Você está na página 1de 231

ET.

032-P&D – FUNDAÇÕES

Revisão Data Histórico


00 01/12/2023 Emissão Inicial

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 1 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

SUMÁRIO
1. OBJETIVO ................................................................................................................. 3
2. REGULAMENTAÇÃO ................................................................................................. 3
2.1. Normas associadas .......................................................................................... 3
3. CONDIÇÕES INICIAIS................................................ Erro! Indicador não definido.
4. ESTACAS:.................................................................................................................. 5
4.1 Estacas Metálicas ................................................................................................. 5
4.2 Estacas Pré-Moldadas ....................................................................................... 25
4.3 Estacas Escavadas Mecânicamente .................................................................. 46
4.4 Estacas Franki..................................................................................................... 60
4.5 Estacas Raiz ........................................................................................................ 81
4.6 Estacas Hollow Auger ........................................................................................ 98
4.7 Estacas Escavadas e Barretes com uso de fluido estabilizante ................... 110
4.8 Estacas Hélice Contínua Monitoradas ................ Erro! Indicador não definido.
4.9 Estacas Hélice Contínua Segmentadas Monitoradas .................................... 142
4.10 Estacas Hélice de Deslocamento Monitoradas ........................................... 172
4.11 Estacas Mega .................................................................................................. 181
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ..................................................................................... 201
6. CUIDADOS E RESPONSABILIDADES ........................ Erro! Indicador não definido.

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 2 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

1. OBJETIVO

Estabelecer diretrizes e condições básicas de execução, verificação e avaliação de


diferentes tipos de fundações, para atender e garantir as capacidades de carga
especificadas em projeto. Além disso, descrever e fixar os equipamentos, as
ferramentas e os acessórios mínimos necessários. Especificando equipe mínima,
definindo as tarefas e responsabilidades e especificando os materiais.

2. REGULAMENTAÇÃO
2.1. Normas associadas
• ABNT NBR 5738 - Concreto - Procedimento para moldagem e cura de corpos
de prova;
• ABNT NBR 5739 - Concreto - Ensaio de compressão de corpos de prova
cilíndricos;
• ABNT NBR 5884 - Perfil I estrutural de aço soldado por arco elétrico -
Requisitos gerais;
• ABNT NBR 6118 - Projeto de estruturas de concreto – Procedimento;
• ABNT NBR 6122 - Projeto e Execução de Fundações;
• ABNT NBR 7211 - Agregados para concreto – Especificação;
• ABNT NBR 7212 - Concreto dosado em central - Preparo, fornecimento e
controle;
• ABNT NBR 7480 - Aço destinado a armaduras para estruturas de concreto
armado – Especificação;
• ABNT NBR 8800 - Projeto de estruturas de aço e de estruturas mistas de aço
e concreto de edifícios;
• ABNT NBR 8953 - Concreto para fins estruturais - Classificação pela
massa específica, por grupos de resistência e consistência;
• ABNT NBR 9062 - Projeto e execução de estruturas de concreto pré-
moldado;
• NBR 10004- Resíduos sólidos – Classificação;
• ABNT NBR 12655 - Concreto de cimento Portland - Preparo,
controle, recebimento e aceitação – Procedimento;

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 3 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

• ABNT NBR 13208- Estacas - Ensaios de carregamento dinâmico;


• ABNT NBR 15558 - Concreto - Determinação da Exsudação;
• ABNT NBR 15980 - Perfis laminados de aço para uso estrutural - Dimensões
e tolerâncias;
• ABNT NBR 16258- Estacas pré-fabricadas de concreto - Requisitos;
• ABNT NBR 16697- Cimento Portland – Requisitos;
• ABNT NBR 16889 - Concreto - Determinação da consistência pelo
abatimento do tronco de cone;
• ABNT NBR 16903 - Solo - Prova de carga estática em fundação profunda;
ABNT NBR 17007 - Soldagem de aços para emendas de estacas de fundações
– Requisitos;

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 4 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

3. ESTACAS:

3.1 Estacas Metálicas

DOCUMENTOS COMPLEMENTARES

Os documentos relacionados abaixo devem estar disponíveis na obra:

a) relatório de sondagens;
b) levantamento planialtimétrico do terreno da obra e dos vizinhos, na região
das divisas;
c) projeto executivo das fundações e contenções, contendo: locação das
estacas, características das estacas, capacidade de carga das estacas como
elemento de fundação e previsão do comprimento das estacas, bem como,
os critérios de paralisação da cravação das estacas;
d) projeto estrutural com cargas nas fundações e nas cortinas de contenção;
e) Relatório Diário de Obras (RDO).

DEFINIÇÕES

Para os fins deste documento aplicam-se as seguintes definições:

Estacas metálicas: peças de aço, laminadas ou soldadas, como perfis de seção


I ou H, simples ou múltiplos, tubos de chapa dobrada ou calandrada, tubos sem
costura e trilhos, estes geralmente reaproveitados após sua remoção de linhas
férreas, por perderem sua utilidade em face do desgaste.

Nega: penetração permanente de uma estaca, causada pela aplicação de um


golpe do martelo de cravação. Em geral é medida por uma série de dez golpes; ao
ser fixada ou fornecida, deve ser sempre acompanhada do peso do martelo e da
altura de queda ou da energia de cravação no caso de martelos hidráulicos.

Repique: parcela elástica do deslocamento máximo de uma seção da estaca,


decorrente da aplicação de um golpe do martelo. É obrigatória a medição do
repique em todas as estacas da obra.

Fretagem: dispositivo construtivo que permite a transferência de carga da


estaca para o elemento estrutural, coroando-a.

Capacete: elemento metálico instalado no topo da estaca (cabeça), cuja função


é distribuir uniformemente as tensões dinâmicas que surgem em decorrência do
impacto do martelo sobre a cabeça das estacas.
ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00
Página 5 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

Colchão: elemento composto por polímero com fibras de formato cilíndrico,


colocado sobre o capacete metálico sobre o qual se deixa cair o martelo (No bate-
estacas sobre rolos ou tipo queda livre, esta peça é feita de madeira e denomina-
se cepo)

Martelo: componente do equipamento de cravação o qual fornece a energia


necessária à instalação da estaca. Constitui-se de uma massa que cai, sobre a
estaca, em queda livre ou de acionamento automático.

Suplemento: elemento metálico desligado da estaca propriamente dita,


utilizado para cravação da estaca no caso em que a cota de arrasamento estiver
abaixo do plano de cravação, sendo retirado após a cravação.

Capacidade de carga: carga admissível das estacas constando nos documentos


referentes aos dados e às especificações do projeto, os quais devem estar
disponíveis na obra. Poderá ser, alternativamente, entendida como a carga
característica requerida pelo projeto se dele constarem, necessariamente, os
coeficientes de ponderação das resistências (cargas) e de majoração das
solicitações.

Boletim de controle de execução: documento que deve ser preenchido,


diariamente, para todas as estacas, contendo, no mínimo, os seguintes dados da
obra e da execução:

a) contratante;
b) obra e endereço;
c) contratado;
d) tipo de equipamento com características básicas, inclusive peso do
martelo;
e) data;
f) número da estaca;
g) referência da estaca ou tipo de perfil;
h) comprimento dos segmentos levantados;
i) comprimento cravado (Nos casos em que, pelo projeto, os comprimentos e
as cotas das estacas estejam pré-fixados, ficam dispensadas estas
informações);
j) cotas do terreno (Nos casos em que, pelo projeto, os comprimentos e as
cotas das estacas estejam pré-fixados, ficam dispensadas estas
informações) e arrasamento (Caso as cotas de arrasamento não estejam
perfeitamente definidas nos projetos, esta informação pode ser
substituída por indicação genérica do ponto de corte das estacas);
k) comprimento útil da estaca (Informação indispensável nos casos em que o
comprimento útil da estaca for inferior a 6,00 m);
l) altura de queda do martelo (no instante da verificação da nega);
m) deslocamento da estaca ("nega") para 10 golpes do martelo com altura de
queda especificada (Nos casos em que, pelo projeto, os comprimentos e as
ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00
Página 6 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

cotas das estacas estejam pré-fixados, ficam dispensadas estas


informações);
n) repique elástico da estaca no final da cravação (Para as estacas
trabalhando a compressão, deve o seu registro ser efetuado em folha
individual por estaca. Se for anexada ao Boletim, poderá dispensar a
anotação no mesmo);
o) informações relevantes;
p) nome e assinatura do operador;
q) nome e assinatura do encarregado ou engenheiro supervisor da empresa
de estaqueamento e, dependendo de acordo contratual, o ciente
r) nome e assinatura do contratante;

Relatório Diário de Obra (RDO): documento emitido pelo executor e


entregue ao contratante segundo acordo entre as partes.

EQUIPAMENTOS, ACESSÓRIOS E FERRAMENTAS

a) bate-estacas ou máquina de cravação de estacas, podendo ser de acionamento


mecânico de queda livre, acionamento a diesel, acionamento hidráulico equipado
com martelo hidráulico de impacto ou acionamento hidráulico equipado com
martelo hidráulico vibratório;
b) máquina de solda;
c) conjunto oxicorte;
d) caixa de ferramentas.

DESCRIÇÃO E CARACTERÍSTICAS

Bate-estacas de acionamento mecânico de queda livre: equipamento


para cravação de estacas, que se movimenta sobre rolos, pranchas ou esteiras
(ver figura A.1 no anexo A) constituído de estrutura de aço e composto por: motor
a combustão ou elétrico, guinchos, torre rígida ou guindastes com torres
adaptadas para uso de martelo do tipo queda livre.

Torre guia: estrutura metálica com altura mínima compatível com os maiores
elementos de estacas a serem cravados. Tem por objetivo guiar o
martelo durante a cravação do guindaste.

Torre guia para guindaste: estrutura de aço fixada na ponta de lança.

Guinchos: de fricção, cônico-axial, paralelo-axial ou hidráulico, movimentados


por motores diesel ou elétrico, providos de dois a três tambores com capacidades
determinadas em função do peso do martelo e dos elementos das estacas a
serem cravados.

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 7 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

Martelo: estrutura de cravação composta de pilão, guia e capacete acionada por


guincho mecânico.

Guia suspensa: estrutura em aço montada na ponta do cabo do guindaste com


o objetivo de guiar o martelo e à estaca durante a cravação.

Bate-estacas de acionamento a diesel: equipamento de cravação de


estacas composto basicamente de pistão, cilindro, bomba de óleo combustível,
bigorna, válvulas de sucção e descarga. O martelo diesel é levantado pelo cabo do
bate-estacas e deixado cair por gravidade. Este movimento aciona o mecanismo
da bomba de combustível, que é equipada com dispositivo de regulagem,
controlado pelo operador, permitindo o ajuste da força de impacto bem como
desarmar o sistema quando se quer interromper a cravação.

Bate-estacas de acionamento hidráulico equipado com martelo


hidráulico de impacto: equipamento para cravação de estacas que se
movimenta sobre esteiras (ver figura A.2 no anexo A) composto por: martelo
hidráulico de impacto com pilão maciço, cilindros, acumuladores de pressão,
estrutura de guia, capacete, painel eletroeletrônico de controle e acionado por
unidade de força que pode ou não pertencer ao corpo do bate-estacas.

Martelo hidráulico de impacto: equipamento de cravação composto por


pilão maciço montado sobre estrutura guia, capacete e equipado com
acumuladores de pressão.

Painel de controle: processador eletroeletrônico para comando do martelo


hidráulico, instalado dentro da cabine da máquina ou portátil acionado por
controle remoto.

Unidade de força: tem por finalidade gerar força hidráulica para o


funcionamento do martelo. É um conjunto montado em estrutura carenada, tipo
contêiner, composto de motor a diesel, tanque a diesel, tanque hidráulico,
bombas e painel de controle. A unidade de força Power Pack é interligada ao
martelo por meio de mangueiras, cabos e conectores.

Bate-estacas de acionamento hidráulico equipado com martelo


hidráulico vibratório: equipamento para cravação de estacas que se
movimenta sobre esteiras (ver figura A.4 no anexo A) composto por: martelo
hidráulico vibratório com corpo estático, corpo dinâmico, mordente, painel
eletroeletrônico de controle e acionado por unidade.

Martelo hidráulico vibratório: equipamento de vibração


composto basicamente por corpo estático (não se movimenta durante a
vibração), corpo dinâmico (responsável pela vibração por intermédio excêntricos)
e mordente.

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 8 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

Morsa: estrutura dupla de aço que tem o objetivo de fixar a estaca metálica,
equipado com válvula de segurança que evite a queda do elemento a ser cravado
e responsável pela transmissão do momento gerado pelo martelo para a estaca.

Painel de controle: processador eletroeletrônico para comando do martelo


vibratório instalado dentro da cabine da máquina ou portátil, acionado por
controle remoto.

Unidade de força: tem por finalidade gerar força hidráulica para o


funcionamento do martelo. É um conjunto montado em estrutura carenada, tipo
contêiner, composto de motor a diesel, tanque a diesel, tanque hidráulico,
bombas e painel de controle. A unidade de força Power Pack é interligada ao
martelo por meio de mangueiras, cabos e conectores.

Máquina de solda: deve ser fabricada em estrutura de aço dotada


de retificador ou inversor de corrente, produzindo corrente elétrica contínua
mínima de 375 A e ser alimentada por motor elétrico, preferencialmente trifásico
ou por motor de combustão, com potência mínima de 25 KVA (40 HP). Deve ter
dispositivo para seu aterramento.

Tem como acessórios:

a) porta eletrodo de 600 A;

b) garra negativa de 500 A;

c) cabo de solda com seção mínima de 70 mm² e comprimento mínimo de 20 m


para o porta eletrodo (polo positivo) e de 10 m para a garra (polo negativo),
contando, no máximo, com uma emenda intermediária entre a máquina e o
porta-eletrodo, excluídas as de ligação;

d) cabos de alimentação elétrica, se aplicável, com isolamento tipo PP 4, com


seção mínima de 10 mm², sendo três para as fases e um para aterramento, com
comprimento máximo de 50 m, contando com, no máximo, duas emendas
intermediárias, excluídas as de ligação entre a máquina e o disjuntor trifásico com
corrente compatível com a indicação do fabricante do equipamento de solda;

e) martelo tipo picão,

f) escova de aço.

Conjunto oxicorte: constituído por cilindro de aço de oxigênio e acetileno, ou


GLP, devidamente conectados (caneta maçarico). Quando móvel, o conjunto deve
estar acondicionado em carrinho apropriado, devendo também estar
devidamente conectado a um aparelho de corte.

Tem como características específicas:


ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00
Página 9 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

a) cilindros dotados de válvulas com manômetros para medições da pressão


interna e da linha, com dispositivos corta-chamas;

b) mangueiras dos gases com comprimento mínimo de 15 m possuindo, no


máximo, uma emenda disposta entre o cilindro e a caneta;

c) conjunto oxicorte e canetas dotadas de dispositivos corta-chamas.

Caixa de ferramentas: ferramentas utilizadas para montagem e


desmontagem do bate-estacas ou máquina de cravação de estacas, devendo ser
composta por no mínimo:

a) jogos de chaves;
b) picaretas;
c) enxadas;
d) cavadeiras;
e) macacos;
f) alavancas;
g) carretilhas;
h) prumo;
i) nível de bolha longo,
j) trena;
k) esquadro;
i) bomba de graxa;
m) alicates (universal, de bico e de pressão);
n) martelo de bola (500g);
o) multímetro digital;
p) marretas (2 kg e 5 kg).

CARACTERÍSTICAS ESPECÍFICAS:

a) no caso de utilização de martelos hidráulicos, negas de magnitude inferior a 15


mm danificam o equipamento devendo ser observadas as recomendações do
fabricante;

b) peso do martelo no mínimo igual a 50% do peso total da estaca e não menor
do que 10 KN;

c) folga máxima do martelo ou do capacete, de 2 cm em relação às guias da torre


do bate-estacas.

PERIODICIDADE NA VERIFICAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS:

O equipamento de bate-estacas deverá conter laudo técnico e plano de


manutenção assinados por engenheiro mecânico, com validade de 1 (um) ano,
além do livro de inspeção do equipamento, onde deverá constar:
ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00
Página 10 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

➢ Relatório de manutenções corretivas;


➢ Relatório de manutenções preventivas;
➢ Indicação de itens que devem ser inspecionados e periodicidade de
inspeção;
➢ Indicação de itens que devem ser lubrificados e periodicidade de
lubrificação;

Deve-se realizar check-list do equipamento a fim de garantir a manutenção


preventiva, realizando inspeção visual, onde o encarregado ou operador deverá
fazer as verificações dispostas no Livro de Inspeção, anotando as datas das
atividades de acordo com a periodicidade.

Os martelos dos equipamentos devem possuir identificação individual e seu peso


aferido a cada cinco anos ou, por ocasião de uma manutenção, esta avaliação
deverá ser devidamente atestada pelo encarregado de manutenção da empresa.

A verificação do equipamento bate-estacas e máquina de solda deve ser anual,


ocasião em que o encarregado de manutenção da empresa emite o Relatório de
Situação do equipamento, conforme modelo (ver modelos nos anexos B e C)
atestando-o.

EQUIPE

Formação quantitativa:

A equipe mínima para execução de cravação de estacas deve ser composta por:

a) um engenheiro supervisor;
b) um encarregado;
c) um operador de bate-estacas;
d) um soldador;
e) um ou dois ajudantes

Nota: Nos equipamentos que possuam sistema de encaixe das estacas no


capacete sem a necessidade de subida do ajudante na torre, o número mínimo
poderá ser igual a 1.

Atribuições:

Engenheiro Supervisor: participante efetivo da equipe e por ela responsável,


que supervisiona, orienta, fiscaliza e controla os procedimentos executivos, com
visitas regulares à obra e realiza a devida anotação no boletim de controle de
execução e/ou RDO e medidas técnicas observadas.

Encarregado: responsável pela implantação geral da obra, bem como, orientar


seus subordinados quanto aos procedimentos executivos, programar junto ao
ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00
Página 11 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

Engenheiro a execução (sequência executiva) de acordo com as características da


obra e necessidade do contratante, transmitir instruções aos subordinados
quanto à segurança do trabalho, durante a execução dos serviços.

Operador de bate-estacas: chefe da equipe, o qual maneja o equipamento


quando da sua montagem e desmontagem, do deslocamento horizontal,
içamento das estacas, seu correto posicionamento e produção dos golpes do
martelo.

Soldador: responsável pelos serviços de corte e solda, preparo das talas de


emenda, conforme especificação, realiza a pré-solda no segmento de estaca a ser
içada e complementa a emenda após a justaposição dos elementos a serem
unidos.

Ajudantes: auxiliam o operador na montagem, na desmontagem e no


deslocamento horizontal do equipamento, no içamento e posicionamento das
estacas (Quando as estacas projetadas em determinada obra, no momento do seu
manuseio, tiverem peso superior a 15 kN, o número de ajudantes deve ser, no
mínimo, de três, quando ocorre a subida do operário na torre), atuam na
verificação da inclinação dos elementos ao longo da cravação.

PROCEDIMENTO EXECUTIVO, ATIVIDADES E RESPONSABILIDADES

Verificações preliminares do local

Atividades Responsável
a) Planejamento inicial e visita técnica para reconhecimento da
obra, identificação, análise crítica do projeto executivo;

b) Tomar ciência da situação das construções vizinhas, notificando


os riscos aparentes e analisando as possíveis consequências que os
trabalhos possam ocasionar às mesmas. Engenheiro

c) Contratar Seguros de Responsabilidade Civil nas modalidades:


Contra Terceiros e Cruzada junto ao contratante, profissional e
empregador. Exigir do contratante a contratação de Seguro de
Riscos de Engenharia contemplando todas as atividades do
empreendimento.

d) Providenciar acesso para veículos pesados e possibilitar sua


locomoção no canteiro

e) Dispor de pontos de energia ao longo do canteiro distanciados de Encarregado


no máximo 30 m.

f) Dispor de ponto de água

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 12 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

g) Instalar infraestrutura da obra compatível com as exigências da


NR 18

h) Garantir que a topografia do terreno possibilite a movimentação


dos equipamentos, observando:

- Declividade máxima dos patamares de trabalho de 10%, em


relação à horizontal;

- Tipo de solo sobre o qual deve apoiar-se o equipamento de


cravação, e possibilidade de escorregamento, mesmo em razão
desta sobrecarga, especialmente em regiões próximas a taludes ou
contenções preexistentes.

Nota: Para este efeito, admite-se em aterros a declividade


máxima de 100%, (1:1 ou de 45) com índice de compactação de
95% PN (Proctor Normal) e em cortes até 150% (3:2 (VH) ou 56 em
relação à horizontal).

i) Dispor de espaço adequado e estrategicamente designado para a


estocagem dos materiais, levando-se em conta a movimentação
do bate-estacas e seu posicionamento para içamento dos
elementos a serem cravados;

j) Garantir, nos trabalhos próximos à rede de energia elétrica ligada,


ou não especialmente isolada:

- Distância mínima (d min) de 3,00 m da linha energizada,


de qualquer ponto do equipamento de cravação ou da
estaca, considerando-se, especialmente, a obediência a tal
regra na operação de manuseio da estaca no momento do
seu içamento e encaixe na torre;

- Caso d min < 12,00 m, o comprimento máximo do


segmento de estaca a ser içado deverá ser de 6,00 m

k) Garantir inexistência de interferências ou obstáculos à cravação


das estacas, como alicerces, restos de demolições, elementos
enterrados e afins ou retirá-los anteriormente;

j) Exigir a execução da locação da obra com gabaritos de marcação


constituídos de sarrafos de madeira com medidas mínimas de 2,50
cm x 10 cm (1"x4"), convenientemente fixados ao solo, com centro
no piquete topográfico, alinhados com as divisas nos casos de
contenção, e com folga máxima global de 1,50 cm em relação às
dimensões externas da estaca;

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 13 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

EXECUÇÃO DA CRAVAÇÃO

Planejamento e Instalação do Equipamento:

Atividades Responsável
a) Escolher e justificar o equipamento;
b) Definir a melhor sequência executiva das estacas a serem Engenheiro
cravadas, visando otimizar a produtividade; Supervisor /
c) Definir o local e a posição de descarga e montagem do Encarregado
equipamento;
d) Montar o equipamento Equipe

Cravação da estaca:

Atividades Responsável
a) Deslocar o bate-estacas até o gabarito de marcação da estaca;
b) Nivelar a base e ajustar a torre na inclinação de projeto (A
máquina deve ser posicionada de forma que sejam atendidas as
direções dos eixos das estacas especificadas em projeto);
c) Içar a estaca por meio do cabo de manobra, trazendo-a para Equipe
junto da torre e encaixando-a no gabarito de marcação;
d) Acoplar o conjunto martelo-capacete, levantando-o acima do
topo da estaca e descendo para o devido encaixe na "cabeça" da
mesma;
e) Verificar as inclinações da estaca em dois planas
perpendiculares; ajustar a estaca

f) Iniciar os golpes do martelo Operador

g) Acompanhar a operação
h) Medir as negas e repiques de acordo com o estabelecido em Equipe
projeto

NOTA1: verificação da inclinação da estaca deve ser efetuada ao longo de toda a


cravação, no mínimo duas vezes por elemento fincado, necessariamente após
cada emenda e admitir-se-ão desvios de até 1%, sem correção anotando-se, no
entanto, no Boletim de Controle, as estacas que apresentarem variação > 0,5%)

NOTA2: Nas cravações em que a cota de arrasamento esteja abaixo da cota de


trabalho do equipamento, pode ser utilizado um componente suplementar
denominado suplemento, desligado da estaca propriamente dita, distinguindo-se
duas situações:

1. menor momento resistente (W) da seção da estaca < 300 cm3; neste caso
o comprimento útil máximo será igual a 2,50m;
ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00
Página 14 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

2. menor momento resistente (W) da seção da estaca > 300 cm3; neste caso
o comprimento útil máximo sera de 6,00 m, ponderados o tipo de solo a
atravessar, a execução de dispositivos especiais para a locação da estaca ez
sensibilidade a desvios da estaca bem como do conjunto constituinte do
bloco de fundação.)

SOLDAGEM OU EMENDAS

Atividades Responsável
a) Corte dos segmentos de estaca a serem emendados;
b) Preparo e solda prévia das talas no segmento a ser emendado; Soldador
c) Içamento, encaixe e alinhamento do segmento a ser emendado Equipe
d) Solda dos elementos justapostos Soldador

Boletim de controle de execução:

Deve ser preenchido diariamente pelo encarregado, podendo ser igualmente


preenchido por um dos componentes da equipe, devendo conter o visto e a
aprovação do engenheiro supervisor responsável pela empresa executora do
estaqueamento. Este boletim deve conter, no mínimo, as informações listadas no
item “Boletim de controle de execução” deste procedimento (modelo no anexo
E).

As alterações observadas no decorrer do estaqueamento como desvios da estaca


ou desaprumos, variação de comprimentos ou negas entre estacas adjacentes,
devem ser anotadas pelo encarregado dos serviços ou pelo representante da
contratante, sendo analisadas pelo engenheiro responsável.

Caso ocorram desvios em planta ou na inclinação da estaca que ultrapassem as


tolerâncias preconizadas na ABNT NBR 6122, os dados devem ser transmitidos ao
projetista para verificação e eventual providência, quer seja de ordem estrutural,
como criação de vigas de travamento, quer mesmo rejeição parcial ou total da
estaca, com a consequente cravação de peças adicionais

Liberação e aprovação do serviço:

A aprovação e assinatura do Boletim de Controle pelo engenheiro responsável da


empresa de estaqueamento, representa a liberação da estaca, caracterizando sua
conformidade às especificações de projeto.

ESPECIFICAÇÃO DOS MATERIAIS

Especificações de recebimento:

Cabe ao projetista de fundações especificar o tipo de aço (resistências,


composição, tipo e as dimensões com as tolerâncias);

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 15 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

Os materiais devem ser exigidos do fornecedor com Certificado de Conformidade;

Caso estes certificados não sejam entregues ou inexistam, devem ser efetuadas
amostragens pelo fornecedor e ou executor, conforme item abaixo;

Definição dos lotes:

O fornecedor das estacas, quando fabricante ou distribuidor do fabricante.


embasado em normas técnicas, deve previamente informar, seu critério de
formação de lotes para amostragem e como está sendo realizada a identificação
das peças para efeito de rastreabilidade do produto.

Não cumprida esta condição, a amostragem deve ser feita após o recebimento do
material na obra, em lotes de no máximo de 25 toneladas.

Para fins de verificação dimensional, o lote pós-fabricação deve ser de no máximo


200 toneladas ou o equivalente a duas semanas de produção.

Formação da amostra:

A coleta das amostras na obra para fins de inspeção deve ser procedida
em conjunto com o responsável técnico da contratante, sendo retiradas
aleatoriamente 3% das peças constitutivas do lote com o mínimo de 3 unidades.

Ensaios estruturais, de composição química e tolerâncias


dimensionais:

Os materiais aplicados devem ser verificados quanto à sua resistência estrutural,


sua composição química e suas dimensões, respeitado o índice mínimo de
amostragem igual a 3% das peças constitutivas do lote, não menor do que 3
unidades.

O fornecedor das estacas, quando fabricante ou distribuidor do fabricante, deve


fornecer os relatórios dos testes estruturais e de composição química dos
exemplares representativos do lote estabelecido.

Devem ser utilizados as tolerâncias dimensionais conforme a ABNT NBR 15980 e


ABNT NBR 5884.

As estacas devem ser retilíneas, assim consideradas aquelas que apresentarem


flecha máxima de 0,2% do comprimento, medida em qualquer segmento nelas
contido (Admite-se corte nas peças que não atendam ao disposto neste item,
desde que o comprimento mínimo do segmento resultante seja de 4,00 m.)

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 16 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

Admitem-se nas dimensões externas das seções transversais das estacas


metálicas variações máximas de massa linear, sendo 2,5% para perfis acima de
150 kg/m e -2,5%/3% para perfis abaixo de 150 kg/m.

No caso de estacas constituídas de material reaproveitado (usado), a perda de


massa por desgaste mecânico ou natural deve ser no máximo de 20% do valor
nominal, quando critério mais rigoroso não for especificado em projeto.

Trilhos:

No caso de trilhos usados, trabalhando somente à compressão e considerando


sua utilização anterior como guia de rolamento em estradas de ferro, admite-se,
em casos normais, a dispensa de exigências de testes estruturais para
recebimento sendo, no entanto, exigido que sua composição química seja aço-
carbono comum, vetando-se a utilização de aços-liga ou aços muito duros, exceto
quando medidas especiais forem tomadas quanto à solda ou eventual quebra dos
mesmos na cravação ou manuseio.

No que se refere à questão dimensional, o lote de trilho estabelecido deve


obedecer exclusivamente, quanto à retilineidade, ao disposto na ABNT NBR 6122
e, quanto à perda de massa por desgaste mecânico ou natural, ao limite de 20%
sobre o valor nominal, comprovado por ensaio específico.

Aceitação

Na falta de critérios estatísticos mais sofisticados para a aceitação ou rejeição do


lote deve-se garantir que 95% do conjunto atende ao especificado e deve-se
rejeitar o lote quando 1/3 da amostra apresentar não conformidades quanto às
especificações das resistências, da composição e das dimensões das peças as
quais devem estar especificadas no projeto.

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 17 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

ANEXO A
Perfis esquemáticos do Bate-Estacas ou Máquina de Cravação

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 18 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 19 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

ANEXO B (Informativo)
Modelo de relatório de situação do equipamento bate-estacas

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 20 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

ANEXO C (Informativo)
Modelo de relatório de situação do equipamento máquina de solda

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 21 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

ANEXO D (Informativo)
Modelos de emendas para estacas trabalhando com cargas normais
centradas (compressão)

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 22 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

ANEXO E (Normativo)
Modelo para o boletim de controle de execução

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 23 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

ANEXO F (Informativo)
Listagem sintética

Documentos:
• Relatório de sondagens;
• Levantamento planialtimétrico do terreno da obra e dos vizinhos, na região
divisas;
• Projeto executivo de fundações;
• Projeto estrutural com cargas nas fundações e nas cortinas de contenção;
• Relatório Diário de Obras (RDO).
Equipamentos:
• Bate-estacas ou máquina de cravação de estacas, podendo ser de acionamento
mecânico de queda livre, acionamento a diesel, acionamento hidráulico equipado
com martelo hidráulico de impacto ou acionamento hidráulico equipado com
martelo hidráulico vibratório;
• Máquina de solda;
• Conjunto oxicorte;
• Caixa de ferramentas.
Equipes:
• 1 engenheiro supervisor;
• 1 encarregado;
• 1 operador de bate-estacas;
• 1 soldador;
• 1 ou 2 ajudantes.
Materiais:
• Perfis de aço;
• Eletrodos;
• Arame tubular.

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 24 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

3.2 Estacas Pré-Moldadas de Concreto

Documentos Complementares:

Documentos referentes aos dados e especificação do projeto

Os documentos listados a seguir devem estar disponíveis na obra:

a) relatório de sondagens;
b) levantamento planialtimétrico do terreno da obra e dos vizinhos, na região das
divisas;
c) projeto executivo das fundações, contendo: locação das estacas,
características das estacas, capacidade de carga das estacas como elemento de
fundação e previsão do comprimento das estacas, bem como, os critérios de
paralisação da cravação das estacas;
d) projeto estrutural com cargas nas fundações e nas cortinas de contenção.

Documentos referentes ao controle da execução dos serviços

Os documentos listados a seguir são previstos para atender às especificações do


projeto e devem estar disponíveis na obra:

a) boletim de previsão de negas e repiques;


b) boletim de controle da cravação de cada estaca;
c) Relatório Diário de Obra (RDO).

Relatórios para avaliação do desempenho das fundações profundas


em estacas pré-moldadas de concreto (As Provas de Carga Estática para
verificação do desempenho das fundações em estacas pré-moldadas de concreto
são consideradas complementares à avaliação)

Distinguem-se dois tipos, em função dos métodos para avaliação da capacidade


de carga da fundação, a saber:

a) para obras com avaliação da capacidade de carga por meio dos registros das
negas e dos repiques de cada estaca; estima-se a carga mobilizada e o
deslocamento máximo correspondentes à energia máxima do impacto do
martelo;

b) para obras com avaliação da capacidade de carga por meio dos registros de
negas, repiques e ensaios de carregamento dinâmico; mede-se a carga mobilizada
e o deslocamento máximo correspondentes à energia máxima do impacto do
martelo.

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 25 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

DEFINIÇÕES

Fundação profunda em estacas pré-moldadas de concreto: sistema


formado pelo conjunto do elemento estrutural de estaca pré-moldada de
concreto armado ou protendido, vibrado ou centrifugado e o maciço de solo
envolvente, ao longo do fuste e sob a base, com ampla faixa de capacidade de
carga, desde 100 KN até 5000 KN, com dimensões da seção transversal variando
entre 15 cm a 80 cm.

Nega: penetração permanente de uma estaca, causada pela aplicação de um


golpe do martelo. Em geral é medida por uma série de dez golpes; ao ser fixada ou
fornecida, deve ser sempre acompanhada do peso do martelo e da altura de
queda ou da energia de cravação no caso de martelos automáticos.

Repique: parcela elástica do deslocamento máximo de uma seção da estaca,


decorrente da aplicação de um golpe do martelo. É obrigatória a medição do
repique em todas as estacas da obra.

Cepo: elemento de madeira dura com fibras dispostas paralelamente ao eixo da


estaca, colocado sobre o capacete metálico sobre o qual se deixa cair o martelo,
conforme indicado no anexo B.

Capacete: elemento metálico instalado no topo da estaca (cabeça) conforme


indicado no anexo B, cuja função é distribuir uniformemente as tensões dinâmicas
que surgem em decorrência do impacto do martelo sobre a cabeça das estacas.

Coxim: chapa de madeira de espessura variável, colocada entre a cabeça da


estaca e o capacete, conforme indicado no anexo B, com dimensões em planta e
forma, compatíveis com as das estacas a serem cravadas.

Martelo: componente do equipamento de cravação que fornece a energia


necessária à instalação da estaca. Constitui-se de uma massa que cai sobre a
estaca em queda livre ou por acionamento automático.

Suplemento ou prolonga: elemento metálico ou de concreto desligado da


estaca propriamente dita, utilizado para cravação da estaca no caso em que a
cota de arrasamento estiver abaixo do plano de cravação, sendo retirado após a
cravação.

Carga característica: carga, num determinado lote de estacas com mesmas


características e comportamento semelhante cuja probabilidade de ocorrência de
valor menor seja igual a 5 %.

Capacidade de carga: carga admissível das estacas constando nos documentos


referentes aos dados e às especificações do projeto que devem estar disponíveis
na obra. Poderá ser, alternativamente, entendida como a carga característica
ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00
Página 26 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

requerida pelo projeto se dele constarem, necessariamente, os coeficientes de


ponderação das resistências (cargas) e de majoração das solicitações

Capacidade de carga na ruptura: capacidade de carga última verificada por


meio de ensaio de carregamento dinâmico ou por prova de carga estática.

Diagrama de cravação: documento de registro do número de


golpes necessários para a penetração, em geral de 0,50 m ou 1,00 m de estaca,
para uma determinada altura de queda do martelo.

Prova de carga estática: ensaio de carga realizado após a cravação da estaca


de acordo com a ABNT NBR 16903.

Ensaio de carregamento dinâmico: ensaio realizado durante ou após a


cravação da estaca, com carregamento dinâmico, com energia obtida a partir da
queda do martelo utilizando uma instrumentação fundamentada na aplicação da
teoria da "Equação da Onda" conforme a ABNT NBR 13208.

Boletim de previsão de negas e repiques: documento que utiliza métodos


baseados nas fórmulas dinâmicas e na teoria da "Equação da Onda" elaborados a
partir das sondagens, do estudo de cravabilidade e da capacidade de carga
especificada no projeto.

Boletim de controle da cravação de cada estaca: documento que deve ser


preenchido durante a cravação de todas as estacas, registrando:

a) data da cravação;
b) identificação da estaca;
c) características da estaca;
d) número de referência de fabricação da estaca;
e) cota de cravação;
f) composição dos elementos da estaca;
g) comprimento cravado
h) peso do martelo;
i) altura de queda;
j) peso do capacete;
k) altura do cepo;
l) altura do coxim,
m) diagrama de cravação (Deve ser executado em todas as estacas da obra);
n) nega (As negas e os repiques devem ser registrados no final da cravação e
comparados com os valores estabelecidos no projeto de fundações);
o) repique (Deve ser executado em todas as estacas da obra)
p) informações relevantes;
q) nome e assinatura do executor e, dependendo de acordo contratual, o cente do
projetista da fundação;
r) nome e assinatura do contratante;

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 27 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

Relatório Diário de Obra (RDO): documento emitido pelo executor e


entregue ao contratante segundo acordo entre as partes.

EQUIPAMENTOS, ACESSÓRIOS E FERRAMENTAS

a) bate-estacas ou máquina de cravação de estacas, podendo ser de acionamento


mecânico de queda livre, acionamento a diesel, acionamento hidráulico equipado
com martelo hidráulico de impacto ou acionamento hidráulico equipado com
martelo hidráulico vibratório,

b) máquina de solda;

c) capacete para estaca (Os capacetes, caxins e suplementos, devem possuir


geometria adequada à seção da estaca e não apresentar folgas maiores que
aquelas necessárias ao encaixe das estacas, a fim de não as danificar);

d) coxins;

e) cepos,

f) suplementos (quando necessários);

g) caixa de ferramentas.

Descrição e características

Bate-estacas de acionamento mecânico de queda livre: equipamento


para cravação de estacas, que se movimenta sobre rolos, pranchas ou esteiras
(ver figura A.1 no anexo A) constituído de estrutura de aço e composto por motor
a combustão ou elétrico, guinchos, torre rígida ou guindastes com torres
adaptadas para uso de martelo do tipo queda livre.

Torre guia: estrutura metálica com altura mínima compatível com os maiores
elementos de estacas a serem cravados. Tem por objetivo guiar o martelo
durante a cravação.

Torre guia para guindaste: estrutura de aço fixada na ponta de lança do


quindaste com objetivo de guiar o martelo durante a cravação.

Guinchos: de fricção, cônico-axial, paralelo-axial ou hidráulico,

movimentados por motores diesel ou elétrico, providos de dois a très tambores


com capacidade determinada em função do peso do martelo e dos elementos das
estacas a serem cravados.

Martelo: estrutura de cravação composta de pilão, guia e capacete acionada por


guincho mecânico.
ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00
Página 28 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

Guia suspensa: estrutura em aço montada na ponta do cabo do guindaste com


o objetivo de guiar o martelo e a estaca durante a cravação

Bate-estacas de acionamento a diesel: equipamento de cravação


de estacas composto basicamente de pistão, cilindro, bomba de óleo
combustível, bigorna, válvulas de sucção e descarga. O martelo diesel é levantado
pelo cabo do bate-estacas e deixado cair por gravidade. Este movimento aciona o
mecanismo da bomba de combustível que é equipada com dispositivo de
regulagem, controlado pelo operador, permitindo o ajuste da força de impacto,
bem como desarmar o sistema quando se quer interromper a cravação.

Bate-estacas de acionamento hidráulico equipado com martelo


hidráulico de impacto: equipamento para cravação de estacas que se
movimenta sobre esteiras (ver figura A.2 no anexo A) composto por: martelo
hidráulico de impacto com pilão maciço, cilindros, acumuladores de pressão,
estrutura de guia, capacete, painel eletroeletrônico de controle e acionado por
unidade de força que pode ou não pertencer ao corpo do bate-estacas.

Martelo hidráulico de impacto: equipamento de cravação composto por


pilão maciço montado sobre estrutura guia, capacete e equipado com
acumuladores de pressão.

Painel de controle: processador eletroeletrônico para comando do martelo


hidráulico instalado dentro da cabine da máquina ou portátil, acionado por
controle remoto.

Unidade de força: tem por finalidade gerar força hidráulica para o


funcionamento do martelo. É um conjunto montado em estrutura carenada, tipo
contêiner, composto de motor a diesel, tanque a diesel, tanque hidráulico,
bombas e painel de controle. A unidade de força Power Pack é interligada ao
martelo por meio de mangueiras, cabos e conectores.

Bate-estacas de acionamento hidrául ico equipado com martelo


hidráulico vibratório: equipamento para cravação de estacas que se
movimenta sobre esteiras (ver figura A.4 no anexo A) composto por: martelo
hidráulico vibratório com corpo estático, corpo dinâmico, mordente, painel
eletroeletrônico de controle e acionado por unidade de força que pode ou não
pertencer ao corpo do bate-estacas.

Martelo hidráulico vibratório: equipamento de vibração composto


basicamente por corpo estático (não se movimenta durante a vibração), corpo
dinâmico (responsável pela vibração por intermédio de excêntricos) e mordente.

Morsa: estrutura dupla de aço que tem o objetivo de fixar a estaca metálica,
equipado com válvula de segurança que evite a queda do elemento a ser cravado
e responsável pela transmissão do momento gerado pelo martelo para a estaca
ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00
Página 29 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

Painel de controle: processador eletroeletrônico para comando do martelo


vibratório instalado dentro da cabine da máquina ou portátil, acionado por
controle remoto.

Unidade de força: tem por finalidade gerar força hidráulica para


o funcionamento do martelo. É um conjunto montado em estrutura carenada,
tipo contêiner, composto de motor a diesel, tanque a diesel, tanque hidráulico,
bombas e painel de controle. A unidade de força Power Pack é interligada ao
martelo por meio de mangueiras, cabos e conectores.

Máquina de solda: deve ser fabricada em estrutura de aço dotada de


retificador ou inversor de corrente, produzindo corrente elétrica contínua mínima
de 375 A e ser alimentada por motor elétrico, preferencialmente trifásico, ou por
motor de combustão, com potência mínima de 25 KVA (40 HP). Deve ter
dispositivo para seu aterramento.

Tem como acessórios:

a) porta eletrodo de 600 A;

b) garra negativa de 500 A;

c) cabo de solda com seção mínima de 70 mm² e comprimento mínimo de 20,00 m


para o porta eletrodo (polo positivo) e de 10,00 m para a garra (polo negativo),
contando, no máximo, com uma emenda intermediária entre a máquina e o
porta-eletrodo, excluídas as de ligação;

d) cabos de alimentação elétrica, se aplicável, com isolamento tipo PP 4, com


seção mínima de 10 mm², sendo três para as fases e um para aterramento, com
comprimento máximo de 50,00 m, contando com, no máximo, duas emendas
intermediárias, excluídas as de ligação entre a máquina e o disjuntor trifásico com
corrente compatível com a indicação do fabricante do equipamento de solda;

e) martelo tipo picão,

f) escova de aço.

Caixa de ferramentas: ferramentas utilizadas para montagem e


desmontagem do bate-estacas ou máquina de cravação de estacas, devendo ser
composta por no mínimo:

a) jogos de chaves;
b) picaretas;
c) enxadas,
d) cavadeiras
e) macacos;
ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00
Página 30 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

f) alavancas;
g) carretilhas;
h) prumo
i) nivel de bolha longo;
j) trena;
k) esquadro;
j) bomba de graxa;
m) alicates (universal, de bico e de pressão)
n) martelo de bola (500 g);
o) multímetro digital;
p) marretas (2 kg e 5 kg).

Características específicas

a) o sistema de cravação deve ser dimensionado de modo a levar a estaca até a


profundidade prevista para a sua capacidade de carga, sem danificá-la;

b) o sistema de cravação deve estar sempre bem ajustado e com todos os


elementos constituintes, tanto estruturais quanto acessórios, em perfeito
estado, a fim de evitar quaisquer danos às estacas durante a cravação.com esta
finalidade, o uso de martelos mais pesados, com menor altura de queda, é mais
eficiente do que martelos mais leves, com grande altura de queda, mantidos os
conjuntos de amortecedores;

c) no uso de martelos hidráulicos ou vibratórios deve-se observar as


recomendações do fabricante;

d) no caso de estacas com capacidade de carga inferior a 0,7 MN (no caso de


estacas com capacidade de carga superior a 1,3 MN, a escolha do sistema de
cravação deve ser analisada em cada caso mediante estudos de cravabilidade e,
no caso de dúvidas, os resultados devem ser controlados por meio de ensaios de
carregamento dinámico), quando empregado martelo de queda livre, a relação
entre o peso do martelo e o peso da estaca deve ser a maior possível, não se
devendo adotar martelos cujo peso seja inferior a 20 KN, nem relação entre o
peso do martelo e o peso da estaca inferior a 0,75. Para estacas com capacidade
de carga maior ou igual a 0,7 MN o peso mínimo do martelo deverá ser de 40 KN.

e) folga máxima do martelo ou do capacete: de 2 cm, em relação às guías da torre


do bate-estacas.

Periodicidade das verificações dos equipamentos

O equipamento de bate-estacas deverá conter laudo técnico e plano de


manutenção assinados por engenheiro mecânico, com validade de 1 (um) ano,
além do livro de inspeção do equipamento, onde deverá constar:

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 31 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

➢ Relatório de manutenções corretivas;


➢ Relatório de manutenções preventivas;
➢ Indicação de itens que devem ser inspecionados e periodicidade de
inspeção;
➢ Indicação de itens que devem ser lubrificados e periodicidade de
lubrificação.

Deve-se realizar check-list do equipamento a fim de garantir a manutenção


preventiva, realizando inspeção visual, onde o encarregado ou operador deverá
fazer as verificações dispostas no Livro de Inspeção, anotando as datas das
atividades de acordo com a periodicidade.

Os martelos dos equipamentos devem possuir identificação individual e seu peso


aferido a cada cinco anos, ou, por ocasião de uma manutenção, esta avaliação
deverá ser devidamente atestada pelo encarregado de manutenção da empresa.

A verificação da máquina de solda deverá ser anual, ocasião em que o


encarregado de manutenção da empresa emite o Relatório de Situação do
equipamento, atestando-o.

EQUIPE

Formação quantitativa:

O equipamento para a execução de fundações profundas com estacas pré-


moldadas de concreto deve ser operado por equipe básica constituída de:

a) um engenheiro supervisor;
b) um encarregado;
c) um operador;
d) um soldador (Pode ser empregado para mais de um equipamento);
e) um ajudante.

Atribuições:

Engenheiro supervisor: participante efetivo da equipe e por ela responsável,


que supervisiona, orienta, fiscaliza e controla os procedimentos executivos, com
visitas regulares à obra e realiza a devida anotação no Boletim de controle de
execução e/ou RDO e medidas técnicas observadas.

Encarregado: responsável pela implantação geral da obra, bem como, orientar


seus subordinados quanto aos procedimentos executivos, programar junto ao
Engenheiro a execução (sequência executiva) de acordo com as características da
obra e necessidade do contratante, transmitir instruções aos subordinados
quanto à segurança do trabalho durante a execução dos serviços.

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 32 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

Operador de bate-estacas: chefe da equipe que maneja o equipamento


quando da sua montagem e desmontagem, do deslocamento horizontal,
içamento das estacas, seu correto posicionamento e produção dos golpes do
martelo.

Soldador: responsável pela solda dos segmentos de estaca.

Ajudante: auxilia na montagem, na desmontagem, no deslocamento horizontal


do equipamento, no içamento e posicionamento das estacas (quando as estacas
projetadas em determinada obra, no momento do seu manuseio, tiverem peso
superior a 15kN, o número de ajudantes deve ser, no mínimo, de três, quando
ocorre a subida do operário na torre), atua como frentista de máquina, na
verificação da inclinação dos elementos ao longo da cravação.

REQUISITOS DO ELEMENTO ESTRUTURAL DA ESTACA

Material constitutivo, dimensionamento e processo de produção :

As estacas pré-moldadas podem ser de concreto armado ou protendido, vibrado


ou centrifugado, concretadas em formas horizontais ou verticais. Devem ser
executadas com concreto adequado e submetidas à cura necessária para que
possuam resistência compatível com os esforços decorrentes do transporte,
manuseio e da instalação bem como resistência a eventuais solos agressivos,
atendendo à ABNT NBR 16258, ABNT NBR 6118 e ABNT NBR 9062.

Programa da qualidade:

O fabricante de estacas pré-moldadas de concreto deve manter um programa da


qualidade assegurada que permita a produção de elementos pré-moldados que
satisfaçam às especificações:

a) de resistência dos materiais de concreto e aço;


b) da forma e das dimensões dentro das tolerâncias, especialmente da
ortogonalidade da seção transversal dos anéis de emenda em relação ao eixo da
estaca;
c) referentes aos critérios para aceitação ou rejeição;
d) das curvas de interação de flexão composta do elemento estrutural.

Marcação:

Em cada estaca deve constar uma identificação da data de sua moldagem.

Dados para projeto e cálculo do elemento estrutural :

Os esforços resistentes devem ser calculados conforme ABNT NBR 16258 e ABNT
NBR 6122, que prescrevem entre outros:

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 33 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

a) levar sempre em conta os esforços de tração que podem decorrer da cravação


da própria estaca ou de estacas vizinhas;

b) dimensionar, não só para suportar os esforços nelas atuantes como elemento


estrutural de fundação, como também aqueles que decorram do seu manuseio,
transporte, levantamento ou içamento e cravação;

c) para a fixação da carga estrutural admissível, deve-se adotar coeficiente de


minoração da resistência característica do concreto Y = 1,3.

PROCEDIMENTO EXECUTIVO, ATIVIDADES E RESPONSABILIDADES

Verificações preliminares do local:

Atividades Responsável
a) Planejamento inicial e visita técnica para reconhecimento da
obra, identificação, análise crítica do projeto executivo
b) Tomar ciência da situação das construções vizinhas, notificando
os riscos aparentes e analisando as possíveis consequências que
os trabalhos possam ocasionar às mesmas.
c) Contratar Seguros de Responsabilidade Civil nas modalidades:
Contra Terceiros e Cruzada junto ao contratante, profissional e
empregador. Exigir do contratante a contratação de Seguro de Engenheiro
Riscos de Engenharia contemplando todas as atividades do
empreendimento.
d) Providenciar acesso para veículos pesados e possibilitar sua
locomoção no canteiro
e) Dispor de pontos de energia ao longo do canteiro distanciados
de no máximo 30,00 m.
f) Dispor de ponto de água
g) Instalar Infraestrutura da obra compatível com as exigências da
NR 18
h) Garantir que a topografia do terreno possibilite a
movimentação dos equipamentos, observando:
-Declividade máxima dos patamares de trabalho de 10%
em relação à horizontal;
-Tipo de solo sobre o qual deve apoiar-se o equipamento
de cravação, e possibilidade de escorregamento, mesmo em razão
desta sobrecarga, especialmente em regiões próximas a taludes
ou contenções preexistentes
i) Dispor de espaço adequado e estrategicamente designado para
a estocagem dos materiais, levando-se em conta a movimentação Encarregado
do bate-estacas e seu posicionamento para içamento dos
elementos a serem cravados
j) Garantir nos trabalhos próximos à rede de energia elétrica:
-Distância mínima (d min) de 3,00 m da linha energizada,
de qualuqer ponto do equipamento de cravação ou da estaca,
considerando-se especialmente, a obediência a tal regra na

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 34 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

operação de manuseio da estaca no momento do seu içamento e


encaixe na torre;
-Caso d min < 12,00 m, o comprimento máximo do
segmento de estaca a ser içado deverá ser de 6,00 m
k) Garantir a inexistência de interferências ou obstáculos à
cravação das estacas, como alicerces, restos de demolições,
elementos enterrados e afins, os quais devem ser retirados
anteriormente
l) Exigir a execução da locação da obra com gabaritos de marcação
constituídos de sarrafos de madeira com medidas mínimas de
2,50 cm x 10 cm (1" x 4"), convenientemente fixados ao solo, com
centro no piquete topográfico, e com folga máxima global de 1,50
cm em relação às dimensões externas da estaca ou somente dos
referidos piquetes, enterrados.

Montagem do bate-estacas:

Atividades Responsável
a) Escolher e justificar equipamento Engenheiro/Supervisor
b) Deslocar o bate-estacas até o local da cravação Equipe
c) Posicionar o bate-estacas no piquete indicador do centro Ajudante
da estaca a cravar e aprumar a torre

NOTA: A cravação pode ser feita por percussão, prensagem ou vibração;

Descarga e manuseio dos elementos de estacas na obra :

Atividades Responsável
a) Descarregar por meio de guincho ou de corda. Equipe
b) Manusear elementos pré-moldados na obra.

Içamento:

Atividades Responsável
a) İçar a estaca por meio do cabo auxiliar e trazê-la para junto da
torre, colocando-a na posição vertical. Em seguida, o pé da estaca Equipe
é assentado sobre o piquete da estaca a ser cravada.
b) Colocar o coxim de madeira. Ajudante
c) Acoplar conjunto martelo - capacete levantando-o acima do
topo da estaca e descendo até que o capacete se encaixe na Equipe
cabeça da estaca.
d) Encaixar a estaca no capacete. Ajudante

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 35 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

Instalação

Atividades Responsável
a) Assentar o pé da estaca sobre o piquete. Ajudante
b) Iniciar a cravação. Operador
c) Acompanhar a operação Ajudante
d) Preencher boletim de previsão de negas e repiques. Engenheiro
Supervisor
e) Preencher boletim de controle da cravação de cada estaca. Operador
f) Posicionar outro elemento de estaca. Ajudante

NOTA: A cravação de estacas através de terrenos resistentes à sua penetração


pode ser auxiliada com jato d'água ou ar (processo denominado "lançagem") ou
através de perfurações. Estas perfurações podem ter suas paredes suportadas ou
não, e o suporte pode ser um revestimento recuperado ou a ser perdido, ou com
utilização de lama estabilizante. Este emprego deve ser devidamente levado em
consideração na avaliação da capacidade de carga das estacas e, também, na
análise do resultado da cravação.

NOTA: Quando previstos ou observados esforços significativos de tração


decorrentes da cravação, o processo deve ser ajustado de modo a minimizar tais
esforços para não colocar em risco a estaca;

Suplemento das estacas

No caso em que a cota de arrasamento esteja abaixo da cota do plano de cravação


pode-se utilizar um componente suplementar denominado prolonga ou
suplemento, desligado da estaca propriamente dita.

Tal dispositivo pode ser fabricado de aço ou concreto, devendo permitir o bom
posicionamento da estaca no final da cravação e a minimização de eficiência do
sistema. Para tanto, além de estar limitado a 3,00 m, deverá obedecer às
seguintes condições:

a) para dispositivos de concreto: Momento resistente mínimo (W) da haste do


suplemento igual ao da estaca;

b) para dispositivos de aço: Momento resistente mínimo (W) da haste do


suplemento de 400 cm³;

Emendas dos elementos de estacas

As estacas pré-moldadas podem ser emendadas, desde que resistam a todas as


solicitações que nelas ocorram durante o manuseio, a cravação e a utilização da
estaca. Quando emendadas, devem ser por meio de solda.

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 36 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

Atividades Responsável
a) Posicionar o componente a ser soldado sobre a estaca já
cravada, devendo o elemento superior seguir a inclinação do
elemento inferior, buscando-se bom assentamento perimetral
dos anéis de chapas das estacas e axialidade das partes
emendadas; Ajudante

NOTA: É permitido o aproveitamento das sobras das estacas


resultantes da diferença entre a estaca efetivamente levantada e
a estaca arrasada, desde que o corte do elemento seja feito de
modo a evitar danos na ponta, quando da cravação.

b) Verificar o estado do topo do elemento inferior. Se danificado,


deve ser recomposto, retomando à cravação só após decorrido o Operador
tempo necessário à cura da recomposição.

c) Limpar os anéis com escova metálica apropriada, retirando-se


terra, óleo ou graxa que eventualmente possam existir

d) Proceder à soldagem perimetral dos anéis de emenda,


utilizando-se eletrodos de diâmetro máximo igual ao da Soldador
espessura da chapa. Os eletrodos utilizados podem ser da classe E
6010 ou E 7018 ou conforme especificação do projetista ou
fabricante

e) Cravar novos componentes quando necessários até que se


obtenha as negas e repiques previstos no boletim

f) Registrar os valores no boletim de controle de cravação de cada Operador


estaca

Avaliação do desempenho da fundação :

Atividades Responsável
a) Elaborar relatório conclusivo dos resultados das análises dos
boletins de controle de cravação, inclusive das negas e repiques.
Engenheiro
b) Elaborar relatório conclusivo dos resultados das análises dos Supervisor
boletins de controle de cravação, negas, repiques e dos ensaios de
carregamento dinâmico.

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 37 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

Preparo da cabeça das estacas:

Atividades Responsável
a) Demolir o topo da estaca danificado durante a cravação ou
acima da cota de arrasamento, utilizando ponteiros ou martelos
leves, trabalhando com pequena inclinação, para cima, em relação
à horizontal, conforme indica a figura 1.

b) Demolir uma parte suficiente da estaca de forma a expor um


comprimento de traspasse da armadura para, em seguida,
recompô-la até a cota de arrasamento naquelas situações nas
quais o topo está situado abaixo da cota de arrasamento, como Normalmente
também nas situações em que o topo resultou abaixo da cota de executado por
arrasamento prevista. terceiros

c) Prolongar a armadura da estaca dentro deste trecho e utilizar,


na sua recomposição, concreto que apresente resistência não
inferior à do concreto original da estaca

d) Deixar um comprimento de armadura suficiente para penetrar


no bloco a fim de transmitir os esforços

NOTA1: Para estacas cuja seção de concreto é inferior a 380 cm o preparo da


cabeça somente pode ser feito com ponteiro. Naquelas com até 900 cm² pode ser
utilizado martelete leve (Potência ≤ 1000 W) e nas acima de 900 cm² pode ser
utilizado martelete de maior potência, com cuidado para que não seja danificada
a parte da estaca abaixo da cota de arrasamento. O acerto final, últimos 15 cm,
deverá sempre ser efetuado com o uso de ponteiros ou ferramenta de corte
apropriada.

NOTA2: Naquelas estacas cujas armaduras não têm função resistente após a
cravação, não há necessidade de sua penetração no bloco de coroamento, não
significando que necessariamente devam ser cortados os ferros das estacas que
penetram no bloco.

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 38 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

FIGURA 1 – Preparo da cabeça das estacas

AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO DAS FUNDAÇÕES

O desempenho da fundação com estacas pré-moldadas de concreto é


considerado satisfatório quando a execução atende e garante as capacidades de
carga especificadas no projeto, atende às tolerâncias executivas e aos
coeficientes de segurança mínimos, preconizados pela ABNT NBR 6122.

A avaliação é feita a partir da análise dos documentos complementares, a saber:

a) boletim de previsão de negas e repiques;


b) boletim de controle de cravação de cada estaca com respectivos registros de
negas e repiques obtidos;
c) eventuais relatórios de provas de carga estática e/ou ensaios de carregamento
dinâmico;
d) procedimentos do anexo C.

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 39 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

ANEXO A
Perfis esquemáticos do Bate-Estacas ou Máquina de Cravação de
Estacas

Figura A.1 – Esquema do bate-estacas sobre rolos

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 40 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 41 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

ANEXO B (Normativo)
Medição da nega e repique

ANEXO C (Normativo)

Procedimento para a avaliação do desempenho das fundações profundas em


estacas pré-moldadas de concreto

C.1 Objetivo

Este anexo estabelece o procedimento para avaliação do desempenho das


fundações profundas em estacas pré-moldadas de concreto.

C.2 Requisitos

C.2.1 Excentricidades

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 42 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

No caso de estacas isoladas ou alinhadas, quando a excentricidade exceder


o limite de 10% da menor dimensão da estaca, deve ser feita uma verificação
estrutural devido à nova solicitação de flexão composta.

Caso o dimensionamento da estaca seja insuficiente para esta nova solicitação,


deve-se corrigir a excentricidade total mediante recurso estrutural.

No caso de conjunto de estacas não alinhadas, quando a excentricidade conduzir a


um acréscimo de carga superior a 15% da carga admissível da estaca, deve-se
proceder à correção mediante recurso estrutural ou o acréscimo de estacas.

O mesmo procedimento deve ser adotado no caso de conjunto de estacas


alinhadas, quando a excentricidade, na direção do plano das estacas, conduzir a
um acréscimo de carga superior a 15% da carga admissível da estaca

C.2.2 Desaprumos

Os desvios maiores que 1:100 requerem detalhe especial e verificação estrutural.

No caso de grupo de estacas, a verificação deve ser feita para o conjunto levando-
se em conta a contenção do solo e as ligações estruturais.

C.2.3 Quebras de estacas

As estacas quebradas devem ser substituídas de tal modo que a nova disposição
das estacas atenda às verificações do item de “Emendas dos elementos de
estacas”.

C.3 Avaliação da capacidade de carga da fundação

A capacidade de carga da fundação é avaliada através dos registros das negas e


dos repiques de cada estaca e/ou da realização de ensaios de carregamento
dinâmico, utilizando instrumentação fundamentada na teoria da "Equação da
Onda" conforme a ABNT NBR 13208.

Os registros de negas e repiques para cada estaca, bem como os resultados dos
ensaios de carregamento dinâmico estimam e medem o valor da carga mobilizada
de cada estaca e o deslocamento máximo correspondentes à energia máxima
fornecida pelo impacto do martelo.

A obtenção da carga mobilizada de cada estaca permite a determinação da


capacidade de carga na ruptura da mesma.

C.3.1 Carga admissível

a) Nas obras onde não é obrigatória a verificação da capacidade de carga na


ruptura, conforme ABNT NBR 6122, pode-se adotar como carga admissível aquela
ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00
Página 43 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

equivalente à obtida a partir de tensão média, máxima, de 7,0 MPa atuante na


seção efetiva da ponta da estaca. A capacidade de carga de estacas, sem
comprovação da carga durante a execução, deve atender ao fator de segurança
mínimo de 2,0. A capacidade de carga na ruptura, estimada por meio de negas e
repiques, deve ser maior ou igual a duas vezes a carga admissível do projeto.

b) Nas obras onde é obrigatória a verificação da capacidade de carga na ruptura,


por meio de prova de carga estática ou ensaios de carregamento dinâmico, a
carga admissível máxima é aquela calculada como peça estrutural de concreto
armado ou protendido, restringindo-se à 40 MPa a resistência característica do
concreto. A capacidade de carga de estacas, comprovada durante a execução,
deve atender ao fator de segurança mínimo de 1,6 sobre o menor valor de ruptura
obtido. A capacidade de carga média na ruptura estimada e medida por meio de
prova de carga, ensaios de carregamento dinâmico e negas/repiques deve ser
maior ou igual a 2 vezes a carga admissível de projeto.

C.3.2 Carga característica

Nos estaqueamentos com verificação da capacidade de carga na ruptura, a


carga característica é obtida pela medição da carga de ruptura, por meio de
provas de carga estática ou ensaios de carregamento dinâmico, numa quantidade
de amostras

não menor do que 1 % ou 5 %, respectivamente, de estacas de comportamento


semelhante na obra, determinando-se estatisticamente a carga cuja
probabilidade de ocorrência de valor menor seja igual a 5 %.

Considera-se que esta carga é satisfatória quando o seu valor medido é maior ou
igual ao valor especificado em projeto.

C.3.3 Carga admissível a partir do recalque admissível

Quando a verificação da capacidade de carga é feita a partir da carga admissível


para atender ao recalque admissível, deve-se adotar como admissível o valor da
carga que corresponde a 1/1,5 daquela que produz o recalque admissível de
projeto, medido no topo da estaca, a partir do repique ou ensaio de carregamento
dinâmico.

Considera-se que esta carga é satisfatória quando o seu valor medido é maior ou
igual ao valor acima determinado.

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 44 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

ANEXO D (Informativo)
Listagem sintética

Documentos

➢ Relatórios de sondagens;
➢ Levantamento planialtimétrico do terreno da obra e dos vizinhos, na região
das divisas;
➢ Projeto executivo de fundações;
➢ Projeto estrutural com cargas nas fundações e nas cortinas de contenção;
➢ Boletim de previsão de negas e repiques;
➢ Boletim de controle de cravação de cada estaca;
➢ Relatório Diário de Obras (RDO).

Equipamentos

➢ Bate-estacas ou máquina de cravação de estacas, podendo ser de


acionamento mecânico de queda livre, acionamento a diesel, acionamento
hidráulico equipado com martelo hidráulico de impacto ou acionamento
hidráulico equipado com martelo hidráulico vibratório;
➢ Máquina de solda;
➢ Capacete;
➢ Coxins;
➢ Cepos;
➢ Suplementos;
➢ Caixa de ferramentas.

Equipe

➢ 1 engenheiro supervisor;
➢ 1 encarregado;
➢ 1 operador;
➢ 1 soldador;
➢ 1 ajudante.

Materiais

➢ Estacas pré-moldadas de concreto

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 45 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

3.3 Estacas Escavadas Mecanicamente

Documentos complementares:

Os documentos mencionados abaixo devem estar disponíveis na obra:

a) projeto de fundação especificando:

• diâmetros das estacas;


• cargas na fundação;
• profundidades estimadas das estacas;
• cotas de arrasamento das estacas;
• desenho da armação das estacas (quando armadas).

b) desenho e relatório de sondagens do subsolo;

c) locação das estacas segundo os eixos da obra;

d) boletim de controle diário da execução das estacas.

NOTA: Ao final ou durante a execução das estacas, devem ser fornecidos, ao


contratante, os boletins de controle da execução;

e) Relatório Diário de Obra (RDO).

DEFINIÇÕES

Estacas escavadas mecanicamente: elementos de fundação, caracterizados


pela perfuração através de trados helicoidais curtos ou longos até a cota
desejada, com posterior lançamento de concreto. São empregadas onde o perfil
do subsolo possui características que permitam que a perfuração se mantenha
estável, sem a necessidade de utilização de revestimento. A profundidade da
estaca é limitada pelo nível de água no solo (normal ou rebaixado).

Torque: valor máximo do momento torsor disponível na mesa rotativa.

Arranque: valor máximo da força que o equipamento dispõe para a extração do


trado.

Boletim de controle de execução: documento que deve ser


preenchido diariamente para todas as estacas, contendo no mínimo, os seguintes
dados da obra e da execução:

a) identificação da obra e data;


b) identificação da estaca;
ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00
Página 46 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

c) diâmetro da estaca e carga de trabalho;


d) cota do terreno local;
e) profundidade perfurada;
f) cota de arrasamento da estaca;
g) alteração de locação;
h) característica da armação da estaca;
i) comprimento da armação;
j) características da perfuratriz;
k) horário de início e fim da escavação;
l) horário de início e fim da concretagem;
m) consumo de concreto;
n) observações adicionais referentes às informações relevantes durante
a execução do serviço;
o) nome e assinatura do executor e, dependendo de acordo contratual, o
ciente do projetista;
p) nome e assinatura do contratante.

Relatório Diário de Obra (RDO): documento emitido pelo executor e


entregue ao contratante segundo acordo entre as partes.

EQUIPAMENTOS, ACESSÓRIOS E FERRAMENTAS

a) máquina perfuratriz com acionamentos mecânicos/elétricos ou hidráulicos;


b) guincho principal e auxiliar;
c) plataforma móvel;
d) unidade de força;
e) torre;
f) hastes de perfuração;
g) trados;
h) betoneira;
i) funil;
j) caixa de ferramentas.

Descrição e características:

Máquina perfuratriz mecânica/elétrica

Devem ter as seguintes características:

a) cabeçote de perfuração (mesa rotativa) com torque entre de 2 kNm a 5 kNm;


b) guincho com força de extração entre 20 KN a 50 KN;
c) plataforma móvel;
d) potência do motor de no mínimo 10 CV (7,4 kW).

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 47 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

Observações:

a) Haste de perfuração (telescópica) com aproximadamente 6,70 m de


comprimento;
b) Capacidade de perfuração de estacas com diâmetro de até 50 cm e profundidade
de até 12,00 m;
c) Torre com alturas variáveis de 6,00 a 9,00 m;
d) Trado longo com aproximadamente 6,50 m de comprimento.

Máquina perfuratriz hidráulica

Devem ter as seguintes características:

a) mesa rotativa com torque entre 7 kNm a 30 kNm;


b) guincho principal com força de extração de 30 kNm a 100 kNm;
c) plataforma móvel, podendo ser:

c.1) com mesa fixa, sobre pneus;

c.2) com mesa de giro ou rotativa, sobre caminhão, com plataforma


giratória montada sobre chassi;

c.3) com mesa de giro ou rotativa, sobre esteiras, com plataforma giratória
montada sobre escavadeira.

d) unidade de força (a diesel) com potência mínima de 50 CV (37 kW).

Observações:

1) Haste de perfuração (telescópica) composta de 2 a 5 elementos;

2) Capacidade de perfuração de estacas com diâmetro de até 1,50 m


e profundidade de até 30,00 m;

3) Torre com alturas variáveis de 6,00 a 15,00 m.

Guincho principal: conjunto mecânico acionado por motor elétrico


ou hidráulico que tem a função de proporcionar a liberação do trado na fase de
perfuração (descida) e a função de extrair o trado do solo na operação de subida
com a consequente retirada do solo escavado que se encontra envolvido nas
hélices do trado.

Guincho auxiliar: conjunto mecânico acionado por motor elétrico ou hidráulico


com a função de promover a elevação de pequenas cargas (normalmente
menores que 10 KN), eventualmente necessárias durante o processo de execução
da estaca.

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 48 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

Plataforma móvel: onde é montado o conjunto da máquina perfuratriz, e


podendo ser móvel sobre rodas ou esteiras. Pode possuir o recurso de giro e/ou
avanço recuo para facilitar o posicionamento no eixo da estaca.

Mesa de giro: constituída de um moto redutor principal, acionado por motores


elétricos ou hidráulicos.

Torre: estrutura metálica com alturas variáveis.

Haste de perfuração: componente da perfuratriz que pode ter uma


das seguintes características:

a) contínua e formada por uma única peça;


b) formada por várias peças que vão sendo acopladas entre si durante a execução
da estaca;
c) telescópica, podendo ter um ou mais elementos telescópicos.

Trado: componente do equipamento que corta e transporta o solo de forma


simultânea. Pode ser curto ou longo. No caso de trado curto, trata-se de uma
ferramenta que é acoplada à haste de perfuração. No caso de trado longo, a
haste e a chapa desenvolvida em forma de hélice em torno dessa haste, formam o
trado.
Betoneira: capacidade em função das necessidades da obra (Admite-se o
fornecimento de concreto por central dosadora interna ou externa à obra. A
dosagem do concreto pode ser feita por volume. Não é permitida a mistura
manual do concreto).

Funil: utilizado para o lançamento do concreto na estaca. Deve ter seu


comprimento igual a 5 vezes o seu diâmetro interno, sendo este comprimento no
mínimo de 1,50 m.

Caixa de ferramentas: ferramentas utilizadas para auxiliar a execução de


fundação por estacas escavadas mecanicamente, devendo ser composta por:

a) jogos de chaves combinadas;


b) picaretas;
c) enxadas;
d) pás;
e) prumo;
f) nível de bolha longo;
g) trena;
h) alicates (universal, de bico e de pressão);
i) marretas (2 kg e 5 kg).

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 49 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

Periodicidade das verificações dos equipamentos :

Os equipamentos utilizados para execução da escavação deverão conter laudo


técnico e plano de manutenção assinados por engenheiro mecânico, com validade
de 1 (um) ano, além do livro de inspeção, onde deverá conter:

➢ Relatório de manutenções corretivas;


➢ Relatório de manutenções preventivas;
➢ Indicação de itens que devem ser inspecionados e periodicidade de
inspeção;
➢ Indicação de itens que devem ser lubrificados e periodicidade de
lubrificação.

Deve-se realizar check list do equipamento ou grupo a fim de garantir a


manutenção preventiva, realizando inspeção visual, onde o encarregado ou
operador deverá fazer as verificações dispostas no livro de inspeção ou fichas de
controle de manutenção, anotando as datas das atividades de acordo com a
periodicidade.

EQUIPE

Formação quantitativa:

O equipamento para a execução de estaca escavada mecanicamente deve


ser operado por equipe constituída, no mínimo, de:
a) um engenheiro supervisor (Participante efetivo da equipe e por ela
responsável, que supervisiona, orienta, fiscaliza e controla os procedimentos
executivos, com visitas regulares à obra e realiza a devida anotação no boletim
e/ou RDO e medidas técnicas observadas);

b) um operador;
c) um ajudante ou auxiliar.

Atribuições:

Aspectos técnicos

a) Saber ler e interpretar a planta de locação das estacas;


b) Saber caracterizar fisicamente cada estaca no local da obra (Geralmente,
quando existem estacas de diversos diâmetros na obra, deve-se utilizar piquetes
de diversas cores, sendo uma cor para cada diâmetro de estaca);
c) Conhecer a programação de execução da obra;
d) Conhecer os diâmetros e as profundidades das estacas;
e) Conhecer o preposto do contratante no local da obra;
f) Conhecer as condições de segurança da obra.

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 50 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

Aspectos de Operação

a) Conhecer as características e a capacidade de seu equipamento;


b) Saber verificar a verticalidade da estaca e ter a capacidade de corrigi-la
quando a perfuração estiver fora de prumo;
c) Evitar a queda de solo em estaca já escavada;
d) Conhecer os equipamentos de proteção individual obrigatórios e utilizá-
los corretamente;
e) Conhecer os riscos inerentes à função.

PROCEDIMENTO EXECUTIVO, ATIVIDADES E RESPONSABILIDADES

Perfuração, armação e concretagem

Atividades Responsável
a) Manobrar o equipamento até uma posição mais próxima possível
do piquete (Para cada estaca deve existir o piquete
correspondente) que marca o centro da estaca a ser perfurada
Operador
b) Colocar o trilho guia da torre no prumo de sorte a garantir a
verticalidade da escavação

NOTA: A cada 5,00 m de profundidade, o prumo da torre deve ser


conferido com o objetivo de minimizar excentricidades devidas a
eventuais movimentações do sistema de patolamento do
equipamento

c) Posicionar a ponta do trado no centro do piquete; Operador e


Ajudante
d) Executar a perfuração com velocidades de rotação e de
translação do trado de acordo com a capacidade do equipamento; Operador
e) Retirar constantemente, com uma enxada ou pá, o solo escavado
que se deposita em volta da escavação; Ajudante
f) Após a perfuração, colocar a armação centrada na perfuração e
presa à superfície de acordo com a cota de arrasamento da estaca,
anotando-se no boletim de controle de execução o comprimento
efetivo da estaca;
g) Concretar a estaca, sempre que possível, após a perfuração,
utilizando um funil que tenha comprimento mínimo de 1,50 m. A
concretagem deve atingir uma cota acima da cota de arrasamento
da estaca, evitando as juntas de concretagem e de maneira que,
posteriormente, a cabeça da estaca possa ser preparada até sua
cota de arrasamento.

NOTA1: Caso as estacas não sejam concretadas imediatamente


após a perfuração, o contratante deve realizar a proteção das Contratante
estacas perfuradas, ou conforme acordado entre as partes através
de contrato de prestação de serviços. Como orientação técnica,
recomenda-se a utilização de tampas de material resistente,
ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00
Página 51 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

utilizando em casos extremos (períodos de chuva) o uso de


argamassa (areia e cimento) para lacrar as tampas, evitando a
entrada de solo, água, lama e outros.

NOTA2: A armação é de responsabilidade do contratante, devendo


ser conferida pelo seu mestre ou engenheiro, exceto se constar de
forma diferente no contrato de prestação de serviços.

Preparo da cabeça da estaca

O procedimento de preparo da cabeça das estacas deve constar no projeto


de fundações.

Boletim de controle de execução dos serviços

Deve ser preenchido diariamente, devendo constar as informações do “Boletim de


controle de execução dos serviços”, conforme modelo do anexo C.
ESPECIFICAÇÕES DOS MATERIAIS

As medidas de segurança do trabalho têm como finalidade o levantamento de


situações de riscos inerentes às atividades dos trabalhadores nos serviços de
Estacas Escavadas Mecanicamente.

Tabela 2 – Especificação dos materiais


Material Especificação

CA 50 e CA 25, conforme diâmetros


Aço constantes do projeto ou de acordo com o
anexo B.

Para o C25, abatimento entre 100 mm e


160 mm S 100, diametro de agregado de
9,5 mm a 25 mm e teor de exsudação
inferior a 4%; para o C40, abatimento
entre 100 mm e 160 mm S 100, diâmetro
de agregado de 9,5 mm a 25 mm e teor de
Concreto exsudação inferior a 4%.

Recomendações para a dosagem destes


concretos:
para o C25, consumo mínimo de cimento
de 280 kg/m³ e fator a/c < 0,6;
para o C40, consumo mínimo de cimento
de 360 kg/m³ e fator a/c ≤ 0,45.

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 52 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

ANEXO A
Máquina Perfuratriz Mecânica/Elétrica ou Hidráulica – Perfis
Esquemáticos

Figura A.1 – Perfuratriz sobre pneus com trado curto e hastes


telescópicas

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 53 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

Figura A.2 – Perfuratriz sobre caminhão com acionamentos

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 54 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

Figura A.3 – Perfuratriz hidráulica sobre esteiras com acionamentos


hidráulicos e que utiliza trado curto e hastes telescópicas

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 55 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

Figura A.4 – Perfuratriz hidráulica sobre esteiras com acionamentos


hidráulicos e que utiliza trado curto e hastes telescópicas

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 56 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

ANEXO B (Informativo)
Requisitos para a armação das estacas

B.1

As estacas escavadas mecanicamente, quando solicitadas apenas a esforços


axiais de compressão e tensão média de no máximo 5,0 MPa, podem ser
executadas em concreto não armado, devendo ter pelo menos uma armadura de
ligação com o bloco de fundação. Essa armadura longitudinal deve ter um
comprimento mínimo de 2,0 m, já incluído o trecho de ligação com o bloco. Para
essa condição de tensão média de compressão menor ou igual a 5,0 MPa, a norma
brasileira ABNT NBR 6122 especifica a porcentagem de armadura mínima de
0,4%.

B.2

Estacas escavadas mecanicamente solicitadas à flexão composta ou a


compressão com tensão superior a 5,0 MPa ou ainda a esforços de tração, devem
ser dotadas de armadura dimensionada de acordo com a ABNT NBR 6118
obedecendo-se a porcentagem mínima da armadura de 0,4% Em qualquer um
dos dois casos acima, os desenhos de detalhamento das armaduras devem ser
entregues pelo consultor de fundações.

B.3

Nos casos de terrenos com aterros superficiais, as estacas escavadas devem ser
armadas pelo menos na zona do aterro, conforme projeto do consultor de
fundações.

B.4

Cabe ao executante do estaqueamento verificar e aprovar as condições de


concretagem das estacas em face do tipo de armação solicitada, principalmente
quanto aos cobrimentos, estribos, tipos e diâmetros dos aços empregados (Este
item deve ficar sob a responsabilidade do contratante, desde que conste no
contrato de prestação de serviços).

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 57 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

ANEXO C (Normativo)
Modelo de Boletim de Controle de Execução

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 58 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

ANEXO D (Informativo)
Listagem sintética

Documentos:

➢ Projeto executivo de fundação;


➢ Relatório de sondagens;
➢ Boletins de controle da execução;
➢ Relatório Diário de Obra (RDO).

Equipamentos, acessórios e ferramentas :

➢ Máquina perfuratriz com acionamentos mecânicos/elétricos ou


hidráulicos;
➢ Guincho principal e auxiliar;
➢ Plataforma móvel;
➢ Unidade de força;
➢ Torre;
➢ Hastes de perfuração;
➢ Trados;
➢ Betoneira;
➢ Funil;
➢ Caixa de ferramentas.

Equipe:

➢ 1 engenheiro supervisor;
➢ 1 operador;
➢ 1 ajudante ou auxiliar.

Materiais:

➢ Aço;
➢ Concreto.

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 59 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

3.4 Estacas Franki

Documentos complementares

Os documentos mencionados abaixo devem estar disponíveis na obra:

a) desenho das sondagens;


b) planta de locação das estacas;
c) tabela das profundidades, por estaca (projetado x como construído);
d) projeto de armação das estacas;
e) diagrama de cravação;
f) boletim de controle da execução (Durante a cravação das estacas, devem ser
fornecidos, ao contratante, os boletins de controle da execução);
g) Relatório Diário de Obra (RDO).

DEFINIÇÕES

Para os fins deste documento aplicam-se as seguintes definições:


(A figura A.2 do anexo A indica as várias partes que compõem uma estaca Franki)

Estaca Franki: elementos de fundação profunda, são estacas caracterizadas


por terem uma base alargada, fuste apiloado, moldadas in loco com auxílio de
um revestimento não perdido de aço.

Bucha: massa constituída de brita 3 ou 2, necessária para promover a cravação


do tubo e a estanqueidade na base do tubo de aço.

Diagrama de cravação: documento que deve registrar o número de golpes


necessários à penetração de cada 0,50 m do tubo, para uma altura de queda do
pilão de 6,00 m. Deve ser feito para a primeira estaca e, no mínimo, a cada dez
estacas.

Boletim de controle da execução: documento que deve ser preenchido para


todas as estacas, assinado pelo responsável pelo controle e pela aprovação,
registrando-se no mínimo (ver modelo no anexo C) os seguintes dados de
execução:

a) data;
b) no da estaca;
c) diâmetro da estaca;
d) cotas de cravação e arrasamento;
e) identificação do equipamento utilizado;
f) comprimento cravado;

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 60 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

g) comprimento concretado;
h) comprimento não concretado;
i) nega para 10 golpes caindo de altura 1,00 m;
j) nega para 1 golpe caindo de altura 5,00 m;
k) volume da base;
l) características da armação (comprimento, quantidade de ferros e diâmetro);
m) encurtamento da armação;
n) quantidade do traço a ser empregado;
o) controle de prumo;
p) nome e assinatura do executor e, dependendo de acordo contratual, o ciente
do projetista da fundação;
q) nome e assinatura do contratante;
r) informações relevantes.

EQUIPAMENTOS, ACESSÓRIOS E FERRAMENTAS

Descrição e características

Equipamentos:

a) Bate-estacas para execução de estaca Franki

➢ Torre metálica, com altura mínima compatível com a profundidade


prevista da estaca: 13,70 m a 28,00 m;
➢ Motor com potência mínima de 150 HP;
➢ Guincho do bate-estacas, provido de, no mínimo, quatro tambores com
capacidades determinadas em função do diâmetro e comprimento das
estacas, conforme indicado na tabela 1:

Tabela 1 - Capacidade dos tambores


Toneladas Dimensão das estacas
Ø 600 mm e comprimento previsto de tubo cravado de
4,4 e 8 até 12,00 m

Ø 600 mm e comprimento previsto de tubo cravado


5,5 e 10 acima de 12,00 m

b) Implemento vibratório ou vibrador hidráulico: utilizado somente


quando a estaca Franki for do tipo vibrada, é um equipamento dotado de
excêntricos, acoplado ao tubo de cravação após a introdução do concreto
plástico. Tem como finalidade permitir a extração do tubo de revestimento por
meio de vibração emitida pelos excêntricos. O implemento vibratório poderá ser
substituído por equipamento adequado que permita a extração do tubo por meio

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 61 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

de martelo de queda-livre. Neste caso, a extração do tubo é feita pelo cabo de


reversão do equipamento.

c) Retificador de Solda: deve ser fabricado em estrutura de aço dotada de


retificador ou inversor de corrente, produzindo corrente elétrica contínua mínima
de 375 A e ser alimentada por motor elétrico, preferencialmente trifásico ou por
motor de combustão, com potência mínima de 25 KVA (40 HP). Deve ter
dispositivo para seu aterramento.

d) Bobcat: para transporte do concreto.

e) Betoneira: com capacidade mínima de 580 litros, autocarregável.


NOTA: Admite-se o fornecimento de concreto por centrais dosadoras internas ou
externas à obra. A dosagem do concreto pode ser feita por volume.

f) Caçamba de concretagem: deve ter a capacidade conforme indicada


na tabela 2.

Tabela 2-Capacidades das caçambas


Ø do tubo (mm) Capacidade (L) Tolerância (%)
350 75
400 90
450 90 ± 5%
520 120
600 150
700 250

Acessórios e descrição:

a) Pilão: utensílio cuja finalidade é permitir a cravação do tubo, a abertura da


base e o apiloamento do concreto do fuste. Compreende o destorcedor, a cabeça,
o corpo e a ponta, conforme indicado na figura A.1 do anexo A. A sua ponta não
pode ser afilada, pois pode furar a bucha e prejudicar o adensamento do concreto
da base e do fuste. Quando ocorrer afilamento excessivo da ponta, deve-se
interromper o emprego do pilão e preencher a ponta conforme sua forma
padrão.

Deve-se conferir as características dimensionais, geométricas e pesos conforme


figura A. 1 do anexo A, quando do início dos serviços.

b) Tubo Franki: revestimento metálico de grande resistência, contínuo e


estanque, cujo diâmetro externo define o diâmetro nominal da estaca a
ser executada.

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 62 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

Seu comprimento deve ser adequado ao comprimento previsto da estaca a


ser executada, admitindo-se a colocação de um tubo de prolongamento com no
máximo, 25% do comprimento do tubo de cravação.
Por exemplo: Torre metálica do bate-estaca prevista para permitir a colocação
de um tubo de cravação de 15,00 m

Tubo de aumento a ser permitido: 25% x 15,00 m = 3,75 m, assim, o comprimento


máximo da estaca a ser executada com este equipamento será:
15,00 m +3,75 m = 18,75 m

c) Cabo de controle da armação: a figura A.4 do anexo A indica


esquematicamente sua fixação e o controle da detecção da oscilação da armação.
Este cabo deve ser preso à armadura da estaca.

Periodicidade das verificações dos equipamentos :

O equipamento de bate-estacas deverá conter laudo técnico e plano de


manutenção assinados por engenheiro mecânico, com validade de 1 (um) ano,
além do livro de inspeção do equipamento, onde deverá constar:

➢ Relatório de manutenções corretivas;


➢ Relatório de manutenções preventivas;
➢ Indicação de itens que devem ser inspecionados e periodicidade de
inspeção;
➢ Indicação de itens que devem ser lubrificados e periodicidade de
lubrificação.

Deve-se realizar check list do equipamento a fim de garantir a manutenção


preventiva, realizando inspeção visual, onde o encarregado ou operador deverá
fazer as verificações dispostas no Livro de Inspeção, anotando as datas das
atividades de acordo com a periodicidade.

EQUIPES
Formação quantitativa:

A equipe mínima para execução de estacas Franki deve ser composta por:

a) um engenheiro supervisor;
b) um encarregado;
c) um operador de bate-estacas (Essa função pode ser denominada também de
maquinista);
d) um operador de Bobcat;
e) um soldador;
f) um piloneiro,
g) um auxiliar de piloneiro;
h) um operador de betoneira;
i) três ajudantes ou auxiliares.
ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00
Página 63 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

PROCEDIMENTO EXECUTIVO, ATIVIDADES E RESPONSABILIDADES

Execução da estaca:

Montagem

Atividades Responsável
a) Montar o bate-estaca Equipe
b) Posicionar o tubo e o pilão Piloneiro/ Operador de
bate-estacas
c) Efetuar uma marca no cabo do pilão, conforme figura A.5
do anexo A, sendo que esta marca deve ser refeita sempre
que o cabo for cortado ou houver modificação no Piloneiro
comprimento do tubo de cravação

Cravação do tubo

Atividades Responsável
a) Deslocar o bate-estaca até o local de execução. As
manobras para deslocamentos devem ser precedidas de
verificação de liberação das zonas de risco, tais como: a
frente da máquina, zona de passagem dos rolos de apoio do Equipe
equipamento e outros.
b) Preencher o boletim de controle de execução
(ver modelo no anexo C) Piloneiro / Operador
c) Aprumar a torre no início de cada estaca de bate-estacas
d) Posicionar e colocar o tubo verticalmente no prumo
e) Verificação e liberação Engenheiro supervisor
f) Executar a bucha com brita n° 2 (utilizar brita n° 3 para Piloneiro
estacas com 0 > 450mm)
g) Cravar o tubo, observando-se eventual levantamento da
estaca vizinha e a nega de cravação do tubo que indica a
proximidade da cota de apoio da estaca
h) Medir o índice de cravação da estaca da forma seguinte: Encarregado
- 10 golpes com pilão caindo de altura de 1,00m;
- 1 golpe com pilão caindo de altura de 5,00 m.
i) Preencher obrigatoriamente o diagrama de cravação para a
primeira estaca da obra e a cada 10 estaca

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 64 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

Execução da base:

Atividades Responsável
a) Levantar ligeiramente o tubo e mantê-lo imóvel pelos Operador de bate-
cabos do moitão da máquina estacas
b) Expulsar a bucha por meio de golpes do pilão com, no
máximo, 4,00 m de altura e, simultaneamente, sacando o
tubo, cuidando para manter no tubo uma certa quantidade de
de bucha a fim de garantir a estanqueidade do tubo
c) Introduzir aos poucos concreto na base do tubo e, sem
levantar o tubo, apiloar o concreto a fim de formar a base da
estaca
d) Para que a estaca seja considerada de base alargada,
introduzir os últimos 150 L de concreto de base com uma Piloneiro / Operador
energia mínima de: de bate-estacas
- 250 tm para estacas com o menor ou igual a 450 mm;
- 500 tm para estacas com o maior que 450 mm até o 600
mm;
- Para estacas de o 700 mm, introduzir os últimos 250 L
com uma energia mínima de 900 tm

Preparação e colocação da armadura:

Atividades Responsável
a) Preparar a armação das estacas conforme projeto Soldador
b) Após a fixação do cabo de controle à armação, descer a Piloneiro
mesma dentro do tubo e apoiá-la sobre a base
c) Ancorar a armação na base lançando e apiloando mais Piloneiro /
concreto de base, e medir o encurtamento da armação Encarregado

Concretagem do fuste:

Atividades Responsável
a) Levantar o pilão para estacas de O s 400 mm acima do topo
da armadura para estacas de 0 ≥ 450 mm deixar o pilão 0,50
m dentro da armadura
b) Lançar o volume de uma caçamba de concreto de fuste no
interior do tubo, levantando o pilão para lançar o volume de
concreto, evitando assim o anel de concreto na cabeça da
armadura
c) Levantar o tubo até que seu topo fique próximo e abaixo da
marca do cabo. Dependendo do solo deixa-se 0,30 m abaixo
da marca do cabo de pilão
d) Apiloar o concreto recém-lançado com 3 golpes de pilão
com altura de queda de 1,00 m
e) cuidar para que sempre fique uma pequena quantidade de
concreto no interior do tubo (rolha), para garantir a
conformidade do fuste da estaca. Recompor a rolha sempre

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 65 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

que se detectar a perda da mesma, desde que não tenha


havido entrada de material do subsolo (seccionamento do
fuste)
A estaca terá de ser recravada sempre que houver
encurtamento acima da norma ou acontecer seccionamento
da mesma por água ou argila
f) Controlar em toda operação qualquer eventual movimento
da armação por meio do cabo de controle. Todo eventual
movimento brusco do contrapeso (ver figura A.4 do anexo A)
indica falhas na execução da estaca, devido à excessiva
deformação da armação
Se houver deformação excessiva da armação, comunicar o
fato ao responsável, de nível imediatamente superior para as
providências necessárias (inclusive eventual recravação)
9) Concluída a estaca registrar o encurtamento da armação
h) A concretagem do fuste deve ser executada no mínimo 30
cm acima da cota de arrasamento

Preparação e colocação da armação

Atividades Responsável
a) Preparar a armação das estacas conforme projeto Soldador
b) Após a fixação do cabo de controle à armação, descer a
mesma dentro do tubo e apoiá-la sobre a base Piloneiro

c) Ancorar a armação na base lançando e apiloando mais Piloneiro /


concreto de base, e medir o encurtamento da armação Encarregado

Concretagem do fuste vibrado:

O anexo D contém o procedimento para este processo de concretagem e


seus controles.

Preparo da cabeça da estaca:

(O procedimento de preparo da cabeça das estacas deve constar no projeto de


fundações).

Atividades Responsável
a) Retirar o excesso de concreto em relação à cota de
arrasamento da estaca;
b) Trabalhar com um ponteiro ligeiramente inclinado em
relação à horizontal; Contratante

Obs: Em estacas de maior seção admite-se o uso de martelete


do tipo leve.
ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00
Página 66 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

Boletim de controle de execução dos serviços :

Deve ser preenchido diariamente, devendo constar necessariamente as seguintes


informações constantes do “Boletim de controle da execução” (modelo no anexo
C).

ESPECIFICAÇÃO DOS MATERIAIS

Os materiais devem ser exigidos do fornecedor com Certificado de


Conformidade.

Caso estes certificados não sejam fornecidos pelo fabricante ou inexistam, devem
ser efetuados ensaios, atendendo às especificações de norma ou
conforme especificado em projeto.

Tabela 4- Especificação dos materiais


Material Especificação
Cimento CP II (E, Z, F) - Portland - Composto - Classe 32
Aço CA 50 e CA 25 conforme diâmetros constantes do projeto
Areia Granulometria média, lavada
Brita n° 2, n° 1 e n° 3
Fck > 20 Mpa / Seco / Consumo de cimento: 350 kg/m³
Concreto Vibrado

NOTA: O traço do concreto adotado para este tipo de estaca não é adequado aos
procedimentos estabelecidos nas normas ABNT NBR 5738 - Concreto -
Procedimento para moldagem e cura de corpos de prova, ABNT NBR 5739 -
Concreto - Ensaio de compressão de corpos de prova cilíndricos e ABNT NBR
16889 - Concreto - Determinação da consistência pelo abatimento do tronco de
cone.

ANEXO A (Normativo)
Figuras esquemáticas – Características do pilão, esquema estaca Franki,
armação padrão, cabo de controle da armação, marca no cabo do pilão,
ancoragem da armação.

TABELA A.1 – Relação diâmetros x Massa mínima

Diâmetros (mm) Massa mínima (kg)


Tubo Pilão Pilão
300 180 1000
350 220 1700
400 250 2000
450 280 2300
520 310 2600
600 380 3000
700 450 4000
ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00
Página 67 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

Figura A.1 - Características do pilão

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 68 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

Figura A.2 – Esquema estaca Franki

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 69 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

Tabela A.2 – Armação padrão


(Ver detalhes figura A.3)

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 70 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

Figura A.3 – Armação Padrão

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 71 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

Figura A.4 – Cabo de controle da armação

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 72 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

Figura A.5 – Marca no cabo do pilão

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 73 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

Figura A.6 – Ancoragem da armação

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 74 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

ANEXO B (Informativo)
Características do concreto

B.1 Objetivo

Este anexo especifica as características do concreto a ser empregado na execução


das estacas Franki.

Observação: Para concreto vibrado ver anexo D.

B.2 Materiais

Os materiais devem obedecer às seguintes normas: ABNT NBR 7211 e ABNT NBR
12655

B.3 Concreto da estaca

De acordo com a ABNT NBR 6122 para concretagem da estaca deve ser utilizado
concreto com fator água/cimento da ordem de 0,36 com o seguinte traço básico:

a) 1 saco de 50 kg de cimento CP IIE classe 32;


b) 90 litros de areia média lavada;
c) 66 litros de brita nº 1;
d) 50 litros de brita n° 2.

O consumo de cimento por m³ de concreto não deve ser inferior a 350 kg.

B.4 Concreto da base

Para concretagem da base deve ser utilizado concreto com fator água/cimento

da ordem de 0,18 com o seguinte traço básico:

Para Estacas com Ø ≤ 450mm:

a) 1 saco de 50 kg de cimento CP IIE classe 32;


b) 90 litros de areia média lavada;
c) 116 litros de brita n° 2.

Para Estacas com Ø > 450mm:

a) 1 saco de 50 kg de cimento CP IIE classe 32;


b) 90 litros de areia média lavada;
c) 116 litros de brita nº 3.

O consumo de cimento por m³ de concreto não deve ser inferior a 350 kg.

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 75 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

B.5 Resistência do concreto

Recomenda-se a adoção da sistemática de efetuar controles da resistência do


concreto preparado para a base e o fuste por meio de ruptura de corpos de prova
coletados a cada 30m³, sendo o controle executado na primeira estaca e,
no mínimo, a cada cinco das demais estacas, devendo ser ensaiado nas idades de 7
(sete) e 28 (vinte e oito) dias, de acordo com o seguinte procedimento:

B.6 Moldagem de corpo de prova compactado de concreto

B.6.1 Aparelhagem

A aparelhagem é a seguinte:

a) Molde com as seguintes dimensões:

- Diâmetro de Ø 15 cm;

- Altura h = 30 cm.

b) Soquete do Proctor modificado: Peso 50 N (5 kgf);

- Diâmetro de 5 cm.

B.6.2 Preparação dos corpos de prova

Deve-se obedecer a seguinte sequência:

a) com a colher de pedreiro coloca-se um pouco de argamassa (somente


argamassa) no fundo da forma, apiloando-se levemente com o soquete;

b) preenche-se a forma em cinco camadas aproximadamente iguais;

c) cada camada deve ser compactada com 50 (cinquenta) pancadas aplicadas com
o soquete do proctor modificado com altura de queda igual a 45 cm;

d) deixa-se na última camada, ± 3 mm da forma vazio, após o adensamento;

e) cobre-se a forma com uma tampa;

f) após este período prepara-se uma pasta de cimento na proporção de


1:0,5 (cimento: água);

g) escova-se a superfície do concreto com escova de aço;

h) coloca-se a pasta de cimento e comprime-se bem;

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 76 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

i) passa-se a régua metálica para nivelar a superfície, podendo salpicar cimento e


dar acabamento fino com auxílio de um vidro grosso e liso;

j) após 24 horas, transportar para o laboratório, desformar, identificar e


programar o rompimento para 28 (vinte e oito) dias.

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 77 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

ANEXO C (Normativo)
Modelo de boletim de controle e execução

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 78 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

ANEXO D (normativo)
Concreto de fuste vibrado

D.1 Após a completa ancoragem da armação inicia-se a concretagem do fuste,


por meio do lançamento do concreto plástico, através da caçamba de concreto.

D.2 O vibrador hidráulico é acoplado ao tubo sendo que a vibração é acionada


simultaneamente à extração do tubo.

D.3 Este procedimento é realizado até aproximadamente 30 cm acima da cota de


arrasamento da estaca. Uma coluna de concreto deve permanecer no interior do
tubo durante todo o processo, de modo a assegurar sua estanqueidade.

D.4 O controle tecnológico do concreto deve ser realizado de acordo com


os procedimentos constantes da ABNT NBR 12655.

D.5 Para a concretagem do fuste vibrado devem ser realizados três controles:

D.5.1 Encurtamento da armação que controla a deformação da armadura no


interior do tubo.
Não devem ser aceitas estacas cujo encurtamento da armadura seja superior a
1% do seu comprimento. Durante a ancoragem das armaduras os
encurtamentos são normais e desprezíveis.

D.5.2 Controle que indica a altura de segurança, ou seja, a altura da coluna de


concreto no interior do tubo, a fim de assegurar a estanqueidade do tubo.

D.5.3 Cota de arrasamento que determina a cota em que se encontra a coluna de


concreto no interior do tubo, possibilitando a interrupção da concretagem na
cota solicitada.

ANEXO E (Informativo)
Listagem sintética

Documentos

➢ Desenho das sondagens;


➢ Planta de locação das estacas; Tabela das profundidades, por estaca
(projetado x como construído),
➢ Projeto de armação das estacas;
➢ Diagrama de cravação;
➢ Boletim de controle da execução;
➢ Relatório Diário de Obra (RDO).

Equipamentos

➢ Bate-estacas;
ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00
Página 79 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

➢ Implemento vibratório ou vibrador hidráulico;


➢ Retificador de solda;
➢ Bobcat;
➢ Betoneira;
➢ Caçamba de concretagem;
➢ Pilão;
➢ Tubo Franki;
➢ Cabo de controle da armação.

Equipes

➢ 1 engenheiro supervisor;
➢ 1 encarregado;
➢ 1 operador de bate-estacas;
➢ 1 operador de Bobcat;
➢ 1 soldador;
➢ 1 piloneiro;
➢ 1 auxiliar de piloneiro;
➢ 1 operador de betoneira;
➢ 3 ajudantes ou auxiliares.

Materiais

➢ Cimento;
➢ Aço;
➢ Agregados;

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 80 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

3.5 Estacas Raiz

Documentos complementares :

Os seguintes documentos devem estar disponíveis na obra:

a) relatório de sondagens do local;


b) planta de locação com cotas de arrasamento, detalhes da armação e carga
prevista para a estaca;
c) tabela das estacas com numeração, bloco, diâmetro, comprimento previsto,
cota de apoio da ponta e cota de arrasamento;
d) relação dos encargos de responsabilidade do contratante (exemplo, locação,
licença, seguro e outros);
e) relação dos fornecimentos de responsabilidade do contratante (exemplo:
materiais, tais como cimento, areia, armação montada e outros);
f) boletim de controle de execução individual da estaca, conforme modelo do
anexo D;
g) Relatório Diário de Obra (RDO).

DEFINIÇÕES

Para os fins deste documento aplicam-se as seguintes definições

Estaca raiz em solo: é uma estaca armada e concretada com argamassa de


cimento e areia, moldada in loco executada através de perfuração rotativa ou
rotopercussiva, revestida integralmente por meio de tubo metálico
(revestimento).

Estaca raiz em solo com SPT >40 e solo de alteração: é uma estaca
armada e concretada com argamassa de cimento e areia, moldada in loco
executada através de perfuração rotativa ou rotopercussiva, revestida
integralmente por meio de tubo metálico (revestimento). Quando não for
possível o avanço do revestimento, deverá ser considerada a diminuição da seção
das estacas (com seus efeitos avaliados pelo projetista) e será utilizado pré-furo
feito com tricone e/ou martelo pneumático

Estaca raiz em passagem de rocha/mat acão: é uma estaca armada e


concretada com argamassa de cimento e areia, moldada in loco executada
através de perfuração rotativa ou rotopercussiva, revestida integralmente no
trecho em solo, por meio de tubo metálico (revestimento). No trecho de
passagem em rocha/matacão, é executada com utilização de martelo
pneumático, a partir da perfuração interna ao tubo de revestimento, com isso
tendo a continuação da perfuração nas camadas inferiores sendo feita com

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 81 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

revestimento de diâmetro imediatamente inferior (com seus efeitos avaliados


pelo projetista).

Estaca raiz em solo e rocha: é uma estaca armada e concretada com


argamassa de cimento e areia, moldada in loco executada através de perfuração
rotativa ou rotopercussiva, revestida integralmente no trecho em solo, por meio
de tubo metálico (revestimento). No trecho em rocha, no embutimento no topo
rochoso, é executada com utilização de martelo pneumático, a partir da
perfuração interna ao tubo de revestimento, tendo como consequência a redução
do diâmetro neste trecho.

Diâmetros nominais: simples número que serve como designação para projeto
de fundação e corresponde ao diâmetro final do fuste da estaca perfurada em
solo.

A tabela 1 indica a correspondência entre os diâmetros nominais e os diâmetros


externos dos tubos de revestimento.

Tabela 1- Correspondências
Diâmetro mm 160 200 250 310 400 450 500
nominal da
estaca
Diâmetro mínimo mm 141 168 220 273 355 406 457
externo do tubo
de revestimento

Diâmetro interno mm 122 146 194 242 317 363 409


ponteira (aço
carbono
Schedule 80)
Diâmetro do bits mm 114 140 184 235 310 355 394
para perfuração
em rocha
Diâmetro mm 80 100 140 190 270 310 370
máximo do
estribo

NOTA: Atualmente, em função das necessidades de mercado, estão sendo


utilizadas estacas com diâmetros nominais.
Fluido lubrificante: mistura de água com elemento polimérico, lama de argila
e/ou outros materiais sintéticos, desde que sejam biodegradáveis, podendo
também estabilizar a perfuração, caso necessário, até a introdução dos
elementos de tração. É vetado o uso de lama bentonitica.

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 82 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

Fluido de perfuração: elemento utilizado para conduzir os resíduos da


perfuração para fora do furo, podendo ser água acrescido ou não de fluido
lubrificante, lama ou ar comprimido.

Boletim de controle de execução: documento a ser preenchido diariamente,


(ver modelo no anexo D), contendo no mínimo, para todas as estacas raiz, os
seguintes dados de execução:

a) dados gerais, tais como, nome da obra, local, contratante, número da estaca e
do bloco a que pertence;
b) dados referentes à perfuração tais como, início e término da execução,
diâmetro do revestimento, eventual inclinação da estaca e profundidade
perfurada;
c) classificação simplificada das camadas encontradas durante a perfuração
(divisão mínima em solo, rocha e outros);
d) características da estaca, tais como: diâmetro nominal, comprimento
executado e carga prevista;
e) características da armação, tais como: número de barras, diâmetro e número
de emendas, no caso da armação longitudinal, e diâmetro e espaçamento, no caso
do estribo helicoidal;
f) dados referentes à injeção, tais como: data, consumo de cimento e areia
utilizados no preenchimento da estaca raiz;
g) outras observações necessárias, tais como: perda de água quando da
perfuração, justificativa da decisão da alteração do processo executivo e outras
ocorrências não usuais;
h) nome e assinatura do executor e, dependendo de acordo contratual, o ciente
do projetista da fundação;
i) nome e assinatura do contratante.

Relatório Diário de Obra (RDO): documento emitido pelo executor e


entregue ao contratante, segundo acordo entre as partes.

EQUIPAMENTOS, ACESSÓRIOS E FERRAMENTAS

Distinguem-se duas situações, em função do tipo de solo para a definição dos


equipamentos e acessórios necessários para a execução das estacas raiz, a saber:

a) estacas em solos;

b) estacas em solos com SPT >40 e solo de alteração, estacas em passagem de


rocha/matacão e estacas em solos e rochas

Equipamentos e acessórios para estacas em solo :

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 83 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

Equipamentos e descrição:

a) Perfuratrizes: rotativas hidráulicas, mecânicas ou a ar comprimido,


montadas sobre estruturas metálicas, dotadas ou não de esteiras para
deslocamento, acionadas por motor a explosão (diesel) ou elétrico ou, ainda,
através de compressor pneumático. Devem ainda, ter capacidade para revestir
integralmente todo o trecho em solo utilizando-se do tubo de revestimento;

b) Conjunto misturador de argamassa: acionado por motor elétrico ou a


explosão;

c) Bomba de injeção de argamassa: acionada por motor elétrico ou a


explosão;

d) Bomba d'água ou de líquido: aplicável nos casos em que o fluido de


perfuração cu lubrificante é líquido, é acionada por motor elétrico ou a explosão,
capaz de promover a limpeza dos detritos da perfuração do interior do tubo
de revestimento;

e) Conjunto extrator: eventualmente utilizado, é dotado de macaco e


conjunto de acionamento hidráulico, com capacidade para extrair integralmente
o tubo de revestimento do furo quando totalmente preenchido com argamassa;

f) Reservatórios: para acumulação de água, com capacidade para perfuração


contínua de pelo menos uma estaca

Acessórios e descrição:

a) Tubos de revestimento: Conjunto de tubos de aço, consistindo de


segmentos com roscas paralelas, podendo ter comprimentos variados, sendo
resistentes aos esforços provenientes da sua introdução no terreno, por rotação,
pela perfuratriz,

b) Sapata de perfuração: ferramenta de corte normalmente utilizada em


perfuração em solo;

c) Cabeça de revestimento: ferramenta posicionada na parte superior dos


tubos de revestimento, dotada de entrada de água e/ou ar;

d) Mangotes de água: acessórios providos de conexões para ligação do tanque


de água à bomba d'água,

e) Mangotes de injeção: acessórios providos de conexões para ligação do


misturador de argamassa à bomba de argamassa;

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 84 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

f) Composição de lavagem e injeção: Conjunto de tubos de PVC ou


galvanizados, unidos por conexões, utilizados para lavagem interna da
composição de tubos de revestimento e, também, para o preenchimento com a
argamassa em sentido ascendente.

No caso de haver a necessidade de pré-perfuração do solo para facilitar a


introdução do tubo de revestimento ou limpeza do interior do mesmo (execução
de estacas em solos muito duros ou excessivamente plásticos), há a necessidade
também de se prever:

g) Tricone: Ferramenta de corte acoplada à composição de hastes de


perfuração;

h) Haste para tricone: Compatível com o diâmetro da estaca.

Equipamentos e acessórios para estacas em solo com SPT >40 e solo


de alteração, estacas em passagem de rocha/matacão e estacas em
solo e rocha

Equipamentos:

a) Os mesmos listados em “Equipamentos e Descrição” (de a até f);

b) Martelos:

b.1) Martelo de superfície: utensilio utilizado para perfuração de rochas. E


acionado por ar comprimido ou sistema hidráulico imprimindo às hastes de
perfuração, internamente ao tubo de revestimento, movimento rotopercussivo.

Na extremidade inferior das hastes de perfuração, acopla-se um bit de vídia


(Nome comercial: Widia) ou tungstênio;

b.2) Martelo de fundo tipo DTH (down the hole): utensilio utilizado para
perfuração de rochas. É acionado por ar comprimido e introduzido pelo interior do
tubo de revestimento, acoplado às hastes de perfuração até o contato com a
rocha (sã ou matacão). A perfuração é conseguida através de movimentos
rotopercussivos. O martelo de fundo possui, ainda, em sua extremidade inferior,
um bit com pastilhas (botões) de vídia' ou tungstênio;

c) Compressor de ar: compatível com a necessidade de operação dos martelos

e diâmetro de perfuração das estacas

Acessórios:

a) Os mesmos listados em “Acessórios e Descrição” (de a até f)

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 85 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

b) Bits: ferramenta de perfuração rotopercussiva de rochas com tipos


específicos e diferenciados, com utilização de martelos de fundo ou martelos de
superfície no diâmetro especificado para a estaca. Possui pastilhas (botões) de
vidia ou tungstênio;

c) Lubrificador de linha de ar comprimido para martelo;

d) Hastes para perfuração com martelo de superficie ou de fundo.

Periodicidade das verificações dos equipamentos:

A perfuratriz deverá conter laudo técnico e plano de manutenção assinados por


engenheiro mecânico, com validade de 1 (um) ano, além do livro de inspeção do
equipamento, onde deverá constar:

➢ Relatório de manutenções corretivas,

➢ Relatório de manutenções preventivas:

➢ Indicação de itens que devem ser inspecionados e periodicidade de


inspeção;

➢ Indicação de itens que devem ser lubrificados e periodicidade de


lubrificação,

Deve-se realizar check list do equipamento ou grupo a fim de garantir a


manutenção preventiva, realizando inspeção visual, onde o encarregado ou
operador deverá fazer as verificações dispostas no livro de inspeção ou fichas de
controle de manutenção, anotando as datas das atividades de acordo com a
periodicidade.

EQUIPE

Formação quantitativa:

A equipe mínima para a execução de estacas raiz deve ser composta por:

a) um engenheiro supervisor;
b) um encarregado;
c) um operador de máquina perfuratriz;
d um injetador;
e) quatro ajudantes ou auxiliares gerais.

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 86 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

Atribuições:

Engenheiro supervisor: participante efetivo da equipe e por ela responsável, o


que supervisiona, orienta, fiscaliza e controla os procedimentos executivos, com
visitas regulares à obra e realiza a devida anotação no boletim de controle de
execução e/ou RDO e medidas técnicas observadas.

Encarregado: verificar as condições de entrada e movimentação


dos equipamentos no canteiro da obra, descarga dos equipamentos, dos
utensílios e das ferramentas e instalação da central de injeção e implantação
geral da obra; verificar a programação da execução (sequência executiva) de
acordo com as características da obra e necessidades do contratante; orientar
quanto à verificação do número das estacas, verticalidade e instalação dos
equipamentos, instruir quanto à segurança durante a execução dos serviços,
orientar quanto aos procedimentos e acompanhamento da perfuração e injeção;
verificar das condições de drenagem superficial e retirada do material escavado,
de maneira a permitir o livre trânsito de equipamentos e pessoal na obra, obter,
junto ao responsável da obra, a liberação formal da(s) estaca(s) a serem
executada(s), no tocante à sua locação e cotas, conforme o desenvolvimento dos
trabalhos, manter o contato com o representante do contratante no campo
com relação às solicitações e providências de obra.

Operador de perfuratriz: movimentar o equipamento de acordo com


a sequência executiva; instalar o equipamento no furo observando a locação e
verticalidade; verificar a quantidade, diâmetros e comprimentos dos tubos de
revestimento colocados de maneira a acompanhar a profundidade perfurada e
exigida pelo projeto de fundações, detectar a mudança de camadas de solo
conforme a perfuração avança; detectar eventuais perdas d'água durante a
perfuração; elaborar o registro dos dados de perfuração para inclusão no boletim;
orientar os auxiliares de perfuração quanto à utilização do ferramental.

Injetador: preparar a argamassa de acordo com o traço, a fim de atender a


resistência especificada; orientar e verificar a armação quanto à colocação e ao
atendimento ao projeto, bombear a argamassa para o interior do tubo de
revestimento, orientar os auxiliares quanto à instalação do conjunto extrator e
acompanhamento da retirada dos tubos de revestimento; orientar para
colocação de cabeça de revestimento para aplicação de pressão na argamassa da
estaca (através de ar comprimido ou pressão da bomba).

Ajudantes: atuar na colocação e retirada dos tubos de revestimento ao longo da


perfuração da estaca; auxiliar o operador no içamento e posicionamento das
armações das estacas, auxiliar o injetador na preparação do traço da argamassa;
responsável pela limpeza dos tubos de revestimento e da obra no final do
expediente.

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 87 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

PROCEDIMENTO EXECUTIVO, ATIVIDADES E RESPONSABILIDADES

Fluxo de operações:

O fluxograma indicado no anexo A descreve os estágios a serem seguidos,


conforme as situações de solo ou solo e rocha, bem como as alternativas dos
vários procedimentos para a execução dos serviços, desde aqueles iniciais até a
estaca pronta, passando pelas fases de colocação da armadura, injeção e retirada
do tubo de revestimento.

Instalação da obra:

Atividades Responsável
a) Estudar o layout do canteiro para conferir os dados Engenheiro
e condições da obra
b) Verificar liberdade de movimento da perfuratriz de
acordo com a sequência executiva Encarregado
c) Verificar acesso aos pontos de fornecimento de
água e energia elétrica
d) Verificar acesso livre para fornecimento de Engenheiro/Encarregado
materiais junto à central de injeção
e) Verificar atendimento aos pontos mais distantes
com relação às magueiras e mangotes de água, de Encarregado
injeção de argamassa e de ar comprimido

Procedimentos iniciais:

Atividades Responsável
a) Obter com a coordenação da obra, a liberação
formal da(s) estaca(s) a ser(em) executada(s), no Engenheiro
tocante à sua locação e cotas, de acordo com o
desenvolvimento dos trabalhos
b) Posicionar a perfuratriz
c) Verificar a verticalidade e/ou ângulo de inclinação
de acordo com a característica da estaca Operador
d) Centrar o tubo de revestimento no piquete de
locação da estaca

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 88 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

Perfuração

Em solo:

Atividades Responsável
a) Realizar a perfuração do solo por meio da
perfuratriz rotativa ou rotopercussiva com a descida Operador
de tubo de revestimento
b) Medir a profundidade da perfuração, utilizando-se a
composição de tubos de injeção, introduzindo-a no Encarregado
interior do tubo de revestimento até a cota de fundo
da perfuração

Estacas em solos com SPT >40 e solo de alteração, estacas


em passagem de rocha/matacão e estacas em solos e rochas

Atividades Responsável
a) Repetir os procedimentos dos itens a) e b)
constantes no item de “Perfuração em solo” até Operador
atingir-se o matacão ou o topo rochoso
b) Utilizar ferramental adequado para penetrar em
material rochoso até a cota de fundo prevista em Encarregado / Operador
projeto

Colocação da armadura

Atividades Responsável
a) Executar a limpeza interna do tubo de revestimento,
utilizando-se para tal a composição de lavagem, Operador/ Injetador
descendo até a cota inferior da estaca

b) Descer a armadura à profundidade alcançada Encarregado/ Equipe


durante a perfuração até apoiar-se no fundo do furo

Injeção

Atividades Responsável
a) Lançar a argamassa de cimento e areia por meio da bomba
injetora, através da composição de injeção (Interromper a injeção,
apenas, quando a argamassa emergente sair limpa sem sinais de
contaminação de lama ou detritos), posicionando o tubo de injeção
de argamassa no fundo do furo Injetador
b) Proceder à injeção de baixo para cima até a expulsão de toda a
água de circulação contida no interior do tubo de revestimento
durante a perfuração
ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00
Página 89 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

Retirada do revestimento

Atividades Responsável
a) Iniciar a extração (Quando da retirada do revestimento, a
armadura não pode se deslocar verticalmente para cima) do
revestimento por ação coaxial ao eixo da estaca, complementando- Operador
se o volume da argamassa por gravidade sempre que houver
abatimento da mesma no interior do tubo
b) Preencher a estaca com argamassa até a superfície do terreno Injetador

Preparo da cabeça da estaca

Atividades Responsável
a) Remover o excesso de argamassa em relação à cota de
arrasamento da estaca, através de um ponteiro inclinado em
relação à vertical (a figura 1 mostra um exemplo de preparo da
cabeça da estaca).
Contratante
b) No caso de estacas com diâmetro maior ou igual a 40 cm
permite-se o uso de martelete do tipo leve até cerca de 15 cm
acima da cota de arrasamento, trecho este que deve ser removido
com ponteiro conforme acima descrito.

Figura 1- Preparo da cabeça da estaca


Figura 1a - Escavação até cerca de 15 cm abaixo da cota de
arrasamento

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 90 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

Figura 1b – Posições do ponteiro: boa, má e preferível

Figura 1c – Situação Normal

8. ESPECIFICAÇÃO DOS MATERIAIS

Os materiais devem ser exigidos do fornecedor com Certificado de


Conformidade.

Caso estes certificados não sejam fornecidos pelo fabricante ou inexistam, devem
ser efetuados ensaios, atendendo às especificações de norma ou conforme
especificado em projeto.

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 91 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

TABELA 3 – ESPECIFICAÇÃO DOS MATERIAIS**


Material Especificação
Aço CA-50A conforme diâmetros constantes do projeto.
Cimento CP II (E, Z, F) - Portland Composto - Classe 32
CPV-ARI-Portland-Alta resistência inicial
Areia Areia média lavada
Fck ≥ 20 MPa, devendo atender ao projeto.
Argamassa* Fator a/c: 0,50 a 0,60
Consumo minimo de cimento de 600 kg/m²
* A argamassa utilizada para a moldagem de corpos de prova deve ser coletada a partir da
mangueira de injeção de argamassa, na boca da estaca em execução. Não se recomenda a
retirada de argamassa de misturadores, nem argamassas de início de injeção da mangueira de
injeção, nem argamassas retiradas do transbordamento de injeção de uma estaca, sob pena de
se obter resultados de resistência não representativos da argamassa utilizada. Retirar 4
(quatro) corpos de prova a cada 5 (cinco) estacas, sendo ensaiados à compressão simples aos 7
e 28 dias.
Para o ensaio de resistência, o cilindro de moldagem dos corpos de prova deve ter o diâmetro de
50 mm e altura igual ao dobro do diâmetro. As medidas diametrais têm tolerância de 1% e a
altura, 2%. Os planos das bordas circulares extremas do molde devem ser perpendiculares ao
eixo longitudinal do molde.

** Armazenar em local apropriado e determinado

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 92 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

ANEXO A (NORMATIVO)
Fluxograma executivo de estaca raiz

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 93 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

ANEXO B (Normativo)
Sequência Executiva

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 94 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

ANEXO C (Normativo)
Detalhe da armação

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 95 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

ANEXO D (Normativo)
Modelo de boletim de controle de execução

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 96 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

ANEXO E (Informativo)
Listagem sintética

Documentos
➢ Relatório de sondagens do local;
➢ Planta de locação;
➢ Tabela das estacas;
➢ Relação dos encargos de responsabilidade do contratante;
➢ Relação dos fornecimentos de responsabilidade do contratante;
➢ Boletim de controle de execução individual da estaca;
➢ Relatório Diário de Obra (RDO).

Equipamentos, acessórios e ferramentas


➢ Máquina Perfuratriz;
➢ Conjunto misturador de argamassa;
➢ Bomba de injeção de argamassa;
➢ Bomba d'água ou de líquido;
➢ Conjunto extrator;
➢ Reservatórios;
➢ Tubos de revestimento;
➢ Sapata de perfuração;
➢ Cabeça de revestimento;
➢ Mangotes de água;
➢ Mangotes de injeção;
➢ Composição de lavagem e injeção;
➢ Tricone;
➢ Haste para tricone;
➢ Martelos: Martelo de superfície e/ou Martelo de fundo tipo DTH ("down the
hole");
➢ Compressor de ar;
➢ Bits;
➢ Lubrificador de linha de ar comprimido para martelo;
➢ Hastes para perfuração com martelo de superfície ou de fundo.

Equipes
➢ 1 engenheiro supervisor;
➢ 1 encarregado;
➢ 1 operador de perfuratriz;
➢ 1 injetador;
➢ 4 ajudantes ou auxiliares gerais.

Materiais
➢ Cimento;
➢ Aço;
➢ Areia.

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 97 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

3.6 Estacas Hollow Auger

Documentos complementares:

Os documentos mencionados abaixo devem estar disponíveis na obra:

a) relatório de sondagens do local;

b) planta de locação com cotas de arrasamento, detalhes da armação e carga


prevista para a estaca;

c) tabela das estacas com numeração, bloco, diâmetro, comprimento previsto,


cota de apoio da ponta e cota de arrasamento;

d) relação dos encargos de responsabilidade do cliente (exemplo: locação, licença,


seguro e outros),

e) relação dos fornecimentos de responsabilidade do cliente (exemplo materiais,


tais como; cimento, areia, armação montada e outros);

f) boletim de controle de execução da estaca, conforme modelo do anexo A;

g) Relatório Diário de Obra (RDO).

DEFINIÇÕES

Estaca Hollow Auger: trata-se de uma estaca moldada in loco,


executada através do sistema hollow auger, com o emprego de revestimentos
metálicos rosqueáveis e recuperáveis, dotados de hélice dupla nas laterais para
garantir a estabilidade dos furos, onde o primeiro segmento cravado possui
tampa articulada dotada de anel de vedação e lacre que será aberta no momento
do procedimento da injeção de argamassa. A perfuração é executada sem
vibração no terreno, por rotação e sem circulação de água, com a utilização de
perfuratriz hidráulica de dimensões reduzidas até encontrar camada com
resistência compatível com a carga prevista em projeto, de acordo com análise de
sondagem do subsolo. A concretagem da estaca é feita da forma integral, sendo
as estacas armadas e pressurizadas com pressões adequadas à capacidade de
carga do solo, retirando os segmentos do revestimento por etapas.

Diâmetros Nominais: simples número que serve como designação para projeto
de fundação e corresponde ao diâmetro externo do trado utilizado na
perfuração.

A tabela 1 indica a correspondência entre os diâmetros nominais e diâmetros


externos dos tubos de revestimento.

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 98 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

Tabela 1- Correspondências
Ø Acabado Ø Tubo (mm) Hélice
(mm) Interno Externo (mm)
250 146 168 40
310 193 219 45
410* 230 273 60
* Para esse diâmetro, a máquina perfuratriz deve possuir torque minimo de 3000 kg x m.

Boletim de controle de execução: documento a ser preenchido diariamente,


(ver modelo anexo A), contendo, no mínimo, para todas as estacas os seguintes
dados de execução:

a) dados gerais, tais como, nome da obra, local, cliente, número da estaca e do
bloco a qual pertence;

b) dados referentes à perfuração tais como, início e término da execução,


diâmetro do revestimento, profundidade perfurada,

c) características da estaca tais como diâmetro nominal, comprimento executado


e carga prevista;

d) características da armação longitudinal tais como número de barras e


diâmetro;

e) dados referentes à injeção tais como data, consumo de cimento e areia


utilizados no preenchimento da estaca hollow auger;

f) outras observações necessárias, tais como: justificativa da decisão da alteração


do processo executivo e outras ocorrências não usuais;

g) nome e assinatura do executor e, dependendo de acordo contratual, o ciente


do projetista da fundação;

h) nome e assinatura do contratante.

Relatório Diário de Obra (RDO): documento emitido pelo executor e


entregue ao contratante, segundo acordo entre as partes.

EQUIPAMENTOS, ACESSÓRIOS E FERRAMENTAS

Equipamentos e descrição

a) Perfuratriz: rotativa hidráulica, mecânica, montada sobre estrutura


metálica, dotada ou não de esteiras para deslocamento, acionada por motor à
explosão (diesel) ou elétrico; deve ter capacidade para revestir integralmente
todo o trecho em solo utilizando tubo metálico rosqueável e recuperável;

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 99 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

b) Conjunto misturador de argamassa: acionado por motor elétrico ou à


explosão;

c) Bomba de injeção de argamassa: acionada por motor elétrico ou à


explosão,

d) Bomba d'água: acionada por motor elétrico ou à explosão, para lavagem dos
tubos;

e) Conjunto gerador: utilizado no caso de não haver energia disponível no local


dos serviços;

f) Compressor: eventualmente utilizado, com pressão máxima de 9 kg/cm².

Acessórios e descrição:

a) Revestimentos metálicos: conjunto de tubos de aço, consistindo de


segmentos rosqueáveis e recuperáveis, podendo ter comprimentos variados
(entre 0,80 a 1,00 m), dotados de hélice dupla nas laterais, sendo resistentes aos
esforços provenientes da sua introdução no terreno, por rotação, pela
perfuratriz;

b) Cabeça de revestimento: com entrada para ar comprimido, para


pressurização;

c) Mangotes de injeção: acessórios providos de conexões para ligação do


misturador de argamassa à bomba de argamassa;

d) Mangotes de água: acessórios providos de conexões para ligação do tanque


de água à bomba d'água;

e) Composição de injeção: conjunto de tubos de PVC ou galvanizados, unidos


por conexões, utilizados para para o preenchimento com a argamassa em sentido
ascendente.

Periodicidade das verificações dos equipamentos:

A perfuratriz deverá conter laudo técnico e plano de manutenção assinados por


engenheiro mecânico, com validade de 1 (um) ano, além do livro de inspeção do
equipamento, onde deverá constar:

➢ Relatório de manutenções corretivas;


➢ Relatório de manutenções preventivas;
➢ Indicação de itens que devem ser inspecionados e periodicidade de
inspeção;
➢ Indicação de itens que devem ser lubrificados e periodicidade de
lubrificação.
ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00
Página 100 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

Deve-se realizar check list do equipamento ou grupo a fim de garantir a


manutenção preventiva, realizando inspeção visual, onde o encarregado ou
operador deverá fazer as verificações dispostas no livro de inspeção ou fichas de
controle de manutenção, anotando as datas das atividades de acordo com a
periodicidade.

EQUIPE

Formação quantitativa:

A equipe mínima para execução de estacas hollow auger deve ser composta por:

a) um engenheiro supervisor;
b) um encarregado;
c) um operador de máquina perfuratriz;
d) um injetador;
e) dois ajudantes ou auxiliares gerais.

Atribuições:

Engenheiro Supervisor: participante efetivo da equipe e por ela responsável,


que supervisiona, orienta, fiscaliza e controla os procedimentos executivos com
visitas regulares à obra e realiza a devida anotação no boletim e/ou RDO e medida
técnicas observadas.

Encarregado: verificar as condições de entrada e movimentação


dos equipamentos no canteiro da obra, descarga dos equipamentos, dos
utensílios e das ferramentas e instalação da central de injeção e implantação
geral da obra; verificar a programação da execução (sequência executiva) de
acordo com as características da obra e necessidades do contratante; orientar
quanto à verificação do número das estacas, verticalidade e instalação dos
equipamentos; instruir quanto à segurança durante a execução dos serviços,
orientar quanto aos procedimentos e acompanhamento da perfuração, injeção e
pressurização; obter, junto ao responsável da obra, a liberação formal da(s)
estaca(s) a serem executada(s), no tocante à sua locação e cotas, conforme o
desenvolvimento dos trabalhos; manter o contato com o representante do
contratante no campo com relação às solicitações e providências de obra.

Operador de máquina perfuratriz: movimentar o equipamento de acordo


com a sequência executiva; instalar o equipamento no furo observando a locação
e verticalidade; verificar a quantidade, diâmetros e comprimentos dos tubos de
revestimento colocados de maneira a acompanhar a profundidade perfurada e
exigida pelo projeto de fundações, detectar a mudança de camadas de solo
conforme a perfuração avança; elaborar o registro dos dados de perfuração para
inclusão no boletim, orientar os auxiliares de perfuração quanto à utilização do
ferramental.
ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00
Página 101 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

Injetador: preparar a argamassa de acordo com o traço, a fim de atender a


resistência especificada; orientar e verificar a armação, tanto quanto à colocação
quanto ao atendimento ao projeto, bombear a argamassa para o interior dos
revestimentos metálicos; orientar e acompanhar o processo de retirada dos
revestimentos metálicos.

METODOLOGIA EXECUTIVA

Instalação da obra:

Atividades Responsável
Engenheiro
a) Estudar o layout do canteiro para conferir os dados e Supervisor
condições da obra

b) Verificar liberdade de movimento da perfuratriz de acordo


com a sequência executiva

c) Verificar acesso aos pontos de fornecimento de água e energia Encarregado


elétrica

d) Verificar acesso livre para fornecimento de materiais junto à Engenheiro


central de injeção Supervisor /
Encarregado
e) Verificar atendimento aos pontos mais distantes com relação Encarregado
às mangueiras de injeção de argamassa e de ar comprimido

Procedimentos iniciais:

Perfuração:

Atividades Responsável
a) Realizar a perfuração do solo por meio da perfuratriz com a
descida de tubo de revestimento, sem a utilização de água Operador
b) Medir a profundidade da perfuração, utilizando-se a
composição de tubos de injeção, introduzindo-se no interior do Encarregado /
tubo de revestimento até a cota de fundo da perfuração Operador

Colocação da armadura:

Atividades Responsável
a) Realizar a abertura da tampa articulada Operador
b) Descer a armadura à profundidade alcançada durante a Responsável
perfuração até apoiar-se no fundo do furo

Injeção:
ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00
Página 102 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

Atividades Responsável
a) Lançar a argamassa de cimento e areia por meio da bomba
injetora, através da composição de injeção, posicionando o
tubo de injeção de argamassa no fundo do furo Injetador
b) Proceder à injeção de baixo para cima até a expulsão de
eventual impureza contida no interior do tubo de revestimento
durante a perfuração

NOTA: Interromper a injeção, apenas, quando a argamassa emergente sair limpa


sem sinais de contaminação de lama.

Retirada do revestimento:

Atividades Responsável
a) Iniciar a extração do revestimento por ação coaxial ao eixo da Operador
estaca, sem pressurização, complementando-se o volume da
argamassa por gravidade sempre que houver abatimento da
mesma no interior do tubo
b) Realizar pressurização' nos tubos pares, com pressões Injetador
adequadas ao terreno, não ultrapassando 2 kgf/cm²
c) Preencher a estaca com argamassa até a superfície do
terreno

NOTA1: Quando da retirada do revestimento, a armadura não pode se deslocar


verticalmente para cima.

NOTA2: Nos casos de terrenos muito moles ou fofos, os três últimos tubos não
devem sofrer pressurização e a sua injeção deve ser cuidadosa preenchendo com
argamassa à medida que os tubos são retirados, mantendo sempre a composição
com argamassa na superfície do terreno (boca do furo).

Preparo da cabeça da estaca:

Atividades Responsável
a) Remover o excesso de argamassa em relação à cota de
arrasamento da estaca, através de um ponteiro inclinado em
relação à vertical (a figura 1 mostra um exemplo de preparo da
cabeça da estaca). Contratante
b) No caso de estacas com diâmetro maior ou igual a 40 cm
permite-se o uso de martelete do tipo leve até cerca de 15 cm
acima da cota de arrasamento, trecho este que deve ser
removido com ponteiro conforme acima descrito.

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 103 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

Figura 1 – Preparo da cabeça da estaca


Figura 1a – Escavação até cerca de 15 cm abaixo da cota de
arrasamento

Figura 1b – Posições do ponteiro: boa, má e preferível

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 104 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

Figura 1c – Situação normal

ESPECIFICAÇÃO DOS MATERIAIS

Os materiais devem ser exigidos do fornecedor com Certificado de Conformidade.

Caso estes certificados não sejam fornecidos pelo fabricante ou inexistam, devem
ser efetuados ensaios, atendendo às especificações de norma ou
conforme especificado em projeto.

TABELA 3 – ESPECIFICAÇÃO DOS MATERIAIS**


Material Especificação
Aço CA-50A conforme diâmetros constantes do projeto.
Cimento CP II (E, Z, F) - Portland Composto - Classe 32
Areia Areia média lavada
Fck ≥ 20 MPa, devendo atender ao projeto.
Argamassa* Fator a/c: 0,50 a 0,60
Consumo mínimo de cimento de 600 kg/m²
* A argamassa utilizada para a moldagem de corpos de prova deve ser coletada a partir da mangueira
de injeção de argamassa, na boca da estaca em execução. Não se recomenda a retirada de argamassa de
misturadores, nem argamassas de início de Injeção da mangueira de injeção, nem argamassas retiradas
do transbordamento de injeção de uma estaca, sob pena de se obter resultados de resistência não
representativos da argamassa utilizada. Retirar dois corpos de prova a cada 20 estacas, sendo
ensaiados à compressão simples aos 28 dias.

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 105 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

ANEXO A (Normativo)
Modelo do boletim de controle de execução

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 106 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

ANEXO B (Informativo)
Sequência Executiva

Sequência Executiva:

1. Perfuração do solo até a profundida projetada;


2. Abertura do dispositivo do fundo da estaca;
3. Concretagem da estaca e retirada gradual dos segmentos do trado
helicoidal;
4. Colocação da armação de aço;
5. Estaca concluída;

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 107 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

ANEXO C (Normativo)
Detalhe da armação

TABELA C.1 – Armações máxima possíveis


Ø Estacas 6” / 25 cm 8” / 31 cm 10” / 41 cm
Ferro longitudinal 6 ø 16 mm 7 ø 16 mm 9 ø 16 mm
CA-50ª
Estribo espiral ø 6,3 mm ø 6,3 mm ø 6,3 mm
CA-25
Ø máximo externo 90 mm 140 mm 190 mm
do estribo

Figura C.1 – Detalhe da armação

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 108 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

ANEXO D (Informativo)
Listagem sintética

Documentos

➢ Relatório de sondagens do local;


➢ Planta de locação;
➢ Tabela das estacas;
➢ Relação dos encargos de responsabilidade do contratante;
➢ Relação dos fornecimentos de responsabilidade do contratante;
➢ Boletim de controle de execução da estaca;
➢ Relatório Diário de Obra (RDO).

Equipamentos, acessórios e ferramentas

➢ Perfuratriz;
➢ Conjunto misturador de argamassa;
➢ Bomba de injeção de argamassa;
➢ Bomba d'água;
➢ Conjunto gerador;
➢ Compressor;
➢ Revestimentos metálicos;
➢ Cabeça de revestimento;
➢ Mangotes de injeção;
➢ Mangotes de água;
➢ Composição de injeção.

Equipes

➢ 1 engenheiro supervisor;
➢ 1 encarregado;
➢ 1 operador de perfuratriz;
➢ 1 injetador;
➢ 2 ajudantes ou auxiliares gerais.

Materiais

➢ Cimento;
➢ Aço;
➢ Areia.

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 109 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

3.7 Estacas Escavadas e Barretes com uso de fluido estabilizante

Documentos complementares:

Os documentos mencionados abaixo devem estar disponíveis na obra:

a) relatório de sondagens;
b) projeto de estaqueamento indicando: diâmetros, cota de arrasamento, cota de
apoio e armadura;
c) planta da obra detalhando: locação das estacas, sequência executiva e
profundidades;
d) peso da maior gaiola a ser içada;
e) boletins de controle de execução de estacas escavadas e barretes;
f) boletins de controle de execução da concretagem;
g) projeto as built da obra após a conclusão dos serviços, indicando a
profundidade atingida, percentagem do excesso de concreto e anomalias
encontradas (Quando solicitado)
h) Relatório Diário de Obras (RDO);
i) documento ou registro no RDO, emitido pelo encarregado, informando que
inspecionou a mureta-guia e as condições de suporte do canteiro, bem como a
concordância com as mesmas;
j) documento ou registro no RDO, emitido pelo encarregado, informando que
procedeu à verificação dos equipamentos, e que estes atendem em quantidades e
qualidade às necessidades da obra.

NOTA: No final da execução dos serviços ou durante, os boletins devem ser


fornecidos ao contratante.

DEFINIÇÕES

Camisa-guia: elemento usado no início da execução das estacas escavadas de


secção circular a fim de guiar a ferramenta de escavação e manter estável o
terreno junto à superfície, também chamado de tubo guia.

Mureta-guia: paredes de concreto armado executadas unitariamente, por


barrete, as quais têm a função de manter estável a parte superior das estacas,
bem como servir de guia inicial para a ferramenta de escavação.

Estacas escavadas (Estações): estacas escavadas por perfuração rotativa da


caçamba com diâmetros que variam entre 0,70 m a 2,50 m.

Barretes: estacas de seção retangular, escavadas com clamshell.

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 110 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

Bentonita: argila da família das montmorilonitas (silicato hidratado de


alumínio) encontrada em depósitos naturais, usada para a fabricação da lama
bentonítica.

Observação:
Ver tabela A. 1 - Especificação da bentonita.

Polímero: compostos químicos orgânicos de elevada massa molecular.

Fluido estabilizante: pode ser lama bentonitica ou lama polimérica, utilizado


para sustentação das paredes de escavação.

Lama bentonítica: mistura de água com a bentonita de perfuração (padrão API


13A), em proporções adequadas ao desenvolvimento do serviço.

Observações:

1) Ver tabela 3 - Caracteristicas da lama bentonítica (item 7.5).


2) Ver equipamentos recomendáveis para tratamento da lama bentonítica em
“Reciclador” e “Floculador”.

Lama polimérica: mistura de água com baixo teor de dureza e pH neutro, com
polímeros, em proporções adequadas ao desenvolvimento dos serviços.

Observação:
Ver tabela 4 - Características da lama polimérica.

Central de lama: conjunto de equipamentos utilizado no preparo e


armazenamento da lama bentonítica ou polimérica, compreendendo o disposto
do item sobre a Central de Lama.

Desarenação: remoção de areia em suspensão na lama bentonítica.

Laboratório de campo: conjunto de aparelhos destinados a medir os


parâmetros que controlam as propriedades da lama bentonítica ou polimérica.

Observação:
Ver anexo B - Programa de ensaios para a lama bentonítica sódica e
lama polimérica

Cake: película de lama bentonítica formada nas paredes da escavação através da


penetração da lama nos seus vazios. Sua função é auxiliar, por meio da

impermeabilização do solo, a sustentação das paredes. 3.14 Overbreak: número,


expresso em porcentagem, que indica o excesso de concreto efetivamente
utilizado em relação ao volume teórico.

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 111 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

Boletim de acompanhamento da execução: documento que deve ser


preenchido, para todas as estacas, conforme modelo do anexo C, registrando, no
mínimo, os seguintes dados de controles da execução:

a) obra e local;
b) data;
c) nº da estaca, datas e horários de início e de término, tanto da escavação quanto
da concretagem;
d) dimensões;
e) cotas da mureta-guia / camisa, cota do fundo e do arrasamento;
f) cronograma dos trabalhos com indicações dos serviços, ocorrências, datas e
quantidade de horas;
g) produtividade da escavação e da concretagem por estaca;
h) nome e assinatura do executor e, dependendo de acordo contratual, o ciente
do projetista da fundação;
i) nome e assinatura do contratante;
j) informações relevantes.

Boletim de controle de subida do concreto e do ensaio de lama:


documento que deve ser preenchido, para todas as estacas, conforme modelo do
anexo D, registrando, no mínimo, os seguintes dados:

a) obra e local;
b) data do lançamento do concreto,
c) n° da estaca;
d) dimensões;
e) resultados dos ensaios da lama antes e depois da desarenação;
f) cotas da mureta-gula / camisa, cota do fundo e do arrasamento;
g) slump do concreto;
h) volumes do caminhão betoneira e seu número (n°);
i) nível do concreto antes e depois do lançamento de cada caminhão;
j) subida do concreto real comparada com a teórica;
k) subida do concreto real comparada com a teórica e comparação, em cada
trecho, do consumo real em relação ao teórico;
l) nome e assinatura do executor e, dependendo de acordo contratual, o ciente do
projetista da fundação,
m) nome e assinatura do contratante;
n) informações relevantes.

Relatório Diário de Obras (RDO): documento emitido pelo executor e


entregue ao contratante segundo acordo entre as partes.

EQUIPAMENTOS, ACESSÓRIOS E FERRAMENTAS

Descrição e características:

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 112 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

Guindaste principal: guindaste sobre esteiras com plataforma rotativa,


provido de uma lança treliça e de guinchos, com capacidade de suportar, com
folga, a ferramenta de escavação.

Equipamento Barretes Escavadas


a) Guindaste Principal; X X
b) Guindaste Auxiliar; X X
c) Central de lama; X X
d) Bombas de lama; X X
e) Tubo tremonha e funil de concretagem; X X
f) Desarenador; X X
g) Laboratório de campo; X X
h) Coletor de amostra de lama; X X
i) Cabo de medida; X X
j) Processo ou equipamento para descarte de lama Recomendável verificar
bentonítica. Nota

NOTA: Ao final de algum tempo de reuso a lama bentonítica necessita ser


descartada e, neste caso, não deve ser jogada em qualquer aterro pois, embora
seja um material inerte, ele é “impermeabilizante”, não atendendo a Classe IIB
(Resíduo Não Perigoso – Inerte) da ABNT NBR 10004. Para permitir o descarte a ser
lançado em aterros normalmente denominados Classe IIB recomenda-se fazer
um tratamento da lama bentonítica segundo processo documentado ou
equipamentos.

Barras Kelly (haste telescópica): haste de metal que suporta e dirige o


clamshell ou a caçamba.

Clamshell: ferramenta de escavação, de formato retangular, capaz de escavar


as estacas barrete, podendo estar livremente suspensas ou acoplada as barras
Kelly, sendo que o fechamento das conchas ou mandibulas pode ser por
acionamento mecânico ou hidráulico.

Observações:
1) Essa ferramenta pode ser acoplada aos guindastes convencionais de esteiras ou
aos equipamentos especialmente desenhados para operá-la;
2) A ferramenta de escavação pode ser mecânica ou hidráulica

Mesa Rotativa: perfuratriz autônoma acoplada ao guindaste principal que


possui uma haste telescópica para execução de estacas escavadas.

Caçamba: ferramenta acoplada à ponta da haste telescópica, permitindo variar


os tipos e/ou inclinações dos dentes; sobremaneira para solos de alta resistência
ou rochas, ou trechos (rock auger). Pode ter fundo duplo rotativo ou com flaps
para garantir o fechamento completo do fundo da caçamba.

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 113 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

Máquina perfuratriz (perfuratriz autónoma): equipamento usado em


substituição ao guindaste principal, dotado de cabeça de rotação, haste
telescópica e guinchos.

Guindaste auxiliar: Equipamento sobre esteiras, utilizado no manuseio das


gaiolas, na operação de concretagem, no manuseio do tubo ou tubos junta, na
movimentação das bombas ou do ferramental.

Central de lama: equipada com tanques ou silos metálicos e misturador de


alta turbulência, com capacidade para misturar, no mínimo 1 m³ de lama por
partida, com capacidade de armazenamento da lama bentonítica ou polimérica.

Misturador de lama: bomba de alta turbulência, provida de um recipiente para


misturar no mínimo, por partida, 1 m³ de lama.

Silos ou tanques de lama: recipientes metálicos para estocagem da lama


bentonítica ou polimérica.

Observações:
1) Devem possuir indicação visível da quantidade de lama em estoque.

Silos ou tanques de água: recipientes geralmente metálicos destinados a


armazenagem de água limpa para o preparo da lama bentonítica ou polimérica.

Observação: Devem possuir indicação visível da quantidade de água armazenada.

Bombas de lama: bombas de alta vazão (1 ou 2 ciclones-vazão mínima de 80 a


120 m³/h do conjunto para altura manométrica de 30 mca), do tipo submersas ou
não, apropriadas (rotor aberto) para o bombeamento de lamas densas (com alta
porcentagem de areia e sólidos com até 75 mm de diâmetro) e para limpeza do
fundo da escavação.

Tubo tremonha e funil de concretagem: tubos metálicos, de diversos


comprimentos, acoplados entre si, utilizados para concretagem submersa,
dotados em sua extremidade de um funil.

O diâmetro mínimo deve ser de 250 mm (10"), e comprimento igual ao da estaca.

Nos barretes com espessura menor do que 40 cm, pode-se utilizar tubo tremonha
com diâmetro de 190 mm (8"), desde que se utilize concreto com slump menor do
que 22 cm.

Os detalhes dos acoplamentos, entre os tubos, devem propiciar estanqueidade


perfeita.

No caso da execução de barretes com grandes dimensões (maior do que 4,0 m) é


necessário ter mais de um tubo tremonha e funil.
ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00
Página 114 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

Desarenadores: equipamentos utilizados para retirar areias em suspensão da


lama bentonítica.

Laboratório de campo: compreende, no mínimo, a aparelhagem descrita


abaixo, a qual está detalhada no anexo B:

➢ balança de lama (Calibrar, por meios expeditos, a cada nova obra após
transporte);
➢ funil Marsh e proveta graduada até 1000 cc;
➢ proveta Baroid (kit com proveta e peneira #200);
➢ medidor de pH (papel de tornassol).

Coletor de amostra de lama: dispositivo que permite retirar amostras de


lama durante a escavação em qualquer profundidade.

Cabo de medida: corrente ou cabo de aço graduado, com um peso na


extremidade, destinado a medir a profundidade da escavação ou a profundidade
da superfície superior do concreto durante a concretagem.

Reciclador: sistema ou equipamento que retira com a maior eficiência possivel a


areia presente na lama bentonitica.

Observação:
O equipamento permite que a lama bentonitica possa ser reutilizada nas obras de
fundações, pois, somente separa a areia da argila, não alterando a funcionalidade
da bentonita.

Floculador: sistema ou equipamento que tem a função de aglomerar a lama


bentonítica a fim de possibilitar seu descarte sem prejudicar o meio-ambiente,
preservando-o.

Periodicidade das verificações dos equipamentos :

O equipamento deverá conter laudo técnico e plano de manutenção assinados


por engenheiro mecânico, com validade de 1 (um) ano, além do livro de inspeção
do equipamento, onde deverá constar:

➢ Relatório de manutenções corretivas;


➢ Relatório de manutenções preventivas;
➢ Indicação de itens que devem ser inspecionados e periodicidade de
inspeção;
➢ Indicação de itens que devem ser lubrificados e periodicidade de
lubrificação.

Deve-se realizar check list diário do equipamento a fim de garantir a manutenção


preventiva, realizando inspeção visual e diária, onde o encarregado ou operador

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 115 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

deverá fazer as verificações dispostas no livro de inspeção, anotando as datas das


atividades de acordo com a periodicidade.

Verificações sistemáticas na ferramenta de escavação :

As verificações indicadas na tabela 1, devem ser feitas diariamente, quando do


início dos serviços, como também, várias vezes durante a execução:

Tabela 1 – Verificações sistemáticas na ferramenta de escavação


Componente O que verificar Como verificar
Condição: ferramenta livremente suspensa
a) Colocar um fio de prumo
no topo da guia, observar
Existência se ele passa pelo centro
das mandíbulas ou
caçamba;
Destorcedor
b) Colocar fio de prumo no
Balanceamento nas duas ponto de suspensão da
direções ferramenta; observar se
ele passa pelo centro da
ferramenta.

Conchas Alinhamento Observar se as conchas (ou


caçamba) se fecham de
forma alinhada, durante
esta operação

Condição: ferramenta acoplada à barra Kelly


Colocar um fio de prumo,
em ambas as direções, no
ponto mais alto desta
Conjunto Alinhamento em duas barra; observar se ele
direções passa pelo centro da
mandíbula ou caçamba.

Observar se as conchas (ou


Conchas Alinhamento caçamba) se fecham de
forma alinhada durante
esta operação.

EQUIPE

Formação quantitativa:

A equipe mínima para execução de estacas escavadas e barretes deve ser


composta por:

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 116 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

a) um engenheiro supervisor;
b) um encarregado;
c) um operador de guindaste principal,
d) um operador de guindaste auxiliar;
e) dois especialistas em estacas;
f) três ajudantes.

Atribuições:

Engenheiro supervisor: responder, junto com o encarregado, pelo


planejamento e implantação da obra, analisar, junto com o encarregado, as
condições da vizinhança; analisar, junto com o encarregado, o perfil de sondagens;
discutir com o encarregado as condições contratuais e as responsabilidades das
partes (contratante/ fornecedor); analisar, junto com o contratante e outros
empreiteiros, as interfaces dos serviços; estabelecer, junto com o contratante, a
sequência executiva e o cronograma da obra; reforçar a atuação do encarregado,
junto ao contratante, para o cumprimento das responsabilidades deste último;
supervisionar o andamento dos serviços; analisar os boletins de execução e
ensaios da lama; manter contato com os projetistas, contratantes e
gerenciadores.

Encarregado: responder, junto com o engenheiro supervisor, pelo planejamento


e implantação da obra, estabelecer o layout do canteiro, compreendendo:
disposição dos equipamentos / montagem da central de lama / pátio da armação
/ escritório da obra / sequência executiva das estacas / verificação e manutenção
das condições operacionais do canteiro; verificar as condições da mureta-guia /
camisa; receber e conferir os equipamentos, ferramentas e acessórios;
acompanhar, orientar e supervisionar a execução de todos os procedimentos para
a execução das estacas; transmitir instruções aos subordinados, quanto à
segurança, durante a execução dos serviços, os locais a que a equipe pode ou não
ter acesso, obstáculos visíveis no subsolo e quanto às redes elétricas; solicitar,
receber e conferir o concreto; conferir armação; registrar e relatar qualquer
anomalia ao engenheiro supervisor da obra; preencher os boletins de execução e
controle.

Operador do guindaste principal: operar o guindaste principal; responder


pela sua conservação; manter o guindaste principal limpo e lubrificado; informar
a manutenção dos serviços necessários e programar com o encarregado quando
executá-la, responder pelo livro do equipamento e sua atualização.

Operador de guindaste auxiliar: operar o guindaste auxiliar; responder pela


conservação do guindaste auxiliar; manter o guindaste auxiliar limpo e
lubrificado; informar a manutenção dos serviços necessários e programar com o
encarregado quando executá-la, responder pelo livro do equipamento e sua
atualização.

Especialista:
ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00
Página 117 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

Escavação: acompanhar a escavação das estacas; verificar o prumo da


ferramenta da escavação; orientar o operador do guindaste principal; comandar o
fluxo de lama para o interior da escavação mantendo o nível da mesma sempre
nos limites da mureta-gula / camisa; medir a profundidade da escavação sempre
que necessário; retirar amostra da lama sempre que necessário.

Instalação das armaduras: orientar o operador do guindaste auxiliar durante


o içamento e colocação das armaduras; participar das operações de fixação das
armaduras à mureta-guia / camisa e orientar os ajudantes.

Preparo da lama bentonitica ou polimérica, tratamento das


lamas antes da concretagem: orientar e participar do preparo da lama
bentonítica ou polimérica (dosagem e tempo de mistura); retirar amostra para
ensaio; realizar os ensaios da lama; participar e orientar a operação de
desarenação (conexão das bombas da lama, conexão dos desarenadores,
operação dos registros e outros).

Concretagem: participar e orientar a montagem do tubo tremonha comandar o


fluxo de concreto para o interior da estaca, medir a profundidade da superfície de
concreto durante a concretagem, participar e orientar a operação de subida da
coluna de concretagem; participar da amostragem do concreto e da
determinação do slump, responder pela limpeza do funil e tubos de concretagem
após cada concretagem.

PROCEDIMENTO EXECUTIVO, ATIVIDADES E RESPONSABILIDADES

Fases executivas:

a) colocação da camisa-guia ou execução da mureta-guia (ver figura 1a);


b) perfuração, com o simultâneo preenchimento com lama bentonítica ou lama
polimérica (ver figura 1a);
c) colocação da armação e tubo tremonha;
d) desarenação ou troca da lama bentonítica ou polimérica (ver figura 1b),
e) concretagem (ver figura 1c);
f) descarte da lama bentonítica.

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 118 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

Figura 1 - Sequência Executiva

Figura 1a - Perfuração com preenchimento simultâneo com lama


bentonítica

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 119 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

Figura 1b – Colocação da armadura após desarenação ou troca de


lama bentonítica

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 120 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

Figura 1c – Concretagem

Preparo e instalação do canteiro:

Atividades Responsável
a) Planejar e implantar a obra
b) Analisar as condições de vizinhança, verificar as Engenheiro
interferências e obstáculos no canteiro de obra supervisor /
c) Analisar o perfil de sondagens antevendo dificuldades Encarregado
d) Analisar, juntamente com o contratante ou outros empreiteiros
houver) as interfaces dos serviços
e) Receber os equipamentos e ferramentas, descarregar o
guindaste da carreta Encarregado
f) Estabelecer o layout do canteiro, dispor os equipamentos,
montar central de lama e processo de descarte
Engenheiro
g) Estabelecer a sequência executiva supervisor /
Encarregado
h) Preparo de lama (bentonítica ou polimérica) Especialista

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 121 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

Execução das mureta-guia / camisa, posicionamento do guindaste


principal e escavação da estaca:

Atividades Responsável
a) Locar as estacas e definir a sequência executiva Engenheiro
Supervisor /
Encarregado
b) Conferir a mureta-guia / camisa, verificando o alinhamento e a Encarregado e
verticalidade com fio de prumo (ver figura 2) Especialista
c) Aprumar a torre e posicionar o guindaste principal Encarregado e
Operador
d) Verificar a locação e liberar para início da escavação Contratante
e) Escavação
Estacões (com camisa-guía): Cravar no terreno a camisa metálica
até cerca de 1,50 m a 2,00m de comprimento, e diâmetro 10 cm Encarregado /
maior do que o da estaca, garantindo o contato íntimo com o solo Operador e
e, simultaneamente, proteger o topo das escavações, conforme Especialista
figura 2
Barretes (com mureta-guia): Executar a mureta-guia - de concreto
armado - ao longo de todo o perímetro da estaca, até cerca de 1,00
m de profundidade, garantindo o contato íntimo com o solo e, Contratante
simultaneamente, proteger o topo das escavações, conforme
figura 2
f) Iniciar a escavação das estacas e, simultaneamente, iniciar o Encarregado /
preenchimento com lama bentonítica ou polimérica previamente Operador e
preparada Especialista
g) À medida que a escavação prossegue deve-se cuidar do prumo Encarregado e
da ferramenta de escavação, bem como do nível da lama Especialista
bentonítica ou polimérica, sempre dentro dos limites da mureta-
guia
h) Verificar, após submersão da ferramenta, se os cabos ou barras Operador e
estão no centro da escavação Especialista
i) Proceder à primeira limpeza do fundo com a própria ferramenta
de escavação, removendo a pasta viscosa e densa i Proceder a
desarenação ou troca da lama bentonítica, determinar o teor de Especialista
areia na cava após a escavação e antes da concretagem
k) Preencher os boletins Encarregado

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 122 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

Figura 2 – Cravação da camisa-guia ou mureta-guia e escavação com


lama bentonítica

Colocação da armadura:

Atividades Responsável
a) Preparar previamente a armação (colocar roletes Armador com a
espaçadores ou esquis para garantir o cobrimento) de modo a Supervisão do
poder ser içada e manuseada por guindastes – bem como Encarregado
permitir a passagem de concreto
b) Deslocar o guindaste auxiliar e içar a armadura Operador e
Especialista
c)Colocar a armadura de forma a prever sempre passagem para
o tubo ou os tubos tremonha, conforme figura 3, cuidando
para que a armadura desça suavemente dentro da estaca e que Equipe
seu topo esteja na horizontal
d)Fixar as armaduras na mureta-guia / camisa a fim de evitar Especialista
seu deslocamento quando da concretagem

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 123 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

Figura 3 – Esquema executivo da colocação da armação

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 124 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

Concretagem submersa da estaca:

Atividades Responsável
a) Atingir a profundidade prevista em projeto Encarregado
b) Adequar a lama (bentonitica ou polimérica) aos parámetros
exigidos (y, % areia, pH). Substitui-la ou desarená-la (ver figura 4) Especialista e
através de bombas de submersão ou por meio de circulação reversa, Ajudante
ou ainda, por bombas de alta vazão
c) Montar e descer os tubos de concretagem ou tremonha Encarregado /
Especialista
d) Lançar o concreto dentro da estaca, de baixo para cima, através do
funil de concretagem e do tubo tremonha, diretamente dos
caminhões betoneiras, cuidando para que não haja interrupção da
concretagem por mais de uma hora
e) Medir a altura do concreto, dentro da estaca, junto ao tubo
tremonha e junto às extremidades. A subida do concreto dentro do
painel deve manter-se nivelada, diferenças acentuadas indicam a
necessidade de subir o tubo tremonha
f) Esta operação deve ser feita mantendo sempre a ponta do tubo Encarregado /
tremonha imersa, no concreto, no mínimo 3,0 m Equipe
g) Bombear a lama para os silos, simultaneamente, enquanto estiver
sendo expulsa durante a concretagem
h) Reaterrar desde o nível de arrasamento até a cota do terreno,
conforme figura 5

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 125 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

Figura 4 – Desarenação ou troca da lama bentonítica

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 126 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

Figura 5 - Reaterro

Recomendações para o descarte da lama bentonítica:

A fim de ser atendida a Classe IIB da ABNT NBR 10004 recomenda-se fazer um
tratamento da lama bentonítica segundo processo documentado ou
equipamento.

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 127 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

Boletins de acompanhamento da execução dos serviços, controle da


subida do concreto e ensaio da lama:

Devem ser preenchidos diariamente, devendo constar as informações constantes


de “Boletim de acompanhamento da execução” e “Boletim de controle de subida do
concreto e ensaio de lama”, conforme modelos dos anexos C e D.

Preparo da cabeça da estaca:

Atividades Responsável
a) Remover o excesso de concreto em relação à cota de
arrasamento da estaca, conforme procedimento indicado na figura
6, através de um ponteiro inclinado em relação à vertical.
Contratante
b) Permite-se o uso de martelete do tipo leve até cerca de 15 cm
acima da cota de arrasamento, trecho este que deve ser removido
com ponteiro conforme acima descrito.

Figura 6 – Preparo da cabeça da estaca

Figura 6a – Escavação até cerca de 15 cm abaixo da cota de


arrasamento

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 128 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

Figura 6b – Posições do ponteiro: boa, má e preferível

Figura 6c – Situação Normal

Posição das estacas:

Nesta fase deve ser conferida e verificada a excentricidade das estacas com o
projeto.

ESPECIFICAÇÃO DOS MATERIAIS

Os materiais devem ser exigidos do fornecedor com Certificado de


Conformidade.

Caso estes certificados não sejam fornecidos pelo fabricante ou inexistam, devem
ser efetuados ensaios, atendendo às especificações de norma ou conforme
especificado em projeto.

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 129 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

Tabela 5 – Especificação dos materiais


Material Especificação
CA 50, conforme diâmetros constantes do projeto
Aço
Para o C30 abatimento entre 220 mm e 260 mm S 220, diâmetro de
agregado de 9,5 mm a 25 mm e teor de exsudação inferior a 4% Para
o C40 abatimento entre 220 mm e 260 mm S 220, diâmetro de
agregado de 9,5 mm a 25 mm e teor de exsudação inferior a 4%.

Recomendações para dosagem destes concretos:


a) para o C30, consumo mínimo de cimento de 350 kg/m³ e fator a/c
≤ 0,6;
Concreto
b) para o C40, consumo mínimo de cimento de 350 kg/m² e fator a/c
≤ 0,45.

Bentonita Ver Anexo A


Polímero Conforme fabricante, verificar através do ensaio

NOTA: Podem ser usados aditivos plastificantes, Permitido o uso de agregados


miúdos artificiais conforme a ABNT NBR 7211. Especificar na nota fiscal a
quantidade máxima de água a ser adicionada na obra, considerando a água retida
na central, mais uma estimativa de água perdida por evaporação.

ANEXO A (Normativo)
Requisitos e características da lama bentonítica e da lama
polimérica

A.1 Objetivo

Este anexo especifica os materiais, os requisitos, as características e os métodos


de ensaio para o emprego da lama bentonítica ou lama polimérica na execução
das estacas escavadas e barretes.

A.2 Materiais

A.2.1 A bentonita a ser utilizada no preparo da lama deve atender às


especificações extraídas da ABNT NBR 6122 indicadas na tabela A.1.

Os resultados dos ensaios devem ser fornecidos pelo fornecedor da bentonita


para cada partida de bentonita ou fluido recebido pelo executor das estacas.

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 130 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

Tabela A.1 – Especificações da lama bentonítica


Resíduos na peneira nº200 ≤ 1%
Teor de umidade ≤ 15%
Limite de liquidez ≥ 440 %
Viscosidade Marsh 1500 / 1000 da ≥ 40 segundos
suspensão a 6º em água destilada
Água separa por presso-filtração de ≤ 18 cm²
450 cm² de suspensão a 6% nos
primeiros 30 minutos à pressão de
0,7 Mpa
pH da água filtrada 7 a 11
Espessura do cake no filtro-prensa ≤ 2.5 mm

A.2.2 As especificações do polímero devem ser feitas de comum acordo entre o


fornecedor do insumo e o executor da fundação, observando o tipo de solo a ser
escavado, todavia, os resultados da lama polimérica devem atender a tabela 4.

A.3 Descrição e características

A.3.1 As lamas podem ser obtidas através da mistura da bentonita de perfuração


(padrão API 13A) com água potável, em proporção variável de 25 kg/m3 a 75
kg/m3 de água ou através da mistura do polímero com água potável, em
proporção estabelecida pelo fornecedor do polímero e o executor da fundação.

Essa variação é função da viscosidade e da densidade que se pretende obter.

A.3.2 Para permitir a adequada hidratação, a lama bentonitica ou a polimérica


deve ser preparada pelo menos doze horas antes do uso.

A lama bentonítica ou a lama polimérica, possui as seguintes características


importantes

a) estabilidade, produzida pelo fato de a suspensão de bentonita ou polímero se


manter por longo período;

b) capacidade de formar nos vazios do solo, e especialmente junto à superfície


integral da escavação, uma película impermeável denominada cake; a formação
dessa película é possível desde que a pressão da lama bentonítica ou polimérica
seja maior que aquela proveniente da água subterrânea. Com isso, a estabilidade
será garantida pela aplicação da pressão da lama nessa película impermeável,

c) ter um comportamento fluido quando agitada, porém, capaz de formar um gel


quando em repouso. A esta propriedade se dá o nome de propriedade tixotrópica.

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 131 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

A.4 Cuidados nos testes

Tendo em vista que durante a escavação a lama bentonítica ou lama polimérica


são afetadas por diversos fatores, torna-se necessário que os testes
estabelecidos nas tabelas 3 e 4 sejam efetuados sempre que lamas forem
utilizadas, antes da escavação (tanque) e antes da concretagem (cava).

ANEXO B (Normativo)
Programa de ensaios para a lama bentonítica e lama polimérica

B.1 Objetivo

Este anexo estabelece um programa de ensaios para a determinação dos


requisitos necessários para a aplicação da lama bentonítica ou lama polimérica.
Estabelece as fases, locais da amostragem e tipos de ensaios.

Específica também a aparelhagem necessária e os procedimentos.

B.2 Requisitos específicos

Devem ser determinados, conforme fases da execução e locais da retirada das


amostras, os requisitos seguintes:

a) peso específico;
b) viscosidade,
c) pH;
d) teor de areia.

B.2.1 Peso específico ou densidade

B.2.1.1 Generalidades

A densidade varia com a porcentagem da bentonita ou do polímero na mistura,


porém esta variação se dá numa pequena faixa para grandes variações de
bentonita ou do polímero.

Valores baixos da densidade para a lama podem significar perda da sua


estabilidade hidrostática.

B.2.1.2 Procedimento e aparelhagem

O ensaio é feito através da mud balance do tipo Baroid*.


Deve-se:

a) encher o recipiente da balança com lama;


b) equilibrar a balança com peso móvel (nível);
c) ler, na régua graduada, o valor da densidade.
ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00
Página 132 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

Figura B.1 – Balança do tipo Baroid

B.2.2 Viscosidade

B.2.2.1 Generalidades

Lama nova, sem contaminação, possui viscosidade entre 32 segundos a 37


segundos.

B.2.2.1 Procedimento e aparelhagem

O ensaio de viscosidade é realizado utilizando o viscosímetro tipo Marsh (Cone de


Marsh).
Deve-se:

a) passar a lama por uma peneira de malha 1,5 mm;


b) medir o tempo, em segundos, necessário para o escoamento (percolação) de
946 cc de lama.

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 133 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

Figura B.2 – Viscosímetro Marsh

B.2.3 pH (Acidez)
B.2.3.1 Generalidades

O controle do pH é importante, já que sua variação poderá significar sérios


problemas durante a escavação e a concretagem.
Essa variação poderá aumentar o fenômeno de floculação, que se evidencia pelo
aparecimento de pequenos conglomerados que precipitam, separando a
bentonita da água.

Por tais motivos a faixa aceitável pela ABNT NBR 6122 está entre 7 e 11.

As lamas normalmente utilizadas apresentam pH variando de 8 a 10 (alcalinas), e


sua variação é consequência da contaminação do cimento ou de sais (regiões onde
ocorrem argilas).

B.2.3.2 Procedimento e aparelhagem

Para determinação do pH, é utilizado o papel de tornassol.


ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00
Página 134 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

O ensaio consiste na imersão na lama de um papel impregnado de fenol que, em


contato com esta reage quimicamente, variando sua coloração, que, comparada
com uma escala cromática padrão, dá a indicação do pH.

Observação:
O aumento do pH indica geralmente contaminação com o cimento do concreto
(alcalino), e por outro lado, a sua diminuição significa contaminação por argila
(ácida).

B.2.4 Teor de areia


B.2.4.1 Generalidades

Quantidades elevadas de sólidos na lama influenciam apreciavelmente a


densidade, viscosidade, "filtrado e na formação do cake, além de produzir um
maior desgaste dos equipamentos de escavação.

Na fase de escavação, a porcentagem de areia poderá atingir valores elevados de


20% a 30%, porém, a concretagem deverá ser feita com lama nova ou desarenada
dentro das características indicadas na tabela 3 e 4.

B.2.4.2 Procedimento e aparelhagem


Para determinação do teor de areia é utilizada a seguinte sistemática:

a) colocar numa proveta 100 cc de lama, completando-se com 300 cc de água;


b) agitar fortemente a mistura, despejando-a num recipiente acoplado com uma
peneira (malha de 0,075mm);
c) inverter o recipiente, depositando a areia e água na proveta;
d) esperar a sedimentação e ler na escala graduada da proveta o teor de areia
contido na mistura em volume.

B.3 Amostragem

As amostragens e locais devem estar de acordo com o indicado na tabela B.1

Tabela B.1 – Ensaios das lamas


Fase da Local da Ensaios Unidades
amostragem amostragem
Antes da escavação Tanque Peso Específico g/cm³
Viscosidade segundos
pH -----
Após a escavação Peso Específico g/cm³
Antes da Cava Viscosidade segundos
desarenação pH -----
Teor de areia %
Antes da Peso Específico g/cm³
concretagem Cava Viscosidade segundos
Após a desarenação pH ______
Teor de areia %
ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00
Página 135 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

ANEXO C (Normativo)
Modelo de boletim de acompanhamento da execução

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 136 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

Anexo D (Normativo)
Modelo de boletim de controle da subida do concreto e do ensaio da
lama

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 137 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

ANEXO E (Informativo)
Detalhe genérico da armação

Este anexo indica genericamente os detalhes da armação


O projeto ou o consultor de fundações deve definir as bitolas, comprimentos e
tipos de aço.

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 138 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

ANEXO F (Informativo)
Dimensões usuais

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 139 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

ANEXO G (Informativo)
Listagem sintética

Documentos

➢ Relatório das sondagens;


➢ Projeto do estaqueamento;
➢ Planta da obra;
➢ Boletins de controle de execução de estacas escavadas e barretes;
➢ Boletins de controle de execução da concretagem;
➢ Projeto as built da obra;
➢ Relatório Diário de Obras (RDO).

Equipamentos, acessórios e ferramentas

➢ Guindaste principal;
➢ Guindaste auxiliar;
➢ Central de lama:
- Misturador de lama;
- Silos ou tanques de lama;
- Silos ou tanques de água.
➢ Bombas de lama;
➢ Tubo tremonha e funil de concretagem;
➢ Desarenador;
➢ Laboratório de campo;
➢ Coletor de amostra de lama;
➢ Cabo de medida;
➢ Reciclador;
➢ Floculador.

Equipe

➢ 1 engenheiro supervisor;
➢ 1 encarregado;
➢ 1 operador de guindaste principal;
➢ 1 operador de guindaste auxiliar;
➢ 2 especialistas;
➢ 3 ajudantes.

Materiais

➢ Aço;
➢ Concreto;
➢ Bentonita;
➢ Polímero.

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 140 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

Laboratório de campo

➢ Densímetro mud balance do tipo Baroid;


➢ Viscosímetro do tipo Marsh;
➢ Provetas e papéis de tornassol;
➢ Balança.

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 141 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

3.8 Estacas Hélice Contínua Monitoradas

Documentos complementares:

➢ relatório de sondagens;
➢ desenho de locação das estacas;
➢ projeto executivo das fundações, contendo: locação das estacas,
características das estacas capacidade de carga das estacas como
elemento de fundação, detalhe de armação e previsão do comprimento das
estacas, bem como, os critérios de paralisação da perfuração das estacas;
➢ projeto estrutural com cargas nas fundações;
➢ projeto da armadura das estacas;
➢ boletins de controle da execução;

➢ Relatório Diário de Obras (RDO).

NOTA: Durante a execução do estaqueamento devem ser fornecidos ao


contratante, de forma rápida e constante, os boletins de controle da execução,
conforme modelo do anexo A ou resumo do mesmo onde constem número da
estaca, diâmetro, profundidade perfurada e profundidade concretada e volume
teórico de concreto.

DEFINIÇÕES

Torque: pressão hidráulica transformada em momento torsor disponível pelo


gráfico da máquina.

Arranque: valor máximo da força que o equipamento dispõe para o arrancamento


do trado contínuo preenchido de solo.

Boletim de controle da execução: documento preenchido, conforme modelo


indicado no anexo A, para todas as estacas, registrando no mínimo os seguintes
dados de execução:

a) nome da obra e local;


b) data de execução da estaca, incluindo horário de início e de conclusão;
c) nº da estaca;
d) diâmetro da estaca;
e) comprimento do trado;
f) comprimento da prolonga;
g) comprimento perfurado;
h) comprimento concretado
i) volume de concreto gasto na estaca;
j) informações relevantes;
ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00
Página 142 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

k) nome e assinatura do executor e, dependendo de acordo contratual, o ciente


do projetista da fundação;
l) nome e assinatura do contratante.
Folha de controle das estacas: documento obtido a partir do gerenciamento
de dados da execução das estacas, conforme modelo indicado no anexo B contendo
as seguintes informações:

a) velocidade de avanço do trado ao longo da perfuração;


b) velocidade de rotação do trado ao longo da perfuração;
c) pressão hidráulica aplicada ao trado, durante e ao longo da perfuração,
compatível com a tabela 1;
d) velocidade de subida do trado durante a concretagem;
e) pressão de injeção do concreto durante a concretagem;
f) volume de concreto aplicado.
Relatório Diário de Obra (RDO): documento emitido pelo executor e entregue
ao contratante segundo acordo entre as partes.

EQUIPAMENTOS, ACESSÓRIOS E FERRAMENTAS

a) máquina perfuratriz;
b) trado contínuo;
c) bomba de injeção de concreto²;
d) mangueiras de acoplagem à bomba de injeção;
e) monitoramento eletrônico por computador;
f) gerenciamento de dados da execução das estacas;
g) sensores e transdutores de pressão (de profundidade, de velocidade
de rotação, de velocidade de avanço de pressão do torque, de inclinação
de pressão do concreto, volume de concreto injetado);
da
h) centralizador do trado ou guiagem;
i) limpador do trado;
j) escavadeira ou similar;
k) prolonga.

Descrição e características:

Máquina perfuratriz

Os requisitos são:

a) torre metálica, com altura mínima compatível com a profundidade prevista da


estaca, dotada de duas guias nas extremidades, sendo que a guia inferior pode
ser substituída pelo limpador de trado;
b) motor com potência compatível com os torques indicados na tabela 1;
ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00
Página 143 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

c) mesa rotativa com torque determinado em função do diâmetro e profundidade


da estaca, conforme indicado tabela 1;
d) guincho compatível com o diâmetro e profundidade da estaca.

Tabela 1 – Capacidades mínimas da mesa rotativa e do guincho

Torque (kNm) Arranque (kN) Dimensões das estacas

Até 150 480 Ø 0,30 a ø 0,80m até 24,00 m de profundidade

De 150 a 200 600 Ø 0,30 a ø 1,00m até 27,00 m de profundidade

De 200 a 250 800 Ø 0,30 a ø 1,20m até 29,00 m de profundidade

De 250 a 300 800 Ø 0,50 a ø 1,20m até 30,00 m de profundidade

De 300 a 350 1000 Ø 0,60 a ø 1,20m até 34,00 m de profundidade

De 350 a 400 1200 Ø 0,60 a ø 1,50m até 38,00 m de profundidade

Trado contínuo:

Peça metálica constituída por uma hélice espiral desenvolvida em torno de uma
haste central vazada, estando acoplada à mesa rotativa do equipamento de
perfuração.
Deve ser retilíneo, apresentar diâmetro constante, e comprimento mínimo igual
ao da estaca, admitindo-se prolongamento único metálico liso de até 6,0 m, para
estacas com comprimento superior a 24,0 m. Abaixo de 18,0 m, o prolongamento
máximo é de 10% do comprimento da estaca.
O diâmetro interno da haste central deve ser de no mínimo 100 mm para estacas
com diâmetro máximo de 700 mm, e 125 mm para estacas com maior diâmetro.
A espessura da parede da haste central deve ser compatível com o tipo de
aço com a qual é confeccionada, devendo atender ao momento torsor indicado na
tabela 1.

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 144 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

Bomba de injeção de concreto:

Pode ser do tipo estacionária ou móvel, deve ser dotada de dois cilindros com
capacidade de bombeamento mínimo de 20 m³/h para estacas com diâmetro
máximo de 50 cm e 40 m³/h para diâmetros maiores.
Em ambos os casos, a pressão aplicada pela bomba sobre o concreto deve ser
superior a 6 MPa.
Mangueiras de acoplagem à bomba de injeção :

Devem ser flexíveis, com diâmetro interno igual ou maior do que o diâmetro
interno da haste como também resistentes à pressão aplicada pelo concreto.

Monitoramento eletrônico por computador :

Sistema eletrônico instalado na cabine e à vista do operador, acoplado aos


sensores instalados na máquina perfuratriz, dotado de mostrador com tela
permitindo
visualizar os dados relevantes do processo de execução da estacaª.
Deve-se utilizar, preferencialmente, equipamento desenvolvido para o controle
deste tipo de estacas e que possa ser acionado pela bateria da máquina
perfuratriz.
Gerenciamento de dados da execução das estacas :

Dispositivo a ser introduzido no drive do computador da perfuratriz e compatível


com o instrumento de medição, que permite arquivar todos os dados referentes à
execução das estacas para posterior processamento em PC comum, de modo a
possibilitar a impressão das folhas de controle das estacas.

Sensores e transdutores de pressão:

Aparelhos instalados em posições estratégicas da máquina perfuratriz, acoplados


ao instrumento de medição, que permitem medir e registrar no mínimo os
seguintes dados da execução:

a) profundidade da perfuração à medida que o trado penetre no terreno;


b) velocidade de rotação do trado, durante sua introdução no terreno;
c) velocidade de avanço do trado, durante sua introdução no terreno;
d) pressão hidráulica (torque) aplicada ao trado durante a fase de introdução no
terreno;
e) inclinação da torre em relação aos dois eixos, horizontal e perpendicular
(x e y) que se cruzam no eixo vertical da torre da máquina perfuratriz;
f) pressão do concreto durante a concretagem da estaca;
g) volume do concreto introduzido na estaca a cada 'x' cm durante a
concretagem parcial e acumulada.
ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00
Página 145 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

Dada sua importância para o controle de execução, o computador e os sensores


devem ser calibrados em períodos regulares, não superior a um ano, sendo que é
vetado executar estacas com funcionamento irregular ou sem algum destes
sensores. Admite-se, todavia, mediante autorização do engenheiro da obra e com
conhecimento do contratante, o término de alguma estaca devido à falha dos
sensores durante a execução.

Centralizador ou guiagem:

Peça acoplada à extremidade inferior da torre, e alinhada com a mesa rotativa,


de modo a garantir a axialidade do trado durante a etapa de perfuração.
Limpador do trado
Peça que se ajusta às hélices e gira independentemente destas para retirar o solo
nelas contidas, durante a fase de concretagem, à medida da retirada do trato.

NOTA: Para diâmetros inferiores a 500 mm, esta peça pode ser dispensada,
fazendo-se a limpeza manualmente, com auxílio de pás e enxadas.

Escavadeira ou similar:

Pode ser de qualquer tipo, tradicional ou de lâmina ou do tipo escavadeira,


retroescavadeira, escavadeira hidráulica ou pá carregadeira dimensionada de
acordo com a dinâmica de execução - desde que permita o carregamento da
terra, depositada à frente da máquina perfuratriz diretamente para locais fora da
área de influência do estaqueamento ou para o bota-fora.
Prolonga:

Trado complementar do tubo do trado de hélice contínua, acima da caixa de


conexão e sem pás. Comprimento usual de 6,0 m.

Periodicidade das verificações dos equipamentos :

A máquina perfuratriz deverá conter laudo técnico e plano de manutenção


assinados por engenheiro mecânico, com validade de 1 (um) ano, além do livro de
inspeção do equipamento, onde deverá constar:

➢ Relatório de manutenções preventivas;


➢ Relatório de manutenções corretivas;
➢ Indicação de itens que devem ser inspecionados e periodicidade de
inspeção.

A fim de garantir a manutenção preventiva, cada equipamento ou grupo deve


possuir check list de controle da manutenção dos equipamentos, conforme
exemplo listado no anexo C, preenchido pelo responsável da empresa executora
das fundações.
ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00
Página 146 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

EQUIPE
Formação quantitativa:

A equipe mínima para a execução de estaca hélice contínua monitorada deve


ser constituída por:

a) um engenheiro supervisor;
b) um encarregado;
c) um operador de máquina perfuratriz;
d um ajudante ou auxiliar.

Equipe auxiliar

a) um operador de escavadeira ou similar (pode ser utilizado para mais de uma


máquina);
b) um operador de bomba de injeção de concreto;
c) um moldador de corpo de prova;
d) três armadores.

PROCEDIMENTO EXECUTIVO, ATIVIDADES E RESPONSABILIDADES


Execução da estaca

As figuras 1a, 1b e 1c esquematizam as fases distintas da execução.

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 147 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

Figura 1 – Fases de execução

Figura 1a - Perfuração

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 148 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

Figura 1b - Concretagem

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 149 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

Figura 1c – Estaca Concretada

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 150 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

Montagem:

Atividades Responsável
a) Descarregar a máquina perfuratriz da carreta
b) Movimentar a máquina, levantar a torre e instalar o trado Equipe

Execução da estaca:

Atividades Responsável
a) Deslocar a máquina perfuratriz até o local da estaca Encarregado/Operador
b) Aprumar a torre e posicionar o trado sobre o piquete Equipe
c) Conferir dados da bomba de injeção Encarregado
d) Programar o computador Encarregado/Operador
e) Verificar e liberar a locação Engenheiro/Encarregado
f) Introduzir o trado até a cota de projeto Encarregado/Operador
g) Autorizar início da injeção de concreto
h) Controlar subida do trado durante a concretagem, Operador
mantendo-se sempre a pressão positiva
i) Operar as mangueiras da bomba de concreto durante a Ajudantes
fase de concretagem
j) Interromper a concretagem na cota de apoio do Operador
equipamento

Preparação e colocação da armadura

Atividades Responsável
a) Preparar a armação confome projeto Contratante
b) Instalar a armadura no máximo 2 horas após a chegada do Ajudantes
caminhão-betoneira

Preparo da cabeça da estaca

Atividades Responsável
a ) Remover o excesso de concreto em relação à cota de arrasamento
da estaca, através de um ponteiro inclinado em relação à vertical (a
Figura 2 mostra um exemplo de preparo da cabeça da estaca). Contratante
b) No caso de estacas com diâmetro maior ou igual a 40 cm permite-
se o uso de martelete do tipo leve até cerca de 15 cm acima da cota
de arrasamento, trecho este que deve ser removido com ponteiro
conforme acima descrito.

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 151 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

Figura 2 – Preparo da cabeça da estaca

Figura 2a – Escavação até cerca de 15cm abaixo da cota de


arrasamento

Figura 2b – Posições do ponteiro: boa, má e preferível

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 152 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

Figura 2c – Situação normal

Boletim de controle de execução dos serviços:

Complementarmente às folhas de controle das estacas, obtidas a partir do


gerenciamento de dados da execução das estacas, deve-se preencher diariamente,
à medida que se executam as estacas, os boletins de controle de execução
conforme modelo do anexo A, onde devem constar necessariamente, as
informações do item “Boletim de controle e execução”.

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 153 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

ANEXO A (Normativo)
Modelo de boletim de controle da execução

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 154 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

ANEXO B (Normativo)
Modelo de folha de controle das estacas

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 155 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

ANEXO C (Normativo)
Modelo de boletim para controle de execução

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 156 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

ANEXO D (Informativo)
Listagem sintética

Documentos:

➢ Relatório de sondagens;
➢ Desenho de locação das estacas;
➢ Projeto executivo das fundações;
➢ Projeto estrutural com cargas nas fundações;
➢ Projeto de armadura das estacas;
➢ Boletins de controle da execução;
➢ Relatório Diário de Obras (RDO).

Equipamentos:

➢ Máquina perfuratriz;
➢ Trado contínuo;
➢ Bomba de injeção de concreto;
➢ Mangueiras de acoplagem à bomba de injeção;
➢ Monitoramento eletrônico por computador;
➢ Gerenciamento de dados da execução das estacas;
➢ Sensores e transdutores de pressão (de profundidade, de velocidade de
➢ rotação, de velocidade de avanço de pressão do torque, de inclinação da
torre, de pressão do concreto, volume de concreto);
➢ Centralizador do trado ou guiagem;
➢ Limpador do trado;
➢ Escavadeira ou similar;
➢ Prolonga.

Equipes:

➢ 1 engenheiro supervisor;
➢ 1 encarregado;
➢ 1 operador de máquina perfuratriz;
➢ 1 ajudante ou auxiliar;
➢ 1 operador de escavadeira ou similar;
➢ 1 operador de bomba de injeção;
➢ 1 moldador;
➢ 3 armadores.

Materiais:

➢ Aço;
➢ Concreto.

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 157 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

3.9 Estacas Hélice Segmentada Monitoradas

Documentos complementares:
Os documentos mencionados abaixo devem estar disponíveis na obra:

a) relatório de sondagens;
b) desenho de locação das estacas;
c) projeto executivo das fundações, contendo: locação das estacas, característica
das estacas, capacidade de carga das estacas como elemento de fundação
detalhe de armação e previsão do comprimento das estacas, bem como, critérios
de paralisação da perfuração das estacas;
d) projeto estrutural com cargas nas fundações;
e) boletins de controle da execução;
f) Relatório Diário de Obra (RDO).

DEFINIÇÕES

Torque: pressão hidráulica transformada em momento torsor disponível


pelo gráfico da máquina.

Arranque: valor máximo da força que o equipamento dispõe para o


arrancamento do trado segmentado.

Boletim de controle da execução: documento preenchido, conforme modelo


indicado no Anexo A, para todas as estacas, registrando no mínimo os seguintes
dados de execução:
a) nome da obra e local;
b) data da execução da estaca, incluindo horário de início e de conclusão;
c) nº da estaca;
d) diâmetro da estaca;
e) comprimento do trado;
f) comprimento concretado;
g) volume de concreto gasto na estaca;
h) informações relevantes;

Folha de controle das estacas: documento obtido a partir do gerenciamento


de dados da execução das estacas, conforme modelo indicado no anexo B,
contendo as seguintes informações:

a) velocidade de avanço do trado ao longo da perfuração;


b) velocidade de rotação do trado ao longo da perfuração;
c) pressão hidráulica aplicada ao trado, durante e ao longo da perfuração,
compatível com a tabela 1;
d) velocidade de subida do trado durante a concretagem;
e) pressão de injeção do concreto durante a concretagem;
f) volume de concreto aplicado.
ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00
Página 158 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

Relatório Diário de Obra (RDO): documento emitido pelo executor


entregue ao contratante segundo acordo entre as partes.

EQUIPAMENTOS, ACESSÓRIOS E FERRAMENTAS

São os seguintes:

a) máquina perfuratriz;
b) trados segmentados;
c) bomba de injeção do concreto;
d) mangueiras de acoplagem à bomba de injeção;
e) monitoramento eletrônico por computador;
f) gerenciamento de dados da execução das estacas;
g) sensores e transdutores de pressão (de profundidade, de velocidade de
rotação, de velocidade de avanço de pressão de torque, de inclinação da torre, de
pressão do concreto, volume de concreto injetado);
h) centralizador do trado ou guiagem;
i) escavadeira ou similar

Descrição e características:

Máquina perfuratriz

Os requisitos são:
a) torre metálica com altura mínima de 8,50 m, compatível com os segmentos de
trados de 4,50m e torre metálica com altura mínima 10,00m compatível com os
segmentos de trado de 6,00m conforme esquema da figura 1;
b) motor com potência mínima de 125 HP;
c) mesa rotativa com torque determinado em função do diâmetro e profundidade
da estaca, conforme indicado na tabela 1;
d) guincho compatível com o diâmetro e profundidade da estaca, conforme
indicado na tabela 1.

Tabela 1 - Capacidades mínimas da mesa rotativa e do guincho


Torque (Knm) Arranque (kN) Dimensões das estacas
Ø 25,30,35,40 cm com comprimentos
até 18,00 m (trados de 4,50 m)
Ø 50 cm com comprimentos até 12,00
< 80 400 m (trados de 4,50 m)
Ø 25,30,35,40 cm com comprimentos
até 24,00 m (trados de 6,00 m)
Ø 50 cm com comprimentos até 18,00
m (trados de 6,00 m)

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 159 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

Trado segmentado

Peca metálica constituída por uma hélice espiral desenvolvida em torno de uma
haste central vazada, possuindo em cada extremidade um acoplamento macho e
fêmea.

Os trados são acoplados um ao outro bem como à mesa rotativa do equipamento


de perfuração.

Deve ser retilíneo, apresentar diâmetro constante e comprimento mínimo de 4,50


m ou 6,00 m dependendo da máquina. O diâmetro interno da haste central deve
ser de, no mínimo, 75 mm para estacas com diâmetro máximo de 500 mm. A
espessura da parede da haste central deve ser compatível com o tipo de aço com
a qual é confeccionada, devendo atender ao momento torsor máximo indicado na
tabela 1.

Bomba de injeção de concreto

Pode ser do tipo estacionária ou móvel, deve ser dotada de dois cilindros com
capacidade de bombeamento mínimo de 20 m³/h para estacas com diâmetro
máximo de 50 cm.
Em ambos os casos, a pressão aplicada pela bomba sobre o concreto deve ser
superior a 6 MPa.

Mangueiras de acoplagem à bomba de injeção

Devem ser flexíveis, com diâmetro interno igual ou maior do que o diâmetro
Interno da haste como também resistentes à pressão aplicada pelo concreto.

Monitoramento eletrônico por computador

Sistema eletrônico instalado junto aos comandos e à vista do operador, acoplado


aos sensores instalados na máquina perfuratriz, dotado de mostrador com tela
permitindo visualizar todas as etapas de execução das estacas.
Deve-se utilizar, preferencialmente, equipamento desenvolvido para o controle
deste tipo de estacas e que possa ser acionado pela bateria da máquina
perfuratriz.

Gerenciamento de dados da execução das estacas


Dispositivo a ser introduzido no drive do computador e compatível com o
instrumento de medição que permite arquivar todos os dados referentes à
execução das estacas para posterior processamento em PC comum, de modo a
possibilitar a impressão das folhas de controle das estacas.

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 160 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

Sensores e transdutores de pressão

Aparelhos instalados em posições estratégicas da máquina perfuratriz, acoplados


ao instrumento de medição, que permitem medir e registrar no mínimo os
seguintes dados da execução:

a profundidade da perfuração à medida que o trado penetre no terreno;


b) velocidade de rotação do trado, durante sua introdução no terreno;
c) velocidade de avanço do trado, durante sua introdução no terreno;
d) pressão hidráulica aplicada ao trado durante a fase de introdução no terreno;
e) inclinação da torre em relação aos dois eixos horizontais e perpendiculares (X
e Y) que se cruzam no eixo vertical da torre da máquina perfuratriz;
f) pressão do concreto durante a concretagem da estaca está sendo processada;
g) volume do concreto introduzido na estaca a cada 'x'cm durante a concretagem
parcial e acumulada.
Dada sua importância para o controle de execução, o computador e os sensores
devem ser calibrados em períodos regulares, não superior a um ano, sendo que é
vetado executar estacas com funcionamento irregular ou sem algum destes
sensores. Admite-se, todavia, mediante autorização do engenheiro da obra e com
conhecimento contratante, o término de alguma estaca devido à falha dos
sensores durante a execução.

Centralizador ou guiagem
Peca acoplada à extremidade inferior da torre e alinhada com a mesa rotat modo
a garantir a axialidade do trado durante a etapa de perfuração. Contém ta uma
morsa que é utilizada para fixar o trado durante o processo de acoplam
desacoplamento dos trados.

Escavadeira ou similar
Pode ser de qualquer tipo, tradicional ou de lâmina ou do tipo escavadeira,
retroescavadeira, escavadeira hidráulica ou pá carregadeira - dimensionada de
acordo com a dinâmica de execução - desde que permita o carregamento da
terra, depositada à frente da máquina perfuratriz diretamente em caminhões
que a transportam para o bota-fora ou sua remoção para locais fora da área de
influência do estaqueamento.

Periodicidade das verificações dos equipamentos :

A máquina perfuratriz deverá conter laudo técnico e plano de manutenção


assinados por engenheiro mecânico, com validade de 1 (um) ano, além do livro de
inspeção do equipamento, onde deverá constar:

➢ Relatório de manutenções corretivas;


➢ Relatório de manutenções preventivas;
➢ Indicação de itens que devem ser inspecionados e periodicidade de
inspeção.

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 161 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

A fim de garantir a manutenção preventiva, cada equipamento ou grupo deve


possuir check list de controle da manutenção dos equipamentos, conforme
exemplo listado no anexo C, preenchido pelo responsável da empresa executora
das fundações.

EQUIPE

Formação quantitativa:

A equipe mínima para a execução de estacas hélice segmentada monitoradas


deve ser constituída por:

a) um engenheiro supervisor;
b) um encarregado;
c um operador de máquina perfuratriz,
d) dois ajudantes ou auxiliares.

Equipe auxiliar:

a) um operador de escavadeira ou similar


b) um operador de bomba de injeção.

PROCEDIMENTO EXECUTIVO, ATIVIDADES E RESPONSABILIDADES

Execução da estaca:

O curso da hélice determina o máximo comprimento da estaca, conforme notas


indicadas na figura 1.

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 162 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

Figura 1 - Perfil esquemático do equipamento

Observações:
1) Os equipamentos possuem um carregador de trados (carrossel) para suportar os
três trados, mesa rotativa, centralizador com morsa, painel de comando e haste
central do carregador.
2) Os trados possuem em cada extremidade acoplamentos de encaixe macho e
fêmea que são travados por dois pinos transversais. Durante o processo de
perfuração da estaca introduz-se o primeiro trado no solo, deste modo este deve
ficar fixado através da morsa até que o segundo elemento seja conectado, depois
que o segundo elemento for retirado do carregador e conectado ao primeiro trado,
a morsa é aberta e o processo de perfuração tem continuidade, e assim
sucessivamente até se atingir a cota de projeto.
3) Durante o processo de concretagem, os segmentos de trados devem ser
desacoplados um do outro e levados até o carregador em um processo inverso ao
anterior, da perfuração, mantendo-se a coluna sempre cheia de concreto e a
pressão sempre positiva, até a retirada total de todos os elementos de trados do
solo.
ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00
Página 163 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

Montagem
Atividades Responsável
a) Descarregar a máquina perfuratriz da
carreta Equipe
b) Movimentar a máquina, levantar a torre
e instalar o trado

Execução da estaca
Atividades Responsável
a) Deslocar a máquina perfuratriz até o local da Encarregado/Operador
estaca
b) Aprumar a torre e posicionar o trado sobre o Equipe
piquete
c) Conferir dados da bomba de injeção Encarregado
d) Programar o computador Encarregado/Operador
e) Verificação e liberação da locação Contratante
f) Introduzir os trados segmentados acoplando-os
uns aos outros, por meio de dispositivo macho e
fêmea até a cota de projeto.
g) Autorizar início da injeção de concreto. Durante o
processo de perfuração da estaca, introduz-se o
primeiro trado no solo.
Deste modo, este deve ficar fixado através da morsa
até que o segundo elemento seja conectado, depois
que o segundo elemento for retirado do carregador e Encarregado/Operador
conectado ao primeiro trado, a morsa é aberta e o
processo de perfuração tem continuidade e, assim,
sucessivamente, até se atingir a cota de projeto
h) Controlar subida do trado durante a concretagem,
mantendo sempre a pressão positiva, desacoplar os
segmentos de trados um do outro e levá-los até o
carregador, mantendo a coluna sempre cheia de
concreto, até a retirada total de todos os elementos Operador
de trados do solo.
i) Operar as mangueiras da bomba de concreto Ajudantes
durante a fase de concretagem
j) Interromper a concretagem na cota do terreno
garantindo um comprimento mínimo de 50 cm acima Operador
da cota de arrasamento
k) Deslocar a perfuratriz de modo a permitir a Operador
entrada da escavadeira para limpeza do material
retirado do fuste
l) Limpeza da cabeça da estaca Contratante

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 164 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

Preparação e colocação da armação


Atividades Responsável
a) Preparar a armação das estacas Contratante
conforme projeto
b) Instalar a armadura Equipe

Figura 2 - Fases de Execução

Preparo da cabeça da estaca


Atividades Responsável
a) Remover o excesso de concreto em relação à cota de Contratante
arrasamento da estaca através de um ponteiro inclinado
em relação à vertical (a figura 3 mostra um exemplo de
preparo da cabeça da estaca).
b) No caso de estacas com diâmetro maior ou igual a 40 cm
permite-se o uso de martelete do tipo leve até cerca de 15
cm acima da cota de arrasamento, trecho este que deve
ser removido com ponteiro conforme acima descrito
ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00
Página 165 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

Figura 3 - Preparo da cabeça da estaca


Figura 3a - Escavação até cerca de 15 cm abaixo da cota de
arrasamento

Figura 3b - Posições do ponteiro: boa, má e preferível

Figura 3c - Situação normal

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 166 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

Boletim de controle de execução dos serviços


Independentemente das folhas de controle das estacas, a serem obtidas a partir
do gerenciamento de dados da execução das estacas, deve-se preencher
diariamente, à medida que as estacas são executadas, os boletins de controle de
execução conforme modelo do anexo A, onde devem constar, necessariamente, as
informações do item “Boletim de controle da execução”.

ESPECIFICAÇÃO DOS MATERIAIS

Os materiais devem ser exigidos do fornecedor com Certificado de Conformidade.


Caso estes certificados não sejam fornecidos pelo fabricante ou inexistam, devem
ser efetuados ensaios, atendendo às especificações de norma ou conforme
especificado em projeto.

Tabela 3 - Especificação dos materiais

Material Especificação
Aço CA 50 e CA 25 conforme diâmetros constantes do projeto
Para o C30 abatimento entre 220 mm e 260 mm S 220,
diâmetro de agregado de 4,75 mm a 12,5 mm e teor de
exsudação inferior a 4 % Para o C40 abatimento entre 220
mm e 260 mm S 220, diâmetro de agregado de 4,75 mm a
Concreto 12,5 mm e teor de exsudação inferior a 4 %.

Recomendações para dosagem destes concretos:


a) Para o C30, consumo mínimo de cimento de 350kg/m³ e
fator a/c ≤ 0,6;
b) Para o C40, consumo mínimo de cimento de 350kg/m³ e
fator a/c ≤ 0,45.

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 167 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

ANEXO A (Normativo)
Modelo de boletim de controle da execução para Estacas Hélice
Segmentada Monitoras

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 168 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

ANEXO B (Normativo)
Modelo de folha de controle das estacas

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 169 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

ANEXO C (Normativo)
Modelo de Check list de controle de manutenção

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 170 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

ANEXO D (Informativo)
Listagem sintética

Documentos

• Relatório de sondagens;
• Desenho de locação das estacas;
• Projeto executivo das fundações;
• Projeto estrutural com cargas nas fundações;
• Projeto de armadura das estacas;
• Boletins de controle da execução;
• Relatório Diário de Obras (RDO).

Equipamentos

• Máquina perfuratriz;
• Trado contínuo;
• Bomba de injeção de concreto;
• Mangueiras de acoplagem à bomba de injeção;
• Monitoramento eletrônico por computador;
• Gerenciamento de dados da execução das estacas;
• Sensores e transdutores de pressão (de profundidade, de velocidade de rotação,
de velocidade de avanço de pressão do torque, de inclinação da torre, de pressão
do concreto, volume de concreto);
• Centralizador do trado ou guiagem;
• Limpador do trado;
• Escavadeira ou similar.
• Prolonga.

Equipes

• 1 engenheiro supervisor;
• 1 encarregado;
• 1 operador de máquina perfuratriz;
• 1 ajudante ou auxiliar;
• 1 operador de escavadeira ou similar;
• 1 operador de bomba de injeção;
• 1 moldador;
• 3 armadores.

Materiais

• Aço;
• Concreto.

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 171 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

3.10 Estacas Hélice de Deslocamento Monitoradas


Documentos complementares:

Os documentos mencionados abaixo devem estar disponíveis na obra:


➢ relatório de sondagens;
➢ desenho de locação das estacas;
➢ projeto executivo das fundações, contendo: locação das estacas,
características das estacas, capacidade de carga das estacas como elemento
de fundação, detalhe de armação e previsão do comprimento das estacas,
bem como, os critérios de paralisação da perfuração das estacas;
➢ projeto estrutural com cargas nas fundações;
➢ boletins de controle da execução"
➢ Relatório Diário de Obra (RDO).

DEFINIÇÕES

Torque: Torque: pressão hidráulica transformada em momento torsor


disponível pelo gráfico da máquina.

Arranque: valor máximo da força que o equipamento dispõe para o


arrancamento da haste tubular metálica.

Boletim de controle da execução: documento preenchido, conforme


modelo indicado no anexo A, para todas as estacas, registrando no mínimo os
seguintes dados de execução:
a) nome da obra e local;
b) data de execução da estaca, incluindo horário de início e de conclusão;
c) n° da estaca;
d) diâmetro da estaca;
e) comprimento do trado;
f) comprimento concretado;
g) volume de concreto gasto na estaca;
h) informações relevantes;
i) nome e assinatura do executor e, dependendo de acordo contratual,
o ciente do projetista ou consultor de fundação;
j) nome e assinatura do contratante.

Folha de controle das estacas: documento obtido a partir do gerenciamento


de dados da execução das estacas, conforme modelo indicado no anexo B,
contendo as seguintes informações

a) velocidade de avanço do trado ao longo da perfuração;


ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00
Página 172 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

b) velocidade de rotação do trado ao longo da perfuração;


c) pressão hidráulica aplicada ao trado, durante e ao longo da
perfuração, compatível com a tabela 1;
d) velocidade de subida do trado durante a concretagem;
e) pressão de injeção do concreto durante a concretagem;
f) volume de concreto aplicada.

Relatório Diário de Obra (RDO): documento emitido pelo executor e


entregue ao contratante segundo acordo entre as partes.

EQUIPAMENTOS, ACESSÓRIOS E FERRAMENTAS

a) máquina perfuratriz;
b) trado de deslocamento;
c) bomba de injeção de concreto;
d) mangueiras de acoplagem à bomba de injeção;
e) monitoramento eletrônico por computador;
f) gerenciamento de dados da execução das estacas;
g) sensores e transdutores de pressão (de profundidade, de velocidade de
rotação, de velocidade de avanço, de pressão de torque, de inclinação da torre,
de pressão do concreto, volume de concreto injetado);
h) centralizador do trado ou guiagem.

Descrição e características:

Máquina perfuratriz

Os requisitos são:

a) torre metálica, com altura mínima compatível com a profundidade prevista


da estaca, dotada de duas guias nas extremidades;
b) motor com potência mínima de 105 HP;
mesa rotativa com torque determinado em função do diâmetro e
profundidade da estaca, conforme indicado na tabela 1;
guincho compatível com o diâmetro e profundidade da estaca.

Tabela 1 - Capacidade mínima da mesa rotativa e do guincho


Torque (kNm) Arranque (KN) Dimensões das
estacas
Ø 270, 320, 370, 420, 470,
≥ 160 700 520, 570 e 620 mm com
comprimentos até 28,00m

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 173 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

Trado de deslocamento:

Peça metálica constituída de uma haste tubular metálica possuindo na sua


extremidade inferior uma cabeça de perfuração munida de uma hélice espiral
desenvolvida para deslocar e compactar o terreno, evitando a retirada do solo
durante a sua execução, estando acoplada à mesa rotativa do equipamento de
perfuração, ver figura 1.

Figura 1 - Detalhe esquemático do trado ômega

NOTA: O trado para execução da estaca hélice de deslocamento aqui abordado é


o trado ômega. É o elemento que define o diâmetro nominal da estaca a ser
executada.

Bomba de injeção de concreto

Pode ser do tipo estacionária ou móvel, deve ser dotada de dois cilindros com
capacidade de bombeamento mínimo de 20 m³/h para estacas com diâmetro
máximo de 50 cm. A pressão aplicada pela bomba sobre o concreto deve ser
superior a 6 MPa.

Mangueiras de acoplagem à bomba de injeção

Devem ser flexíveis, com diâmetro interno igual ou maior do que o diâmetro
interno da haste como também resistentes à pressão aplicada pelo concreto.

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 174 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

Monitoramento eletrônico por computador

Sistema eletrônico instalado na cabine e à vista do operador, acoplado aos


sensores instalados na máquina perfuratriz, dotado de mostrador com tela
permitindo visualizar os dados relevantes do processo de execução da estaca.
Deve-se utilizar, preferencialmente, equipamento desenvolvido para o controle
deste tipo de estacas e que possa ser acionado pela bateria da máquina
perfuratriz.

Gerenciamento de dados da execução das estacas

Dispositivo a ser introduzido no drive do computador da perfuratriz e compatível


com o instrumento de medição, que permite arquivar todos os dados referentes à
execução das estacas para posterior processamento em PC comum, de modo a
possibilitar a impressão das folhas de controle das estacas.

Sensores e transdutores de pressão

Aparelhos instalados em posições estratégicas da máquina perfuratriz, acoplados


ao instrumento de medição, os quais permitem medir e registrar, no mínimo, os
seguintes dados da execução:

a) profundidade da perfuração à medida que o trado penetre no terreno;


b) velocidade de rotação do trado, durante sua introdução no terreno;
c) velocidade de avanço do trado, durante sua introdução no terreno;
d) pressão hidráulica aplicada ao trado durante sua fase de introdução no
terreno;
e) Inclinação da torre em relação aos dois eixos horizontais e perpendiculares
(X e Y) que se cruzam no eixo vertical da torre da máquina perfuratriz;
f) pressão do concreto durante a concretagem da estaca;
g) volume do concreto introduzido na estaca a cada '× cm durante a
concretagem parcial e acumulada.

Dada sua importância para o controle de execução, o computador e os sensores


devem ser calibrados em períodos regulares, não superior a um ano, sendo que
é vetado executar estacas com funcionamento irregular ou sem algum destes
sensores.
Admite-se, todavia, mediante autorização do engenheiro da obra e com
conhecimento do contratante, o término de alguma estaca devido à falha dos
sensores durante a execução.

Centralizador ou guiagem

Peça acoplada à extremidade inferior da torre, e alinhada com a mesa rotativa, de


modo a garantir a axialidade do trado durante a etapa de perfuração.

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 175 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

Periodicidade das verificações dos equipamentos

A máquina perfuratriz deverá conter laudo técnico e plano de manutenção


assinados por engenheiro mecânico, com validade de 1 (um) ano, além do livro de
inspeção do equipamento, onde deverá constar:

➢ Relatório de manutenções corretivas;


➢ Relatório de manutenções preventivas;
➢ Indicação de itens que devem ser inspecionados e periodicidade de
inspeção.

A fim de garantir a manutenção preventiva, cada equipamento ou grupo deve


possuir check list de controle da manutenção dos equipamentos, conforme
exemplo listado no anexo c, preenchidas pelo responsável da empresa
executora das fundações.

EQUIPE

Formação quantitativa:

A equipe mínima para a execução de estaca hélice continua monitorada deve ser
constituída por:

a) um engenheiro supervisor;
b) um encarregado;
c) um operador de máquina perfuratriz;
d) três ajudantes ou auxiliares.

Equipe auxiliar:

a) um operador de bomba de injeção.

PROCEDIMENTO EXECUTIVO, ATIVIDADES E RESPONSABILIDADES

Execução da estaca

A figura 2a esquematiza a execução com armação colocada internamente ao tubo


central do trado, concomitante com a concretagem; enquanto a figura 2b indica a
armadura colocada, pela equipe ou através de um pilão, após a concretagem.

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 176 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

Figura 2 - Fases de execução

Figura 2a - Fases de execução - Armação interior ao trado

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 177 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

Figura 2b - Fases de execução - Armação colocada posterior à


concretagem

Montagem

Atividades Responsável

• a) Descarregar a máquina perfuratriz da
carreta Equipe
• b) Movimentar a máquina, levantar a torre
e instalar o trado

Execução da estaca:

Atividades Responsável

a) Deslocar a máquina perfuratriz até o local da estaca Encarregado/Operador


b) Aprumar a torre e posicionar o trado sobre o piquete Equipe
c) Conferir dados da bomba de injeção Encarregado
d)Programar o computador Encarregado /
Operador
e) Verificar e liberar a locação Engenheiro /
Encarregado

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 178 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

f) Introduzir o trado até a cota de projeto

g) Autorizar início da injeção de concreto Encarregado /


Operador
h) Controlar subida do trado durante a concretagem,
mantendo-se sempre a pressão positiva Operador
i) Operar as mangueiras da bomba de concreto durante a fase
de concretagem Ajudantes
j) Interromper a concretagem garantindo um comprimento
mínimo de 50 cm acima da cota de arrasamento Operador

Preparação e colocação da armação:

Atividades Responsável

a) Preparar a armação das estacas conforme projeto Contratante


b) Colocar a armadura, internamente ao trado ou Ajudantes
posteriormente à concretagem

Preparo da cabeça da estaca:

Atividades Responsáveis
a) Remover o excesso de concreto em relação a cota de
arrasamento da estaca, conforme procedimento indicado na
figura 3, através de um ponteiro inclinado em relação à
vertical.
Contratante
b) No caso de estacas com diâmetro maior ou igual a 40 cm
permite-se o uso de martelete do tipo leve até cerca de 15
cm acima da cota de arrasamento, trecho este que deve ser
removido com ponteiro conforme acima descrito

Boletim de controle de execução dos serviços :

Complementarmente às folhas de controle das estacas, a serem obtidas a partir


do gerenciamento de dados de execução das estacas, deve-se preencher
diariamente, à medida que se executam as estacas, os boletins de controle
conforme modelo do anexo A, onde devem constar, necessariamente, as
informações do “Boletim de controle da execução”.

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 179 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

ANEXO D (Informativo)
Listagem sintética

Documentos:

➢ Relatório de sondagens;
➢ Desenho de locação das estacas;
➢ Projeto executivo das fundações;
➢ Projeto estrutural com cargas nas fundações;
➢ Boletins de controle da execução;
➢ Relatório Diário de Obras (RDO).

Equipamentos:

➢ Máquina perfuratriz;
➢ Trado de deslocamento;
➢ Bomba de injeção de concreto;
➢ Mangueiras de acoplagem à bomba de injeção;
➢ Monitoramento eletrônico por computador;
➢ Gerenciamento de dados da execução das estacas;
➢ Sensores e transdutores de pressão (de profundidade, de velocidade de
rotação, de velocidade de avanço de pressão do torque, de inclinação da
torre, de pressão do concreto, volume de concreto);
➢ Centralizador do trado ou guiagem.

Equipes:

➢ 1 engenheiro supervisor;
➢ 1 encarregado;
➢ 1 operador de máquina perfuratriz;
➢ 3 ajudantes ou auxiliares;
➢ 1 operador de bomba de injeção.

Materiais:

➢ Aço;
➢ Concreto.

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 180 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

3.11 Estacas Mega

REFERÊNCIAS

Documentos complementares:

Os documentos mencionados abaixo devem estar disponíveis na obra:

a. projeto de fundação especificando características das estacas


(concreto convencional ou centrifugado ou tubo metálico);
b. tabela da profundidade estimada das estacas;
c. programação executiva das diversas etapas da obra de fundação;
d. carga de trabalho, de cravação e de encunhamento;
e. desenho e relatório de sondagens do subsolo;
f. referências externas para locação dos centros das estacas;
g. boletim de controle da execução;
h. Relatório Diário de Obra (RDO).

DEFINIÇÕES

Carga de trabalho ou projeto: carga determinada por cálculo estrutural,


incluindo os coeficientes de segurança contra a ruptura, deformação e outros.

Carga de cravação: última medida da carga lida no manômetro da unidade


hidráulica.

Carga de cunhamento: carga determinada e imposta em projeto de forma a


compatibilizar as cargas.

Cabeçote ou cabeceira: componente pré-fabricado de concreto armado ou


metálico colocado sobre a cabeça da estaca mega após esta atingir a carga de
cravação, permitindo a colocação do macaco, calços e cunhas.

Boletim de controle da execução: documento que deve ser preenchido para


todas as estacas registrando, no mínimo, os seguintes dados de execução (ver
modelo indicado no anexo B):

a) obra e local;
b) data;
c) no da estaca;
d) tipo da estaca;
e) número de segmentos da estaca cravada;
f) profundidade da ponta em relação ao nível do terreno ou referências
externas;
ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00
Página 181 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

g) carga de cravação;
h) carga medida no manômetro a cada metro da estaca;
i) carga de cunhamento;
j) número e dimensão das cunhas;
k) observações pertinentes;
l) nome e assinatura do executor e, dependendo de acordo contratual, o
ciente do projetista da fundação;
m) nome e assinatura do contratante.

Relatório Diário de Obra (RDO): documento emitido pelo executor e


entregue ao contratante segundo acordo entre as partes.

EQUIPAMENTOS, ACESSÓRIOS E FERRAMENTAS

➢ unidade(s) hidráulica(s);
➢ calços de cravação;
➢ discos de centros;
➢ dispositivo de reação;
➢ cargueira para cravação;
➢ equipamento de iluminação
➢ bomba para esgotamento de água;
➢ picaretas;
➢ pá;
➢ enxada;
➢ ponteiras, marretas e martelo;
➢ nível de mão;
➢ carrinhos de mão;
➢ fios de prumo e prumo de centro;
➢ metro.

Descrição e características:

Unidade hidráulica

Equipamento composto por um macaco hidráulico com pressão de 20 MPa a


70MPa (dependendo do projeto e condições locais da obra) normalmente ligado
através de mangueiras flexíveis às bombas (hidráulicas ou elétricas). Possui
manômetro que deve estar comprovadamente calibrado e acompanhado de
etiqueta indicando a máxima capacidade de carga.

Calços para cravação

Madeira para cargas de até 35 toneladas

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 182 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

Devem ser de madeira de lei, com dimensões paralepipédicas, isentas de trincas,


rachaduras ou amassadas conforme dimensões recomendadas indicadas na figura
2.

Figura 2 - Tipos de calços

Madeira para cargas acima de 35 toneladas

Para estes casos, deve haver nos calços, um reforço lateral, constituído por anel
metálico especial ou por anel de fibra de vidro moldado, com espessura mínima
de 10 mm.

Figura 3 – Reforço Lateral

Metálicos

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 183 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

Devem possuir formato plano, com dimensões apropriadas ao uso e com


espessuras variáveis, cabendo ao executor registrar no boletim de execução as
dimensões adotadas.

Discos de centro

Podendo possuir diâmetros de 150mm ou 300mm, com espessura de 15mm.

Dispositivo de reação

Na figura 4 estão indicados dois exemplos de dispositivo de reação contra uma


estrutura existente.

Figura 4 - Dispositivo de reação

Figura 4a - Esquemas de dispositivos de reação

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 184 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

Figura 4b - Esquemas de dispositivos de reação

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 185 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

Cargueira para cravação

A figura 5 indica um exemplo de cargueira de cravação de estacas Mega.

Figura 5 - Cargueira para cravação

Viga baldrame

A figura 6 indica um modelo de viga baldrame a ser aplicada em condições onde a


infraestrutura de apoio se apresenta em condições de não suportar as reações.

Observação:

As dimensões indicadas na figura 6 são aproximadas, a saber, 900 a 1200 mm e 180


a 250 mm.

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 186 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

Figura 6 – Esquema de Viga Baldrame

Cunhas

Podem ser metálicas ou de concreto armado conforme dimensões recomendadas


e indicadas na figura 7. Considerando as pequenas dimensões das peças, as
armações deverão ser feitas com fibras metálicas ou fibras de polietileno.

Figura 7 - Tipos de cunhas: grandes e pequenas

EQUIPE

Formação quantitativa:

A equipe mínima para execução de estacas mega deve ser composta por:

a) um engenheiro supervisor;
b) um encarregado;
c) um operador;

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 187 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

d) um ajudante ou auxiliar.

Formação qualitativa:

A tabela 1 indica os requisitos para a qualificação de acordo com a função.

Atribuições

Aspectos técnicos:

a) saber interpretar as leituras do manômetro;


b) saber interpretar a planta de locação dos reforços;
c) saber caracterizar fisicamente cada estaca no local da obra;
d) conhecer a programação da execução da escavação da obra;
e) conhecer as profundidades, número estimado dos segmentos e cargas das
estacas;
f) conhecer o preposto do contratante no local da obra;
g) conhecer as condições de segurança da obra, locais que a equipe pode ou
não ter acesso, obstáculos visíveis no subsolo, redes elétricas e outros;
h) instalar e saber operar a bomba de esgotamento d'água e sistema de
iluminação;
i) saber detectar possíveis interferências no subsolo, através de alterações
bruscas na pressão do macaco;
j) saber detectar movimentação da superestrutura, através de indícios de
fissuras no solo, microfissuras no concreto e trincas.

Aspectos operacionais:

a) conhecer as características e a capacidade da unidade hidráulica;


b) saber verificar a verticalidade e a excentricidade da estaca e saber como
corrigi-las;
c) conhecer os equipamentos de proteção individual obrigatórios;
d) conhecer os riscos inerentes à função.

REQUISITOS DIMENSIONAIS E ESTRUTURAIS DOS ELEMENTOS

Segmentos de concreto:

A figura 8 indica as dimensões mais comuns dos segmentos de concreto vazado


centrifugado ou vibrados.

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 188 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

Figura 8 - Segmentos de concreto

A resistência característica mínima à compressão dos segmentos, deve ser de,


pelo menos, duas vezes a carga de projeto ou 70KN por peça de comprimento 50
cm, prevalecendo o maior.

Visualmente, os segmentos devem estar sem trincas ou sinais de reparos, lisos,


principalmente nas faces de contato uns com os outros, não sendo admitidas
protuberâncias ou falta de paralelismo nas faces transversais.

O consumo mínimo de cimento para a fabricação dos segmentos deve ser de 400
kg/m°, obedecendo também a ABNT BR 6118.

Segmentos de tubos metálicos:

A figura 9 indica as dimensões mais comuns dos segmentos de tubos metálicos.

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 189 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

Figura 9 - Segmentos de tubos metálicos

Os tubos devem ser fabricados com dimensões e qualidade do aço compatíveis


com as cargas previstas em projeto, devendo ser necessariamente cortados em
tornos mecânicos de precisão. Os tubos deverão estar dotados de roscas
machos/machos quando com luvas e roscas macho/fêmea quando sem luvas. As
roscas devem ser fabricadas em tornos mecânicos de precisão.

Os segmentos metálicos deverão ter comprimento de até 750mm. Acima disto, o


projetista deverá justificar o comprimento na memória de cálculo.

Visualmente, os segmentos dos tubos devem estar sem trincas e sem


amassamentos ou sinais de reparos, principalmente nas roscas, não sendo
admitidas protuberâncias ou falta de paralelismo nas regiões das roscas.

O peso por metro do tubo pode variar de 150 N a 500 N (15 a 50 kgf).

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 190 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

PROCEDIMENTO EXECUTIVO, ATIVIDADES E RESPONSABILIDADES

Escavação

Atividades Responsável
a) Escavar uma vala com dimensões mínimas de 1,00 m x 1,50 m e
profundidade tal que possibilite a livre movimentação da equipe e
equipamentos (ver figura 10) Encarregado /
Operador
b) Providenciar o esgotamento de água bem como a iluminação, caso Engenheiro
necessário Supervisor
c) Proteger e sinalizar o contorno da vala Ajudante
d) Quando necessário, escorar a vala conforme indicado na figura 11 Engenheiro
Supervisor

Figura 10 – Esquema Geral

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 191 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

Figura 11 - Sugestão de escoramento

Avaliação e compatibilização do projeto às condições da obra :

Atividades Responsáveis
a) Examinar, visualmente, as condições locais
da infraestrutura de sustentação que se
pretende usar como apoio para a reação, Engenheiro supervisor
adotando soluções operacionais ou
estruturais para minimizar ou eliminar as
interferências, tornando viáveis as reações

b) Rever o centro de carregamento Encarregado/ Operador

Instalação dos equipamentos e transporte dos componentes e


materiais:

Atividades Responsáveis
a) Estabelecer um plano de trabalho para permitir acesso seguro Engenheiro
dos materiais e equipamentos supervisor
b) Inspecionar visualmente os segmentos, numerando-os
sequencialmente no caso dos metálicos

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 192 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

c) Transportar para a vala os segmentos por meio de cordas, Encarregado /


evitando pancadas Operador

Cravação à reação:

Atividades Responsáveis
a) Locar o disco de centro sobre a estaca

b) Acoplar a(s) unidade(s) hidráulica (s), colocando os calços sob a


estrutura de reação e sobre a cabeça da estaca mega (ver figura
10) Encarregado /
Operador
c) Iniciar o carregamento interpondo calços à medida em que a
cravação é processada. Iniciar as anotações no boletim de
execução (ver figura 11)
d) Continuar inserindo os demais segmentos - caso necessário Ajudante
encher com concreto (ver figura 12)
e) No caso de se adotar segmentos metálicos, garantir a Encarregado
continuidade dos mesmos por meio de roscas (ver figura 9) /Operador

Cravar os segmentos até que a carga de reação lida no


manômetro atinja a carga de cravação

Se possível, ajustar a cota do topo da estaca com medida padrão


(cerca de 54 cm) em relação ao plano de reação, facilitando o
encunhamento subsequente

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 193 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

Figura 12 - Detalhes para continuidade

Preparo do cabeçote e cunhagem:

Atividades Responsáveis
a) Medir a distância entre o topo da estaca até o plano de
reação a fim de definir tamanhos e números de calços e
cunhas necessários
b) Colocar chapa metálica - entre a estaca e o cabeçote –
caso necessário Operador
c) Colocar cabeçote e macaco de cunhamento sobre a estaca,
cuidando e mantendo a centralização
d) Efetuar carga de cunhamento no macaco
e) Colocar os calços e cunhas previstos e necessários, sob
pressão, por meio de batidas, com marreta pequena, na
cunha, retirando em seguida o macaco de cunhamento

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 194 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

Concretagem:

Atividades Responsáveis
a) Executar a forma deixando espaço para a introdução do
concreto (ver figura 13).
b) Preencher, integralmente, com concreto o volume do miolo
remanescente, distribuindo-o e socando-o manualmente
com uma barra fina de aço - ver anexo A Operador
c) Retirar a forma após início da cura
d) Como cunhamento, pode-se colocar, como alternativa,
calços e cunhas, no antigo local do macaco. Nesta
alternativa, preencher os vazios com argamassa armada com
fibras metálicas ou de polietileno, tipo " Sheikan" ou similar

Figura 13 - Concretagem e formas

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 195 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

Reaterro:

Atividades Responsável
a) Utilizar solo-cimento de 5% a 10% (ver Ajudante
figura 14)

Figura 14 – Reaterro

Boletim de controle de execução dos serviços das estacas

Deve ser preenchido diariamente pelo operador, devendo constar as informações


constantes em “Boletim de controle de execução”, conforme modelo indicado no
anexo B.

ESPECIFICAÇÃO DOS MATERIAIS

Os materiais devem ser exigidos do fornecedor com Certificado de Conformidade.

Caso estes certificados não sejam fornecidos pelo fabricante ou inexistam, devem
ser efetuados ensaios, atendendo às especificações de norma ou conforme
especificado em projeto.

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 196 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

Tabela 2 – Especificação dos materiais


Material Especificação

Cimento CP II (E, Z, F) – Portland – Composto –


Classe 32
CA 50 e CA 25 conforme diâmetros
Aço constantes do projeto

Areia Granulometria média, lavada


Brita Nº 1 ou 2
Fck > 20 MPa
Concretagem dos segmentos Convencional ou centrifugado
Consumo de cimento: 400 kg/m³
Dimensões e características conforme
item “Segmentos de concreto”
Fck > 20 Mpa
Concreto do vazio entre cunhas Consumo de cimento: 300 a 400 kg/m³
Slump test: entre 5 a 20 cm
Tubo metálico Segmentos conforme item “Segmentos de
tubos metálicos

ANEXO A (Normativo)
Características do concreto dos componentes

A.1 Objetivo

Este anexo especifica as características do concreto a serem


empregados na execução

a) do enchimento dos vazios entre as cunhas de reforço;


b) das vigas pré-moldadas;
c) das cabeceiras ou cabeçotes.

A.2 Materiais

Os materiais devem obedecer às indicações da tabela 2.

A.3 Concreto e armação


A.3.1 Enchimento do pilarete de concreto

a) Para a concretagem deve ser utilizado concreto da classe 20 (no mínimo)


segundo ABNT NBR 8953, com fator água / cimento que propicie abatimento do
tronco de cone da ordem de 7.
A dosagem do concreto deve ser aquela necessária para obter resistência
característica à compressão (fck) medida por meio da moldagem de corpos de
prova, segundo ABNT NBR 5738, e ensaiados conforme ABNT NBR 5739.
O abatimento deve ser ensaiado segundo ABNT NBR 16889.
Normalmente não é armado
ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00
Página 197 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

A.3.2 Viga baldrame pré-fabricada, cabeceira, calços e cunhas

Exemplos (não restritivos) de vigas baldrames, cabeçotes, calços e cunhas estão


indicados nas figuras 6, 1, 2 e 7 respectivamente.
O fck para os componentes de concreto deve ser de, no mínimo, 20 MPa.

A.3.3 Classe do concreto

No mínimo classe 20, devendo obedecer e estar em conformidade com a ABNT


NBR 6118 em função da classe de agressividade ambiental.

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 198 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

ANEXO B (Normativo)
Modelo de boletim de controle de execução

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 199 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

ANEXO C (Informativo)
Listagem sintética

Documentos:

➢ Projeto de fundação;
➢ Locação dos centros das estacas;
➢ Boletim de controle de execução;
➢ Relatório Diário de Obra (RDO).

Equipamentos, acessórios e ferramentas :

➢ Unidade(s) hidráulica(s);
➢ Calços de cravação;
➢ Discos de centro;
➢ Dispositivo de reação;
➢ Cargueira para cravação;
➢ Equipamento de iluminação;
➢ Bomba para esgotamento de água;
➢ Picaretas;
➢ Pá;
➢ Enxada;
➢ Ponteiras, marretas e martelo;
➢ Nível de mão;
➢ Carrinhos de mão;
➢ Fios de prumo e prumo de centro;
➢ Metro.

Equipe:

➢ 1 engenheiro supervisor;
➢ 1 encarregado;
➢ 1 operador,
➢ 1 ajudante ou auxiliar.

Materiais e componentes

➢ Cimento;
➢ AÇO;
➢ Areia;
➢ Concreto;
➢ Calços e cunhas;
➢ Cabeceiras;
➢ Vigas baldrames.

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 200 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

3.12 Estaca Broca

Requisitos Gerais:

As empresas contratadas para este fim deveram:

✓ Possuir documentação técnica relativa a esses produtos: folhetos e


catálogos técnicos, manuais informativos, e manuais de condução do
sistema aplicado;

✓ Possuir agentes de mercado, capazes de assegurar a devida assistência


técnica e comercial na praça onde os serviços forem aplicados;

✓ Manter equipamentos (se for o caso), garantindo a continuidade do


serviço;

✓ Ainda de acordo com o padrão do produto TENDA, possuir notório


reconhecimento público quanto à qualidade e marca;

✓ Apresentar laudos atestando o cumprimento das normas estabelecidas


(se for o caso);

✓ Poderão ser exigidos os ensaios de controle de carga (prova de carga);

Equipamentos e Utensílios:

O fornecedor de M.O deverá possuir como “boas práticas”, os Equipamentos /


Utensílios, para a execução dos seus serviços, bem como todos os Equipamentos
de Segurança Individual (EPIs).

Projeto Específico:

A Tenda desenvolverá projetos específicos para Fundações e Contenções, que


deverão ser seguidos rigorosamente e onde deverão ser levantados os
quantitativos de materiais;

Estaca Broca:

A estaca tipo broca é a mais rudimentar existente, utilizada normalmente em


construções simples e executadas e moldadas no local. É necessária a perfuração
do terreno, que sempre deve ser auxiliada pelo trado, sendo que a escavação pode
ser feita tanto de forma manual como automática. Depois de terminada a
perfuração, o local deverá ser preenchido com concreto.
ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00
Página 201 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

Habitualmente usa-se à estaca tipo broca para fundações de casas simples uma
vez que normalmente crava-se o material a uma profundidade relativamente
pequena, de no máximo 4 metros.

Procedimento Operacional (PO)

Locação:

➢ Pode ser executada (a locação) por alinhamento tradicional, utilizando linha


e testemunhos;
➢ As distancias devem obedecer a cada 2,5m com acréscimo de 30cm para +
ou para -;
➢ Se forem usadas para Divisas, devem obedecer ao alinhamento do Projeto;
➢ Seus diâmetros podem variar de 15cm até 40cm (trado mecânico);

Dimensões:

➢ Seus diâmetros podem variar de 20cm até 50cm (trado mecânico);

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 202 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

Tipos de perfuração:

➢ Trado Manual;

➢ Trado Mecânico – executado com equipamento apropriado;

Perfuração:

➢ Sem acompanhamento de Projeto: até 2,5m


➢ Com acompanhamento de Projeto: deve ser seguido o que consta em
projeto, diâmetro e profundidade;

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 203 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

Colocação de ferragem:

➢ A ferragem pode ser armada com estribos, ou somente com a colocação de


arranques;

Concretagem:

➢ A concretagem pode ser vibrada ou vibrada c/ puncionamento;

➢ Não existe controle de concretagem para este tipo de estaca;


➢ O concreto pode ser “batido” em obra;
➢ Normalmente empregada em locais com solo firme, em obras de pequeno
porte como casas, sobrados por terem baixa capacidade de carga. São de
rápida execução, podem ser usadas juntamente com outros tipos de
fundações, como radie e sapata, possuem um baixo custo por serem simples
de executar, não é necessário mão de obra especializada;

MATERIAIS:

Deve-se prever a utilização dos seguintes materiais:

➢ Concreto com fck ≥15 MPa com consumo de cimento, por metro cúbico de
concreto, superior a 340 kgf e slump test de ±10 cm;

➢ Aço estrutural CA-50, com fyk ≥ 500 Mpa;

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 204 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

EQUIPAMENTOS:

O Fornecedor deve prever a utilização dos seguintes equipamentos:

➢ Trado manual;
➢ Trado mecânico;
➢ Funil;
➢ Pá, enxada, picareta;
➢ Carrinho de mão;
➢ Colher de pedreiro;
➢ Mangueira de nível; Nível de mão;
➢ EPIs;

Deve ser verificado SEMPRE:

➢ Número, localização da estaca e data de execução;


➢ Dimensões da estaca;
➢ Cota do terreno no local da execução;
➢ Nível d’água;
➢ Características dos equipamentos de execução;
➢ Duração de qualquer interrupção na execução e hora em que ela ocorreu;
➢ Cota final da ponta da estaca;
➢ Cota da cabeça da estaca, antes do arrasamento;
➢ Comprimento do pedaço cortado da estaca, após o arrasamento na cota de
projeto;
➢ Desaprumo e desvio de locação;
➢ Anormalidade de execução;
➢ Comprimento real da estaca, abaixo do arrasamento;
➢ A estaca broca é aceita desde que:

- Sua excentricidade, em relação ao projeto, seja de até 10% do


diâmetro do círculo que a inscreva;

- O desaprumo seja no máximo de 1% de inclinação, do comprimento


total da estaca; os valores diferentes dos estabelecidos devem ser
informados ao projetista para verificação das novas condições;

Controle Tecnológico do concreto:

➢ 2 corpos de prova aos 7 dias da concretagem;


➢ 2 corpos de prova aos 28 dias da concretagem;
➢ 2 corpos de prova para contraprova aos 63 dias da concretagem;

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 205 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

*Peças por caminhão da concretagem;

Padrão de Gabarito para controle das fundações:

Gabarito Padrão (ET.026-P&D-Marcação de Obra (Gabarito e Transferência de Eixos))

Conferência do esquadro do Gabarito

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 206 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

✓ Evitar acúmulo de erros;


✓ Pedir o projeto de locação com medidas acumuladas;
✓ Cuidado com instrumentos de medidas;
✓ Trenas de aço (RECOMENDADO);
✓ Trenas plásticas com fibra de vidro (JAMAIS USAR);
✓ Eixos ortogonais de referência;
✓ Posição de estacas;
✓ Eixos de vigas baldrames;
✓ Centro geométrico e faces dos blocos;
✓ Eixos de paredes/pilares;
✓ Esquadro sempre conferido;

Arrasamento das estacas

Cotas de Arrasamento:

A cota de arrasamento é o nível em que o topo da estaca deve ser, removendo-se


o excesso ou então completando-o, se for o caso. A cota de arrasamento deve ser
definida de modo a deixar que a estaca e a armadura penetrem no bloco com um
comprimento que possa garantir a transferência de esforços do bloco à estaca.

Existe uma necessidade de preparar a “cabeça” das estacas para garantir uma
ligação perfeita entre os elementos estruturais, deve-se terminar a concretagem
das estacas em, no mínimo 10cm da cota de arrasamento. Essa operação é
completamente manual e geralmente é feita com o auxílio de um ponteiro +
marreta e o sentido do corte deve ser sempre de baixo para cima; existem
atualmente no mercado equipamentos que executam o este procedimento;

Posição arrasamento Posição antes do arrasamento Posição c/ arrasamento

Para o arrasamento deve-se utilizar:

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 207 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

- Para Ø até de 900cm², ponteiros ou marteletes leves (potência < 1000w);

- Para Ø acima de 900cm², utilizar marteletes de maior potência;

CONTROLE AMBIENTAL:

Os procedimentos de controle ambiental referem-se à proteção de corpos d’água,


da vegetação lindeira e da segurança viária. A seguir são apresentados os cuidados
e providências para proteção do meio ambiente que devem ser observadas no
decorrer da execução de estacas broca;

Durante a execução devem ser conduzidos os seguintes procedimentos:

✓ Deve ser implantada a sinalização de alerta e de segurança de acordo com as


normas pertinentes aos serviços;

✓ Deve ser proibido o tráfego dos equipamentos fora do corpo do caminho, para
evitar danos desnecessários à vegetação e interferências na drenagem natural;

✓ Caso haja necessidade de estradas de serviço fora da faixa de domínio, deve-se


proceder à liberação ambiental de acordo com a legislação vigente;

✓ As áreas destinadas ao estacionamento e manutenção dos veículos devem ser


devidamente sinalizadas, localizadas e operadas de forma que os resíduos de
lubrificantes, ou combustíveis não sejam carreados para os cursos d’água. As
áreas devem ser recuperadas ao final das atividades;

✓ Todos os resíduos de materiais utilizados devem ser recolhidos e dada a


destinação apropriada;

✓ Todos os resíduos de lubrificantes, ou combustíveis utilizados pelos


equipamentos, seja na manutenção, ou na operação dos equipamentos, devem
ser recolhidos em recipientes adequados e dada a destinação apropriada;

✓ Deve-se providenciar a execução de barreiras de proteção, tipo leiras de solo,


quando as obras estiverem próximas a cursos d’água ou mesmo sistema de
drenagem que descarregue em cursos d’água, para evitar o carreamento de solo
ou queda, de blocos ou fragmentos de rocha em corpos d´água próximos à via;

✓ Não devem ser executadas barragens, ou desvios de curso d’água que


alterem em definitivo os leitos dos rios;

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 208 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

✓ Não pode ser efetuado o lançamento de refugo de materiais utilizados nas áreas
lindeiras, no leito dos rios e córregos e em qualquer outro lugar que possam
causar prejuízos ambientais;

✓ As áreas afetadas pela execução das obras devem ser recuperadas mediante a
limpeza adequada do local do canteiro de obras e a efetiva recomposição
ambiental;

✓ É obrigatório o uso de EPI, equipamentos de proteção individual, pelos


funcionários;

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 209 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

3.13 Estaca Strauss

Requisitos Gerais:

As empresas contratadas para este fim deveram:

✓ Possuir documentação técnica relativa a esses produtos: folhetos e


catálogos técnicos, manuais informativos, e manuais de condução do
sistema aplicado;

✓ Possuir agentes de mercado, capazes de assegurar a devida assistência


técnica e comercial na praça onde os serviços forem aplicados;

✓ Manter equipamentos (se for o caso), garantindo a continuidade do


serviço;

✓ Ainda de acordo com o padrão do produto TENDA, possuir notório


reconhecimento público quanto à qualidade e marca;

✓ Apresentar laudos atestando o cumprimento das normas estabelecidas


(se for o caso);

✓ Poderão ser exigidos os ensaios de controle de carga (prova de carga);

Equipamentos e Utensílios:

O fornecedor de M.O deverá possuir como “boas práticas”, os Equipamentos /


Utensílios, para a execução dos seus serviços, bem como todos os Equipamentos
de Segurança Individual (EPIs)

Projeto Específico:

A Tenda desenvolverá projetos específicos para Fundações, que deverão ser


seguidos rigorosamente e onde deverão ser levantados os quantitativos de
materiais;

Estacas Strauss:

Estabelecendo a particularidade do solo em relação ao projeto de obra estipulado,


as fundações com estacas Strauss se iniciam com o auxílio de um soquete, que irá
cavar o terreno até que atinja a profundidade relativa de 1,0 a 2,0 metros. Em
seguida, quando o primeiro segmento de revestimento metálico for instalado, a
escavação é realizada pela sonda.
ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00
Página 210 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

Nas fundações com estacas Strauss, o solo é escavado por meio do lançamento
de água no furo inicial de escavação, e pelo movimento de percussão da sonda que
desagregam o solo e o transforma em lama pura.
A lama, então, por si só, penetra na sonda e é retirada sempre que está cheia para
fins de limpeza.

Procedimento operacional – Estaca Strauss

TOPOGRAFIA:

Antes de começar a preparação da execução das estacas, o solo deve estar


nivelado. Por isso, a equipe de topografia ou a equipe de obra (executa com a
mangueira), faz a verificação in loco, e, se necessário, podem apontar ajustes a
serem feitos no terreno.

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 211 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

A estaca Strauss é uma estaca de concreto moldada in loco, executada através


da escavação, mediante emprego de uma sonda também conhecida como
“piteira”, com a simultânea introdução de revestimento metálico, com guincho
mecânico, em segmentos rosqueados, até que se atinja a profundidade projetada;

A escavação é iniciada com auxílio de um soquete (“piteira”) até que atinja a


profundidade de 1,0 a 2,0 metros. Em seguida é colocado o primeiro segmento de
revestimento metálico.

Procedimento de escavação e colocação do segmento metálico

A partir deste ponto, a escavação é realizada pela sonda. O solo é escavado por
meio do lançamento de água no furo e pelo movimento de percussão da sonda
que aos poucos desagregam o solo e o transformam em lama. Esta lama penetra
na sonda e é retirada sempre que está cheia para limpeza;

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 212 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

Ao fim da escavação é realizada a limpeza do furo para o prosseguimento da


concretagem;

Não é comum a utilização de armadura em neste tipo de fundação, mas em


alguns casos é importante adotar. (deve-se verificar sempre o Projeto). A
armadura deve ser colocada antes da concretagem, com auxílio do guincho;

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 213 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

Mesmo em estacas onde não seja indicado a utilização de armação, os arranques


dos pilares devem ser instalados no fim da concretagem;

O lançamento do concreto no interior do revestimento (camisa) em quantidade


suficiente para se ter uma coluna de aproximadamente 1,5m;

Deve-se usar espaçadores para a descida da ferragem: 3 por estribo a cada 1,20m;

Concretagem:

A concretagem é executada com auxílio de tubulação específica, é utilizado o


concreto usinado. Um diferencial da estaca Strauss é que o concreto lançado na
base, até a profundidade de 1,0 metro aproximadamente, é apiloado com o
soquete; este procedimento tem como objetivo formar um bulbo na ponta da
estaca, que no canteiro de obra é comumente chamado de “cebola”.

O fuste é concretado e apiloado com o soquete. À medida que é realizada a


concretagem o revestimento metálico segmentado é removido com auxílio de um
guincho;

Deve ser conferida a cota de arrasamento (SEMPRE);

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 214 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

Durante a execução de estaca Strauss e arrasamento, deve-se estar atento a


estes pontos:

➢ Locação correta das estacas;


➢ Profundidade correta da cravação;
➢ Altura de queda do pilão para cravação;
➢ Volume de concreto para execução do bulbo;
➢ Cota de arrasamento da cabeça da estaca. (Deve-se deixar de 5 a 10cm a
mais)
➢ Consumo de cimento não inferior a 300 kg/m³
➢ Fck ≥ 20 Mpa aos 28 dias, conf. ABNT 6118, ABNT 5738 e ABNT 5739;
➢ Brita: 1 e 2
➢ Controle do concreto: 2 corpos de prova (aos 7 e 28 dias); p/ cada
caminhão-betoneira;
➢ Excentricidade das estacas; (OCORRENDO, O PROJETISTA DEVE SER
CONSULTADO)
➢ A concretagem do fuste é terminada com cerca de 30 cm acima da cota de
arrasamento, devendo a sobra ser retirada após o endurecimento
do concreto; (cota de arrasamento);

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 215 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

É OBRIGATÓRIO O CONTROLE TECNOLOGICO DO AÇO E DO CONCRETO

CONTROLE DO CONCRETO:

➢ NBR 7215/1996 – Cimento Portland – Determinação da Resistência a


Compressão;
➢ NBR 12655/2006 – Concreto de Cimento Portland – Preparo, Controle e
Recebimento – Procedimento;
➢ NBR 5739/2007 – Concreto – Ensaio de Compressão de corpos-de-prova
cilíndricos;
➢ NBR NM 67/1996 – Concreto – Determinação da Consistência pelo
Abatimento do Tronco de Cone;
➢ NBR 8522/2008 – Concreto – Determinação do Módulo Estatístico de
Elasticidade à Compressão;
➢ NBR 12142/2010 – Concreto – Determinação da Resistência a Tração na
Flexão em corpos-de-prova prismáticos;

2 corpos de prova aos 7 dias da concretagem;

2 corpos de prova aos 28 dias da concretagem;

2 corpos de prova para contraprova aos 63 dias da concretagem;

*Peças por caminhão da concretagem;

Controle Tecnológico do AÇO:

➢ NBR 6152/1192 – Materiais Metálicos – Determinação das Propriedades


Mecânicas a Tração;
➢ NBR 6153/1988 – Materiais Metálicos – Ensaio de Dobramento;
➢ NBR 7480/1996 – Barras e Fios Destinados a Armaduras para Concreto
Armado;

Registro de execução estaca Strauss:

➢ Identificação da obra, local, Nome do Operador; Eng. Responsável, e Nome


da empresa;
➢ Características do Equipamento; (c/ fotos do mesmo);
➢ Data de execução; Data da concretagem;
➢ Nível d’Agua;
➢ Comprimento do TUBO e PESO do PILÃO;
➢ Identificação da Estaca; (Diâmetro, nº da estaca)
➢ Data de cravação;(início e fim)
➢ Comprimento cravado e útil da estaca
➢ Desvio da locação; (Excentricidade anotadas e com Projeto de Correção)
➢ Especificação do material; (fck do concreto)
ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00
Página 216 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

➢ Controle tecnológico do concreto;


➢ Controle tecnológico do aço;
➢ Observações e anomalias;
➢ Nome e Assinatura: Executor, Fiscalização e Contratante;
➢ Cota de arrasamento de acordo com projeto;
➢ Duração de qualquer interrupção na execução e hora em que ocorreu;
➢ Cota final da ponta da estaca;
➢ Cota final da cabeça da estaca;
➢ Desaprumo e desvio de locação;
➢ Volume de concreto consumido;

Arrasamento de estacas:

Cotas de Arrasamento:

A cota de arrasamento é o nível em que o topo da estaca deve ser, removendo-se


o excesso ou então completando-o, se for o caso. A cota de arrasamento deve ser
definida de modo a deixar que a estaca e a armadura penetrem no bloco com um
comprimento que possa garantir a transferência de esforços do bloco à estaca.

Existe uma necessidade de preparar a “cabeça” das estacas para garantir uma
ligação perfeita entre os elementos estruturais, deve-se terminar a concretagem
das estacas em, no mínimo 30cm da cota de arrasamento. Essa operação é
completamente manual e geralmente é feita com o auxílio de um ponteiro +
marreta e o sentido do corte deve ser sempre de baixo para cima; existem
atualmente no mercado equipamentos que executam o este procedimento;

Posição arrasamento Posição antes do arrasamento Posição c/ arrasamento

Para o arrasamento deve-se utilizar:

- Para Ø até de 900cm², ponteiros ou marteletes leves (potência < 1000w);

- Para Ø acima de 900cm², utilizar marteletes de maior potência;


ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00
Página 217 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

CONTROLE AMBIENTAL:

Os procedimentos de controle ambiental referem-se à proteção de corpos d’água,


da vegetação lindeira e da segurança viária. A seguir são apresentados os cuidados
e providências para proteção do meio ambiente que devem ser observadas no
decorrer da execução de estacas strauss;

Durante a execução devem ser conduzidos os seguintes procedimentos:

✓ Deve ser implantada a sinalização de alerta e de segurança de acordo com as


normas pertinentes aos serviços;

✓ Deve ser proibido o tráfego dos equipamentos fora do corpo do caminho, para
evitar danos desnecessários à vegetação e interferências na drenagem natural;

✓ Caso haja necessidade de estradas de serviço fora da faixa de domínio, deve-se


proceder à liberação ambiental de acordo com a legislação vigente;

✓ As áreas destinadas ao estacionamento e manutenção dos veículos devem ser


devidamente sinalizadas, localizadas e operadas de forma que os resíduos de
lubrificantes, ou combustíveis não sejam carreados para os cursos d’água. As
áreas devem ser recuperadas ao final das atividades;

✓ Todos os resíduos de materiais utilizados devem ser recolhidos e dada a


destinação apropriada;

✓ Todos os resíduos de lubrificantes, ou combustíveis utilizados pelos


equipamentos, seja na manutenção, ou na operação dos equipamentos, devem
ser recolhidos em recipientes adequados e dada a destinação apropriada;

✓ Deve-se providenciar a execução de barreiras de proteção, tipo leiras de solo,


quando as obras estiverem próximas a cursos d’água ou mesmo sistema de
drenagem que descarregue em cursos d’água, para evitar o carreamento de solo
ou queda, de blocos ou fragmentos de rocha em corpos d´água próximos à via;

✓ Não devem ser executadas barragens, ou desvios de curso d’água que


alterem em definitivo os leitos dos rios;

✓ Não pode ser efetuado o lançamento de refugo de materiais utilizados nas áreas
lindeiras, no leito dos rios e córregos e em qualquer outro lugar que possam
causar prejuízos ambientais;

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 218 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

✓ As áreas afetadas pela execução das obras devem ser recuperadas mediante a
limpeza adequada do local do canteiro de obras e a efetiva recomposição
ambiental;

✓ É obrigatório o uso de EPI, equipamentos de proteção individual, pelos


funcionários;

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 219 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

3.14 Estaca Injetada

Requisitos Gerais:

As empresas contratadas para este fim deveram:

✓ Possuir documentação técnica relativa a esses produtos: folhetos e


catálogos técnicos, manuais informativos, e manuais de condução do
sistema aplicado;

✓ Possuir agentes de mercado, capazes de assegurar a devida assistência


técnica e comercial na praça onde os serviços forem aplicados;

✓ Manter equipamentos (se for o caso), garantindo a continuidade do


serviço;

✓ Ainda de acordo com o padrão do produto TENDA, possuir notório


reconhecimento público quanto à qualidade e marca;

✓ Apresentar laudos atestando o cumprimento das normas estabelecidas


(se for o caso);

✓ Poderão ser exigidos os ensaios de controle de carga (prova de carga);

Equipamentos e Utensílios:

O fornecedor de M.O deverá possuir como “boas práticas”, os Equipamentos /


Utensílios, para a execução dos seus serviços, bem como todos os Equipamentos
de Segurança Individual (EPIs)

Projeto Específico:

A Tenda desenvolverá projetos específicos para Fundações, que deverão ser


seguidos rigorosamente e onde deverão ser levantados os quantitativos de
materiais;

Definição:

As estacas injetadas são aquelas que se executam com tecnologia de tirantes


injetados em múltiplos estágios, utilizando-se, em cada estágio, pressão que
ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00
Página 220 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

garanta a abertura das “manchetes” (válvulas múltiplas) e posterior injeção a altas


pressões. Ao contrário das estacas raiz, que geralmente são armadas com barras
de aço, as estacas injetadas são armadas com tubo metálico que possui dupla
finalidade: o de armar a estaca e o de dispor de válvulas “manchete” para injeção.
Eventualmente, pode-se dispor de armadura complementar constituída por barras
ou fios de aço. Para baratear o custo das estacas injetadas, pode-se substituir o
tubo de aço por PVC rígido, mas neste caso é obrigatório o uso de armadura, pois o
PVC não tem função estrutural.

TOPOGRAFIA

Antes de começar a preparação da execução das estacas, o solo deve estar


nivelado. Por isso, a equipe de topografia ou a equipe de obra (executa com a
mangueira), faz a verificação in loco, e, se necessário, podem apontar ajustes a
serem feitos no terreno.

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 221 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

Marcação das estacas Testemunhos de marcação

A execução deste método é simples e o custo é baixo, pode-se realizar em lugares


abertos ou fechados, em obras de grande e pequeno porte.

As estacas injetadas diferenciam-se das demais, devido à três fatores:

1) A execução destas estacas pode ter inclinações maiores (0º a 90º);


ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00
Página 222 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

2) têm maior densidade de armadura que as estacas de concreto;

3) A sua carga admissível é a resultante da parcela resistente ao atrito lateral;

Execução:

É feito uma perfuração até a cota pretendida, a remoção do solo é executada com
uso de circulação de água (que também efetuam a limpeza) ou extraído pela rosca
do trado. Após a perfuração, é retirado as varas e o bit ou o trado, de forma inversa
e faz-se a limpeza do furo.

É introduzido a armadura principal (varas de seis metros) e instalasse um tubo-


manchete de PVC ou aço, onde instalam-se as válvulas do tipo “manchete”, com
espaçamento de 1,0 m, para a injeção da calda de cimento sob pressão controlada,
onde a calda vai adensando as camadas adjacentes do furo.

Ponteiras de cravação para execução da cravação com tripé de percussão de


sondagem
ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00
Página 223 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 224 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

Neste passo é feita a execução da bainha, fazendo o preenchimento da parte


interna ao tubo de revestimento e externa ao tubo-manchete, com argamassa
cimento e areia, ou calda de cimento, que ocorre juntamente a retirada do tubo de
revestimento;

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 225 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

Estacas já executadas

Durante a execução de estaca injetada e arrasamento, deve-se estar atento a


estes pontos:

➢ Locação correta das estacas;


➢ Profundidade correta da cravação e ângulo da cravação;
➢ Volume de argamassa e nata de cimento estimado e usado, do bulbo;
➢ Cota de arrasamento da cabeça da estaca. (Deve-se deixar de 5 a 10cm a
mais)

Consumo de cimento:

A calda de cimento a ser utilizada deve ter fck ≥ 20 MPa e deve satisfazer as
seguintes exigências:

➢ Consumo de cimento não inferior a 600 kg/m3;


➢ Fator água/cimento entre 0,5 e 0,6.
➢ Brita: NA

Controle do concreto:

2 corpos de prova (aos 7 e 28 dias); p/ cada caminhão-betoneira;

A calda de cimento utilizada para a moldagem de corpos de prova deve ser


coletada nos misturadores;

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 226 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

Excentricidade das estacas: (OCORRENDO, O PROJETISTA DEVE SER


CONSULTADO)

➢ A concretagem do fuste é terminada com até 10 cm acima da cota de


arrasamento, devendo a sobra ser retirada após o endurecimento do
concreto; (cota de arrasamento);
➢ Espaçadores; não é colocado;

Prova de Carga: E necessário a execução de prova de carga, se elas forem


empregadas para tenções de trabalho acima de 15,0 Mpa, ou desde que os
números de estacas da obra sejam superiores a 75; (p/ estacas injetadas), sendo o
mínimo de 1% das estacas da obra;

➢ Não se devem executar estacas com espaçamento inferior a cinco


diâmetros em intervalo inferior a 12 h. Esta distância refere-se à estaca de
maior diâmetro;

OBRIGATORIO O CONTROLE TECNOLOGICO DO AÇO, se houver, E DO


CONCRETO (nata de cimento);

CONTROLE DO CONCRETO:

➢ NBR 7215/1996 – Cimento Portland – Determinação da Resistência a


Compressão;
➢ NBR 12655/2006 – Concreto de Cimento Portland – Preparo, Controle e
Recebimento – Procedimento;
➢ NBR 5739/2007 – Concreto – Ensaio de Compressão de corpos-de-prova
cilíndricos;
➢ NBR NM 67/1996 – Concreto – Determinação da Consistência pelo
Abatimento do Tronco de Cone;
➢ NBR 8522/2008 – Concreto – Determinação do Módulo Estatístico de
Elasticidade à Compressão;
➢ NBR 12142/2010 – Concreto – Determinação da Resistência a Tração na
Flexão em corpos-de-prova prismáticos;

2 corpos de prova aos 7 dias da injeção;

2 corpos de prova aos 28 dias da injeção;

2 corpos de prova para contraprova aos 63 dias da injeção;

*Peças por estaca da injeção;

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 227 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

Controle Tecnológico do AÇO (se houver):

➢ NBR 6152/1192 – Materiais Metálicos – Determinação das Propriedades


Mecânicas a Tração;
➢ NBR 6153/1988 – Materiais Metálicos – Ensaio de Dobramento;
➢ NBR 7480/1996 – Barras e Fios Destinados a Armaduras para Concreto
Armado;

Registro de execução Estacas injet adas:

➢ Identificação da obra, local, Nome do Operador; Eng. Responsável, e Nome


da empresa;
➢ Características do Equipamento; (c/ fotos);
➢ Data e horário de execução; INÍCIO (por estaca)
➢ Data e horário de execução; FIM (por estaca)
➢ Comprimento do Trado;
➢ Identificação da Estaca; (Diâmetro, nº da estaca)
➢ Data de cravação;
➢ Comprimento injetado executado;
➢ Cota do terreno na posição da estaca;
➢ Desvio da locação; (Excentricidade anotadas e com Projeto de Correção)
➢ Especificação do material; (fck do concreto)
➢ Inclinação do trado;
➢ Posicionamento da armação (SE HOUVER);
➢ Pressão do torque durante a perfuração;
➢ Pressão de injeção do concreto;
➢ Controle tecnológico do concreto;
➢ Controle tecnológico do aço;
➢ Observações e anomalias;
➢ Cota de arrasamento de acordo com projeto;
➢ Consumo de materiais (armadura –se houver, calda de cimento)
➢ Características da armadura e do tubo a manchete

Para o arrasamento deve-se utilizar:

- Para Ø até de 900cm², ponteiros ou marteletes leves (potência < 1000w);

- Para Ø acima de 900cm², utilizar marteletes de maior potência;

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 228 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

CONTROLE AMBIENTAL:

Os procedimentos de controle ambiental referem-se à proteção de corpos d’água,


da vegetação lindeira e da segurança viária. A seguir são apresentados os cuidados
e providências para proteção do meio ambiente que devem ser observadas no
decorrer da execução de estacas injetadas;

Durante a execução devem ser conduzidos os seguintes procedimentos:

✓ Deve ser implantada a sinalização de alerta e de segurança de acordo com as


normas pertinentes aos serviços;

✓ Deve ser proibido o tráfego dos equipamentos fora do corpo do caminho, para
evitar danos desnecessários à vegetação e interferências na drenagem natural;

✓ Caso haja necessidade de estradas de serviço fora da faixa de domínio, deve-se


proceder à liberação ambiental de acordo com a legislação vigente;

✓ As áreas destinadas ao estacionamento e manutenção dos veículos devem ser


devidamente sinalizadas, localizadas e operadas de forma que os resíduos de
lubrificantes, ou combustíveis não sejam carreados para os cursos d’água. As
áreas devem ser recuperadas ao final das atividades;

✓ Todos os resíduos de materiais utilizados devem ser recolhidos e dada a


destinação apropriada;

✓ Todos os resíduos de lubrificantes, ou combustíveis utilizados pelos


equipamentos, seja na manutenção, ou na operação dos equipamentos, devem
ser recolhidos em recipientes adequados e dada a destinação apropriada;

✓ Deve-se providenciar a execução de barreiras de proteção, tipo leiras de solo,


quando as obras estiverem próximas a cursos d’água ou mesmo sistema de
drenagem que descarregue em cursos d’água, para evitar o carreamento de solo
ou queda, de blocos ou fragmentos de rocha em corpos d´água próximos à via;

✓ Não devem ser executadas barragens, ou desvios de curso d’água que


alterem em definitivo os leitos dos rios;

✓ Não pode ser efetuado o lançamento de refugo de materiais utilizados nas áreas
lindeiras, no leito dos rios e córregos e em qualquer outro lugar que possam
causar prejuízos ambientais;

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 229 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

✓ As áreas afetadas pela execução das obras devem ser recuperadas mediante a
limpeza adequada do local do canteiro de obras e a efetiva recomposição
ambiental;

✓ É obrigatório o uso de EPI, equipamentos de proteção individual, pelos


funcionários;

Posição arrasamento Posição antes do arrasamento Posição c/ arrasamento

Para o arrasamento deve-se utilizar:

- Para Ø até de 900cm², ponteiros ou marteletes leves (potência < 1000w);

- Para Ø acima de 900cm², utilizar marteletes de maior potência;

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 230 de 231
ET.032-P&D – FUNDAÇÕES

Elaborador
Coordenador de P&D.
Aprovador
Gerente de I&P.
Responsável
Gerente de I&P.

ET.032-P&D-FUNDAÇÕES Data: 01/12/2023 Revisão: 00


Página 231 de 231

Você também pode gostar