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PRO-02

ENSAIO DE CARREGAMENTO DINÂMICO – PDA

PROCECIMENTO PARA PREPARO E EXECUÇÃO


ESTACAS MOLDADAS IN LOCO (BLOCOS CILINDRICOS)

Modulus Engenharia Ltda.


Av. Dr. Pedro Soares de Camargo, 543,
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Tel. (11) 99516-6263 (11)2709-3106
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Sumário

1- Objetivo ................................................................................................................................. 2
2- Descrição do Ensaio............................................................................................................... 2
3- Preparativos para o Ensaio .................................................................................................... 3
3a. – Mobilização de equipamento de cravação (dispositivo de aplicação de impacto) .......... 3
3b. – Execução do bloco de coroamento em concreto armado no topo da estaca ................. 6
3c. – Preparação do terreno...................................................................................................... 9
3d. – Preparação da estaca ..................................................................................................... 10
4 – Metodologia do Ensaio.......................................................................................................... 13
5 – Apresentação dos Resultados ............................................................................................... 16

PRO-02 – PROCEDIMENTO PARA PREPARO E EXECUÇÃO DO ENSAIO PDA


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1- Objetivo

Este procedimento tem por objetivo descrever a metodologia a ser empregada no preparo e na
execução de ensaio de carregamento dinâmico em estacas moldadas “in loco”, verticais ou
inclinadas, em obras em terra.

2- Descrição do Ensaio

O ensaio de carregamento dinâmico , é um ensaio não destrutivo e tem como principal objetivo
avaliar a capacidade de carga das estacas.

Entretanto, durante o ensaio, é possível avaliar outros parâmetros além da capacidade de


carga. Por exemplo, a energia transferida do equipamento de cravação para a estaca, o
deslocamento total da estaca, tensões de compressão, tensões de tração e fator de integridade
da estaca.

Os ensaios são relativamente rápidos e a maior demanda do tempo está na preparação da


estaca para a realização do ensaio e a movimentação do equipamento de cravação
dependendo do tipo ou modelo entre uma estaca e outra.

O equipamento PDA adquire os dados através do impacto de algum sistema de cravação


geralmente em alturas crescentes sobre o topo da estaca/ bloco de coroamento. Esses dados
são coletados pelos sensores de deformação específica e de aceleração que estão fixados na
superfície lateral da estaca, simetricamente posicionados, localizados a pelo menos 1,5 vezes
a maior dimensão da seção transversal da estaca/bloco. Esses sensores são fixados com
bucha metálica introduzida na estaca ou no próprio bloco, conforme ilustrado na figura abaixo.

Figura 1 – Fixação dos sensores no


bloco de seção cilíndrica. Para isso, o
bloco deve possuir as dimensões
mínimas necessárias para a colocação
dos sensores no bloco. Caso contrário,
os sensores devem ser fixados na
superfície lateral da estaca.

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3- Preparativos para o Ensaio

Para a realização do ensaio são necessários, basicamente:

a) Mobilização de um equipamento de cravação (ou equivalente);


b) Execução do bloco em concreto armado no topo da estaca (concreto ≥ 35 MPa);
c) Preparo do terreno;
d) Preparo da estaca.

3a. – Mobilização de equipamento de cravação (dispositivo de


aplicação de impacto)

A execução do ensaio requer o fornecimento de equipamento de cravação (figura 2) e pilão tipo


queda livre ou automático capaz de mobilizar a carga necessária na estaca que atenda às
especificações do projeto de fundação, majorada do coeficiente de segurança recomendado
pela NBR 6122 – Projeto e Execução de Fundação.

Figura 2 – Dispositivos de cravação.


Martelos queda livre ou hidráulico.

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Usualmente recomenda-se que o pilão possua peso da ordem de 2 a 3% do valor da “Carga de
Projeto” não devendo, entretanto, ser inferior a 2 tf. Desta forma, considerando-se, por
exemplo, uma carga de projeto de 100 tf e coeficiente de segurança igual a 2 deve-se ensaiar
com pilão de pelo menos 2 a 3 tf. A carga a ser considerada deve ser maior existente no
projeto para a seção (ex. ∅26 para até 50 tf) e não o valor pontual visto tratar-se de um estudo
por amostragem.

Requisitos básicos que o equipamento/pilão deve possuir:

 Segurança;
 Verticalidade da torre;
 Esquadro da base do pilão (90º entre base e superfície lateral);
 Eficiência do pilão de pelo menos 40%;
 Condições para o correto posicionamento do equipamento junto à estaca (centralização
martelo-bloco);
 Ter condições de golpear o topo do bloco.

Figura 3 – Correto posicionamento do


martelo sobre o topo do bloco de
coroamento. Martelo aprumado sobre
o bloco de coroamento.

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Problemas mais frequentes relacionados ao equipamento:

 Baixa condição de segurança tanto para realizar manobras quanto para executar o
ensaio;
 Torre desalinhada provocando baixa eficiência do golpe e esforços excêntricos no
bloco e na estaca;
 Base do pilão excessivamente gasta também gerando esforços excêntricos;
 Dificuldade de posicionar o equipamento de modo que o eixo do pilão fique alinhado
com o do bloco em função da escavação de 360º que é executada em torno da estaca;
 Dificuldade de posicionar o equipamento de modo que o eixo do pilão fique alinhado
com o do bloco em função da reduzida seção transversal daquele (ex. pilão fixo à torre
do bate estacas com seção transversal circular ∅70 cm sobre estaca/bloco circular ∅90
cm) ;
 Impossibilidade de golpear o topo do bloco devido ao fato de o mesmo estar muito
profundo provocando a saida do pilão de sua guia (sugere-se que o topo do bloco
esteja entre 10 e 30 cm acima do nível do terreno embora, em função do tipo de
equipamento utilizado, essa distância possa variar).

Seção transversal Seção transversal


da estaca do pilão

Figura 4 – Martelo descentralizado em relação ao centro do bloco de coroamento.

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3b. – Execução do bloco de coroamento em concreto armado no topo da
estaca

A realização do ensaio requer que seja construído sobre o topo da estaca um bloco de
concreto armado com resistência suficiente para resistir aos impactos do pilão sobre o mesmo.
Estes devem estar aprumados e centralizados ao eixo da estaca para que no ensaio, o golpe
do pilão consiga transmitir o impacto de forma uniforme para a estaca.

Estes blocos devem possuir a dimensão de 1,5 vezes a maior medida da seção transversal da
estaca + 1,0metro, podendo ser confeccionados utilizando se formas de compensado de
madeira, papelão, tubos de PVC e até mesmo manilhas de concreto armado.

Figura 5 – Bloco cilíndrico utilizando formas de papelão.

Figura 6 – Bloco cilíndrico utilizando forma de tubo de PVC.

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Figura 7 – Bloco cilíndrico utilizando manilha de concreto como fôrma.

Figura 8 – Bloco cilíndrico utilizando fôrma confeccionada com Madeirit.

O bloco cilíndrico bem executado facilita a preparação para a colocação dos sensores
aumentando a produtividade dos ensaios, pois o mesmo pode ser fixado no bloco (respeitando
a altura mínima de 1,5 vezes a maior dimensão da seção da estaca + 1,0 metro) não tendo que
lixar o fuste da estaca para a fixação dos sensores (neste caso toma-se um tempo considerável
para a preparação da fixação dos sensores).

Juntamente com esse procedimento, serão enviados os croquis com os detalhes da armação e
dimensões dos blocos de coroamento de seção cilíndrica para vários diâmetros.

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Requisitos básicos necessários ao bloco:

 Possuir dimensões iguais ao lado/diâmetro da estaca ±10 cm


 Suportar aos esforços que serão aplicados (fck > 35 MPa , sugerimos utilização do CPV
ARI ou Graute, ou Graute resinado)
 Estar apoiado em concreto da estaca com a resistência prevista em projeto, sem a
presença de impurezas (risco de ruptura durante o ensaio);
 Estar rigorosamente centrado no eixo da estaca;
 Ter o topo nivelado;
 Estar a cerca de 10 a 30 cm acima do nível do terreno (condição do topo)
 Possuir entre o fundo do bloco e o solo pelo menos 60 cm, mas se o ponto da conexão
dos sensores ficar acima do nível do terreno, o buraco ao redor da estaca pode ser
reaterrada
 Estar desimpedido

Problemas mais frequentes relacionados ao bloco:

 Ruptura do topo da estaca ou da união estaca-bloco


 Ruptura do bloco
 Existência de brocas
 Falta de esquadro do topo (desnivelamento)
 Excentricidade bloco-estaca / desaprumo do bloco

Figura 9 – Bloco de coroamento desaprumado e uso de concreto de baixa resistência, mau


curada ou com pouco tempo de cura.

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3c. – Preparação do terreno

O terreno próximo à estaca a ser instrumentada deve estar em condições para a realização das
manobras do bate estacas (ou equivalente) quanto ao desimpedimento e capacidade de
suporte.

No caso do bloco cilíndrico, os sensores podem ser fixados no próprio bloco caso atendam a
altura mínima necessária estabelecida nesse procedimento para diversos diâmetros (vide
anexo dos croquis dos blocos de coroamento). Por isso não é necessário escavar ao redor da
estaca, a não ser que o bloco não tenha a altura necessária para a fixação dos sensores
conforme esse procedimento. A escavação poder ser feita, somente para a preparação da
estaca para receber a forma cilíndrica e a seguir ser concretada. E após sua concretagem, o
buraco feito ao redor da estaca pode ser preenchida e nivelada para que o equipamento de
cravação consiga se posicionar adequadamente sobre o bloco para realizar o ensaio.

Se o bloco não tiver altura mínima é necessário escavar em volta da estaca (360º) pelo menos
1,5 vezes o diâmetro circunscrito do bloco mais 0,50 m, medido a partir do topo do bloco (os
sensores são fixados no fuste da estaca a pelo menos 1,5 vezes o diâmetro do bloco e
deverão ficar a no mínimo 50 cm do nível do terreno escavado).

Requisitos básicos necessários ao preparo do terreno:

 Estar nivelado de modo não gerar instabilidade do bate-estacas (ou equivalente) nas
manobras e permitir o correto golpeamento do topo do bloco (paralelismo entre base do
pilão e o topo do bloco)
 Possuir capacidade de suporte após a escavação em torno da estaca, inclusive para o
bate estacas (se necessário pode-se recorrer a um sistema contenção que possibilite
deixar a estaca desconfinada e que permita o acesso de um colaborador para realizar o
preparo do ensaio pelo menos 2 lados diametralmente opostos (estacas acima de 60 cm
de diâmetro devem, necessariamente, permitir o acesso do colaborar pelos 4 lados
devendo, portanto, estar integralmente desconfinada até a profundidade acima citada)
 No caso de se utilizar o equipamento “Torre com martelo queda livre” como na Figura 2,
o fundo do terreno deve ser preparado com algum material que dê boa sustentação ao
equipamento. Por exemplo, brita, rachão, entulho ou um concreto magro com uns 20cm
de espessura. Muitas vezes no fundo da escavação acaba empoçando ou formando
muita lama, não permitindo o correto nivelamento do equipamento. A preparação do
fundo é para poder garantir um bom nivelamento do equipamento para que o pilão possa
bater sobre a estaca de forma uniforme.

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Figura 10 – Preparação do fundo da
escavação com brita para dar suporte
ao equipamento de cravação

Problemas mais frequentes relacionados ao terreno:

 Presença de impedimentos como solo ou água (360º)


 Não permitir, em função de desnivelamento ou da baixa capacidade de suporte,
condições de acesso do bate estacas próximo à estaca a ser instrumentada ou de
nivelamento/prumo do mesmo
 Não permitir, em função de desnivelamento ou da baixa capacidade de suporte,
aprumar a torre do bate estacas de modo que o pilão possa deslizar sem grandes
perdas de energia e que atinja o bloco uniformemente (por oposição ao impacto mais
acentuado em um dos lados devido ao não paralelismo entre o fundo do pilão e o topo
do bloco)

3d. – Preparação da estaca

A fixação dos sensores é feita com parafusos introduzidos em buchas metálicas que são
colocadas na superfície lateral do bloco cilíndrico ou no fuste da estaca (este quando, a
dimensão do bloco não respeitou a distância mínima exigida no procedimento.

Quando as dimensões mínimas do bloco de coroamento não são respeitadas, é preciso fixar os
sensores no fuste da estaca. Para isso, é necessário o lixamento da superfície lateral da
estaca de modo que seja possível posicionar os sensores sem que os mesmos sofram
esforços acentuados de flexão, tração, compressão ou torção quando fixados.

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Figura 11 – Sensores fixados no bloco Figura 12 – Lixamento da superfície
cilíndrico. lateral da estaca. Neste caso o bloco
não estava com as dimensões
estabelecidas no procedimento, ou
seja, o bloco estava mais curto.

Requisitos básicos necessários ao preparo da estaca:

 A superfície lateral do bloco de coroamento cilíndrico deve estar plana, de forma que
ao fixar os sensores, estes não sofram deformações. Caso não esteja plana, deve ser
lixada.
 No caso do bloco de coroamento não possuir as dimensões mínimas requeridas no
procedimento (1,5 vezes o diâmetro circunscrito do bloco + 1,0 metro), os sensores
deverão ser fixados no fuste da estaca. Para isso a superfície lateral da estaca deve
ser lixada em dois lados diametralmente opostos, cujo centro deste deve estar a pelo
menos 1,5 vezes o diâmetro circunscrito do bloco e uma folga de 50cm do ponto de
fixação dos sensores até o nível do terreno. A área a ser lixada deve ter no minimo 30
cm x 30 cm e estar suficientemente plana.
 Não possuir concreto de baixa qualidade na superfície ou mesmo em profundidade
(geralmente isso é identificado por apresentar material desagregado ou superfície
umidecida, mesmo após ser lixada)

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Caso o ponto de fixação dos sensores
(1,5 x diâmetro do bloco) fique acima
do nível do terreno, a abertura feito no
terreno ao redor da estaca pode ser
fechada.

Importante! A estaca deve ser arrasada


suficientemente para remover o
concreto contaminado que geralmente
fica no topo da estaca

Figura 13 – Detalhe do bloco de coroamento cilíndrico

Problemas mais frequentes relacionados a estaca:

 Não estar suficientemente lixada de modo impedir a fixação dos sensores (falta de
paralelismo)
 Possuir material desagregado ou com impureza, que provocam a ruptura da referida
seção durante o ensaio e/ou a perda do sinal aquisitado (geralmente perde-se o
ensaio)

As etapas seguintes relacionadas ao preparo da estaca (marcação, furação, colocação


dos chumbadores e fixação dos sensores) são executadas por pessoal da Modulus, com
material próprio (inclusive furandeira à bateria) sendo, portanto, as demais etapas de
responsabilidade do Contratante. Os sensores devem ser fixados em posições
diametralmente opostos, e nos caso de estacas com diâmetro superior a 60cm, devem

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ser utilizados quatro pares de sensores.

Figura 14 – Marcação, colocação dos chumbadores e fixação dos sensores.

4 – Metodologia do Ensaio

a) Informações necessárias ao teste e montagem do relatório (a serem


fornecidas pelo Cliente antes do início dos trabalhos):

Informações Gerais:

 Nome do cliente (conforme será apresentado no relatório)


 Endereço da obra (oficial)
 Tipo de estaca a ser instrumentada (ex. hélice contínua, raiz, franki)
 Nome da empresa que executou a estaca
 Nome da empresa que irá executar o teste (bate-estacas ou equivalente)
 Peso do pilão a ser usado no teste
 Referentes ao perfil do solo (sondagens)

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Informações específicas (ref. cada estaca):

 Nome/número (ex. E12)


 Local (ex. torre A)
 Comprimento total da estaca
 Data de concretagem da estaca
 Carga de projeto

b) Ensaio

O ensaio é realizado seguindo-se as seguintes etapas

1) Posicionamento do bate estacas (ou equivalente) de modo que o eixo do pilão fique
centrado ao eixo do bloco;
2) Colocação dos sensores na estaca;
3) Conexão dos sensores ao equipamento PDA (por meio de cabos ou rádio);
4) Introdução dos dados de cada estaca no PDA;
5) Aplicação de alguns golpes do pilão no topo do bloco, usualmente com alturas de
queda crescentes;
6) Remoção dos sensores (antes da saída do equipamento).

Devem ser fornecidos coxins em madeirit ou material similar para amortecimento do impacto do
pilão, os quais são colocados no topo do bloco. Estes coxins devem ter dimensões similares ao
do bloco e sejam pregados de 2 a 3 folhas de Madeirit. Recomenda-se que sejam
providenciados cerca de 2 jogos por diâmetro de estaca a ser instrumentada (há
reaproveitamento).

Figura 15 – Detalhe da colocação dos


coxins de Madeirit sobre a cabeça da
estaca ou bloco de coroamento.

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Figura 17 – Aquisição dos sinais no
aparelho PDA.

Figura 16 – Posicionamento correto do


equipamento de cravação. Aplicação de
alguns golpes com altura de queda
crescente.

Quando as condições de segurança e de execução permitirem poderão ser registradas a nega


e o repique elástico, conforme ilustrado na figura abaixo.

Figura 18 – No caso de estacas


moldadas in loco, por questões de
segurança é viável somente registrar a
nega de cada golpe.

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5 – Apresentação dos Resultados

Os resultados obtidos em campo são preliminares, e podem sofrer variações nos valores
obtidos. Normalmente essas variações ficam na casa de 10%, mas existem exceções.

Os sinais obtidos no ensaio são enviados para escritório para análise no software CAPWAP.

Para cada estaca ensaiada, é realizado uma análise CAPWAP.

Nesse software é feito todo o processamento do sinal do golpe de maior energia no ensaio, e
são obtidos as capacidades de carga referente à parecela de resistência da ponta e atrito
lateral do fuste da estaca.

Além disso, é possível obter os valores de quake e damping ao longo do fuste e ponta da
estaca.

A apresentação desses dados, é feito através de um relatório que consta todos os dados da
obra, da estaca, uma tabela com as cargas mobilizadas mostrando as parcelas de ponta e
atrito lateral, deslocamento total da estaca para aquele golpe/sinal processado, eficiência do
equipamento de cravação, gráficos de carga vs deslocamento e em anexo todo a análise
CAPWAP da estaca.

Importante ressaltar que os resultados apresentados valem apenas para as estacas ensaiadas
e devem, preferencialmente, ser submetidos à análise pelo Consultor de Fundações e/ou
Calculista Estrutural para avaliação de recalques, eventual ocorrência de atrito negativo,
fatores de segurança, dano, etc.

Os ensaios são realizados com base em informações fornecidas pela Contratante tais como
identificação da estaca, comprimento abaixo da cota de instrumentação, diâmetro, tipo de
estacas, carga de trabalho, data de execução/ concretagem da estaca, etc., não tendo a
Módulus Engenharia responsabilidade por informações incorretas fornecidas.

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