MEMORIAL DESCRITIVO TÉCNICO

CONSTRUÇÃO DE BARRAGEM
A. CONDIÇÕES INICIAIS

1. Objetivo:

Implantação de uma barragem para formação de um lago artificial, com área projetada de
17.924,88m² de lâmina de água no Córrego do Rancho, com Coordenadas Geográficas do eixo
da barragem: 17°12’45.70”S/53°18’33.95”O

2. Características da Barragem :

A barragem será em terra, com altura de aterro no encontro da ponte de 3,182m.

A implantação da barragem se dará na cota 665,00.

A cota de fundo da barragem é 661,818m.

A estrutura de extravasamento será do tipo vertedouro, localizado no centro da barragem e terá

a jusante sistema de dissipador de energia visando eliminar a possibilidade de erosão. Também
será construída uma ponte a jusante do vertedouro visando possibilitar a passagem de veículos
sobre o curso de água.

O vertedouro tem perímetro de 21m e o vão da ponte tem largura de 4,5 metros.

O vertedouro será construído em concreto armado com espessura de 20cm.

O cálculo hidráulico das estruturas é demonstrado no anexo “Memória de Cálculo da

Drenagem”.

Na base do vertedouro terá comporta tipo guilhotina para eventualmente ser aberta em caso de
manutenção de vazão mínima do curso de água.

B. SERVIÇOS PRELIMINARES

3. Objetivo

Os serviços preliminares consistirão em placa de obra, instalação de canteiro, serviços de

topografia, capina, desmatamento, destocamento, substituição, remoção ou remanejamento de
tubulação existente, serviços esses que a firma contratada deverá inicialmente providenciar,
antes da execução de qualquer obra, e de acordo com a presente instrução.

4. Especificações

4.1. Placa de Obra

A Contratada deverá instalar Placa de Obra conforme modelo a ser fornecido pela Contratante.

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 4.2. Instalação de Canteiro de Obra

A Contratada deverá executar os serviços necessários, instalação da obra, como barracão com
almoxarifado e escritório, bem como instalações provisórias de água, luz e força, quando
necessárias.

4.3. Placas de Sinalização de Obras

Será indispensável a colocação de placas de sinalização visando a não ocorrência de acidentes.

4.4. Serviços Topográficos

4.4.1. Locação e estaqueamento do eixo das pistas de acordo com o projeto;

4.4.2. Atualização do nivelamento e seção transversais;

4.4.3. Locação do greide e perfis transversais em obediência ao projeto;

4.5. Capina, Desmatamento e Destocamento

4.5.1. Ocorrendo a presença de vegetação no leito existente, deverá a firma contratada

providenciar a sua capina, bem como destocamento, desmatamento e remoção para
o local conveniente de todo o material resultante desses serviços.

C. PREPARO DO SUB-LEITO DA BARRAGEM

1. Objetivo

Esta especificação estabelece o processo de preparo de terreno para implantação da travessia.

2. Descrição

O preparo implantação da travessia consistirá nos serviços necessários para que a implantação
assuma a forma definitiva pelos alinhamentos, perfis, dimensões e seção transversal típica,
estabelecida pelo projeto e para que a área fique em condições a implantação, tudo de acordo
com a presente instrução.

A travessia está dividida em duas partes: a primeira o corpo do aterro que deverá ser
executado com solo argiloso conforme especificado em projeto; a segunda será a parte do
pavimento da travessia.

A ligação entre as duas partes devera ser feita com manta geotêxtil.

3. Equipamentos

3.1. O equipamento mínimo a ser utilizado no preparo da implantação para construção, é o

seguinte:

3.1.1. Moto niveladora ou Plaina, caminhões, retroescavadeira, pá carregadeira;

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 3.1.2. Irrigadora ou Carro-Tanque equipado com conjuntos motobombas, com
capacidade para distribuir água com pressão regulável e em forma de chuva;
capacidade mínima de 2.000 litros;

3.1.3. Compressor, auto propulsor, com rolos lisos ou pé de carneiro.

3.1.4. Pequenas ferramentas, tais como enxadas, pás, picaretas etc.;

3.1.5. Gabarito de madeira ou metálico, cuja borda inferior tenha forma de seção
transversal estabelecida pelo projeto;

3.1.6. Outros equipamentos poderão ser usados, uma vez aprovados pela fiscalização.

4. Processo de construção

4.1. Regularização

4.1.1. A superfície do subleito deverá ser regularizada na largura do projeto com moto
niveladora, de modo que assuma a forma determinada pela seção transversal e
demais elementos do projeto;

4.1.2. As pedras ou matacões encontrados por ocasiões da regularização deverá ser

removida, devendo ser o volume por eles ocupado, preenchido por solo adjacente.

4.2. Umedecimento e Compactação

4.2.1. O umedecimento será feito até que o material adquira o teor e umidade mais
conveniente ao seu adensamento conforme ensaios laboratoriais prévios dos
materiais;

4.2.2. A compactação será feita progressivamente, das bordas para o centro do leito,
até que o material fique suficientemente compactado, adquirindo a compactação
de 100% do proctor modificado;

4.2.3. Nos lugares inacessíveis aos compressores ou onde seu emprego não for
recomendável deverá ser feita a compactação por meios de soquetes, placas
vibratórias.

4.3. Acabamento

4.3.1. O acabamento poderá ser feito a mão ou a máquina e será verificado com auxílio
de gabarito que eventualmente acusará saliências e depressões a serem corrigidas;

4.3.2. Feitas as correções, caso ainda haja excesso de material, deverá o mesmo ser
removido para fora do leito e referida a verificação do gabarito;

4.3.3. Estas operações de acabamento deverão ser repetidas até que o aterro se
apresente, de acordo com os requisitos da presente instrução.

5. SERVIÇOS COMPLEMENTARES

5.1. Em todo o perímetro da área de inundação da travessia deverão ser executadas

alvenarias de embasamento em pedra marroada, sendo que elas terão altura total de
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 0,80 m (oitenta centímetros). A altura total de 0,80 m (oitenta centímetros) será dividida
em 0,30 m (trinta centímetros) enterrado (dentro das valas) e 0,50 m (cinquenta
centímetros) acima do nível do terreno. Esta alvenaria de embasamento deverá ser
perfeitamente nivelada.

5.2. Após a execução desta alvenaria deve ser feito o aterro apiloado da face externa da área
inundada da travessia.

6. CONDIÇÕES DE RECEBIMENTO

6.1. A barragem preparada deverá ser analisada pela Fiscalização através de ensaios de
compactação e levantamentos topográficos para que de processe a liberação dele;

7. 2 O perfil longitudinal do subleito preparado não deverá afastar-se dos perfis estabelecidos
pelo projeto de mais de (um) 1 cm, mediante verificação pela régua;

7. 3 A tolerância para o perfil transversal é a mesma, sendo a verificação feita pelo Gabarito.

D. SUB-BASE DE SOLO ESTABILIZADO GRANULOMETRICAMENTE

1 OBJETIVO

1. 1 A presente instrução tem por objetivo, fixar a maneira de execução de sub-base constituídas
de solos selecionados, para a confecção da barragem de concreto.

2 MATERIAL

2. 1 O material a ser usado como sub-base deve ser uniformemente homogêneo, e possuir
características (IG e CBR).

3 MÉTODO DE CONSTRUÇÃO

1-Devem ser localizadas jazidas de Argila e cascalho para execução dos aterros;

1.2 - O solo deve ser compactado com umidade entre a ótima e +2% e o grau de compactação
mínimo deve ser de 95% (proctor normal) e o aterro compactado deve ser rigorosamente
controlado;

4 CONTROLE DE EXECUÇÃO

4. 1 Far-se-á uma determinação do grau de compactação em cada 400 m² de área compactada,

com um mínimo de 3 determinações para cada quadra. A média dos valores deverá ser igual ou
superior a 100% da densidade máxima determinada pelo ensaio ME-7, não sendo permitidos
valores inferiores a 95% em pontos isolados;

4. 2 As verificações das densidades aparentes secas, alcançadas na sub-base serão executadas

de acordo com os métodos ME-12, ME-13 ou ME-14;

4. 3 Os trechos da sub-base que não se apresentarem devidamente compactada de acordo com

o item 4.1, deverão ser escarificados e os materiais pulverizados, convenientemente misturados
e recompactados.

BASE SE SOLO ESTABILIZADO GRANULOMETRICAMENTE

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1 OBJETIVO

A presente instrução tem por objetivo fixar a maneira de execução de bases constituídas de
solos selecionados, no local que receberá compactação.

2 MATERIAL

O material a ser usado como base deve ser uniforme, homogênea, possuir características (Ig e
CBR) e pertencer a qualquer das faixas (A, B, C, D) do D. N. E. R, conforme parágrafo 5.

3 MÉTODO DE CONSTRUÇÃO

1-Devem ser localizadas jazidas de Argila e cascalho para execução dos aterros;

2 – O solo deve ser compactado com umidade entre a ótima e +2% e o grau de compactação mínimo
deve ser de 95% (proctor normal) e o aterro compactado deve ser rigorosamente controlado;

4 CONTROLE DE EXECUÇÃO

Os trechos da base que não se apresentarem devidamente compactada de acordo com o item 4.
1 deverão ser escarificados e os materiais pulverizados, convenientemente misturados e
recompactados.

5. COMPOSIÇÕES GRANULOMÉTRICAS

Deverão possuir composição granulométrica enquadrada em uma das faixas do quadro abaixo:

FAIXA
Diâmetro mm A B C D
2’’ 50, 8 100 100 - -
1’’ 25, 4 - 75-90 100 100
3/8’’ 9, 5 30-65 40-75 50-85 60-100
Nº 4 4, 8 25-55 30-60 35-65 50-85
Nº 10 2, 0 15-40 20-45 25-50 40-70
Nº 40 0, 42 08-20 15-30 15-30 25-45
Nº 200 0, 074 02-08 05-15 05-15 05-20

5. CONSTRUÇÃO

Varredura e limpeza da superfície

1 – Limpar o terreno do local a ser compactado, retirando toda matéria orgânica (vegetação, raízes, turfa
etc.);

1.2 – Durante a execução todo o solo mole (turfa) encontrado deve ser retirado, caso o volume seja
grande entrar em contato com o projetista;

1.3 – Fazer o desvio do rio com ensecadeiras de montante e jusante, neste período dar início ao processo
de construção da barragem;

1.4 – O “Cut-Off” deverá ser executado conforme detalhes do corte genérico e compactado com solo
argiloso;

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1.5 – Todo o corpo da barragem será compactado com argila, o pé do talude de jusante deverá ser
protegido com o dreno a ser executado com manta geossintética e brita #2. A manta será posicionada no
pé do talude e preenchida com brita #2 conforme detalhe. Posicionar pedras-de-mãos ou Tariocanga
sobre a manta na faixa exposta.

1.6 – Plantar grama ou capim no talude de jusante, e no trecho dos vertedouros executar degraus com
pedra argamassada ou gabiões;

1.7 – Nivelar a crista da barragem, deixando um declive de 0.5% para a jusante para não acumular água
pluvial;

1.8 – A proteção do talude de montante será em “Rip-Rap”, conforme detalhe;

1.9 – Executar meio fio ao longo da crista da barragem (Jusante) para coletar e direcionar as águas para
canaletas

2.0 – O material removido pela limpeza terá o destino que a Fiscalização determinar.

Alto Araguaia, 04 de julho de 2022

Engº Áureo Sierra da Silva

CREA RN2700868782

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