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ESTRUTURA DE CONCRETO ARMADO

TABELA DE REVISÃO

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00 06/08/2018 Aprovação final do padrão
01 28/04/2022 Revisão geral do padrão
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Sumário
1. OBJETIVO ............................................................................................................. 3
2. CAMPO DE APLICAÇÃO....................................................................................... 3
3. DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA........................................................................ 3
4. RESPONSABILIDADES E ALÇADAS .................................................................... 3
5. CONDIÇÕES PARA INÍCIO DOS SERVIÇOS ....................................................... 3
5.1 Segurança do Trabalho ................................................................................... 3
5.2 Ferramentas Básicas........................................................................................ 3
5.3 Situação dos Serviços Predecessores .................................................................. 4
6. MÉTODO EXECUTIVO .......................................................................................... 5
6.1 Formas ........................................................................................................... 5
6.1.1 Montagem dos Pilares ............................................................................. 5
6.1.2 Fechamento dos Pilares .......................................................................... 5
6.1.3 Montagem das Vigas ............................................................................... 6
6.2 Armação ......................................................................................................... 7
6.2.1 Corte e Dobra .......................................................................................... 7
6.2.2 Montagem das Armaduras de Pilares e Vigas ......................................... 7
6.2.3 Montagem das Armaduras de Lajes ........................................................ 8
6.3 Lançamento do Concreto por Bomba ............................................................. 8
6.4 Pilares ............................................................................................................ 8
6.5 Piso de Concreto Sobre o Solo ..................................................................... 10
6.6 Vigas ............................................................................................................ 11
6.7 Adensamentos do Concreto Durante a Execução ........................................ 11
6.8 Cura ............................................................................................................. 12
6.9 Desforma ...................................................................................................... 12
6.9.1 Desforma dos Pilares ............................................................................ 12
6.9.2 Desforma das Vigas e o Reescoramento............................................... 12
7. MÉTODOS E CRITÉRIOS DE INSPEÇÃO .......................................................... 12
7.1 Mapeamentos e Rastreabilidade do Concreto .............................................. 13
7.2 Rotinas de conferências ............................................................................... 13
7.3 Formulários................................................................................................... 13
8. PATOLOGIAS...................................................................................................... 13
8.1 Fissuras ou Trincas ...................................................................................... 13
8.2 Corrosão das Armaduras .............................................................................. 15
8.3 Desagregação do Concreto e Eflorescência ................................................. 15
8.4 Prazo de Garantia Recomendado – NBR 15.575:2013 ................................. 16
8.5 Vida Útil de Projeto Recomendada – NBR 15.575:2013 ............................... 16
9. ELABORADOR .................................................................................................... 16
10. APROVADOR ...................................................................................................... 16
11. RESPONSÁVEL .................................................................................................. 16
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1. OBJETIVO

O presente procedimento Alphaville – Estrutura de Concreto Armado tem por objetivo definir os
padrões para execução, aceitação e medição dos serviços de Estrutura de Concreto Armado
dos empreendimentos da marca Alphaville Urbanismo, sendo eles de qualquer um dos
produtos: Alphaville, Terras Alphaville, Jardim Alpha e Alpha Casas.
Além disso, este procedimento traz as exigências e verificações necessárias para a equipe de
obra da Alphaville durante a execução dos serviços por parte da Contratada.

2. CAMPO DE APLICAÇÃO

Obras.

3. DOCUMENTOS DE REFERÊNCIA

NBR 6118:2014 – Projeto de estruturas de Concreto;


NBR 12655:2015 – Concreto de cimento Portland – Preparo, controle, recebimento e
aceitação;
NBR 15575-1:2013 – Requisitos gerais;
F.064-QUA - Ficha de Verificação de Serviço (Estrutura de Concreto).

4. RESPONSABILIDADES E ALÇADAS

Execução: equipe de obra;


Coordenação do serviço: equipe de engenharia;
Acompanhamento, aprovação, reprovação: Engenheiro, Coordenador, Equipe de Qualidade e
GGO.

5. CONDIÇÕES PARA INÍCIO DOS SERVIÇOS

5.1 Segurança do Trabalho

Os treinamentos específicos para realização deste serviço deverão ter sido realizados, bem
como os equipamentos de proteção individual (EPI´S) e coletiva (EPC´S) devem estar
disponíveis conforme orientações do PCMAT da obra.

Exemplos básicos de EPC´S:


Protetores de vergalhão.

5.2 Ferramentas Básicas

 Carrinho de mão;
 Esquadro metálico;
 Martelo;
 Serrote;
 Serra de bancada com proteção para disco;
 Corda;
 Chave de dobra;
 Torquês;
 Tesoura manual;
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 Policorte;
 Prumo de face;
 Formas;
 Equipamentos para ancoragem;
 Equipamentos para cimbramento;
 Pranchão;
 Desempenadeira de madeira;
 Vibrador de imersão com mangote apropriado e cabos de alimentação;
 Proteções de periferia conforme PCMAT;
 Nível a laser ou Nível alemão;
 Trena metálica;
 Bomba para concreto;
 Pá e enxada;
 Régua de alumínio;
 Gabaritos metálicos ou de madeira para os desníveis de laje;
 Moldes para corpos de prova;
 Caixas de madeira, PVC, para os furos de lajes.

5.3 Situação dos Serviços Predecessores

 O nível de referência e os eixos da obra devem estar marcados e conferidos;


 Conclusão dos blocos de fundação, bem como aterramento e compactação das áreas ao
redor dos mesmos;
 Os equipamentos para execução do sistema de ancoragem (aprumador de pilar, barra de
ancoragem, gravata, etc) e os equipamentos para execução do cimbramento (escorar,
longarinas, etc) devem estar disponíveis na obra;
 Antes da montagem do cimbramento, solicitar à empresa fornecedora do equipamento a
carga que cada apoio transmitirá ao solo. Com isso, solicitar ao consultor de solos que
avalie as condições de suporte do terreno em função das cargas que serão transmitidas
ao mesmo, principalmente durante e após o processo de concretagem. O consultor de
solos deverá orientar e propor soluções para melhoria da base de apoio do cimbramento.
Usualmente são utilizados pranchões de madeira sob os apoios, transmitindo a carga de
forma “distribuída” e “uniforme” para o solo;
 Definir o local da central de armação, considerando a estocagem do aço solto, cortado e
dobrado. A estocagem deve ser feita de modo a impedir o contato com qualquer tipo de
contaminante como solo, óleos, graxas, etc (figura 1);

Figura 1 – Armazenamento do aço

 A estocagem das formas será realizada junto aos locais de utilização, sempre que
possível, organizando o estoque de acordo com o início da montagem, seguindo a
sequência de pilares, vigas e lajes.
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Gerais:
 Forma concluída, travada e conferida;
 Escoramento e travamentos concluídos e conferidos;
 Armação concluída;
 Passantes e instalações (quando o caso) conferidos.

6. MÉTODO EXECUTIVO

6.1 Formas

Recomenda-se que não seja executada junta a frio na concretagem, pois isso pode ocasionar
trincas. Além disso, as furações hidráulicas e elétricas devem ser executadas após a retirada
das formas com uso de extratora, salvo as passagens existentes no projeto de forma.

6.1.1 Montagem dos Pilares

 Antes de iniciar a montagem das formas laterais, deve-se realizar a limpeza ou


apicoamento da base do pilar para a retirada de detritos e materiais soltos. Da mesma
forma, as formas laterais devem receber a aplicação de desmoldante antes de serem
montadas;
 A execução das formas dos pilares inicia-se com a colocação das grades sobre os
gastalhos e aprumadas com o auxílio de apoios metálicos do tipo mão-francesa. Após
aprumar as grades, realizar a passagem do nível com o aparelho laser ou nível de
mangueira. Após a marcação do nível, são instalados, contra a grade, os painéis de fundo
devidamente nivelados e, na sequência, são instalados os painéis laterais. Uma vez
concluída a montagem das três faces da forma, procede-se com a colocação e
conferência da armadura do pilar;
 O posicionamento dos passantes (barras de ancoragem) varia de pilar para pilar e respeita
as indicações do projeto de forma. Os painéis devem vir furados, mas caso pertinente,
poderão ser furados em obra, porém este serviço é executado pela empresa de forma a
fim de garantir a qualidade e quantidade de usos;
 Posicionar os tubos de PVC com cones (chupetas) plásticos nas extremidades antes de
fechar o painel da última face.

6.1.2 Fechamento dos Pilares

O fechamento deve ser feito preferencialmente através de “barras de ancoragem” (agulhas)


que são rosqueadas e ancoradas, devendo estar inseridas em tubos plásticos ao longo dos
pilares e/ou travando externamente as formas (figura 2).

Após a montagem da forma do pilar, deve ser verificado o prumo com a utilização de corpos de
prova de concreto (figura 3). Será necessário conferir as medidas entre as faces superiores e
inferiores da forma. Para tanto, devem ser utilizados 3 prumos: 2 localizados na maior face do
pilar e 1 na menor face.

Observação: A verificação do prumo dos pilares deve ser repetida antes da concretagem, pois
a fixação inicial pode ter sofrido alguma alteração. Nesse momento, o posicionamento dos
pilares também será verificado através das medidas dos eixos.
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Figura 2 – Fechamento do pilar

Figura 3 – Conferência do prumo

6.1.3 Montagem das Vigas

 A montagem das vigas deve começar com distribuição de forma parcial dos garfos, de
modo a se conseguir um posicionamento inicial dos fundos;
 Os painéis laterais das vigas serão colocados encostados na borda do painel de fundo da
viga e já posicionados nos seus locais definitivos, sendo feito novo ajuste até as cabeças
dos pilares;
 Recomenda-se aplicar o desmoldante aos painéis antes de serem montados;
 O sistema de escoramento deve ser feito de acordo com a especificação do projeto
estrutural, com cuidado especial na escolha das madeiras de forma a garantir a qualidade
final;
 Executar a conferência da forma sempre a partir dos eixos, garantindo as dimensões de
projeto.

O alinhamento das vigas pode ser conferido com o auxílio de uma linha de nylon esticada ao
longo destas.
O nivelamento final do escoramento, tanto do fundo de viga como da laje, é feito depois de se
concluir a montagem da ferragem sobre a forma. O nivelamento dos fundos das vigas pode ser
conferido com auxílio de nível laser, ou com auxílio de uma linha de nylon esticada nivelada em
uma determinada cota.
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Figura 4 – Montagem das vigas, utilizando garfos

6.2 Armação

6.2.1 Corte e Dobra

Os transpasses e arranques mínimos em vigas e pilares devem ser verificados no projeto.


Caso não constem no mesmo, deve-se consultar o projetista para uma definição precisa destes
valores.

6.2.2 Montagem das Armaduras de Pilares e Vigas

A armação é inserida após a montagem das 3 laterais dos painéis e deverá ser executada
conforme projeto específico, respeitando-se as cotas.
 Deve-se verificar a quantidade e comprimento das barras de aço, bitola, espaçamento
entre as ferragens e quantidades de ganchos. A conferência deve ser sempre orientada
através do projeto executivo. Os espaçadores deverão ser colocados aleatoriamente de
forma a garantir o cobrimento de projeto;
 Não permitir que a armação tenha algum tipo de contato com as formas;
 Posicionar, na forma, as peças já montadas evitando-se ao máximo os choques da
armadura com os painéis, de modo a prolongar a vida útil da forma;
 Observar as emendas por transpasses e comprimento de arranques mínimos em vigas e
pilares;
 Amarrar firmemente o conjunto;
 Colocar os protetores de vergalhões nas pontas dos arranques dos pilares;
 É importante a conferência dos projetos complementares de instalações (elétrica,
hidráulica, SPDA, incêndio, climatização, etc.) de forma a garantir que todos os elementos
embutidos constantes nos projetos complementares estejam atendidos;
 A armação do ferro do para-raios deverá ser sempre com clips de aço;
 Para iniciar a armação das vigas, colocar um estribo no topo dos arranques dos pilares e
outro na altura da laje, garantindo a posição das barras longitudinais. Esses estribos não
devem ser cortados durante a montagem da armadura de todas as peças. Porém, no caso
de dificuldade de montagem e se houver necessidade do corte do estribo, deverá ser
colocado um reforço de gancho tipo “U” ou “S”.
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Figura 5 – Armação e posicionamento dos espaçadores

6.2.3 Montagem das Armaduras de Lajes

Colocar a armação positiva de modo que os nós estejam amarrados firmemente, posicionando
os espaçadores para garantir o cobrimento de projeto.
 Não permitir que a armação tenha algum ponto de contato com as formas;
 Posicionar as barras negativas, amarrando-as à armação das vigas. A armadura negativa
deve estar apoiada preferencialmente em viga treliçada para garantir seu posicionamento;
 Havendo balanços ou pontos em que a armadura negativa é muito importante, deve-se ter
atenção redobrada quanto ao posicionamento correto dos apoios;
 É necessário cuidar para que o contorno das caixas de instalações elétricas e hidráulicas
seja reforçado, segundo orientação do projetista. Atenção para outras caixas próximas e
consultar o projetista para obter informações sobre o reforço da armadura nessa região.

6.3 Lançamento do Concreto por Bomba

Para evitar que a tubulação da bomba danifique a armação e as instalações, é recomendada a


utilização de cavalete que sustente a tubulação e o mangote.

Recomenda-se consultar o fornecedor de concreto para avaliar se o slump e agregado adotado


para as concretagens atendem as alturas de lançamento da bomba.

6.4 Pilares

Para a concretagem dos pilares, deve-se molhar as fôrmas abundantemente antes do


lançamento do concreto, a fim de impedir que as peças sofram qualquer tipo de contaminação
durante a concretagem, executando sempre que possível uma janela de inspeção para
garantia da limpeza.
Providenciar um funcionário para verificar o total preenchimento do pilar utilizando martelo de
borracha.
Lançar o concreto em camadas com espessura compatível com o comprimento da agulha do
vibrador (aproximadamente igual a três quartos do comprimento da agulha). Ao vibrar uma
camada de concreto, o vibrador deve penetrar cerca de 10 cm na camada anterior. As
camadas devem ser vibradas na posição vertical, não deixando a agulha de o vibrador
encostar-se aos painéis dos pilares.
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O vibrador deve permanecer imerso por até 15 segundos e então puxado para cima levemente.
Vibrar o maior número possível de pontos ao longo do elemento estrutural.
Evitar que o vibrador encoste na ferragem.
Conferir o prumo do pilar antes, durante e após a concretagem (lateral e fundo).

O lançamento do concreto com função estrutural deve ser registrado em um Mapa de aplicação
do Concreto (figura 6) elaborado pela equipe de Obras e no Controle de Concretagem
elaborado pela empresa de Controle Tecnológico.

Figura 6 – Mapa de Aplicação de Concreto

O Controle de Concretagem deverá conter:


 Número da Betoneira;
 Horário de carga na Usina;
 Término da descarga na obra;
 Quantidade de Volume (m³);
 Volume acumulado (m³);
 Peça concretada;
 Tipo de concreto;
 Slump do concreto;
 Data da concretagem.

A armação dos pilares deve estar protegida com protetores de vergalhão (figuras 7 e 8).
Para pilares de pé direito duplos, o lançamento de concreto deve ser feito em duas etapas,
para evitar a desagregação do concreto.
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Figuras 7 e 8 - Detalhes típicos de protetor de vergalhão

Figura 9 - Acompanhamento do prumo do pilar durante a concretagem

6.5 Piso de Concreto Sobre o Solo

 Para execução do piso de concreto sobre o solo em locais que tiveram camadas de aterro
superiores a 1 metro, deve-se garantir o grau de compactação mínimo de 95% PN por
camada de 40cm, em caso de execução sobre cortes como o controle tecnológico de
compactação já foi realizado durante a execução das obras de terraplenagem pela própria
AUSA, prever somente a conformação do solo;
 Em casos de presença de solo expansivo superior a 2% deve-se obrigatoriamente
contratar projeto especifico para a execução;
 Executar o preparo da sub-base. Recomenda-se que seja realizado um lastro de 5 cm de
brita 2;
 Para criar a barreira de estanqueidade, recomenda a colocação de filme plástico (lona
preta);
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 Colocação de treliça ou caranguejo com diâmetro de 8mm (consumo estimado = 0,80


KG/m²);
 Executar a colocação das telas metálicas Q138, Q159 ou Q196 com 20cm de transpasse;
 Para que o piso possua bom desempenho, recomenda-se utilizar concreto com resistência
mínima de 25 Mpa e pisos que sofrerem influência de trafego de veículos deverão ser
dimensionados em projetos específicos;
 A vibração do concreto deve ser bem executada para eliminar o ar aprisionado e aumentar
o adensamento;
 Realizar a cura através de umidificação da superfície, seja por mangueira ou manta tipo
Curaflex pelo período de 48 horas;
 Após a cura, se necessário, pode ser realizado o acabamento através de acabadores de
superfície.

Figura 10 – Detalhe do piso armado

6.6 Vigas

 Realizar a limpeza: Retiradas de pontos de arames, etiquetas de identificação dos


elementos armados e limpeza geral para que a forma esteja isenta de quaisquer elementos
que possam prejudicar a aderência do concreto e qualidade final; executando sempre que
possível umas aberturas de inspeção para garantia da limpeza no fundo das formas;
 Molhar as formas antes da concretagem;
 Lançar o concreto tomando cuidado de não formar grandes acúmulos de concreto em um
ponto isolado da forma;
 Acompanhar, durante o lançamento do concreto, se não ocorre deslocamentos da
ferragem e outros elementos;
 Conferir antes e durante a concretagem o alinhamento e nivelamento das vigas com “nível
a laser”, “nível alemão” ou dispositivo de galgar;
 Toda parada de concreto deve ser realizada a 45⁰ com encontro serrilhado;
 O lançamento do concreto deve ser registrado no Mapa de Aplicação do Concreto;
 Todas as áreas que serão mapeadas devem utilizar o projeto revisado como referência de
rastreabilidade.

6.7 Adensamentos do Concreto Durante a Execução

 A agulha do vibrador deve estar completamente imersa durante a vibração;


 A agulha só deve ser colocada inclinada ou na horizontal no caso de laje ser pouco
espessa (h ≤ 20 cm);
 As alturas de camadas de concreto a ser adensada devem ser menores que 50cm e igual a
3/4 do comprimento da agulha;
 O vibrador deve atingir a camada subjacente à que está vibrando, penetrando nela
aproximadamente 10cm, a fim de haver costura entre as camadas;
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 Deixar a agulha penetrar (por ela mesma) no concreto, deixando-a agir por até 15
segundos e retira-la lentamente;
 O final da vibração acorre quando surgir uma fina camada de argamassa na superfície,
cessando o aparecimento de bolhas de ar.

Deve ser evitado:


 Arrastar concreto com o vibrador: o movimento lateral do vibrador causa a segregação,
pois os agregados tendem a se separar da argamassa;
 O adensamento do concreto a menos de 10cm da parede da forma, evitando a perda de
argamassa;
 Encostar o vibrador na armadura: pode afetar a aderência do concreto ao aço e em vigas
pode deslocar os estribos. O vibrador deve ser posicionado sempre no meio das
armaduras (som característico);
 Encostar o vibrador na forma: pode danificar a camada plastificante do compensado, que é
a parte que garante a vida útil da madeira, além de danificar a estruturação da forma;
 Vibrar por muito tempo: Excesso de vibração pode causar segregação, principalmente em
concretos fluidos (bombeáveis);
 Deixar o vibrador trabalhar no vazio: pode queimar o motor. O concreto tem o efeito
refrigerante sobre o motor.

6.8 Cura

 Realizar a cura utilizando água 3 vezes ao dia por 48 horas, seja através de aspersão por
mangueira ou com a utilização de manta tipo Curaflex, locada sobre toda sua extensão. Em
dias muito quentes, acima de 28°C molhar 5 vezes ao dia por 48 horas.

6.9 Desforma

6.9.1 Desforma dos Pilares

A desforma será iniciada pelos pilares no dia seguinte à concretagem das vigas e lajes,
garantindo que não seja feita com ferramentas do tipo “pé de cabra” que danificam as mesmas.
Recomenda-se o uso de cunhas de madeira.
Após a retirada das formas as mesmas serão limpas com esguicho ou balde, nunca com jato
de água de alta pressão que pode danificar o filme da chapa compensada.
Uma vez limpas, deve-se proteger o compensado com uma camada fina de desmoldante, de
boa qualidade, sendo que a referida aplicação será efetuada com rolo de pintura ou
pulverizador comum desde a 1º utilização.

6.9.2 Desforma das Vigas, Lajes e o Reescoramento

A desforma das vigas e lajes ocorrerá após o reescoramento do fundo das mesmas, de tal
forma que em nenhum instante estas peças fiquem sem apoio antes de atingir a resistência do
concreto prevista em projeto.

 A desforma de lajes não deverá ser feita com ferramentas do tipo “pé de cabra” que
danificam as mesmas. Recomenda-se o uso de cunhas de madeira.
 Colocadas as escoras de reescoramento no fundo das vigas, poderemos dar início a
desforma dos painéis laterais.
 Que para desforma das lajes é obrigatória a execução da faixa de reescoramento.

7. MÉTODOS E CRITÉRIOS DE INSPEÇÃO


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7.1 Mapeamentos e Rastreabilidade do Concreto

 O mapeamento e rastreamento do concreto têm por objetivo possibilitar uma


rastreabilidade posterior, caso venham a ocorrer problemas de características no concreto,
bem como para alimentar um programa de aperfeiçoamento contínuo dos métodos
construtivos empregados. Ele deve ser realizado em todas as concretagens de peças
estruturais: pilares, lajes e vigas;
 Deve ser marcada em planta a posição de lançamento de cada caminhão-betoneira, bem
como o nº da Betoneira respectivamente;
 Deve ter especial atenção no preenchimento correto do Relatório da empresa de controle
tecnológico conforme peças mapeadas no Mapa de Aplicação de Concreto.

7.2 Rotinas de conferências

 Proteções Coletivas: Deverá ser instalada para liberação do serviço posterior (forma);
 Prumo de pilares e nível das lajes: Deve ser realizada antes e durante a concretagem;
 Limpeza: Após a concretagem da laje;
 Qualidade do Acabamento: Após a desforma;
 Cura do Concreto: Ser realizada no dia seguinte após a conclusão da concretagem e/ou
dependendo do tempo de término da concretagem.

7.3 Formulários

F.064-QUA - Ficha de Verificação de Serviço (Estrutura de Concreto)

8. PATOLOGIAS

A estrutura de concreto armado de uma edificação pode apresentar ao longo do tempo muitas
patologias, as causas mais comuns são: falhas na concepção do projeto, má qualidade dos
materiais, erros de execução e falta de manutenção.
Abaixo vamos abordar sobre as patologias mais encontradas nas obras, são elas:
 Fissuras;
 Corrosão das armaduras;
 Desagregação do Concreto e Eflorescência.

8.1 Fissuras ou Trincas

Fissuras e trincas são aberturas que afetam a superfície do elemento estrutural tornando-se um
caminho rápido para a entrada de agentes agressivos à estrutura.
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Figura 12 – Fissuras na estrutura de concreto

Fissura devido à retração hidráulica:


Este tipo de fissura acontece por cura malfeita do concreto. A perda da água na peça, o
excesso de calor de hidratação e uma ineficiente proteção térmica do elemento estrutural
geram tensões internas, provocando retração que resulta em esforços de tração.
Esta patologia pode ser evitada se durante a etapa de execução, a obra realizar a cura
apropriada do concreto. Para tratamento, recomenda-se a aplicação de selantes elásticos nas
aberturas, a fim de proteger as ferragens de ataques de agentes externos.

Figura 13 – Fissuras no concreto devido à retração hidráulica

Fissura devido à variação de temperatura:


A variação de temperatura pode causar variações dimensionais no concreto, de modo que, se
a estrutura for impedida de se movimentar, essa variação térmica gerará fissuras ou trincas
devido às tensões elevadas.
Para tratamento, recomenda-se a aplicação de selantes elásticos nas aberturas.

Fissura devido à Flexão:


Este tipo de fissura pode ser consequência do subdimensionamento da estrutura ou da
deficiência dos materiais empregados na execução, ou ainda se não forem respeitados os
períodos de reescoramento das estruturas.
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Figura 14 – Fissuras devido à flexão

Além dos exemplos citados, podemos encontrar fissuras devido ao cisalhamento, compressão
e punção. Para cada caso, a obra deve avaliar a necessidade de contatar o projetista e o
calculista para elaboração do parecer técnico e após isto, realizar o reparo da estrutura.

8.2 Corrosão das Armaduras

Nos elementos estruturais em que o aço já foi vítima da corrosão, ocorre um aumento de
volume de até oito vezes na parte afetada da armadura, produzindo tensões que o concreto
não resiste. Formam-se as fissuras, e as armaduras mais próximas à superfície do elemento
estrutural ficam mais expostas ainda à ação dos agentes externos, gerando mais corrosão, e
até o desplaqueamento do concreto.
As causas mais comuns da ocorrência da corrosão no concreto são: má execução das peças
estruturais, concreto com resistência inadequada, ambiente agressivo, proteção insuficiente,
manutenção inadequada ou inexistente e presença de cloretos, bem como falha no
recobrimento mínimo e utilização de espaçadores.
Antes de tratar a patologia, recomenda-se que o calculista forneça um parecer técnico,
atestando a estabilidade da estrutura. Após isto, deve-se realizar a aplicação de Nitro Primer
ZN na armadura corroída e executar o cobrimento da mesma, conforme NBR 6118:2014.

Figura 15 – Corrosão nas armaduras da laje

8.3 Desagregação do Concreto e Eflorescência

A desagregação é a perda de massa de concreto devido a um ataque químico expansivo de


produtos inerentes ao concreto e/ou devido à baixa resistência do mesmo, caracterizando-se
Código: Página:

PO.003-QUA 16/16
PADRÃO OPERACIONAL
Data Elaboração / Revisão:
Diretoria: Revisão:
Operações 28/04/2022 01
ESTRUTURA DE CONCRETO ARMADO

por agregados soltos ou de fácil remoção.


A eflorescência é a formação de depósitos de sais de metais alcalinos (sódio e potássio) e
alcalino-ferrosos (cálcio e magnésio) na superfície de concreto. Os sais migram para a
superfície devido a sua dissolução pela água e evaporação da mesma, podendo ser agressivos
e causar degradação profunda.

Figura 16 – Eflorescência no concreto

8.4 Prazo de Garantia Recomendado – NBR 15.575:2013

Patologia Prazo de Garantia


Piso - Fissuras 2 anos
Piso - Estanqueidade 3 anos
Estrutura - Segurança e estabilidade 5 anos

8.5 Vida Útil de Projeto Recomendada – NBR 15.575:2013

Sistema Vida Útil de Projeto (Mínimo)


Estrutura principal ≥ 50 anos
Estrutura auxiliar ≥ 20 anos

9. ELABORADOR

Analista de Qualidade

10. APROVADOR

Superintendente Técnico

11. RESPONSÁVEL

Diretor de Operações

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