INSTRUÇÃO DE SERVIÇO CONTROLADO

ISC 03.07 – FUNDAÇÃO PROFUNDA

ESTACA ESCAVADA COM UTILIZAÇÃO DE LAMA BENTONÍTICA

FERRAMENTAS QTE MATERIAIS QTE EQUIPAMENTOS QTE

Régua Metálica, Trena, Linha de var. Tubo metálico, Lama var. Estação total, Martele var.
nylon, Esquadro, Pá, Enxada, bentonítica, Aço cortado e Pneumático,
Colher de Pedreiro. dobrado, Tanques, Água, Retroescavadeira,
Concreto. Guindaste, Painel Elétrico
Usina de concreto
PESSOAL UTILIZADO QTE EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL QTE
Armador, Pedreiro, Servente, var. Capacete, botina de segurança, óculos de segurança, protetor var.
Operador de máquinas auricular, luva de raspa.
1) PRÉ-REQUISITOS
 Locação concluída;
 Relatório de sondagem disponível;
 Cota de arrasamento definida;
 Armação da fundação cortada, dobrada e montada;
 Especificações do Concreto e traço definido (fck, consistência, dimensão máxima do agregado graúdo,
consumo mínimo de cimento, tempo em aberto/início de pega);
 Elementos estruturais locados.
 SEQUÊNCIA EXECUTIVA
 Inicialmente deverá ser feita uma verificação nas caçambas com relação ao fato destas estarem bem
balanceadas e perfeitamente alinhadas, pois caso contrário poderão ocasionar desvios e futuros problemas
na concretagem.
 Para se dar início ao serviço propriamente dito se faz necessária a locação correta e precisa do tubo
metálico que servirá como guia para a escavação, bem como nivelamento do topo deste, sendo referência
para observação e conferência das cotas de ponta, arrasamento e posicionamento da armadura. Na
implantação do tubo guia deverá ser executado um pré-furo escavado manualmente de aproximadamente
20 cm. Os tubos metálicos guia deverão estar devidamente embutidos no solo superficial, garantindo as
condições de sustentação da armadura posicionada e fixada nele através de quatro alças, bem como o
conjunto funil e tremonha cheios de concreto.
 Eventualmente os tubos metálicos guias serão calçados com pranchões de madeira caso ocorra à
necessidade de melhor condição de apoio.
 Executar o embocamento com o mesmo diâmetro da estaca (embocamento: enchimento com areia com
profundidade de 30 a 50 cm);
 Colocar o piquete no centro do embocamento, junto com a identificação da estaca e encher com areia;
 Ao realizar o posicionamento do trado para perfuração, é obrigatório a conferência do eixo da estaca com
prumo de centro;
 Uma vez iniciada a escavação é desejável que esta seja contínua até sua conclusão, mantendo-se severo
controle da velocidade de descida e subida da caçamba, de maneira a evitar ao máximo o impacto do
equipamento com a lama bentonítica na descida, assim como a sucção provocada pela velocidade excessiva
de subida do equipamento ocasionando grandes desmoronamentos. Conforme se remove o solo, lança-se
mais lama de bentonita para manter estabilizadas as paredes do furo.
 A lama bentonítica possui características importantes que interferem diretamente na estabilidade pelo fato
desta se manter em suspensão por um longo período, capacidade de formar nos vazios do solo e superfície
lateral da escavação uma película impermeável (CAKE) e propriedades tixotrópicas quando em repouso e
quando em movimento.
 A empresa contratada deverá fazer ensaios na lama bentonítica ao prepará-la e ao término da escavação de
cada estaca, verificando: densidade, viscosidade, PH, cake e teor da areia. As tolerâncias se encontram nos
itens de inspeção.

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Recomendação do fluido estabilizante:

Lama bentonítica para perfuração

Polímeros para perfuração

 Concluída a escavação, realiza-se limpeza do fundo, com escavação cuidadosa, e instala-se armadura e o
tubo tremonha. A armadura deverá ser colocada no local de maneira cuidadosa, centralizada e direcionada
através de roletes espaçados e distribuídos, evitando movimentos bruscos tendo como consequência
eventuais desbarrancamentos e ou impregnação da armadura pelo terreno.
 Concluída a colocação da armadura e tremonha, é realizada a limpeza da lama (desarenação) ou sua
substituição por circulação, sempre com furo integralmente preenchido pela lama. Depois de desarenada a
lama, são realizados os ensaios de verificação de sua qualidade, para ser iniciada a concretagem.
 A armadura não deverá permanecer submersa na lama bentonítica por um intervalo de tempo maior que 2
horas e deverá possuir alças para que seu içamento não comprometa sua integridade. Estas alças também
são necessárias para que se possa manter a ferragem suspensa e presa ao tubo guia. Se necessário esta
armadura poderá ser travada com ajuda de vergalhões ou através de solda.
 A concretagem deverá ser executada seguindo as indicações de Parede Diafragma atentando par que a cota
de parada do concreto esteja situada aproximadamente 50 cm acima da cota de arrasamento das estações.

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ESQUEMA DA EXECUÇÃO:

PREPARO DA CABEÇA DA ESTACA:

 O topo da estaca, acima da cota de arrasamento deve ser demolido.
 Quebrar a cabeça da estaca utilizando marretas e ponteiros, trabalhando-se com pequena inclinação para
cima em relação à horizontal.

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 O local deverá ser limpo (incluindo, onde aplicável, ter feito a separação dos resíduos).
 As ferramentas e/ou equipamentos utilizados deverão ser retirados do local.
 Não poderá ser observada a necessidade de arremates.
 Limpar a área.
NOTA 1: Para iniciar a execução da fundação, a terraplanagem deve estar totalmente concluída, considerando-
se o nível de fundo do radier/laje nível zero.
NOTA 2: É obrigatório o acompanhamento do consultor de fundações e a emissão do laudo da validação
referente a execução.
NOTA 3: Após o arrasamento da cabeça das estacas, deve-se verificar as excentricidades e enviar todos os
desvios para o projetista através de chamado no setor de projetos. A concretagem dos blocos de coroamento ou
radier poderá ocorrer somente após a liberação do projetista. Para calcular as excentricidades das estacas,
recomenda-se seguir as instruções do item Excentricidade da ISC 03.02 e inserir os dados na planilha FOR 16 -
ISG 02.03.
NOTA 4: O arrasamento da estaca é indispensável para que seja eliminado todo o concreto contaminado da
mesma, sendo assim, não é permitida a retirada de concreto fresco até o nível da cota de arrasamento. Caso
haja concreto contaminado abaixo da cota de arrasamento, o mesmo deverá ser demolido e posteriormente
recomposto com concreto de resistência igual ou superior ao da estaca.
NOTA 5: O preenchimento da “Ficha de Verificação de Serviços” (FVS) deve ser realizada por trecho e na
observação do preenchimento informar todas as estacas que foram concretadas.

CONTROLE DE RECALQUE:
 Conforme previsto na ABNT NBR 6122, todos os empreendimentos onde a altura da edificação for superior
à 55m, considerando o piso do térreo até a laje de teto do último andar habitável, deve ser verificado o
desempenho das fundações através do monitoramento do recalque, que deverá ser medido na estrutura.
Considerando que o nosso pé direito padrão é de 2,72m, todas as edificações com mais de 21 pavimentos
deverão obrigatoriamente contratar o serviço de monitoramento;
 Para obras que possuem embasamento, a altura deverá ser contada desde a laje de piso do mesmo até a
laje de teto do último andar habitável e caso ultrapasse os 55m estipulados na norma, o ensaio também
deverá ser contratado;
 De modo geral, o acompanhamento é feito através de pontos de referência (Bench Mark) que são instalados
na fundação e nos pilares da edificação, onde as leituras serão realizadas e medidas pela equipe de
topografia da empresa contratada;
 A definição da localização dos pontos do Bench Mark e periocidade das medições devem ser estipulados no
projeto de fundação de cada obra. Caso não encontrem tais informações no projeto de suas obras, favor
acionar o DPRO através do BIM-360;
 Ressalta-se a importância de que a avaliação do projeto seja realizada no início das obras, pois tal serviço
deverá ser providenciado junto com a execução da fundação;
 O relatório REL 16 - ISG 02.03 Laudo de Nivelamento Trigonométrico para Controle de Recalque - rev.01 está
disponível no CSC e deve ser preenchido com os dados do levantamento.
3) RESULTADOS ESPERADOS
 Que os EPI’s sejam utilizados corretamente;
 Que os resíduos gerados sejam tratados conforme plano de gestão de resíduos;
 Que a fundação seja executada dentro da especificação de projeto;
 Que não haja ocorrência de acidentes.

4) NÃO CONFORMIDADES RECORRENTES

 Não aplicável.

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5) TABELA DE GARANTIAS
FUNDAÇÃO
DESCRIÇÃO 5 ANOS

Falhas que afetem a segurança e não sejam

São elementos construtivos projetados com a finalidade
decorrentes de uso em desacordo com o projeto e
de transmitir as cargas de uma edificação para uma
instruções fornecidas pelo construtor e/ou falta de
camada resistente do solo. Podem ter diversas
realização de atividades de conservação e manutenção
características técnicas, dependendo das condições da
de acordo com o Manual de uso, operação e
edificação e do terreno.
manutenção das edificações ou instruções específicas.

6) HISTÓRICO DE REVISÕES
Área responsável pela
Revisão Histórico Cargo do aprovador
elaboração/revisão
01 Revisão geral Qualidade Gerente
02 Revisão geral Qualidade Gerente
03 Revisão geral Qualidade Gerente
04 Adicionadas novas orientações sobre excentricidades Qualidade Gerente
05 Adicionado assuntos sobre controle de recalque, fluido Qualidade Gerente
estabilizante e tabela de garantias

Unidade de verificação: A liberação deste serviço deve ser feita por “Bloco (Trecho)”.

Inspeção a ser feita Meios e métodos de inspeção Referência Critérios de aceitação

Locação das estacas Trena / prumo de centro NBR 6122 Conforme projeto

Diâmetro da estaca Trena NBR 6122 Conforme projeto

Prumo da estaca Prumo de face / Cunha Graduada NBR 6122 Conforme projeto

Conferir ferragem Trena / Visual NBR 6122 Conforme Projeto

Projeto/NBR
Durante Ensaio de Slump Abatimento conforme projeto
16889
Concretage
m
Projeto/NBR
Após Ensaio de Rompimento fck(est) > fck(proj
5739

Tolerância de 10% do diâmetro da

Excentricidade das estacas Trena NBR 6122
estaca
O local deverá ser limpo;
Terminalidade e limpeza Visual ISC 03.07 Não poderá ser observada a
necessidade de arremates.

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