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Concretagem em Linhas de Transmissão de Energia - IT-234 Revisão: 00 Vividense Linhas de Transmissão

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Área Gestora Abrangência
QSMS Corporativa
Local Área / Departamento

Corporativo Engenharia
Título

Concretagem em Linhas de Transmissão de Energia


Tipo de Documento Código Revisão Publicação Aprovação
Instrução Técnica IT-234 00 12/12/2018 Marildo Pizzi

1 - Objetivo

Esta Instrução Técnica estabelece as diretrizes para a concretagem de peças estruturais em


obras de Linhas de Transmissão.

2 - Aplicação

Esta Instrução Técnica aplica-se à Vividense.

3 - Definições

Slump Test: Teste de Abatimento do Concreto pelo Tronco de Cone; coleta de amostra de
concreto para moldagem de corpos de prova e ensaio de resistência; QSMS: Qualidade,
Segurança, Meio Ambiente e Saúde Ocupacional

4 - Descrição e Responsabilidades

4.1 - Responsabilidades

4.1.1 - Cumpre ao Mestre de Obra / Encarregado

• Orientar a equipe para executar as atividades de acordo com esta Instrução Técnica;
• Realizar o mapeamento de concretagem, garantindo a rastreabilidade do concreto
conforme previsto nesta Instrução Técnica;
• Reportar ao Responsável pela Obra qualquer divergência ou interferência com relação ao
especificado no projeto;

4.1.2 - Cumpre ao Engenheiro da Obra

• Proporcionar condições para que sejam realizadas as atividades previstas nesta Instrução
Técnica.

4.2 - Produção de concreto

4.2.1 - Poderá ser utilizado concreto produzido em centrais concreteiras (usinas) ou em obra.
Caso seja utilizado concreto de centrais próprias.

4.2.2 - Para o concreto produzido em Obra deverão ser seguidas as seguintes recomendações:

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• Ser produzido de acordo com o traço definido por Laboratório de Controle Tecnológico
para atender as especificações de projeto;
• Utilizar quadro de traços, com aprovação do Responsável pela Obra e afixado em local
visível;
• Os recipientes para adição de água e aditivos também devem ser definidos de forma a
garantir o volume adequado;
• Os materiais devem ser misturados até sua perfeita homogeneização, sendo preparados
de acordo com traço especificado, adicionados na seguinte ordem:
1. - Adicionar brita e metade da quantidade de água;
2. - Adicionar cimento, areia e restante da água;
3. - Caso especificado algum aditivo, o mesmo deverá ser misturado junto à água.

• Deve-se evitar que o concreto fique parado na betoneira por mais de 30 minutos.

4.3 - Aplicação de concreto

4.3.1 - Antes da concretagem o Encarregado deve verificar se a peça a ser concretada está
liberada.

4.3.2 - Os caminhos, ferramentais e equipamentos devem estar disponíveis e os equipamentos de


transporte devem estar limpos para o uso.

4.3.3 - Terminado o lançamento do concreto, executar a limpeza do local.

4.4 - Execução de Ensaio de Abatimento de Tronco de Cone (Slump Test)

4.4.1 - A coleta de amostras deve ser realizada durante a operação de descarga, após a retirada
dos primeiros 15% e antes de completar a descarga de 85% do volume total da betonada.
O volume da amostra deve ser pelo menos 1,5 vez a quantidade necessária para a
realização dos ensaios.

4.4.2 - Para execução do ensaio deverá ser observada a descrição abaixo:

• Umedecer o conjunto de slump;


• Colocar a chapa metálica em superfície plana, regularizando com uma pequena camada
de areia;
• Colocar a amostra de concreto em 3 ( três ) camadas de alturas iguais;
• Cada camada deverá ser adensada com 25 golpes, uniformemente distribuídos;
• A camada junto à base deve ser adensada de forma que a haste de socamento penetre
em toda espessura, sem que bata no fundo;
• Após o adensamento, retira-se devagar o tronco de cone na posição vertical, demorando-
se de 5 a 10 segundos.

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Figura 02 – Abatimento de Tronco de cone

4.5 - Moldagem dos corpos de prova

4.5.1 - A coleta de amostras deve ser realizada durante a operação de descarga, após a retirada
dos primeiros 15% e antes de completar a descarga de 85% do volume total da betonada.
O volume da amostra deve ser pelo menos 1,5 vez a quantidade necessária para a
realização dos ensaios.

4.5.2 - Para execução do ensaio deverá ser observada a descrição abaixo:

• O concreto deve ser colocado nas formas com o uso da concha onde, o número de golpes
e camadas necessárias em função da forma utilizada estão descritos na tabela 1.

Tabela 01- Relação de dimensões da forma e camadas de concreto

• Se o abatimento do tronco de cone for superior a 160 mm, a moldagem deve ser feita com
a metade das camadas indicadas na tabela acima. No caso do corpo de prova de 15 x 30
cm, moldar com 2 camadas;
• As formas deverão ser colocadas sobre uma base nivelada (plana), livre de choques e
vibrações;
• No adensamento de cada camada, a haste de socamento não deve penetrar na camada já
adensada. Se a haste de socamento criar vazios na massa do concreto, deve-se bater
levemente na face externa do molde até o fechamento daqueles vazios;
• Usar desempenadeira de madeira ou colher de pedreiro para fazer o acabamento final e
identificar os corpos de prova;
• Cobrir as formas com chapas de madeira úmida ou outro material úmido (estopas, mantas,
etc).

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Figura 01 - Detalhe da moldagem de corpos de prova

4.6 - Execução de junta fria

4.6.1 - A superfície a ser tratada deverá ser escovada ou jateada até apresentar uma superfície
limpa, livre de impurezas e nata de cimento. Poderá haver umidade, porém, sem
saturação.

4.6.2 - Uma vez concluída a preparação da superfície, aplicar adesivo estrutural à base epóxi (tipo
Sikadur 32 ou similar) e lançar o concreto logo em seguida.
4.6.3 - O modo de preparo do adesivo estrutural que venha a ser utilizado, assim como sua
aplicação, deverá seguir as recomendações do fabricante.

4.6.4 - Ter especial atenção, após a mistura dos componentes, com o prazo de início de pega do
adesivo estrutural (da ordem de aproximadamente 30 minutos).

4.6.5 - Desta forma, a dosagem das quantidades a serem utilizadas em cada uma das juntas deve
ser feita cuidadosamente, de modo a evitar perdas.

4.7 - Liberação de Atividades

Somente após a liberação da escavação, instalação da armadura, instalação e nivelamento das


formas, nivelamento do Stub / pino de Mastro Central / Grampo ou qualquer peça de fixação entre
a fundação e a estrutura metálica da torre.

5 - Segurança do trabalho

5.1 - O encarregado deverá realizar o DSS antes do início dos trabalhos;


5.2 - Deverá ser divulgado para todos da frente de serviço a ART - Análise de Risco da Tarefa;
5.3 - Utilizar todos os EPIs indicados para a atividade;
5.4 - A equipe deverá usar perneiras durante as atividades com risco de animais peçonhentos;
5.5 - Todas as ferramentas deverão estarem acondicionadas em local apropriado separado dos
passageiros;
5.6 - Em caso de chuva ou descarga atmosférica, deverão se abrigar em local seguro;
5.7 - Ter conhecimento do PAE e fones dos hospitais da região em caso de emergência;
5.8 - Respeitar os limites de velocidade das estradas;

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5.9 - Em caso de chuvas e pista escorregadia diminuir a velocidade do veículo e redobrar a atenção;
5.10 - O transporte manual de cargas deve atender aos requisitos da NR-17;
5.11 - Todo trabalhador designado para o transporte manual regular de cargas, que não as leves,
deve receber treinamento ou instruções satisfatórias quanto aos métodos de trabalho que
deverá utilizar, com vistas a salvaguardar sua saúde e prevenir acidentes;
5.12 - Nas praças de movimentações de máquinas e equipamentos, deverá ter segregação homem
x máquinas;
5.13 - Todos os produtos químicos utilizados deverão ter FIPQ na frente de trabalho;

6 - Medidas de Proteção Ambiental

6.1 - Todos os trabalhadores envolvidos na atividade devem cumprir as regras e medidas de


prevenção e proteção ambiental contidas no código de conduta ambiental;
6.2 - Fica vedada a utilização de fogo para qualquer finalidade;
6.3 - Manter em todas as frentes os Kits de Mitigação Ambiental para mitigar possíveis
vazamentos;
6.4 - Manter coletores de resíduos e aplicar a coleta seletiva nas áreas de vivência;
6.5 - Os resíduos gerados durante as atividades deverão ser coletados e direcionados para as
baias de segregação instaladas nos canteiros de obras para posterior destinação adequada;
6.6 - Ao término da concretagem, o caminhão betoneira se deslocará a uma cava ou tubulão
aberta onde pode lavar as bicas.
6.7 - As bicas deverão ser posicionadas mais próximas possíveis à cava e direcionadas para as
paredes das cavas onde se inicia a lavagem para que a água com o excedente de concreto
atinja o local desejado, criando uma proteção física contra desmoronamentos.
6.8 - Ao término da lavagem, as bicas serão recolhidas e desmontadas e acondicionada no
veículo.
6.9 - Após essas etapas, o caminhão betoneira deverá se deslocar para a dosadora onde realizará
a lavagem do balão de concreto.
6.10 - Em nenhuma hipótese poderão ser lavados em mananciais de água existentes.
6.11 - No caso de quebra do caminhão betoneira ainda carregado com concreto, o balão será
esvaziado, de maneira que os resíduos de concreto sejam espalhados em pequenas
porções, facilitando o recolhimento destas pequenas frações após o seu endurecimento. Os
resíduos de concreto serão encaminhados ao canteiro de obras para posterior destinação
final junto a uma área devidamente licenciada para recebimento de resíduos inertes.
6.12 - Em nenhuma hipótese poderá ser coletada água de recursos hídricos para fins relacionados
à lavagem ou concretagem.
6.13 - Sobras de concreto deverão ser encaminhadas para a área de descarte de concreto, ou
seja, para caixa de decantação instalada no canteiro ou área da dosadora, caso a
concretagem seja terceirizada.
6.14 - Sobras de concreto poderão ser aproveitadas em locais que não prejudiquem o ambiente,
como em benfeitorias nos canteiros de obras.

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7 - Anexo

7.1 Formulários

FR.060 - CONCRETAGEM

FR.061 - CONTROLE TECNOLÓGICO DE CONCRETO

FR.062 - CONTROLE DE CONCRETO

7.2 Referência

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