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PLANO DE FECHAMENTO DO ATERRO EM VALAS DO MUNICÍPIO DE SANTO


ANTÔNIO DO JARDIM – SÃO PAULO1

Davi Magalhães Lazarini Neppi2; Ricardo da Silva Manca3; Euzebio Beli4

RESUMO
A maior parte dos resíduos gerados no país é disposta de forma incorreta, trazendo graves conseqüências para o
meio ambiente, sendo que os casos de contaminação do solo e da água crescem gradativamente e, além disso,
também promovem a proliferação de vetores de doenças, atingindo as comunidades mais carentes que habitam
as proximidades destes locais. Para os municípios de pequeno porte, que geram uma quantidade inferior a 10
toneladas de resíduos por dia, uma alternativa é o aterro em valas, pois se trata de um empreendimento
relativamente simples e economicamente viável. No presente trabalho foi proposto um plano de fechamento do
aterro em valas do município de Santo Antônio do Jardim - SP, contendo os procedimentos necessários para o
correto encerramento do empreendimento. A metodologia aplicada baseou-se em análises do solo e água
subterrânea, e através levantamento planialtimétrico da área. Os resultados mostram que há valores acima do
permitido para alguns metais apenas no solo, uma vez que o nível de água não foi encontrado. Após o
fechamento do aterro deverá ser colocado em prática o plano monitoramento da área, conduzindo o mesmo até
sua completa recuperação.
Palavras-chave: Aterro em valas; resíduos sólidos; fechamento de aterro.

LANDFILL IN DITCHES CLOSURE PLAN IN THE CITY OF SANTO ANTONIO DO JARDIM - SAO
PAULO ABSTRACT
The most part of waste generated in Brazil is incorrectly disposed, causing serious consequences for the
environment, and the cases of water and soil contamination increase gradually promoting proliferation of
diseases vectors, reaching poorest communities that live in the vicinity of this areas. For smaller municipalities,
which generate a amount less than 10 ton of solid waste by day, an alternative for disposal is the landfill in
ditches, what is simple and economically viable. In this paper was proposed a closure plan for the municipal
landfill in ditches, containing the necessary procedure to finish it. The applied methodology was based in water
and soil analyses and planialtimetric survey of the area. The results showed that there are higher values than the
permissible only in soil, once the water level wasn’t found. After closure of the landfill it will be put in practice
the monitoring plan until complete recovery of the area.
Palavras-chave: landfill in ditches; solid waste; landfill closure.

Trabalho recebido em 09/05/2010 e aceito para publicação em 13/11/2010.

1
Trabalho de conclusão de curso do primeiro autor
2
Graduado em Engenharia Ambiental. Centro Regional Universitário de Espírito Santo do Pinhal – Unipinhal. e-mail:
davineppi@hotmail.com
3
Orientador Professor Mestre do Curso de Engenharia Ambiental do Centro Regional Universitário de Espírito Santo do
Pinhal – Unipinhal.
4
Professor Especialista do Curso de Engenharia Ambiental do Centro Regional Universitário de Espírito Santo do Pinhal –
Unipinhal.

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pequeno porte e que possuem poucos
1. INTRODUÇÃO recursos financeiros, sendo que a operação
Devido ao grande volume de lixo é relativamente simples e os resíduos são
produzido pela população em quantidades aterrados de forma segura, minimizando os
cada vez maiores, a destinação final impactos ambientais.
adequada de RSU (Resíduos Sólidos A construção deste tipo de aterro
Urbanos), atualmente, é considerada como requer condições favoráveis, como o tipo
um dos principais problemas de qualidade de solo, profundidade do lençol freático,
ambiental das áreas urbanas no Brasil, uma declividade, entre outras, uma vez que não
vez que a maior parte dos resíduos é possui impermeabilização do solo, o que
destinada de forma incorreta, sem levar em pode ocasionar a contaminação das águas
conta os danos causados ao meio ambiente. subterrâneas.
É evidente a necessidade de se Nesse contexto, o presente trabalho
promover uma gestão adequada das áreas teve como objetivo descrever os
de disposição de resíduos, no intuito de procedimentos necessários para o correto
prevenir ou reduzir os possíveis efeitos encerramento do aterro em valas do
negativos ao meio ambiente ou à saúde município de Santo Antônio do Jardim -
pública. A busca de soluções tem SP, buscando realizar o diagnóstico
envolvido, sobretudo, a recuperação ambiental da área e sugerir medidas que
técnica, social e ambiental de áreas de minimizem os impactos ambientais
depósitos de RSU inadequadas. causados pelo empreendimento, para o
Metodologias de recuperação de lixões e melhor uso futuro da área.
aterros são desenvolvidas devido à
necessidade de se implantar mecanismos 2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
de inertização da massa de lixo 2.1. Resíduos Sólidos Urbanos (RSU) –
objetivando o fechamento do lixão e/ou Aspectos Básicos
aterro ou o prolongamento da vida útil dos
A palavra lixo, derivada do termo
mesmos.
latim lix, significa “cinza”. No dicionário,
As áreas destinadas a receber os
ela é definida como sujeira, imundice,
resíduos gerados pela atividade humana
coisa ou coisas inúteis, sem valor. Lixo, na
devem possuir infra-estrutura adequada
linguagem técnica, é sinônimo de resíduos
capaz de evitar ou minimizar os impactos
sólidos e compreende os materiais
causados ao meio ambiente. O aterro em
valas é uma opção para os municípios de

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descartados pela atividade humana comerciais, e os resíduos da limpeza
(RODRIGUES; CAVINATTO, 2003). pública.
De acordo com Castilhos Junior et De acordo com a norma NBR
10004 (ABNT, 2004), os resíduos sólidos
al. (2003) a classificação dos resíduos
podem ser enquadrados como:
sólidos se baseia em determinadas
• Classe I – resíduos perigosos: São
características ou propriedades
aqueles que apresentam
identificadas de cada material. A
periculosidade, conforme definido
classificação é relevante para a escolha da
anteriormente, ou uma das
estratégia de gerenciamento mais viável. A
características seguintes:
norma NBR 10004 (ABNT, 2004) trata da
inflamabilidade, corrosividade,
classificação de resíduos sólidos quanto a
reatividade, toxidade ou
sua periculosidade, ou seja, característica
patogenecidade;
apresentada pelo resíduo em função de
• Classe II A – não-inertes: São
suas propriedades físicas, químicas ou
aqueles que não se enquadram na
infectocontagiosas, que podem representar
classe I ou II B. Os resíduos classe
potencial de risco a saúde pública e ao
II A podem ter as seguintes
meio ambiente.
propriedades: combustabilidade,
Essa definição torna evidente a biodegradabilidade ou solubilidade
diversidade e complexidade dos resíduos em água;
sólidos. Os resíduos sólidos de origem • Classe II B – inertes: São aqueles
urbana (RSU) compreendem aqueles que, por suas características
produzidos pelas inúmeras atividades intrínsecas, não oferecem riscos a
desenvolvidas em áreas com aglomerações saúde e ao meio ambiente.
humanas no município, abrangendo
resíduos de várias origens, como 2.2. Aspectos Legais
residencial, comercial, de estabelecimentos
Em 1988, pela primeira vez, a
de saúde, industriais, da limpeza pública,
Constituição Federal Brasileira abordou
da construção civil e, finalmente, os
com maior ênfase as questões ambientais,
agrícolas. Dentre os vários RSU gerados,
considerando o meio ambiente como
são normalmente encaminhados para a
patrimônio nacional e das futuras gerações.
disposição final em aterros os resíduos de
Nesta Constituição, o saneamento básico
origem domiciliar ou aqueles com
ganhou importância e os resíduos sólidos
características similares, como os
foram considerados com maior destaque,

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recomendando-se maior fiscalização e ação deve ser construído em áreas sujeitas à
dos órgãos públicos e privados inundação. Entre a superfície inferior do
responsáveis pelo setor. aterro e o mais alto nível do lençol freático
Desta forma, o primeiro deve haver uma camada de espessura
instrumento legal a ser utilizado para mínima de 1,5 m de solo insaturado. O
análise na área de resíduos sólidos é nível do solo deve ser medido durante a
Constituição Federal, notadamente em seu época de maior precipitação pluviométrica
Artigo 30, que estabelece competência do da região. O solo deve ser de baixa
município para “organizar e prestar permeabilidade, ou seja, de preferência um
assistência direta ou indiretamente sob solo argiloso. O aterro deve ser localizado
regime de concessão ou permissão aos a uma distância mínima de 200 metros de
serviços públicos de interesse local” qualquer curso de água e deve ser de fácil
(PAVAN, s.d.). acesso. A arborização deve ser adequada
Na esfera Estadual (Estado de São nas redondezas para evitar erosões,
Paulo) a Resolução SMA 13, de 27 de espalhamento da poeira e retenção dos
fevereiro de 1998, dispõe sobre o odores. Devem ser construídos poços de
Inventário Estadual de Resíduos Sólidos monitoramento para avaliar se estão
Domiciliares e prevê que o Inventário ocorrendo vazamentos e contaminação do
Estadual de Resíduos Sólidos Domiciliares lençol freático: no mínimo quatro poços,
deve considerar o Índice de Qualidade dos sendo um a montante e três a jusante, no
Aterros de Resíduos (IQR) e o Índice de sentido do fluxo da água do lençol freático.
Qualidade de Compostagem (IQC), para O efluente da lagoa deve ser monitorado
efeito de classificação da destinação final e pelo menos quatro vezes ao ano.
das usinas de compostagem (SMA, 1998).
No Estado de São Paulo, a 2.3. Aterro em valas
CETESB (Companhia de Tecnologia de
Este tópico se baseou na Apostila
Saneamento Ambiental) define a
de Aterros Sanitários em Valas (CETESB,
classificação e a forma correta de
1997).
disposição dos resíduos e inspeciona os
O maior problema encontrado pelos
aterros de disposição de resíduos
municípios de pequeno porte e de escassos
domiciliares, sob responsabilidade do
recursos financeiros para a construção de
município (AMBIENTE BRASIL, 2008).
aterros sanitários é o da disponibilidade de
Segundo a Norma Técnica NBR
equipamentos para a sua operação.
8419 (ABNT, 1984), o aterro sanitário não

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Uma saída para esta situação é o com a coleta realizada, para se evitar a
aterro em valas, que não possui proliferação de vetores ou mau cheiro.
impermeabilização e captação de chorume. Assim que a vala estiver totalmente
A técnica consiste no preenchimento de preenchida, passa-se para outra, repetindo-
valas escavadas com dimensões se as mesmas operações. O nivelamento
apropriadas, onde os resíduos são final da vala deve ficar numa cota superior
depositados sem compactação, e a sua a do terreno, prevendo-se prováveis
cobertura com terra é realizada recalques.
manualmente. Os equipamentos são
imprescindíveis apenas na fase de abertura 2.4. Instalações de apoio
das valas.
As instalações de apoio são
Esse tipo de aterro não é
estruturas auxiliares que tem por objetivo
aconselhado para comunidades que
garantir o funcionamento adequado do
produzem mais que 10 toneladas de lixo
aterro, de acordo com CETESB (1997)
por dia, uma vez que não existe
são:
compactação dos resíduos e dessa forma a
• Isolamentos: é imprescindível para
área integral não é aproveitada.
a manutenção da ordem e do bom
A escavação das valas exige
andamento das obras. A área deve
condições favoráveis, como profundidade
ser cercada, impedindo a entrada de
do lençol freático, constituição do solo e
catadores, animais ou outros
outros. Fatores limitantes são os terrenos
elementos que possam prejudicar o
rochosos e arenosos, que dificultam a
desenvolvimento dos serviços.
escavação e não apresentam coesão
Também é importante a
suficiente, causando o desmoronamento
implantação de uma cerca viva,
das paredes das valas.
composta por árvores e arbustos,
A operação é bastante simples, os
para impedir a visualização do
resíduos são descarregados pelo lado livre
aterro, contribuindo para o aspecto
das valas, sem o ingresso dos veículos no
visual.
seu interior; à medida que são depositados,
• Portaria: sua função é controlar a
os resíduos são nivelados e cobertos
entrada e saída de veículos, assim
manualmente, utilizando-se a terra
como dos materiais a serem
acumulada ao lado da vala. A cobertura
aterrados.
dos resíduos deve ser diária ou de acordo

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• Estradas internas: têm como função tratamento secundário e terciário, seguido
permitir a interligação entre os do monitoramento ambiental da área.
diversos pontos da área do aterro, Ressalta-se que as intervenções para a
bem como garantir a chegada dos recuperação de aterros também incluem o
resíduos até os locais de descarga. controle/gestão ambiental e a ocupação do
Essas estradas devem ser capazes solo de maneira lógica, prática e
de suportar o trânsito mesmo em economicamente viável. Assim,
dias de chuva, recomenda-se simultaneamente ao processo de
utilizar brita ou cascalho para dar remediação, deve ser iniciada a
maior suporte ao solo. implementação de um Programa de
Gestão, seja do aterro sanitário revitalizado
2.5. Ações de Recuperação de Áreas ou da área encerrada, compreendendo a
Degradadas por Disposição de RSU drenagem de chorume, águas pluviais e
gases (IPT, 1996).
A etapa inicial de recuperação de
Finalizando, tem-se o
áreas degradadas por disposição de RSU
monitoramento ambiental. Nesta fase,
corresponde à avaliação das condições de
considerada de grande importância no
comprometimento ambiental do local. Isto
processo, é realizada a avaliação da
pode ser realizado através de análises das
influência do aterro sobre o meio ambiente
águas superficiais, subterrâneas e de
e, principalmente, a aferição da eficiência
sondagens para conhecimento do estágio
do plano de recuperação do aterro nos três
de decomposição dos resíduos e das
meios afetados pelos impactos do aterro
condições de estabilidade e permeabilidade
(solo, água e ar). A realização do
do solo. Esta etapa busca determinar as
monitoramento indica a evolução do
vias potenciais de transporte dos
estágio de decomposição dos resíduos
contaminantes e os riscos ambientais à
depositados e da eficiência no processo de
população e à ecologia.
inertização do maciço de lixo. O
A segunda etapa consiste na seleção
monitoramento constitui uma base para
de atividades remediadoras. Essas
análise do comportamento de aterros de
atividades têm o objetivo de reduzir a
resíduos sólidos, além de fornecer dados
mobilidade, toxicidade e volume dos
essenciais ao seu tratamento, manutenção,
contaminantes e estabilização do solo. São
ou mesmo sua possível operação
adotadas, nesse contexto, ações de
(ALBERTE; CARNEIRO; KAN, 2005).
tratamento primário ou físico da área,

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2.6. Requalificação da Área com o rápido estabelecimento das raízes.
Na recuperação de aterros Uma vez estabelecida à vegetação
objetivando o encerramento, independente pioneira, a vegetação secundária, sucessiva
do desempenho do tratamento dos e clímax devem requerer cada vez menos
resíduos, faz-se necessária à conformação manutenção e menor demanda hídrica.
da superfície final e dos taludes do aterro. Observa-se que o ambiente em questão é
Estes elementos se constituem em partes inadequado para boa parte da vegetação,
significativamente degradadas ao longo da sobretudo àqueles que possuem raízes
operação do aterro, e compreendem, ao profundas (ALBERTE; CARNEIRO;
final de seu uso, nas áreas mais vulneráveis KAN, 2005). O uso de vegetação com
a recalques e erosões (IPT, 1996). raízes profundas, no entanto, pode ser
viabilizado com a adição de uma camada
De acordo com Alberte; Carneiro;
mais profunda de terra, procedimento
Kan (2005), para assegurar a estabilidade
adotado na recuperação de aterros
dos taludes sugere-se a adoção de uma
geralmente a fim de amenizar a estética
inclinação máxima de 33% - inclinação
visual de um espaço estéril e monótono.
padrão nos EUA. Havendo restrições de
A proposta de uso futuro da área
caráter espacial, faz-se necessária à
deve considerar que os resíduos aterrados
realização de estudos especiais para
ainda permanecem em processo de
subsidiar um dimensionamento adequado e
decomposição após o encerramento das
seguro. Os taludes e patamares do aterro
atividades por períodos relativamente
devem também, em toda a sua extensão,
longos, que podem ser superiores há 10
ser cobertos por vegetação adequada
anos. Além disso, segundo a FEAM (1995)
imediatamente após a sua construção.
apud Alberte; Carneiro; Kan (2005),
Essas ações devem iniciar logo no
independente do encerramento das
tratamento físico da área, à medida que
atividades de recuperação do aterro, os
sejam identificadas células de lixo a serem
sistemas de drenagem superficial de águas
encerradas, visto que o ideal é promover o
pluviais e de tratamento dos gases e
encerramento das obras à medida que o
líquidos percolados devem ser mantidos
aterro se desenvolve.
por um período de cerca de 30 anos. Este
A vegetação final a ser implantada
período padrão é adotado por ser
provavelmente não será a mesma da
considerado suficiente para o maciço de
vegetação pioneira. O objetivo da
lixo alcançar as condições de relativa
vegetação pioneira é de minimizar a erosão
estabilidade.

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Segundo o IPT (1996), para uso do Jardim - SP, com investigação
futuro dos aterros é indicada a implantação preliminar do solo para se verificar as
de áreas verdes, com equipamentos concentrações das substâncias no solo e
comunitários como praças esportivas, água subterrânea, identificando a
campos de futebol e áreas de convívio, nos possibilidade de contaminação.
casos de aterros próximos a áreas O aterro, com área total de
urbanizadas. Em todos os casos, a 11.367,00 m2, começou a ser operado no
requalificação do aterro deve integrar a final do ano de 2002 e foi licenciado como
área ao seu entorno, considerando-se, aterro em valas, sendo permitida apenas a
principalmente, as necessidades da disposição de resíduos Classe II
comunidade local. (PREFEITURA MUNICIPAL DE SANTO
ANTONIO DO JARDIM, 2008).
3. MATERIAL E MÉTODOS A Figura 1 ilustra a área a partir de
No presente estudo foi realizado um fotografia aérea obtida pelo banco de
diagnóstico ambiental da área do aterro, dados do Google Earth (2008).
localizado no município de Santo Antônio

Figura 1 - Foto aérea mostrando a área do aterro.


Fonte: Google Earth (2008).
Os trabalhos de sondagens, análises Nesse contexto, o estudo foi
de solo e levantamento planialtimétrico dividido nas seguintes etapas:
foram realizados por empresas contratadas 1) Execução de Sondagens e
pela Prefeitura Municipal. Implantação dos Poços de
Monitoramento: Foi estabelecida a

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execução de 4 sondagens à percussão, de concreto para proteção do poço. As
4” de diâmetro, com realização de ensaio sondagens foram executadas até atingir o
SPT (Standard Penetration Test – Ensaio impenetrável ao SPT no topo rochoso. A
de Resistência a Penetração). Nos 4 pontos Tabela 1 apresenta as informações básicas
foram instalados poços de monitoramento da construção dos poços de
(PM) de 2” de diâmetro em Tubo monitoramento.
Geomecânico. Na superfície foi construída,
no nível do terreno, uma laje e caixa de

Tabela 1 - Relação das características básicas dos poços de monitoramento (PM) instalados na
área estudada

PM COTA DO PM (m) PROFUNDIDADE PERFURAÇÃO (m)

01 859,10 16,60
02 853,63 19,00
03 853,06 13,00
04 862,33 11,40

2) Coleta e Amostras de Solo e Água para análise química foi coletada na porção
Subterrânea: Em cada poço de mais rasa do solo natural, desconsiderando
monitoramento foi coletada uma amostra zonas do aterro, devido a maior
de solo. Não foi coletada amostra de água proximidade da fonte primária para
subterrânea, sendo que o nível do lençol possíveis contaminantes. A Tabela 2
freático não foi encontrado. A cada metro apresenta as informações básicas das
perfurado foram coletadas amostras de solo amostras de solo coletadas.
para medição de compostos orgânicos
voláteis e metano. A amostra selecionada
Tabela 2 - Relação das informações básicas das amostras de solo coletadas na área estudada

PROFUNDIDADE HORÁRIO DA
SP DATA DA COLETA
COLETA (m) COLETA

01 2,5 – 3,5 30/11/2007 11:00 h


02 2,0 – 3,0 30/11/2007 10:45 h
03 3,0 – 4,0 01/12/2007 15:00 h
04 2,0 – 3,0 01/12/2007 15:30 h

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3) Levantamento Planialtimétrico: Esta denominado PM-04. Os demais poços
etapa teve como objetivo determinar a foram distribuídos a jusante da área de
localização exata dos aspectos fisiográficos deposição, próximos ao limite do aterro.
da área, servindo desta maneira de base Como o aterro está inserido na zona
cartográfica para o desenvolvimento das rural, envolto por propriedades agrícolas,
atividades no local. A planta demarca os os limites da CETESB para comparação
limites da área do aterro, os poços de com resultados obtidos nas amostras
monitoramento (PMs) instalados, o sistema coletadas correspondem aos de prevenção
de drenagem de águas pluviais e demais e intervenção para áreas agrícolas.
aspectos existentes. Durante a execução das sondagens
4) Análises Laboratoriais das Amostras foram efetuadas medições de compostos
de Solo: As análises do solo foram orgânicos voláteis (COVs) e metano, os
realizadas considerando os parâmetros resultados são apresentados na Tabela 3.
definidos nos Valores Orientadores para As análises realizadas nas amostras
Solos e Águas Subterrâneas no Estado de dos 4 poços de monitoramento
São Paulo (CETESB, 2005). apresentaram somente variações para os
compostos inorgânicos, sendo que para as
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO demais substâncias da tabela dos Valores

4.1. Análises do Solo Orientadores da CETESB não foi detectada


a presença.
Os 4 poços de monitoramento
foram instalados dentro da área do aterro, Considerando os inorgânicos,
mas fora da área de disposição dos somente os compostos bário, cádmio e
resíduos. O ponto branco foi instalado a cobalto apresentaram valores acima do
montante da área, para fins de comparação limite de prevenção da CETESB em alguns
com as outras amostras, sendo este poços de monitoramento.
Tabela 3 - Análise da presença de Compostos Orgânicos e metano nos poços de
monitoramento (PM) instalados na área estudada.

PM-01 PM-02 PM-03 PM-04


***
1,0 m ND* ND* ND* ND*
2,0 m ND* ND* ND* ND*
3,0 m ND* ND* ND* ND*
4,0 m ND* ND* ND* ND*

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Continuação Tabela 3

PM-01 PM-02 PM-03 PM-04


***
5,0 m ND* ND* ND* ND*
6,0 m ND* ND* ND* ND*
7,0 m ND* ND* ND* ND*
8,0 m ND* ND* ND* ND*
9,0 m ND* ND* ND* ND*
10,0 m ND* ND* ND* ND*
11,0 m ND* ND* ND* ND*
12,0 m ND* ND* ND* ND*
13,0 m ND* ND* ND*
14,0 m ND* ND*
15,0 m ND* ND*
16,0 m ND* ND*
17,0 m ND*
18,0 m ND*
19,0 m ND*
Obs.: *** Profundidade da Amostra; ND* = Não Detectado Unidade = ppm

Os limites ultrapassados foram para limite de intervenção para área


os seguintes compostos nos poços de agrícola, que é 3,0 mg/kg Para os
monitoramento: demais poços os valores ficaram
abaixo do limite de quantificação.
• Bário: PM-01 com 203,50 mg/kg e
PM-02 com 150,30 mg/kg, • Cobalto: PM-03 com 27,30 mg/kg,
ultrapassando o limite de prevenção ultrapassando o limite de prevenção
que é de 150 mg/kg para esse que é de 25 mg/kg para esse
composto. Para os demais poços os composto. Para os demais poços os
valores ficaram abaixo do limite de valores ficaram abaixo do limite de
quantificação. quantificação.

• Cádmio: PM-01 com 2,36 mg/kg, A Tabela 4 apresenta os resultados

PM-02 com 2,52 mg/kg e PM-03 analíticos dos compostos inorgânicos para

com 3,65 mg/kg, sendo que para os as amostras de solo coletadas na área

PM-01 e PM-02 o valor de prevenção estudada, comparando com os limites de

foi ultrapassado, que é 1,3 mg/kg. Já referência, prevenção e intervenção

para o PM-03 foi ultrapassado o estabelecidos pela CETESB.

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profundidades, muitas vezes nem

4.2. Análise da Água Subterrânea ocorrendo.

Não foi encontrado o nível de água Ressalta-se, ainda, que os estudos


subterrâneo na execução das sondagens, de campo foram desenvolvidos em
sendo atingido o impenetrável em todos os dezembro, período com a maior
poços no contato solo/rocha, devido à concentração de chuvas na região, ou seja,
localização do aterro ser em um topo de quando o nível de água subterrânea
morro, onde geralmente o nível de água apresenta-se mais próximo da superfície,
subterrânea está em grandes indicando a alta profundidade do lençol
freático.

Tabela 4 - Resultados das análises de solo nos poços de monitoramento da área estudada,
considerando somente os compostos inorgânicos
Ref. de Intervenção (mg/kg) Resultados Analíticos das Amostras (mg/kg)
Substância Prevenção
Qualidade Agrícola
(mg/kg) (mg/kg) Residencial Industrial PM-01 PM-02 PM-03 PM-04
(mg/kg) APMax
Alumínio - - - - - 4.504,00 5.589,00 5.908,00 2.571,00
Antimônio <0,5 2 5 10 25 0,861 ND 0,178 ND
Arsênio 3,5 15 35 55 150 ND ND ND ND
Bário 75 150 300 500 750 203,50** 150,30** 89,40 86,40
Boro - - - - - ND ND ND ND
Cádmio <0,5 1,3 3 8 20 2,36** 2,52** 3,65* 0,970
Chumbo 17 72 180 300 900 8,35 7,67 11,8 12,10
Cobalto 13 25 35 65 90 21,80 5,89 27,30** 4,88
Cobre 35 60 200 400 600 13,00 23,30 15,40 4,76
Cromo 40 75 150 300 400 6,32 3,95 7,60 1,49
Ferro - - - - - 10.530,00 20.630,00 35.530,00 8.747,00
Manganês - - - - - 1.137,00 217,20 169,70 192,8
Mercúrio 0,05 0,5 12 36 70 ND ND ND ND
Molibdênio <4 30 50 100 120 ND 0,127 ND ND
Níquel 13 30 70 100 130 11,70 20,70 15,50 5,17
Nitrato
- - - - - 12,40 10,00 28,50 20,50
(como N)
Prata 0,25 2 25 50 100 ND ND ND ND
Selênio 0,25 5 - - - ND ND ND ND
Vanádio 275 - - - - 36,00 57,50 78,60 12,40
Zinco 60 300 450 1.000 2.000 59,4 18,40 27,40 18,20

* acima do limite de intervenção; ** acima do valor de prevenção.

4.3. Integração dos Resultados Obtidos Cádmio foi obtido valor acima do limite de
intervenção para áreas agrícolas.
Os resultados obtidos demonstram
que a área apresenta valor acima de Ressalta-se que nesses casos todos
prevenção para o solo no caso do Bário, os valores encontrados foram em poços à
Cádmio e Cobalto, sendo que para o jusante do aterro. No poço à montante não

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foram obtidos valores acima dos limites da próximo ao limite montante do aterro,
CETESB para nenhum dos compostos. ocorrendo no limite jusante somente
Nesse sentido, os resultados pastagem. Além disso, não foi encontrado
encontrados para os citados compostos nível de água subterrâneo abaixo do aterro,
podem estar ligados ao processo de o que dificulta uma possível percolação
lixiviação dos resíduos pela água da chuva. dos compostos no subsolo.
Entretanto, outros pontos do solo devem Nos estudos posteriores deve-se
ser analisados para verificar se a verificar a existência de poços do tipo
concentração encontrada não é natural do cacimba a jusante do aterro que possam ser
solo local. usados por proprietários rurais para
Portanto, deve-se desenvolver consumo humano ou de animais.
investigação confirmatória conforme
procedimentos estabelecidos pela 4.4. Plano de Fechamento do Aterro
CETESB, focando a questão das possíveis Após o fechamento do aterro
fontes primárias e secundárias dos nenhuma atividade poderá ser
compostos inorgânicos presentes nas desenvolvida no local, mantendo o aterro
amostras analisadas, verificando as como área em recuperação.
seguintes hipóteses sobre as concentrações
O terreno precisa ter sua inclinação
acima do limite de intervenção para o solo:
suavizada, formando taludes com
a) causada devido à lixiviação dos resíduos
inclinação máxima de 17º.
e concentração no solo a jusante do aterro
Existe somente uma canaleta de
e; b) ocasionada pela composição química
coleta e drenagem de águas pluviais
natural do solo.
implantada no limite oeste do aterro.
Em relação à exposição da
Entretanto, ao longo de todo o limite do
população do entorno que é formada por
aterro devem ser implantadas canaletas de
proprietários rurais, que desenvolvem
drenagem para evitar que as águas pluviais
atividades de pecuária e cafeicultura, vale
percolem dentro da área, o que pode
ressaltar que a principal via de exposição
aumentar a produção de chorume. As
que pode causar danos a humanos adultos,
canaletas foram projetadas para terem 1,0
considerando os compostos encontrados, é
m (metro) de largura e 0,40 m (metro) de
a ingestão de água e alimentos.
profundidade.
Contudo, destaca-se que as
Nas porções à jusante devem ser
plantações de café estão localizadas
implantados tanques de contenção e

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sedimentação para diminuir a velocidade acompanhamento, no mínimo, semestral,
das águas e possibilitar a deposição dos verificando os seguintes aspectos:
sedimentos em suspensão nas águas • medição in situ da presença de
pluviais. metano e compostos orgânicos
Para cálculo das dimensões dos voláteis. Caso sejam encontrados
tanques foi realizado um estudo níveis acima do permitido, que
hidrológico da área do aterro e vazão possam causar explosões deverá ser
média de operação dos tanques, sendo que apresentado imediatamente à
o volume total calculado foi 2,0 m3 para CETESB plano emergencial para
um tempo de concentração de 90 segundos, intervenção no aterro para remoção
foi utilizado um período de retorno de 100 dos gases;
anos. • verificação da estabilidade do

Após a reconfiguração do terreno e terreno em relação a processos

implantação das canaletas e tanques de erosivos e movimentação da massa

decantação, devem ser plantadas gramíneas de resíduos, buscando indícios de

em toda a área do aterro. Nenhum tipo de trincas, afundamentos ou bolsões

vegetação arbórea pode ser implantado no no terreno, exposição do solo e/ou

local, somente nos seus limites. lixo, entre outros aspectos visuais.
Caso seja identificado alguns
Na área devem ser mantidas placas
desses processos deverá ser
indicativas de “área em recuperação
implantada intervenção para
ambiental – proibida a entrada”, com os
controle dos mesmos;
dados da Prefeitura Municipal e do
• acompanhamento do crescimento
processo da CETESB. A área deve ser
das gramíneas, que em caso de
mantida cercada e com porteira,
identificação de locais com
permitindo somente a entrada de pessoas
exposição do solo, deverá ser
autorizadas.
refeito o plantio;
Após a implantação das ações de
• acompanhamento topográfico do
encerramento do aterro deverá ser
aterro para verificar indícios de
colocado em prática o plano de
movimentações horizontais ou
monitoramento.
verticais, que podem indicar
Como propostas de monitoramento
deslocamento da massa de resíduo;
da área a Prefeitura Municipal de Santo
Antonio do Jardim deverá manter plano de

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• verificação do funcionamento das poços de monitoramento situados a jusante
canaletas de drenagem e tanques de do aterro.
decantação. Caso seja identificado - no PM-04, poço a montante, nenhum dos
algum problema, deve-se realizar compostos teve resultados acima dos
imediatamente o reparo. Também limites da CETESB. Portanto, deve-se
periodicamente deverá ser feita a verificar duas hipóteses nos estudos
limpeza dos tanques de decantação posteriores, se esses valores são causados:
para remoção do solo. pela lixiviação dos resíduos e concentração
A Figura 2 apresenta a planta de no solo a jusante do aterro ou pela
configuração final do aterro em uma composição química natural do solo
escala reduzida. - no local não foi encontrado nível da água
subterrânea, portanto, se ocorrer a
5. CONCLUSÕES contaminação do solo, a mesma deve estar
Com base nos estudos realizados na controlada dentro da área do aterro.
área estudada, ficam as seguintes Também não foi encontrada nenhuma
conclusões:
concentração de metano e de Compostos
- a partir dos resultados obtidos pode-se
Orgânicos Voláteis (COV).
concluir que área apresenta valores no solo
acima do limite de intervenção para áreas
agrícolas estabelecidas pela CETESB para
o composto Cádmio, obtido no PM-03.
Também foram ultrapassados os limites de
prevenção para bário, cádmio e cobalto nos

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Figura 2 - Planta de Configuração Final.

- Confirmação do background regional,


analisando pontos a montante do aterro que
6. RECOMENDAÇÕES
não tiveram deposição de resíduos;
O presente relatório recomenda a
- Monitoramento do nível de metano no
realização de uma investigação
solo e de compostos orgânicos voláteis.
confirmatória, a qual deve abranger no
mínimo os seguintes estudos: Considerando os serviços de fechamento
do aterro devem ser desenvolvidos os
seguintes:

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- Implantação de canaletas de drenagem resíduos sólidos urbanos: lixões,
das águas pluviais e tanques de decantação aterros controlados e aterros
ao longo de todo o limite do aterro; sanitários. Salvador: Faculdade de
- Reconfiguração do terreno com Tecnologia e Ciências, 2003.
nivelamento da inclinação do mesmo e ALBERTE, E. P. V.; CARNEIRO, A. P.;
implantação de taludes suaves; KAN, L. Recuperação de áreas
degradadas por disposição de
- Implantação de gramíneas em toda a área
resíduos sólidos urbanos. Diálogos
do terreno.
& Ciência – Revista Eletrônica da
- Implantação de placas informativas do
Faculdade de Tecnologia e
empreendimento e de proibição de entrada
Ciências de Feira de Santana. Ano
de pessoas não autorizadas.
III, n.5, jun. 2005. Disponível em
A partir da implantação de todas as
<http://www.ftc.br/revistafsa>.
atividades de encerramento do aterro, a
Acesso em: 19 mar. 2008.
Prefeitura Municipal de Santo Antonio do
AMBIENTE BRASIL. Coleta e
Jardim deverá iniciar o plano de
disposição final do lixo. 2008.
monitoramento, conduzindo o mesmo até a
Disponível em:
confirmação da completa recuperação do
<http://www.ambientebrasil.com.br>
local.
. Acesso em 27 fev. 2008.
CASTILHOS JUNIOR, A. B. et al.
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ABNT - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA sustentáveis para municípios de
DE NORMAS TÉCNICAS. NBR pequeno porte. Rio de Janeiro:
8.419 – Apresentação de projetos ABES, 2003.
de aterros sanitários de resíduos CETESB. COMPANHIA DE
urbanos - Procedimentos. Rio de TECNOLOGIA E SANEAMENTO
Janeiro, 1984. BÁSICO DO ESTADO DE SÃO
ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA PAULO. Aterros Sanitários em
DE NORMAS TÉCNICAS. NBR Valas. São Paulo, 1997.
10004- Resíduos sólidos: CETESB. COMPANHIA DE
Classificação. Rio de Janeiro, 2004. TECNOLOGIA E SANEAMENTO
ALBERTE, Elaine P. V. Análise de BÁSICO DO ESTADO DE SÃO
técnicas de recuperação de áreas PAULO. Valores Orientadores
degradadas por disposição de para Solos e Águas Subterrâneas

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Neppi, D. L. M.. et al./ Plano de fechamento de aterro em valas do município de Santo Antonio do Jardim, São Paulo
no Estado de São Paulo. São Paulo, <http://www.revistasustentabilidade.
2005. com.br>. Acesso em: 27 fev. 2008.
FEAM. FUNDAÇÃO ESTADUAL DO PREFEITURA MUNICIPAL DE SANTO
MEIO AMBIENTE. Como destinar ANTONIO DO JARDIM. Banco de
os resíduos sólidos urbanos. Belo Dados Municipal. Santo Antônio do
Horizonte: FEAM, 1995. Jardim/SP. 2008.
IPT. INSTITUTO DE PESQUISAS RODRIGUES, F. L.; CAVINATTO, V. M.
TECNOLÓGICAS. Lixo Lixo: de onde vem? Para onde vai?.
Municipal: Manual de 2.ed. São Paulo: MODERNA, 2003.
gerenciamento integrado. SMA – SECRETARIA DO MEIO
Coordenação: JARDIM, N. S. et al. AMBIENTE DE SÃO PAULO.
São Paulo: CEMPRE, 1996. Resolução SMA 13, de 27 de
PAVAN, M. O. Gestão e Gerenciamento fevereiro de 1998. Inventário
de Resíduos Sólidos Urbanos no Estadual de Resíduos Sólidos
Brasil. Revista Sustentabilidade. Domiciliares. São Paulo. 1998.
S.d. Disponível em

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