENTOS

A execução deverá prever a utilização racional de equipamento apropriado,


atendidas as condições locais e a produtividade exigida. Os seguintes tipos de
equipamentos são os mais indicados, podendo ser utilizados outros equipamentos.
• Escavadeira Hidráulica, para escavação da vala;
• Compactador com soquete vibratório do tipo sapo mecânico para os serviços
de reaterro
• Compactador manual tipo maço para os serviços de apiloamento do fundo da
vala da escavação; e
• Haste vibratória para adensamento de concreto;

4 EXECUÇÃO

A execução das caixas de passagem de concreto armado deve observar os


elementos técnicos fornecidos à Contratada, como as especificações e os desenhos do
projeto.
O serviço deve iniciar-se com a escavação da vala em que será feita a caixa,
cuidando-se para que a profundidade seja adequada, além de garantir-se que a vala
tenha espaço suficiente para que seja feita a montagem e a desmontagem das formas.
Para isso, recomenda-se a escavação de uma largura adicional mínima em relação a
cada face da caixa de 0,30 metros.
O fundo da vala deverá ser compactado com utilização de compactador com
soquete mecânico tipo sapo, ou maço manual. Ao fundo compactado, deverá ser

Página 119
Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

executada uma camada com 8 cm de espessura em concreto magro com fck igual ou
superior a 11 MPa, acima do qual será construída a base da caixa.
A base da caixa será executada sobre o lastro de concreto, previamente à
instalação das formas.
Após a execução da base, deve-se preceder à colocação das formas e em
seguida o posicionamento da armadura. As barras devem estar devidamente
posicionadas na forma previamente à concretagem.
O concreto deve ser transportado para o local de lançamento, de modo que não
ocorra segregação ou perda de qualquer de seus componentes.
No caso de serem utilizadas instalações centrais fixas de dosagem, ou para
transporte superior a 30 minutos (no máximo 90 minutos), o concreto deverá ser
transportado ao local de lançamento em caminhão betoneira com velocidade de
agitação de 2 a 6 rpm.
A produção de concreto deverá ser regulada de acordo com a marcha das
operações de concretagem, num ritmo que garanta a necessária continuidade do
serviço.
O lançamento do concreto deverá ser feito de modo a reduzir o trabalho de
espalhamento, evitando-se a segregação de seus componentes.
O espalhamento do concreto será executado com auxílio de ferramentas
manuais, evitando-se sempre a segregação dos materiais.
O adensamento do concreto será feito por meio de vibração com o emprego de
vibradores de imersão.
O acabamento da superfície será realizado imediatamente após o adensamento
do concreto.
O período de cura deve ser, no mínimo, de 7 dias.
As formas só poderão ser retiradas quando decorrerem pelo menos 12 horas
após a concretagem. A Fiscalização poderá, entretanto, fixar prazos maiores, até um
máximo de 24 horas.
Após a remoção completa das formas, entulhos e completo esgotamento de
água, deverá ser executado o reaterro da vala, em camadas não superiores a 20 cm de
espessura, através de compactação mecânica com soquete vibratório do tipo Sapo.
O material poderá ser o mesmo que foi retirado quando da abertura das valas,
desde que esteja isento de pedras, detritos e outras impurezas.
Ao ser concluído o reaterro, todo o material remanescente deverá ser removido
para o local de bota-fora aprovado pela Fiscalização. O terreno deverá ser entregue
limpo e nivelado.
Deve-se atentar rigorosamente às medidas de projeto para que a instalação da
tampa seja feita na cota adequada.

5 CONTROLE

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Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

5.1 CONTROLE TECNOLÓGICO

As caixas de passagem serão controladas no que diz respeito às cotas,


alinhamentos, dimensões e locação topograficamente, antes e após a conclusão dos
serviços, com base nos elementos previstos no projeto.
A equipe de topografia deve verificar a perfeita instalação da caixa de passagem
na cota de projeto adequada.
A resistência do concreto à compressão simples será verificada em corpos de
prova cilíndricos, moldados no local da concretagem e submetidos à cura até o
momento da determinação de acordo com as normas ABNT.

6 MEDIÇÃO

A medição para este serviço será realizada por unidade de caixa de passagem
construída.
Os serviços serão pagos pelos preços unitários contratuais, em conformidade
com a unidade de medição, que remuneram, além da escavação, do reaterro, da
aquisição dos materiais, do preparo, do transporte ao local de aplicação e da execução,
os custos diretos e indiretos de todas as operações, equipamentos, encargos gerais,
mão-de-obra e leis sociais, necessários à completa execução dos serviços.

7 ASPECTOS AMBIENTAIS

No decorrer das operações destinadas às execuções dos dispositivos de


drenagem deverão ser observados cuidados visando à preservação do meio ambiente,
tais que:
Quando houver excesso de material de escavação ou sobras, deverá ser
removido das proximidades dos dispositivos, de modo a não provocar o seu
entupimento, sendo conduzido para bota-fora licenciado ambientalmente indicado pela
contratada.
O material excedente removido será transportado para local pré-definido em
conjunto com a fiscalização cuidando-se ainda para que este material não seja
conduzido para os cursos d’agua, de modo a não causar assoreamento.
Nos pontos de deságue dos dispositivos deverão ser executadas obras de
proteção de forma a evitar a erosão das vertentes ou assoreamento de cursos d’agua.
Em todos os locais onde ocorrerem escavações ou aterros necessários à
implantação da obra deverá ser feito revestimento vegetal adequado dos bota-foras, a
fim de proporcionar a manutenção das condições locais e incorporá-los à paisagem
local.
O trânsito dos equipamentos e veículos de serviço desnecessários deverá ser
evitado, tanto quanto possível, para não causar desfiguração, principalmente onde
houver alguma área com relevante interesse paisagístico ou ecológico.

Página 121
Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

Nas áreas de bota-fora ou empréstimos necessários à realização das valas de


saída que se instalam nas vertentes, deverão ser evitados os lançamentos de materiais
de escavação que possam afetar o sistema de drenagem superficial.

8 REFERÊNCIAS

NORMA ABNT NBR 10160/2005 – Tampões e Grelhas de Ferro Fundido Dúctil -


Requisitos e Métodos de Ensaios;
Especificações Gerais para Obras de Infraestrutura Aeroportuária da Diretoria de
Engenharia da Aeronáutica – DIRENG.

Página 122
Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

DREN.069/1 - CANALETA RETANGULAR EM CONCRETO ARMADO COM GRELHA


METÁLICA CLASSE F900 PARA AEROPORTOS (B = 0,60 M/H = 0,60 M).
AF_ITA_09/2014
UNIDADE: m (metro)

ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS

1 GENERALIDADES

Esta Especificação Técnica fixa as condições para construção de canaletas


retangulares em concreto armado com grelha metálica, posicionadas conforme
indicado em projeto.
As figuras a seguir apresentam os detalhes e dimensões canaleta retangular em
concreto armado, bem como a armação das paredes.

Página 123
Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

2 MATERIAIS

2.1 CONCRETO

O concreto a ser empregado na execução da canaleta será moldado “in loco” ou


em central de concreto e deverá apresentar tensão mínima de ruptura aos 28 dias (fck)
de 25 MPa.

2.1.1. CIMENTO
Não havendo indicação em contrário, o cimento a empregar será o Portland
comum ou de alto forno, devendo satisfazer às prescrições das normas da ABNT, NBR
5732/1991 e NBR 5735/1991.
Caberá à Fiscalização aprovar o cimento a ser empregado, podendo exigir a
apresentação de certificado de qualidade, quando julgar necessário.

Página 124
Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

2.1.2. AGREGADOS
Os agregados para a confecção de concreto ou argamassa deverão ser
materiais sãos, resistentes e inertes, de acordo com as definições seguintes.
Deverão ser armazenados separadamente, isolados do terreno natural por
assoalho de madeira ou camada de concreto de cimento.
Agregado Miúdo
O agregado miúdo deve ser areia natural quartzosa de diâmetro máximo 4,8
mm. Deve estar limpo e não apresentar substâncias nocivas, como torrões de argila,
matéria orgânica e outras, obedecendo ao prescristo nas Especificações da ABNT.
Somente mediante avaliação da Fiscalização, poderão ser empregadas areias
artificiais provenientes de rocha sadia.
Agregado Graúdo
Consistirá de pedra britada ou seixo rolado britado, de diâmetro máximo superior
a 4,8 mm e inferior a 76 mm, isento de partículas aderentes, e não podendo apresentar
substâncias nocivas, como torrões de argila, matéria orgânica e outras.
O agregado graúdo será constituído pela mistura de partículas de diversos
diâmetros, em proporções convenientes, de acordo com os traços indicados.

2.1.3. FERRAGENS
O aço a ser empregado na confecção das armaduras será do tipo CA-50 ou CA-
60, conforme o seu uso. As barras de aço deverão ser armazenadas sobre caibros,
pontaletes ou barras metálicas evitando contato direto com o solo. Em caso de longos
períodos de estocagem devem-se cobrir as barras com lona plástica.

2.1.4. ÁGUA
A água para preparação do concreto deverá ser razoavelmente clara e isenta de
óleos, ácidos, álcalis, matéria orgânica, ou outros contaminantes.

2.1.5. MATERIAIS PARA CURA DO CONCRETO


Para garantia de uma cura uniforme sobre toda a superfície, deve ser
considerada a utilização de aditivo apropriado para a cura química do concreto.
O processo consiste basicamente na utilização de uma emulsão de
hidrocarbonetos parafínicos, formando um filme impermeável sobre o concreto fresco,
protegendo-o dos efeitos da desidratação provocada pelo calor e vento, evitando a
formação de fissuras e contribuindo para o desenvolvimento das resistências
mecânicas (utilizar como referência o aditivo CURING PAV® da marca Vedacit®, ou
comprovadamente equivalente).

2.1.6. GRELHA METÁLICA


A grelha metálica deverá ter dimensões de 40 x 500 x 1000 mm e possuir
resistência para suportar cargas muito elevadas Classe F900.

Página 125
Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

3 EQUIPAMENTOS

A execução deverá prever a utilização racional de equipamento apropriado,


atendidas as condições locais e a produtividade exigida. Os seguintes tipos de
equipamentos são os mais indicados, podendo ser utilizados outros equipamentos.
• Escavadeira Hidráulica, para escavação da canaleta;
• Compactador com soquete vibratório do tipo sapo mecânico para os serviços
de reaterro;
• Compactador manual tipo maço para os serviços de apiloamento do fundo da
vala da escavação; e
• Haste vibratória para adensamento de concreto;

4 EXECUÇÃO

A execução das canaletas retangulares deve observar os elementos técnicos


fornecidos à Contratada, como as especificações e os desenhos do projeto.
O serviço deve iniciar-se com a escavação em que será feita a canaleta
cuidando-se para que todas as dimensões definidas em projeto sejam atendidas. O
fundo da vala de escavação deverá ser compactado com utilização de compactador
com soquete mecânico tipo sapo, ou maço manual. Ao fundo compactado, deverá ser
executada uma camada de 5 cm de espessura em concreto magro com fck igual ou
superior a 11 MPa, acima do qual será feito o assentamento das formas.
As formas devem ser assentadas de acordo com os alinhamentos indicados no
projeto, uniformemente apoiadas sobre o leito e fixadas com ponteiros, de modo a
suportarem sem deformação ou movimentos apreciáveis as solicitações inerentes ao
trabalho.
O topo das formas deverá coincidir com a superfície prevista e o material em que
se apoiam as formas deverá estar compactado.
Os ponteiros devem ser espaçados de, no máximo, 1,00 m, cuidando-se da
perfeita fixação das extremidades na junção das formas.
O alinhamento e o nivelamento das formas deverão ser verificados e, quando se
verificarem erros superiores a 3 mm em relação à cota e 6 mm em relação ao
alinhamento, corrigidos antes do lançamento do concreto.
Quando se constatar insuficiência nas condições de apoio de qualquer forma,
esta será removida e convenientemente reassentada.
Assentadas as formas, procede-se à verificação do fundo com um gabarito nelas
apoiado. A correção das depressões só será permitida em camadas mínimas de 8 cm
de espessura.
Por ocasião da concretagem as formas devem estar limpas e untadas com óleo,
a fim de facilitar a desmoldagem.

Página 126
Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

O cimento deve ser medido em peso, o que pode ser feito pela contagem de
sacos inteiros, não se tolerando, neste caso, o aproveitamento de sacos avariados.
Os agregados de tipos diferentes, miúdo e graúdo, devem ser medidos
separadamente, em peso, considerando-se sempre nestas operações a influência da
umidade. O agregado graúdo deve ser molhado antes de ser utilizado.
A mistura e o amassamento do concreto serão feitos sempre mecanicamente
com o equipamento apropriado. O amassamento deve ser contínuo e durar pelo menos
um minuto, a contar do momento em que todos os componentes do concreto estiverem
na betoneira. O tempo exato de amassamento será determinado em cada caso, tendo
em vista a homogeneidade requerida para a mistura.
O concreto deve ser transportado para o local de lançamento, de modo a que
não acarrete segregação ou perda de qualquer de seus componentes. No caso de
serem utilizadas instalações centrais fixas de dosagem, ou para transporte superior a
30 minutos (no máximo 90 minutos), o concreto deverá ser transportado ao local de
lançamento em caminhão betoneira com velocidade de agitação de 2 a 6 rpm.
O intervalo máximo de tempo permitido entre o fabrico e o lançamento do
concreto transportado em caminhões basculantes será de 30 min.
A produção de concreto deve ser regulada de acordo com a marcha das
operações de concretagem, num ritmo que garanta a necessária continuidade do
serviço.
O lançamento do concreto deve ser feito de modo a reduzir o trabalho de
espalhamento, evitando-se a segregação de seus componentes.
O espalhamento do concreto deve ser executado com auxílio de ferramentas
manuais, evitando-se sempre a segregação dos materiais.
O concreto deve ser distribuído em excesso por toda a seção em execução e
rasado a uma altura conveniente para que, após as operações de adensamento e
acabamento, tenha a canaleta, em qualquer ponto, a espessura do projeto.
O adensamento do concreto será feito por vibração com o emprego de
vibradores de imersão e o acabamento da superfície será realizado imediatamente
após o adensamento do concreto.
O equipamento vibrador deverá passar em um mesmo local tantas vezes
quantas forem necessárias ao perfeito adensamento do concreto, e para que a
superfície do fundo fique no greide e perfil transversal do projeto, pronta para o
acabamento final.
As depressões observadas à passagem da máquina serão imediatamente
corrigidas com concreto fresco, sendo vedado o emprego de argamassa para esse fim.
O aditivo de cura química deverá ser distribuído superficialmente sobre o
concreto à taxa de 1 kg de aditivo para cada 5 m². Deverá ser aplicado com
pulverizador de baixa pressão, logo após o concreto ter “puxado” (adquirido aparência
fosca), de forma uniforme sobre toda a superfície, que apresentará aparência
esbranquiçada, após a aplicação.

Página 127
Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

As formas só poderão ser retiradas quando decorrerem pelo menos 12 horas


após a concretagem. A FISCALIZAÇÃO poderá, entretanto, fixar prazos maiores, até
um máximo de 24 horas.

5 CONTROLE

5.1 CONTROLE TECNOLÓGICO

As canaletas de concreto armado serão controladas no que diz respeito às


cotas, alinhamentos, dimensões e locação topograficamente, antes e após a conclusão
dos serviços, com base nos elementos previstos no projeto. O controle dos materiais e
de sua aplicação deve obedecer à NBR 5738 (ABNT, 2003).
A resistência do concreto à compressão simples será verificada em corpos de
prova cilíndricos moldados no local da concretagem e submetidos à cura até o
momento da determinação de acordo com as normas ASTM C-73. Devem ser
moldados 2 CP para cada 5 m³ ou para cada caminhão-betoneira.

6 MEDIÇÃO

A medição dos serviços será feita por metro linear de canaleta retangular em
concreto armado com grelha metálica, executada de acordo com o projeto.

7 ASPECTOS AMBIENTAIS

No decorrer das operações destinadas às execuções dos dispositivos de


drenagem deverão ser observados cuidados visando à preservação do meio ambiente,
tais que:
Quando houver excesso de material de escavação ou sobras, deverá ser
removido das proximidades dos dispositivos, de modo a não provocar o seu
entupimento, sendo conduzido para bota-fora licenciado ambientalmente indicado pela
contratada.
O material excedente removido será transportado para local pré-definido em
conjunto com a fiscalização cuidando-se ainda para que este material não seja
conduzido para os cursos d’agua, de modo a não causar assoreamento.
Nos pontos de deságue dos dispositivos deverão ser executadas obras de
proteção de forma a evitar a erosão das vertentes ou assoreamento de cursos d’agua.
Em todos os locais onde ocorrerem escavações ou aterros necessários à
implantação da obra deverá ser feito revestimento vegetal adequado dos bota-foras, a
fim de proporcionar a manutenção das condições locais e incorporá-los à paisagem
local.
O trânsito dos equipamentos e veículos de serviço desnecessários deverá ser
evitado, tanto quanto possível, para não causar desfiguração, principalmente onde
houver alguma área com relevante interesse paisagístico ou ecológico.

Página 128
Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

Nas áreas de bota-fora ou empréstimos necessários à realização das valas de


saída que se instalam nas vertentes, deverão ser evitados os lançamentos de materiais
de escavação que possam afetar o sistema de drenagem superficial.

8 REFERÊNCIAS

NORMA ABNT NBR 5738/2008 – Procedimento para moldagem e cura de


corpos-de-prova.
Especificações Gerais para Obras de Infraestrutura Aeroportuária da Diretoria de
Engenharia da Aeronáutica – DIRENG.

Página 129
Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

DREN.070/1 - CANALETA RETANGULAR COM GRELHA EM CONCRETO ARMADO


PARA AEROPORTOS (B = 1,10 M/H = 1,20 M). AF_ITA_09/2014
UNIDADE: m (metro)

ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS

1 GENERALIDADES

Esta Especificação Técnica fixa as condições para construção de canaletas


retangulares em concreto armado com grelha em concreto armado, posicionadas
conforme indicado em projeto.
As figuras a seguir apresentam os detalhes e dimensões canaleta retangular em
concreto armado, bem como a armação das paredes.

Página 130
Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

Página 131
Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

2 MATERIAIS

2.1 CONCRETO

O concreto a ser empregado na execução da canaleta será moldado “in loco” ou


em central de concreto e deverá apresentar tensão mínima de ruptura aos 28 dias (fck)
de 25 MPa.

2.1.1. CIMENTO
Não havendo indicação em contrário, o cimento a empregar será o Portland
comum ou de alto forno, devendo satisfazer às prescrições das normas da ABNT, NBR
5732/1991 e NBR 5735/1991.
Caberá à Fiscalização aprovar o cimento a ser empregado, podendo exigir a
apresentação de certificado de qualidade, quando julgar necessário.

2.1.2. AGREGADOS
Os agregados para a confecção de concreto ou argamassa deverão ser
materiais sãos, resistentes e inertes, de acordo com as definições seguintes.
Deverão ser armazenados separadamente, isolados do terreno natural por
assoalho de madeira ou camada de concreto de cimento.
Agregado Miúdo
O agregado miúdo deve ser areia natural quartzosa de diâmetro máximo 4,8
mm. Deve estar limpo e não apresentar substâncias nocivas, como torrões de argila,
matéria orgânica e outras, obedecendo ao prescristo nas Especificações da ABNT.
Somente mediante avaliação da Fiscalização, poderão ser empregadas areias
artificiais provenientes de rocha sadia.
Agregado Graúdo
Consistirá de pedra britada ou seixo rolado britado, de diâmetro máximo superior
a 4,8 mm e inferior a 76 mm, isento de partículas aderentes, e não podendo apresentar
substâncias nocivas, como torrões de argila, matéria orgânica e outras.
O agregado graúdo será constituído pela mistura de partículas de diversos
diâmetros, em proporções convenientes, de acordo com os traços indicados.

2.1.3. FERRAGENS

Página 132
Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

O aço a ser empregado na confecção das armaduras será do tipo CA-50 ou CA-
60, conforme o seu uso. As barras de aço deverão ser armazenadas sobre caibros,
pontaletes ou barras metálicas evitando contato direto com o solo. Em caso de longos
períodos de estocagem devem-se cobrir as barras com lona plástica.

2.1.4. ÁGUA
A água para preparação do concreto deverá ser razoavelmente clara e isenta de
óleos, ácidos, álcalis, matéria orgânica, ou outros contaminantes.

2.1.5. MATERIAIS PARA CURA DO CONCRETO


Para garantia de uma cura uniforme sobre toda a superfície, deve ser
considerada a utilização de aditivo apropriado para a cura química do concreto.
O processo consiste basicamente na utilização de uma emulsão de
hidrocarbonetos parafínicos, formando um filme impermeável sobre o concreto fresco,
protegendo-o dos efeitos da desidratação provocada pelo calor e vento, evitando a
formação de fissuras e contribuindo para o desenvolvimento das resistências
mecânicas (utilizar como referência o aditivo CURING PAV® da marca Vedacit®, ou
comprovadamente equivalente).

3 EQUIPAMENTOS

A execução deverá prever a utilização racional de equipamento apropriado,


atendidas as condições locais e a produtividade exigida. Os seguintes tipos de
equipamentos são os mais indicados, podendo ser utilizados outros equipamentos.
• Escavadeira Hidráulica, para escavação da canaleta;
• Compactador com soquete vibratório do tipo sapo mecânico para os serviços
de reaterro;
• Compactador manual tipo maço para os serviços de apiloamento do fundo da
vala da escavação; e
• Haste vibratória para adensamento de concreto;

4 EXECUÇÃO

A execução das canaletas retangulares deve observar os elementos técnicos


fornecidos à Contratada, como as especificações e os desenhos do projeto.
O serviço deve iniciar-se com a escavação em que será feita a canaleta
cuidando-se para que todas as dimensões definidas em projeto sejam atendidas. O
fundo da vala de escavação deverá ser compactado com utilização de compactador
com soquete mecânico tipo sapo, ou maço manual. Ao fundo compactado, deverá ser
executada uma camada de 5 cm de espessura em concreto magro com fck igual ou
superior a 11 MPa, acima do qual será feito o assentamento das formas.
As formas devem ser assentadas de acordo com os alinhamentos indicados no
projeto, uniformemente apoiadas sobre o leito e fixadas com ponteiros, de modo a

Página 133
Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

suportarem sem deformação ou movimentos apreciáveis as solicitações inerentes ao


trabalho.
O topo das formas deverá coincidir com a superfície prevista e o material em que
se apoiam as formas deverá estar compactado.
Os ponteiros devem ser espaçados de, no máximo, 1,00 m, cuidando-se da
perfeita fixação das extremidades na junção das formas.
O alinhamento e o nivelamento das formas deverão ser verificados e, quando se
verificarem erros superiores a 3 mm em relação à cota e 6 mm em relação ao
alinhamento, corrigidos antes do lançamento do concreto.
Quando se constatar insuficiência nas condições de apoio de qualquer forma,
esta será removida e convenientemente reassentada.
Assentadas as formas, procede-se à verificação do fundo com um gabarito nelas
apoiado. A correção das depressões só será permitida em camadas mínimas de 8 cm
de espessura.
Por ocasião da concretagem as formas devem estar limpas e untadas com óleo,
a fim de facilitar a desmoldagem.
O cimento deve ser medido em peso, o que pode ser feito pela contagem de
sacos inteiros, não se tolerando, neste caso, o aproveitamento de sacos avariados.
Os agregados de tipos diferentes, miúdo e graúdo, devem ser medidos
separadamente, em peso, considerando-se sempre nestas operações a influência da
umidade. O agregado graúdo deve ser molhado antes de ser utilizado.
A mistura e o amassamento do concreto serão feitos sempre mecanicamente
com o equipamento apropriado. O amassamento deve ser contínuo e durar pelo menos
um minuto, a contar do momento em que todos os componentes do concreto estiverem
na betoneira. O tempo exato de amassamento será determinado em cada caso, tendo
em vista a homogeneidade requerida para a mistura.
O concreto deve ser transportado para o local de lançamento, de modo a que
não acarrete segregação ou perda de qualquer de seus componentes. No caso de
serem utilizadas instalações centrais fixas de dosagem, ou para transporte superior a
30 minutos (no máximo 90 minutos), o concreto deverá ser transportado ao local de
lançamento em caminhão betoneira com velocidade de agitação de 2 a 6 rpm.
O intervalo máximo de tempo permitido entre o fabrico e o lançamento do
concreto transportado em caminhões basculantes será de 30 min.
A produção de concreto deve ser regulada de acordo com a marcha das
operações de concretagem, num ritmo que garanta a necessária continuidade do
serviço.
O lançamento do concreto deve ser feito de modo a reduzir o trabalho de
espalhamento, evitando-se a segregação de seus componentes.
O espalhamento do concreto deve ser executado com auxílio de ferramentas
manuais, evitando-se sempre a segregação dos materiais.

Página 134
Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

O concreto deve ser distribuído em excesso por toda a seção em execução e


rasado a uma altura conveniente para que, após as operações de adensamento e
acabamento, tenha a canaleta, em qualquer ponto, a espessura do projeto.
O adensamento do concreto será feito por vibração com o emprego de
vibradores de imersão e o acabamento da superfície será realizado imediatamente
após o adensamento do concreto.
O equipamento vibrador deverá passar em um mesmo local tantas vezes
quantas forem necessárias ao perfeito adensamento do concreto, e para que a
superfície do fundo fique no greide e perfil transversal do projeto, pronta para o
acabamento final.
As depressões observadas à passagem da máquina serão imediatamente
corrigidas com concreto fresco, sendo vedado o emprego de argamassa para esse fim.
O aditivo de cura química deverá ser distribuído superficialmente sobre o
concreto à taxa de 1 kg de aditivo para cada 5 m². Deverá ser aplicado com
pulverizador de baixa pressão, logo após o concreto ter “puxado” (adquirido aparência
fosca), de forma uniforme sobre toda a superfície, que apresentará aparência
esbranquiçada, após a aplicação.
As formas só poderão ser retiradas quando decorrerem pelo menos 12 horas
após a concretagem. A FISCALIZAÇÃO poderá, entretanto, fixar prazos maiores, até
um máximo de 24 horas.

5 CONTROLE

5.1 CONTROLE TECNOLÓGICO

As canaletas de concreto armado serão controladas no que diz respeito às


cotas, alinhamentos, dimensões e locação topograficamente, antes e após a conclusão
dos serviços, com base nos elementos previstos no projeto. O controle dos materiais e
de sua aplicação deve obedecer à NBR 5738 (ABNT, 2003).
A resistência do concreto à compressão simples será verificada em corpos de
prova cilíndricos moldados no local da concretagem e submetidos à cura até o
momento da determinação de acordo com as normas ASTM C-73. Devem ser
moldados 2 CP para cada 5 m³ ou para cada caminhão-betoneira.

6 MEDIÇÃO

A medição dos serviços será feita por metro linear de canaleta retangular com
grelha em concreto armado, executada de acordo com o projeto.

7 ASPECTOS AMBIENTAIS

No decorrer das operações destinadas às execuções dos dispositivos de


drenagem deverão ser observados cuidados visando à preservação do meio ambiente,
tais que:

Página 135
Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

Quando houver excesso de material de escavação ou sobras, deverá ser


removido das proximidades dos dispositivos, de modo a não provocar o seu
entupimento, sendo conduzido para bota-fora licenciado ambientalmente indicado pela
contratada.
O material excedente removido será transportado para local pré-definido em
conjunto com a fiscalização cuidando-se ainda para que este material não seja
conduzido para os cursos d’agua, de modo a não causar assoreamento.
Nos pontos de deságue dos dispositivos deverão ser executadas obras de
proteção de forma a evitar a erosão das vertentes ou assoreamento de cursos d’agua.
Em todos os locais onde ocorrerem escavações ou aterros necessários à
implantação da obra deverá ser feito revestimento vegetal adequado dos bota-foras, a
fim de proporcionar a manutenção das condições locais e incorporá-los à paisagem
local.
O trânsito dos equipamentos e veículos de serviço desnecessários deverá ser
evitado, tanto quanto possível, para não causar desfiguração, principalmente onde
houver alguma área com relevante interesse paisagístico ou ecológico.
Nas áreas de bota-fora ou empréstimos necessários à realização das valas de
saída que se instalam nas vertentes, deverão ser evitados os lançamentos de materiais
de escavação que possam afetar o sistema de drenagem superficial.

8 REFERÊNCIAS

NORMA ABNT NBR 5738/2008 – Procedimento para moldagem e cura de


corpos-de-prova.
Especificações Gerais para Obras de Infraestrutura Aeroportuária da Diretoria de
Engenharia da Aeronáutica – DIRENG.

Página 136
Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

DREN.071/1 - FORNECIMENTO E ASSENTAMENTO DE DUTOS CORRUGADOS


PEAD 2 X Ø125MM (DE), CONFORME NBR 15715, VALA DE 1020MM X 945MM,
REATERRO COM MATERIAL DA PROPRIA CAVA, COM ENVELOPAMENTO EM
AREIA OU PÓ DE PEDRA. AF_ITA_09/2014
UNIDADE: m (metro)

ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS

1 GENERALIDADES

Esta Especificação Técnica fixa as condições de execução de uma rede de


dutos composta por 2 dutos com diâmetro externo nominal Ø125 mm, corrugados
flexíveis, espaçados entre seus centros, por 175 mm, fabricado em polietileno de alta
densidade (PEAD), conforme a norma ABNT NBR 15715/2009, com envelopamento
em areia ou pó de pedra, na profundidade mínima de 700 mm do topo do
envelopamento, conforme dimensões e detalhes constantes da figura a seguir.

Página 137
Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

Esta especificação abrange os serviços de escavação da vala, apiloamento do


fundo da vala, lançamento dos dutos e acessórios, envelopamento em areia ou pó de
pedra e reaterro compactado da vala.

2 MATERIAIS

2.1 DUTOS

Os bancos e linhas de dutos serão compostos por dutos fabricados em PEAD


(Polietileno de Alta Densidade), de diâmetro externo nominal Ø125 mm, que se
desenvolvem helicoidalmente no sentido do eixo longitudinal e com passo constante,
na cor preta, de seção circular, corrugado, impermeável e com excelente raio de
curvatura, conforme norma ABNT NBR 15715. Deverão ser fornecidos todos os
acessórios recomendados pelo fabricante para a perfeita instalação dos dutos (Ref.:
Kanalex da Kanaflex, Techduto ou equivalente).

2.2 ACESSÓRIOS

Fazem parte da rede de dutos, os seguintes acessórios:

2.2.1 TAMPÃO

Peça em PEAD, de seção circular rosqueável, destinada ao tamponamento dos


dutos corrugados.

2.2.2 TERMINAL

Peça em PEAD, de seção circular rosqueável, obtida através do seccionamento


do tampão de comprimento L.

2.2.3 CONEXÕES

Peça em PEAD, de seção circular, destinada a unir dois dutos corrugados


flexíveis, de mesmo diâmetro nominal, por meio de rosqueamento ou destinada a unir
duto corrugado com outros tubos de face lisa e mesmo diâmetro.

2.2.4 ARAME-GUIA

Arame de aço galvanizado AWG, número 14 (fornecido no interior do duto),


revestido em PVC e destinado ao puxamento primário da corda ou cabo de aço (carga
de ruptura = 500 N).

2.2.5 FITA DE AVISO

Fita plástica, com largura de 100 mm, destinada à sinalização, a cada metro ao
longo da linha de dutos. Deverá ser fabricada na cor laranja para eletrônica e na cor
amarela para energia. Nas fitas, deverão constar as inscrições, “CUIDADO! PERIGO!
TELECOMUNICAÇÕES!” ou “CUIDADO! PERIGO! CABO ALTA TENSÃO!”, conforme
o uso da rede sendo para telecomunicações ou energia, respectivamente.
Página 138
Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

2.2.6 KIT FITA DE VEDAÇÃO/FILME DE PVC PARA EMENDA DE DUTO

A fita de vedação ou MASTIQUE tem por objetivo a vedação e consolidação


dos dutos nos pontos de emenda, impedindo a penetração de agentes externos e
garantindo a maleabilidade e a estanqueidade da emenda. Geralmente, é fornecida nas
dimensões de 70 mm x 1,5 mm x 1000 mm. Após a aplicação da fita de vedação,
aplica-se um filme de PVC para proteção em todo o perímetro da conexão.

2.2.7 CAVALETES

Cavalete de madeira ou outro material qualquer, utilizado no lançamento dos


dutos na vala.

2.2.8 ESPAÇADORES

Espaçadores em compensado fino ou tábuas de madeira, utilizados no


lançamento dos dutos na vala.

2.3 MATERIAL PARA ENVELOPAMENTO

O material para envelopamento poderá ser areia ou pó de pedra. O


adensamento deverá ser feito através da adição de água sobre a areia ou pó de pedra,
tomando-se o cuidado de não deixar vazios que possam ocasionar afundamentos
posteriores.

3 EQUIPAMENTOS

A escavação da vala deverá ser executada preferencialmente com escavadeira


hidráulica, podendo ser utilizada retroescavadeira quando o terreno permitir.
Deverá ser utilizado soquete vibratório compactador do tipo sapo para o serviço
de reaterro das valas e compactador manual tipo maço (30 kg) para o serviço de
apiloamento do fundo da vala.

4 EXECUÇÃO

4.1 ESCAVAÇÃO DA VALA

Para a execução do serviço de escavação de vala deverá ser utilizada


preferencialmente escavadeira hidráulica ou, quando o terreno apresentar baixa
resistência, poderá ser utilizada a retroescavadeira. O material proveniente da
escavação deverá ser estocado no local para posterior execução da recomposição do
terreno, sendo o excesso, se for o caso, destinado ao local de bota-fora.
A execução das aberturas das valas para assentamento dos dutos deverá ser
acompanhada de serviços de topografia, onde deverão ser tomados todos os
procedimentos necessários, visando garantir a posição do eixo do envelope, as cotas e
profundidades das redes, as dimensões da seção do envelope e os raios mínimos de
curvatura dos dutos.

Página 139
Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

A largura da vala deverá ser adequada à execução do envelope e, ainda,


permitir uma fácil movimentação dos montadores e auxiliares durante a execução dos
serviços. Sendo assim, para profundidades de vala menores ou iguais a 1,50 m, deverá
ser adotada uma largura adicional mínima de cada lado do envelope de 0,30 m. Para
profundidades de vala maiores que 1,50 m, a largura adicional deverá ser fixada de
acordo com as peculiaridades de cada caso.
O escoramento da vala, quando necessário, deve ser executado de acordo com
um plano previamente apresentado pela CONTRATADA. Cuidados especiais deverão
ser tomados nos casos de profundidades elevadas (maiores que 1,50 m), má qualidade
do solo, reduzida inclinação dos taludes, movimentação de cargas pesadas nas
proximidades, condições climáticas desfavoráveis e proximidades de obras existentes
que possam ser comprometidas pelas escavações. Quando da presença de água no
fundo da vala, recomenda-se a aplicação de uma camada de brita, recoberta com
areia.
As escavações para a rede de dutos deverão ser executadas de forma
mecanizada e a profundidade da vala deve ser tal que o cobrimento mínimo do
envelope seja de 0,70 m.

4.2 PREPARAÇÃO DA BASE

A base deverá ficar uniformemente distribuída e o material convenientemente


compactado. A compactação da base do fundo da vala (apiloamento) deverá ser
executada com compactador manual do tipo maço, de 30 kg.
Quando não indicado em Projeto, o declive da vala, entre duas caixas de
passagem, deverá ser, no mínimo, de 0,5% a fim de proporcionar o escoamento de
água nos eletrodutos, até a caixa de passagem para ser processada a drenagem. Caso
duas caixas de passagem consecutivas estejam posicionadas no mesmo nível, ou a
declividade entre elas for menor do que 0,5%, prepara-se o fundo da vala a fim de que
haja uma elevação no ponto central da rede, entre as caixas de passagem. Essa
elevação deverá forçar uma declividade em torno de 0,5% em direção às caixas de
passagem.
Não deverá haver, entre duas caixas de passagem, pontos baixos que
provoquem acumulação de água nos eletrodutos.

4.3 ASSENTAMENTO DOS ELETRODUTOS

Antes de ser executado o lançamento e o assentamento dos dutos no interior da


vala, deverá ser verificado se a vala está em perfeito estado, isto é, limpa (sem a
presença de agentes externos), a fim de evitar que a linha de dutos seja danificada.
Os dutos deverão ser lançados com o auxílio de cavaletes, de dimensões 2,3 m
x 1,05 m e seu puxamento no interior da vala poderá ser feito com uma corda de sisal
amarrada em sua extremidade. Durante o lançamento, os dutos deverão estar
tamponados.
Os eletrodutos, ao serem colocados na vala deverão ser alinhados e arrumados
com o auxílio de espaçadores de compensado ou outro material qualquer, os quais

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Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

deverão ser colocados a cada 1,2 m em pontos de reta e a cada 0,8 m em pontos de
curva. Os espaçadores podem ser removidos após o preenchimento dos vazios e
aproveitados ao longo da linha.
As redes serão executadas com dutos corrugados flexíveis em polietileno de alta
densidade (PEAD), de diâmetro externo nominal de 125 mm, conforme NBR 15715. Os
dutos deverão ser instalados com tampões nas extremidades e com arame guia
galvanizado AWG n°14 e revestido em PVC para puxamento primário da corda ou cabo
de aço.
O posicionamento dos eletrodutos em uma rede de dutos deverá ser o mesmo
no trajeto de duas caixas de passagem consecutivas. Quando por ventura, houver
obstáculos, não previstos em Projetos, entre duas caixas de passagem consecutivas,
pode-se adaptar o feixe de eletrodutos de forma a vencê-lo, tendo-se o cuidado em
manter as mesmas posições relativas dos dutos, tanto verticais como horizontais,
mantendo-se assim a mesma formação anteriormente prevista. Na rede subterrânea
não será permitida a redução de diâmetros de eletrodutos. O raio de curvatura mínimo
para a rede de dutos deverá ser aquele raio mínimo permitido para o cabo de maior
bitola que será instalado na rede e deverá ainda ser observado o raio mínimo de
curvatura para eletrodutos.
Quando indicado no Projeto, os eletrodutos deverão ser identificados nas
entradas e saídas das caixas.
Nos locais de travessias ou pisos onde existam circulação de cargas
provenientes de equipamentos, automóveis, caminhões, etc. deverá ser previsto a
execução de placas de concreto armado (testemunho) ao longo e sobre a rede de
eletrodutos para proteção do envelopamento. Também para esse trecho a rede deverá
ser instalada com a parte superior de envelopamento no mínimo a 70 cm do piso
acabado.
As possíveis emendas que possam existir nos dutos deverão ser executadas
perfeitamente, de modo que a areia ou a nata do concreto não penetre e nem obstrua o
interior dos dutos.
Os eletrodutos de reserva deverão, após a limpeza, serem vedadas em ambas
as extremidades com tampões adequados.
Deverão ser instaladas sobre a rede de dutos fitas de aviso a 0,20 m da
superfície e a cada metro ao longo da linha de dutos. Essas fitas devem ter cor laranja
para eletrônica e cor amarela para elétrica e deverão constar as inscrições “CUIDADO!
PERIGO! TELECOMUNICAÇÕES!” ou “CUIDADO! PERIGO! CABO ALTA TENSÃO!”
para redes de telecomunicações ou de energia, respectivamente.

4.4 EXECUÇÃO DO ENVELOPE

Antes da execução do envelope, deverá ser feita uma rigorosa inspeção nos
eletrodutos, pela FISCALIZAÇÃO.
Para assentamentos de dutos corrugados com envelopamento em areia, o fundo
da vala deverá ser revestido previamente com uma camada de 0,06 m de areia,
formando assim um berço para o seu assentamento.

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Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

A areia a ser usada deverá estar limpa, isenta de materiais orgânicos e sal. O
adensamento deverá ser com água limpa devendo ser evitado excesso que possa
acumular no fundo da vala.
Antes da execução do envelope, os dutos devem estar tracionados e fixados em
suas extremidades, para que seja mantido o perfeito alinhamento.
Após assentados os eletrodutos, deverá ser feita a armação das formas do
envelope, podendo ser de madeira ou outro material, e a areia deverá ser colocada de
maneira uniforme, espalhado e adensado por água distribuída através de uma
mangueira.
As dimensões dos envelopes deverão ser determinadas de acordo com as
seguintes prescrições:
a) A distância mínima entre faces externas de eletrodutos deverá ser de 50
mm;
b) A distância mínima de face externa de um eletroduto à face do envelope
será de 60 mm para as laterais e de 60 mm na parte inferior e superior.

4.5 REATERRO DA VALA

Após a remoção completa dos entulhos e completo esgotamento de água,


deverá ser executado o reaterro da vala, em camadas não superiores a 20 cm de
espessura, através de compactação mecânica com soquete vibratório do tipo Sapo. O
material poderá ser o mesmo que foi retirado quando da abertura das valas, desde que
esteja isento de pedras, detritos e outras impurezas.
As formas não deverão ser retiradas de forma a manter a estrutura dos
envelopes.
Ao ser concluído o reaterro, todo o material remanescente deverá ser removido
para o local de bota-fora aprovado pela Fiscalização. O terreno deverá ser entregue
limpo e nivelado.

5 CONTROLE

5.1 CONTROLE TECNOLÓGICO

Para a verificação do material recebido, deverá ser executado o controle


tecnológico de acordo com as prerrogativas estipuladas pela NBR 15715. De cada lote
de dutos recebido devem ser retiradas amostras para exame dimensional e visual,
escolhidas de forma aleatória, na quantidade estipulada na Tabela 1.

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Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

Tabela 1 – Plano de amostragem para exame dimensional e visual

Tamanho do Tamanho da amostra Número de unidades defeituosas


lote (barras ou 1° amostragem 2° amostragem
rolos) 1ª amostragem 2ª amostragem
Ac-1 Re-1 Ac-2 Re-2
16 a 25 5 - 0 1 - -
26 a 90 8 8 0 2 1 2
91 a 150 13 13 0 3 3 4
151 a 280 20 20 1 4 4 5
281 a 500 32 32 2 5 6 7
501 a 1200 50 50 3 7 8 9
1201 a 3200 80 80 5 9 12 13
3201 a 10000 125 125 7 11 18 19

• O diâmetro externo médio deve ser de (125,0 ± 3,0) mm;


• O comprimento mínimo da bolsa e da ponta deve ser de 70 mm;
Os dutos corrugados devem ser marcados, a cada 2 m, de forma visível e
indelével, podendo ser em relevo, com os seguintes dizeres:
• Nome ou merca de identificação do fabricante;
• A sigla “PE”;
• Quando aplicável, a expressão “NÃO PROPAGANTE DE CHAMA”;
• Número na norma correspondente: NBR 15715;
• A expressão “ENERGIA/TELECOM”;
• Diâmetro externo nominal (DE) correspondente;
• Código que permita a rastreabilidade à sua produção, tal que
contemple um indicador relativo ao mês e ano de fabricação;
Obs.: Para dutos corrugados fornecidos em rolos, admite-se a ocorrência de no
máximo três ausências de marcação a cada 25 m.
As conexões devem ser marcadas de forma visível e indelével, podendo ser em
relevo, com os seguintes dizeres:
• Nome ou marca de identificação do fabricante;
• Diâmetro externo nominal (DE) do fabricante;
• Sigla que identifique o tipo de material: PE, PP ou PVC;
• Número da norma correspondente: NBR 15715;

Página 143
Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

• Quando aplicável, a sigla “NP” para materiais não propagante a


chama.
Para cada lote de dutos corrugados inspecionado, o relatório de resultados de
inspeção deve conter no mínimo o seguinte:
• Diâmetro externo nominal (DE);
• Código de rastreabilidade;
• Tamanho do lote inspecionado, em metros, e número de barras ou
rolos;
• Resultado dos ensaios de recebimento;
• Informação de que o lote atende ou não às especificações.

6 MEDIÇÃO

A medição para este serviço será realizada na unidade de medida “metro linear”
de banco de dutos com 2 eletrodutos PEAD, instalados e assentados, medidos in loco.
Os serviços serão pagos pelos preços unitários contratuais, em conformidade
com a medição anterior, que remuneram, além da escavação, do reaterro, da aquisição
dos materiais, do preparo e do transporte ao local de aplicação, os custos diretos e
indiretos de todas as operações, equipamentos, encargos gerais, mão-de-obra e leis
sociais, necessários à completa execução dos serviços.

7 ASPECTOS AMBIENTAIS

No decorrer das operações destinadas às execuções dos dispositivos de


drenagem deverão ser observados cuidados visando à preservação do meio ambiente,
tais que:
Quando houver excesso de material de escavação ou sobras, deverá ser
removido das proximidades dos dispositivos, de modo a não provocar o seu
entupimento, sendo conduzido para bota-fora licenciado ambientalmente indicado pela
contratada.
O material excedente removido será transportado para local pré-definido em
conjunto com a fiscalização cuidando-se ainda para que este material não seja
conduzido para os cursos d’agua, de modo a não causar assoreamento.
Nos pontos de deságue dos dispositivos deverão ser executadas obras de
proteção de forma a evitar a erosão das vertentes ou assoreamento de cursos d’agua.
Em todos os locais onde ocorrerem escavações ou aterros necessários à
implantação da obra deverá ser feito revestimento vegetal adequado dos bota-foras, a
fim de proporcionar a manutenção das condições locais e incorporá-los à paisagem
local.
O trânsito dos equipamentos e veículos de serviço desnecessários deverá ser
evitado, tanto quanto possível, para não causar desfiguração, principalmente onde
houver alguma área com relevante interesse paisagístico ou ecológico.

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Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

Nas áreas de bota-fora ou empréstimos necessários à realização das valas de


saída que se instalam nas vertentes, deverão ser evitados os lançamentos de materiais
de escavação que possam afetar o sistema de drenagem superficial.

8 REFERÊNCIAS

NORMA ABNT NBR 15715/2009. Sistema de dutos corrugados de polietileno


(PE) para infraestrutura de cabos de energia e telecomunicações – Requisitos. Rio de
Janeiro.

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Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

DREN.072/1 - FORNECIMENTO E ASSENTAMENTO DE DUTOS CORRUGADOS


PEAD 2 X Ø125MM (DE), CONFORME NBR 15715, VALA DE 1020MM X 945MM,
REATERRO COM MATERIAL DA PROPRIA CAVA, COM ENVELOPAMENTO EM
CONCRETO. AF_ITA_09/2014
UNIDADE: m (metro)

ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS

1 GENERALIDADES

Esta Especificação Técnica fixa as condições de execução de uma rede de


dutos composta por 2 dutos com diâmetro externo nominal Ø125 mm, corrugados
flexíveis, espaçados entre seus centros, por 175 mm, fabricado em polietileno de alta
densidade (PEAD), conforme a norma ABNT NBR 15715/2009, com envelopamento
em concreto, na profundidade mínima de 700 mm do topo do envelopamento, conforme
dimensões e detalhes constantes da figura a seguir.

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Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

Esta especificação abrange os serviços de escavação da vala, apiloamento do


fundo da vala, lançamento dos dutos e acessórios, envelopamento em concreto e
reaterro compactado da vala.

2 MATERIAIS

2.1 DUTOS

Os bancos e linhas de dutos serão compostos por dutos fabricados em PEAD


(Polietileno de Alta Densidade), de diâmetro externo nominal Ø125 mm, que se
desenvolvem helicoidalmente no sentido do eixo longitudinal e com passo constante,
na cor preta, de seção circular, corrugado, impermeável e com excelente raio de
curvatura, conforme norma ABNT NBR 15715. Deverão ser fornecidos todos os
acessórios recomendados pelo fabricante para a perfeita instalação dos dutos (Ref.:
Kanalex da Kanaflex, Techduto ou equivalente).

2.2 ACESSÓRIOS

Fazem parte da rede de dutos, os seguintes acessórios:

2.2.1 TAMPÃO

Peça em PEAD, de seção circular rosqueável, destinada ao tamponamento dos


dutos corrugados.

2.2.2 TERMINAL

Peça em PEAD, de seção circular rosqueável, obtida através do seccionamento


do tampão de comprimento L.

2.2.3 CONEXÕES

Peça em PEAD, de seção circular, destinada a unir dois dutos corrugados


flexíveis, de mesmo diâmetro nominal, por meio de rosqueamento ou destinada a unir
duto corrugado com outros tubos de face lisa e mesmo diâmetro.

2.2.4 ARAME-GUIA

Arame de aço galvanizado AWG, número 14 (fornecido no interior do duto),


revestido em PVC e destinado ao puxamento primário da corda ou cabo de aço (carga
de ruptura = 500 N).

2.2.5 FITA DE AVISO

Fita plástica, com largura de 100 mm, destinada à sinalização, a cada metro ao
longo da linha de dutos. Deverá ser fabricada na cor laranja para eletrônica e na cor
amarela para energia. Nas fitas deverão constar as inscrições, “CUIDADO! PERIGO!
TELECOMUNICAÇÕES!” ou “CUIDADO! PERIGO! CABO ALTA TENSÃO!”, conforme
o uso da rede sendo para telecomunicações ou energia, respectivamente.
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Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

2.2.6 KIT FITA DE VEDAÇÃO/FILME DE PVC PARA EMENDA DE DUTO

A fita de vedação ou MASTIQUE tem por objetivo a vedação e consolidação


dos dutos nos pontos de emenda, impedindo a penetração de agentes externos e
garantindo a maleabilidade e a estanqueidade da emenda. Geralmente, é fornecida nas
dimensões de 70 mm x 1,5 mm x 1000 mm. Após a aplicação da fita de vedação,
aplica-se um filme de PVC para proteção em todo o perímetro da conexão.

2.2.7 CAVALETES

Cavalete de madeira ou outro material qualquer, utilizado no lançamento dos


dutos na vala.

2.2.8 ESPAÇADORES

Espaçadores em compensado fino ou tábuas de madeira, utilizados no


lançamento dos dutos na vala.

2.3 MATERIAL PARA ENVELOPAMENTO

O material a ser empregado nos envelopes deverá será ser concreto simples,
moldado “in loco” e com tensão mínima de ruptura aos 28 dias (fck) de 15 MPa.

2.4 EQUIPAMENTOS

A escavação da vala deverá ser executada preferencialmente com escavadeira


hidráulica, podendo ser utilizada retroescavadeira quando o terreno permitir;
Deverá ser utilizado soquete vibratório compactador do tipo sapo para o serviço
de reaterro das valas e compactador manual tipo maço (30 kg) para o serviço de
apiloamento do fundo da vala;

3 EXECUÇÃO

3.1 ESCAVAÇÃO DA VALA

Para a execução do serviço de escavação de vala deverá ser utilizada


preferencialmente escavadeira hidráulica ou, quando o terreno apresentar baixa
resistência, poderá ser utilizada a retroescavadeira. O material proveniente da
escavação deverá ser estocado no local para posterior execução da recomposição do
terreno, sendo o excesso, se for o caso, destinado ao local de bota-fora.
A execução das aberturas das valas para assentamento dos dutos deverá ser
acompanhada de serviços de topografia, onde deverão ser tomados todos os
procedimentos necessários, visando garantir a posição do eixo do envelope, as cotas e
profundidades das redes, as dimensões da seção do envelope e os raios mínimos de
curvatura dos dutos.
A largura da vala deverá ser adequada à execução do envelope e, ainda,
permitir uma fácil movimentação dos montadores e auxiliares durante a execução dos

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Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

serviços. Sendo assim, para profundidades de vala menores ou iguais a 1,50 m, deverá
ser adotada uma largura adicional mínima de cada lado do envelope de 0,30 m. Para
profundidades de vala maiores que 1,50 m, a largura adicional deverá ser fixada de
acordo com as peculiaridades de cada caso.
O escoramento da vala, quando necessário, deve ser executado de acordo com
um plano previamente apresentado pela CONTRATADA. Cuidados especiais deverão
ser tomados nos casos de profundidades elevadas (maiores que 1,50 m), má qualidade
do solo, reduzida inclinação dos taludes, movimentação de cargas pesadas nas
proximidades, condições climáticas desfavoráveis e proximidades de obras existentes
que possam ser comprometidas pelas escavações. Quando da presença de água no
fundo da vala, recomenda-se a aplicação de uma camada de brita, recoberta com
areia.
As escavações para a rede de dutos deverão ser executadas de forma
mecanizada e a profundidade da vala deve ser tal que o cobrimento mínimo do
envelope seja de 0,70 m.

3.2 PREPARAÇÃO DA BASE

A base deverá ficar uniformemente distribuída e o material convenientemente


compactado. A compactação da base do fundo da vala (apiloamento) deverá ser
executada com compactador manual do tipo maço, de 30 kg.
Quando não indicado em Projeto, o declive da vala, entre duas caixas de
passagem, deverá ser, no mínimo, de 0,5% a fim de proporcionar o escoamento de
água nos eletrodutos, até a caixa de passagem para ser processada a drenagem. Caso
duas caixas de passagem consecutivas estejam posicionadas no mesmo nível, ou a
declividade entre elas for menor do que 0,5%, prepara-se o fundo da vala a fim de que
haja uma elevação no ponto central da rede, entre as caixas de passagem. Essa
elevação deverá forçar uma declividade em torno de 0,5% em direção às caixas de
passagem.
Não deverá haver, entre duas caixas de passagem, pontos baixos que
provoquem acumulação de água nos eletrodutos.

3.3 ASSENTAMENTO DOS ELETRODUTOS

Antes de ser executado o lançamento e o assentamento dos dutos no interior da


vala, deverá ser verificado se a vala está em perfeito estado, isto é, limpa (sem a
presença de agentes externos), a fim de evitar que a linha de dutos seja danificada.
Os dutos deverão ser lançados com o auxílio de cavaletes, de dimensões 2,3 m
x 1,05 m e seu puxamento no interior da vala poderá ser feito com uma corda de sisal
amarrada em sua extremidade. Durante o lançamento, os dutos deverão estar
tamponados.
Os eletrodutos, ao serem colocados na vala deverão ser alinhados e arrumados
com o auxílio de espaçadores de compensado ou outro material qualquer, os quais
deverão ser colocados a cada 1,2 m em pontos de reta e a cada 0,8 m em pontos de

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Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

curva. Os espaçadores podem ser removidos após o preenchimento dos vazios e


aproveitados ao longo da linha.
As redes serão executadas com dutos corrugados flexíveis em polietileno de alta
densidade (PEAD), de diâmetro externo nominal de 125 mm, conforme NBR 15715. Os
dutos deverão ser instalados com tampões nas extremidades e com arame guia
galvanizado AWG n°14 e revestido em PVC para puxamento primário da corda ou cabo
de aço.
O posicionamento dos eletrodutos em uma rede de dutos deverá ser o mesmo
no trajeto de duas caixas de passagem consecutivas. Quando por ventura, houver
obstáculos, não previstos em Projetos, entre duas caixas de passagem consecutivas,
pode-se adaptar o feixe de eletrodutos de forma a vencê-lo, tendo-se o cuidado em
manter as mesmas posições relativas dos dutos, tanto verticais como horizontais,
mantendo-se assim a mesma formação anteriormente prevista. Na rede subterrânea
não será permitida a redução de diâmetros de eletrodutos. O raio de curvatura mínimo
para a rede de dutos deverá ser aquele raio mínimo permitido para o cabo de maior
bitola que será instalado na rede e deverá ainda ser observado o raio mínimo de
curvatura para eletrodutos.
Quando indicado no Projeto, os eletrodutos deverão ser identificados nas
entradas e saídas das caixas.
Nos locais de travessias ou pisos onde existam circulação de cargas
provenientes de equipamentos, automóveis, caminhões, etc. deverá ser previsto a
execução de placas de concreto armado (testemunho) ao longo e sobre a rede de
eletrodutos para proteção do envelopamento. Também para esse trecho a rede deverá
ser instalada com a parte superior de envelopamento no mínimo a 70 cm do piso
acabado.
As possíveis emendas que possam existir nos dutos deverão ser executadas
perfeitamente, de modo que a areia ou a nata do concreto não penetre e nem obstrua o
interior dos dutos.
Os eletrodutos de reserva deverão, após a limpeza, serem vedadas em ambas
as extremidades com tampões adequados.
Deverão ser instaladas sobre a rede de dutos fitas de aviso a 0,20 m da
superfície e a cada metro ao longo da linha de dutos. Essas fitas devem ter cor laranja
para eletrônica e cor amarela para elétrica e deverão constar as inscrições “CUIDADO!
PERIGO! TELECOMUNICAÇÕES!” ou “CUIDADO! PERIGO! CABO ALTA TENSÃO!”
para redes de telecomunicações ou de energia, respectivamente.
Para assentamentos de dutos corrugados com envelopamento em concreto, o
fundo da vala deverá ser revestido com uma camada de 0,06 m de concreto, formando
assim um berço para o seu assentamento.

3.4 CONCRETAGEM DO ENVELOPE

Antes da concretagem do envelope, deverá ser feita uma rigorosa inspeção nos
eletrodutos, pela FISCALIZAÇÃO.

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Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

O concreto a ser empregado na fabricação dos envelopes deverá ser concreto


simples, moldado “in loco” e com tensão mínima de ruptura aos 28 dias (fck) de 15 MPa.
A areia a ser usada deverá ser limpa, isenta de materiais orgânicos e sal. A
quantidade de água a ser usada deverá ser a indispensável para permitir a
maleabilidade do concreto, portanto, deverá evitar-se o excesso de água para não
reduzir a tensão de ruptura.
Antes da concretagem do envelope, os dutos devem estar tracionados e fixados
em suas extremidades, para que seja mantido o perfeito alinhamento.
Após assentados os eletrodutos, deverá ser feita a armação das formas do
envelope, podendo ser de madeira ou outro material, e o concreto deverá ser colocado
de maneira uniforme, espalhado e adensado por meio de hastes vibratórias, a fim de
preencher todos os espaços vazios. Deverão evitar-se esforços mecânicos nos
eletrodutos devido à vibração. O concreto nunca deverá ser lançado diretamente da
“bica” da betoneira sobre a linha de dutos, evitando-se assim que ocorra a inversão das
camadas, desalinhamento do banco de dutos e desagregação do concreto.
Quando a concretagem de um trecho for, por qualquer motivo, interrompida, a
extremidade do concreto deverá ser inclinada e não lisa, a fim de não formar face
vertical. Os eletrodutos deverão sobressair de, no mínimo, 50 cm do envelope e as
extremidades dos dutos deverão ser tampadas por meio adequado.
Poderão ser utilizadas “baias” ao longo da vala, a fim de facilitar o lançamento
do concreto.
O envelope deve ser projetado a fim de não haver acúmulo de água no interior
dos eletrodutos. Não devem existir pontos baixos na rede entre extremidades do
segmento do envelope.
As dimensões dos envelopes deverão ser determinadas de acordo com as
seguintes prescrições:
c) A distância mínima entre faces externas de eletrodutos deverá ser de 50
mm;
d) A distância mínima de face externa de um eletroduto à face do envelope
será de 60 mm para as laterais e de 60 mm na parte inferior e superior.

3.5 REATERRO DA VALA

Após a remoção completa das formas, entulhos e completo esgotamento de


água, deverá ser executado o reaterro da vala, em camadas não superiores a 20 cm de
espessura, através de compactação mecânica com soquete vibratório do tipo Sapo. O
material poderá ser o mesmo que foi retirado quando da abertura das valas, desde que
esteja isento de pedras, detritos e outras impurezas.
Ao ser concluído o reaterro, todo o material remanescente deverá ser removido
para o local de bota-fora aprovado pela Fiscalização. O terreno deverá ser entregue
limpo e nivelado.

4 CONTROLE

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Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

4.1 CONTROLE TECNOLÓGICO

Para a verificação do material recebido, deverá ser executado o controle


tecnológico de acordo com as prerrogativas estipuladas pela NBR 15715. De cada lote
de dutos recebido devem ser retiradas amostras para exame dimensional e visual,
escolhidas de forma aleatória, na quantidade estipulada na Tabela 1.

Tabela 1 – Plano de amostragem para exame dimensional e visual

Tamanho do Tamanho da amostra Número de unidades defeituosas


lote (barras ou 1° amostragem 2° amostragem
rolos) 1ª amostragem 2ª amostragem
Ac-1 Re-1 Ac-2 Re-2
16 a 25 5 - 0 1 - -
26 a 90 8 8 0 2 1 2
91 a 150 13 13 0 3 3 4
151 a 280 20 20 1 4 4 5
281 a 500 32 32 2 5 6 7
501 a 1200 50 50 3 7 8 9
1201 a 3200 80 80 5 9 12 13
3201 a 10000 125 125 7 11 18 19

• O diâmetro externo médio deve ser de (125,0 ± 3,0) mm;


• O comprimento mínimo da bolsa e da ponta deve ser de 70 mm;
Os dutos corrugados devem ser marcados, a cada 2 m, de forma visível e
indelével, podendo ser em relevo, com os seguintes dizeres:
• Nome ou merca de identificação do fabricante;
• A sigla “PE”;
• Quando aplicável, a expressão “NÃO PROPAGANTE DE CHAMA”;
• Número na norma correspondente: NBR 15715;
• A expressão “ENERGIA/TELECOM”;
• Diâmetro externo nominal (DE) correspondente;
• Código que permita a rastreabilidade à sua produção, tal que
contemple um indicador relativo ao mês e ano de fabricação;
Obs.: Para dutos corrugados fornecidos em rolos, admite-se a ocorrência de no
máximo três ausências de marcação a cada 25 m.
As conexões devem ser marcadas de forma visível e indelével, podendo ser em
relevo, com os seguintes dizeres:

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Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

• Nome ou marca de identificação do fabricante;


• Diâmetro externo nominal (DE) do fabricante;
• Sigla que identifique o tipo de material: PE, PP ou PVC;
• Número da norma correspondente: NBR 15715;
• Quando aplicável, a sigla “NP” para materiais não propagante a
chama.
Para cada lote de dutos corrugados inspecionado, o relatório de resultados de
inspeção deve conter no mínimo o seguinte:
• Diâmetro externo nominal (DE);
• Código de rastreabilidade;
• Tamanho do lote inspecionado, em metros, e número de barras ou
rolos;
• Resultado dos ensaios de recebimento;
• Informação de que o lote atende ou não às especificações.

5 MEDIÇÃO

A medição para este serviço será realizada na unidade de medida “metro linear”
de banco de dutos com 2 eletrodutos PEAD, instalados e assentados, medidos in loco.
Os serviços serão pagos pelos preços unitários contratuais, em conformidade
com a medição anterior, que remuneram, além da escavação, do reaterro, da aquisição
dos materiais, do preparo e do transporte ao local de aplicação, os custos diretos e
indiretos de todas as operações, equipamentos, encargos gerais, mão-de-obra e leis
sociais, necessários à completa execução dos serviços.

6 ASPECTOS AMBIENTAIS

No decorrer das operações destinadas às execuções dos dispositivos de


drenagem deverão ser observados cuidados visando à preservação do meio ambiente,
tais que:
Quando houver excesso de material de escavação ou sobras, deverá ser
removido das proximidades dos dispositivos, de modo a não provocar o seu
entupimento, sendo conduzido para bota-fora licenciado ambientalmente indicado pela
contratada.
O material excedente removido será transportado para local pré-definido em
conjunto com a fiscalização cuidando-se ainda para que este material não seja
conduzido para os cursos d’agua, de modo a não causar assoreamento.
Nos pontos de deságue dos dispositivos deverão ser executadas obras de
proteção de forma a evitar a erosão das vertentes ou assoreamento de cursos d’agua.
Em todos os locais onde ocorrerem escavações ou aterros necessários à
implantação da obra deverá ser feito revestimento vegetal adequado dos bota-foras, a
Página 153
Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

fim de proporcionar a manutenção das condições locais e incorporá-los à paisagem


local.
O trânsito dos equipamentos e veículos de serviço desnecessários deverá ser
evitado, tanto quanto possível, para não causar desfiguração, principalmente onde
houver alguma área com relevante interesse paisagístico ou ecológico.
Nas áreas de bota-fora ou empréstimos necessários à realização das valas de
saída que se instalam nas vertentes, deverão ser evitados os lançamentos de materiais
de escavação que possam afetar o sistema de drenagem superficial.

7 REFERÊNCIAS

NORMA ABNT NBR 15715/2009. Sistema de dutos corrugados de polietileno


(PE) para infraestrutura de cabos de energia e telecomunicações – Requisitos. Rio de
Janeiro.

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Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

DREN.073/1 - FORNECIMENTO E ASSENTAMENTO DE DUTOS CORRUGADOS


PEAD 3 X Ø125MM (DE), CONFORME NBR 15715, VALA DE 1195MM X 945MM,
REATERRO COM MATERIAL DA PROPRIA CAVA, COM ENVELOPAMENTO EM
AREIA OU PÓ DE PEDRA. AF_ITA_09/2014
UNIDADE: m (metro)

ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS

1 GENERALIDADES

Esta Especificação Técnica fixa as condições de execução de uma rede de


dutos composta por 3 dutos com diâmetro externo nominal Ø125 mm, corrugados
flexíveis, espaçados entre seus centros, por 175 mm, fabricado em polietileno de alta
densidade (PEAD), conforme a norma ABNT NBR 15715/2009, com envelopamento
em areia ou pó de pedra, na profundidade mínima de 700 mm do topo do
envelopamento, conforme dimensões e detalhes constantes da figura a seguir.

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Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

Esta especificação abrange os serviços de escavação da vala, apiloamento do


fundo da vala, lançamento dos dutos e acessórios, envelopamento em areia ou pó de
pedra e reaterro compactado da vala.

2 MATERIAIS

2.1 DUTOS

Os bancos e linhas de dutos serão compostos por dutos fabricados em PEAD


(Polietileno de Alta Densidade), de diâmetro externo nominal Ø125 mm, que se
desenvolvem helicoidalmente no sentido do eixo longitudinal e com passo constante,
na cor preta, de seção circular, corrugado, impermeável e com excelente raio de
curvatura, conforme norma ABNT NBR 15715. Deverão ser fornecidos todos os
acessórios recomendados pelo fabricante para a perfeita instalação dos dutos (Ref.:
Kanalex da Kanaflex, Techduto ou equivalente).

2.2 ACESSÓRIOS

Fazem parte da rede de dutos, os seguintes acessórios:

2.2.1 TAMPÃO

Peça em PEAD, de seção circular rosqueável, destinada ao tamponamento dos


dutos corrugados.

2.2.2 TERMINAL

Peça em PEAD, de seção circular rosqueável, obtida através do seccionamento


do tampão de comprimento L.

2.2.3 CONEXÕES

Peça em PEAD, de seção circular, destinada a unir dois dutos corrugados


flexíveis, de mesmo diâmetro nominal, por meio de rosqueamento ou destinada a unir
duto corrugado com outros tubos de face lisa e mesmo diâmetro.

2.2.4 ARAME-GUIA

Arame de aço galvanizado AWG, número 14 (fornecido no interior do duto),


revestido em PVC e destinado ao puxamento primário da corda ou cabo de aço (carga
de ruptura = 500 N).

2.2.5 FITA DE AVISO

Fita plástica, com largura de 100 mm, destinada à sinalização, a cada metro ao
longo da linha de dutos. Deverá ser fabricada na cor laranja para eletrônica e na cor
amarela para energia. Nas fitas, deverão constar as inscrições, “CUIDADO! PERIGO!
TELECOMUNICAÇÕES!” ou “CUIDADO! PERIGO! CABO ALTA TENSÃO!”, conforme
o uso da rede sendo para telecomunicações ou energia, respectivamente.
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Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

2.2.6 KIT FITA DE VEDAÇÃO/FILME DE PVC PARA EMENDA DE DUTO

A fita de vedação ou MASTIQUE tem por objetivo a vedação e consolidação


dos dutos nos pontos de emenda, impedindo a penetração de agentes externos e
garantindo a maleabilidade e a estanqueidade da emenda. Geralmente, é fornecida nas
dimensões de 70 mm x 1,5 mm x 1000 mm. Após a aplicação da fita de vedação,
aplica-se um filme de PVC para proteção em todo o perímetro da conexão.

2.2.7 CAVALETES

Cavalete de madeira ou outro material qualquer, utilizado no lançamento dos


dutos na vala.

2.2.8 ESPAÇADORES

Espaçadores em compensado fino ou tábuas de madeira, utilizados no


lançamento dos dutos na vala.

2.3 MATERIAL PARA ENVELOPAMENTO

O material para envelopamento poderá ser areia ou pó de pedra. O


adensamento deverá ser feito através da adição de água sobre a areia ou pó de pedra,
tomando-se o cuidado de não deixar vazios que possam ocasionar afundamentos
posteriores.

3 EQUIPAMENTOS

A escavação da vala deverá ser executada preferencialmente com escavadeira


hidráulica, podendo ser utilizada retroescavadeira quando o terreno permitir.
Deverá ser utilizado soquete vibratório compactador do tipo sapo para o serviço
de reaterro das valas e compactador manual tipo maço (30 kg) para o serviço de
apiloamento do fundo da vala.

4 EXECUÇÃO

4.1 ESCAVAÇÃO DA VALA

Para a execução do serviço de escavação de vala deverá ser utilizada


preferencialmente escavadeira hidráulica ou, quando o terreno apresentar baixa
resistência, poderá ser utilizada a retroescavadeira. O material proveniente da
escavação deverá ser estocado no local para posterior execução da recomposição do
terreno, sendo o excesso, se for o caso, destinado ao local de bota-fora.
A execução das aberturas das valas para assentamento dos dutos deverá ser
acompanhada de serviços de topografia, onde deverão ser tomados todos os
procedimentos necessários, visando garantir a posição do eixo do envelope, as cotas e
profundidades das redes, as dimensões da seção do envelope e os raios mínimos de
curvatura dos dutos.

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Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

A largura da vala deverá ser adequada à execução do envelope e, ainda,


permitir uma fácil movimentação dos montadores e auxiliares durante a execução dos
serviços. Sendo assim, para profundidades de vala menores ou iguais a 1,50 m, deverá
ser adotada uma largura adicional mínima de cada lado do envelope de 0,30 m. Para
profundidades de vala maiores que 1,50 m, a largura adicional deverá ser fixada de
acordo com as peculiaridades de cada caso.
O escoramento da vala, quando necessário, deve ser executado de acordo com
um plano previamente apresentado pela CONTRATADA. Cuidados especiais deverão
ser tomados nos casos de profundidades elevadas (maiores que 1,50 m), má qualidade
do solo, reduzida inclinação dos taludes, movimentação de cargas pesadas nas
proximidades, condições climáticas desfavoráveis e proximidades de obras existentes
que possam ser comprometidas pelas escavações. Quando da presença de água no
fundo da vala, recomenda-se a aplicação de uma camada de brita, recoberta com
areia.
As escavações para a rede de dutos deverão ser executadas de forma
mecanizada e a profundidade da vala deve ser tal que o cobrimento mínimo do
envelope seja de 0,70 m.

4.2 PREPARAÇÃO DA BASE

A base deverá ficar uniformemente distribuída e o material convenientemente


compactado. A compactação da base do fundo da vala (apiloamento) deverá ser
executada com compactador manual do tipo maço, de 30 kg.
Quando não indicado em Projeto, o declive da vala, entre duas caixas de
passagem, deverá ser, no mínimo, de 0,5% a fim de proporcionar o escoamento de
água nos eletrodutos, até a caixa de passagem para ser processada a drenagem. Caso
duas caixas de passagem consecutivas estejam posicionadas no mesmo nível, ou a
declividade entre elas for menor do que 0,5%, prepara-se o fundo da vala a fim de que
haja uma elevação no ponto central da rede, entre as caixas de passagem. Essa
elevação deverá forçar uma declividade em torno de 0,5% em direção às caixas de
passagem.
Não deverá haver, entre duas caixas de passagem, pontos baixos que
provoquem acumulação de água nos eletrodutos.

4.3 ASSENTAMENTO DOS ELETRODUTOS

Antes de ser executado o lançamento e o assentamento dos dutos no interior da


vala, deverá ser verificado se a vala está em perfeito estado, isto é, limpa (sem a
presença de agentes externos), a fim de evitar que a linha de dutos seja danificada.
Os dutos deverão ser lançados com o auxílio de cavaletes, de dimensões 2,3 m
x 1,05 m e seu puxamento no interior da vala poderá ser feito com uma corda de sisal
amarrada em sua extremidade. Durante o lançamento, os dutos deverão estar
tamponados.
Os eletrodutos, ao serem colocados na vala deverão ser alinhados e arrumados
com o auxílio de espaçadores de compensado ou outro material qualquer, os quais

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Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

deverão ser colocados a cada 1,2 m em pontos de reta e a cada 0,8 m em pontos de
curva. Os espaçadores podem ser removidos após o preenchimento dos vazios e
aproveitados ao longo da linha.
As redes serão executadas com dutos corrugados flexíveis em polietileno de alta
densidade (PEAD), de diâmetro externo nominal de 125 mm, conforme NBR 15715. Os
dutos deverão ser instalados com tampões nas extremidades e com arame guia
galvanizado AWG n°14 e revestido em PVC para puxamento primário da corda ou cabo
de aço.
O posicionamento dos eletrodutos em uma rede de dutos deverá ser o mesmo
no trajeto de duas caixas de passagem consecutivas. Quando por ventura, houver
obstáculos, não previstos em Projetos, entre duas caixas de passagem consecutivas,
pode-se adaptar o feixe de eletrodutos de forma a vencê-lo, tendo-se o cuidado em
manter as mesmas posições relativas dos dutos, tanto verticais como horizontais,
mantendo-se assim a mesma formação anteriormente prevista. Na rede subterrânea
não será permitida a redução de diâmetros de eletrodutos. O raio de curvatura mínimo
para a rede de dutos deverá ser aquele raio mínimo permitido para o cabo de maior
bitola que será instalado na rede e deverá ainda ser observado o raio mínimo de
curvatura para eletrodutos.
Quando indicado no Projeto, os eletrodutos deverão ser identificados nas
entradas e saídas das caixas.
Nos locais de travessias ou pisos onde existam circulação de cargas
provenientes de equipamentos, automóveis, caminhões, etc. deverá ser previsto a
execução de placas de concreto armado (testemunho) ao longo e sobre a rede de
eletrodutos para proteção do envelopamento. Também para esse trecho a rede deverá
ser instalada com a parte superior de envelopamento no mínimo a 70 cm do piso
acabado.
As possíveis emendas que possam existir nos dutos deverão ser executadas
perfeitamente, de modo que a areia ou a nata do concreto não penetre e nem obstrua o
interior dos dutos.
Os eletrodutos de reserva deverão, após a limpeza, serem vedadas em ambas
as extremidades com tampões adequados.
Deverão ser instaladas sobre a rede de dutos fitas de aviso a 0,20 m da
superfície e a cada metro ao longo da linha de dutos. Essas fitas devem ter cor laranja
para eletrônica e cor amarela para elétrica e deverão constar as inscrições “CUIDADO!
PERIGO! TELECOMUNICAÇÕES!” ou “CUIDADO! PERIGO! CABO ALTA TENSÃO!”
para redes de telecomunicações ou de energia, respectivamente.

4.4 EXECUÇÃO DO ENVELOPE

Antes da execução do envelope, deverá ser feita uma rigorosa inspeção nos
eletrodutos, pela FISCALIZAÇÃO.
Para assentamentos de dutos corrugados com envelopamento em areia, o fundo
da vala deverá ser revestido previamente com uma camada de 0,06 m de areia,
formando assim um berço para o seu assentamento.

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Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

A areia a ser usada deverá estar limpa, isenta de materiais orgânicos e sal. O
adensamento deverá ser com água limpa devendo ser evitado excesso que possa
acumular no fundo da vala.
Antes da execução do envelope, os dutos devem estar tracionados e fixados em
suas extremidades, para que seja mantido o perfeito alinhamento.
Após assentados os eletrodutos, deverá ser feita a armação das formas do
envelope, podendo ser de madeira ou outro material, e a areia deverá ser colocada de
maneira uniforme, espalhado e adensado por água distribuída através de uma
mangueira.
As dimensões dos envelopes deverão ser determinadas de acordo com as
seguintes prescrições:
e) A distância mínima entre faces externas de eletrodutos deverá ser de 50
mm;
f) A distância mínima de face externa de um eletroduto à face do envelope
será de 60 mm para as laterais e de 60 mm na parte inferior e superior.

4.5 REATERRO DA VALA

Após a remoção completa dos entulhos e completo esgotamento de água,


deverá ser executado o reaterro da vala, em camadas não superiores a 20 cm de
espessura, através de compactação mecânica com soquete vibratório do tipo Sapo. O
material poderá ser o mesmo que foi retirado quando da abertura das valas, desde que
esteja isento de pedras, detritos e outras impurezas.
As formas não deverão ser retiradas de forma a manter a estrutura dos
envelopes.
Ao ser concluído o reaterro, todo o material remanescente deverá ser removido
para o local de bota-fora aprovado pela Fiscalização. O terreno deverá ser entregue
limpo e nivelado.

5 CONTROLE

5.1 CONTROLE TECNOLÓGICO

Para a verificação do material recebido, deverá ser executado o controle


tecnológico de acordo com as prerrogativas estipuladas pela NBR 15715. De cada lote
de dutos recebido devem ser retiradas amostras para exame dimensional e visual,
escolhidas de forma aleatória, na quantidade estipulada na Tabela 1.

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Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

Tabela 1 – Plano de amostragem para exame dimensional e visual

Tamanho do Tamanho da amostra Número de unidades defeituosas


lote (barras ou 1° amostragem 2° amostragem
rolos) 1ª amostragem 2ª amostragem
Ac-1 Re-1 Ac-2 Re-2
16 a 25 5 - 0 1 - -
26 a 90 8 8 0 2 1 2
91 a 150 13 13 0 3 3 4
151 a 280 20 20 1 4 4 5
281 a 500 32 32 2 5 6 7
501 a 1200 50 50 3 7 8 9
1201 a 3200 80 80 5 9 12 13
3201 a 10000 125 125 7 11 18 19

• O diâmetro externo médio deve ser de (125,0 ± 3,0) mm;


• O comprimento mínimo da bolsa e da ponta deve ser de 70 mm;
Os dutos corrugados devem ser marcados, a cada 2 m, de forma visível e
indelével, podendo ser em relevo, com os seguintes dizeres:
• Nome ou merca de identificação do fabricante;
• A sigla “PE”;
• Quando aplicável, a expressão “NÃO PROPAGANTE DE CHAMA”;
• Número na norma correspondente: NBR 15715;
• A expressão “ENERGIA/TELECOM”;
• Diâmetro externo nominal (DE) correspondente;
• Código que permita a rastreabilidade à sua produção, tal que
contemple um indicador relativo ao mês e ano de fabricação;
Obs.: Para dutos corrugados fornecidos em rolos, admite-se a ocorrência de no
máximo três ausências de marcação a cada 25 m.
As conexões devem ser marcadas de forma visível e indelével, podendo ser em
relevo, com os seguintes dizeres:
• Nome ou marca de identificação do fabricante;
• Diâmetro externo nominal (DE) do fabricante;
• Sigla que identifique o tipo de material: PE, PP ou PVC;
• Número da norma correspondente: NBR 15715;

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• Quando aplicável, a sigla “NP” para materiais não propagante a


chama.
Para cada lote de dutos corrugados inspecionado, o relatório de resultados de
inspeção deve conter no mínimo o seguinte:
• Diâmetro externo nominal (DE);
• Código de rastreabilidade;
• Tamanho do lote inspecionado, em metros, e número de barras ou
rolos;
• Resultado dos ensaios de recebimento;
• Informação de que o lote atende ou não às especificações.

6 MEDIÇÃO

A medição para este serviço será realizada na unidade de medida “metro linear”
de banco de dutos com 2 eletrodutos PEAD, instalados e assentados, medidos in loco.
Os serviços serão pagos pelos preços unitários contratuais, em conformidade
com a medição anterior, que remuneram, além da escavação, do reaterro, da aquisição
dos materiais, do preparo e do transporte ao local de aplicação, os custos diretos e
indiretos de todas as operações, equipamentos, encargos gerais, mão-de-obra e leis
sociais, necessários à completa execução dos serviços.

7 ASPECTOS AMBIENTAIS

No decorrer das operações destinadas às execuções dos dispositivos de


drenagem deverão ser observados cuidados visando à preservação do meio ambiente,
tais que:
Quando houver excesso de material de escavação ou sobras, deverá ser
removido das proximidades dos dispositivos, de modo a não provocar o seu
entupimento, sendo conduzido para bota-fora licenciado ambientalmente indicado pela
contratada.
O material excedente removido será transportado para local pré-definido em
conjunto com a fiscalização cuidando-se ainda para que este material não seja
conduzido para os cursos d’agua, de modo a não causar assoreamento.
Nos pontos de deságue dos dispositivos deverão ser executadas obras de
proteção de forma a evitar a erosão das vertentes ou assoreamento de cursos d’agua.
Em todos os locais onde ocorrerem escavações ou aterros necessários à
implantação da obra deverá ser feito revestimento vegetal adequado dos bota-foras, a
fim de proporcionar a manutenção das condições locais e incorporá-los à paisagem
local.
O trânsito dos equipamentos e veículos de serviço desnecessários deverá ser
evitado, tanto quanto possível, para não causar desfiguração, principalmente onde
houver alguma área com relevante interesse paisagístico ou ecológico.

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Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

Nas áreas de bota-fora ou empréstimos necessários à realização das valas de


saída que se instalam nas vertentes, deverão ser evitados os lançamentos de materiais
de escavação que possam afetar o sistema de drenagem superficial.

8 REFERÊNCIAS

NORMA ABNT NBR 15715/2009. Sistema de dutos corrugados de polietileno


(PE) para infraestrutura de cabos de energia e telecomunicações – Requisitos. Rio de
Janeiro.

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Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

DREN.074/1 - FORNECIMENTO E ASSENTAMENTO DE DUTOS CORRUGADOS


PEAD 3 X Ø125MM (DE), CONFORME NBR 15715, VALA DE 1195MM X 945MM,
REATERRO COM MATERIAL DA PROPRIA CAVA, COM ENVELOPAMENTO EM
CONCRETO. AF_ITA_09/2014
UNIDADE: m (metro)

ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS

1 GENERALIDADES

Esta Especificação Técnica fixa as condições de execução de uma rede de


dutos composta por 3 dutos com diâmetro externo nominal Ø125 mm, corrugados
flexíveis, espaçados entre seus centros, por 175 mm, fabricado em polietileno de alta
densidade (PEAD), conforme a norma ABNT NBR 15715/2009, com envelopamento
em concreto, na profundidade mínima de 700 mm do topo do envelopamento, conforme
dimensões e detalhes constantes da figura a seguir.

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Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

Esta especificação abrange os serviços de escavação da vala, apiloamento do


fundo da vala, lançamento dos dutos e acessórios, envelopamento em concreto e
reaterro compactado da vala.

2 MATERIAIS

2.1 DUTOS

Os bancos e linhas de dutos serão compostos por dutos fabricados em PEAD


(Polietileno de Alta Densidade), de diâmetro externo nominal Ø125 mm, que se
desenvolvem helicoidalmente no sentido do eixo longitudinal e com passo constante,
na cor preta, de seção circular, corrugado, impermeável e com excelente raio de
curvatura, conforme norma ABNT NBR 15715. Deverão ser fornecidos todos os
acessórios recomendados pelo fabricante para a perfeita instalação dos dutos (Ref.:
Kanalex da Kanaflex, Techduto ou equivalente).

2.2 ACESSÓRIOS

Fazem parte da rede de dutos, os seguintes acessórios:

2.2.1 TAMPÃO

Peça em PEAD, de seção circular rosqueável, destinada ao tamponamento dos


dutos corrugados.

2.2.2 TERMINAL

Peça em PEAD, de seção circular rosqueável, obtida através do seccionamento


do tampão de comprimento L.

2.2.3 CONEXÕES

Peça em PEAD, de seção circular, destinada a unir dois dutos corrugados


flexíveis, de mesmo diâmetro nominal, por meio de rosqueamento ou destinada a unir
duto corrugado com outros tubos de face lisa e mesmo diâmetro.

2.2.4 ARAME-GUIA

Arame de aço galvanizado AWG, número 14 (fornecido no interior do duto),


revestido em PVC e destinado ao puxamento primário da corda ou cabo de aço (carga
de ruptura = 500 N).

2.2.5 FITA DE AVISO

Fita plástica, com largura de 100 mm, destinada à sinalização, a cada metro ao
longo da linha de dutos. Deverá ser fabricada na cor laranja para eletrônica e na cor
amarela para energia. Nas fitas deverão constar as inscrições, “CUIDADO! PERIGO!

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Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

TELECOMUNICAÇÕES!” ou “CUIDADO! PERIGO! CABO ALTA TENSÃO!”, conforme


o uso da rede sendo para telecomunicações ou energia, respectivamente.

2.2.6 KIT FITA DE VEDAÇÃO/FILME DE PVC PARA EMENDA DE DUTO

A fita de vedação ou MASTIQUE tem por objetivo a vedação e consolidação


dos dutos nos pontos de emenda, impedindo a penetração de agentes externos e
garantindo a maleabilidade e a estanqueidade da emenda. Geralmente, é fornecida nas
dimensões de 70 mm x 1,5 mm x 1000 mm. Após a aplicação da fita de vedação,
aplica-se um filme de PVC para proteção em todo o perímetro da conexão.

2.2.7 CAVALETES

Cavalete de madeira ou outro material qualquer, utilizado no lançamento dos


dutos na vala.

2.2.8 ESPAÇADORES

Espaçadores em compensado fino ou tábuas de madeira, utilizados no


lançamento dos dutos na vala.

2.3 MATERIAL PARA ENVELOPAMENTO

O material a ser empregado nos envelopes deverá será ser concreto simples,
moldado “in loco” e com tensão mínima de ruptura aos 28 dias (fck) de 15 MPa.

2.4 EQUIPAMENTOS

A escavação da vala deverá ser executada preferencialmente com escavadeira


hidráulica, podendo ser utilizada retroescavadeira quando o terreno permitir;
Deverá ser utilizado soquete vibratório compactador do tipo sapo para o serviço
de reaterro das valas e compactador manual tipo maço (30 kg) para o serviço de
apiloamento do fundo da vala;

3 EXECUÇÃO

3.1 ESCAVAÇÃO DA VALA

Para a execução do serviço de escavação de vala deverá ser utilizada


preferencialmente escavadeira hidráulica ou, quando o terreno apresentar baixa
resistência, poderá ser utilizada a retroescavadeira. O material proveniente da
escavação deverá ser estocado no local para posterior execução da recomposição do
terreno, sendo o excesso, se for o caso, destinado ao local de bota-fora.
A execução das aberturas das valas para assentamento dos dutos deverá ser
acompanhada de serviços de topografia, onde deverão ser tomados todos os
procedimentos necessários, visando garantir a posição do eixo do envelope, as cotas e
profundidades das redes, as dimensões da seção do envelope e os raios mínimos de
curvatura dos dutos.
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Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

A largura da vala deverá ser adequada à execução do envelope e, ainda,


permitir uma fácil movimentação dos montadores e auxiliares durante a execução dos
serviços. Sendo assim, para profundidades de vala menores ou iguais a 1,50 m, deverá
ser adotada uma largura adicional mínima de cada lado do envelope de 0,30 m. Para
profundidades de vala maiores que 1,50 m, a largura adicional deverá ser fixada de
acordo com as peculiaridades de cada caso.
O escoramento da vala, quando necessário, deve ser executado de acordo com
um plano previamente apresentado pela CONTRATADA. Cuidados especiais deverão
ser tomados nos casos de profundidades elevadas (maiores que 1,50 m), má qualidade
do solo, reduzida inclinação dos taludes, movimentação de cargas pesadas nas
proximidades, condições climáticas desfavoráveis e proximidades de obras existentes
que possam ser comprometidas pelas escavações. Quando da presença de água no
fundo da vala, recomenda-se a aplicação de uma camada de brita, recoberta com
areia.
As escavações para a rede de dutos deverão ser executadas de forma
mecanizada e a profundidade da vala deve ser tal que o cobrimento mínimo do
envelope seja de 0,70 m.

3.2 PREPARAÇÃO DA BASE

A base deverá ficar uniformemente distribuída e o material convenientemente


compactado. A compactação da base do fundo da vala (apiloamento) deverá ser
executada com compactador manual do tipo maço, de 30 kg.
Quando não indicado em Projeto, o declive da vala, entre duas caixas de
passagem, deverá ser, no mínimo, de 0,5% a fim de proporcionar o escoamento de
água nos eletrodutos, até a caixa de passagem para ser processada a drenagem. Caso
duas caixas de passagem consecutivas estejam posicionadas no mesmo nível, ou a
declividade entre elas for menor do que 0,5%, prepara-se o fundo da vala a fim de que
haja uma elevação no ponto central da rede, entre as caixas de passagem. Essa
elevação deverá forçar uma declividade em torno de 0,5% em direção às caixas de
passagem.
Não deverá haver, entre duas caixas de passagem, pontos baixos que
provoquem acumulação de água nos eletrodutos.

3.3 ASSENTAMENTO DOS ELETRODUTOS

Antes de ser executado o lançamento e o assentamento dos dutos no interior da


vala, deverá ser verificado se a vala está em perfeito estado, isto é, limpa (sem a
presença de agentes externos), a fim de evitar que a linha de dutos seja danificada.
Os dutos deverão ser lançados com o auxílio de cavaletes, de dimensões 2,3 m
x 1,05 m e seu puxamento no interior da vala poderá ser feito com uma corda de sisal
amarrada em sua extremidade. Durante o lançamento, os dutos deverão estar
tamponados.
Os eletrodutos, ao serem colocados na vala deverão ser alinhados e arrumados
com o auxílio de espaçadores de compensado ou outro material qualquer, os quais

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Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

deverão ser colocados a cada 1,2 m em pontos de reta e a cada 0,8 m em pontos de
curva. Os espaçadores podem ser removidos após o preenchimento dos vazios e
aproveitados ao longo da linha.
As redes serão executadas com dutos corrugados flexíveis em polietileno de alta
densidade (PEAD), de diâmetro externo nominal de 125 mm, conforme NBR 15715. Os
dutos deverão ser instalados com tampões nas extremidades e com arame guia
galvanizado AWG n°14 e revestido em PVC para puxamento primário da corda ou cabo
de aço.
O posicionamento dos eletrodutos em uma rede de dutos deverá ser o mesmo
no trajeto de duas caixas de passagem consecutivas. Quando por ventura, houver
obstáculos, não previstos em Projetos, entre duas caixas de passagem consecutivas,
pode-se adaptar o feixe de eletrodutos de forma a vencê-lo, tendo-se o cuidado em
manter as mesmas posições relativas dos dutos, tanto verticais como horizontais,
mantendo-se assim a mesma formação anteriormente prevista. Na rede subterrânea
não será permitida a redução de diâmetros de eletrodutos. O raio de curvatura mínimo
para a rede de dutos deverá ser aquele raio mínimo permitido para o cabo de maior
bitola que será instalado na rede e deverá ainda ser observado o raio mínimo de
curvatura para eletrodutos.
Quando indicado no Projeto, os eletrodutos deverão ser identificados nas
entradas e saídas das caixas.
Nos locais de travessias ou pisos onde existam circulação de cargas
provenientes de equipamentos, automóveis, caminhões, etc. deverá ser previsto a
execução de placas de concreto armado (testemunho) ao longo e sobre a rede de
eletrodutos para proteção do envelopamento. Também para esse trecho a rede deverá
ser instalada com a parte superior de envelopamento no mínimo a 70 cm do piso
acabado.
As possíveis emendas que possam existir nos dutos deverão ser executadas
perfeitamente, de modo que a areia ou a nata do concreto não penetre e nem obstrua o
interior dos dutos.
Os eletrodutos de reserva deverão, após a limpeza, serem vedadas em ambas
as extremidades com tampões adequados.
Deverão ser instaladas sobre a rede de dutos fitas de aviso a 0,20 m da
superfície e a cada metro ao longo da linha de dutos. Essas fitas devem ter cor laranja
para eletrônica e cor amarela para elétrica e deverão constar as inscrições “CUIDADO!
PERIGO! TELECOMUNICAÇÕES!” ou “CUIDADO! PERIGO! CABO ALTA TENSÃO!”
para redes de telecomunicações ou de energia, respectivamente.
Para assentamentos de dutos corrugados com envelopamento em concreto, o
fundo da vala deverá ser revestido com uma camada de 0,06 m de concreto, formando
assim um berço para o seu assentamento.

3.4 CONCRETAGEM DO ENVELOPE

Antes da concretagem do envelope, deverá ser feita uma rigorosa inspeção nos
eletrodutos, pela FISCALIZAÇÃO.

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Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

O concreto a ser empregado na fabricação dos envelopes deverá ser concreto


simples, moldado “in loco” e com tensão mínima de ruptura aos 28 dias (fck) de 15 MPa.
A areia a ser usada deverá ser limpa, isenta de materiais orgânicos e sal. A
quantidade de água a ser usada deverá ser a indispensável para permitir a
maleabilidade do concreto, portanto, deverá evitar-se o excesso de água para não
reduzir a tensão de ruptura.
Antes da concretagem do envelope, os dutos devem estar tracionados e fixados
em suas extremidades, para que seja mantido o perfeito alinhamento.
Após assentados os eletrodutos, deverá ser feita a armação das formas do
envelope, podendo ser de madeira ou outro material, e o concreto deverá ser colocado
de maneira uniforme, espalhado e adensado por meio de hastes vibratórias, a fim de
preencher todos os espaços vazios. Deverão evitar-se esforços mecânicos nos
eletrodutos devido à vibração. O concreto nunca deverá ser lançado diretamente da
“bica” da betoneira sobre a linha de dutos, evitando-se assim que ocorra a inversão das
camadas, desalinhamento do banco de dutos e desagregação do concreto.
Quando a concretagem de um trecho for, por qualquer motivo, interrompida, a
extremidade do concreto deverá ser inclinada e não lisa, a fim de não formar face
vertical. Os eletrodutos deverão sobressair de, no mínimo, 50 cm do envelope e as
extremidades dos dutos deverão ser tampadas por meio adequado.
Poderão ser utilizadas “baias” ao longo da vala, a fim de facilitar o lançamento
do concreto.
O envelope deve ser projetado a fim de não haver acúmulo de água no interior
dos eletrodutos. Não devem existir pontos baixos na rede entre extremidades do
segmento do envelope.
As dimensões dos envelopes deverão ser determinadas de acordo com as
seguintes prescrições:
g) A distância mínima entre faces externas de eletrodutos deverá ser de 50
mm;
h) A distância mínima de face externa de um eletroduto à face do envelope
será de 60 mm para as laterais e de 60 mm na parte inferior e superior.

3.5 REATERRO DA VALA

Após a remoção completa das formas, entulhos e completo esgotamento de


água, deverá ser executado o reaterro da vala, em camadas não superiores a 20 cm de
espessura, através de compactação mecânica com soquete vibratório do tipo Sapo. O
material poderá ser o mesmo que foi retirado quando da abertura das valas, desde que
esteja isento de pedras, detritos e outras impurezas.
Ao ser concluído o reaterro, todo o material remanescente deverá ser removido
para o local de bota-fora aprovado pela Fiscalização. O terreno deverá ser entregue
limpo e nivelado.

4 CONTROLE

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Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

4.1 CONTROLE TECNOLÓGICO

Para a verificação do material recebido, deverá ser executado o controle


tecnológico de acordo com as prerrogativas estipuladas pela NBR 15715. De cada lote
de dutos recebido devem ser retiradas amostras para exame dimensional e visual,
escolhidas de forma aleatória, na quantidade estipulada na Tabela 1.

Tabela 1 – Plano de amostragem para exame dimensional e visual

Tamanho do Tamanho da amostra Número de unidades defeituosas


lote (barras ou 1° amostragem 2° amostragem
rolos) 1ª amostragem 2ª amostragem
Ac-1 Re-1 Ac-2 Re-2
16 a 25 5 - 0 1 - -
26 a 90 8 8 0 2 1 2
91 a 150 13 13 0 3 3 4
151 a 280 20 20 1 4 4 5
281 a 500 32 32 2 5 6 7
501 a 1200 50 50 3 7 8 9
1201 a 3200 80 80 5 9 12 13
3201 a 10000 125 125 7 11 18 19

• O diâmetro externo médio deve ser de (125,0 ± 3,0) mm;


• O comprimento mínimo da bolsa e da ponta deve ser de 70 mm;
Os dutos corrugados devem ser marcados, a cada 2 m, de forma visível e
indelével, podendo ser em relevo, com os seguintes dizeres:
• Nome ou merca de identificação do fabricante;
• A sigla “PE”;
• Quando aplicável, a expressão “NÃO PROPAGANTE DE CHAMA”;
• Número na norma correspondente: NBR 15715;
• A expressão “ENERGIA/TELECOM”;
• Diâmetro externo nominal (DE) correspondente;
• Código que permita a rastreabilidade à sua produção, tal que
contemple um indicador relativo ao mês e ano de fabricação;
Obs.: Para dutos corrugados fornecidos em rolos, admite-se a ocorrência de no
máximo três ausências de marcação a cada 25 m.
As conexões devem ser marcadas de forma visível e indelével, podendo ser em
relevo, com os seguintes dizeres:

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Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

• Nome ou marca de identificação do fabricante;


• Diâmetro externo nominal (DE) do fabricante;
• Sigla que identifique o tipo de material: PE, PP ou PVC;
• Número da norma correspondente: NBR 15715;
• Quando aplicável, a sigla “NP” para materiais não propagante a
chama.
Para cada lote de dutos corrugados inspecionado, o relatório de resultados de
inspeção deve conter no mínimo o seguinte:
• Diâmetro externo nominal (DE);
• Código de rastreabilidade;
• Tamanho do lote inspecionado, em metros, e número de barras ou
rolos;
• Resultado dos ensaios de recebimento;
• Informação de que o lote atende ou não às especificações.

5 MEDIÇÃO

A medição para este serviço será realizada na unidade de medida “metro linear”
de banco de dutos com 2 eletrodutos PEAD, instalados e assentados, medidos in loco.
Os serviços serão pagos pelos preços unitários contratuais, em conformidade
com a medição anterior, que remuneram, além da escavação, do reaterro, da aquisição
dos materiais, do preparo e do transporte ao local de aplicação, os custos diretos e
indiretos de todas as operações, equipamentos, encargos gerais, mão-de-obra e leis
sociais, necessários à completa execução dos serviços.

6 ASPECTOS AMBIENTAIS

No decorrer das operações destinadas às execuções dos dispositivos de


drenagem deverão ser observados cuidados visando à preservação do meio ambiente,
tais que:
Quando houver excesso de material de escavação ou sobras, deverá ser
removido das proximidades dos dispositivos, de modo a não provocar o seu
entupimento, sendo conduzido para bota-fora licenciado ambientalmente indicado pela
contratada.
O material excedente removido será transportado para local pré-definido em
conjunto com a fiscalização cuidando-se ainda para que este material não seja
conduzido para os cursos d’agua, de modo a não causar assoreamento.
Nos pontos de deságue dos dispositivos deverão ser executadas obras de
proteção de forma a evitar a erosão das vertentes ou assoreamento de cursos d’agua.
Em todos os locais onde ocorrerem escavações ou aterros necessários à
implantação da obra deverá ser feito revestimento vegetal adequado dos bota-foras, a
Página 171
Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

fim de proporcionar a manutenção das condições locais e incorporá-los à paisagem


local.
O trânsito dos equipamentos e veículos de serviço desnecessários deverá ser
evitado, tanto quanto possível, para não causar desfiguração, principalmente onde
houver alguma área com relevante interesse paisagístico ou ecológico.
Nas áreas de bota-fora ou empréstimos necessários à realização das valas de
saída que se instalam nas vertentes, deverão ser evitados os lançamentos de materiais
de escavação que possam afetar o sistema de drenagem superficial.

7 REFERÊNCIAS

NORMA ABNT NBR 15715/2009. Sistema de dutos corrugados de polietileno


(PE) para infraestrutura de cabos de energia e telecomunicações – Requisitos. Rio de
Janeiro.

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DREN.075/1 - FORNECIMENTO E ASSENTAMENTO DE DUTOS CORRUGADOS


PEAD 4 X Ø125MM (DE), CONFORME NBR 15715, VALA DE 1020MM X 1120MM,
REATERRO COM MATERIAL DA PROPRIA CAVA, COM ENVELOPAMENTO EM
AREIA OU PÓ DE PEDRA. AF_ITA_09/2014
UNIDADE: m (metro)

ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS

1 GENERALIDADES

Esta Especificação Técnica fixa as condições de execução de uma rede de


dutos composta por 4 dutos com diâmetro externo nominal Ø125 mm, corrugados
flexíveis, espaçados entre seus centros, por 175 mm, fabricado em polietileno de alta
densidade (PEAD), conforme a norma ABNT NBR 15715/2009, com envelopamento
em areia ou pó de pedra, na profundidade mínima de 700 mm do topo do
envelopamento, conforme dimensões e detalhes constantes da figura a seguir.

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Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

Esta especificação abrange os serviços de escavação da vala, apiloamento do


fundo da vala, lançamento dos dutos e acessórios, envelopamento em areia ou pó de
pedra e reaterro compactado da vala.

2 MATERIAIS

2.1 DUTOS

Os bancos e linhas de dutos serão compostos por dutos fabricados em PEAD


(Polietileno de Alta Densidade), de diâmetro externo nominal Ø125 mm, que se
desenvolvem helicoidalmente no sentido do eixo longitudinal e com passo constante,
na cor preta, de seção circular, corrugado, impermeável e com excelente raio de
curvatura, conforme norma ABNT NBR 15715. Deverão ser fornecidos todos os
acessórios recomendados pelo fabricante para a perfeita instalação dos dutos (Ref.:
Kanalex da Kanaflex, Techduto ou equivalente).

2.2 ACESSÓRIOS

Fazem parte da rede de dutos, os seguintes acessórios:

2.2.1 TAMPÃO

Peça em PEAD, de seção circular rosqueável, destinada ao tamponamento dos


dutos corrugados.

2.2.2 TERMINAL

Peça em PEAD, de seção circular rosqueável, obtida através do seccionamento


do tampão de comprimento L.

2.2.3 CONEXÕES

Peça em PEAD, de seção circular, destinada a unir dois dutos corrugados


flexíveis, de mesmo diâmetro nominal, por meio de rosqueamento ou destinada a unir
duto corrugado com outros tubos de face lisa e mesmo diâmetro.

2.2.4 ARAME-GUIA

Arame de aço galvanizado AWG, número 14 (fornecido no interior do duto),


revestido em PVC e destinado ao puxamento primário da corda ou cabo de aço (carga
de ruptura = 500 N).

2.2.5 FITA DE AVISO

Fita plástica, com largura de 100 mm, destinada à sinalização, a cada metro ao
longo da linha de dutos. Deverá ser fabricada na cor laranja para eletrônica e na cor
amarela para energia. Nas fitas, deverão constar as inscrições, “CUIDADO! PERIGO!
TELECOMUNICAÇÕES!” ou “CUIDADO! PERIGO! CABO ALTA TENSÃO!”, conforme
o uso da rede sendo para telecomunicações ou energia, respectivamente.
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Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

2.2.6 KIT FITA DE VEDAÇÃO/FILME DE PVC PARA EMENDA DE DUTO

A fita de vedação ou MASTIQUE tem por objetivo a vedação e consolidação


dos dutos nos pontos de emenda, impedindo a penetração de agentes externos e
garantindo a maleabilidade e a estanqueidade da emenda. Geralmente, é fornecida nas
dimensões de 70 mm x 1,5 mm x 1000 mm. Após a aplicação da fita de vedação,
aplica-se um filme de PVC para proteção em todo o perímetro da conexão.

2.2.7 CAVALETES

Cavalete de madeira ou outro material qualquer, utilizado no lançamento dos


dutos na vala.

2.2.8 ESPAÇADORES

Espaçadores em compensado fino ou tábuas de madeira, utilizados no


lançamento dos dutos na vala.

2.3 MATERIAL PARA ENVELOPAMENTO

O material para envelopamento poderá ser areia ou pó de pedra. O


adensamento deverá ser feito através da adição de água sobre a areia ou pó de pedra,
tomando-se o cuidado de não deixar vazios que possam ocasionar afundamentos
posteriores.

3 EQUIPAMENTOS

A escavação da vala deverá ser executada preferencialmente com escavadeira


hidráulica, podendo ser utilizada retroescavadeira quando o terreno permitir.
Deverá ser utilizado soquete vibratório compactador do tipo sapo para o serviço
de reaterro das valas e compactador manual tipo maço (30 kg) para o serviço de
apiloamento do fundo da vala.

4 EXECUÇÃO

4.1 ESCAVAÇÃO DA VALA

Para a execução do serviço de escavação de vala deverá ser utilizada


preferencialmente escavadeira hidráulica ou, quando o terreno apresentar baixa
resistência, poderá ser utilizada a retroescavadeira. O material proveniente da
escavação deverá ser estocado no local para posterior execução da recomposição do
terreno, sendo o excesso, se for o caso, destinado ao local de bota-fora.
A execução das aberturas das valas para assentamento dos dutos deverá ser
acompanhada de serviços de topografia, onde deverão ser tomados todos os
procedimentos necessários, visando garantir a posição do eixo do envelope, as cotas e
profundidades das redes, as dimensões da seção do envelope e os raios mínimos de
curvatura dos dutos.

Página 175
Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

A largura da vala deverá ser adequada à execução do envelope e, ainda,


permitir uma fácil movimentação dos montadores e auxiliares durante a execução dos
serviços. Sendo assim, para profundidades de vala menores ou iguais a 1,50 m, deverá
ser adotada uma largura adicional mínima de cada lado do envelope de 0,30 m. Para
profundidades de vala maiores que 1,50 m, a largura adicional deverá ser fixada de
acordo com as peculiaridades de cada caso.
O escoramento da vala, quando necessário, deve ser executado de acordo com
um plano previamente apresentado pela CONTRATADA. Cuidados especiais deverão
ser tomados nos casos de profundidades elevadas (maiores que 1,50 m), má qualidade
do solo, reduzida inclinação dos taludes, movimentação de cargas pesadas nas
proximidades, condições climáticas desfavoráveis e proximidades de obras existentes
que possam ser comprometidas pelas escavações. Quando da presença de água no
fundo da vala, recomenda-se a aplicação de uma camada de brita, recoberta com
areia.
As escavações para a rede de dutos deverão ser executadas de forma
mecanizada e a profundidade da vala deve ser tal que o cobrimento mínimo do
envelope seja de 0,70 m.

4.2 PREPARAÇÃO DA BASE

A base deverá ficar uniformemente distribuída e o material convenientemente


compactado. A compactação da base do fundo da vala (apiloamento) deverá ser
executada com compactador manual do tipo maço, de 30 kg.
Quando não indicado em Projeto, o declive da vala, entre duas caixas de
passagem, deverá ser, no mínimo, de 0,5% a fim de proporcionar o escoamento de
água nos eletrodutos, até a caixa de passagem para ser processada a drenagem. Caso
duas caixas de passagem consecutivas estejam posicionadas no mesmo nível, ou a
declividade entre elas for menor do que 0,5%, prepara-se o fundo da vala a fim de que
haja uma elevação no ponto central da rede, entre as caixas de passagem. Essa
elevação deverá forçar uma declividade em torno de 0,5% em direção às caixas de
passagem.
Não deverá haver, entre duas caixas de passagem, pontos baixos que
provoquem acumulação de água nos eletrodutos.

4.3 ASSENTAMENTO DOS ELETRODUTOS

Antes de ser executado o lançamento e o assentamento dos dutos no interior da


vala, deverá ser verificado se a vala está em perfeito estado, isto é, limpa (sem a
presença de agentes externos), a fim de evitar que a linha de dutos seja danificada.
Os dutos deverão ser lançados com o auxílio de cavaletes, de dimensões 2,3 m
x 1,05 m e seu puxamento no interior da vala poderá ser feito com uma corda de sisal
amarrada em sua extremidade. Durante o lançamento, os dutos deverão estar
tamponados.
Os eletrodutos, ao serem colocados na vala deverão ser alinhados e arrumados
com o auxílio de espaçadores de compensado ou outro material qualquer, os quais

Página 176
Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

deverão ser colocados a cada 1,2 m em pontos de reta e a cada 0,8 m em pontos de
curva. Os espaçadores podem ser removidos após o preenchimento dos vazios e
aproveitados ao longo da linha.
As redes serão executadas com dutos corrugados flexíveis em polietileno de alta
densidade (PEAD), de diâmetro externo nominal de 125 mm, conforme NBR 15715. Os
dutos deverão ser instalados com tampões nas extremidades e com arame guia
galvanizado AWG n°14 e revestido em PVC para puxamento primário da corda ou cabo
de aço.
O posicionamento dos eletrodutos em uma rede de dutos deverá ser o mesmo
no trajeto de duas caixas de passagem consecutivas. Quando por ventura, houver
obstáculos, não previstos em Projetos, entre duas caixas de passagem consecutivas,
pode-se adaptar o feixe de eletrodutos de forma a vencê-lo, tendo-se o cuidado em
manter as mesmas posições relativas dos dutos, tanto verticais como horizontais,
mantendo-se assim a mesma formação anteriormente prevista. Na rede subterrânea
não será permitida a redução de diâmetros de eletrodutos. O raio de curvatura mínimo
para a rede de dutos deverá ser aquele raio mínimo permitido para o cabo de maior
bitola que será instalado na rede e deverá ainda ser observado o raio mínimo de
curvatura para eletrodutos.
Quando indicado no Projeto, os eletrodutos deverão ser identificados nas
entradas e saídas das caixas.
Nos locais de travessias ou pisos onde existam circulação de cargas
provenientes de equipamentos, automóveis, caminhões, etc. deverá ser previsto a
execução de placas de concreto armado (testemunho) ao longo e sobre a rede de
eletrodutos para proteção do envelopamento. Também para esse trecho a rede deverá
ser instalada com a parte superior de envelopamento no mínimo a 70 cm do piso
acabado.
As possíveis emendas que possam existir nos dutos deverão ser executadas
perfeitamente, de modo que a areia ou a nata do concreto não penetre e nem obstrua o
interior dos dutos.
Os eletrodutos de reserva deverão, após a limpeza, serem vedadas em ambas
as extremidades com tampões adequados.
Deverão ser instaladas sobre a rede de dutos fitas de aviso a 0,20 m da
superfície e a cada metro ao longo da linha de dutos. Essas fitas devem ter cor laranja
para eletrônica e cor amarela para elétrica e deverão constar as inscrições “CUIDADO!
PERIGO! TELECOMUNICAÇÕES!” ou “CUIDADO! PERIGO! CABO ALTA TENSÃO!”
para redes de telecomunicações ou de energia, respectivamente.

4.4 EXECUÇÃO DO ENVELOPE

Antes da execução do envelope, deverá ser feita uma rigorosa inspeção nos
eletrodutos, pela FISCALIZAÇÃO.
Para assentamentos de dutos corrugados com envelopamento em areia, o fundo
da vala deverá ser revestido previamente com uma camada de 0,06 m de areia,
formando assim um berço para o seu assentamento.

Página 177
Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

A areia a ser usada deverá estar limpa, isenta de materiais orgânicos e sal. O
adensamento deverá ser com água limpa devendo ser evitado excesso que possa
acumular no fundo da vala.
Antes da execução do envelope, os dutos devem estar tracionados e fixados em
suas extremidades, para que seja mantido o perfeito alinhamento.
Após assentados os eletrodutos, deverá ser feita a armação das formas do
envelope, podendo ser de madeira ou outro material, e a areia deverá ser colocada de
maneira uniforme, espalhado e adensado por água distribuída através de uma
mangueira.
As dimensões dos envelopes deverão ser determinadas de acordo com as
seguintes prescrições:
i) A distância mínima entre faces externas de eletrodutos deverá ser de 50
mm;
j) A distância mínima de face externa de um eletroduto à face do envelope
será de 60 mm para as laterais e de 60 mm na parte inferior e superior.

4.5 REATERRO DA VALA

Após a remoção completa dos entulhos e completo esgotamento de água,


deverá ser executado o reaterro da vala, em camadas não superiores a 20 cm de
espessura, através de compactação mecânica com soquete vibratório do tipo Sapo. O
material poderá ser o mesmo que foi retirado quando da abertura das valas, desde que
esteja isento de pedras, detritos e outras impurezas.
As formas não deverão ser retiradas de forma a manter a estrutura dos
envelopes.
Ao ser concluído o reaterro, todo o material remanescente deverá ser removido
para o local de bota-fora aprovado pela Fiscalização. O terreno deverá ser entregue
limpo e nivelado.

5 CONTROLE

5.1 CONTROLE TECNOLÓGICO

Para a verificação do material recebido, deverá ser executado o controle


tecnológico de acordo com as prerrogativas estipuladas pela NBR 15715. De cada lote
de dutos recebido devem ser retiradas amostras para exame dimensional e visual,
escolhidas de forma aleatória, na quantidade estipulada na Tabela 1.

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Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

Tabela 1 – Plano de amostragem para exame dimensional e visual

Tamanho do Tamanho da amostra Número de unidades defeituosas


lote (barras ou 1° amostragem 2° amostragem
rolos) 1ª amostragem 2ª amostragem
Ac-1 Re-1 Ac-2 Re-2
16 a 25 5 - 0 1 - -
26 a 90 8 8 0 2 1 2
91 a 150 13 13 0 3 3 4
151 a 280 20 20 1 4 4 5
281 a 500 32 32 2 5 6 7
501 a 1200 50 50 3 7 8 9
1201 a 3200 80 80 5 9 12 13
3201 a 10000 125 125 7 11 18 19

• O diâmetro externo médio deve ser de (125,0 ± 3,0) mm;


• O comprimento mínimo da bolsa e da ponta deve ser de 70 mm;
Os dutos corrugados devem ser marcados, a cada 2 m, de forma visível e
indelével, podendo ser em relevo, com os seguintes dizeres:
• Nome ou merca de identificação do fabricante;
• A sigla “PE”;
• Quando aplicável, a expressão “NÃO PROPAGANTE DE CHAMA”;
• Número na norma correspondente: NBR 15715;
• A expressão “ENERGIA/TELECOM”;
• Diâmetro externo nominal (DE) correspondente;
• Código que permita a rastreabilidade à sua produção, tal que
contemple um indicador relativo ao mês e ano de fabricação;
Obs.: Para dutos corrugados fornecidos em rolos, admite-se a ocorrência de no
máximo três ausências de marcação a cada 25 m.
As conexões devem ser marcadas de forma visível e indelével, podendo ser em
relevo, com os seguintes dizeres:
• Nome ou marca de identificação do fabricante;
• Diâmetro externo nominal (DE) do fabricante;
• Sigla que identifique o tipo de material: PE, PP ou PVC;
• Número da norma correspondente: NBR 15715;

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• Quando aplicável, a sigla “NP” para materiais não propagante a


chama.
Para cada lote de dutos corrugados inspecionado, o relatório de resultados de
inspeção deve conter no mínimo o seguinte:
• Diâmetro externo nominal (DE);
• Código de rastreabilidade;
• Tamanho do lote inspecionado, em metros, e número de barras ou
rolos;
• Resultado dos ensaios de recebimento;
• Informação de que o lote atende ou não às especificações.

6 MEDIÇÃO

A medição para este serviço será realizada na unidade de medida “metro linear”
de banco de dutos com 2 eletrodutos PEAD, instalados e assentados, medidos in loco.
Os serviços serão pagos pelos preços unitários contratuais, em conformidade
com a medição anterior, que remuneram, além da escavação, do reaterro, da aquisição
dos materiais, do preparo e do transporte ao local de aplicação, os custos diretos e
indiretos de todas as operações, equipamentos, encargos gerais, mão-de-obra e leis
sociais, necessários à completa execução dos serviços.

7 ASPECTOS AMBIENTAIS

No decorrer das operações destinadas às execuções dos dispositivos de


drenagem deverão ser observados cuidados visando à preservação do meio ambiente,
tais que:
Quando houver excesso de material de escavação ou sobras, deverá ser
removido das proximidades dos dispositivos, de modo a não provocar o seu
entupimento, sendo conduzido para bota-fora licenciado ambientalmente indicado pela
contratada.
O material excedente removido será transportado para local pré-definido em
conjunto com a fiscalização cuidando-se ainda para que este material não seja
conduzido para os cursos d’agua, de modo a não causar assoreamento.
Nos pontos de deságue dos dispositivos deverão ser executadas obras de
proteção de forma a evitar a erosão das vertentes ou assoreamento de cursos d’agua.
Em todos os locais onde ocorrerem escavações ou aterros necessários à
implantação da obra deverá ser feito revestimento vegetal adequado dos bota-foras, a
fim de proporcionar a manutenção das condições locais e incorporá-los à paisagem
local.
O trânsito dos equipamentos e veículos de serviço desnecessários deverá ser
evitado, tanto quanto possível, para não causar desfiguração, principalmente onde
houver alguma área com relevante interesse paisagístico ou ecológico.

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Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

Nas áreas de bota-fora ou empréstimos necessários à realização das valas de


saída que se instalam nas vertentes, deverão ser evitados os lançamentos de materiais
de escavação que possam afetar o sistema de drenagem superficial.

8 REFERÊNCIAS

NORMA ABNT NBR 15715/2009. Sistema de dutos corrugados de polietileno


(PE) para infraestrutura de cabos de energia e telecomunicações – Requisitos. Rio de
Janeiro.

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DREN.076/1 - FORNECIMENTO E ASSENTAMENTO DE DUTOS CORRUGADOS


PEAD 4 X Ø125MM (DE), CONFORME NBR 15715, VALA DE 1020MM X 1120MM,
REATERRO COM MATERIAL DA PROPRIA CAVA, COM ENVELOPAMENTO EM
CONCRETO. AF_ITA_09/2014
UNIDADE: m (metro)

ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS

1 GENERALIDADES

Esta Especificação Técnica fixa as condições de execução de uma rede de


dutos composta por 4 dutos com diâmetro externo nominal Ø125 mm, corrugados
flexíveis, espaçados entre seus centros, por 175 mm, fabricado em polietileno de alta
densidade (PEAD), conforme a norma ABNT NBR 15715/2009, com envelopamento
em concreto, na profundidade mínima de 700 mm do topo do envelopamento, conforme
dimensões e detalhes constantes da figura a seguir.

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Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

Esta especificação abrange os serviços de escavação da vala, apiloamento do


fundo da vala, lançamento dos dutos e acessórios, envelopamento em concreto e
reaterro compactado da vala.

2 MATERIAIS

2.1 DUTOS

Os bancos e linhas de dutos serão compostos por dutos fabricados em PEAD


(Polietileno de Alta Densidade), de diâmetro externo nominal Ø125 mm, que se
desenvolvem helicoidalmente no sentido do eixo longitudinal e com passo constante,
na cor preta, de seção circular, corrugado, impermeável e com excelente raio de
curvatura, conforme norma ABNT NBR 15715. Deverão ser fornecidos todos os
acessórios recomendados pelo fabricante para a perfeita instalação dos dutos (Ref.:
Kanalex da Kanaflex, Techduto ou equivalente).

2.2 ACESSÓRIOS

Fazem parte da rede de dutos, os seguintes acessórios:

2.2.1 TAMPÃO

Peça em PEAD, de seção circular rosqueável, destinada ao tamponamento dos


dutos corrugados.

2.2.2 TERMINAL

Peça em PEAD, de seção circular rosqueável, obtida através do seccionamento


do tampão de comprimento L.

2.2.3 CONEXÕES

Peça em PEAD, de seção circular, destinada a unir dois dutos corrugados


flexíveis, de mesmo diâmetro nominal, por meio de rosqueamento ou destinada a unir
duto corrugado com outros tubos de face lisa e mesmo diâmetro.

2.2.4 ARAME-GUIA

Arame de aço galvanizado AWG, número 14 (fornecido no interior do duto),


revestido em PVC e destinado ao puxamento primário da corda ou cabo de aço (carga
de ruptura = 500 N).

2.2.5 FITA DE AVISO

Fita plástica, com largura de 100 mm, destinada à sinalização, a cada metro ao
longo da linha de dutos. Deverá ser fabricada na cor laranja para eletrônica e na cor
amarela para energia. Nas fitas deverão constar as inscrições, “CUIDADO! PERIGO!

Página 183
Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

TELECOMUNICAÇÕES!” ou “CUIDADO! PERIGO! CABO ALTA TENSÃO!”, conforme


o uso da rede sendo para telecomunicações ou energia, respectivamente.

2.2.6 KIT FITA DE VEDAÇÃO/FILME DE PVC PARA EMENDA DE DUTO

A fita de vedação ou MASTIQUE tem por objetivo a vedação e consolidação


dos dutos nos pontos de emenda, impedindo a penetração de agentes externos e
garantindo a maleabilidade e a estanqueidade da emenda. Geralmente, é fornecida nas
dimensões de 70 mm x 1,5 mm x 1000 mm. Após a aplicação da fita de vedação,
aplica-se um filme de PVC para proteção em todo o perímetro da conexão.

2.2.7 CAVALETES

Cavalete de madeira ou outro material qualquer, utilizado no lançamento dos


dutos na vala.

2.2.8 ESPAÇADORES

Espaçadores em compensado fino ou tábuas de madeira, utilizados no


lançamento dos dutos na vala.

2.3 MATERIAL PARA ENVELOPAMENTO

O material a ser empregado nos envelopes deverá será ser concreto simples,
moldado “in loco” e com tensão mínima de ruptura aos 28 dias (fck) de 15 MPa.

2.4 EQUIPAMENTOS

A escavação da vala deverá ser executada preferencialmente com escavadeira


hidráulica, podendo ser utilizada retroescavadeira quando o terreno permitir;
Deverá ser utilizado soquete vibratório compactador do tipo sapo para o serviço
de reaterro das valas e compactador manual tipo maço (30 kg) para o serviço de
apiloamento do fundo da vala;

3 EXECUÇÃO

3.1 ESCAVAÇÃO DA VALA

Para a execução do serviço de escavação de vala deverá ser utilizada


preferencialmente escavadeira hidráulica ou, quando o terreno apresentar baixa
resistência, poderá ser utilizada a retroescavadeira. O material proveniente da
escavação deverá ser estocado no local para posterior execução da recomposição do
terreno, sendo o excesso, se for o caso, destinado ao local de bota-fora.
A execução das aberturas das valas para assentamento dos dutos deverá ser
acompanhada de serviços de topografia, onde deverão ser tomados todos os
procedimentos necessários, visando garantir a posição do eixo do envelope, as cotas e
profundidades das redes, as dimensões da seção do envelope e os raios mínimos de
curvatura dos dutos.
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Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

A largura da vala deverá ser adequada à execução do envelope e, ainda,


permitir uma fácil movimentação dos montadores e auxiliares durante a execução dos
serviços. Sendo assim, para profundidades de vala menores ou iguais a 1,50 m, deverá
ser adotada uma largura adicional mínima de cada lado do envelope de 0,30 m. Para
profundidades de vala maiores que 1,50 m, a largura adicional deverá ser fixada de
acordo com as peculiaridades de cada caso.
O escoramento da vala, quando necessário, deve ser executado de acordo com
um plano previamente apresentado pela CONTRATADA. Cuidados especiais deverão
ser tomados nos casos de profundidades elevadas (maiores que 1,50 m), má qualidade
do solo, reduzida inclinação dos taludes, movimentação de cargas pesadas nas
proximidades, condições climáticas desfavoráveis e proximidades de obras existentes
que possam ser comprometidas pelas escavações. Quando da presença de água no
fundo da vala, recomenda-se a aplicação de uma camada de brita, recoberta com
areia.
As escavações para a rede de dutos deverão ser executadas de forma
mecanizada e a profundidade da vala deve ser tal que o cobrimento mínimo do
envelope seja de 0,70 m.

3.2 PREPARAÇÃO DA BASE

A base deverá ficar uniformemente distribuída e o material convenientemente


compactado. A compactação da base do fundo da vala (apiloamento) deverá ser
executada com compactador manual do tipo maço, de 30 kg.
Quando não indicado em Projeto, o declive da vala, entre duas caixas de
passagem, deverá ser, no mínimo, de 0,5% a fim de proporcionar o escoamento de
água nos eletrodutos, até a caixa de passagem para ser processada a drenagem. Caso
duas caixas de passagem consecutivas estejam posicionadas no mesmo nível, ou a
declividade entre elas for menor do que 0,5%, prepara-se o fundo da vala a fim de que
haja uma elevação no ponto central da rede, entre as caixas de passagem. Essa
elevação deverá forçar uma declividade em torno de 0,5% em direção às caixas de
passagem.
Não deverá haver, entre duas caixas de passagem, pontos baixos que
provoquem acumulação de água nos eletrodutos.

3.3 ASSENTAMENTO DOS ELETRODUTOS

Antes de ser executado o lançamento e o assentamento dos dutos no interior da


vala, deverá ser verificado se a vala está em perfeito estado, isto é, limpa (sem a
presença de agentes externos), a fim de evitar que a linha de dutos seja danificada.
Os dutos deverão ser lançados com o auxílio de cavaletes, de dimensões 2,3 m
x 1,05 m e seu puxamento no interior da vala poderá ser feito com uma corda de sisal
amarrada em sua extremidade. Durante o lançamento, os dutos deverão estar
tamponados.
Os eletrodutos, ao serem colocados na vala deverão ser alinhados e arrumados
com o auxílio de espaçadores de compensado ou outro material qualquer, os quais

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Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

deverão ser colocados a cada 1,2 m em pontos de reta e a cada 0,8 m em pontos de
curva. Os espaçadores podem ser removidos após o preenchimento dos vazios e
aproveitados ao longo da linha.
As redes serão executadas com dutos corrugados flexíveis em polietileno de alta
densidade (PEAD), de diâmetro externo nominal de 125 mm, conforme NBR 15715. Os
dutos deverão ser instalados com tampões nas extremidades e com arame guia
galvanizado AWG n°14 e revestido em PVC para puxamento primário da corda ou cabo
de aço.
O posicionamento dos eletrodutos em uma rede de dutos deverá ser o mesmo
no trajeto de duas caixas de passagem consecutivas. Quando por ventura, houver
obstáculos, não previstos em Projetos, entre duas caixas de passagem consecutivas,
pode-se adaptar o feixe de eletrodutos de forma a vencê-lo, tendo-se o cuidado em
manter as mesmas posições relativas dos dutos, tanto verticais como horizontais,
mantendo-se assim a mesma formação anteriormente prevista. Na rede subterrânea
não será permitida a redução de diâmetros de eletrodutos. O raio de curvatura mínimo
para a rede de dutos deverá ser aquele raio mínimo permitido para o cabo de maior
bitola que será instalado na rede e deverá ainda ser observado o raio mínimo de
curvatura para eletrodutos.
Quando indicado no Projeto, os eletrodutos deverão ser identificados nas
entradas e saídas das caixas.
Nos locais de travessias ou pisos onde existam circulação de cargas
provenientes de equipamentos, automóveis, caminhões, etc. deverá ser previsto a
execução de placas de concreto armado (testemunho) ao longo e sobre a rede de
eletrodutos para proteção do envelopamento. Também para esse trecho a rede deverá
ser instalada com a parte superior de envelopamento no mínimo a 70 cm do piso
acabado.
As possíveis emendas que possam existir nos dutos deverão ser executadas
perfeitamente, de modo que a areia ou a nata do concreto não penetre e nem obstrua o
interior dos dutos.
Os eletrodutos de reserva deverão, após a limpeza, serem vedadas em ambas
as extremidades com tampões adequados.
Deverão ser instaladas sobre a rede de dutos fitas de aviso a 0,20 m da
superfície e a cada metro ao longo da linha de dutos. Essas fitas devem ter cor laranja
para eletrônica e cor amarela para elétrica e deverão constar as inscrições “CUIDADO!
PERIGO! TELECOMUNICAÇÕES!” ou “CUIDADO! PERIGO! CABO ALTA TENSÃO!”
para redes de telecomunicações ou de energia, respectivamente.
Para assentamentos de dutos corrugados com envelopamento em concreto, o
fundo da vala deverá ser revestido com uma camada de 0,06 m de concreto, formando
assim um berço para o seu assentamento.

3.4 CONCRETAGEM DO ENVELOPE

Antes da concretagem do envelope, deverá ser feita uma rigorosa inspeção nos
eletrodutos, pela FISCALIZAÇÃO.

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Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

O concreto a ser empregado na fabricação dos envelopes deverá ser concreto


simples, moldado “in loco” e com tensão mínima de ruptura aos 28 dias (fck) de 15 MPa.
A areia a ser usada deverá ser limpa, isenta de materiais orgânicos e sal. A
quantidade de água a ser usada deverá ser a indispensável para permitir a
maleabilidade do concreto, portanto, deverá evitar-se o excesso de água para não
reduzir a tensão de ruptura.
Antes da concretagem do envelope, os dutos devem estar tracionados e fixados
em suas extremidades, para que seja mantido o perfeito alinhamento.
Após assentados os eletrodutos, deverá ser feita a armação das formas do
envelope, podendo ser de madeira ou outro material, e o concreto deverá ser colocado
de maneira uniforme, espalhado e adensado por meio de hastes vibratórias, a fim de
preencher todos os espaços vazios. Deverão evitar-se esforços mecânicos nos
eletrodutos devido à vibração. O concreto nunca deverá ser lançado diretamente da
“bica” da betoneira sobre a linha de dutos, evitando-se assim que ocorra a inversão das
camadas, desalinhamento do banco de dutos e desagregação do concreto.
Quando a concretagem de um trecho for, por qualquer motivo, interrompida, a
extremidade do concreto deverá ser inclinada e não lisa, a fim de não formar face
vertical. Os eletrodutos deverão sobressair de, no mínimo, 50 cm do envelope e as
extremidades dos dutos deverão ser tampadas por meio adequado.
Poderão ser utilizadas “baias” ao longo da vala, a fim de facilitar o lançamento
do concreto.
O envelope deve ser projetado a fim de não haver acúmulo de água no interior
dos eletrodutos. Não devem existir pontos baixos na rede entre extremidades do
segmento do envelope.
As dimensões dos envelopes deverão ser determinadas de acordo com as
seguintes prescrições:
k) A distância mínima entre faces externas de eletrodutos deverá ser de 50
mm;
l) A distância mínima de face externa de um eletroduto à face do envelope
será de 60 mm para as laterais e de 60 mm na parte inferior e superior.

3.5 REATERRO DA VALA

Após a remoção completa das formas, entulhos e completo esgotamento de


água, deverá ser executado o reaterro da vala, em camadas não superiores a 20 cm de
espessura, através de compactação mecânica com soquete vibratório do tipo Sapo. O
material poderá ser o mesmo que foi retirado quando da abertura das valas, desde que
esteja isento de pedras, detritos e outras impurezas.
Ao ser concluído o reaterro, todo o material remanescente deverá ser removido
para o local de bota-fora aprovado pela Fiscalização. O terreno deverá ser entregue
limpo e nivelado.

4 CONTROLE

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Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

4.1 CONTROLE TECNOLÓGICO

Para a verificação do material recebido, deverá ser executado o controle


tecnológico de acordo com as prerrogativas estipuladas pela NBR 15715. De cada lote
de dutos recebido devem ser retiradas amostras para exame dimensional e visual,
escolhidas de forma aleatória, na quantidade estipulada na Tabela 1.

Tabela 1 – Plano de amostragem para exame dimensional e visual

Tamanho do Tamanho da amostra Número de unidades defeituosas


lote (barras ou 1° amostragem 2° amostragem
rolos) 1ª amostragem 2ª amostragem
Ac-1 Re-1 Ac-2 Re-2
16 a 25 5 - 0 1 - -
26 a 90 8 8 0 2 1 2
91 a 150 13 13 0 3 3 4
151 a 280 20 20 1 4 4 5
281 a 500 32 32 2 5 6 7
501 a 1200 50 50 3 7 8 9
1201 a 3200 80 80 5 9 12 13
3201 a 10000 125 125 7 11 18 19

• O diâmetro externo médio deve ser de (125,0 ± 3,0) mm;


• O comprimento mínimo da bolsa e da ponta deve ser de 70 mm;
Os dutos corrugados devem ser marcados, a cada 2 m, de forma visível e
indelével, podendo ser em relevo, com os seguintes dizeres:
• Nome ou merca de identificação do fabricante;
• A sigla “PE”;
• Quando aplicável, a expressão “NÃO PROPAGANTE DE CHAMA”;
• Número na norma correspondente: NBR 15715;
• A expressão “ENERGIA/TELECOM”;
• Diâmetro externo nominal (DE) correspondente;
• Código que permita a rastreabilidade à sua produção, tal que
contemple um indicador relativo ao mês e ano de fabricação;
Obs.: Para dutos corrugados fornecidos em rolos, admite-se a ocorrência de no
máximo três ausências de marcação a cada 25 m.
As conexões devem ser marcadas de forma visível e indelével, podendo ser em
relevo, com os seguintes dizeres:

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Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

• Nome ou marca de identificação do fabricante;


• Diâmetro externo nominal (DE) do fabricante;
• Sigla que identifique o tipo de material: PE, PP ou PVC;
• Número da norma correspondente: NBR 15715;
• Quando aplicável, a sigla “NP” para materiais não propagante a
chama.
Para cada lote de dutos corrugados inspecionado, o relatório de resultados de
inspeção deve conter no mínimo o seguinte:
• Diâmetro externo nominal (DE);
• Código de rastreabilidade;
• Tamanho do lote inspecionado, em metros, e número de barras ou
rolos;
• Resultado dos ensaios de recebimento;
• Informação de que o lote atende ou não às especificações.

5 MEDIÇÃO

A medição para este serviço será realizada na unidade de medida “metro linear”
de banco de dutos com 2 eletrodutos PEAD, instalados e assentados, medidos in loco.
Os serviços serão pagos pelos preços unitários contratuais, em conformidade
com a medição anterior, que remuneram, além da escavação, do reaterro, da aquisição
dos materiais, do preparo e do transporte ao local de aplicação, os custos diretos e
indiretos de todas as operações, equipamentos, encargos gerais, mão-de-obra e leis
sociais, necessários à completa execução dos serviços.

6 ASPECTOS AMBIENTAIS

No decorrer das operações destinadas às execuções dos dispositivos de


drenagem deverão ser observados cuidados visando à preservação do meio ambiente,
tais que:
Quando houver excesso de material de escavação ou sobras, deverá ser
removido das proximidades dos dispositivos, de modo a não provocar o seu
entupimento, sendo conduzido para bota-fora licenciado ambientalmente indicado pela
contratada.
O material excedente removido será transportado para local pré-definido em
conjunto com a fiscalização cuidando-se ainda para que este material não seja
conduzido para os cursos d’agua, de modo a não causar assoreamento.
Nos pontos de deságue dos dispositivos deverão ser executadas obras de
proteção de forma a evitar a erosão das vertentes ou assoreamento de cursos d’agua.
Em todos os locais onde ocorrerem escavações ou aterros necessários à
implantação da obra deverá ser feito revestimento vegetal adequado dos bota-foras, a
Página 189
Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

fim de proporcionar a manutenção das condições locais e incorporá-los à paisagem


local.
O trânsito dos equipamentos e veículos de serviço desnecessários deverá ser
evitado, tanto quanto possível, para não causar desfiguração, principalmente onde
houver alguma área com relevante interesse paisagístico ou ecológico.
Nas áreas de bota-fora ou empréstimos necessários à realização das valas de
saída que se instalam nas vertentes, deverão ser evitados os lançamentos de materiais
de escavação que possam afetar o sistema de drenagem superficial.

7 REFERÊNCIAS

NORMA ABNT NBR 15715/2009. Sistema de dutos corrugados de polietileno


(PE) para infraestrutura de cabos de energia e telecomunicações – Requisitos. Rio de
Janeiro.

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Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

DREN.077/1 - FORNECIMENTO E ASSENTAMENTO DE DUTOS CORRUGADOS


PEAD 6 X Ø125MM (DE), CONFORME NBR 15715, VALA DE 1195MM X 1120MM,
REATERRO COM MATERIAL DA PROPRIA CAVA, COM ENVELOPAMENTO EM
AREIA OU PÓ DE PEDRA. AF_ITA_09/2014
UNIDADE: m (metro)

ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS

1 GENERALIDADES

Esta Especificação Técnica fixa as condições de execução de uma rede de


dutos composta por 6 dutos com diâmetro externo nominal Ø125 mm, corrugados
flexíveis, espaçados entre seus centros, por 175 mm, fabricado em polietileno de alta
densidade (PEAD), conforme a norma ABNT NBR 15715/2009, com envelopamento
em areia ou pó de pedra, na profundidade mínima de 700 mm do topo do
envelopamento, conforme dimensões e detalhes constantes da figura a seguir.

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Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

Esta especificação abrange os serviços de escavação da vala, apiloamento do


fundo da vala, lançamento dos dutos e acessórios, envelopamento em areia ou pó de
pedra e reaterro compactado da vala.

2 MATERIAIS

2.1 DUTOS

Os bancos e linhas de dutos serão compostos por dutos fabricados em PEAD


(Polietileno de Alta Densidade), de diâmetro externo nominal Ø125 mm, que se
desenvolvem helicoidalmente no sentido do eixo longitudinal e com passo constante,
na cor preta, de seção circular, corrugado, impermeável e com excelente raio de
curvatura, conforme norma ABNT NBR 15715. Deverão ser fornecidos todos os
acessórios recomendados pelo fabricante para a perfeita instalação dos dutos (Ref.:
Kanalex da Kanaflex, Techduto ou equivalente).

2.2 ACESSÓRIOS

Fazem parte da rede de dutos, os seguintes acessórios:

2.2.1 TAMPÃO

Peça em PEAD, de seção circular rosqueável, destinada ao tamponamento dos


dutos corrugados.

2.2.2 TERMINAL

Peça em PEAD, de seção circular rosqueável, obtida através do seccionamento


do tampão de comprimento L.

2.2.3 CONEXÕES

Peça em PEAD, de seção circular, destinada a unir dois dutos corrugados


flexíveis, de mesmo diâmetro nominal, por meio de rosqueamento ou destinada a unir
duto corrugado com outros tubos de face lisa e mesmo diâmetro.

2.2.4 ARAME-GUIA

Arame de aço galvanizado AWG, número 14 (fornecido no interior do duto),


revestido em PVC e destinado ao puxamento primário da corda ou cabo de aço (carga
de ruptura = 500 N).

2.2.5 FITA DE AVISO

Fita plástica, com largura de 100 mm, destinada à sinalização, a cada metro ao
longo da linha de dutos. Deverá ser fabricada na cor laranja para eletrônica e na cor
amarela para energia. Nas fitas, deverão constar as inscrições, “CUIDADO! PERIGO!
TELECOMUNICAÇÕES!” ou “CUIDADO! PERIGO! CABO ALTA TENSÃO!”, conforme
o uso da rede sendo para telecomunicações ou energia, respectivamente.
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Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

2.2.6 KIT FITA DE VEDAÇÃO/FILME DE PVC PARA EMENDA DE DUTO

A fita de vedação ou MASTIQUE tem por objetivo a vedação e consolidação


dos dutos nos pontos de emenda, impedindo a penetração de agentes externos e
garantindo a maleabilidade e a estanqueidade da emenda. Geralmente, é fornecida nas
dimensões de 70 mm x 1,5 mm x 1000 mm. Após a aplicação da fita de vedação,
aplica-se um filme de PVC para proteção em todo o perímetro da conexão.

2.2.7 CAVALETES

Cavalete de madeira ou outro material qualquer, utilizado no lançamento dos


dutos na vala.

2.2.8 ESPAÇADORES

Espaçadores em compensado fino ou tábuas de madeira, utilizados no


lançamento dos dutos na vala.

2.3 MATERIAL PARA ENVELOPAMENTO

O material para envelopamento poderá ser areia ou pó de pedra. O


adensamento deverá ser feito através da adição de água sobre a areia ou pó de pedra,
tomando-se o cuidado de não deixar vazios que possam ocasionar afundamentos
posteriores.

3 EQUIPAMENTOS

A escavação da vala deverá ser executada preferencialmente com escavadeira


hidráulica, podendo ser utilizada retroescavadeira quando o terreno permitir.
Deverá ser utilizado soquete vibratório compactador do tipo sapo para o serviço
de reaterro das valas e compactador manual tipo maço (30 kg) para o serviço de
apiloamento do fundo da vala.

4 EXECUÇÃO

4.1 ESCAVAÇÃO DA VALA

Para a execução do serviço de escavação de vala deverá ser utilizada


preferencialmente escavadeira hidráulica ou, quando o terreno apresentar baixa
resistência, poderá ser utilizada a retroescavadeira. O material proveniente da
escavação deverá ser estocado no local para posterior execução da recomposição do
terreno, sendo o excesso, se for o caso, destinado ao local de bota-fora.
A execução das aberturas das valas para assentamento dos dutos deverá ser
acompanhada de serviços de topografia, onde deverão ser tomados todos os
procedimentos necessários, visando garantir a posição do eixo do envelope, as cotas e
profundidades das redes, as dimensões da seção do envelope e os raios mínimos de
curvatura dos dutos.

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Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

A largura da vala deverá ser adequada à execução do envelope e, ainda,


permitir uma fácil movimentação dos montadores e auxiliares durante a execução dos
serviços. Sendo assim, para profundidades de vala menores ou iguais a 1,50 m, deverá
ser adotada uma largura adicional mínima de cada lado do envelope de 0,30 m. Para
profundidades de vala maiores que 1,50 m, a largura adicional deverá ser fixada de
acordo com as peculiaridades de cada caso.
O escoramento da vala, quando necessário, deve ser executado de acordo com
um plano previamente apresentado pela CONTRATADA. Cuidados especiais deverão
ser tomados nos casos de profundidades elevadas (maiores que 1,50 m), má qualidade
do solo, reduzida inclinação dos taludes, movimentação de cargas pesadas nas
proximidades, condições climáticas desfavoráveis e proximidades de obras existentes
que possam ser comprometidas pelas escavações. Quando da presença de água no
fundo da vala, recomenda-se a aplicação de uma camada de brita, recoberta com
areia.
As escavações para a rede de dutos deverão ser executadas de forma
mecanizada e a profundidade da vala deve ser tal que o cobrimento mínimo do
envelope seja de 0,70 m.

4.2 PREPARAÇÃO DA BASE

A base deverá ficar uniformemente distribuída e o material convenientemente


compactado. A compactação da base do fundo da vala (apiloamento) deverá ser
executada com compactador manual do tipo maço, de 30 kg.
Quando não indicado em Projeto, o declive da vala, entre duas caixas de
passagem, deverá ser, no mínimo, de 0,5% a fim de proporcionar o escoamento de
água nos eletrodutos, até a caixa de passagem para ser processada a drenagem. Caso
duas caixas de passagem consecutivas estejam posicionadas no mesmo nível, ou a
declividade entre elas for menor do que 0,5%, prepara-se o fundo da vala a fim de que
haja uma elevação no ponto central da rede, entre as caixas de passagem. Essa
elevação deverá forçar uma declividade em torno de 0,5% em direção às caixas de
passagem.
Não deverá haver, entre duas caixas de passagem, pontos baixos que
provoquem acumulação de água nos eletrodutos.

4.3 ASSENTAMENTO DOS ELETRODUTOS

Antes de ser executado o lançamento e o assentamento dos dutos no interior da


vala, deverá ser verificado se a vala está em perfeito estado, isto é, limpa (sem a
presença de agentes externos), a fim de evitar que a linha de dutos seja danificada.
Os dutos deverão ser lançados com o auxílio de cavaletes, de dimensões 2,3 m
x 1,05 m e seu puxamento no interior da vala poderá ser feito com uma corda de sisal
amarrada em sua extremidade. Durante o lançamento, os dutos deverão estar
tamponados.
Os eletrodutos, ao serem colocados na vala deverão ser alinhados e arrumados
com o auxílio de espaçadores de compensado ou outro material qualquer, os quais

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Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

deverão ser colocados a cada 1,2 m em pontos de reta e a cada 0,8 m em pontos de
curva. Os espaçadores podem ser removidos após o preenchimento dos vazios e
aproveitados ao longo da linha.
As redes serão executadas com dutos corrugados flexíveis em polietileno de alta
densidade (PEAD), de diâmetro externo nominal de 125 mm, conforme NBR 15715. Os
dutos deverão ser instalados com tampões nas extremidades e com arame guia
galvanizado AWG n°14 e revestido em PVC para puxamento primário da corda ou cabo
de aço.
O posicionamento dos eletrodutos em uma rede de dutos deverá ser o mesmo
no trajeto de duas caixas de passagem consecutivas. Quando por ventura, houver
obstáculos, não previstos em Projetos, entre duas caixas de passagem consecutivas,
pode-se adaptar o feixe de eletrodutos de forma a vencê-lo, tendo-se o cuidado em
manter as mesmas posições relativas dos dutos, tanto verticais como horizontais,
mantendo-se assim a mesma formação anteriormente prevista. Na rede subterrânea
não será permitida a redução de diâmetros de eletrodutos. O raio de curvatura mínimo
para a rede de dutos deverá ser aquele raio mínimo permitido para o cabo de maior
bitola que será instalado na rede e deverá ainda ser observado o raio mínimo de
curvatura para eletrodutos.
Quando indicado no Projeto, os eletrodutos deverão ser identificados nas
entradas e saídas das caixas.
Nos locais de travessias ou pisos onde existam circulação de cargas
provenientes de equipamentos, automóveis, caminhões, etc. deverá ser previsto a
execução de placas de concreto armado (testemunho) ao longo e sobre a rede de
eletrodutos para proteção do envelopamento. Também para esse trecho a rede deverá
ser instalada com a parte superior de envelopamento no mínimo a 70 cm do piso
acabado.
As possíveis emendas que possam existir nos dutos deverão ser executadas
perfeitamente, de modo que a areia ou a nata do concreto não penetre e nem obstrua o
interior dos dutos.
Os eletrodutos de reserva deverão, após a limpeza, serem vedadas em ambas
as extremidades com tampões adequados.
Deverão ser instaladas sobre a rede de dutos fitas de aviso a 0,20 m da
superfície e a cada metro ao longo da linha de dutos. Essas fitas devem ter cor laranja
para eletrônica e cor amarela para elétrica e deverão constar as inscrições “CUIDADO!
PERIGO! TELECOMUNICAÇÕES!” ou “CUIDADO! PERIGO! CABO ALTA TENSÃO!”
para redes de telecomunicações ou de energia, respectivamente.

4.4 EXECUÇÃO DO ENVELOPE

Antes da execução do envelope, deverá ser feita uma rigorosa inspeção nos
eletrodutos, pela FISCALIZAÇÃO.
Para assentamentos de dutos corrugados com envelopamento em areia, o fundo
da vala deverá ser revestido previamente com uma camada de 0,06 m de areia,
formando assim um berço para o seu assentamento.

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Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

A areia a ser usada deverá estar limpa, isenta de materiais orgânicos e sal. O
adensamento deverá ser com água limpa devendo ser evitado excesso que possa
acumular no fundo da vala.
Antes da execução do envelope, os dutos devem estar tracionados e fixados em
suas extremidades, para que seja mantido o perfeito alinhamento.
Após assentados os eletrodutos, deverá ser feita a armação das formas do
envelope, podendo ser de madeira ou outro material, e a areia deverá ser colocada de
maneira uniforme, espalhado e adensado por água distribuída através de uma
mangueira.
As dimensões dos envelopes deverão ser determinadas de acordo com as
seguintes prescrições:
m) A distância mínima entre faces externas de eletrodutos deverá ser de 50
mm;
n) A distância mínima de face externa de um eletroduto à face do envelope
será de 60 mm para as laterais e de 60 mm na parte inferior e superior.

4.5 REATERRO DA VALA

Após a remoção completa dos entulhos e completo esgotamento de água,


deverá ser executado o reaterro da vala, em camadas não superiores a 20 cm de
espessura, através de compactação mecânica com soquete vibratório do tipo Sapo. O
material poderá ser o mesmo que foi retirado quando da abertura das valas, desde que
esteja isento de pedras, detritos e outras impurezas.
As formas não deverão ser retiradas de forma a manter a estrutura dos
envelopes.
Ao ser concluído o reaterro, todo o material remanescente deverá ser removido
para o local de bota-fora aprovado pela Fiscalização. O terreno deverá ser entregue
limpo e nivelado.

5 CONTROLE

5.1 CONTROLE TECNOLÓGICO

Para a verificação do material recebido, deverá ser executado o controle


tecnológico de acordo com as prerrogativas estipuladas pela NBR 15715. De cada lote
de dutos recebido devem ser retiradas amostras para exame dimensional e visual,
escolhidas de forma aleatória, na quantidade estipulada na Tabela 1.

Página 196
Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

Tabela 1 – Plano de amostragem para exame dimensional e visual

Tamanho do Tamanho da amostra Número de unidades defeituosas


lote (barras ou 1° amostragem 2° amostragem
rolos) 1ª amostragem 2ª amostragem
Ac-1 Re-1 Ac-2 Re-2
16 a 25 5 - 0 1 - -
26 a 90 8 8 0 2 1 2
91 a 150 13 13 0 3 3 4
151 a 280 20 20 1 4 4 5
281 a 500 32 32 2 5 6 7
501 a 1200 50 50 3 7 8 9
1201 a 3200 80 80 5 9 12 13
3201 a 10000 125 125 7 11 18 19

• O diâmetro externo médio deve ser de (125,0 ± 3,0) mm;


• O comprimento mínimo da bolsa e da ponta deve ser de 70 mm;
Os dutos corrugados devem ser marcados, a cada 2 m, de forma visível e
indelével, podendo ser em relevo, com os seguintes dizeres:
• Nome ou merca de identificação do fabricante;
• A sigla “PE”;
• Quando aplicável, a expressão “NÃO PROPAGANTE DE CHAMA”;
• Número na norma correspondente: NBR 15715;
• A expressão “ENERGIA/TELECOM”;
• Diâmetro externo nominal (DE) correspondente;
• Código que permita a rastreabilidade à sua produção, tal que
contemple um indicador relativo ao mês e ano de fabricação;
Obs.: Para dutos corrugados fornecidos em rolos, admite-se a ocorrência de no
máximo três ausências de marcação a cada 25 m.
As conexões devem ser marcadas de forma visível e indelével, podendo ser em
relevo, com os seguintes dizeres:
• Nome ou marca de identificação do fabricante;
• Diâmetro externo nominal (DE) do fabricante;
• Sigla que identifique o tipo de material: PE, PP ou PVC;
• Número da norma correspondente: NBR 15715;

Página 197
Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

• Quando aplicável, a sigla “NP” para materiais não propagante a


chama.
Para cada lote de dutos corrugados inspecionado, o relatório de resultados de
inspeção deve conter no mínimo o seguinte:
• Diâmetro externo nominal (DE);
• Código de rastreabilidade;
• Tamanho do lote inspecionado, em metros, e número de barras ou
rolos;
• Resultado dos ensaios de recebimento;
• Informação de que o lote atende ou não às especificações.

6 MEDIÇÃO

A medição para este serviço será realizada na unidade de medida “metro linear”
de banco de dutos com 2 eletrodutos PEAD, instalados e assentados, medidos in loco.
Os serviços serão pagos pelos preços unitários contratuais, em conformidade
com a medição anterior, que remuneram, além da escavação, do reaterro, da aquisição
dos materiais, do preparo e do transporte ao local de aplicação, os custos diretos e
indiretos de todas as operações, equipamentos, encargos gerais, mão-de-obra e leis
sociais, necessários à completa execução dos serviços.

7 ASPECTOS AMBIENTAIS

No decorrer das operações destinadas às execuções dos dispositivos de


drenagem deverão ser observados cuidados visando à preservação do meio ambiente,
tais que:
Quando houver excesso de material de escavação ou sobras, deverá ser
removido das proximidades dos dispositivos, de modo a não provocar o seu
entupimento, sendo conduzido para bota-fora licenciado ambientalmente indicado pela
contratada.
O material excedente removido será transportado para local pré-definido em
conjunto com a fiscalização cuidando-se ainda para que este material não seja
conduzido para os cursos d’agua, de modo a não causar assoreamento.
Nos pontos de deságue dos dispositivos deverão ser executadas obras de
proteção de forma a evitar a erosão das vertentes ou assoreamento de cursos d’agua.
Em todos os locais onde ocorrerem escavações ou aterros necessários à
implantação da obra deverá ser feito revestimento vegetal adequado dos bota-foras, a
fim de proporcionar a manutenção das condições locais e incorporá-los à paisagem
local.
O trânsito dos equipamentos e veículos de serviço desnecessários deverá ser
evitado, tanto quanto possível, para não causar desfiguração, principalmente onde
houver alguma área com relevante interesse paisagístico ou ecológico.

Página 198
Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

Nas áreas de bota-fora ou empréstimos necessários à realização das valas de


saída que se instalam nas vertentes, deverão ser evitados os lançamentos de materiais
de escavação que possam afetar o sistema de drenagem superficial.

8 REFERÊNCIAS

NORMA ABNT NBR 15715/2009. Sistema de dutos corrugados de polietileno


(PE) para infraestrutura de cabos de energia e telecomunicações – Requisitos. Rio de
Janeiro.

Página 199
Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

DREN.078/1 - FORNECIMENTO E ASSENTAMENTO DE DUTOS CORRUGADOS


PEAD 6 X Ø125MM (DE), CONFORME NBR 15715, VALA DE 1195MM X 1120MM,
REATERRO COM MATERIAL DA PROPRIA CAVA, COM ENVELOPAMENTO EM
CONCRETO. AF_ITA_09/2014
UNIDADE: m (metro)

ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS

1 GENERALIDADES

Esta Especificação Técnica fixa as condições de execução de uma rede de


dutos composta por 6 dutos com diâmetro externo nominal Ø125 mm, corrugados
flexíveis, espaçados entre seus centros, por 175 mm, fabricado em polietileno de alta
densidade (PEAD), conforme a norma ABNT NBR 15715/2009, com envelopamento
em concreto, na profundidade mínima de 700 mm do topo do envelopamento, conforme
dimensões e detalhes constantes da figura a seguir.

Página 200
Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

Esta especificação abrange os serviços de escavação da vala, apiloamento do


fundo da vala, lançamento dos dutos e acessórios, envelopamento em concreto e
reaterro compactado da vala.

2 MATERIAIS

2.1 DUTOS

Os bancos e linhas de dutos serão compostos por dutos fabricados em PEAD


(Polietileno de Alta Densidade), de diâmetro externo nominal Ø125 mm, que se
desenvolvem helicoidalmente no sentido do eixo longitudinal e com passo constante,
na cor preta, de seção circular, corrugado, impermeável e com excelente raio de
curvatura, conforme norma ABNT NBR 15715. Deverão ser fornecidos todos os
acessórios recomendados pelo fabricante para a perfeita instalação dos dutos (Ref.:
Kanalex da Kanaflex, Techduto ou equivalente).

2.2 ACESSÓRIOS

Fazem parte da rede de dutos, os seguintes acessórios:

2.2.1 TAMPÃO

Peça em PEAD, de seção circular rosqueável, destinada ao tamponamento dos


dutos corrugados.

2.2.2 TERMINAL

Peça em PEAD, de seção circular rosqueável, obtida através do seccionamento


do tampão de comprimento L.

2.2.3 CONEXÕES

Peça em PEAD, de seção circular, destinada a unir dois dutos corrugados


flexíveis, de mesmo diâmetro nominal, por meio de rosqueamento ou destinada a unir
duto corrugado com outros tubos de face lisa e mesmo diâmetro.

2.2.4 ARAME-GUIA

Arame de aço galvanizado AWG, número 14 (fornecido no interior do duto),


revestido em PVC e destinado ao puxamento primário da corda ou cabo de aço (carga
de ruptura = 500 N).

2.2.5 FITA DE AVISO

Fita plástica, com largura de 100 mm, destinada à sinalização, a cada metro ao
longo da linha de dutos. Deverá ser fabricada na cor laranja para eletrônica e na cor
amarela para energia. Nas fitas deverão constar as inscrições, “CUIDADO! PERIGO!

Página 201
Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

TELECOMUNICAÇÕES!” ou “CUIDADO! PERIGO! CABO ALTA TENSÃO!”, conforme


o uso da rede sendo para telecomunicações ou energia, respectivamente.

2.2.6 KIT FITA DE VEDAÇÃO/FILME DE PVC PARA EMENDA DE DUTO

A fita de vedação ou MASTIQUE tem por objetivo a vedação e consolidação


dos dutos nos pontos de emenda, impedindo a penetração de agentes externos e
garantindo a maleabilidade e a estanqueidade da emenda. Geralmente, é fornecida nas
dimensões de 70 mm x 1,5 mm x 1000 mm. Após a aplicação da fita de vedação,
aplica-se um filme de PVC para proteção em todo o perímetro da conexão.

2.2.7 CAVALETES

Cavalete de madeira ou outro material qualquer, utilizado no lançamento dos


dutos na vala.

2.2.8 ESPAÇADORES

Espaçadores em compensado fino ou tábuas de madeira, utilizados no


lançamento dos dutos na vala.

2.3 MATERIAL PARA ENVELOPAMENTO

O material a ser empregado nos envelopes deverá será ser concreto simples,
moldado “in loco” e com tensão mínima de ruptura aos 28 dias (fck) de 15 MPa.

2.4 EQUIPAMENTOS

A escavação da vala deverá ser executada preferencialmente com escavadeira


hidráulica, podendo ser utilizada retroescavadeira quando o terreno permitir;
Deverá ser utilizado soquete vibratório compactador do tipo sapo para o serviço
de reaterro das valas e compactador manual tipo maço (30 kg) para o serviço de
apiloamento do fundo da vala;

3 EXECUÇÃO

3.1 ESCAVAÇÃO DA VALA

Para a execução do serviço de escavação de vala deverá ser utilizada


preferencialmente escavadeira hidráulica ou, quando o terreno apresentar baixa
resistência, poderá ser utilizada a retroescavadeira. O material proveniente da
escavação deverá ser estocado no local para posterior execução da recomposição do
terreno, sendo o excesso, se for o caso, destinado ao local de bota-fora.
A execução das aberturas das valas para assentamento dos dutos deverá ser
acompanhada de serviços de topografia, onde deverão ser tomados todos os
procedimentos necessários, visando garantir a posição do eixo do envelope, as cotas e
profundidades das redes, as dimensões da seção do envelope e os raios mínimos de
curvatura dos dutos.
Página 202
Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

A largura da vala deverá ser adequada à execução do envelope e, ainda,


permitir uma fácil movimentação dos montadores e auxiliares durante a execução dos
serviços. Sendo assim, para profundidades de vala menores ou iguais a 1,50 m, deverá
ser adotada uma largura adicional mínima de cada lado do envelope de 0,30 m. Para
profundidades de vala maiores que 1,50 m, a largura adicional deverá ser fixada de
acordo com as peculiaridades de cada caso.
O escoramento da vala, quando necessário, deve ser executado de acordo com
um plano previamente apresentado pela CONTRATADA. Cuidados especiais deverão
ser tomados nos casos de profundidades elevadas (maiores que 1,50 m), má qualidade
do solo, reduzida inclinação dos taludes, movimentação de cargas pesadas nas
proximidades, condições climáticas desfavoráveis e proximidades de obras existentes
que possam ser comprometidas pelas escavações. Quando da presença de água no
fundo da vala, recomenda-se a aplicação de uma camada de brita, recoberta com
areia.
As escavações para a rede de dutos deverão ser executadas de forma
mecanizada e a profundidade da vala deve ser tal que o cobrimento mínimo do
envelope seja de 0,70 m.

3.2 PREPARAÇÃO DA BASE

A base deverá ficar uniformemente distribuída e o material convenientemente


compactado. A compactação da base do fundo da vala (apiloamento) deverá ser
executada com compactador manual do tipo maço, de 30 kg.
Quando não indicado em Projeto, o declive da vala, entre duas caixas de
passagem, deverá ser, no mínimo, de 0,5% a fim de proporcionar o escoamento de
água nos eletrodutos, até a caixa de passagem para ser processada a drenagem. Caso
duas caixas de passagem consecutivas estejam posicionadas no mesmo nível, ou a
declividade entre elas for menor do que 0,5%, prepara-se o fundo da vala a fim de que
haja uma elevação no ponto central da rede, entre as caixas de passagem. Essa
elevação deverá forçar uma declividade em torno de 0,5% em direção às caixas de
passagem.
Não deverá haver, entre duas caixas de passagem, pontos baixos que
provoquem acumulação de água nos eletrodutos.

3.3 ASSENTAMENTO DOS ELETRODUTOS

Antes de ser executado o lançamento e o assentamento dos dutos no interior da


vala, deverá ser verificado se a vala está em perfeito estado, isto é, limpa (sem a
presença de agentes externos), a fim de evitar que a linha de dutos seja danificada.
Os dutos deverão ser lançados com o auxílio de cavaletes, de dimensões 2,3 m
x 1,05 m e seu puxamento no interior da vala poderá ser feito com uma corda de sisal
amarrada em sua extremidade. Durante o lançamento, os dutos deverão estar
tamponados.
Os eletrodutos, ao serem colocados na vala deverão ser alinhados e arrumados
com o auxílio de espaçadores de compensado ou outro material qualquer, os quais

Página 203
Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

deverão ser colocados a cada 1,2 m em pontos de reta e a cada 0,8 m em pontos de
curva. Os espaçadores podem ser removidos após o preenchimento dos vazios e
aproveitados ao longo da linha.
As redes serão executadas com dutos corrugados flexíveis em polietileno de alta
densidade (PEAD), de diâmetro externo nominal de 125 mm, conforme NBR 15715. Os
dutos deverão ser instalados com tampões nas extremidades e com arame guia
galvanizado AWG n°14 e revestido em PVC para puxamento primário da corda ou cabo
de aço.
O posicionamento dos eletrodutos em uma rede de dutos deverá ser o mesmo
no trajeto de duas caixas de passagem consecutivas. Quando por ventura, houver
obstáculos, não previstos em Projetos, entre duas caixas de passagem consecutivas,
pode-se adaptar o feixe de eletrodutos de forma a vencê-lo, tendo-se o cuidado em
manter as mesmas posições relativas dos dutos, tanto verticais como horizontais,
mantendo-se assim a mesma formação anteriormente prevista. Na rede subterrânea
não será permitida a redução de diâmetros de eletrodutos. O raio de curvatura mínimo
para a rede de dutos deverá ser aquele raio mínimo permitido para o cabo de maior
bitola que será instalado na rede e deverá ainda ser observado o raio mínimo de
curvatura para eletrodutos.
Quando indicado no Projeto, os eletrodutos deverão ser identificados nas
entradas e saídas das caixas.
Nos locais de travessias ou pisos onde existam circulação de cargas
provenientes de equipamentos, automóveis, caminhões, etc. deverá ser previsto a
execução de placas de concreto armado (testemunho) ao longo e sobre a rede de
eletrodutos para proteção do envelopamento. Também para esse trecho a rede deverá
ser instalada com a parte superior de envelopamento no mínimo a 70 cm do piso
acabado.
As possíveis emendas que possam existir nos dutos deverão ser executadas
perfeitamente, de modo que a areia ou a nata do concreto não penetre e nem obstrua o
interior dos dutos.
Os eletrodutos de reserva deverão, após a limpeza, serem vedadas em ambas
as extremidades com tampões adequados.
Deverão ser instaladas sobre a rede de dutos fitas de aviso a 0,20 m da
superfície e a cada metro ao longo da linha de dutos. Essas fitas devem ter cor laranja
para eletrônica e cor amarela para elétrica e deverão constar as inscrições “CUIDADO!
PERIGO! TELECOMUNICAÇÕES!” ou “CUIDADO! PERIGO! CABO ALTA TENSÃO!”
para redes de telecomunicações ou de energia, respectivamente.
Para assentamentos de dutos corrugados com envelopamento em concreto, o
fundo da vala deverá ser revestido com uma camada de 0,06 m de concreto, formando
assim um berço para o seu assentamento.

3.4 CONCRETAGEM DO ENVELOPE

Antes da concretagem do envelope, deverá ser feita uma rigorosa inspeção nos
eletrodutos, pela FISCALIZAÇÃO.

Página 204
Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

O concreto a ser empregado na fabricação dos envelopes deverá ser concreto


simples, moldado “in loco” e com tensão mínima de ruptura aos 28 dias (fck) de 15 MPa.
A areia a ser usada deverá ser limpa, isenta de materiais orgânicos e sal. A
quantidade de água a ser usada deverá ser a indispensável para permitir a
maleabilidade do concreto, portanto, deverá evitar-se o excesso de água para não
reduzir a tensão de ruptura.
Antes da concretagem do envelope, os dutos devem estar tracionados e fixados
em suas extremidades, para que seja mantido o perfeito alinhamento.
Após assentados os eletrodutos, deverá ser feita a armação das formas do
envelope, podendo ser de madeira ou outro material, e o concreto deverá ser colocado
de maneira uniforme, espalhado e adensado por meio de hastes vibratórias, a fim de
preencher todos os espaços vazios. Deverão evitar-se esforços mecânicos nos
eletrodutos devido à vibração. O concreto nunca deverá ser lançado diretamente da
“bica” da betoneira sobre a linha de dutos, evitando-se assim que ocorra a inversão das
camadas, desalinhamento do banco de dutos e desagregação do concreto.
Quando a concretagem de um trecho for, por qualquer motivo, interrompida, a
extremidade do concreto deverá ser inclinada e não lisa, a fim de não formar face
vertical. Os eletrodutos deverão sobressair de, no mínimo, 50 cm do envelope e as
extremidades dos dutos deverão ser tampadas por meio adequado.
Poderão ser utilizadas “baias” ao longo da vala, a fim de facilitar o lançamento
do concreto.
O envelope deve ser projetado a fim de não haver acúmulo de água no interior
dos eletrodutos. Não devem existir pontos baixos na rede entre extremidades do
segmento do envelope.
As dimensões dos envelopes deverão ser determinadas de acordo com as
seguintes prescrições:
o) A distância mínima entre faces externas de eletrodutos deverá ser de 50
mm;
p) A distância mínima de face externa de um eletroduto à face do envelope
será de 60 mm para as laterais e de 60 mm na parte inferior e superior.

3.5 REATERRO DA VALA

Após a remoção completa das formas, entulhos e completo esgotamento de


água, deverá ser executado o reaterro da vala, em camadas não superiores a 20 cm de
espessura, através de compactação mecânica com soquete vibratório do tipo Sapo. O
material poderá ser o mesmo que foi retirado quando da abertura das valas, desde que
esteja isento de pedras, detritos e outras impurezas.
Ao ser concluído o reaterro, todo o material remanescente deverá ser removido
para o local de bota-fora aprovado pela Fiscalização. O terreno deverá ser entregue
limpo e nivelado.

4 CONTROLE

Página 205
Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

4.1 CONTROLE TECNOLÓGICO

Para a verificação do material recebido, deverá ser executado o controle


tecnológico de acordo com as prerrogativas estipuladas pela NBR 15715. De cada lote
de dutos recebido devem ser retiradas amostras para exame dimensional e visual,
escolhidas de forma aleatória, na quantidade estipulada na Tabela 1.

Tabela 1 – Plano de amostragem para exame dimensional e visual

Tamanho do Tamanho da amostra Número de unidades defeituosas


lote (barras ou 1° amostragem 2° amostragem
rolos) 1ª amostragem 2ª amostragem
Ac-1 Re-1 Ac-2 Re-2
16 a 25 5 - 0 1 - -
26 a 90 8 8 0 2 1 2
91 a 150 13 13 0 3 3 4
151 a 280 20 20 1 4 4 5
281 a 500 32 32 2 5 6 7
501 a 1200 50 50 3 7 8 9
1201 a 3200 80 80 5 9 12 13
3201 a 10000 125 125 7 11 18 19

• O diâmetro externo médio deve ser de (125,0 ± 3,0) mm;


• O comprimento mínimo da bolsa e da ponta deve ser de 70 mm;
Os dutos corrugados devem ser marcados, a cada 2 m, de forma visível e
indelével, podendo ser em relevo, com os seguintes dizeres:
• Nome ou merca de identificação do fabricante;
• A sigla “PE”;
• Quando aplicável, a expressão “NÃO PROPAGANTE DE CHAMA”;
• Número na norma correspondente: NBR 15715;
• A expressão “ENERGIA/TELECOM”;
• Diâmetro externo nominal (DE) correspondente;
• Código que permita a rastreabilidade à sua produção, tal que
contemple um indicador relativo ao mês e ano de fabricação;
Obs.: Para dutos corrugados fornecidos em rolos, admite-se a ocorrência de no
máximo três ausências de marcação a cada 25 m.
As conexões devem ser marcadas de forma visível e indelével, podendo ser em
relevo, com os seguintes dizeres:

Página 206
Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

• Nome ou marca de identificação do fabricante;


• Diâmetro externo nominal (DE) do fabricante;
• Sigla que identifique o tipo de material: PE, PP ou PVC;
• Número da norma correspondente: NBR 15715;
• Quando aplicável, a sigla “NP” para materiais não propagante a
chama.
Para cada lote de dutos corrugados inspecionado, o relatório de resultados de
inspeção deve conter no mínimo o seguinte:
• Diâmetro externo nominal (DE);
• Código de rastreabilidade;
• Tamanho do lote inspecionado, em metros, e número de barras ou
rolos;
• Resultado dos ensaios de recebimento;
• Informação de que o lote atende ou não às especificações.

5 MEDIÇÃO

A medição para este serviço será realizada na unidade de medida “metro linear”
de banco de dutos com 2 eletrodutos PEAD, instalados e assentados, medidos in loco.
Os serviços serão pagos pelos preços unitários contratuais, em conformidade
com a medição anterior, que remuneram, além da escavação, do reaterro, da aquisição
dos materiais, do preparo e do transporte ao local de aplicação, os custos diretos e
indiretos de todas as operações, equipamentos, encargos gerais, mão-de-obra e leis
sociais, necessários à completa execução dos serviços.

6 ASPECTOS AMBIENTAIS

No decorrer das operações destinadas às execuções dos dispositivos de


drenagem deverão ser observados cuidados visando à preservação do meio ambiente,
tais que:
Quando houver excesso de material de escavação ou sobras, deverá ser
removido das proximidades dos dispositivos, de modo a não provocar o seu
entupimento, sendo conduzido para bota-fora licenciado ambientalmente indicado pela
contratada.
O material excedente removido será transportado para local pré-definido em
conjunto com a fiscalização cuidando-se ainda para que este material não seja
conduzido para os cursos d’agua, de modo a não causar assoreamento.
Nos pontos de deságue dos dispositivos deverão ser executadas obras de
proteção de forma a evitar a erosão das vertentes ou assoreamento de cursos d’agua.
Em todos os locais onde ocorrerem escavações ou aterros necessários à
implantação da obra deverá ser feito revestimento vegetal adequado dos bota-foras, a
Página 207
Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

fim de proporcionar a manutenção das condições locais e incorporá-los à paisagem


local.
O trânsito dos equipamentos e veículos de serviço desnecessários deverá ser
evitado, tanto quanto possível, para não causar desfiguração, principalmente onde
houver alguma área com relevante interesse paisagístico ou ecológico.
Nas áreas de bota-fora ou empréstimos necessários à realização das valas de
saída que se instalam nas vertentes, deverão ser evitados os lançamentos de materiais
de escavação que possam afetar o sistema de drenagem superficial.

7 REFERÊNCIAS

NORMA ABNT NBR 15715/2009. Sistema de dutos corrugados de polietileno


(PE) para infraestrutura de cabos de energia e telecomunicações – Requisitos. Rio de
Janeiro.

Página 208
Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

DREN.079/1 - FORNECIMENTO E ASSENTAMENTO DE DUTOS CORRUGADOS


PEAD 9 X Ø125MM (DE), CONFORME NBR 15715, VALA DE 1195MM X 1295MM,
REATERRO COM MATERIAL DA PROPRIA CAVA, COM ENVELOPAMENTO EM
AREIA OU PÓ DE PEDRA. AF_ITA_09/2014
UNIDADE: m (metro)

ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS

1 GENERALIDADES

Esta Especificação Técnica fixa as condições de execução de uma rede de


dutos composta por 9 dutos com diâmetro externo nominal Ø125 mm, corrugados
flexíveis, espaçados entre seus centros, por 175 mm, fabricado em polietileno de alta
densidade (PEAD), conforme a norma ABNT NBR 15715/2009, com envelopamento
em areia ou pó de pedra, na profundidade mínima de 700 mm do topo do
envelopamento, conforme dimensões e detalhes constantes da figura a seguir.

Página 209
Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

Esta especificação abrange os serviços de escavação da vala, apiloamento do


fundo da vala, lançamento dos dutos e acessórios, envelopamento em areia ou pó de
pedra e reaterro compactado da vala.

2 MATERIAIS

2.1 DUTOS

Os bancos e linhas de dutos serão compostos por dutos fabricados em PEAD


(Polietileno de Alta Densidade), de diâmetro externo nominal Ø125 mm, que se
desenvolvem helicoidalmente no sentido do eixo longitudinal e com passo constante,
na cor preta, de seção circular, corrugado, impermeável e com excelente raio de
curvatura, conforme norma ABNT NBR 15715. Deverão ser fornecidos todos os
acessórios recomendados pelo fabricante para a perfeita instalação dos dutos (Ref.:
Kanalex da Kanaflex, Techduto ou equivalente).

2.2 ACESSÓRIOS

Fazem parte da rede de dutos, os seguintes acessórios:

2.2.1 TAMPÃO

Peça em PEAD, de seção circular rosqueável, destinada ao tamponamento dos


dutos corrugados.

2.2.2 TERMINAL

Peça em PEAD, de seção circular rosqueável, obtida através do seccionamento


do tampão de comprimento L.

2.2.3 CONEXÕES

Peça em PEAD, de seção circular, destinada a unir dois dutos corrugados


flexíveis, de mesmo diâmetro nominal, por meio de rosqueamento ou destinada a unir
duto corrugado com outros tubos de face lisa e mesmo diâmetro.

2.2.4 ARAME-GUIA

Arame de aço galvanizado AWG, número 14 (fornecido no interior do duto),


revestido em PVC e destinado ao puxamento primário da corda ou cabo de aço (carga
de ruptura = 500 N).

2.2.5 FITA DE AVISO

Fita plástica, com largura de 100 mm, destinada à sinalização, a cada metro ao
longo da linha de dutos. Deverá ser fabricada na cor laranja para eletrônica e na cor
amarela para energia. Nas fitas, deverão constar as inscrições, “CUIDADO! PERIGO!

Página 210
Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

TELECOMUNICAÇÕES!” ou “CUIDADO! PERIGO! CABO ALTA TENSÃO!”, conforme


o uso da rede sendo para telecomunicações ou energia, respectivamente.

2.2.6 KIT FITA DE VEDAÇÃO/FILME DE PVC PARA EMENDA DE DUTO

A fita de vedação ou MASTIQUE tem por objetivo a vedação e consolidação


dos dutos nos pontos de emenda, impedindo a penetração de agentes externos e
garantindo a maleabilidade e a estanqueidade da emenda. Geralmente, é fornecida nas
dimensões de 70 mm x 1,5 mm x 1000 mm. Após a aplicação da fita de vedação,
aplica-se um filme de PVC para proteção em todo o perímetro da conexão.

2.2.7 CAVALETES

Cavalete de madeira ou outro material qualquer, utilizado no lançamento dos


dutos na vala.

2.2.8 ESPAÇADORES

Espaçadores em compensado fino ou tábuas de madeira, utilizados no


lançamento dos dutos na vala.

2.3 MATERIAL PARA ENVELOPAMENTO

O material para envelopamento poderá ser areia ou pó de pedra. O


adensamento deverá ser feito através da adição de água sobre a areia ou pó de pedra,
tomando-se o cuidado de não deixar vazios que possam ocasionar afundamentos
posteriores.

3 EQUIPAMENTOS

A escavação da vala deverá ser executada preferencialmente com escavadeira


hidráulica, podendo ser utilizada retroescavadeira quando o terreno permitir.
Deverá ser utilizado soquete vibratório compactador do tipo sapo para o serviço
de reaterro das valas e compactador manual tipo maço (30 kg) para o serviço de
apiloamento do fundo da vala.

4 EXECUÇÃO

4.1 ESCAVAÇÃO DA VALA

Para a execução do serviço de escavação de vala deverá ser utilizada


preferencialmente escavadeira hidráulica ou, quando o terreno apresentar baixa
resistência, poderá ser utilizada a retroescavadeira. O material proveniente da
escavação deverá ser estocado no local para posterior execução da recomposição do
terreno, sendo o excesso, se for o caso, destinado ao local de bota-fora.
A execução das aberturas das valas para assentamento dos dutos deverá ser
acompanhada de serviços de topografia, onde deverão ser tomados todos os
procedimentos necessários, visando garantir a posição do eixo do envelope, as cotas e
Página 211
Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

profundidades das redes, as dimensões da seção do envelope e os raios mínimos de


curvatura dos dutos.
A largura da vala deverá ser adequada à execução do envelope e, ainda,
permitir uma fácil movimentação dos montadores e auxiliares durante a execução dos
serviços. Sendo assim, para profundidades de vala menores ou iguais a 1,50 m, deverá
ser adotada uma largura adicional mínima de cada lado do envelope de 0,30 m. Para
profundidades de vala maiores que 1,50 m, a largura adicional deverá ser fixada de
acordo com as peculiaridades de cada caso.
O escoramento da vala, quando necessário, deve ser executado de acordo com
um plano previamente apresentado pela CONTRATADA. Cuidados especiais deverão
ser tomados nos casos de profundidades elevadas (maiores que 1,50 m), má qualidade
do solo, reduzida inclinação dos taludes, movimentação de cargas pesadas nas
proximidades, condições climáticas desfavoráveis e proximidades de obras existentes
que possam ser comprometidas pelas escavações. Quando da presença de água no
fundo da vala, recomenda-se a aplicação de uma camada de brita, recoberta com
areia.
As escavações para a rede de dutos deverão ser executadas de forma
mecanizada e a profundidade da vala deve ser tal que o cobrimento mínimo do
envelope seja de 0,70 m.

4.2 PREPARAÇÃO DA BASE

A base deverá ficar uniformemente distribuída e o material convenientemente


compactado. A compactação da base do fundo da vala (apiloamento) deverá ser
executada com compactador manual do tipo maço, de 30 kg.
Quando não indicado em Projeto, o declive da vala, entre duas caixas de
passagem, deverá ser, no mínimo, de 0,5% a fim de proporcionar o escoamento de
água nos eletrodutos, até a caixa de passagem para ser processada a drenagem. Caso
duas caixas de passagem consecutivas estejam posicionadas no mesmo nível, ou a
declividade entre elas for menor do que 0,5%, prepara-se o fundo da vala a fim de que
haja uma elevação no ponto central da rede, entre as caixas de passagem. Essa
elevação deverá forçar uma declividade em torno de 0,5% em direção às caixas de
passagem.
Não deverá haver, entre duas caixas de passagem, pontos baixos que
provoquem acumulação de água nos eletrodutos.

4.3 ASSENTAMENTO DOS ELETRODUTOS

Antes de ser executado o lançamento e o assentamento dos dutos no interior da


vala, deverá ser verificado se a vala está em perfeito estado, isto é, limpa (sem a
presença de agentes externos), a fim de evitar que a linha de dutos seja danificada.
Os dutos deverão ser lançados com o auxílio de cavaletes, de dimensões 2,3 m
x 1,05 m e seu puxamento no interior da vala poderá ser feito com uma corda de sisal
amarrada em sua extremidade. Durante o lançamento, os dutos deverão estar
tamponados.

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Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

Os eletrodutos, ao serem colocados na vala deverão ser alinhados e arrumados


com o auxílio de espaçadores de compensado ou outro material qualquer, os quais
deverão ser colocados a cada 1,2 m em pontos de reta e a cada 0,8 m em pontos de
curva. Os espaçadores podem ser removidos após o preenchimento dos vazios e
aproveitados ao longo da linha.
As redes serão executadas com dutos corrugados flexíveis em polietileno de alta
densidade (PEAD), de diâmetro externo nominal de 125 mm, conforme NBR 15715. Os
dutos deverão ser instalados com tampões nas extremidades e com arame guia
galvanizado AWG n°14 e revestido em PVC para puxamento primário da corda ou cabo
de aço.
O posicionamento dos eletrodutos em uma rede de dutos deverá ser o mesmo
no trajeto de duas caixas de passagem consecutivas. Quando por ventura, houver
obstáculos, não previstos em Projetos, entre duas caixas de passagem consecutivas,
pode-se adaptar o feixe de eletrodutos de forma a vencê-lo, tendo-se o cuidado em
manter as mesmas posições relativas dos dutos, tanto verticais como horizontais,
mantendo-se assim a mesma formação anteriormente prevista. Na rede subterrânea
não será permitida a redução de diâmetros de eletrodutos. O raio de curvatura mínimo
para a rede de dutos deverá ser aquele raio mínimo permitido para o cabo de maior
bitola que será instalado na rede e deverá ainda ser observado o raio mínimo de
curvatura para eletrodutos.
Quando indicado no Projeto, os eletrodutos deverão ser identificados nas
entradas e saídas das caixas.
Nos locais de travessias ou pisos onde existam circulação de cargas
provenientes de equipamentos, automóveis, caminhões, etc. deverá ser previsto a
execução de placas de concreto armado (testemunho) ao longo e sobre a rede de
eletrodutos para proteção do envelopamento. Também para esse trecho a rede deverá
ser instalada com a parte superior de envelopamento no mínimo a 70 cm do piso
acabado.
As possíveis emendas que possam existir nos dutos deverão ser executadas
perfeitamente, de modo que a areia ou a nata do concreto não penetre e nem obstrua o
interior dos dutos.
Os eletrodutos de reserva deverão, após a limpeza, serem vedadas em ambas
as extremidades com tampões adequados.
Deverão ser instaladas sobre a rede de dutos fitas de aviso a 0,20 m da
superfície e a cada metro ao longo da linha de dutos. Essas fitas devem ter cor laranja
para eletrônica e cor amarela para elétrica e deverão constar as inscrições “CUIDADO!
PERIGO! TELECOMUNICAÇÕES!” ou “CUIDADO! PERIGO! CABO ALTA TENSÃO!”
para redes de telecomunicações ou de energia, respectivamente.

4.4 EXECUÇÃO DO ENVELOPE

Antes da execução do envelope, deverá ser feita uma rigorosa inspeção nos
eletrodutos, pela FISCALIZAÇÃO.

Página 213
Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

Para assentamentos de dutos corrugados com envelopamento em areia, o fundo


da vala deverá ser revestido previamente com uma camada de 0,06 m de areia,
formando assim um berço para o seu assentamento.
A areia a ser usada deverá estar limpa, isenta de materiais orgânicos e sal. O
adensamento deverá ser com água limpa devendo ser evitado excesso que possa
acumular no fundo da vala.
Antes da execução do envelope, os dutos devem estar tracionados e fixados em
suas extremidades, para que seja mantido o perfeito alinhamento.
Após assentados os eletrodutos, deverá ser feita a armação das formas do
envelope, podendo ser de madeira ou outro material, e a areia deverá ser colocada de
maneira uniforme, espalhado e adensado por água distribuída através de uma
mangueira.
As dimensões dos envelopes deverão ser determinadas de acordo com as
seguintes prescrições:
q) A distância mínima entre faces externas de eletrodutos deverá ser de 50
mm;
r) A distância mínima de face externa de um eletroduto à face do envelope
será de 60 mm para as laterais e de 60 mm na parte inferior e superior.

4.5 REATERRO DA VALA

Após a remoção completa dos entulhos e completo esgotamento de água,


deverá ser executado o reaterro da vala, em camadas não superiores a 20 cm de
espessura, através de compactação mecânica com soquete vibratório do tipo Sapo. O
material poderá ser o mesmo que foi retirado quando da abertura das valas, desde que
esteja isento de pedras, detritos e outras impurezas.
As formas não deverão ser retiradas de forma a manter a estrutura dos
envelopes.
Ao ser concluído o reaterro, todo o material remanescente deverá ser removido
para o local de bota-fora aprovado pela Fiscalização. O terreno deverá ser entregue
limpo e nivelado.

5 CONTROLE

5.1 CONTROLE TECNOLÓGICO

Para a verificação do material recebido, deverá ser executado o controle


tecnológico de acordo com as prerrogativas estipuladas pela NBR 15715. De cada lote
de dutos recebido devem ser retiradas amostras para exame dimensional e visual,
escolhidas de forma aleatória, na quantidade estipulada na Tabela 1.

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Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

Tabela 1 – Plano de amostragem para exame dimensional e visual

Tamanho do Tamanho da amostra Número de unidades defeituosas


lote (barras ou 1° amostragem 2° amostragem
rolos) 1ª amostragem 2ª amostragem
Ac-1 Re-1 Ac-2 Re-2
16 a 25 5 - 0 1 - -
26 a 90 8 8 0 2 1 2
91 a 150 13 13 0 3 3 4
151 a 280 20 20 1 4 4 5
281 a 500 32 32 2 5 6 7
501 a 1200 50 50 3 7 8 9
1201 a 3200 80 80 5 9 12 13
3201 a 10000 125 125 7 11 18 19

• O diâmetro externo médio deve ser de (125,0 ± 3,0) mm;


• O comprimento mínimo da bolsa e da ponta deve ser de 70 mm;
Os dutos corrugados devem ser marcados, a cada 2 m, de forma visível e
indelével, podendo ser em relevo, com os seguintes dizeres:
• Nome ou merca de identificação do fabricante;
• A sigla “PE”;
• Quando aplicável, a expressão “NÃO PROPAGANTE DE CHAMA”;
• Número na norma correspondente: NBR 15715;
• A expressão “ENERGIA/TELECOM”;
• Diâmetro externo nominal (DE) correspondente;
• Código que permita a rastreabilidade à sua produção, tal que
contemple um indicador relativo ao mês e ano de fabricação;
Obs.: Para dutos corrugados fornecidos em rolos, admite-se a ocorrência de no
máximo três ausências de marcação a cada 25 m.
As conexões devem ser marcadas de forma visível e indelével, podendo ser em
relevo, com os seguintes dizeres:
• Nome ou marca de identificação do fabricante;
• Diâmetro externo nominal (DE) do fabricante;
• Sigla que identifique o tipo de material: PE, PP ou PVC;
• Número da norma correspondente: NBR 15715;

Página 215
Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

• Quando aplicável, a sigla “NP” para materiais não propagante a


chama.
Para cada lote de dutos corrugados inspecionado, o relatório de resultados de
inspeção deve conter no mínimo o seguinte:
• Diâmetro externo nominal (DE);
• Código de rastreabilidade;
• Tamanho do lote inspecionado, em metros, e número de barras ou
rolos;
• Resultado dos ensaios de recebimento;
• Informação de que o lote atende ou não às especificações.

6 MEDIÇÃO

A medição para este serviço será realizada na unidade de medida “metro linear”
de banco de dutos com 2 eletrodutos PEAD, instalados e assentados, medidos in loco.
Os serviços serão pagos pelos preços unitários contratuais, em conformidade
com a medição anterior, que remuneram, além da escavação, do reaterro, da aquisição
dos materiais, do preparo e do transporte ao local de aplicação, os custos diretos e
indiretos de todas as operações, equipamentos, encargos gerais, mão-de-obra e leis
sociais, necessários à completa execução dos serviços.

7 ASPECTOS AMBIENTAIS

No decorrer das operações destinadas às execuções dos dispositivos de


drenagem deverão ser observados cuidados visando à preservação do meio ambiente,
tais que:
Quando houver excesso de material de escavação ou sobras, deverá ser
removido das proximidades dos dispositivos, de modo a não provocar o seu
entupimento, sendo conduzido para bota-fora licenciado ambientalmente indicado pela
contratada.
O material excedente removido será transportado para local pré-definido em
conjunto com a fiscalização cuidando-se ainda para que este material não seja
conduzido para os cursos d’agua, de modo a não causar assoreamento.
Nos pontos de deságue dos dispositivos deverão ser executadas obras de
proteção de forma a evitar a erosão das vertentes ou assoreamento de cursos d’agua.
Em todos os locais onde ocorrerem escavações ou aterros necessários à
implantação da obra deverá ser feito revestimento vegetal adequado dos bota-foras, a
fim de proporcionar a manutenção das condições locais e incorporá-los à paisagem
local.
O trânsito dos equipamentos e veículos de serviço desnecessários deverá ser
evitado, tanto quanto possível, para não causar desfiguração, principalmente onde
houver alguma área com relevante interesse paisagístico ou ecológico.

Página 216
Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

Nas áreas de bota-fora ou empréstimos necessários à realização das valas de


saída que se instalam nas vertentes, deverão ser evitados os lançamentos de materiais
de escavação que possam afetar o sistema de drenagem superficial.

8 REFERÊNCIAS

NORMA ABNT NBR 15715/2009. Sistema de dutos corrugados de polietileno


(PE) para infraestrutura de cabos de energia e telecomunicações – Requisitos. Rio de
Janeiro.

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Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

DREN.080/1 - FORNECIMENTO E ASSENTAMENTO DE DUTOS CORRUGADOS


PEAD 9 X Ø125MM (DE), CONFORME NBR 15715, VALA DE 1195MM X 1295MM,
REATERRO COM MATERIAL DA PROPRIA CAVA, COM ENVELOPAMENTO EM
CONCRETO. AF_ITA_09/2014
UNIDADE: m (metro)

ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS

1 GENERALIDADES

Esta Especificação Técnica fixa as condições de execução de uma rede de


dutos composta por 9 dutos com diâmetro externo nominal Ø125 mm, corrugados
flexíveis, espaçados entre seus centros, por 175 mm, fabricado em polietileno de alta
densidade (PEAD), conforme a norma ABNT NBR 15715/2009, com envelopamento
em concreto, na profundidade mínima de 700 mm do topo do envelopamento, conforme
dimensões e detalhes constantes da figura a seguir.

Página 218
Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

Esta especificação abrange os serviços de escavação da vala, apiloamento do


fundo da vala, lançamento dos dutos e acessórios, envelopamento em concreto e
reaterro compactado da vala.

2 MATERIAIS

2.1 DUTOS

Os bancos e linhas de dutos serão compostos por dutos fabricados em PEAD


(Polietileno de Alta Densidade), de diâmetro externo nominal Ø125 mm, que se
desenvolvem helicoidalmente no sentido do eixo longitudinal e com passo constante,
na cor preta, de seção circular, corrugado, impermeável e com excelente raio de
curvatura, conforme norma ABNT NBR 15715. Deverão ser fornecidos todos os
acessórios recomendados pelo fabricante para a perfeita instalação dos dutos (Ref.:
Kanalex da Kanaflex, Techduto ou equivalente).

2.2 ACESSÓRIOS

Fazem parte da rede de dutos, os seguintes acessórios:

2.2.1 TAMPÃO

Peça em PEAD, de seção circular rosqueável, destinada ao tamponamento dos


dutos corrugados.

2.2.2 TERMINAL

Peça em PEAD, de seção circular rosqueável, obtida através do seccionamento


do tampão de comprimento L.

2.2.3 CONEXÕES

Peça em PEAD, de seção circular, destinada a unir dois dutos corrugados


flexíveis, de mesmo diâmetro nominal, por meio de rosqueamento ou destinada a unir
duto corrugado com outros tubos de face lisa e mesmo diâmetro.

2.2.4 ARAME-GUIA

Arame de aço galvanizado AWG, número 14 (fornecido no interior do duto),


revestido em PVC e destinado ao puxamento primário da corda ou cabo de aço (carga
de ruptura = 500 N).

2.2.5 FITA DE AVISO

Fita plástica, com largura de 100 mm, destinada à sinalização, a cada metro ao
longo da linha de dutos. Deverá ser fabricada na cor laranja para eletrônica e na cor
amarela para energia. Nas fitas deverão constar as inscrições, “CUIDADO! PERIGO!

Página 219
Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

TELECOMUNICAÇÕES!” ou “CUIDADO! PERIGO! CABO ALTA TENSÃO!”, conforme


o uso da rede sendo para telecomunicações ou energia, respectivamente.

2.2.6 KIT FITA DE VEDAÇÃO/FILME DE PVC PARA EMENDA DE DUTO

A fita de vedação ou MASTIQUE tem por objetivo a vedação e consolidação


dos dutos nos pontos de emenda, impedindo a penetração de agentes externos e
garantindo a maleabilidade e a estanqueidade da emenda. Geralmente, é fornecida nas
dimensões de 70 mm x 1,5 mm x 1000 mm. Após a aplicação da fita de vedação,
aplica-se um filme de PVC para proteção em todo o perímetro da conexão.

2.2.7 CAVALETES

Cavalete de madeira ou outro material qualquer, utilizado no lançamento dos


dutos na vala.

2.2.8 ESPAÇADORES

Espaçadores em compensado fino ou tábuas de madeira, utilizados no


lançamento dos dutos na vala.

2.3 MATERIAL PARA ENVELOPAMENTO

O material a ser empregado nos envelopes deverá será ser concreto simples,
moldado “in loco” e com tensão mínima de ruptura aos 28 dias (fck) de 15 MPa.

2.4 EQUIPAMENTOS

A escavação da vala deverá ser executada preferencialmente com escavadeira


hidráulica, podendo ser utilizada retroescavadeira quando o terreno permitir;
Deverá ser utilizado soquete vibratório compactador do tipo sapo para o serviço
de reaterro das valas e compactador manual tipo maço (30 kg) para o serviço de
apiloamento do fundo da vala;

3 EXECUÇÃO

3.1 ESCAVAÇÃO DA VALA

Para a execução do serviço de escavação de vala deverá ser utilizada


preferencialmente escavadeira hidráulica ou, quando o terreno apresentar baixa
resistência, poderá ser utilizada a retroescavadeira. O material proveniente da
escavação deverá ser estocado no local para posterior execução da recomposição do
terreno, sendo o excesso, se for o caso, destinado ao local de bota-fora.
A execução das aberturas das valas para assentamento dos dutos deverá ser
acompanhada de serviços de topografia, onde deverão ser tomados todos os
procedimentos necessários, visando garantir a posição do eixo do envelope, as cotas e
profundidades das redes, as dimensões da seção do envelope e os raios mínimos de
curvatura dos dutos.
Página 220
Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

A largura da vala deverá ser adequada à execução do envelope e, ainda,


permitir uma fácil movimentação dos montadores e auxiliares durante a execução dos
serviços. Sendo assim, para profundidades de vala menores ou iguais a 1,50 m, deverá
ser adotada uma largura adicional mínima de cada lado do envelope de 0,30 m. Para
profundidades de vala maiores que 1,50 m, a largura adicional deverá ser fixada de
acordo com as peculiaridades de cada caso.
O escoramento da vala, quando necessário, deve ser executado de acordo com
um plano previamente apresentado pela CONTRATADA. Cuidados especiais deverão
ser tomados nos casos de profundidades elevadas (maiores que 1,50 m), má qualidade
do solo, reduzida inclinação dos taludes, movimentação de cargas pesadas nas
proximidades, condições climáticas desfavoráveis e proximidades de obras existentes
que possam ser comprometidas pelas escavações. Quando da presença de água no
fundo da vala, recomenda-se a aplicação de uma camada de brita, recoberta com
areia.
As escavações para a rede de dutos deverão ser executadas de forma
mecanizada e a profundidade da vala deve ser tal que o cobrimento mínimo do
envelope seja de 0,70 m.

3.2 PREPARAÇÃO DA BASE

A base deverá ficar uniformemente distribuída e o material convenientemente


compactado. A compactação da base do fundo da vala (apiloamento) deverá ser
executada com compactador manual do tipo maço, de 30 kg.
Quando não indicado em Projeto, o declive da vala, entre duas caixas de
passagem, deverá ser, no mínimo, de 0,5% a fim de proporcionar o escoamento de
água nos eletrodutos, até a caixa de passagem para ser processada a drenagem. Caso
duas caixas de passagem consecutivas estejam posicionadas no mesmo nível, ou a
declividade entre elas for menor do que 0,5%, prepara-se o fundo da vala a fim de que
haja uma elevação no ponto central da rede, entre as caixas de passagem. Essa
elevação deverá forçar uma declividade em torno de 0,5% em direção às caixas de
passagem.
Não deverá haver, entre duas caixas de passagem, pontos baixos que
provoquem acumulação de água nos eletrodutos.

3.3 ASSENTAMENTO DOS ELETRODUTOS

Antes de ser executado o lançamento e o assentamento dos dutos no interior da


vala, deverá ser verificado se a vala está em perfeito estado, isto é, limpa (sem a
presença de agentes externos), a fim de evitar que a linha de dutos seja danificada.
Os dutos deverão ser lançados com o auxílio de cavaletes, de dimensões 2,3 m
x 1,05 m e seu puxamento no interior da vala poderá ser feito com uma corda de sisal
amarrada em sua extremidade. Durante o lançamento, os dutos deverão estar
tamponados.
Os eletrodutos, ao serem colocados na vala deverão ser alinhados e arrumados
com o auxílio de espaçadores de compensado ou outro material qualquer, os quais

Página 221
Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

deverão ser colocados a cada 1,2 m em pontos de reta e a cada 0,8 m em pontos de
curva. Os espaçadores podem ser removidos após o preenchimento dos vazios e
aproveitados ao longo da linha.
As redes serão executadas com dutos corrugados flexíveis em polietileno de alta
densidade (PEAD), de diâmetro externo nominal de 125 mm, conforme NBR 15715. Os
dutos deverão ser instalados com tampões nas extremidades e com arame guia
galvanizado AWG n°14 e revestido em PVC para puxamento primário da corda ou cabo
de aço.
O posicionamento dos eletrodutos em uma rede de dutos deverá ser o mesmo
no trajeto de duas caixas de passagem consecutivas. Quando por ventura, houver
obstáculos, não previstos em Projetos, entre duas caixas de passagem consecutivas,
pode-se adaptar o feixe de eletrodutos de forma a vencê-lo, tendo-se o cuidado em
manter as mesmas posições relativas dos dutos, tanto verticais como horizontais,
mantendo-se assim a mesma formação anteriormente prevista. Na rede subterrânea
não será permitida a redução de diâmetros de eletrodutos. O raio de curvatura mínimo
para a rede de dutos deverá ser aquele raio mínimo permitido para o cabo de maior
bitola que será instalado na rede e deverá ainda ser observado o raio mínimo de
curvatura para eletrodutos.
Quando indicado no Projeto, os eletrodutos deverão ser identificados nas
entradas e saídas das caixas.
Nos locais de travessias ou pisos onde existam circulação de cargas
provenientes de equipamentos, automóveis, caminhões, etc. deverá ser previsto a
execução de placas de concreto armado (testemunho) ao longo e sobre a rede de
eletrodutos para proteção do envelopamento. Também para esse trecho a rede deverá
ser instalada com a parte superior de envelopamento no mínimo a 70 cm do piso
acabado.
As possíveis emendas que possam existir nos dutos deverão ser executadas
perfeitamente, de modo que a areia ou a nata do concreto não penetre e nem obstrua o
interior dos dutos.
Os eletrodutos de reserva deverão, após a limpeza, serem vedadas em ambas
as extremidades com tampões adequados.
Deverão ser instaladas sobre a rede de dutos fitas de aviso a 0,20 m da
superfície e a cada metro ao longo da linha de dutos. Essas fitas devem ter cor laranja
para eletrônica e cor amarela para elétrica e deverão constar as inscrições “CUIDADO!
PERIGO! TELECOMUNICAÇÕES!” ou “CUIDADO! PERIGO! CABO ALTA TENSÃO!”
para redes de telecomunicações ou de energia, respectivamente.
Para assentamentos de dutos corrugados com envelopamento em concreto, o
fundo da vala deverá ser revestido com uma camada de 0,06 m de concreto, formando
assim um berço para o seu assentamento.

3.4 CONCRETAGEM DO ENVELOPE

Antes da concretagem do envelope, deverá ser feita uma rigorosa inspeção nos
eletrodutos, pela FISCALIZAÇÃO.

Página 222
Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

O concreto a ser empregado na fabricação dos envelopes deverá ser concreto


simples, moldado “in loco” e com tensão mínima de ruptura aos 28 dias (fck) de 15 MPa.
A areia a ser usada deverá ser limpa, isenta de materiais orgânicos e sal. A
quantidade de água a ser usada deverá ser a indispensável para permitir a
maleabilidade do concreto, portanto, deverá evitar-se o excesso de água para não
reduzir a tensão de ruptura.
Antes da concretagem do envelope, os dutos devem estar tracionados e fixados
em suas extremidades, para que seja mantido o perfeito alinhamento.
Após assentados os eletrodutos, deverá ser feita a armação das formas do
envelope, podendo ser de madeira ou outro material, e o concreto deverá ser colocado
de maneira uniforme, espalhado e adensado por meio de hastes vibratórias, a fim de
preencher todos os espaços vazios. Deverão evitar-se esforços mecânicos nos
eletrodutos devido à vibração. O concreto nunca deverá ser lançado diretamente da
“bica” da betoneira sobre a linha de dutos, evitando-se assim que ocorra a inversão das
camadas, desalinhamento do banco de dutos e desagregação do concreto.
Quando a concretagem de um trecho for, por qualquer motivo, interrompida, a
extremidade do concreto deverá ser inclinada e não lisa, a fim de não formar face
vertical. Os eletrodutos deverão sobressair de, no mínimo, 50 cm do envelope e as
extremidades dos dutos deverão ser tampadas por meio adequado.
Poderão ser utilizadas “baias” ao longo da vala, a fim de facilitar o lançamento
do concreto.
O envelope deve ser projetado a fim de não haver acúmulo de água no interior
dos eletrodutos. Não devem existir pontos baixos na rede entre extremidades do
segmento do envelope.
As dimensões dos envelopes deverão ser determinadas de acordo com as
seguintes prescrições:
s) A distância mínima entre faces externas de eletrodutos deverá ser de 50
mm;
t) A distância mínima de face externa de um eletroduto à face do envelope
será de 60 mm para as laterais e de 60 mm na parte inferior e superior.

3.5 REATERRO DA VALA

Após a remoção completa das formas, entulhos e completo esgotamento de


água, deverá ser executado o reaterro da vala, em camadas não superiores a 20 cm de
espessura, através de compactação mecânica com soquete vibratório do tipo Sapo. O
material poderá ser o mesmo que foi retirado quando da abertura das valas, desde que
esteja isento de pedras, detritos e outras impurezas.
Ao ser concluído o reaterro, todo o material remanescente deverá ser removido
para o local de bota-fora aprovado pela Fiscalização. O terreno deverá ser entregue
limpo e nivelado.

4 CONTROLE

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Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

4.1 CONTROLE TECNOLÓGICO

Para a verificação do material recebido, deverá ser executado o controle


tecnológico de acordo com as prerrogativas estipuladas pela NBR 15715. De cada lote
de dutos recebido devem ser retiradas amostras para exame dimensional e visual,
escolhidas de forma aleatória, na quantidade estipulada na Tabela 1.

Tabela 1 – Plano de amostragem para exame dimensional e visual

Tamanho do Tamanho da amostra Número de unidades defeituosas


lote (barras ou 1° amostragem 2° amostragem
rolos) 1ª amostragem 2ª amostragem
Ac-1 Re-1 Ac-2 Re-2
16 a 25 5 - 0 1 - -
26 a 90 8 8 0 2 1 2
91 a 150 13 13 0 3 3 4
151 a 280 20 20 1 4 4 5
281 a 500 32 32 2 5 6 7
501 a 1200 50 50 3 7 8 9
1201 a 3200 80 80 5 9 12 13
3201 a 10000 125 125 7 11 18 19

• O diâmetro externo médio deve ser de (125,0 ± 3,0) mm;


• O comprimento mínimo da bolsa e da ponta deve ser de 70 mm;
Os dutos corrugados devem ser marcados, a cada 2 m, de forma visível e
indelével, podendo ser em relevo, com os seguintes dizeres:
• Nome ou merca de identificação do fabricante;
• A sigla “PE”;
• Quando aplicável, a expressão “NÃO PROPAGANTE DE CHAMA”;
• Número na norma correspondente: NBR 15715;
• A expressão “ENERGIA/TELECOM”;
• Diâmetro externo nominal (DE) correspondente;
• Código que permita a rastreabilidade à sua produção, tal que
contemple um indicador relativo ao mês e ano de fabricação;
Obs.: Para dutos corrugados fornecidos em rolos, admite-se a ocorrência de no
máximo três ausências de marcação a cada 25 m.
As conexões devem ser marcadas de forma visível e indelével, podendo ser em
relevo, com os seguintes dizeres:

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Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

• Nome ou marca de identificação do fabricante;


• Diâmetro externo nominal (DE) do fabricante;
• Sigla que identifique o tipo de material: PE, PP ou PVC;
• Número da norma correspondente: NBR 15715;
• Quando aplicável, a sigla “NP” para materiais não propagante a
chama.
Para cada lote de dutos corrugados inspecionado, o relatório de resultados de
inspeção deve conter no mínimo o seguinte:
• Diâmetro externo nominal (DE);
• Código de rastreabilidade;
• Tamanho do lote inspecionado, em metros, e número de barras ou
rolos;
• Resultado dos ensaios de recebimento;
• Informação de que o lote atende ou não às especificações.

5 MEDIÇÃO

A medição para este serviço será realizada na unidade de medida “metro linear”
de banco de dutos com 2 eletrodutos PEAD, instalados e assentados, medidos in loco.
Os serviços serão pagos pelos preços unitários contratuais, em conformidade
com a medição anterior, que remuneram, além da escavação, do reaterro, da aquisição
dos materiais, do preparo e do transporte ao local de aplicação, os custos diretos e
indiretos de todas as operações, equipamentos, encargos gerais, mão-de-obra e leis
sociais, necessários à completa execução dos serviços.

6 ASPECTOS AMBIENTAIS

No decorrer das operações destinadas às execuções dos dispositivos de


drenagem deverão ser observados cuidados visando à preservação do meio ambiente,
tais que:
Quando houver excesso de material de escavação ou sobras, deverá ser
removido das proximidades dos dispositivos, de modo a não provocar o seu
entupimento, sendo conduzido para bota-fora licenciado ambientalmente indicado pela
contratada.
O material excedente removido será transportado para local pré-definido em
conjunto com a fiscalização cuidando-se ainda para que este material não seja
conduzido para os cursos d’agua, de modo a não causar assoreamento.
Nos pontos de deságue dos dispositivos deverão ser executadas obras de
proteção de forma a evitar a erosão das vertentes ou assoreamento de cursos d’agua.
Em todos os locais onde ocorrerem escavações ou aterros necessários à
implantação da obra deverá ser feito revestimento vegetal adequado dos bota-foras, a
Página 225
Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

fim de proporcionar a manutenção das condições locais e incorporá-los à paisagem


local.
O trânsito dos equipamentos e veículos de serviço desnecessários deverá ser
evitado, tanto quanto possível, para não causar desfiguração, principalmente onde
houver alguma área com relevante interesse paisagístico ou ecológico.
Nas áreas de bota-fora ou empréstimos necessários à realização das valas de
saída que se instalam nas vertentes, deverão ser evitados os lançamentos de materiais
de escavação que possam afetar o sistema de drenagem superficial.

7 REFERÊNCIAS

NORMA ABNT NBR 15715/2009. Sistema de dutos corrugados de polietileno


(PE) para infraestrutura de cabos de energia e telecomunicações – Requisitos. Rio de
Janeiro.

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Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

DREN.081/1 – FORNECIMENTO E ASSENTAMENTO DE DUTOS PEAD 4 X Ø100


MM POR MÉTODO NÃO DESTRUTIVO, DISTANCIA MÁXIMA DE 80 M.
AF_ITA_09/2014
UNIDADE: m (metro)

ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS

1 GENERALIDADES

Esta Especificação Técnica fixa as condições para o fornecimento e


assentamento de banco de dutos PEAD 4 Ø 100 mm (diâmetro interno) por de Método
Não-Destrutivo (MND) Direcional (HDD).
Método Não-Destrutivo (MND) compreende a ciência referente à instalação,
reparação e reforma de tubos, dutos e cabos subterrâneos utilizando técnicas que
minimizam ou eliminam a necessidade de escavações.

2 MATERIAIS

2.1 DUTOS

Os dutos PEAD a serem utilizados na composição do banco de dutos devem, de


preferência, serem do tipo liso, uma vez que os tubos corrugados apresentam grande
resistência ao atrito durante a introdução na seção escavada.

3 EQUIPAMENTOS

Para a execução de escavação por método não destrutivo, e assentamento de


quatros linhas de tubos PEAD Ø100 mm, devem ser empregados os seguintes
equipamentos:
• Máquina de escavação por Método Não-Destrutivo Direcional (MND direcional);
• Caminhão pipa (somente para abastecimento do reservatório de água para
resfriamento, quando necessário);
• Ferramentas manuais diversas.

4 EXECUÇÃO

Para a execução do MND direcional os métodos mais utilizados são


denominados HDD com a entrada do duto pela superfície e HDD com entrada pelo

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shaft (que consiste basicamente em um furo maior onde é instalado o equipamento que
lança o tubo já no nível de assentamento).
Para ambos, a execução se resume nas seguintes etapas (ISTT, 2007; O
EMPREITEIRO, 2005):

4.1 PLANEJAMENTO DO FURO

A partir do levantamento fotográfico e do cadastro de interferências, é elaborado


o plano de navegação da perfuração a ser executada, levando-se em conta as
profundidades necessárias e a flexibilidade da tubulação a ser instalada, são
posicionados poços de partida e chegada para perfuração, em pontos que garantam
não intervenção na faixa desejada, a uma distância de 10 metros do seu entorno.

4.2 MONTAGEM DO EQUIPAMENTO DE PERFURAÇÃO

O equipamento consiste em uma perfuratriz rotativa que perfura o solo utilizando


rotação, injeção de água ou ar comprimido. Sua montagem inclui ancoragem no terreno
de base, alinhamento e inclinação desejada para o início da perfuração. Acionando o
equipamento, a perfuratriz executa um furo piloto guiado por um emissor de ondas
eletromagnéticas que informa constantemente a posição, inclinação e direcionamento
da cabeça de perfuração.
A partir do poço de partida, uma haste é utilizada para perfurar horizontalmente,
com o uso de fluído lubrificante, que é expelido por difusores especialmente projetados
na cabeça da haste.
O direcionamento da perfuração é acurado através de um transmissor na cabeça
da lança, com grande precisão, permitindo que a haste atinja o local exato determinado
para o poço de saída, garantindo a diretriz e profundidades determinadas.
Um escarificador apropriado é então colocado, permitindo o alargamento do furo
piloto até o diâmetro desejado, mediante marcha à ré. O elemento a ser introduzido
para dentro do furo piloto (tubulação), é preso diretamente atrás do alargador e
cuidadosamente puxado, sem causar qualquer dano, servindo o fluido de lubrificante.

4.3 ALARGAMENTO E DESOBSTRUÇÃO DO FURO

O alargamento consiste na passagem progressiva de ferramentas de diâmetros


maiores a cada operação até atingir o suficiente para a instalação do tubo, removendo
e compactando o material (solo) de forma a desobstruir completamente o furo.

4.4 INSTALAÇÃO DO TUBO

Com o furo preparado, executa-se a solda das barras (em geral polietileno), e a
sonda faz a instalação do tubo por tração.

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Ainda para implantação de dutos, o método de inserção varia de acordo com a


característica do solo (incluindo até rochas) chegando ao máximo de complexidade
com a execução dos “microtúneis” que utilizam o equipamento denominado shield para
assentamento de tubos de concreto ou aço, cujo diâmetro pode variar de 600 a 3.000
milímetros.
A Figura 1 apresenta em corte o esquema do processo de MND – HDD com
entrada do duto pela superfície. À esquerda a bobina de polietileno e à direita, a
perfuratriz rotativa.

5 MEDIÇÃO

A medição para esse serviço será executada por metro de escavação por MND
executada, incluindo o assentamento de 4 dutos de Ø100 mm de diâmetro interno e a
argamassa de preenchimento.

6 ASPECTOS AMBIENTAIS

No decorrer das operações destinadas às execuções dos dispositivos de


drenagem deverão ser observados cuidados visando à preservação do meio ambiente,
tais que:
Quando houver excesso de material de escavação ou sobras, deverá ser
removido das proximidades dos dispositivos, de modo a não provocar o seu
entupimento, sendo conduzido para bota-fora licenciado ambientalmente indicado pela
contratada.
O material excedente removido será transportado para local pré-definido em
conjunto com a fiscalização cuidando-se ainda para que este material não seja
conduzido para os cursos d’agua, de modo a não causar assoreamento.
Nos pontos de deságue dos dispositivos deverão ser executadas obras de
proteção de forma a evitar a erosão das vertentes ou assoreamento de cursos d’agua.
Em todos os locais onde ocorrerem escavações ou aterros necessários à
implantação da obra deverá ser feito revestimento vegetal adequado dos bota-foras, a

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fim de proporcionar a manutenção das condições locais e incorporá-los à paisagem


local.
O trânsito dos equipamentos e veículos de serviço desnecessários deverá ser
evitado, tanto quanto possível, para não causar desfiguração, principalmente onde
houver alguma área com relevante interesse paisagístico ou ecológico.
Nas áreas de bota-fora ou empréstimos necessários à realização das valas de
saída que se instalam nas vertentes, deverão ser evitados os lançamentos de materiais
de escavação que possam afetar o sistema de drenagem superficial.

7 REFERÊNCIAS

INFRAERO – EMPRESA BRASILEIRA DE INFRAESTRUTURA


AEROPORTÁRIA. Especificações Técnicas Nº 09.01.402.00.22 – Fornecimento e
assentamento de dutos PEAD 4xØ100 mm por Método Não Destrutivo, distância
máxima de 80 metros, parte integrante do documento GE.01/000.73/01162/04.
Abr/2012.

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DREN.082/1 - FORNECIMENTO E ASSENTAMENTO DE DUTOS CORRUGADOS


PEAD 12 X Ø125MM (DE), CONFORME NBR 15715, VALA DE 1370MM X 1295MM,
REATERRO COM MATERIAL DA PROPRIA CAVA, COM ENVELOPAMENTO EM
CONCRETO. AF_ITA_09/2014
UNIDADE: m (metro)

ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS

1 GENERALIDADES

Esta Especificação Técnica fixa as condições de execução de uma rede de


dutos composta por 12 dutos com diâmetro externo nominal Ø125 mm, corrugados
flexíveis, espaçados entre seus centros, por 175 mm, fabricado em polietileno de alta
densidade (PEAD), conforme a norma ABNT NBR 15715/2009, com envelopamento
em concreto, na profundidade mínima de 700 mm do topo do envelopamento, conforme
dimensões e detalhes constantes da figura a seguir.

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Esta especificação abrange os serviços de escavação da vala, apiloamento do


fundo da vala, lançamento dos dutos e acessórios, envelopamento em concreto e
reaterro compactado da vala.

2 MATERIAIS

2.1 DUTOS

Os bancos e linhas de dutos serão compostos por dutos fabricados em PEAD


(Polietileno de Alta Densidade), de diâmetro externo nominal Ø125 mm, que se
desenvolvem helicoidalmente no sentido do eixo longitudinal e com passo constante,
na cor preta, de seção circular, corrugado, impermeável e com excelente raio de
curvatura, conforme norma ABNT NBR 15715. Deverão ser fornecidos todos os
acessórios recomendados pelo fabricante para a perfeita instalação dos dutos (Ref.:
Kanalex da Kanaflex, Techduto ou equivalente).

2.2 ACESSÓRIOS

Fazem parte da rede de dutos, os seguintes acessórios:

2.2.1 TAMPÃO

Peça em PEAD, de seção circular rosqueável, destinada ao tamponamento dos


dutos corrugados.

2.2.2 TERMINAL

Peça em PEAD, de seção circular rosqueável, obtida através do seccionamento


do tampão de comprimento L.

2.2.3 CONEXÕES

Peça em PEAD, de seção circular, destinada a unir dois dutos corrugados


flexíveis, de mesmo diâmetro nominal, por meio de rosqueamento ou destinada a unir
duto corrugado com outros tubos de face lisa e mesmo diâmetro.

2.2.4 ARAME-GUIA

Arame de aço galvanizado AWG, número 14 (fornecido no interior do duto),


revestido em PVC e destinado ao puxamento primário da corda ou cabo de aço (carga
de ruptura = 500 N).

2.2.5 FITA DE AVISO

Fita plástica, com largura de 100 mm, destinada à sinalização, a cada metro ao
longo da linha de dutos. Deverá ser fabricada na cor laranja para eletrônica e na cor
amarela para energia. Nas fitas deverão constar as inscrições, “CUIDADO! PERIGO!
TELECOMUNICAÇÕES!” ou “CUIDADO! PERIGO! CABO ALTA TENSÃO!”, conforme
o uso da rede sendo para telecomunicações ou energia, respectivamente.
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2.2.6 KIT FITA DE VEDAÇÃO/FILME DE PVC PARA EMENDA DE DUTO

A fita de vedação ou MASTIQUE tem por objetivo a vedação e consolidação


dos dutos nos pontos de emenda, impedindo a penetração de agentes externos e
garantindo a maleabilidade e a estanqueidade da emenda. Geralmente, é fornecida nas
dimensões de 70 mm x 1,5 mm x 1000 mm. Após a aplicação da fita de vedação,
aplica-se um filme de PVC para proteção em todo o perímetro da conexão.

2.2.7 CAVALETES

Cavalete de madeira ou outro material qualquer, utilizado no lançamento dos


dutos na vala.

2.2.8 ESPAÇADORES

Espaçadores em compensado fino ou tábuas de madeira, utilizados no


lançamento dos dutos na vala.

2.3 MATERIAL PARA ENVELOPAMENTO

O material a ser empregado nos envelopes deverá será ser concreto simples,
moldado “in loco” e com tensão mínima de ruptura aos 28 dias (fck) de 15 MPa.

2.4 EQUIPAMENTOS

A escavação da vala deverá ser executada preferencialmente com escavadeira


hidráulica, podendo ser utilizada retroescavadeira quando o terreno permitir;
Deverá ser utilizado soquete vibratório compactador do tipo sapo para o serviço
de reaterro das valas e compactador manual tipo maço (30 kg) para o serviço de
apiloamento do fundo da vala;

3 EXECUÇÃO

3.1 ESCAVAÇÃO DA VALA

Para a execução do serviço de escavação de vala deverá ser utilizada


preferencialmente escavadeira hidráulica ou, quando o terreno apresentar baixa
resistência, poderá ser utilizada a retroescavadeira. O material proveniente da
escavação deverá ser estocado no local para posterior execução da recomposição do
terreno, sendo o excesso, se for o caso, destinado ao local de bota-fora.
A execução das aberturas das valas para assentamento dos dutos deverá ser
acompanhada de serviços de topografia, onde deverão ser tomados todos os
procedimentos necessários, visando garantir a posição do eixo do envelope, as cotas e
profundidades das redes, as dimensões da seção do envelope e os raios mínimos de
curvatura dos dutos.
A largura da vala deverá ser adequada à execução do envelope e, ainda,
permitir uma fácil movimentação dos montadores e auxiliares durante a execução dos

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serviços. Sendo assim, para profundidades de vala menores ou iguais a 1,50 m, deverá
ser adotada uma largura adicional mínima de cada lado do envelope de 0,30 m. Para
profundidades de vala maiores que 1,50 m, a largura adicional deverá ser fixada de
acordo com as peculiaridades de cada caso.
O escoramento da vala, quando necessário, deve ser executado de acordo com
um plano previamente apresentado pela CONTRATADA. Cuidados especiais deverão
ser tomados nos casos de profundidades elevadas (maiores que 1,50 m), má qualidade
do solo, reduzida inclinação dos taludes, movimentação de cargas pesadas nas
proximidades, condições climáticas desfavoráveis e proximidades de obras existentes
que possam ser comprometidas pelas escavações. Quando da presença de água no
fundo da vala, recomenda-se a aplicação de uma camada de brita, recoberta com
areia.
As escavações para a rede de dutos deverão ser executadas de forma
mecanizada e a profundidade da vala deve ser tal que o cobrimento mínimo do
envelope seja de 0,70 m.

3.2 PREPARAÇÃO DA BASE

A base deverá ficar uniformemente distribuída e o material convenientemente


compactado. A compactação da base do fundo da vala (apiloamento) deverá ser
executada com compactador manual do tipo maço, de 30 kg.
Quando não indicado em Projeto, o declive da vala, entre duas caixas de
passagem, deverá ser, no mínimo, de 0,5% a fim de proporcionar o escoamento de
água nos eletrodutos, até a caixa de passagem para ser processada a drenagem. Caso
duas caixas de passagem consecutivas estejam posicionadas no mesmo nível, ou a
declividade entre elas for menor do que 0,5%, prepara-se o fundo da vala a fim de que
haja uma elevação no ponto central da rede, entre as caixas de passagem. Essa
elevação deverá forçar uma declividade em torno de 0,5% em direção às caixas de
passagem.
Não deverá haver, entre duas caixas de passagem, pontos baixos que
provoquem acumulação de água nos eletrodutos.

3.3 ASSENTAMENTO DOS ELETRODUTOS

Antes de ser executado o lançamento e o assentamento dos dutos no interior da


vala, deverá ser verificado se a vala está em perfeito estado, isto é, limpa (sem a
presença de agentes externos), a fim de evitar que a linha de dutos seja danificada.
Os dutos deverão ser lançados com o auxílio de cavaletes, de dimensões 2,3 m
x 1,05 m e seu puxamento no interior da vala poderá ser feito com uma corda de sisal
amarrada em sua extremidade. Durante o lançamento, os dutos deverão estar
tamponados.
Os eletrodutos, ao serem colocados na vala deverão ser alinhados e arrumados
com o auxílio de espaçadores de compensado ou outro material qualquer, os quais
deverão ser colocados a cada 1,2 m em pontos de reta e a cada 0,8 m em pontos de

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curva. Os espaçadores podem ser removidos após o preenchimento dos vazios e


aproveitados ao longo da linha.
As redes serão executadas com dutos corrugados flexíveis em polietileno de alta
densidade (PEAD), de diâmetro externo nominal de 125 mm, conforme NBR 15715. Os
dutos deverão ser instalados com tampões nas extremidades e com arame guia
galvanizado AWG n°14 e revestido em PVC para puxamento primário da corda ou cabo
de aço.
O posicionamento dos eletrodutos em uma rede de dutos deverá ser o mesmo
no trajeto de duas caixas de passagem consecutivas. Quando por ventura, houver
obstáculos, não previstos em Projetos, entre duas caixas de passagem consecutivas,
pode-se adaptar o feixe de eletrodutos de forma a vencê-lo, tendo-se o cuidado em
manter as mesmas posições relativas dos dutos, tanto verticais como horizontais,
mantendo-se assim a mesma formação anteriormente prevista. Na rede subterrânea
não será permitida a redução de diâmetros de eletrodutos. O raio de curvatura mínimo
para a rede de dutos deverá ser aquele raio mínimo permitido para o cabo de maior
bitola que será instalado na rede e deverá ainda ser observado o raio mínimo de
curvatura para eletrodutos.
Quando indicado no Projeto, os eletrodutos deverão ser identificados nas
entradas e saídas das caixas.
Nos locais de travessias ou pisos onde existam circulação de cargas
provenientes de equipamentos, automóveis, caminhões, etc. deverá ser previsto a
execução de placas de concreto armado (testemunho) ao longo e sobre a rede de
eletrodutos para proteção do envelopamento. Também para esse trecho a rede deverá
ser instalada com a parte superior de envelopamento no mínimo a 70 cm do piso
acabado.
As possíveis emendas que possam existir nos dutos deverão ser executadas
perfeitamente, de modo que a areia ou a nata do concreto não penetre e nem obstrua o
interior dos dutos.
Os eletrodutos de reserva deverão, após a limpeza, serem vedadas em ambas
as extremidades com tampões adequados.
Deverão ser instaladas sobre a rede de dutos fitas de aviso a 0,20 m da
superfície e a cada metro ao longo da linha de dutos. Essas fitas devem ter cor laranja
para eletrônica e cor amarela para elétrica e deverão constar as inscrições “CUIDADO!
PERIGO! TELECOMUNICAÇÕES!” ou “CUIDADO! PERIGO! CABO ALTA TENSÃO!”
para redes de telecomunicações ou de energia, respectivamente.
Para assentamentos de dutos corrugados com envelopamento em concreto, o
fundo da vala deverá ser revestido com uma camada de 0,06 m de concreto, formando
assim um berço para o seu assentamento.

3.4 CONCRETAGEM DO ENVELOPE

Antes da concretagem do envelope, deverá ser feita uma rigorosa inspeção nos
eletrodutos, pela FISCALIZAÇÃO.

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O concreto a ser empregado na fabricação dos envelopes deverá ser concreto


simples, moldado “in loco” e com tensão mínima de ruptura aos 28 dias (fck) de 15 MPa.
A areia a ser usada deverá ser limpa, isenta de materiais orgânicos e sal. A
quantidade de água a ser usada deverá ser a indispensável para permitir a
maleabilidade do concreto, portanto, deverá evitar-se o excesso de água para não
reduzir a tensão de ruptura.
Antes da concretagem do envelope, os dutos devem estar tracionados e fixados
em suas extremidades, para que seja mantido o perfeito alinhamento.
Após assentados os eletrodutos, deverá ser feita a armação das formas do
envelope, podendo ser de madeira ou outro material, e o concreto deverá ser colocado
de maneira uniforme, espalhado e adensado por meio de hastes vibratórias, a fim de
preencher todos os espaços vazios. Deverão evitar-se esforços mecânicos nos
eletrodutos devido à vibração. O concreto nunca deverá ser lançado diretamente da
“bica” da betoneira sobre a linha de dutos, evitando-se assim que ocorra a inversão das
camadas, desalinhamento do banco de dutos e desagregação do concreto.
Quando a concretagem de um trecho for, por qualquer motivo, interrompida, a
extremidade do concreto deverá ser inclinada e não lisa, a fim de não formar face
vertical. Os eletrodutos deverão sobressair de, no mínimo, 50 cm do envelope e as
extremidades dos dutos deverão ser tampadas por meio adequado.
Poderão ser utilizadas “baias” ao longo da vala, a fim de facilitar o lançamento
do concreto.
O envelope deve ser projetado a fim de não haver acúmulo de água no interior
dos eletrodutos. Não devem existir pontos baixos na rede entre extremidades do
segmento do envelope.
As dimensões dos envelopes deverão ser determinadas de acordo com as
seguintes prescrições:
u) A distância mínima entre faces externas de eletrodutos deverá ser de 50
mm;
v) A distância mínima de face externa de um eletroduto à face do envelope
será de 60 mm para as laterais e de 60 mm na parte inferior e superior.

3.5 REATERRO DA VALA

Após a remoção completa das formas, entulhos e completo esgotamento de


água, deverá ser executado o reaterro da vala, em camadas não superiores a 20 cm de
espessura, através de compactação mecânica com soquete vibratório do tipo Sapo. O
material poderá ser o mesmo que foi retirado quando da abertura das valas, desde que
esteja isento de pedras, detritos e outras impurezas.
Ao ser concluído o reaterro, todo o material remanescente deverá ser removido
para o local de bota-fora aprovado pela Fiscalização. O terreno deverá ser entregue
limpo e nivelado.

4 CONTROLE

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4.1 CONTROLE TECNOLÓGICO

Para a verificação do material recebido, deverá ser executado o controle


tecnológico de acordo com as prerrogativas estipuladas pela NBR 15715. De cada lote
de dutos recebido devem ser retiradas amostras para exame dimensional e visual,
escolhidas de forma aleatória, na quantidade estipulada na Tabela 1.

Tabela 1 – Plano de amostragem para exame dimensional e visual

Tamanho do Tamanho da amostra Número de unidades defeituosas


lote (barras ou 1° amostragem 2° amostragem
rolos) 1ª amostragem 2ª amostragem
Ac-1 Re-1 Ac-2 Re-2
16 a 25 5 - 0 1 - -
26 a 90 8 8 0 2 1 2
91 a 150 13 13 0 3 3 4
151 a 280 20 20 1 4 4 5
281 a 500 32 32 2 5 6 7
501 a 1200 50 50 3 7 8 9
1201 a 3200 80 80 5 9 12 13
3201 a 10000 125 125 7 11 18 19

• O diâmetro externo médio deve ser de (125,0 ± 3,0) mm;


• O comprimento mínimo da bolsa e da ponta deve ser de 70 mm;
Os dutos corrugados devem ser marcados, a cada 2 m, de forma visível e
indelével, podendo ser em relevo, com os seguintes dizeres:
• Nome ou merca de identificação do fabricante;
• A sigla “PE”;
• Quando aplicável, a expressão “NÃO PROPAGANTE DE CHAMA”;
• Número na norma correspondente: NBR 15715;
• A expressão “ENERGIA/TELECOM”;
• Diâmetro externo nominal (DE) correspondente;
• Código que permita a rastreabilidade à sua produção, tal que
contemple um indicador relativo ao mês e ano de fabricação;
Obs.: Para dutos corrugados fornecidos em rolos, admite-se a ocorrência de no
máximo três ausências de marcação a cada 25 m.
As conexões devem ser marcadas de forma visível e indelével, podendo ser em
relevo, com os seguintes dizeres:

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• Nome ou marca de identificação do fabricante;


• Diâmetro externo nominal (DE) do fabricante;
• Sigla que identifique o tipo de material: PE, PP ou PVC;
• Número da norma correspondente: NBR 15715;
• Quando aplicável, a sigla “NP” para materiais não propagante a
chama.
Para cada lote de dutos corrugados inspecionado, o relatório de resultados de
inspeção deve conter no mínimo o seguinte:
• Diâmetro externo nominal (DE);
• Código de rastreabilidade;
• Tamanho do lote inspecionado, em metros, e número de barras ou
rolos;
• Resultado dos ensaios de recebimento;
• Informação de que o lote atende ou não às especificações.

5 MEDIÇÃO

A medição para este serviço será realizada na unidade de medida “metro linear”
de banco de dutos com 2 eletrodutos PEAD, instalados e assentados, medidos in loco.
Os serviços serão pagos pelos preços unitários contratuais, em conformidade
com a medição anterior, que remuneram, além da escavação, do reaterro, da aquisição
dos materiais, do preparo e do transporte ao local de aplicação, os custos diretos e
indiretos de todas as operações, equipamentos, encargos gerais, mão-de-obra e leis
sociais, necessários à completa execução dos serviços.

6 ASPECTOS AMBIENTAIS

No decorrer das operações destinadas às execuções dos dispositivos de


drenagem deverão ser observados cuidados visando à preservação do meio ambiente,
tais que:
Quando houver excesso de material de escavação ou sobras, deverá ser
removido das proximidades dos dispositivos, de modo a não provocar o seu
entupimento, sendo conduzido para bota-fora licenciado ambientalmente indicado pela
contratada.
O material excedente removido será transportado para local pré-definido em
conjunto com a fiscalização cuidando-se ainda para que este material não seja
conduzido para os cursos d’agua, de modo a não causar assoreamento.
Nos pontos de deságue dos dispositivos deverão ser executadas obras de
proteção de forma a evitar a erosão das vertentes ou assoreamento de cursos d’agua.
Em todos os locais onde ocorrerem escavações ou aterros necessários à
implantação da obra deverá ser feito revestimento vegetal adequado dos bota-foras, a
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Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

fim de proporcionar a manutenção das condições locais e incorporá-los à paisagem


local.
O trânsito dos equipamentos e veículos de serviço desnecessários deverá ser
evitado, tanto quanto possível, para não causar desfiguração, principalmente onde
houver alguma área com relevante interesse paisagístico ou ecológico.
Nas áreas de bota-fora ou empréstimos necessários à realização das valas de
saída que se instalam nas vertentes, deverão ser evitados os lançamentos de materiais
de escavação que possam afetar o sistema de drenagem superficial.

7 REFERÊNCIAS

NORMA ABNT NBR 15715/2009. Sistema de dutos corrugados de polietileno


(PE) para infraestrutura de cabos de energia e telecomunicações – Requisitos. Rio de
Janeiro.

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DREN.083/1 – CONSTRUÇÃO DE CAIXA DE PASSAGEM EM CONCRETO


ARMADO - DIMENSÕES 0,80M X 0,80M X 0,60M (CXLXP), COM TAMPA DE FERRO
FUNDIDO ARTICULÁVEL PARA TRÁFEGO PESADO, ÁREA SUJEITA A
SOBRECARGAS CLASSE F900, CONFORME NBR 10160/2005, CAIXA CP I.
AF_ITA_09/2014
UNIDADE: unid (unidade)

ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS

1 GENERALIDADES

Esta Especificação Técnica fixa as condições para construção de caixas de


passagem em concreto armado, de dimensões 0,80m x 0,80m x 0,60m, com tampa de
ferro fundido articulável de Classe F900 para áreas sujeitas a cargas muito elevadas,
conforme NBR 10160/2005.
Estão inclusos nesta especificação os serviços de escavação de valas para
construção da caixa, compactação do fundo da vala, construção da base em concreto
magro, construção da caixa de passagem, incluindo formas, ferragens, lançamento,
adensamento, acabamento e cura do concreto, colocação do tampão em ferro fundido
e construção do dreno, bem como os serviços de reaterro compactado após a
construção da caixa.
As figuras a seguir apresentam os detalhes e dimensões da caixa em concreto
armado, bem como a relação de ferragens para armação das paredes, tampa e fundo
das caixas.

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Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

2 MATERIAIS

2.1 CONCRETO

O concreto a ser empregado na execução das caixas será moldado “in loco” ou
em central de concreto e deverá apresentar tensão mínima de ruptura aos 28 dias (fck)
de 25 MPa.

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Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

Para a execução do berço sobre o qual a caixa será assentada, exige-se um


concreto magro com fck igual ou superior a 11 MPa.

2.1.1 CIMENTO

Não havendo indicação em contrário, o cimento a empregar será o Portland


comum ou de alto forno, devendo satisfazer às prescrições das normas da ABNT, NBR
5732/1991 e NBR 5735/1991.
Caberá à Fiscalização aprovar o cimento a ser empregado, podendo exigir a
apresentação de certificado de qualidade, quando julgar necessário.

2.1.2 AGREGADOS

Os agregados para a confecção de concreto ou argamassa deverão ser


materiais sãos, resistentes e inertes, de acordo com as definições seguintes.
Deverão ser armazenados separadamente, isolados do terreno natural por
assoalho de madeira ou camada de concreto de cimento.

Agregado Miúdo
O agregado miúdo deve ser areia natural quartzosa de diâmetro máximo 4,8
mm. Deve estar limpo e não apresentar substâncias nocivas, como torrões de argila,
matéria orgânica e outras.
Somente mediante avaliação da Fiscalização, poderão ser empregadas areias
artificiais provenientes de rocha sadia.
Agregado Graúdo
Consistirá de pedra britada ou seixo rolado britado, de diâmetro máximo superior
a 4,8 mm e inferior a 76 mm, isento de partículas aderentes, e não podendo apresentar
substâncias nocivas, como torrões de argila, matéria orgânica e outras.
O agregado graúdo será constituído pela mistura de partículas de diversos
diâmetros, em proporções convenientes, de acordo com os traços indicados.

2.1.3 FERRAGENS

O aço a ser empregado na confecção das armaduras será do tipo CA-50 ou CA-
60, conforme o seu uso. As barras de aço deverão ser armazenadas sobre caibros,
pontaletes ou barras metálicas evitando contato direto com o solo. Em caso de longos
períodos de estocagem devem-se cobrir as barras com lona plástica.

2.1.4 ÁGUA

A água para preparação do concreto deverá ser razoavelmente clara e isenta de


óleos, ácidos, álcalis, matéria orgânica, ou outros contaminantes.

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2.1.5 MATERIAIS PARA CURA DO CONCRETO

Os materiais usados na cura do concreto serão, normalmente, tecidos de juta,


cânhamo ou algodão, mantidos permanentemente molhados. Os tecidos empregados
deverão absorver prontamente a água, não apresentar furos, nem conter terra ou
qualquer outra substância que prejudique a absorção ou que tenha efeito sobre o
concreto. Quando limpos e secos, não deverão pesar menos de 200 g/m².

2.2 TAMPÃO

O tampão deverá ser de ferro fundido dúctil, circular, não ventilado, diâmetro
nominal 600 mm (diâmetro livre de passagem), com tampa articulada, removível e com
bloqueio anti-fechamento acidental, com travamento automático realizado por barra
elástica e com anel antirruído, constituído de tampa e telar.
A articulação da tampa deverá ser por meio de rótula, com abertura a 110º,
provida de bloqueio de segurança a 90º impedindo o fechamento acidental. Não será
permitida articulação por pinos, grampos de aço e/ou parafusos, nem a fixação por
solda.
A classificação do tampão deverá estar de acordo com a norma ABNT NBR
10160/2005 – Tampões e grelhas de ferro fundido dúctil - Requisitos e métodos de
ensaios – para classe F900, destinada a áreas sujeitas a cargas muito elevadas.
A superfície do tampão deve ser antiderrapante e possuir a inscrição do tipo de
rede.

3 EQUIPAMENTOS

A execução deverá prever a utilização racional de equipamento apropriado,


atendidas as condições locais e a produtividade exigida. Os seguintes tipos de
equipamentos são os mais indicados, podendo ser utilizados outros equipamentos.
• Escavadeira Hidráulica, para escavação da vala;
• Compactador com soquete vibratório do tipo sapo mecânico para os serviços
de reaterro
• Compactador manual tipo maço para os serviços de apiloamento do fundo da
vala da escavação; e
• Haste vibratória para adensamento de concreto;

4 EXECUÇÃO

A execução das caixas de passagem de concreto armado deve observar os


elementos técnicos fornecidos à Contratada, como as especificações e os desenhos do
projeto.
O serviço deve iniciar-se com a escavação da vala em que será feita a caixa,
cuidando-se para que a profundidade seja adequada, além de garantir-se que a vala
tenha espaço suficiente para que seja feita a montagem e a desmontagem das formas.

Página 243
Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

Para isso, recomenda-se a escavação de uma largura adicional mínima em relação a


cada face da caixa de 0,30 metros.
O fundo da vala deverá ser compactado com utilização de compactador com
soquete mecânico tipo sapo, ou maço manual. Ao fundo compactado, deverá ser
executada uma camada com 8 cm de espessura em concreto magro com fck igual ou
superior a 11 MPa, acima do qual será construída a base da caixa.
A base da caixa será executada sobre o lastro de concreto, previamente à
instalação das formas. Deverá ser previsto a execução de um dreno em tubo de PVC
com 20 centímetros de diâmetro e que atravesse a camada de lastro bem como o
fundo da caixa em pelo menos, 5 centímetros cada. O interior do dreno será
preenchido com pedra britada nº 2.
Após a execução da base, deve-se preceder à colocação das formas e em
seguida o posicionamento da armadura. As barras devem estar devidamente
posicionadas na forma previamente à concretagem.
O concreto deve ser transportado para o local de lançamento, de modo que não
ocorra segregação ou perda de qualquer de seus componentes.
No caso de serem utilizadas instalações centrais fixas de dosagem, ou para
transporte superior a 30 minutos (no máximo 90 minutos), o concreto deverá ser
transportado ao local de lançamento em caminhão betoneira com velocidade de
agitação de 2 a 6 rpm.
A produção de concreto deverá ser regulada de acordo com a marcha das
operações de concretagem, num ritmo que garanta a necessária continuidade do
serviço.
O lançamento do concreto deverá ser feito de modo a reduzir o trabalho de
espalhamento, evitando-se a segregação de seus componentes.
O espalhamento do concreto será executado com auxílio de ferramentas
manuais, evitando-se sempre a segregação dos materiais.
O adensamento do concreto será feito por meio de vibração com o emprego de
vibradores de imersão.
O acabamento da superfície será realizado imediatamente após o adensamento
do concreto.
O período de cura deve ser, no mínimo, de 7 dias.
As formas só poderão ser retiradas quando decorrerem pelo menos 12 horas
após a concretagem. A Fiscalização poderá, entretanto, fixar prazos maiores, até um
máximo de 24 horas.
Após a remoção completa das formas, entulhos e completo esgotamento de
água, deverá ser executado o reaterro da vala, em camadas não superiores a 20 cm de
espessura, através de compactação mecânica com soquete vibratório do tipo Sapo.
O material poderá ser o mesmo que foi retirado quando da abertura das valas,
desde que esteja isento de pedras, detritos e outras impurezas.

Página 244
Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

Ao ser concluído o reaterro, todo o material remanescente deverá ser removido


para o local de bota-fora aprovado pela Fiscalização. O terreno deverá ser entregue
limpo e nivelado.
Deve-se atentar rigorosamente às medidas de projeto para que a instalação da
tampa seja feita na cota adequada.

5 CONTROLE

5.1 CONTROLE TECNOLÓGICO

As caixas de passagem serão controladas no que diz respeito às cotas,


alinhamentos, dimensões e locação topograficamente, antes e após a conclusão dos
serviços, com base nos elementos previstos no projeto.
A equipe de topografia deve verificar a perfeita instalação da caixa de passagem
na cota de projeto adequada.
A resistência do concreto à compressão simples será verificada em corpos de
prova cilíndricos, moldados no local da concretagem e submetidos à cura até o
momento da determinação de acordo com as normas ABNT.

6 MEDIÇÃO

A medição para este serviço será realizada por unidade de caixa de passagem
construída.
Os serviços serão pagos pelos preços unitários contratuais, em conformidade
com a unidade de medição, que remuneram, além da escavação, do reaterro, da
aquisição dos materiais, do preparo, do transporte ao local de aplicação e da execução,
os custos diretos e indiretos de todas as operações, equipamentos, encargos gerais,
mão-de-obra e leis sociais, necessários à completa execução dos serviços.

7 ASPECTOS AMBIENTAIS

No decorrer das operações destinadas às execuções dos dispositivos de


drenagem deverão ser observados cuidados visando à preservação do meio ambiente,
tais que:
Quando houver excesso de material de escavação ou sobras, deverá ser
removido das proximidades dos dispositivos, de modo a não provocar o seu
entupimento, sendo conduzido para bota-fora licenciado ambientalmente indicado pela
contratada.
O material excedente removido será transportado para local pré-definido em
conjunto com a fiscalização cuidando-se ainda para que este material não seja
conduzido para os cursos d’agua, de modo a não causar assoreamento.
Nos pontos de deságue dos dispositivos deverão ser executadas obras de
proteção de forma a evitar a erosão das vertentes ou assoreamento de cursos d’agua.
Em todos os locais onde ocorrerem escavações ou aterros necessários à
implantação da obra deverá ser feito revestimento vegetal adequado dos bota-foras, a
Página 245
Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

fim de proporcionar a manutenção das condições locais e incorporá-los à paisagem


local.
O trânsito dos equipamentos e veículos de serviço desnecessários deverá ser
evitado, tanto quanto possível, para não causar desfiguração, principalmente onde
houver alguma área com relevante interesse paisagístico ou ecológico.
Nas áreas de bota-fora ou empréstimos necessários à realização das valas de
saída que se instalam nas vertentes, deverão ser evitados os lançamentos de materiais
de escavação que possam afetar o sistema de drenagem superficial.

8 REFERÊNCIAS

NORMA ABNT NBR 10160/2005 – Tampões e Grelhas de Ferro Fundido Dúctil -


Requisitos e Métodos de Ensaios;
Especificações Gerais para Obras de Infraestrutura Aeroportuária da Diretoria de
Engenharia da Aeronáutica – DIRENG.

Página 246
Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

DREN.084/1 – CONSTRUÇÃO DE CAIXA DE PASSAGEM, EM CONCRETO


ARMADO - DIMENSÕES 1,80M X 1,80M X 1,97M (CXLXP), COM TAMPA DE FERRO
FUNDIDO ARTICULÁVEL PARA TRÁFEGO PESADO, ÁREA SUJEITA A
SOBRECARGAS CLASSE F900, CONFORME NBR 10160/2005, CAIXA CP II.
AF_ITA_09/2014
UNIDADE: unid (unidade)

ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS

1 GENERALIDADES

Esta Especificação Técnica fixa as condições para construção de caixas de


passagem em concreto armado, de dimensões 1,80m x 1,80m x 1,97m, com tampa de
ferro fundido articulável de Classe F900 para áreas sujeitas a cargas muito elevadas,
conforme NBR 10160/2005.
Estão inclusos nesta especificação os serviços de escavação de valas para
construção da caixa, compactação do fundo da vala, construção da base em concreto
magro, construção da caixa de passagem, incluindo formas, ferragens, lançamento,
adensamento, acabamento e cura do concreto, colocação do tampão em ferro fundido
e construção do dreno, bem como os serviços de reaterro compactado após a
construção da caixa.
As figuras a seguir apresentam os detalhes e dimensões da caixa em concreto
armado, bem como a relação de ferragens para armação das paredes, tampa e fundo
das caixas.

Página 247
Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

Página 248
Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

2 MATERIAIS

2.1 CONCRETO

O concreto a ser empregado na execução das caixas será moldado “in loco” ou
em central de concreto e deverá apresentar tensão mínima de ruptura aos 28 dias (fck)
de 25 MPa.

Página 249
Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

Para a execução do berço sobre o qual a caixa será assentada, exige-se um


concreto magro com fck igual ou superior a 11 MPa.

2.1.1 CIMENTO

Não havendo indicação em contrário, o cimento a empregar será o Portland


comum ou de alto forno, devendo satisfazer às prescrições das normas da ABNT, NBR
5732/1991 e NBR 5735/1991.
Caberá à Fiscalização aprovar o cimento a ser empregado, podendo exigir a
apresentação de certificado de qualidade, quando julgar necessário.

2.1.2 AGREGADOS

Os agregados para a confecção de concreto ou argamassa deverão ser


materiais sãos, resistentes e inertes, de acordo com as definições seguintes.
Deverão ser armazenados separadamente, isolados do terreno natural por
assoalho de madeira ou camada de concreto de cimento.

Agregado Miúdo
O agregado miúdo deve ser areia natural quartzosa de diâmetro máximo 4,8
mm. Deve estar limpo e não apresentar substâncias nocivas, como torrões de argila,
matéria orgânica e outras.
Somente mediante avaliação da Fiscalização, poderão ser empregadas areias
artificiais provenientes de rocha sadia.
Agregado Graúdo
Consistirá de pedra britada ou seixo rolado britado, de diâmetro máximo superior
a 4,8 mm e inferior a 76 mm, isento de partículas aderentes, e não podendo apresentar
substâncias nocivas, como torrões de argila, matéria orgânica e outras.
O agregado graúdo será constituído pela mistura de partículas de diversos
diâmetros, em proporções convenientes, de acordo com os traços indicados.

2.1.3 FERRAGENS

O aço a ser empregado na confecção das armaduras será do tipo CA-50 ou CA-
60, conforme o seu uso. As barras de aço deverão ser armazenadas sobre caibros,
pontaletes ou barras metálicas evitando contato direto com o solo. Em caso de longos
períodos de estocagem devem-se cobrir as barras com lona plástica.

2.1.4 ÁGUA

A água para preparação do concreto deverá ser razoavelmente clara e isenta de


óleos, ácidos, álcalis, matéria orgânica, ou outros contaminantes.

Página 250
Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

2.1.5 MATERIAIS PARA CURA DO CONCRETO

Os materiais usados na cura do concreto serão, normalmente, tecidos de juta,


cânhamo ou algodão, mantidos permanentemente molhados. Os tecidos empregados
deverão absorver prontamente a água, não apresentar furos, nem conter terra ou
qualquer outra substância que prejudique a absorção ou que tenha efeito sobre o
concreto. Quando limpos e secos, não deverão pesar menos de 200 g/m².

2.2 TAMPÃO

O tampão deverá ser de ferro fundido dúctil, circular, não ventilado, diâmetro
nominal 600 mm (diâmetro livre de passagem), com tampa articulada, removível e com
bloqueio anti-fechamento acidental, com travamento automático realizado por barra
elástica e com anel antirruído, constituído de tampa e telar.
A articulação da tampa deverá ser por meio de rótula, com abertura a 110º,
provida de bloqueio de segurança a 90º impedindo o fechamento acidental. Não será
permitida articulação por pinos, grampos de aço e/ou parafusos, nem a fixação por
solda.
A classificação do tampão deverá estar de acordo com a norma ABNT NBR
10160/2005 – Tampões e grelhas de ferro fundido dúctil - Requisitos e métodos de
ensaios – para classe F900, destinada a áreas sujeitas a cargas muito elevadas.
A superfície do tampão deve ser antiderrapante e possuir a inscrição do tipo de
rede.

3 EQUIPAMENTOS

A execução deverá prever a utilização racional de equipamento apropriado,


atendidas as condições locais e a produtividade exigida. Os seguintes tipos de
equipamentos são os mais indicados, podendo ser utilizados outros equipamentos.
• Escavadeira Hidráulica, para escavação da vala;
• Compactador com soquete vibratório do tipo sapo mecânico para os serviços
de reaterro
• Compactador manual tipo maço para os serviços de apiloamento do fundo da
vala da escavação; e
• Haste vibratória para adensamento de concreto;

4 EXECUÇÃO

A execução das caixas de passagem de concreto armado deve observar os


elementos técnicos fornecidos à Contratada, como as especificações e os desenhos do
projeto.
O serviço deve iniciar-se com a escavação da vala em que será feita a caixa,
cuidando-se para que a profundidade seja adequada, além de garantir-se que a vala
tenha espaço suficiente para que seja feita a montagem e a desmontagem das formas.

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Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

Para isso, recomenda-se a escavação de uma largura adicional mínima em relação a


cada face da caixa de 0,30 metros.
O fundo da vala deverá ser compactado com utilização de compactador com
soquete mecânico tipo sapo, ou maço manual. Ao fundo compactado, deverá ser
executada uma camada com 8 cm de espessura em concreto magro com fck igual ou
superior a 11 MPa, acima do qual será construída a base da caixa.
A base da caixa será executada sobre o lastro de concreto, previamente à
instalação das formas. Deverá ser previsto a execução de um dreno em tubo de PVC
com 20 centímetros de diâmetro e que atravesse a camada de lastro bem como o
fundo da caixa em pelo menos, 5 centímetros cada. O interior do dreno será
preenchido com pedra britada nº 2.
Após a execução da base, deve-se preceder à colocação das formas e em
seguida o posicionamento da armadura. As barras devem estar devidamente
posicionadas na forma previamente à concretagem.
O concreto deve ser transportado para o local de lançamento, de modo que não
ocorra segregação ou perda de qualquer de seus componentes.
No caso de serem utilizadas instalações centrais fixas de dosagem, ou para
transporte superior a 30 minutos (no máximo 90 minutos), o concreto deverá ser
transportado ao local de lançamento em caminhão betoneira com velocidade de
agitação de 2 a 6 rpm.
A produção de concreto deverá ser regulada de acordo com a marcha das
operações de concretagem, num ritmo que garanta a necessária continuidade do
serviço.
O lançamento do concreto deverá ser feito de modo a reduzir o trabalho de
espalhamento, evitando-se a segregação de seus componentes.
O espalhamento do concreto será executado com auxílio de ferramentas
manuais, evitando-se sempre a segregação dos materiais.
O adensamento do concreto será feito por meio de vibração com o emprego de
vibradores de imersão.
O acabamento da superfície será realizado imediatamente após o adensamento
do concreto.
O período de cura deve ser, no mínimo, de 7 dias.
As formas só poderão ser retiradas quando decorrerem pelo menos 12 horas
após a concretagem. A Fiscalização poderá, entretanto, fixar prazos maiores, até um
máximo de 24 horas.
Após a remoção completa das formas, entulhos e completo esgotamento de
água, deverá ser executado o reaterro da vala, em camadas não superiores a 20 cm de
espessura, através de compactação mecânica com soquete vibratório do tipo Sapo.
O material poderá ser o mesmo que foi retirado quando da abertura das valas,
desde que esteja isento de pedras, detritos e outras impurezas.

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Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

Ao ser concluído o reaterro, todo o material remanescente deverá ser removido


para o local de bota-fora aprovado pela Fiscalização. O terreno deverá ser entregue
limpo e nivelado.
Deve-se atentar rigorosamente às medidas de projeto para que a instalação da
tampa seja feita na cota adequada.

5 CONTROLE

5.1 CONTROLE TECNOLÓGICO

As caixas de passagem serão controladas no que diz respeito às cotas,


alinhamentos, dimensões e locação topograficamente, antes e após a conclusão dos
serviços, com base nos elementos previstos no projeto.
A equipe de topografia deve verificar a perfeita instalação da caixa de passagem
na cota de projeto adequada.
A resistência do concreto à compressão simples será verificada em corpos de
prova cilíndricos, moldados no local da concretagem e submetidos à cura até o
momento da determinação de acordo com as normas ABNT.

6 MEDIÇÃO

A medição para este serviço será realizada por unidade de caixa de passagem
construída.
Os serviços serão pagos pelos preços unitários contratuais, em conformidade
com a unidade de medição, que remuneram, além da escavação, do reaterro, da
aquisição dos materiais, do preparo, do transporte ao local de aplicação e da execução,
os custos diretos e indiretos de todas as operações, equipamentos, encargos gerais,
mão-de-obra e leis sociais, necessários à completa execução dos serviços.

7 ASPECTOS AMBIENTAIS

No decorrer das operações destinadas às execuções dos dispositivos de


drenagem deverão ser observados cuidados visando à preservação do meio ambiente,
tais que:
Quando houver excesso de material de escavação ou sobras, deverá ser
removido das proximidades dos dispositivos, de modo a não provocar o seu
entupimento, sendo conduzido para bota-fora licenciado ambientalmente indicado pela
contratada.
O material excedente removido será transportado para local pré-definido em
conjunto com a fiscalização cuidando-se ainda para que este material não seja
conduzido para os cursos d’agua, de modo a não causar assoreamento.
Nos pontos de deságue dos dispositivos deverão ser executadas obras de
proteção de forma a evitar a erosão das vertentes ou assoreamento de cursos d’agua.
Em todos os locais onde ocorrerem escavações ou aterros necessários à
implantação da obra deverá ser feito revestimento vegetal adequado dos bota-foras, a
Página 253
Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

fim de proporcionar a manutenção das condições locais e incorporá-los à paisagem


local.
O trânsito dos equipamentos e veículos de serviço desnecessários deverá ser
evitado, tanto quanto possível, para não causar desfiguração, principalmente onde
houver alguma área com relevante interesse paisagístico ou ecológico.
Nas áreas de bota-fora ou empréstimos necessários à realização das valas de
saída que se instalam nas vertentes, deverão ser evitados os lançamentos de materiais
de escavação que possam afetar o sistema de drenagem superficial.

8 REFERÊNCIAS

NORMA ABNT NBR 10160/2005 – Tampões e Grelhas de Ferro Fundido Dúctil -


Requisitos e Métodos de Ensaios;
Especificações Gerais para Obras de Infraestrutura Aeroportuária da Diretoria de
Engenharia da Aeronáutica – DIRENG.

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Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

DREN.085/1 – CONSTRUÇÃO DE CAIXA DE PASSAGEM EM CONCRETO


ARMADO - DIMENSÕES 1,20M X 1,20M X 1,57M (CXLXP), COM TAMPA DE FERRO
FUNDIDO ARTICULÁVEL PARA TRÁFEGO PESADO, ÁREA SUJEITA A
SOBRECARGAS CLASSE F900, CONFORME NBR 10160/2005, CAIXA CP III.
AF_ITA_09/2014
UNIDADE: unid (unidade)

ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS

1 GENERALIDADES

Esta Especificação Técnica fixa as condições para construção de caixas de


passagem em concreto armado, de dimensões 1,20m x 1,20m x 1,57m, com tampa de
ferro fundido articulável de Classe F900 para áreas sujeitas a cargas muito elevadas,
conforme NBR 10160/2005.
Estão inclusos nesta especificação os serviços de escavação de valas para
construção da caixa, compactação do fundo da vala, construção da base em concreto
magro, construção da caixa de passagem, incluindo formas, ferragens, lançamento,
adensamento, acabamento e cura do concreto, colocação do tampão em ferro fundido
e construção do dreno, bem como os serviços de reaterro compactado após a
construção da caixa.
As figuras a seguir apresentam os detalhes e dimensões da caixa em concreto
armado, bem como a relação de ferragens para armação das paredes, tampa e fundo
das caixas.

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Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

Página 256
Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

2 MATERIAIS

2.1 CONCRETO

O concreto a ser empregado na execução das caixas será moldado “in loco” ou
em central de concreto e deverá apresentar tensão mínima de ruptura aos 28 dias (fck)
de 25 MPa.
Para a execução do berço sobre o qual a caixa será assentada, exige-se um
concreto magro com fck igual ou superior a 11 MPa.

2.1.1 CIMENTO

Não havendo indicação em contrário, o cimento a empregar será o Portland


comum ou de alto forno, devendo satisfazer às prescrições das normas da ABNT, NBR
5732/1991 e NBR 5735/1991.
Caberá à Fiscalização aprovar o cimento a ser empregado, podendo exigir a
apresentação de certificado de qualidade, quando julgar necessário.

2.1.2 AGREGADOS

Os agregados para a confecção de concreto ou argamassa deverão ser


materiais sãos, resistentes e inertes, de acordo com as definições seguintes.
Deverão ser armazenados separadamente, isolados do terreno natural por
assoalho de madeira ou camada de concreto de cimento.
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Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

Agregado Miúdo
O agregado miúdo deve ser areia natural quartzosa de diâmetro máximo 4,8
mm. Deve estar limpo e não apresentar substâncias nocivas, como torrões de argila,
matéria orgânica e outras.
Somente mediante avaliação da Fiscalização, poderão ser empregadas areias
artificiais provenientes de rocha sadia.
Agregado Graúdo
Consistirá de pedra britada ou seixo rolado britado, de diâmetro máximo superior
a 4,8 mm e inferior a 76 mm, isento de partículas aderentes, e não podendo apresentar
substâncias nocivas, como torrões de argila, matéria orgânica e outras.
O agregado graúdo será constituído pela mistura de partículas de diversos
diâmetros, em proporções convenientes, de acordo com os traços indicados.

2.1.3 FERRAGENS

O aço a ser empregado na confecção das armaduras será do tipo CA-50 ou CA-
60, conforme o seu uso. As barras de aço deverão ser armazenadas sobre caibros,
pontaletes ou barras metálicas evitando contato direto com o solo. Em caso de longos
períodos de estocagem devem-se cobrir as barras com lona plástica.

2.1.4 ÁGUA

A água para preparação do concreto deverá ser razoavelmente clara e isenta de


óleos, ácidos, álcalis, matéria orgânica, ou outros contaminantes.

2.1.5 MATERIAIS PARA CURA DO CONCRETO

Os materiais usados na cura do concreto serão, normalmente, tecidos de juta,


cânhamo ou algodão, mantidos permanentemente molhados. Os tecidos empregados
deverão absorver prontamente a água, não apresentar furos, nem conter terra ou
qualquer outra substância que prejudique a absorção ou que tenha efeito sobre o
concreto. Quando limpos e secos, não deverão pesar menos de 200 g/m².

2.2 TAMPÃO

O tampão deverá ser de ferro fundido dúctil, circular, não ventilado, diâmetro
nominal 600 mm (diâmetro livre de passagem), com tampa articulada, removível e com
bloqueio anti-fechamento acidental, com travamento automático realizado por barra
elástica e com anel antirruído, constituído de tampa e telar.
A articulação da tampa deverá ser por meio de rótula, com abertura a 110º,
provida de bloqueio de segurança a 90º impedindo o fechamento acidental. Não será
permitida articulação por pinos, grampos de aço e/ou parafusos, nem a fixação por
solda.

Página 258
Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

A classificação do tampão deverá estar de acordo com a norma ABNT NBR


10160/2005 – Tampões e grelhas de ferro fundido dúctil - Requisitos e métodos de
ensaios – para classe F900, destinada a áreas sujeitas a cargas muito elevadas.
A superfície do tampão deve ser antiderrapante e possuir a inscrição do tipo de
rede.

3 EQUIPAMENTOS

A execução deverá prever a utilização racional de equipamento apropriado,


atendidas as condições locais e a produtividade exigida. Os seguintes tipos de
equipamentos são os mais indicados, podendo ser utilizados outros equipamentos.
• Escavadeira Hidráulica, para escavação da vala;
• Compactador com soquete vibratório do tipo sapo mecânico para os serviços
de reaterro
• Compactador manual tipo maço para os serviços de apiloamento do fundo da
vala da escavação; e
• Haste vibratória para adensamento de concreto;

4 EXECUÇÃO

A execução das caixas de passagem de concreto armado deve observar os


elementos técnicos fornecidos à Contratada, como as especificações e os desenhos do
projeto.
O serviço deve iniciar-se com a escavação da vala em que será feita a caixa,
cuidando-se para que a profundidade seja adequada, além de garantir-se que a vala
tenha espaço suficiente para que seja feita a montagem e a desmontagem das formas.
Para isso, recomenda-se a escavação de uma largura adicional mínima em relação a
cada face da caixa de 0,30 metros.
O fundo da vala deverá ser compactado com utilização de compactador com
soquete mecânico tipo sapo, ou maço manual. Ao fundo compactado, deverá ser
executada uma camada com 8 cm de espessura em concreto magro com fck igual ou
superior a 11 MPa, acima do qual será construída a base da caixa.
A base da caixa será executada sobre o lastro de concreto, previamente à
instalação das formas. Deverá ser previsto a execução de um dreno em tubo de PVC
com 20 centímetros de diâmetro e que atravesse a camada de lastro bem como o
fundo da caixa em pelo menos, 5 centímetros cada. O interior do dreno será
preenchido com pedra britada nº 2.
Após a execução da base, deve-se preceder à colocação das formas e em
seguida o posicionamento da armadura. As barras devem estar devidamente
posicionadas na forma previamente à concretagem.
O concreto deve ser transportado para o local de lançamento, de modo que não
ocorra segregação ou perda de qualquer de seus componentes.

Página 259
Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

No caso de serem utilizadas instalações centrais fixas de dosagem, ou para


transporte superior a 30 minutos (no máximo 90 minutos), o concreto deverá ser
transportado ao local de lançamento em caminhão betoneira com velocidade de
agitação de 2 a 6 rpm.
A produção de concreto deverá ser regulada de acordo com a marcha das
operações de concretagem, num ritmo que garanta a necessária continuidade do
serviço.
O lançamento do concreto deverá ser feito de modo a reduzir o trabalho de
espalhamento, evitando-se a segregação de seus componentes.
O espalhamento do concreto será executado com auxílio de ferramentas
manuais, evitando-se sempre a segregação dos materiais.
O adensamento do concreto será feito por meio de vibração com o emprego de
vibradores de imersão.
O acabamento da superfície será realizado imediatamente após o adensamento
do concreto.
O período de cura deve ser, no mínimo, de 7 dias.
As formas só poderão ser retiradas quando decorrerem pelo menos 12 horas
após a concretagem. A Fiscalização poderá, entretanto, fixar prazos maiores, até um
máximo de 24 horas.
Após a remoção completa das formas, entulhos e completo esgotamento de
água, deverá ser executado o reaterro da vala, em camadas não superiores a 20 cm de
espessura, através de compactação mecânica com soquete vibratório do tipo Sapo.
O material poderá ser o mesmo que foi retirado quando da abertura das valas,
desde que esteja isento de pedras, detritos e outras impurezas.
Ao ser concluído o reaterro, todo o material remanescente deverá ser removido
para o local de bota-fora aprovado pela Fiscalização. O terreno deverá ser entregue
limpo e nivelado.
Deve-se atentar rigorosamente às medidas de projeto para que a instalação da
tampa seja feita na cota adequada.

5 CONTROLE

5.1 CONTROLE TECNOLÓGICO

As caixas de passagem serão controladas no que diz respeito às cotas,


alinhamentos, dimensões e locação topograficamente, antes e após a conclusão dos
serviços, com base nos elementos previstos no projeto.
A equipe de topografia deve verificar a perfeita instalação da caixa de passagem
na cota de projeto adequada.
A resistência do concreto à compressão simples será verificada em corpos de
prova cilíndricos, moldados no local da concretagem e submetidos à cura até o
momento da determinação de acordo com as normas ABNT.

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Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

6 MEDIÇÃO

A medição para este serviço será realizada por unidade de caixa de passagem
construída.
Os serviços serão pagos pelos preços unitários contratuais, em conformidade
com a unidade de medição, que remuneram, além da escavação, do reaterro, da
aquisição dos materiais, do preparo, do transporte ao local de aplicação e da execução,
os custos diretos e indiretos de todas as operações, equipamentos, encargos gerais,
mão-de-obra e leis sociais, necessários à completa execução dos serviços.

7 ASPECTOS AMBIENTAIS

No decorrer das operações destinadas às execuções dos dispositivos de


drenagem deverão ser observados cuidados visando à preservação do meio ambiente,
tais que:
Quando houver excesso de material de escavação ou sobras, deverá ser
removido das proximidades dos dispositivos, de modo a não provocar o seu
entupimento, sendo conduzido para bota-fora licenciado ambientalmente indicado pela
contratada.
O material excedente removido será transportado para local pré-definido em
conjunto com a fiscalização cuidando-se ainda para que este material não seja
conduzido para os cursos d’agua, de modo a não causar assoreamento.
Nos pontos de deságue dos dispositivos deverão ser executadas obras de
proteção de forma a evitar a erosão das vertentes ou assoreamento de cursos d’agua.
Em todos os locais onde ocorrerem escavações ou aterros necessários à
implantação da obra deverá ser feito revestimento vegetal adequado dos bota-foras, a
fim de proporcionar a manutenção das condições locais e incorporá-los à paisagem
local.
O trânsito dos equipamentos e veículos de serviço desnecessários deverá ser
evitado, tanto quanto possível, para não causar desfiguração, principalmente onde
houver alguma área com relevante interesse paisagístico ou ecológico.
Nas áreas de bota-fora ou empréstimos necessários à realização das valas de
saída que se instalam nas vertentes, deverão ser evitados os lançamentos de materiais
de escavação que possam afetar o sistema de drenagem superficial.

8 REFERÊNCIAS

NORMA ABNT NBR 10160/2005 – Tampões e Grelhas de Ferro Fundido Dúctil -


Requisitos e Métodos de Ensaios;
Especificações Gerais para Obras de Infraestrutura Aeroportuária da Diretoria de
Engenharia da Aeronáutica – DIRENG.

Página 261
Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

DREN.086/1 – CONSTRUÇÃO DE CAIXA DE PASSAGEM EM CONCRETO


DIMENSÕES 1,00M X 1,00M X 0,90M (CXLXP), COM TAMPA DE FERRO FUNDIDO
ARTICULÁVEL PARA TRÁFEGO PESADO, ÁREA SUJEITA A SOBRECARGAS
CLASSE F900, CONFORME NBR 10160/2005, CAIXA CP IV. AF_ITA_09/2014
UNIDADE: unid (unidade)

ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS

1 GENERALIDADES

Esta Especificação Técnica fixa as condições para construção de caixas de


passagem em concreto armado, de dimensões 1,00m x 1,00m x 0,90m, com tampa de
ferro fundido articulável de Classe F900 para áreas sujeitas a cargas muito elevadas,
conforme NBR 10160/2005.
Estão inclusos nesta especificação os serviços de escavação de valas para
construção da caixa, compactação do fundo da vala, construção da base em concreto
magro, construção da caixa de passagem, incluindo formas, ferragens, lançamento,
adensamento, acabamento e cura do concreto, colocação do tampão em ferro fundido
e construção do dreno, bem como os serviços de reaterro compactado após a
construção da caixa.
As figuras a seguir apresentam os detalhes e dimensões da caixa em concreto
armado, bem como a relação de ferragens para armação das paredes, tampa e fundo
das caixas.

Página 262
Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

Página 263
Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

2 MATERIAIS

2.1 CONCRETO

O concreto a ser empregado na execução das caixas será moldado “in loco” ou
em central de concreto e deverá apresentar tensão mínima de ruptura aos 28 dias (fck)
de 25 MPa.
Para a execução do berço sobre o qual a caixa será assentada, exige-se um
concreto magro com fck igual ou superior a 11 MPa.

2.1.1 CIMENTO

Não havendo indicação em contrário, o cimento a empregar será o Portland


comum ou de alto forno, devendo satisfazer às prescrições das normas da ABNT, NBR
5732/1991 e NBR 5735/1991.
Caberá à Fiscalização aprovar o cimento a ser empregado, podendo exigir a
apresentação de certificado de qualidade, quando julgar necessário.

2.1.2 AGREGADOS

Os agregados para a confecção de concreto ou argamassa deverão ser


materiais sãos, resistentes e inertes, de acordo com as definições seguintes.
Deverão ser armazenados separadamente, isolados do terreno natural por
assoalho de madeira ou camada de concreto de cimento.

Agregado Miúdo
O agregado miúdo deve ser areia natural quartzosa de diâmetro máximo 4,8
mm. Deve estar limpo e não apresentar substâncias nocivas, como torrões de argila,
matéria orgânica e outras.
Somente mediante avaliação da Fiscalização, poderão ser empregadas areias
artificiais provenientes de rocha sadia.
Agregado Graúdo
Consistirá de pedra britada ou seixo rolado britado, de diâmetro máximo superior
a 4,8 mm e inferior a 76 mm, isento de partículas aderentes, e não podendo apresentar
substâncias nocivas, como torrões de argila, matéria orgânica e outras.
O agregado graúdo será constituído pela mistura de partículas de diversos
diâmetros, em proporções convenientes, de acordo com os traços indicados.

2.1.3 FERRAGENS

O aço a ser empregado na confecção das armaduras será do tipo CA-50 ou CA-
60, conforme o seu uso. As barras de aço deverão ser armazenadas sobre caibros,
pontaletes ou barras metálicas evitando contato direto com o solo. Em caso de longos
períodos de estocagem devem-se cobrir as barras com lona plástica.
Página 264
Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

2.1.4 ÁGUA

A água para preparação do concreto deverá ser razoavelmente clara e isenta de


óleos, ácidos, álcalis, matéria orgânica, ou outros contaminantes.

2.1.5 MATERIAIS PARA CURA DO CONCRETO

Os materiais usados na cura do concreto serão, normalmente, tecidos de juta,


cânhamo ou algodão, mantidos permanentemente molhados. Os tecidos empregados
deverão absorver prontamente a água, não apresentar furos, nem conter terra ou
qualquer outra substância que prejudique a absorção ou que tenha efeito sobre o
concreto. Quando limpos e secos, não deverão pesar menos de 200 g/m².

2.2 TAMPÃO

O tampão deverá ser de ferro fundido dúctil, circular, não ventilado, diâmetro
nominal 600 mm (diâmetro livre de passagem), com tampa articulada, removível e com
bloqueio anti-fechamento acidental, com travamento automático realizado por barra
elástica e com anel antirruído, constituído de tampa e telar.
A articulação da tampa deverá ser por meio de rótula, com abertura a 110º,
provida de bloqueio de segurança a 90º impedindo o fechamento acidental. Não será
permitida articulação por pinos, grampos de aço e/ou parafusos, nem a fixação por
solda.
A classificação do tampão deverá estar de acordo com a norma ABNT NBR
10160/2005 – Tampões e grelhas de ferro fundido dúctil - Requisitos e métodos de
ensaios – para classe F900, destinada a áreas sujeitas a cargas muito elevadas.
A superfície do tampão deve ser antiderrapante e possuir a inscrição do tipo de
rede.

3 EQUIPAMENTOS

A execução deverá prever a utilização racional de equipamento apropriado,


atendidas as condições locais e a produtividade exigida. Os seguintes tipos de
equipamentos são os mais indicados, podendo ser utilizados outros equipamentos.
• Escavadeira Hidráulica, para escavação da vala;
• Compactador com soquete vibratório do tipo sapo mecânico para os serviços
de reaterro
• Compactador manual tipo maço para os serviços de apiloamento do fundo da
vala da escavação; e
• Haste vibratória para adensamento de concreto;

4 EXECUÇÃO

Página 265
Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

A execução das caixas de passagem de concreto armado deve observar os


elementos técnicos fornecidos à Contratada, como as especificações e os desenhos do
projeto.
O serviço deve iniciar-se com a escavação da vala em que será feita a caixa,
cuidando-se para que a profundidade seja adequada, além de garantir-se que a vala
tenha espaço suficiente para que seja feita a montagem e a desmontagem das formas.
Para isso, recomenda-se a escavação de uma largura adicional mínima em relação a
cada face da caixa de 0,30 metros.
O fundo da vala deverá ser compactado com utilização de compactador com
soquete mecânico tipo sapo, ou maço manual. Ao fundo compactado, deverá ser
executada uma camada com 8 cm de espessura em concreto magro com fck igual ou
superior a 11 MPa, acima do qual será construída a base da caixa.
A base da caixa será executada sobre o lastro de concreto, previamente à
instalação das formas. Deverá ser previsto a execução de um dreno em tubo de PVC
com 20 centímetros de diâmetro e que atravesse a camada de lastro bem como o
fundo da caixa em pelo menos, 5 centímetros cada. O interior do dreno será
preenchido com pedra britada nº 2.
Após a execução da base, deve-se preceder à colocação das formas e em
seguida o posicionamento da armadura. As barras devem estar devidamente
posicionadas na forma previamente à concretagem.
O concreto deve ser transportado para o local de lançamento, de modo que não
ocorra segregação ou perda de qualquer de seus componentes.
No caso de serem utilizadas instalações centrais fixas de dosagem, ou para
transporte superior a 30 minutos (no máximo 90 minutos), o concreto deverá ser
transportado ao local de lançamento em caminhão betoneira com velocidade de
agitação de 2 a 6 rpm.
A produção de concreto deverá ser regulada de acordo com a marcha das
operações de concretagem, num ritmo que garanta a necessária continuidade do
serviço.
O lançamento do concreto deverá ser feito de modo a reduzir o trabalho de
espalhamento, evitando-se a segregação de seus componentes.
O espalhamento do concreto será executado com auxílio de ferramentas
manuais, evitando-se sempre a segregação dos materiais.
O adensamento do concreto será feito por meio de vibração com o emprego de
vibradores de imersão.
O acabamento da superfície será realizado imediatamente após o adensamento
do concreto.
O período de cura deve ser, no mínimo, de 7 dias.
As formas só poderão ser retiradas quando decorrerem pelo menos 12 horas
após a concretagem. A Fiscalização poderá, entretanto, fixar prazos maiores, até um
máximo de 24 horas.

Página 266
Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

Após a remoção completa das formas, entulhos e completo esgotamento de


água, deverá ser executado o reaterro da vala, em camadas não superiores a 20 cm de
espessura, através de compactação mecânica com soquete vibratório do tipo Sapo.
O material poderá ser o mesmo que foi retirado quando da abertura das valas,
desde que esteja isento de pedras, detritos e outras impurezas.
Ao ser concluído o reaterro, todo o material remanescente deverá ser removido
para o local de bota-fora aprovado pela Fiscalização. O terreno deverá ser entregue
limpo e nivelado.
Deve-se atentar rigorosamente às medidas de projeto para que a instalação da
tampa seja feita na cota adequada.

5 CONTROLE

5.1 CONTROLE TECNOLÓGICO

As caixas de passagem serão controladas no que diz respeito às cotas,


alinhamentos, dimensões e locação topograficamente, antes e após a conclusão dos
serviços, com base nos elementos previstos no projeto.
A equipe de topografia deve verificar a perfeita instalação da caixa de passagem
na cota de projeto adequada.
A resistência do concreto à compressão simples será verificada em corpos de
prova cilíndricos, moldados no local da concretagem e submetidos à cura até o
momento da determinação de acordo com as normas ABNT.

6 MEDIÇÃO

A medição para este serviço será realizada por unidade de caixa de passagem
construída.
Os serviços serão pagos pelos preços unitários contratuais, em conformidade
com a unidade de medição, que remuneram, além da escavação, do reaterro, da
aquisição dos materiais, do preparo, do transporte ao local de aplicação e da execução,
os custos diretos e indiretos de todas as operações, equipamentos, encargos gerais,
mão-de-obra e leis sociais, necessários à completa execução dos serviços.

7 ASPECTOS AMBIENTAIS

No decorrer das operações destinadas às execuções dos dispositivos de


drenagem deverão ser observados cuidados visando à preservação do meio ambiente,
tais que:
Quando houver excesso de material de escavação ou sobras, deverá ser
removido das proximidades dos dispositivos, de modo a não provocar o seu
entupimento, sendo conduzido para bota-fora licenciado ambientalmente indicado pela
contratada.

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Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

O material excedente removido será transportado para local pré-definido em


conjunto com a fiscalização cuidando-se ainda para que este material não seja
conduzido para os cursos d’agua, de modo a não causar assoreamento.
Nos pontos de deságue dos dispositivos deverão ser executadas obras de
proteção de forma a evitar a erosão das vertentes ou assoreamento de cursos d’agua.
Em todos os locais onde ocorrerem escavações ou aterros necessários à
implantação da obra deverá ser feito revestimento vegetal adequado dos bota-foras, a
fim de proporcionar a manutenção das condições locais e incorporá-los à paisagem
local.
O trânsito dos equipamentos e veículos de serviço desnecessários deverá ser
evitado, tanto quanto possível, para não causar desfiguração, principalmente onde
houver alguma área com relevante interesse paisagístico ou ecológico.
Nas áreas de bota-fora ou empréstimos necessários à realização das valas de
saída que se instalam nas vertentes, deverão ser evitados os lançamentos de materiais
de escavação que possam afetar o sistema de drenagem superficial.

8 REFERÊNCIAS

NORMA ABNT NBR 10160/2005 – Tampões e Grelhas de Ferro Fundido Dúctil -


Requisitos e Métodos de Ensaios;
Especificações Gerais para Obras de Infraestrutura Aeroportuária da Diretoria de
Engenharia da Aeronáutica – DIRENG.

Página 268
Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

DREN.087/1 – CONSTRUÇÃO DE CAIXA DE PASSAGEM EM CONCRETO


ARMADO - DIMENSÕES 0,80M X 0,80M X 0,60M (CXLXP), COM TAMPA DE FERRO
FUNDIDO ARTICULÁVEL PARA TRÁFEGO PESADO, ÁREA SUJEITA A CARGAS
ELEVADAS CLASSE E600, CONFORME NBR 10160/2005. AF_ITA_09/2014
UNIDADE: unid (unidade)

ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS

1 GENERALIDADES

Esta Especificação Técnica fixa as condições para construção de caixas de


passagem em concreto armado, de dimensões 0,80m x 0,80m x 0,60m, com tampa de
ferro fundido articulável de Classe D600 para áreas sujeitas a cargas muito elevadas,
conforme NBR 10160/2005.
Estão inclusos nesta especificação os serviços de escavação de valas para
construção da caixa, compactação do fundo da vala, construção da base em concreto
magro, construção da caixa de passagem, incluindo formas, ferragens, lançamento,
adensamento, acabamento e cura do concreto, colocação do tampão em ferro fundido
e construção do dreno, bem como os serviços de reaterro compactado após a
construção da caixa.
As figuras a seguir apresentam os detalhes e dimensões da caixa em concreto
armado, bem como a relação de ferragens para armação das paredes, tampa e fundo
das caixas.

Página 269
Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

2 MATERIAIS

2.1 CONCRETO

O concreto a ser empregado na execução das caixas será moldado “in loco” ou
em central de concreto e deverá apresentar tensão mínima de ruptura aos 28 dias (fck)
de 25 MPa.
Para a execução do berço sobre o qual a caixa será assentada, exige-se um
concreto magro com fck igual ou superior a 11 MPa.

2.1.1 CIMENTO

Não havendo indicação em contrário, o cimento a empregar será o Portland


comum ou de alto forno, devendo satisfazer às prescrições das normas da ABNT, NBR
5732/1991 e NBR 5735/1991.
Caberá à Fiscalização aprovar o cimento a ser empregado, podendo exigir a
apresentação de certificado de qualidade, quando julgar necessário.

2.1.2 AGREGADOS

Os agregados para a confecção de concreto ou argamassa deverão ser


materiais sãos, resistentes e inertes, de acordo com as definições seguintes.
Deverão ser armazenados separadamente, isolados do terreno natural por
assoalho de madeira ou camada de concreto de cimento.
Página 270
Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

Agregado Miúdo
O agregado miúdo deve ser areia natural quartzosa de diâmetro máximo 4,8
mm. Deve estar limpo e não apresentar substâncias nocivas, como torrões de argila,
matéria orgânica e outras.
Somente mediante avaliação da Fiscalização, poderão ser empregadas areias
artificiais provenientes de rocha sadia.
Agregado Graúdo
Consistirá de pedra britada ou seixo rolado britado, de diâmetro máximo superior
a 4,8 mm e inferior a 76 mm, isento de partículas aderentes, e não podendo apresentar
substâncias nocivas, como torrões de argila, matéria orgânica e outras.
O agregado graúdo será constituído pela mistura de partículas de diversos
diâmetros, em proporções convenientes, de acordo com os traços indicados.

2.1.3 FERRAGENS

O aço a ser empregado na confecção das armaduras será do tipo CA-50 ou CA-
60, conforme o seu uso. As barras de aço deverão ser armazenadas sobre caibros,
pontaletes ou barras metálicas evitando contato direto com o solo. Em caso de longos
períodos de estocagem devem-se cobrir as barras com lona plástica.

2.1.4 ÁGUA

A água para preparação do concreto deverá ser razoavelmente clara e isenta de


óleos, ácidos, álcalis, matéria orgânica, ou outros contaminantes.

2.1.5 MATERIAIS PARA CURA DO CONCRETO

Os materiais usados na cura do concreto serão, normalmente, tecidos de juta,


cânhamo ou algodão, mantidos permanentemente molhados. Os tecidos empregados
deverão absorver prontamente a água, não apresentar furos, nem conter terra ou
qualquer outra substância que prejudique a absorção ou que tenha efeito sobre o
concreto. Quando limpos e secos, não deverão pesar menos de 200 g/m².

2.2 TAMPÃO

O tampão deverá ser de ferro fundido dúctil, circular, não ventilado, diâmetro
nominal 600 mm (diâmetro livre de passagem), com tampa articulada, removível e com
bloqueio anti-fechamento acidental, com travamento automático realizado por barra
elástica e com anel antirruído, constituído de tampa e telar.
A articulação da tampa deverá ser por meio de rótula, com abertura a 110º,
provida de bloqueio de segurança a 90º impedindo o fechamento acidental. Não será
permitida articulação por pinos, grampos de aço e/ou parafusos, nem a fixação por
solda.

Página 271
Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

A classificação do tampão deverá estar de acordo com a norma ABNT NBR


10160/2005 – Tampões e grelhas de ferro fundido dúctil - Requisitos e métodos de
ensaios – para classe D600, destinada a áreas sujeitas a cargas elevadas.
A superfície do tampão deve ser antiderrapante e possuir a inscrição do tipo de
rede.

3 EQUIPAMENTOS

A execução deverá prever a utilização racional de equipamento apropriado,


atendidas as condições locais e a produtividade exigida. Os seguintes tipos de
equipamentos são os mais indicados, podendo ser utilizados outros equipamentos.
• Escavadeira Hidráulica, para escavação da vala;
• Compactador com soquete vibratório do tipo sapo mecânico para os serviços
de reaterro
• Compactador manual tipo maço para os serviços de apiloamento do fundo da
vala da escavação; e
• Haste vibratória para adensamento de concreto;

4 EXECUÇÃO

A execução das caixas de passagem de concreto armado deve observar os


elementos técnicos fornecidos à Contratada, como as especificações e os desenhos do
projeto.
O serviço deve iniciar-se com a escavação da vala em que será feita a caixa,
cuidando-se para que a profundidade seja adequada, além de garantir-se que a vala
tenha espaço suficiente para que seja feita a montagem e a desmontagem das formas.
Para isso, recomenda-se a escavação de uma largura adicional mínima em relação a
cada face da caixa de 0,30 metros.
O fundo da vala deverá ser compactado com utilização de compactador com
soquete mecânico tipo sapo, ou maço manual. Ao fundo compactado, deverá ser
executada uma camada com 8 cm de espessura em concreto magro com fck igual ou
superior a 11 MPa, acima do qual será construída a base da caixa.
A base da caixa será executada sobre o lastro de concreto, previamente à
instalação das formas. Deverá ser previsto a execução de um dreno em tubo de PVC
com 20 centímetros de diâmetro e que atravesse a camada de lastro bem como o
fundo da caixa em pelo menos, 5 centímetros cada. O interior do dreno será
preenchido com pedra britada nº 2.
Após a execução da base, deve-se preceder à colocação das formas e em
seguida o posicionamento da armadura. As barras devem estar devidamente
posicionadas na forma previamente à concretagem.
O concreto deve ser transportado para o local de lançamento, de modo que não
ocorra segregação ou perda de qualquer de seus componentes.

Página 272
Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

No caso de serem utilizadas instalações centrais fixas de dosagem, ou para


transporte superior a 30 minutos (no máximo 90 minutos), o concreto deverá ser
transportado ao local de lançamento em caminhão betoneira com velocidade de
agitação de 2 a 6 rpm.
A produção de concreto deverá ser regulada de acordo com a marcha das
operações de concretagem, num ritmo que garanta a necessária continuidade do
serviço.
O lançamento do concreto deverá ser feito de modo a reduzir o trabalho de
espalhamento, evitando-se a segregação de seus componentes.
O espalhamento do concreto será executado com auxílio de ferramentas
manuais, evitando-se sempre a segregação dos materiais.
O adensamento do concreto será feito por meio de vibração com o emprego de
vibradores de imersão.
O acabamento da superfície será realizado imediatamente após o adensamento
do concreto.
O período de cura deve ser, no mínimo, de 7 dias.
As formas só poderão ser retiradas quando decorrerem pelo menos 12 horas
após a concretagem. A Fiscalização poderá, entretanto, fixar prazos maiores, até um
máximo de 24 horas.
Após a remoção completa das formas, entulhos e completo esgotamento de
água, deverá ser executado o reaterro da vala, em camadas não superiores a 20 cm de
espessura, através de compactação mecânica com soquete vibratório do tipo Sapo.
O material poderá ser o mesmo que foi retirado quando da abertura das valas,
desde que esteja isento de pedras, detritos e outras impurezas.
Ao ser concluído o reaterro, todo o material remanescente deverá ser removido
para o local de bota-fora aprovado pela Fiscalização. O terreno deverá ser entregue
limpo e nivelado.
Deve-se atentar rigorosamente às medidas de projeto para que a instalação da
tampa seja feita na cota adequada.

5 CONTROLE

5.1 CONTROLE TECNOLÓGICO

As caixas de passagem serão controladas no que diz respeito às cotas,


alinhamentos, dimensões e locação topograficamente, antes e após a conclusão dos
serviços, com base nos elementos previstos no projeto.
A equipe de topografia deve verificar a perfeita instalação da caixa de passagem
na cota de projeto adequada.
A resistência do concreto à compressão simples será verificada em corpos de
prova cilíndricos, moldados no local da concretagem e submetidos à cura até o
momento da determinação de acordo com as normas ABNT.

Página 273
Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

6 MEDIÇÃO

A medição para este serviço será realizada por unidade de caixa de passagem
construída.
Os serviços serão pagos pelos preços unitários contratuais, em conformidade
com a unidade de medição, que remuneram, além da escavação, do reaterro, da
aquisição dos materiais, do preparo, do transporte ao local de aplicação e da execução,
os custos diretos e indiretos de todas as operações, equipamentos, encargos gerais,
mão-de-obra e leis sociais, necessários à completa execução dos serviços.

7 ASPECTOS AMBIENTAIS

No decorrer das operações destinadas às execuções dos dispositivos de


drenagem deverão ser observados cuidados visando à preservação do meio ambiente,
tais que:
Quando houver excesso de material de escavação ou sobras, deverá ser
removido das proximidades dos dispositivos, de modo a não provocar o seu
entupimento, sendo conduzido para bota-fora licenciado ambientalmente indicado pela
contratada.
O material excedente removido será transportado para local pré-definido em
conjunto com a fiscalização cuidando-se ainda para que este material não seja
conduzido para os cursos d’agua, de modo a não causar assoreamento.
Nos pontos de deságue dos dispositivos deverão ser executadas obras de
proteção de forma a evitar a erosão das vertentes ou assoreamento de cursos d’agua.
Em todos os locais onde ocorrerem escavações ou aterros necessários à
implantação da obra deverá ser feito revestimento vegetal adequado dos bota-foras, a
fim de proporcionar a manutenção das condições locais e incorporá-los à paisagem
local.
O trânsito dos equipamentos e veículos de serviço desnecessários deverá ser
evitado, tanto quanto possível, para não causar desfiguração, principalmente onde
houver alguma área com relevante interesse paisagístico ou ecológico.
Nas áreas de bota-fora ou empréstimos necessários à realização das valas de
saída que se instalam nas vertentes, deverão ser evitados os lançamentos de materiais
de escavação que possam afetar o sistema de drenagem superficial.

8 REFERÊNCIAS

NORMA ABNT NBR 10160/2005 – Tampões e Grelhas de Ferro Fundido Dúctil -


Requisitos e Métodos de Ensaios;
Especificações Gerais para Obras de Infraestrutura Aeroportuária da Diretoria de
Engenharia da Aeronáutica – DIRENG.

Página 274
Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

DREN.088/1 – CONSTRUÇÃO DE CAIXA DE PASSAGEM, EM CONCRETO


ARMADO - DIMENSÕES 1,80M X 1,80M X 1,97M (CXLXP), COM TAMPA DE FERRO
FUNDIDO ARTICULÁVEL PARA TRÁFEGO PESADO, ÁREA SUJEITA A CARGAS
ELEVADAS CLASSE E600, CONFORME NBR 10160/2005. AF_ITA_09/2014
UNIDADE: unid (unidade)

ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS

1 GENERALIDADES

Esta Especificação Técnica fixa as condições para construção de caixas de


passagem em concreto armado, de dimensões 1,80m x 1,80m x 1,97m, com tampa de
ferro fundido articulável de Classe E600 para áreas sujeitas a cargas elevadas,
conforme NBR 10160/2005.
Estão inclusos nesta especificação os serviços de escavação de valas para
construção da caixa, compactação do fundo da vala, construção da base em concreto
magro, construção da caixa de passagem, incluindo formas, ferragens, lançamento,
adensamento, acabamento e cura do concreto, colocação do tampão em ferro fundido
e construção do dreno, bem como os serviços de reaterro compactado após a
construção da caixa.
As figuras a seguir apresentam os detalhes e dimensões da caixa em concreto
armado, bem como a relação de ferragens para armação das paredes, tampa e fundo
das caixas.

Página 275
Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

Página 276
Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

2 MATERIAIS

2.1 CONCRETO

O concreto a ser empregado na execução das caixas será moldado “in loco” ou
em central de concreto e deverá apresentar tensão mínima de ruptura aos 28 dias (fck)
de 25 MPa.
Para a execução do berço sobre o qual a caixa será assentada, exige-se um
concreto magro com fck igual ou superior a 11 MPa.

2.1.1 CIMENTO

Não havendo indicação em contrário, o cimento a empregar será o Portland


comum ou de alto forno, devendo satisfazer às prescrições das normas da ABNT, NBR
5732/1991 e NBR 5735/1991.
Caberá à Fiscalização aprovar o cimento a ser empregado, podendo exigir a
apresentação de certificado de qualidade, quando julgar necessário.

2.1.2 AGREGADOS

Os agregados para a confecção de concreto ou argamassa deverão ser


materiais sãos, resistentes e inertes, de acordo com as definições seguintes.
Deverão ser armazenados separadamente, isolados do terreno natural por
assoalho de madeira ou camada de concreto de cimento.

Agregado Miúdo
O agregado miúdo deve ser areia natural quartzosa de diâmetro máximo 4,8
mm. Deve estar limpo e não apresentar substâncias nocivas, como torrões de argila,
matéria orgânica e outras.
Somente mediante avaliação da Fiscalização, poderão ser empregadas areias
artificiais provenientes de rocha sadia.
Agregado Graúdo
Consistirá de pedra britada ou seixo rolado britado, de diâmetro máximo superior
a 4,8 mm e inferior a 76 mm, isento de partículas aderentes, e não podendo apresentar
substâncias nocivas, como torrões de argila, matéria orgânica e outras.
O agregado graúdo será constituído pela mistura de partículas de diversos
diâmetros, em proporções convenientes, de acordo com os traços indicados.

2.1.3 FERRAGENS

O aço a ser empregado na confecção das armaduras será do tipo CA-50 ou CA-
60, conforme o seu uso. As barras de aço deverão ser armazenadas sobre caibros,
pontaletes ou barras metálicas evitando contato direto com o solo. Em caso de longos
períodos de estocagem devem-se cobrir as barras com lona plástica.
Página 277
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2.1.4 ÁGUA

A água para preparação do concreto deverá ser razoavelmente clara e isenta de


óleos, ácidos, álcalis, matéria orgânica, ou outros contaminantes.

2.1.5 MATERIAIS PARA CURA DO CONCRETO

Os materiais usados na cura do concreto serão, normalmente, tecidos de juta,


cânhamo ou algodão, mantidos permanentemente molhados. Os tecidos empregados
deverão absorver prontamente a água, não apresentar furos, nem conter terra ou
qualquer outra substância que prejudique a absorção ou que tenha efeito sobre o
concreto. Quando limpos e secos, não deverão pesar menos de 200 g/m².

2.2 TAMPÃO

O tampão deverá ser de ferro fundido dúctil, circular, não ventilado, diâmetro
nominal 600 mm (diâmetro livre de passagem), com tampa articulada, removível e com
bloqueio anti-fechamento acidental, com travamento automático realizado por barra
elástica e com anel antirruído, constituído de tampa e telar.
A articulação da tampa deverá ser por meio de rótula, com abertura a 110º,
provida de bloqueio de segurança a 90º impedindo o fechamento acidental. Não será
permitida articulação por pinos, grampos de aço e/ou parafusos, nem a fixação por
solda.
A classificação do tampão deverá estar de acordo com a norma ABNT NBR
10160/2005 – Tampões e grelhas de ferro fundido dúctil - Requisitos e métodos de
ensaios – para classe E600, destinada a áreas sujeitas a cargas elevadas.
A superfície do tampão deve ser antiderrapante e possuir a inscrição do tipo de
rede.

3 EQUIPAMENTOS

A execução deverá prever a utilização racional de equipamento apropriado,


atendidas as condições locais e a produtividade exigida. Os seguintes tipos de
equipamentos são os mais indicados, podendo ser utilizados outros equipamentos.
• Escavadeira Hidráulica, para escavação da vala;
• Compactador com soquete vibratório do tipo sapo mecânico para os serviços
de reaterro
• Compactador manual tipo maço para os serviços de apiloamento do fundo da
vala da escavação; e
• Haste vibratória para adensamento de concreto;

4 EXECUÇÃO

Página 278
Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

A execução das caixas de passagem de concreto armado deve observar os


elementos técnicos fornecidos à Contratada, como as especificações e os desenhos do
projeto.
O serviço deve iniciar-se com a escavação da vala em que será feita a caixa,
cuidando-se para que a profundidade seja adequada, além de garantir-se que a vala
tenha espaço suficiente para que seja feita a montagem e a desmontagem das formas.
Para isso, recomenda-se a escavação de uma largura adicional mínima em relação a
cada face da caixa de 0,30 metros.
O fundo da vala deverá ser compactado com utilização de compactador com
soquete mecânico tipo sapo, ou maço manual. Ao fundo compactado, deverá ser
executada uma camada com 8 cm de espessura em concreto magro com fck igual ou
superior a 11 MPa, acima do qual será construída a base da caixa.
A base da caixa será executada sobre o lastro de concreto, previamente à
instalação das formas. Deverá ser previsto a execução de um dreno em tubo de PVC
com 20 centímetros de diâmetro e que atravesse a camada de lastro bem como o
fundo da caixa em pelo menos, 5 centímetros cada. O interior do dreno será
preenchido com pedra britada nº 2.
Após a execução da base, deve-se preceder à colocação das formas e em
seguida o posicionamento da armadura. As barras devem estar devidamente
posicionadas na forma previamente à concretagem.
O concreto deve ser transportado para o local de lançamento, de modo que não
ocorra segregação ou perda de qualquer de seus componentes.
No caso de serem utilizadas instalações centrais fixas de dosagem, ou para
transporte superior a 30 minutos (no máximo 90 minutos), o concreto deverá ser
transportado ao local de lançamento em caminhão betoneira com velocidade de
agitação de 2 a 6 rpm.
A produção de concreto deverá ser regulada de acordo com a marcha das
operações de concretagem, num ritmo que garanta a necessária continuidade do
serviço.
O lançamento do concreto deverá ser feito de modo a reduzir o trabalho de
espalhamento, evitando-se a segregação de seus componentes.
O espalhamento do concreto será executado com auxílio de ferramentas
manuais, evitando-se sempre a segregação dos materiais.
O adensamento do concreto será feito por meio de vibração com o emprego de
vibradores de imersão.
O acabamento da superfície será realizado imediatamente após o adensamento
do concreto.
O período de cura deve ser, no mínimo, de 7 dias.
As formas só poderão ser retiradas quando decorrerem pelo menos 12 horas
após a concretagem. A Fiscalização poderá, entretanto, fixar prazos maiores, até um
máximo de 24 horas.

Página 279
Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

Após a remoção completa das formas, entulhos e completo esgotamento de


água, deverá ser executado o reaterro da vala, em camadas não superiores a 20 cm de
espessura, através de compactação mecânica com soquete vibratório do tipo Sapo.
O material poderá ser o mesmo que foi retirado quando da abertura das valas,
desde que esteja isento de pedras, detritos e outras impurezas.
Ao ser concluído o reaterro, todo o material remanescente deverá ser removido
para o local de bota-fora aprovado pela Fiscalização. O terreno deverá ser entregue
limpo e nivelado.
Deve-se atentar rigorosamente às medidas de projeto para que a instalação da
tampa seja feita na cota adequada.

5 CONTROLE

5.1 CONTROLE TECNOLÓGICO

As caixas de passagem serão controladas no que diz respeito às cotas,


alinhamentos, dimensões e locação topograficamente, antes e após a conclusão dos
serviços, com base nos elementos previstos no projeto.
A equipe de topografia deve verificar a perfeita instalação da caixa de passagem
na cota de projeto adequada.
A resistência do concreto à compressão simples será verificada em corpos de
prova cilíndricos, moldados no local da concretagem e submetidos à cura até o
momento da determinação de acordo com as normas ABNT.

6 MEDIÇÃO

A medição para este serviço será realizada por unidade de caixa de passagem
construída.
Os serviços serão pagos pelos preços unitários contratuais, em conformidade
com a unidade de medição, que remuneram, além da escavação, do reaterro, da
aquisição dos materiais, do preparo, do transporte ao local de aplicação e da execução,
os custos diretos e indiretos de todas as operações, equipamentos, encargos gerais,
mão-de-obra e leis sociais, necessários à completa execução dos serviços.

7 ASPECTOS AMBIENTAIS

No decorrer das operações destinadas às execuções dos dispositivos de


drenagem deverão ser observados cuidados visando à preservação do meio ambiente,
tais que:
Quando houver excesso de material de escavação ou sobras, deverá ser
removido das proximidades dos dispositivos, de modo a não provocar o seu
entupimento, sendo conduzido para bota-fora licenciado ambientalmente indicado pela
contratada.

Página 280
Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

O material excedente removido será transportado para local pré-definido em


conjunto com a fiscalização cuidando-se ainda para que este material não seja
conduzido para os cursos d’agua, de modo a não causar assoreamento.
Nos pontos de deságue dos dispositivos deverão ser executadas obras de
proteção de forma a evitar a erosão das vertentes ou assoreamento de cursos d’agua.
Em todos os locais onde ocorrerem escavações ou aterros necessários à
implantação da obra deverá ser feito revestimento vegetal adequado dos bota-foras, a
fim de proporcionar a manutenção das condições locais e incorporá-los à paisagem
local.
O trânsito dos equipamentos e veículos de serviço desnecessários deverá ser
evitado, tanto quanto possível, para não causar desfiguração, principalmente onde
houver alguma área com relevante interesse paisagístico ou ecológico.
Nas áreas de bota-fora ou empréstimos necessários à realização das valas de
saída que se instalam nas vertentes, deverão ser evitados os lançamentos de materiais
de escavação que possam afetar o sistema de drenagem superficial.

8 REFERÊNCIAS

NORMA ABNT NBR 10160/2005 – Tampões e Grelhas de Ferro Fundido Dúctil -


Requisitos e Métodos de Ensaios;
Especificações Gerais para Obras de Infraestrutura Aeroportuária da Diretoria de
Engenharia da Aeronáutica – DIRENG.

Página 281
Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

DREN.089/1 – CONSTRUÇÃO DE CAIXA DE PASSAGEM EM CONCRETO


ARMADO - DIMENSÕES 1,20M X 1,20M X 1,57M (CXLXP), COM TAMPA DE FERRO
FUNDIDO ARTICULÁVEL PARA TRÁFEGO PESADO, ÁREA SUJEITA A CARGAS
ELEVADAS CLASSE E600, CONFORME NBR 10160/2005. AF_ITA_09/2014
UNIDADE: unid (unidade)

ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS

1 GENERALIDADES

Esta Especificação Técnica fixa as condições para construção de caixas de


passagem em concreto armado, de dimensões 1,20m x 1,20m x 1,57m, com tampa de
ferro fundido articulável de Classe E600 para áreas sujeitas a cargas elevadas,
conforme NBR 10160/2005.
Estão inclusos nesta especificação os serviços de escavação de valas para
construção da caixa, compactação do fundo da vala, construção da base em concreto
magro, construção da caixa de passagem, incluindo formas, ferragens, lançamento,
adensamento, acabamento e cura do concreto, colocação do tampão em ferro fundido
e construção do dreno, bem como os serviços de reaterro compactado após a
construção da caixa.
As figuras a seguir apresentam os detalhes e dimensões da caixa em concreto
armado, bem como a relação de ferragens para armação das paredes, tampa e fundo
das caixas.

Página 282
Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

Página 283
Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

2 MATERIAIS

2.1 CONCRETO

O concreto a ser empregado na execução das caixas será moldado “in loco” ou
em central de concreto e deverá apresentar tensão mínima de ruptura aos 28 dias (fck)
de 25 MPa.
Para a execução do berço sobre o qual a caixa será assentada, exige-se um
concreto magro com fck igual ou superior a 11 MPa.

2.1.1 CIMENTO

Não havendo indicação em contrário, o cimento a empregar será o Portland


comum ou de alto forno, devendo satisfazer às prescrições das normas da ABNT, NBR
5732/1991 e NBR 5735/1991.
Caberá à Fiscalização aprovar o cimento a ser empregado, podendo exigir a
apresentação de certificado de qualidade, quando julgar necessário.

2.1.2 AGREGADOS

Os agregados para a confecção de concreto ou argamassa deverão ser


materiais sãos, resistentes e inertes, de acordo com as definições seguintes.
Deverão ser armazenados separadamente, isolados do terreno natural por
assoalho de madeira ou camada de concreto de cimento.
Página 284
Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

Agregado Miúdo
O agregado miúdo deve ser areia natural quartzosa de diâmetro máximo 4,8
mm. Deve estar limpo e não apresentar substâncias nocivas, como torrões de argila,
matéria orgânica e outras.
Somente mediante avaliação da Fiscalização, poderão ser empregadas areias
artificiais provenientes de rocha sadia.
Agregado Graúdo
Consistirá de pedra britada ou seixo rolado britado, de diâmetro máximo superior
a 4,8 mm e inferior a 76 mm, isento de partículas aderentes, e não podendo apresentar
substâncias nocivas, como torrões de argila, matéria orgânica e outras.
O agregado graúdo será constituído pela mistura de partículas de diversos
diâmetros, em proporções convenientes, de acordo com os traços indicados.

2.1.3 FERRAGENS

O aço a ser empregado na confecção das armaduras será do tipo CA-50 ou CA-
60, conforme o seu uso. As barras de aço deverão ser armazenadas sobre caibros,
pontaletes ou barras metálicas evitando contato direto com o solo. Em caso de longos
períodos de estocagem devem-se cobrir as barras com lona plástica.

2.1.4 ÁGUA

A água para preparação do concreto deverá ser razoavelmente clara e isenta de


óleos, ácidos, álcalis, matéria orgânica, ou outros contaminantes.

2.1.5 MATERIAIS PARA CURA DO CONCRETO

Os materiais usados na cura do concreto serão, normalmente, tecidos de juta,


cânhamo ou algodão, mantidos permanentemente molhados. Os tecidos empregados
deverão absorver prontamente a água, não apresentar furos, nem conter terra ou
qualquer outra substância que prejudique a absorção ou que tenha efeito sobre o
concreto. Quando limpos e secos, não deverão pesar menos de 200 g/m².

2.2 TAMPÃO

O tampão deverá ser de ferro fundido dúctil, circular, não ventilado, diâmetro
nominal 600 mm (diâmetro livre de passagem), com tampa articulada, removível e com
bloqueio anti-fechamento acidental, com travamento automático realizado por barra
elástica e com anel antirruído, constituído de tampa e telar.
A articulação da tampa deverá ser por meio de rótula, com abertura a 110º,
provida de bloqueio de segurança a 90º impedindo o fechamento acidental. Não será
permitida articulação por pinos, grampos de aço e/ou parafusos, nem a fixação por
solda.

Página 285
Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

A classificação do tampão deverá estar de acordo com a norma ABNT NBR


10160/2005 – Tampões e grelhas de ferro fundido dúctil - Requisitos e métodos de
ensaios – para classe E600, destinada a áreas sujeitas a cargas elevadas.
A superfície do tampão deve ser antiderrapante e possuir a inscrição do tipo de
rede.

3 EQUIPAMENTOS

A execução deverá prever a utilização racional de equipamento apropriado,


atendidas as condições locais e a produtividade exigida. Os seguintes tipos de
equipamentos são os mais indicados, podendo ser utilizados outros equipamentos.
• Escavadeira Hidráulica, para escavação da vala;
• Compactador com soquete vibratório do tipo sapo mecânico para os serviços
de reaterro
• Compactador manual tipo maço para os serviços de apiloamento do fundo da
vala da escavação; e
• Haste vibratória para adensamento de concreto;

4 EXECUÇÃO

A execução das caixas de passagem de concreto armado deve observar os


elementos técnicos fornecidos à Contratada, como as especificações e os desenhos do
projeto.
O serviço deve iniciar-se com a escavação da vala em que será feita a caixa,
cuidando-se para que a profundidade seja adequada, além de garantir-se que a vala
tenha espaço suficiente para que seja feita a montagem e a desmontagem das formas.
Para isso, recomenda-se a escavação de uma largura adicional mínima em relação a
cada face da caixa de 0,30 metros.
O fundo da vala deverá ser compactado com utilização de compactador com
soquete mecânico tipo sapo, ou maço manual. Ao fundo compactado, deverá ser
executada uma camada com 8 cm de espessura em concreto magro com fck igual ou
superior a 11 MPa, acima do qual será construída a base da caixa.
A base da caixa será executada sobre o lastro de concreto, previamente à
instalação das formas. Deverá ser previsto a execução de um dreno em tubo de PVC
com 20 centímetros de diâmetro e que atravesse a camada de lastro bem como o
fundo da caixa em pelo menos, 5 centímetros cada. O interior do dreno será
preenchido com pedra britada nº 2.
Após a execução da base, deve-se preceder à colocação das formas e em
seguida o posicionamento da armadura. As barras devem estar devidamente
posicionadas na forma previamente à concretagem.
O concreto deve ser transportado para o local de lançamento, de modo que não
ocorra segregação ou perda de qualquer de seus componentes.

Página 286
Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

No caso de serem utilizadas instalações centrais fixas de dosagem, ou para


transporte superior a 30 minutos (no máximo 90 minutos), o concreto deverá ser
transportado ao local de lançamento em caminhão betoneira com velocidade de
agitação de 2 a 6 rpm.
A produção de concreto deverá ser regulada de acordo com a marcha das
operações de concretagem, num ritmo que garanta a necessária continuidade do
serviço.
O lançamento do concreto deverá ser feito de modo a reduzir o trabalho de
espalhamento, evitando-se a segregação de seus componentes.
O espalhamento do concreto será executado com auxílio de ferramentas
manuais, evitando-se sempre a segregação dos materiais.
O adensamento do concreto será feito por meio de vibração com o emprego de
vibradores de imersão.
O acabamento da superfície será realizado imediatamente após o adensamento
do concreto.
O período de cura deve ser, no mínimo, de 7 dias.
As formas só poderão ser retiradas quando decorrerem pelo menos 12 horas
após a concretagem. A Fiscalização poderá, entretanto, fixar prazos maiores, até um
máximo de 24 horas.
Após a remoção completa das formas, entulhos e completo esgotamento de
água, deverá ser executado o reaterro da vala, em camadas não superiores a 20 cm de
espessura, através de compactação mecânica com soquete vibratório do tipo Sapo.
O material poderá ser o mesmo que foi retirado quando da abertura das valas,
desde que esteja isento de pedras, detritos e outras impurezas.
Ao ser concluído o reaterro, todo o material remanescente deverá ser removido
para o local de bota-fora aprovado pela Fiscalização. O terreno deverá ser entregue
limpo e nivelado.
Deve-se atentar rigorosamente às medidas de projeto para que a instalação da
tampa seja feita na cota adequada.

5 CONTROLE

5.1 CONTROLE TECNOLÓGICO

As caixas de passagem serão controladas no que diz respeito às cotas,


alinhamentos, dimensões e locação topograficamente, antes e após a conclusão dos
serviços, com base nos elementos previstos no projeto.
A equipe de topografia deve verificar a perfeita instalação da caixa de passagem
na cota de projeto adequada.
A resistência do concreto à compressão simples será verificada em corpos de
prova cilíndricos, moldados no local da concretagem e submetidos à cura até o
momento da determinação de acordo com as normas ABNT.

Página 287
Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

6 MEDIÇÃO

A medição para este serviço será realizada por unidade de caixa de passagem
construída.
Os serviços serão pagos pelos preços unitários contratuais, em conformidade
com a unidade de medição, que remuneram, além da escavação, do reaterro, da
aquisição dos materiais, do preparo, do transporte ao local de aplicação e da execução,
os custos diretos e indiretos de todas as operações, equipamentos, encargos gerais,
mão-de-obra e leis sociais, necessários à completa execução dos serviços.

7 ASPECTOS AMBIENTAIS

No decorrer das operações destinadas às execuções dos dispositivos de


drenagem deverão ser observados cuidados visando à preservação do meio ambiente,
tais que:
Quando houver excesso de material de escavação ou sobras, deverá ser
removido das proximidades dos dispositivos, de modo a não provocar o seu
entupimento, sendo conduzido para bota-fora licenciado ambientalmente indicado pela
contratada.
O material excedente removido será transportado para local pré-definido em
conjunto com a fiscalização cuidando-se ainda para que este material não seja
conduzido para os cursos d’agua, de modo a não causar assoreamento.
Nos pontos de deságue dos dispositivos deverão ser executadas obras de
proteção de forma a evitar a erosão das vertentes ou assoreamento de cursos d’agua.
Em todos os locais onde ocorrerem escavações ou aterros necessários à
implantação da obra deverá ser feito revestimento vegetal adequado dos bota-foras, a
fim de proporcionar a manutenção das condições locais e incorporá-los à paisagem
local.
O trânsito dos equipamentos e veículos de serviço desnecessários deverá ser
evitado, tanto quanto possível, para não causar desfiguração, principalmente onde
houver alguma área com relevante interesse paisagístico ou ecológico.
Nas áreas de bota-fora ou empréstimos necessários à realização das valas de
saída que se instalam nas vertentes, deverão ser evitados os lançamentos de materiais
de escavação que possam afetar o sistema de drenagem superficial.

8 REFERÊNCIAS

NORMA ABNT NBR 10160/2005 – Tampões e Grelhas de Ferro Fundido Dúctil -


Requisitos e Métodos de Ensaios;
Especificações Gerais para Obras de Infraestrutura Aeroportuária da Diretoria de
Engenharia da Aeronáutica – DIRENG.

Página 288
Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

DREN.090/1 – CONSTRUÇÃO DE CAIXA DE PASSAGEM EM CONCRETO


ARMADO - DIMENSÕES 0,60M X 0,60M X 0,50M (CXLXP), COM TAMPA DE FERRO
FUNDIDO ARTICULÁVEL PARA TRÁFEGO PESADO, ÁREA SUJEITA A CARGAS
ELEVADAS CLASSE E600, CONFORME NBR 10160/2005. AF_ITA_09/2014
UNIDADE: unid (unidade)

ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS

1 GENERALIDADES

Esta Especificação Técnica fixa as condições para construção de caixas de


passagem em concreto armado, de dimensões 0,60m x 0,60m x 0,50m, com tampa de
ferro fundido articulável de Classe D600 para áreas sujeitas a cargas muito elevadas,
conforme NBR 10160/2005.
Estão inclusos nesta especificação os serviços de escavação de valas para
construção da caixa, compactação do fundo da vala, construção da base em concreto
magro, construção da caixa de passagem, incluindo formas, ferragens, lançamento,
adensamento, acabamento e cura do concreto, colocação do tampão em ferro fundido
e construção do dreno, bem como os serviços de reaterro compactado após a
construção da caixa.
As figuras a seguir apresentam os detalhes e dimensões da caixa em concreto
armado, bem como a relação de ferragens para armação das paredes, tampa e fundo
das caixas.

Página 289
Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

2 MATERIAIS

2.1 CONCRETO

O concreto a ser empregado na execução das caixas será moldado “in loco” ou
em central de concreto e deverá apresentar tensão mínima de ruptura aos 28 dias (fck)
de 25 MPa.
Para a execução do berço sobre o qual a caixa será assentada, exige-se um
concreto magro com fck igual ou superior a 11 MPa.

2.1.1 CIMENTO

Não havendo indicação em contrário, o cimento a empregar será o Portland


comum ou de alto forno, devendo satisfazer às prescrições das normas da ABNT, NBR
5732/1991 e NBR 5735/1991.
Caberá à Fiscalização aprovar o cimento a ser empregado, podendo exigir a
apresentação de certificado de qualidade, quando julgar necessário.

2.1.2 AGREGADOS

Os agregados para a confecção de concreto ou argamassa deverão ser


materiais sãos, resistentes e inertes, de acordo com as definições seguintes.
Deverão ser armazenados separadamente, isolados do terreno natural por
assoalho de madeira ou camada de concreto de cimento.

Agregado Miúdo
O agregado miúdo deve ser areia natural quartzosa de diâmetro máximo 4,8
mm. Deve estar limpo e não apresentar substâncias nocivas, como torrões de argila,
matéria orgânica e outras.
Somente mediante avaliação da Fiscalização, poderão ser empregadas areias
artificiais provenientes de rocha sadia.
Agregado Graúdo
Consistirá de pedra britada ou seixo rolado britado, de diâmetro máximo superior
a 4,8 mm e inferior a 76 mm, isento de partículas aderentes, e não podendo apresentar
substâncias nocivas, como torrões de argila, matéria orgânica e outras.
O agregado graúdo será constituído pela mistura de partículas de diversos
diâmetros, em proporções convenientes, de acordo com os traços indicados.

2.1.3 FERRAGENS

O aço a ser empregado na confecção das armaduras será do tipo CA-50 ou CA-
60, conforme o seu uso. As barras de aço deverão ser armazenadas sobre caibros,
pontaletes ou barras metálicas evitando contato direto com o solo. Em caso de longos
períodos de estocagem devem-se cobrir as barras com lona plástica.
Página 290
Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

2.1.4 ÁGUA

A água para preparação do concreto deverá ser razoavelmente clara e isenta de


óleos, ácidos, álcalis, matéria orgânica, ou outros contaminantes.

2.1.5 MATERIAIS PARA CURA DO CONCRETO

Os materiais usados na cura do concreto serão, normalmente, tecidos de juta,


cânhamo ou algodão, mantidos permanentemente molhados. Os tecidos empregados
deverão absorver prontamente a água, não apresentar furos, nem conter terra ou
qualquer outra substância que prejudique a absorção ou que tenha efeito sobre o
concreto. Quando limpos e secos, não deverão pesar menos de 200 g/m².

2.2 TAMPÃO

O tampão deverá ser de ferro fundido dúctil, circular, não ventilado, diâmetro
nominal 476 mm (diâmetro livre de passagem), com tampa articulada, removível e com
bloqueio anti-fechamento acidental, com travamento automático realizado por barra
elástica e com anel antirruído, constituído de tampa e telar.
A articulação da tampa deverá ser por meio de rótula, com abertura a 110º,
provida de bloqueio de segurança a 90º impedindo o fechamento acidental. Não será
permitida articulação por pinos, grampos de aço e/ou parafusos, nem a fixação por
solda.
A classificação do tampão deverá estar de acordo com a norma ABNT NBR
10160/2005 – Tampões e grelhas de ferro fundido dúctil - Requisitos e métodos de
ensaios – para classe D600, destinada a áreas sujeitas a cargas elevadas.
A superfície do tampão deve ser antiderrapante e possuir a inscrição do tipo de
rede.

3 EQUIPAMENTOS

A execução deverá prever a utilização racional de equipamento apropriado,


atendidas as condições locais e a produtividade exigida. Os seguintes tipos de
equipamentos são os mais indicados, podendo ser utilizados outros equipamentos.
• Escavadeira Hidráulica, para escavação da vala;
• Compactador com soquete vibratório do tipo sapo mecânico para os serviços
de reaterro
• Compactador manual tipo maço para os serviços de apiloamento do fundo da
vala da escavação; e
• Haste vibratória para adensamento de concreto;

4 EXECUÇÃO

Página 291
Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

A execução das caixas de passagem de concreto armado deve observar os


elementos técnicos fornecidos à Contratada, como as especificações e os desenhos do
projeto.
O serviço deve iniciar-se com a escavação da vala em que será feita a caixa,
cuidando-se para que a profundidade seja adequada, além de garantir-se que a vala
tenha espaço suficiente para que seja feita a montagem e a desmontagem das formas.
Para isso, recomenda-se a escavação de uma largura adicional mínima em relação a
cada face da caixa de 0,30 metros.
O fundo da vala deverá ser compactado com utilização de compactador com
soquete mecânico tipo sapo, ou maço manual. Ao fundo compactado, deverá ser
executada uma camada com 8 cm de espessura em concreto magro com fck igual ou
superior a 11 MPa, acima do qual será construída a base da caixa.
A base da caixa será executada sobre o lastro de concreto, previamente à
instalação das formas. Deverá ser previsto a execução de um dreno em tubo de PVC
com 20 centímetros de diâmetro e que atravesse a camada de lastro bem como o
fundo da caixa em pelo menos, 5 centímetros cada. O interior do dreno será
preenchido com pedra britada nº 2.
Após a execução da base, deve-se preceder à colocação das formas e em
seguida o posicionamento da armadura. As barras devem estar devidamente
posicionadas na forma previamente à concretagem.
O concreto deve ser transportado para o local de lançamento, de modo que não
ocorra segregação ou perda de qualquer de seus componentes.
No caso de serem utilizadas instalações centrais fixas de dosagem, ou para
transporte superior a 30 minutos (no máximo 90 minutos), o concreto deverá ser
transportado ao local de lançamento em caminhão betoneira com velocidade de
agitação de 2 a 6 rpm.
A produção de concreto deverá ser regulada de acordo com a marcha das
operações de concretagem, num ritmo que garanta a necessária continuidade do
serviço.
O lançamento do concreto deverá ser feito de modo a reduzir o trabalho de
espalhamento, evitando-se a segregação de seus componentes.
O espalhamento do concreto será executado com auxílio de ferramentas
manuais, evitando-se sempre a segregação dos materiais.
O adensamento do concreto será feito por meio de vibração com o emprego de
vibradores de imersão.
O acabamento da superfície será realizado imediatamente após o adensamento
do concreto.
O período de cura deve ser, no mínimo, de 7 dias.
As formas só poderão ser retiradas quando decorrerem pelo menos 12 horas
após a concretagem. A Fiscalização poderá, entretanto, fixar prazos maiores, até um
máximo de 24 horas.

Página 292
Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

Após a remoção completa das formas, entulhos e completo esgotamento de


água, deverá ser executado o reaterro da vala, em camadas não superiores a 20 cm de
espessura, através de compactação mecânica com soquete vibratório do tipo Sapo.
O material poderá ser o mesmo que foi retirado quando da abertura das valas,
desde que esteja isento de pedras, detritos e outras impurezas.
Ao ser concluído o reaterro, todo o material remanescente deverá ser removido
para o local de bota-fora aprovado pela Fiscalização. O terreno deverá ser entregue
limpo e nivelado.
Deve-se atentar rigorosamente às medidas de projeto para que a instalação da
tampa seja feita na cota adequada.

5 CONTROLE

5.1 CONTROLE TECNOLÓGICO

As caixas de passagem serão controladas no que diz respeito às cotas,


alinhamentos, dimensões e locação topograficamente, antes e após a conclusão dos
serviços, com base nos elementos previstos no projeto.
A equipe de topografia deve verificar a perfeita instalação da caixa de passagem
na cota de projeto adequada.
A resistência do concreto à compressão simples será verificada em corpos de
prova cilíndricos, moldados no local da concretagem e submetidos à cura até o
momento da determinação de acordo com as normas ABNT.

6 MEDIÇÃO

A medição para este serviço será realizada por unidade de caixa de passagem
construída.
Os serviços serão pagos pelos preços unitários contratuais, em conformidade
com a unidade de medição, que remuneram, além da escavação, do reaterro, da
aquisição dos materiais, do preparo, do transporte ao local de aplicação e da execução,
os custos diretos e indiretos de todas as operações, equipamentos, encargos gerais,
mão-de-obra e leis sociais, necessários à completa execução dos serviços.

7 ASPECTOS AMBIENTAIS

No decorrer das operações destinadas às execuções dos dispositivos de


drenagem deverão ser observados cuidados visando à preservação do meio ambiente,
tais que:
Quando houver excesso de material de escavação ou sobras, deverá ser
removido das proximidades dos dispositivos, de modo a não provocar o seu
entupimento, sendo conduzido para bota-fora licenciado ambientalmente indicado pela
contratada.

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Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

O material excedente removido será transportado para local pré-definido em


conjunto com a fiscalização cuidando-se ainda para que este material não seja
conduzido para os cursos d’agua, de modo a não causar assoreamento.
Nos pontos de deságue dos dispositivos deverão ser executadas obras de
proteção de forma a evitar a erosão das vertentes ou assoreamento de cursos d’agua.
Em todos os locais onde ocorrerem escavações ou aterros necessários à
implantação da obra deverá ser feito revestimento vegetal adequado dos bota-foras, a
fim de proporcionar a manutenção das condições locais e incorporá-los à paisagem
local.
O trânsito dos equipamentos e veículos de serviço desnecessários deverá ser
evitado, tanto quanto possível, para não causar desfiguração, principalmente onde
houver alguma área com relevante interesse paisagístico ou ecológico.
Nas áreas de bota-fora ou empréstimos necessários à realização das valas de
saída que se instalam nas vertentes, deverão ser evitados os lançamentos de materiais
de escavação que possam afetar o sistema de drenagem superficial.

8 REFERÊNCIAS

NORMA ABNT NBR 10160/2005 – Tampões e Grelhas de Ferro Fundido Dúctil -


Requisitos e Métodos de Ensaios;
Especificações Gerais para Obras de Infraestrutura Aeroportuária da Diretoria de
Engenharia da Aeronáutica – DIRENG.

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Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

DREN.091/1 – CONSTRUÇÃO DE CAIXA DE PASSAGEM EM CONCRETO


ARMADO DIMENSÕES 1,00M X 1,00M X 0,90M (CXLXP), COM TAMPA DE FERRO
FUNDIDO ARTICULÁVEL PARA TRÁFEGO PESADO, ÁREA SUJEITA A CARGAS
ELEVADAS CLASSE E600, CONFORME NBR 10160/2005. AF_ITA_09/2014
UNIDADE: unid (unidade)

ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS

1 GENERALIDADES

Esta Especificação Técnica fixa as condições para construção de caixas de


passagem em concreto armado, de dimensões 1,00m x 1,00m x 0,90m, com tampa de
ferro fundido articulável de Classe E600 para áreas sujeitas a cargas elevadas,
conforme NBR 10160/2005.
Estão inclusos nesta especificação os serviços de escavação de valas para
construção da caixa, compactação do fundo da vala, construção da base em concreto
magro, construção da caixa de passagem, incluindo formas, ferragens, lançamento,
adensamento, acabamento e cura do concreto, colocação do tampão em ferro fundido
e construção do dreno, bem como os serviços de reaterro compactado após a
construção da caixa.
As figuras a seguir apresentam os detalhes e dimensões da caixa em concreto
armado, bem como a relação de ferragens para armação das paredes, tampa e fundo
das caixas.

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Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

Página 296
Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

2 MATERIAIS

2.1 CONCRETO

O concreto a ser empregado na execução das caixas será moldado “in loco” ou
em central de concreto e deverá apresentar tensão mínima de ruptura aos 28 dias (fck)
de 25 MPa.
Para a execução do berço sobre o qual a caixa será assentada, exige-se um
concreto magro com fck igual ou superior a 11 MPa.

2.1.1 CIMENTO

Não havendo indicação em contrário, o cimento a empregar será o Portland


comum ou de alto forno, devendo satisfazer às prescrições das normas da ABNT, NBR
5732/1991 e NBR 5735/1991.
Caberá à Fiscalização aprovar o cimento a ser empregado, podendo exigir a
apresentação de certificado de qualidade, quando julgar necessário.

2.1.2 AGREGADOS

Os agregados para a confecção de concreto ou argamassa deverão ser


materiais sãos, resistentes e inertes, de acordo com as definições seguintes.
Deverão ser armazenados separadamente, isolados do terreno natural por
assoalho de madeira ou camada de concreto de cimento.

Agregado Miúdo
O agregado miúdo deve ser areia natural quartzosa de diâmetro máximo 4,8
mm. Deve estar limpo e não apresentar substâncias nocivas, como torrões de argila,
matéria orgânica e outras.
Somente mediante avaliação da Fiscalização, poderão ser empregadas areias
artificiais provenientes de rocha sadia.
Agregado Graúdo
Consistirá de pedra britada ou seixo rolado britado, de diâmetro máximo superior
a 4,8 mm e inferior a 76 mm, isento de partículas aderentes, e não podendo apresentar
substâncias nocivas, como torrões de argila, matéria orgânica e outras.
O agregado graúdo será constituído pela mistura de partículas de diversos
diâmetros, em proporções convenientes, de acordo com os traços indicados.

2.1.3 FERRAGENS

O aço a ser empregado na confecção das armaduras será do tipo CA-50 ou CA-
60, conforme o seu uso. As barras de aço deverão ser armazenadas sobre caibros,
pontaletes ou barras metálicas evitando contato direto com o solo. Em caso de longos
períodos de estocagem devem-se cobrir as barras com lona plástica.
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Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

2.1.4 ÁGUA

A água para preparação do concreto deverá ser razoavelmente clara e isenta de


óleos, ácidos, álcalis, matéria orgânica, ou outros contaminantes.

2.1.5 MATERIAIS PARA CURA DO CONCRETO

Os materiais usados na cura do concreto serão, normalmente, tecidos de juta,


cânhamo ou algodão, mantidos permanentemente molhados. Os tecidos empregados
deverão absorver prontamente a água, não apresentar furos, nem conter terra ou
qualquer outra substância que prejudique a absorção ou que tenha efeito sobre o
concreto. Quando limpos e secos, não deverão pesar menos de 200 g/m².

2.2 TAMPÃO

O tampão deverá ser de ferro fundido dúctil, circular, não ventilado, diâmetro
nominal 600 mm (diâmetro livre de passagem), com tampa articulada, removível e com
bloqueio anti-fechamento acidental, com travamento automático realizado por barra
elástica e com anel antirruído, constituído de tampa e telar.
A articulação da tampa deverá ser por meio de rótula, com abertura a 110º,
provida de bloqueio de segurança a 90º impedindo o fechamento acidental. Não será
permitida articulação por pinos, grampos de aço e/ou parafusos, nem a fixação por
solda.
A classificação do tampão deverá estar de acordo com a norma ABNT NBR
10160/2005 – Tampões e grelhas de ferro fundido dúctil - Requisitos e métodos de
ensaios – para classe E600, destinada a áreas sujeitas a cargas elevadas.
A superfície do tampão deve ser antiderrapante e possuir a inscrição do tipo de
rede.

3 EQUIPAMENTOS

A execução deverá prever a utilização racional de equipamento apropriado,


atendidas as condições locais e a produtividade exigida. Os seguintes tipos de
equipamentos são os mais indicados, podendo ser utilizados outros equipamentos.
• Escavadeira Hidráulica, para escavação da vala;
• Compactador com soquete vibratório do tipo sapo mecânico para os serviços
de reaterro
• Compactador manual tipo maço para os serviços de apiloamento do fundo da
vala da escavação; e
• Haste vibratória para adensamento de concreto;

4 EXECUÇÃO

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Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

A execução das caixas de passagem de concreto armado deve observar os


elementos técnicos fornecidos à Contratada, como as especificações e os desenhos do
projeto.
O serviço deve iniciar-se com a escavação da vala em que será feita a caixa,
cuidando-se para que a profundidade seja adequada, além de garantir-se que a vala
tenha espaço suficiente para que seja feita a montagem e a desmontagem das formas.
Para isso, recomenda-se a escavação de uma largura adicional mínima em relação a
cada face da caixa de 0,30 metros.
O fundo da vala deverá ser compactado com utilização de compactador com
soquete mecânico tipo sapo, ou maço manual. Ao fundo compactado, deverá ser
executada uma camada com 8 cm de espessura em concreto magro com fck igual ou
superior a 11 MPa, acima do qual será construída a base da caixa.
A base da caixa será executada sobre o lastro de concreto, previamente à
instalação das formas. Deverá ser previsto a execução de um dreno em tubo de PVC
com 20 centímetros de diâmetro e que atravesse a camada de lastro bem como o
fundo da caixa em pelo menos, 5 centímetros cada. O interior do dreno será
preenchido com pedra britada nº 2.
Após a execução da base, deve-se preceder à colocação das formas e em
seguida o posicionamento da armadura. As barras devem estar devidamente
posicionadas na forma previamente à concretagem.
O concreto deve ser transportado para o local de lançamento, de modo que não
ocorra segregação ou perda de qualquer de seus componentes.
No caso de serem utilizadas instalações centrais fixas de dosagem, ou para
transporte superior a 30 minutos (no máximo 90 minutos), o concreto deverá ser
transportado ao local de lançamento em caminhão betoneira com velocidade de
agitação de 2 a 6 rpm.
A produção de concreto deverá ser regulada de acordo com a marcha das
operações de concretagem, num ritmo que garanta a necessária continuidade do
serviço.
O lançamento do concreto deverá ser feito de modo a reduzir o trabalho de
espalhamento, evitando-se a segregação de seus componentes.
O espalhamento do concreto será executado com auxílio de ferramentas
manuais, evitando-se sempre a segregação dos materiais.
O adensamento do concreto será feito por meio de vibração com o emprego de
vibradores de imersão.
O acabamento da superfície será realizado imediatamente após o adensamento
do concreto.
O período de cura deve ser, no mínimo, de 7 dias.
As formas só poderão ser retiradas quando decorrerem pelo menos 12 horas
após a concretagem. A Fiscalização poderá, entretanto, fixar prazos maiores, até um
máximo de 24 horas.

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Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

Após a remoção completa das formas, entulhos e completo esgotamento de


água, deverá ser executado o reaterro da vala, em camadas não superiores a 20 cm de
espessura, através de compactação mecânica com soquete vibratório do tipo Sapo.
O material poderá ser o mesmo que foi retirado quando da abertura das valas,
desde que esteja isento de pedras, detritos e outras impurezas.
Ao ser concluído o reaterro, todo o material remanescente deverá ser removido
para o local de bota-fora aprovado pela Fiscalização. O terreno deverá ser entregue
limpo e nivelado.
Deve-se atentar rigorosamente às medidas de projeto para que a instalação da
tampa seja feita na cota adequada.

5 CONTROLE

5.1 CONTROLE TECNOLÓGICO

As caixas de passagem serão controladas no que diz respeito às cotas,


alinhamentos, dimensões e locação topograficamente, antes e após a conclusão dos
serviços, com base nos elementos previstos no projeto.
A equipe de topografia deve verificar a perfeita instalação da caixa de passagem
na cota de projeto adequada.
A resistência do concreto à compressão simples será verificada em corpos de
prova cilíndricos, moldados no local da concretagem e submetidos à cura até o
momento da determinação de acordo com as normas ABNT.

6 MEDIÇÃO

A medição para este serviço será realizada por unidade de caixa de passagem
construída.
Os serviços serão pagos pelos preços unitários contratuais, em conformidade
com a unidade de medição, que remuneram, além da escavação, do reaterro, da
aquisição dos materiais, do preparo, do transporte ao local de aplicação e da execução,
os custos diretos e indiretos de todas as operações, equipamentos, encargos gerais,
mão-de-obra e leis sociais, necessários à completa execução dos serviços.

7 ASPECTOS AMBIENTAIS

No decorrer das operações destinadas às execuções dos dispositivos de


drenagem deverão ser observados cuidados visando à preservação do meio ambiente,
tais que:
Quando houver excesso de material de escavação ou sobras, deverá ser
removido das proximidades dos dispositivos, de modo a não provocar o seu
entupimento, sendo conduzido para bota-fora licenciado ambientalmente indicado pela
contratada.

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Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

O material excedente removido será transportado para local pré-definido em


conjunto com a fiscalização cuidando-se ainda para que este material não seja
conduzido para os cursos d’agua, de modo a não causar assoreamento.
Nos pontos de deságue dos dispositivos deverão ser executadas obras de
proteção de forma a evitar a erosão das vertentes ou assoreamento de cursos d’agua.
Em todos os locais onde ocorrerem escavações ou aterros necessários à
implantação da obra deverá ser feito revestimento vegetal adequado dos bota-foras, a
fim de proporcionar a manutenção das condições locais e incorporá-los à paisagem
local.
O trânsito dos equipamentos e veículos de serviço desnecessários deverá ser
evitado, tanto quanto possível, para não causar desfiguração, principalmente onde
houver alguma área com relevante interesse paisagístico ou ecológico.
Nas áreas de bota-fora ou empréstimos necessários à realização das valas de
saída que se instalam nas vertentes, deverão ser evitados os lançamentos de materiais
de escavação que possam afetar o sistema de drenagem superficial.

8 REFERÊNCIAS

NORMA ABNT NBR 10160/2005 – Tampões e Grelhas de Ferro Fundido Dúctil -


Requisitos e Métodos de Ensaios;
Especificações Gerais para Obras de Infraestrutura Aeroportuária da Diretoria de
Engenharia da Aeronáutica – DIRENG.

Página 301
Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

DREN.109/1 – REATERRO E COMPACTAÇÃO MECÂNICA DE VALAS EM


CAMADAS DE 20 CM UTILIZANDO COMPACTADOR DE SOLOS COM PLACA
VIBRATÓRIA – GRAU DE COMPACTAÇÃO 90% PROCTOR MODIFICADO.
AF_ITA_09/2014
UNIDADE: m3 (metro cúbico)

ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS

1 GENERALIDADES

Esta Especificação Técnica fixa as condições de execução de reaterros


compactados de valas com Grau de Compactação (GC) maior ou igual a 90% da
energia de compactação Proctor Modificado, utilizando compactador com placa
vibratória.
Normalmente este serviço destina-se ao reaterro de valas destinadas à
construção de tubulações hidráulicas e linhas de dutos de sistemas
elétricos/eletrônicos ou de balizamento em áreas de pavimentos aeroportuários.

2 MATERIAIS

Os solos para o reaterro devem estar isentos de matérias orgânicas, micáceas e


diatomáceas. Em geral, são utilizados os materiais provenientes da própria cava.

3 EQUIPAMENTOS

A execução deverá prever a utilização racional de equipamento apropriado,


atendidas as condições locais e a produtividade exigida. Os seguintes tipos de
equipamentos são os mais indicados, podendo ser utilizados outros equipamentos.
Qualquer equipamento a ser utilizado, deve ser previamente aprovado pela
FISCALIZAÇÃO:
• Placa vibratória manual;
• Compactador manual tipo sapo;
• Ferramentas manuais diversas (pás, enxadas, etc.).

4 EXECUÇÃO

Página 302
Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

A execução dos reaterros deve observar os elementos técnicos fornecidos à


CONTRATADA, como as especificações e desenhos das seções das valas a serem
abertas e a disposição das camadas de reaterro a serem executadas.
O lançamento do material para a constituição dos reaterros deve ser feito em
camadas sucessivas, em toda a largura da seção transversal da vala, e em extensões
tais que permitam seu umedecimento e compactação. A espessura da camada
compactada não deverá ultrapassar 0,20 metros.
Os trechos que não atingirem as condições mínimas de compactação e de
espessura devem ser escarificados, homogeneizados, levados à umidade adequada e
novamente compactados. Tais condições são estabelecidas da forma: compactação à
umidade ótima, mais ou menos 2%, até ser atingida a massa específica aparente seca
correspondente a 90% da massa específica aparente seca máxima do ensaio de
compactação com energia do Proctor Modificado (DNER-ME 129).

5 CONTROLE

5.1 CONTROLE TECNOLÓGICO

Para a execução do reaterro compactado, deverão ser executados os seguintes


ensaios geotécnicos:
• Um ensaio de compactação DNER-ME 129, com a energia Proctor
Modificado, para cada 100 m3 de um mesmo material da camada final de
reaterro na vala; e
• Um ensaio para determinação da massa específica aparente seca DNER-ME
092/1994, “in situ”, para cada 100 m3 da camada final do reaterro na vala.

6 MEDIÇÃO

Para efeito de medição, considera-se o volume de reaterro compactado


determinado através do produto da altura total das camadas compactadas pela área da
seção da vala, de acordo com a seção transversal do projeto.

7 ASPECTOS AMBIENTAIS

No decorrer das operações destinadas às execuções dos dispositivos de


drenagem deverão ser observados cuidados visando à preservação do meio ambiente,
tais que:
Quando houver excesso de material de escavação ou sobras, deverá ser
removido das proximidades dos dispositivos, de modo a não provocar o seu
entupimento, sendo conduzido para bota-fora licenciado ambientalmente indicado pela
contratada.

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Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

O material excedente removido será transportado para local pré-definido em


conjunto com a fiscalização cuidando-se ainda para que este material não seja
conduzido para os cursos d’agua, de modo a não causar assoreamento.
Nos pontos de deságue dos dispositivos deverão ser executadas obras de
proteção de forma a evitar a erosão das vertentes ou assoreamento de cursos d’agua.
Em todos os locais onde ocorrerem escavações ou aterros necessários à
implantação da obra deverá ser feito revestimento vegetal adequado dos bota-foras, a
fim de proporcionar a manutenção das condições locais e incorporá-los à paisagem
local.
O trânsito dos equipamentos e veículos de serviço desnecessários deverá ser
evitado, tanto quanto possível, para não causar desfiguração, principalmente onde
houver alguma área com relevante interesse paisagístico ou ecológico.
Nas áreas de bota-fora ou empréstimos necessários à realização das valas de
saída que se instalam nas vertentes, deverão ser evitados os lançamentos de materiais
de escavação que possam afetar o sistema de drenagem superficial.

8 REFERÊNCIAS

DIRENG – DIRETORIA DE ENGENHARIA DA AERONÁUTICA. Especificações


Gerais para Obras de Infraestrutura Aeroportuária. EG-ATERR S/N – Aterros. 4p.
Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte – Diretoria de
Planejamento e Pesquisa – Instituto de Pesquisas Rodoviárias – NORMA DNIT
108/2009 – ES Terraplenagem – Aterros – Especificação de serviço. Agosto/2009. 14p.

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Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

DREN.120/1 – EXECUÇÃO DE DRENO COM TUBOS DE PVC CORRUGADO


FLEXÍVEL PERFURADO – DN 100. AF_ITA_09/2014
UNIDADE: m (metro)

ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS

1 GENERALIDADES

Esta Especificação Técnica fixa as condições para construção de drenos


horizontais subterrâneos com tubos de Policloreto de Vinila – PVC – corrugado flexível
perfurado – DN 100, posicionados conforme indicado em projeto.
A figura a seguir apresenta os detalhes e as dimensões dos drenos, bem como a
vala a ser escavada, o emprego de geotêxtil e do material filtrante.

2 MATERIAIS
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Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

2.1 TUBOS DE PVC CORRUGADOS FLEXÍVEIS PERFURADOS

Os tubos perfurados de PVC, de diâmetro nominal de 10 cm, deverão possuir


seção circular e poderão utilizar conexões elásticas ou rosqueadas, do tipo ponta e
bolsa ou macho e fêmea, desde que seja garantida a estanqueidade ou rigidez da
conexão. Os tubos devem atender todas as recomendações dos fabricantes e
satisfazer as exigências contidas na NBR 15073.
Os furos deverão ser localizados em não mais de 135° da circunferência do
tubo, de forma tal que haja simetria, em relação ao plano que passa pela bissetriz
deste ângulo, entre as fileiras de furos.
Os furos deverão ter 6,4 mm (1/4 pol) de diâmetro, sendo recomendado um
número mínimo de 16 furos, por fileira, para cada 3,05 m de tubo. O espaçamento
entre duas fileiras de furos consecutivos deverá ser de 2,5 cm.
O diâmetro do tubo, assim como o número de fileiras de furos, deverá ser
determinado em função da vazão de água subterrânea a drenar.

2.2 AGREGADO

O agregado a ser utilizado para o envolvimento do tubo deverá ser a brita nº 2


de granulometria uniforme (DMÉDIO = 32 mm (25 mm < D < 50 mm)).

2.3 GEOTÊXTIL

O geotêxtil utilizado como revestimento da vala irá servir como filtro para essa
vala, impedindo a intrusão de finos que poderiam causar a colmatação do material
drenante pelo qual a vala é preenchida. Os requisitos mínimos necessários para o
geotêxtil utilizados no revestimento da vala estão descritos nas Tabelas 1 2 e 3. A sigla
L corresponde a testes efetuados na direção longitudinal à fabricação do geotêxtil e a
sigla T corresponde a testes efetuados na direção transversal à fabricação do geotêxtil.

Página 306
Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

Tabela 1 – Propriedades mecânicas do geotêxtil utilizado no revestimento da


vala
Propriedade Valor
Valor de ruptura à tração faixa larga (L) NBR 10319/2013 14,0 kN/m
Alongamento à tração faixa larga (L) NBR 10319/2013 > 50%
Valor de ruptura à tração faixa larga (T) NBR 10319/2013 12,0 kN/m
Alongamento à tração faixa larga (T) NBR 10319/2013 > 50%
Valor de ruptura à tração grab (L) ASTM D 4632 840 N
Alongamento mínimo à tração grab (L) ASTM D 4632 > 50%
Valor de ruptura à tração grab (T) ASTM D 4632 740 N
Alongamento mínimo à tração grab (T) ASTM D 4632 > 50%
Valor de ruptura para o rasgo trapezoidal (L) NBR 13351 360 N
Valor de ruptura para o rasgo trapezoidal (T) NBR 13351 330 N
Puncionamento NBR 12236 400 N
Puncionamento CBR NBR 12236 2,3 kN

Tabela 2 – Propriedades hidráulicas do geotêxtil utilizado no revestimento da


vala
Propriedade Valor
Permissividade NBR 15223 1,6 s-1
Fluxo de água NBR 15223 5450 L/min/m2
Permeabilidade normal NBR 15223 0,39 cm/s
Abertura Aparente (O95) NBR 15223 0,180 mm

Tabela 3 – Propriedades físicas do geotêxtil utilizado no revestimento da vala


Propriedade Valor
Comprimentos 150 m
Largura 2,3 m – 4,6 m
Matéria-prima e tecnologia 100% poliéster – filamentos contínuos
Ponto de fusão 260 °C

2.4 MATERIAL PARA REATERRO

O reaterro deverá ser realizado com material selecionado da escavação da vala


ou outro indicado pela FISCALIZAÇÃO. Não deverá possuir partículas que fiquem
retidas na peneira de 2”, não poderá ser argila plástica (IP > 12) e a granulometria
deverá ter, no mínimo, 95% passando na peneira de ½” e 95% retido na peneira n° 4.

Página 307
Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

3 EQUIPAMENTOS

Os equipamentos necessários à execução dos serviços serão adequados aos


locais de instalação das obras referidas, atendendo ao que dispõem as prescrições
específicas para os serviços similares. Recomendam-se, no mínimo, os seguintes
equipamentos:
• caminhão basculante;
• motonivelaroda;
• pá-carregadeira;
• rolo compactador metálico;
• retroescavadeiras ou valetadeiras mecânicas para a escavação das valas;
• compactadores mecânicos manuais, para iniciar o aterro sobre os tubos;
• serra elétrica para formas;
A escavação da vala deverá ser executada preferencialmente com escavadeira
hidráulica, podendo ser utilizada retroescavadeira quando o terreno permitir.
Deverá ser utilizado soquete vibratório compactador do tipo sapo para o serviço
de reaterro das valas e compactador manual tipo maço (30 kg) para o serviço de
apiloamento do fundo da vala.
Todo equipamento a ser utilizado deverá ser vistoriado, antes do início da
execução do serviço de modo a garantir as condições apropriadas de operação, sem o
que não será autorizada sua utilização.

4 EXECUÇÃO

4.1 ESCAVAÇÃO DA VALA

Para a execução do serviço de escavação de vala deverá ser utilizada


preferencialmente escavadeira hidráulica ou, quando o terreno apresentar baixa
resistência, poderá ser utilizada a retroescavadeira. O material proveniente da
escavação deverá ser estocado no local para posterior execução da recomposição do
terreno, quando adequado, sendo o excesso, se for o caso, destinado ao local de bota-
fora. Caberá à FISCALIZAÇÃO definir o destino do material excedente, que poderá ser
utilizado nos corpos de aterro ou lançado em bota-fora.
A execução das aberturas das valas para a instalação dos drenos com tubos pvc
corrugado flexível perfurado deverá ser acompanhada de serviços de topografia, onde
deverão ser tomados todos os procedimentos necessários, visando garantir a posição
do eixo do tubo e a altura adequada do fundo da vala, de forma a conformar o terreno
de acordo com as cotas indicadas em projeto.
Para a preparação do terreno, a vala deve ser escavada preferencialmente de
jusante para montante seguindo as dimensões e declividades especificadas em projeto.
A largura da vala deverá ser adequada à instalação do tubo mais a do preenchimento
com material filtrante.

Página 308
Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

O escoramento da vala, quando necessário, deve ser executado de acordo com


um plano previamente apresentado pela CONTRATADA. Cuidados especiais deverão
ser tomados nos casos de profundidades elevadas (maiores que 1,50 m), má qualidade
do solo, reduzida inclinação dos taludes, movimentação de cargas pesadas nas
proximidades, condições climáticas desfavoráveis e proximidades de obras existentes
que possam ser comprometidas pelas escavações. Quando da presença de água no
fundo da vala, recomenda-se a aplicação de uma camada de brita, recoberta com
areia.

4.2 PREPARAÇÃO DA BASE

A base deverá ficar uniformemente distribuída e o material convenientemente


compactado. A compactação da base do fundo da vala (apiloamento) deverá ser
executada com compactador manual do tipo maço, de 30 kg.

4.3 COLOCAÇÃO DA MANTA DE GEOTÊXTIL

O processo de escavação deve ser executado de modo que as laterais e o fundo


da vala apresentem um mínimo de depressões para facilitar o contato entre o geotêxtil
e o solo de base (a filtrar) reduzindo ao máximo os vazios entre os dois meios.
As valas devem ser cuidadosamente inspecionadas antes da colocação do
geotêxtil, devendo ser removidos todos os materiais (galhos, raízes, pedras, arames,
etc.) que possam vir a comprometer a integridade do geotêxtil.
Antes da colocação do geotêxtil as valas também devem estar isentas de lama e
de finos em suspensão, na eventual presença de água. Caso isto seja inevitável, lançar
solo arenoso presente na região da obra para garantir o apoio conveniente ao elemento
do filtro.
Conforme recomenda a norma NBR 15224, o geotêxtil deve ser instalado de
montante a jusante da vala e deve ser bem acomodado sobre o fundo e as laterais da
vala de modo a evitar a formação de espaços vazios entre ele e o solo.
Para evitar escorregamentos ou deslocamentos do geotêxtil durante o
enchimento da vala, deve-se fixá-lo ao terreno com pequenas estacas (madeira,
bambu, etc.) ou outro sistema de travamento. Nenhuma perfuração poderá ocorrer no
geotêxtil, exceto nas áreas de sobreposição para fechamento do dreno, tendo-se a
precaução de não permitir a superposição de áreas afetadas.
O geotêxtil deverá ficar exposto ao ar livre somente o tempo mínimo necessário
para a execução continuada do serviço projetado, para evitar danos provocados por
vandalismo ou intemperismo. Caso ocorram danos ou rasgos no geotêxtil, um pedaço
do mesmo geotêxtil (manchão) deverá ser sobreposto no local danificado, avançando
pelo menos 30 cm além do perímetro da zona afetada.
A união entre as mantas será feita por sobreposição de no mínimo 30 cm em
uma união transversal (manta a montante sobre a manta a jusante no fundo da vala). A
união por costura das mantas pode ser aceita nestas condições, mas nenhuma
sobreposição pode ocorrer na direção longitudinal do dreno para evitar a criação de
locais de infiltração preferencial da água ao longo do sistema de drenagem.

Página 309
Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

4.4 PREENCHIMENTO DA VALA COM O MATERIAL FILTRANTE

O dreno deve ser preenchido imediatamente após a instalação do geotêxtil,


sendo que a altura de lançamento do agregado não pode exceder 1 m de altura. O
lançamento deve ser cuidadosamente realizado de modo a não permitir que o material
drenante penetre entre o geotêxtil e a parede da vala durante o lançamento. É de suma
importância que o lançamento do brita seja feito com preenchimento do fundo da vala
para as bordas, e não o contrário. O não cumprimento dessa determinação pode
causar danos devido à abrasão entre o geotêxtil e o agregado em lançamento. O
lançamento e o espalhamento da brita deve se dar sempre da manta superior para a
manta inferior, a fim de evitar o levantamento do geotêxtil e uma possível região de
fluxo não protegida pelo filtro.

4.5 LANÇAMENTO E ASSENTAMENTOD DOS TUBOS DE PVC CORRUGADO


FLEXÍVEL PERFURADO

O tubo de PVC corrugado perfurado de diâmetro nominal de 10 cm deverá ser


instalado antes do preenchimento completo de brita e deverá estar a 10 cm de altura
da base do dreno subsuperficial.
A face superior do filtro deve ser recoberta imediatamente e é preciso realizar a
aplicação de 5 cm de brita com granulometria uniforme (DMÉDIO= 32 mm) para evitar a
entrada de finos no tubo durante o reaterro da vala, podendo colmatá-lo.
As juntas da ponta e da bolsa deverão ser colocadas de modo que as bolsas
fiquem voltadas para o lado ascendente da declividade.

4.6 REATERRO DA VALA

Após o lançamento de todo o material correspondende à camada filtrante,


deverá ser executado o reaterro da vala, em camadas não superiores a 15 cm de
espessura, de modo a garantir que o tubo, o geotêxtil e o material filtrante não percam
suas propriedades, através de compactação mecânica com soquete vibratório do tipo
Sapo. A densidade do material utilizado no reaterro deverá obedecer aos requisitos de
projeto para a compactação de solo, podendo variar dependendo da localização de
instalação do tubo. O material poderá ser o mesmo que foi retirado quando da abertura
das valas, desde que esteja isento de pedras, detritos e outras impurezas.
Os rolos compactadores somente poderão atuar sobre os tubos quando a altura
de aterro de recobrimento for superior a 50 cm.
Ao ser concluído o reaterro, todo o material remanescente deverá ser removido
para o local de bota-fora aprovado pela Fiscalização. O terreno deverá ser entregue
limpo e nivelado.

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Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

5 CONTROLE

5.1 CONTROLE TECNOLÓGICO

Os tubos de PVC devem obedecer ao especificado no projeto quanto às suas


propriedades físicas, materiais e dimensionais, e suas propriedades devem ser
certificadas pelo fabricante. As inspeções devem estar de acordo com a NBR 15073.
Em relação ao controle dos geotêxteis, os ensaios de recebimento devem ser
efetuados conforme estabelecidos na NBR 9862 e limitam-se aos lotes de produtos
acabados a serem utilizados de acordo com os projetos acabados. De cada lote devem
ser retirados lotes de acordo com a Tabela 2 a seguir, para a realização dos ensaios
visual e dimensional, e de acordo com a Tabela 3 para os ensaios destrutivos.
Tabela 2 – Plano de amostragem para ensaios visual e dimensional (NBR 5426
– nível S3)
Tamanho da
Número de rolos defeituosos
amostra
Tamanho dos
lotes (rolos) 1ª 2ª 1ª amostra 2ª amostra
amostra amostra Ac-1 Rej-1 Ac-2 Rej-2
30 a 130 3 3 0 2 1 2
131 a 500 5 5 0 3 3 4
501 a 2500 8 8 1 4 4 5
2501 a 10000 13 13 2 5 6 7

Tabela 3 – Plano de amostragem para ensaios destrutivos (NBR 5426 – nível


S1)
Tamanho da
Número de rolos defeituosos
amostra
Tamanho dos
lotes (rolos) 1ª 2ª 1ª amostra 2ª amostra
amostra amostra Ac-1 Rej-1 Ac-2 Rej-2
30 a 500 1 - 0 1 - -
501 a 2500 3 3 0 2 1 2
2501 a 10000 5 5 0 2 1 2

As amostras para realização dos ensaios destrutivos devem ser retiradas dos
lotes aprovados nos ensaios visual e dimensional. A inspeção e recebimento de lotes

Página 311
Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

com tamanhos inferiores a 30 unidades deve ser objeto de entendimento entre a


CONTRATADA, o fabricante e a FISCALIZAÇÃO.

Em relação ao controle do material filtrante, deve-se verificar sua granulometria,


de acordo com a NBR NM 248, a cada 100 m3 de material aplicado.

5.2 CONTROLE TOPOGRÁFICO

O controle será realizado através da verificação topográfica de cotas,


alinhamento, dimensões e locação. O serviço deverá ser refeito caso não sejam
respeitadas as exigências de projeto.

5.3 CONTROLE GEOTÉCNICO

O reaterro sobre os tubos de pvc será controlado pelas Especificações Gerais


para Obras de Infraestrutura Aeroportuária para Aterros, da Diretoria de Engenharia da
Aeronáutica, e das próprias especificações técnicas do SINAPI Aeroportuário,
dependendo do ensaio de compactação utilizado e do grau de compactação a ser
executado no local.

6 ASPECTOS AMBIENTAIS

No decorrer das operações destinadas às execuções dos dispositivos de


drenagem deverão ser observados cuidados visando à preservação do meio ambiente,
tais que:
• Quando houver excesso de material de escavação ou sobras, deverá ser
removido das proximidades dos dispositivos, de modo a não provocar o
seu entupimento, sendo conduzido para bota-fora licenciado
ambientalmente indicado pela CONTRATADA.
• O material excedente removido será transportado para local pré-definido
em conjunto com a Fiscalização cuidando-se ainda para que este material
não seja conduzido para os cursos d'água, de modo a não causar
assoreamento.
• Nos pontos de deságue dos dispositivos deverão ser executadas obras de
proteção de forma a evitar a erosão das vertentes ou assoreamento de
cursos d’água.
• Em todos os locais onde ocorrerem escavações ou aterros necessários à
implantação da obra deverá ser feito revestimento vegetal adequado dos
bota-foras, a fim de proporcionar a manutenção das condições locais e
incorporá-los à paisagem local.
• O trânsito dos equipamentos e veículos de serviço desnecessários deverá
ser evitado, tanto quanto possível, para não causar desfiguração,
principalmente onde houver alguma área com relevante interesse
paisagístico ou ecológico.

Página 312
Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

• Nas áreas de bota-fora ou empréstimos necessários à realização das


valas de saída que se instalam nas vertentes, deverão ser evitados os
lançamentos de materiais de escavação que possam afetar o sistema de
drenagem superficial.

7 MEDIÇÃO

A medição dos serviços será feita por metro linear de tubo de pvc assentado,
executado de acordo com o projeto.

8 REFERÊNCIAS

Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes. DNIT 161/2012 – ES.


Geocomposto para drenagem e geotêxteis não-tecido aplicáveis a dispositivo de
drenagem de rodovia – Especificação de Material. Rio de Janeiro. 2006. 11 p
Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes. DNIT 015/2006 – ES.
Drenagem – Drenos subterrâneos – Especificação de Serviço. Rio de Janeiro. 2006. 10
p
Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes. DNIT 016/2006 – ES.
Drenagem – Drenos sub-superficiais – Especificação de Serviço. Rio de Janeiro. 2006.
9p
Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes. DNIT 017/2006 – ES.
Drenagem – Drenos sub-horizontais – Especificação de Serviço. Rio de Janeiro. 2006.
7p
Comando da Aeronáutica. Diretoria de Engenharia da Aeronáutica.
Especificações Gerais para obras de Infraestrutura Aeroportuária. Drenos Profundos.
Rio de Janeiro. 5 p.
NORMA ABNT NBR 15073/2004. Tubos corrugados de PVC e de polietileno
para drenagem subterrânea agrícola. Rio de Janeiro, 2004. 11 p.
NORMA ABNT NBR 10319/2013. Geossintéticos — Ensaio de tração faixa larga.
Rio de Janeiro, 2013. 11 p.
NORMA ABNT NBR 13351/2013. Não-tecido - Determinação da resistência à
propagação do rasgo. Rio de Janeiro, 2013. 5 p.
NORMA ABNT NBR 12236/2013. Geossintéticos — Ensaio de puncionameno
estático (punção CBR). Rio de Janeiro, 2013. 7 p.
NORMA ABNT NBR 15224/2005. Geotêxteis - Instalação em trincheiras
drenantes. Rio de Janeiro, 2005. 7 p.
NORMA ABNT NBR 9862/2013. Geossintéticos — Amostragem e preparação de
corpos de prova para ensaios. Rio de Janeiro, 2013. 4 p.
NORMA ABNT NBR 5426/1989. Planos de amostragem e procedimentos na
inspeção por atributos. Rio de Janeiro, 1989. 63 p.

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Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

NORMA ABNT NBR NM 248/2003. Agregados - Determinação da composição


granulométrica. Rio de Janeiro, 2003. 6 p.

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Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

DREN.121/1 - EXECUÇÃO DE DRENO COM TUBOS DE PVC CORRUGADO


FLEXÍVEL PERFURADO – DN 160. AF_ITA_09/2014
UNIDADE: m (metro)

ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS

1 GENERALIDADES

Esta Especificação Técnica fixa as condições para construção de drenos


horizontais subterrâneos com tubos de Policloreto de Vinila – PVC – corrugado flexível
perfurado – DN 160, posicionados conforme indicado em projeto.
A figura a seguir apresenta os detalhes e as dimensões dos drenos, bem como a
vala a ser escavada, o emprego de geotêxtil e do material filtrante.

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Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

2 MATERIAIS

2.1 TUBOS DE PVC CORRUGADOS FLEXÍVEIS PERFURADOS

Os tubos perfurados de PVC, de diâmetro nominal de 16 cm, deverão possuir


seção circular e poderão utilizar conexões elásticas ou rosqueadas, do tipo ponta e
bolsa ou macho e fêmea, desde que seja garantida a estanqueidade ou rigidez da
conexão. Os tubos devem atender todas as recomendações dos fabricantes e
satisfazer as exigências contidas na NBR 15073.
Os furos deverão ser localizados em não mais de 135° da circunferência do
tubo, de forma tal que haja simetria, em relação ao plano que passa pela bissetriz
deste ângulo, entre as fileiras de furos.
Os furos deverão ter 6,4 mm (1/4 pol) de diâmetro, sendo recomendado um
número mínimo de 16 furos, por fileira, para cada 3,05 m de tubo. O espaçamento
entre duas fileiras de furos consecutivos deverá ser de 2,5 cm.
O diâmetro do tubo, assim como o número de fileiras de furos, deverá ser
determinado em função da vazão de água subterrânea a drenar.

2.2 AGREGADO

O agregado a ser utilizado para o envolvimento do tubo deverá ser a brita nº 2


de granulometria uniforme (DMÉDIO = 32 mm (25 mm < D < 50 mm)).

2.3 GEOTÊXTIL

O geotêxtil utilizado como revestimento da vala irá servir como filtro para essa
vala, impedindo a intrusão de finos que poderiam causar a colmatação do material
drenante pelo qual a vala é preenchida. Os requisitos mínimos necessários para o
geotêxtil utilizados no revestimento da vala estão descritos nas Tabelas 1 2 e 3. A sigla
L corresponde a testes efetuados na direção longitudinal à fabricação do geotêxtil e a
sigla T corresponde a testes efetuados na direção transversal à fabricação do geotêxtil.

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Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

Tabela 1 – Propriedades mecânicas do geotêxtil utilizado no revestimento da


vala
Propriedade Valor
Valor de ruptura à tração faixa larga (L) NBR 10319/2013 14,0 kN/m
Alongamento à tração faixa larga (L) NBR 10319/2013 > 50%
Valor de ruptura à tração faixa larga (T) NBR 10319/2013 12,0 kN/m
Alongamento à tração faixa larga (T) NBR 10319/2013 > 50%
Valor de ruptura à tração grab (L) ASTM D 4632 840 N
Alongamento mínimo à tração grab (L) ASTM D 4632 > 50%
Valor de ruptura à tração grab (T) ASTM D 4632 740 N
Alongamento mínimo à tração grab (T) ASTM D 4632 > 50%
Valor de ruptura para o rasgo trapezoidal (L) NBR 13351 360 N
Valor de ruptura para o rasgo trapezoidal (T) NBR 13351 330 N
Puncionamento NBR 12236 400 N
Puncionamento CBR NBR 12236 2,3 kN

Tabela 2 – Propriedades hidráulicas do geotêxtil utilizado no revestimento da


vala
Propriedade Valor
Permissividade NBR 15223 1,6 s-1
Fluxo de água NBR 15223 5450 L/min/m2
Permeabilidade normal NBR 15223 0,39 cm/s
Abertura Aparente (O95) NBR 15223 0,180 mm

Tabela 3 – Propriedades físicas do geotêxtil utilizado no revestimento da vala


Propriedade Valor
Comprimentos 150 m
Largura 2,3 m – 4,6 m
Matéria-prima e tecnologia 100% poliéster – filamentos contínuos
Ponto de fusão 260 °C

2.4 MATERIAL PARA REATERRO

O reaterro deverá ser realizado com material selecionado da escavação da vala


ou outro indicado pela FISCALIZAÇÃO. Não deverá possuir partículas que fiquem
retidas na peneira de 2”, não poderá ser argila plástica (IP > 12) e a granulometria
deverá ter, no mínimo, 95% passando na peneira de ½” e 95% retido na peneira n° 4.

Página 317
Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

3 EQUIPAMENTOS

Os equipamentos necessários à execução dos serviços serão adequados aos


locais de instalação das obras referidas, atendendo ao que dispõem as prescrições
específicas para os serviços similares. Recomendam-se, no mínimo, os seguintes
equipamentos:
• caminhão basculante;
• motonivelaroda;
• pá-carregadeira;
• rolo compactador metálico;
• Retroescavadeiras ou valetadeiras mecânicas para a escavação das
valas;
• compactadores mecânicos manuais, para iniciar o aterro sobre os tubos;
• serra elétrica para formas;
A escavação da vala deverá ser executada preferencialmente com escavadeira
hidráulica, podendo ser utilizada retroescavadeira quando o terreno permitir.
Deverá ser utilizado soquete vibratório compactador do tipo sapo para o serviço
de reaterro das valas e compactador manual tipo maço (30 kg) para o serviço de
apiloamento do fundo da vala.
Todo equipamento a ser utilizado deverá ser vistoriado, antes do início da
execução do serviço de modo a garantir as condições apropriadas de operação, sem o
que não será autorizada sua utilização.

4 EXECUÇÃO

4.1 ESCAVAÇÃO DA VALA

Para a execução do serviço de escavação de vala deverá ser utilizada


preferencialmente escavadeira hidráulica ou, quando o terreno apresentar baixa
resistência, poderá ser utilizada a retroescavadeira. O material proveniente da
escavação deverá ser estocado no local para posterior execução da recomposição do
terreno, quando adequado, sendo o excesso, se for o caso, destinado ao local de bota-
fora. Caberá à FISCALIZAÇÃO definir o destino do material excedente, que poderá ser
utilizado nos corpos de aterro ou lançado em bota-fora.
A execução das aberturas das valas para a instalação dos drenos com tubos pvc
corrugado flexível perfurado deverá ser acompanhada de serviços de topografia, onde
deverão ser tomados todos os procedimentos necessários, visando garantir a posição
do eixo do tubo e a altura adequada do fundo da vala, de forma a conformar o terreno
de acordo com as cotas indicadas em projeto.
Para a preparação do terreno, a vala deve ser escavada preferencialmente de
jusante para montante seguindo as dimensões e declividades especificadas em projeto.

Página 318
Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

A largura da vala deverá ser adequada à instalação do tubo mais a do preenchimento


com material filtrante.
O escoramento da vala, quando necessário, deve ser executado de acordo com
um plano previamente apresentado pela CONTRATADA. Cuidados especiais deverão
ser tomados nos casos de profundidades elevadas (maiores que 1,50 m), má qualidade
do solo, reduzida inclinação dos taludes, movimentação de cargas pesadas nas
proximidades, condições climáticas desfavoráveis e proximidades de obras existentes
que possam ser comprometidas pelas escavações. Quando da presença de água no
fundo da vala, recomenda-se a aplicação de uma camada de brita, recoberta com
areia.

4.2 PREPARAÇÃO DA BASE

A base deverá ficar uniformemente distribuída e o material convenientemente


compactado. A compactação da base do fundo da vala (apiloamento) deverá ser
executada com compactador manual do tipo maço, de 30 kg.

4.3 COLOCAÇÃO DA MANTA DE GEOTÊXTIL

O processo de escavação deve ser executado de modo que as laterais e o fundo


da vala apresentem um mínimo de depressões para facilitar o contato entre o geotêxtil
e o solo de base (a filtrar) reduzindo ao máximo os vazios entre os dois meios.
As valas devem ser cuidadosamente inspecionadas antes da colocação do
geotêxtil, devendo ser removidos todos os materiais (galhos, raízes, pedras, arames,
etc.) que possam vir a comprometer a integridade do geotêxtil.
Antes da colocação do geotêxtil as valas também devem estar isentas de lama e
de finos em suspensão, na eventual presença de água. Caso isto seja inevitável, lançar
solo arenoso presente na região da obra para garantir o apoio conveniente ao elemento
do filtro.
Conforme recomenda a norma NBR 15224, o geotêxtil deve ser instalado de
montante a jusante da vala e deve ser bem acomodado sobre o fundo e as laterais da
vala de modo a evitar a formação de espaços vazios entre ele e o solo.
Para evitar escorregamentos ou deslocamentos do geotêxtil durante o
enchimento da vala, deve-se fixá-lo ao terreno com pequenas estacas (madeira,
bambu, etc.) ou outro sistema de travamento. Nenhuma perfuração poderá ocorrer no
geotêxtil, exceto nas áreas de sobreposição para fechamento do dreno, tendo-se a
precaução de não permitir a superposição de áreas afetadas.
O geotêxtil deverá ficar exposto ao ar livre somente o tempo mínimo necessário
para a execução continuada do serviço projetado, para evitar danos provocados por
vandalismo ou intemperismo. Caso ocorram danos ou rasgos no geotêxtil, um pedaço
do mesmo geotêxtil (manchão) deverá ser sobreposto no local danificado, avançando
pelo menos 30 cm além do perímetro da zona afetada.
A união entre as mantas será feita por sobreposição de no mínimo 30 cm em
uma união transversal (manta a montante sobre a manta a jusante no fundo da vala). A
união por costura das mantas pode ser aceita nestas condições, mas nenhuma
Página 319
Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

sobreposição pode ocorrer na direção longitudinal do dreno para evitar a criação de


locais de infiltração preferencial da água ao longo do sistema de drenagem.

4.4 PREENCHIMENTO DA VALA COM O MATERIAL FILTRANTE

O dreno deve ser preenchido imediatamente após a instalação do geotêxtil,


sendo que a altura de lançamento do agregado não pode exceder 1 m de altura. O
lançamento deve ser cuidadosamente realizado de modo a não permitir que o material
drenante penetre entre o geotêxtil e a parede da vala durante o lançamento. É de suma
importância que o lançamento do brita seja feito com preenchimento do fundo da vala
para as bordas, e não o contrário. O não cumprimento dessa determinação pode
causar danos devido à abrasão entre o geotêxtil e o agregado em lançamento. O
lançamento e o espalhamento da brita deve se dar sempre da manta superior para a
manta inferior, a fim de evitar o levantamento do geotêxtil e uma possível região de
fluxo não protegida pelo filtro.

4.5 LANÇAMENTO E ASSENTAMENTOD DOS TUBOS DE PVC CORRUGADO


FLEXÍVEL PERFURADO

O tubo de PVC corrugado perfurado de diâmetro nominal de 16 cm deverá ser


instalado antes do preenchimento completo de brita e deverá estar a 10 cm de altura
da base do dreno subsuperficial.
A face superior do filtro deve ser recoberta imediatamente e é preciso realizar a
aplicação de 5 cm de brita com granulometria uniforme (DMÉDIO= 32 mm) para evitar a
entrada de finos no tubo durante o reaterro da vala, podendo colmatá-lo.
As juntas da ponta e da bolsa deverão ser colocadas de modo que as bolsas
fiquem voltadas para o lado ascendente da declividade.

4.6 REATERRO DA VALA

Após o lançamento de todo o material correspondende à camada filtrante,


deverá ser executado o reaterro da vala, em camadas não superiores a 15 cm de
espessura, de modo a garantir que o tubo, o geotêxtil e o material filtrante não percam
suas propriedades, através de compactação mecânica com soquete vibratório do tipo
Sapo. A densidade do material utilizado no reaterro deverá obedecer aos requisitos de
projeto para a compactação de solo, podendo variar dependendo da localização de
instalação do tubo. O material poderá ser o mesmo que foi retirado quando da abertura
das valas, desde que esteja isento de pedras, detritos e outras impurezas.
Os rolos compactadores somente poderão atuar sobre os tubos quando a altura
de aterro de recobrimento for superior a 50 cm.
Ao ser concluído o reaterro, todo o material remanescente deverá ser removido
para o local de bota-fora aprovado pela Fiscalização. O terreno deverá ser entregue
limpo e nivelado.

Página 320
Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

5 CONTROLE

5.1 CONTROLE TECNOLÓGICO

Os tubos de PVC devem obedecer ao especificado no projeto quanto às suas


propriedades físicas, materiais e dimensionais, e suas propriedades devem ser
certificadas pelo fabricante. As inspeções devem estar de acordo com a NBR 15073.
Em relação ao controle dos geotêxteis, os ensaios de recebimento devem ser
efetuados conforme estabelecidos na NBR 9862 e limitam-se aos lotes de produtos
acabados a serem utilizados de acordo com os projetos acabados. De cada lote devem
ser retirados lotes de acordo com a Tabela 2 a seguir, para a realização dos ensaios
visual e dimensional, e de acordo com a Tabela 3 para os ensaios destrutivos.
Tabela 2 – Plano de amostragem para ensaios visual e dimensional (NBR 5426
– nível S3)
Tamanho da
Número de rolos defeituosos
amostra
Tamanho dos
lotes (rolos) 1ª 2ª 1ª amostra 2ª amostra
amostra amostra Ac-1 Rej-1 Ac-2 Rej-2
30 a 130 3 3 0 2 1 2
131 a 500 5 5 0 3 3 4
501 a 2500 8 8 1 4 4 5
2501 a 10000 13 13 2 5 6 7

Tabela 3 – Plano de amostragem para ensaios destrutivos (NBR 5426 – nível


S1)
Tamanho da
Número de rolos defeituosos
amostra
Tamanho dos
lotes (rolos) 1ª 2ª 1ª amostra 2ª amostra
amostra amostra Ac-1 Rej-1 Ac-2 Rej-2
30 a 500 1 - 0 1 - -
501 a 2500 3 3 0 2 1 2
2501 a 10000 5 5 0 2 1 2

As amostras para realização dos ensaios destrutivos devem ser retiradas dos
lotes aprovados nos ensaios visual e dimensional. A inspeção e recebimento de lotes

Página 321
Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

com tamanhos inferiores a 30 unidades deve ser objeto de entendimento entre a


CONTRATADA, o fabricante e a FISCALIZAÇÃO.

Em relação ao controle do material filtrante, deve-se verificar sua granulometria,


de acordo com a NBR NM 248, a cada 100 m3 de material aplicado.

5.2 CONTROLE TOPOGRÁFICO

O controle será realizado através da verificação topográfica de cotas,


alinhamento, dimensões e locação. O serviço deverá ser refeito caso não sejam
respeitadas as exigências de projeto.

5.3 CONTROLE GEOTÉCNICO

O reaterro sobre os tubos de pvc será controlado pelas Especificações Gerais


para Obras de Infraestrutura Aeroportuária para Aterros, da Diretoria de Engenharia da
Aeronáutica, e das próprias especificações técnicas do SINAPI Aeroportuário,
dependendo do ensaio de compactação utilizado e do grau de compactação a ser
executado no local.

6 ASPECTOS AMBIENTAIS

No decorrer das operações destinadas às execuções dos dispositivos de


drenagem deverão ser observados cuidados visando à preservação do meio ambiente,
tais que:
• Quando houver excesso de material de escavação ou sobras, deverá ser
removido das proximidades dos dispositivos, de modo a não provocar o
seu entupimento, sendo conduzido para bota-fora licenciado
ambientalmente indicado pela CONTRATADA.
• O material excedente removido será transportado para local pré-definido
em conjunto com a Fiscalização cuidando-se ainda para que este material
não seja conduzido para os cursos d'água, de modo a não causar
assoreamento.
• Nos pontos de deságue dos dispositivos deverão ser executadas obras de
proteção de forma a evitar a erosão das vertentes ou assoreamento de
cursos d’água.
• Em todos os locais onde ocorrerem escavações ou aterros necessários à
implantação da obra deverá ser feito revestimento vegetal adequado dos
bota-foras, a fim de proporcionar a manutenção das condições locais e
incorporá-los à paisagem local.
• O trânsito dos equipamentos e veículos de serviço desnecessários deverá
ser evitado, tanto quanto possível, para não causar desfiguração,
principalmente onde houver alguma área com relevante interesse
paisagístico ou ecológico.

Página 322
Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

• Nas áreas de bota-fora ou empréstimos necessários à realização das


valas de saída que se instalam nas vertentes, deverão ser evitados os
lançamentos de materiais de escavação que possam afetar o sistema de
drenagem superficial.

7 MEDIÇÃO

A medição dos serviços será feita por metro linear de tubo de pvc assentado,
executado de acordo com o projeto.

8 REFERÊNCIAS

Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes. DNIT 161/2012 – ES.


Geocomposto para drenagem e geotêxteis não-tecido aplicáveis a dispositivo de
drenagem de rodovia – Especificação de Material. Rio de Janeiro. 2006. 11 p
Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes. DNIT 015/2006 – ES.
Drenagem – Drenos subterrâneos – Especificação de Serviço. Rio de Janeiro. 2006. 10
p
Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes. DNIT 016/2006 – ES.
Drenagem – Drenos sub-superficiais – Especificação de Serviço. Rio de Janeiro. 2006.
9p
Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes. DNIT 017/2006 – ES.
Drenagem – Drenos sub-horizontais – Especificação de Serviço. Rio de Janeiro. 2006.
7p
Comando da Aeronáutica. Diretoria de Engenharia da Aeronáutica.
Especificações Gerais para obras de Infraestrutura Aeroportuária. Drenos Profundos.
Rio de Janeiro. 5 p.
NORMA ABNT NBR 15073/2004. Tubos corrugados de PVC e de polietileno
para drenagem subterrânea agrícola. Rio de Janeiro, 2004. 11 p.
NORMA ABNT NBR 10319/2013. Geossintéticos — Ensaio de tração faixa larga.
Rio de Janeiro, 2013. 11 p.
NORMA ABNT NBR 13351/2013. Não-tecido - Determinação da resistência à
propagação do rasgo. Rio de Janeiro, 2013. 5 p.
NORMA ABNT NBR 12236/2013. Geossintéticos — Ensaio de puncionameno
estático (punção CBR). Rio de Janeiro, 2013. 7 p.
NORMA ABNT NBR 15224/2005. Geotêxteis - Instalação em trincheiras
drenantes. Rio de Janeiro, 2005. 7 p.
NORMA ABNT NBR 9862/2013. Geossintéticos — Amostragem e preparação de
corpos de prova para ensaios. Rio de Janeiro, 2013. 4 p.
NORMA ABNT NBR 5426/1989. Planos de amostragem e procedimentos na
inspeção por atributos. Rio de Janeiro, 1989. 63 p.

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Caderno de Encargos das Composições DRENAGEM

NORMA ABNT NBR NM 248/2003. Agregados - Determinação da composição


granulométrica. Rio de Janeiro, 2003. 6 p.

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