INSTRUÇÃO DE SERVIÇO CONTROLADO

ISC 03.08 – FUNDAÇÃO PROFUNDA

PAREDE DIAFRAGMA

FERRAMENTAS QTE MATERIAIS QTE EQUIPAMENTOS QTE

Régua Metálica, Trena var. Tubo metálico, Lama var. Estação total, Martele var.
bentonítica, Aço cortado e Pneumático,
dobrado, Tanques, Água, Retroescavadeira, Bombas,
Concreto Guindaste, Painel Elétrico,
Usina de concreto
PESSOAL UTILIZADO QTE EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL QTE
Armador, Pedreiro, Servente var. Capacete, botina de segurança, óculos de segurança, protetor var.
auricular, luva de raspa.
1) PRÉ-REQUISITOS
 Locação concluída;
 Relatório de sondagem disponível;
 Cota de arrasamento definida;
 Armação da fundação cortada, dobrada e montada;
 Especificações do Concreto e traço definido (fck, consistência, dimensão máxima do agregado graúdo,
consumo mínimo de cimento, tempo em aberto/início de pega);
 Elementos estruturais locados.
NOTA 1: Pode-se utilizar tanto a lama betonítica, quanto o polímero estabilizante. Visando a
sustentabilidade, o polímero é sempre a melhor opção, pois após o uso, adicionando apenas cloro, pode ser
descartado no esgoto, pois ele é biodegradável. Já a lama, não é possível fazer o mesmo, tendo que ser
retirada em caminhões e destinada a algum bota-fora específico.

2) SEQUÊNCIA EXECUTIVA
 A parede diafragma é feita por “Clam-shell” acionado hidraulicamente ou por cabos de aço. O “Clam-shell”
fica pendurado em um guindaste pesado que promove as manobras tanto de giro como de subida e descida,
além de acionar os cabos ou sistemas hidráulicos. Para a centralização da estaca bem como para auxiliar na
manutenção da verticalidade (prumo) são feitas muretas-guias. Durante toda a fase de escavação deve ser
adicionada lama betonítica na perfuração para que fique permanentemente cheia, a fim de que as paredes
possam se manter estáveis;
 Terminada a perfuração, é necessário fazer a retirada das partículas de areia que se misturam na lama
durante a escavação. Isto pode ser ajustado pela troca da lama betonítica usada por outra nova ou então,
pela sua desarenação, sendo que em ambos os casos é feito em bombeamento em circuito fechado para
que em nenhum instante a perfuração fique sem lama e as paredes sofram desbarrancamento;
 Este circuito consiste no lançamento de lama limpa no topo da perfuração e o bombeamento da lama usada
no fundo da escavação. No caso da desarenação, a lama circula através de uma bomba que por
centrifugação separa as partículas mais pesadas (areia) do restante;
 A seguir é descida a armação na forma de uma gaiola bastante rígida para não entortar durante o seu
manuseio:

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 A concretagem da parede diafragma é do tipo submerso; inicialmente é descido um tubo de aço

denominado tubo tremonha até ficar cerca de 30 cm acima do fundo da escavação. Na sua parte superior é
colocado um funil através do qual é lançado o concreto diretamente do caminhão betoneira ou da bomba,
no caso de concreto bombeado. O concreto sendo mais pesado que a lama betonítica, vai empurrando-a
para cima sendo que no topo da perfuração é instalada uma bomba que irá recalcar a lama de volta ao silo
para seu reaproveitamento na escavação da próxima lamela:

 O concreto a ser empregado deve ser extremamente plástico para que possa fluir com facilidade pelo tubo
tremonha e poder preencher a escavação, portanto deve ser usada brita nº 1 e slump de 20 ± 2 cm ou
conforme projeto;
 Deve-se dar atenção especial à concretagem, pois esta deve ser contínua, uma vez iniciada não é possível a
sua interrupção, pois o tubo tremonha não pode ser retirado de dentro da massa de concreto. Outro
cuidado é de que o tubo tremonha, durante a concretagem, fique sempre imerso em pelo menos 1,5 m
dentro do concreto, este procedimento é necessário para que não venham a ocorrer juntas e
descontinuidades no corpo da estaca;
 As ferramentas e/ou equipamentos utilizados deverão ser retirados do local;
 Não poderá ser observada a necessidade de arremates;
 Limpar a área.

NOTA 2: Para iniciar a execução da fundação, a terraplanagem deve estar totalmente concluída,
considerando-se o nível de fundo do radier/laje nível zero;
NOTA 3: É necessário realizar ensaios na lama bentonítica ou nos polímeros para verificar as características
da mesma, cujo material é retirado do fundo da escavação através de um coletor de amostras. Os ensaios
necessários são: Peso específico, viscosidade, pH e teor de areia. Os valores obtidos devem estar de acordo
com o projeto;
NOTA 4: É obrigatório o acompanhamento do consultor de fundações e a emissão do laudo da validação
referente a execução;
NOTA 5: Caso seja identificado após a concretagem que o concreto do topo não está com boa qualidade, é
necessária sua remoção através do arrasamento e posteriormente, o complemento com concreto de fck
igual ao utilizado para execução das lamelas.

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Para conhecimento:
 Existem duas placas que são interessantes destacar: a chapa junta, que faz a ligação (macho-fêmea) entre as
lamelas e fica nas laterais da lamela e a chapa espelho que dá o acabamento para o lado da obra, ficando
com menos imperfeições possíveis. Estas chapas são inseridas antes da armação e são retiradas cerca de 2 a
4 horas após o fim da concretagem, dependendo da pega do concreto;
 Tipos de painéis utilizados (tipos de lamelas): O painel primário inicia a sequência das lamelas, tem por
definição duas juntas (a chapa junta é inserida em ambas laterais da parede). O painel secundário ou painel
sequente, vem sempre após o primário e da sequência e continuidade as lamelas e os painéis de
fechamento, como o próprio nome diz, fecha os dois trechos (geralmente fica entre dois painéis
secundários). A necessidade de um painel de fechamento é por que as concretagens não conseguem ser
seguidas umas das outras (pelo tempo de cura), o praticado é esperar pelo menos 48h após o fim da
concretagem para escavar ao lado desta lamela e com isso temos que deixar um espaço e concretar a
próxima lamela, deixando um espaço vazio que depois é preenchido pelo painel de fechamento, que fecha a
seção;
 As muretas guias servem apenas para guiar o clam-shell, sem efeito estrutural e após a concretagem da
lamela, é demolida em algumas seções e destinada a um bota fora;
 Para se unificar todas as lamelas, tornando um só elemento, é feito uma viga de equalização em todo o
perímetro;
 Alguns projetos tem a necessidade de incluir tirantes nas paredes diafragma para contrabalancear os
empuxos provocados pelo solo.
NOTA 6: O preenchimento da “Ficha de Verificação de Serviços” (FVS) deve ser realizada por trecho e na
observação do preenchimento informar todas as estacas que foram concretadas.

CONTROLE DE RECALQUE:
 Conforme previsto na ABNT NBR 6122, todos os empreendimentos onde a altura da edificação for superior à
55m, considerando o piso do térreo até a laje de teto do último andar habitável, deve ser verificado o
desempenho das fundações através do monitoramento do recalque, que deverá ser medido na estrutura.
Considerando que o nosso pé direito padrão é de 2,72m, todas as edificações com mais de 21 pavimentos
deverão obrigatoriamente contratar o serviço de monitoramento;
 Para obras que possuem embasamento, a altura deverá ser contada desde a laje de piso do mesmo até a laje
de teto do último andar habitável e caso ultrapasse os 55m estipulados na norma, o ensaio também deverá
ser contratado;
 De modo geral, o acompanhamento é feito através de pontos de referência (Bench Mark) que são instalados

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na fundação e nos pilares da edificação, onde as leituras serão realizadas e medidas pela equipe de
topografia da empresa contratada;
 A definição da localização dos pontos do Bench Mark e periocidade das medições devem ser estipulados no
projeto de fundação de cada obra. Caso não encontrem tais informações no projeto de suas obras, favor
acionar o DPRO através do BIM-360;
 Ressalta-se a importância de que a avaliação do projeto seja realizada no início das obras, pois tal serviço
deverá ser providenciado junto com a execução da fundação;
 O relatório REL 16 - ISG 02.03 Laudo de Nivelamento Trigonométrico para Controle de Recalque - rev.01 está
disponível no CSC e deve ser preenchido com os dados do levantamento.
3) RESULTADOS ESPERADOS
 Que os EPI’s sejam utilizados corretamente;
 Que os resíduos gerados sejam tratados conforme plano de gestão de resíduos;
 Que a fundação seja executada dentro da especificação de projeto;
 Que não haja ocorrência de acidentes.
4) NÃO CONFORMIDADES RECORRENTES
 Não aplicável.

5) TABELA DE GARANTIAS
FUNDAÇÃO
DESCRIÇÃO 5 ANOS
Falhas que afetem a segurança e não sejam
São elementos construtivos projetados com a finalidade
decorrentes de uso em desacordo com o projeto e
de transmitir as cargas de uma edificação para uma
instruções fornecidas pelo construtor e/ou falta de
camada resistente do solo. Podem ter diversas
realização de atividades de conservação e manutenção
características técnicas, dependendo das condições da
de acordo com o Manual de uso, operação e
edificação e do terreno.
manutenção das edificações ou instruções específicas.

6) HISTÓRICO DE REVISÕES
Área responsável pela
Revisão Histórico Cargo do aprovador
elaboração/revisão
01 Revisão geral Qualidade Gerente
02 Revisão geral Qualidade Gerente
03 Alterações grifadas em cinza. Qualidade Gerente
04 Revisão geral Qualidade Gerente
05 Adicionado assunto sobre controle de recalque e tabela Qualidade Gerente
de garantias

Unidade de verificação: A liberação deste serviço deve ser feita por “Lamela (Trecho)”.
Meios e métodos de Referência
Inspeção a ser feita Critérios de aceitação
inspeção
Locação da lamela Trena/prumo de centro NBR 6122 Conforme projeto
Dimensões da lamela Trena NBR 6122 Conforme projeto
Prumo da mureta guia Prumo de face/Cunha Graduada NBR 6122 Conforme projeto
Armação Trena/Visual Projeto Conforme Projeto
Durante Ensaio de Slump Projeto/NBR 16889 Abatimento conforme projeto
Concretagem
Após Ensaio de Rompimento Projeto/NBR 5739 fck(est) > fck(proj
O local deverá ser limpo;
Terminalidade e limpeza Visual ISC 03.08 Não poderá ser observada a
necessidade de arremates.

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