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MEMÓRIA DE CÁLCULO Nº: *********** REV: 0

CLIENTE: PETROBRAS (COMPARTILHADO/IGPO/OBRAS/EO-II)

TÍTULO:
MEMÓRIA DE CÁLCULO DA
LINHA DE VIDA PREDIO 609 BASE IMBOASSICA
CONTRATO Nº: ************* RESP. TÉCNICO: Rafael Leopoldo Libardi
ENGENHEIRO CIVIL

DATA: 09/04/2024 CREA Nº: CREA 5061708733/D SP

ÍNDICE DE REVISÕES

REV. DATA DESCRIÇÃO DA REVISÃO ELABORADO VERIFICADO APROVADO

0 09/04/2024 REVISÃO INICIAL Andrew Cordeiro

As informações deste documento são propriedade da TD Construtora, sendo proibida a utilização fora da sua finalidade. Quando
impresso, será controlado quando identificado com carimbo e código de CÓPIA CONTROLADA.
Sumário
1 OBJETIVO, APLICAÇÃO E HISTÓRICO..................................................................... 4

1.1 Objetivo ............................................................................................................. 4

1.2 Aplicação ........................................................................................................... 4

1.3 Histórico ............................................................................................................ 4

2 CARACTERISTICAS DOS MATERIAIS....................................................................... 4

2.1 Cabos de Aço - Cabo de aço Ø 7/16” - 6x19 – AF - classe EIPS ............................ 4

2.2 Fixações e Dispositivos De Travamento ............................................................. 4

3 CÁLCULO DE LINHA DE VIDA ................................................................................. 5

3.1 Dinamica de Queda ............................................................................................ 5

3.2 Deformação do Cabo ....................................................................................... 12

3.3 Flexa Mínima ................................................................................................... 13

3.4 Tração no Cabo ................................................................................................ 14

3.5 Zona de Queda Livre ............................................. Erro! Indicador não definido.

4 CONCLUSÃO ............................................................... Erro! Indicador não definido.

4.1 Pontos de Ancoragem ...................................................................................... 15

4.1.1 CLIPAGEM DE CABO DE AÇO ............................................................................................................. 15

5 RECOMENDAÇÕES DURANTE MONTAGEM / EXECUÇÃO .................................... 16

6 CROQUI DA LINHA DE VIDA ................................................................................ 18

7 ESQUEMA DE FIXAÇÃO ....................................................................................... 18

7.1 A Fixação das linhas de vida deve proceder da seguinte forma:....................... 19

7.2 Cisalhamento Máximo ..................................................................................... 19

7.3 Fator De Segurança – Cisalhamento................................................................. 19


As informações deste documento são propriedade da TD Construtora, sendo proibida a utilização fora da sua finalidade. Quando
impresso, será controlado quando identificado com carimbo e código de CÓPIA CONTROLADA.
8 CONSIDERAÇÕES FINAIS ..................................................................................... 22

9 REGISTROS/DOCUMENTOS COMPLEMENTARES ................................................. 22

10 ANEXOS...................................................................... Erro! Indicador não definido.

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1 OBJETIVO, APLICAÇÃO E HISTÓRICO

1.1 Objetivo

O presente documento tem por objetivo apresentar o memorial de cálculo de um sistema de linha de
vida horizontal que será montada na base de Imboassica prédio 609, para a realização de trabalho de
reparos no telhado, bem como definir recomendações e instruções para a instalação do sistema.

1.2 Aplicação

Este padrão foi desenvolvido para atender as exigências do programa de Serviços de Elaboração de
Projetos e Documentos Técnicos COMPARTILHADO/IGPO/OBRAS/EO-II e se aplica para a execução dos
serviços no sistema de linha de vida horizontal no prédio 609, localizado na área da Base Operacional
Imboassica , Macaé-RJ, em atendimento a SS 72/2024 ao Contrato N° ************ firmado entra a
PETROBRAS e a TD CONSTRUTORA.

1.3 Histórico

Em atendimento a solicitação do setor de SMS fiscalizador da referida atividade, foi realizado projeto
de memória de cálculo de linha de vida horizontal a ser utilizada no prédio 609, afim de atestar sua
capacidade de carga máxima, para permitir o uso pelos colaboradores da contratada para a realização
de serviços sobre o telhado.

2 CARACTERISTICAS DOS MATERIAIS

2.1 Cabos de Aço - Cabo de aço Ø 7/16” - 6x19 – AF - classe EIPS

• Resistência a tração = 220 kgf/mm²

• Diâmetro = 7/16” =11,50

• Carga de ruptura mínima = 9,30 tf = 9300 kgf

• Módulo de Elasticidade = 10000 kgf/mm²

• Pela Tabela EIPS para Cabos de Aço, a carga de ruptura para 7/16” é 9.300 kgf

2.2 Fixações e Dispositivos De Travamento

• Grampos pesados para cabos de aço de Ø 7/16” (02 peças por laço), galvanizado

• Sapatilha Ø 7/16” linha pesada

• Esticador 3/4- linha pesada

• Absorvedor de energia Potencia - ABS 1500kg


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• Poste de andaime

➢ Limite de Resistência (σl) = 420 MPa

➢ Medida externo (D) = 76,20 mm

➢ Espessura de parede (e) = 6,55 mm

3 CÁLCULO DE LINHA DE VIDA

3.1 Dinâmica de Queda

Para calcular a dinâmica de queda deve-se observar que a ancoragem se encontra abaixo do
trabalhador, estando o talabarte próximo aos pés. Nesse caso temos a referência do comprimento da
altura de queda e do talabarte, restando apenas realizar o cálculo para se descobrir qual é o FQ.

Figura I. Tensão na linha de vida

𝐻𝑄 2,0
FQ= FQ= FQ= 2,0
𝐶𝑇 1,0

Onde; HQ = altura da queda


CT = comprimento do talabarte
FQ = fator de queda

Caso o trabalhador esteja utilizando um talabarte, deve-se levar em consideração o seu comprimento.
A NBR 15834:2010 (talabartes de segurança) impõe um comprimento máximo de 2 metros
considerando o conjunto talabarte, conectores e absorvedor de impacto (absorvedor de impacto
fechado). No mercado nacional são comercializados tamanhos variados, sendo os mais comuns 1,0m.

O acesso ao telhado será realizado por meio de PEMT.

Os colaboradores iram acessar o telhado pela lateral do prédio conforme esquema abaixo.

A lateral de acesso tem altura de 14 metros onde o colaborador será elevado até o local da construção
do primeiro ponto de ancoragem da linha de vida, ponto identificado na figura 3 abaixo.

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Tendo em vista que o telhado e composto de telhas de concreto, o trânsito sobre as telhas deverá ser
feito entre as uniões do fechamento superior onde há maior resistência da estrutura conforme
esquema ilustrado na figura 4 abaixo.

Figura II. Local de acesso da PEMT para acesso ao telhado

Figura III. Local onde será instalado o ponto de ancoragem

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Figura IV. Local de trânsito sobre o telhado.

O acesso inicial será feito pela placa de acabamento superior lateral devendo o colaborador usar
pranchas de andaime integras e sem rachaduras para fazer a progressão sobre o telhado aos demais
locais onde será necessário acesso.

Segue abaixo esquema com dimensões aproximadas da telha existente no prédio 603.

Figura V. Esquema da telha

O telhado e composto por dois pavimentos onde o desnível de um para o outro tem diferença de 1
metro conforme figuras abaixo.

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Figura VI. Vista frontal do prédio 609

Figura VII. Desnível do telhado

Figura VIII. Fatores de queda 2

O fator de queda utilizado na montagem desse dispositivo de linha de vida será o 2, onde devesse
aumentar os cuidados em relação a verificação dos dispositivos de segurança e a supervisão constante
dos pontos de ancoragem, que serão instalados abaixo da linha da cintura dos colaboradores.

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Figura IX. Área do telhado do 609 vista de cima

A instalação do sistema de linha de vida será executada em duas etapas em cada pavimento do telhado.

Primeira etapa será montar os pontos primários com intervalos de 50 metros

Segunda etapa será montar os ramais de interligação aos pontos primários já instalados

Totalizando 358,55 metros de área abrangida pelo sistema de linha de vida em cada lado do galpão.

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Figura X. Local onde será feita a ancoragem com peças de andaime

A ancoragem para fixação será feita nas vigas de sustentação do telhado do prédio 609 devendo
transpassar o nível da telha para possibilitar a fixação dos cabos.

3.2 Fatores e mecanismos da queda

A força de choque, força máxima ou força de parada é medida durante a etapa de parada do ensaio de
comportamento dinâmico. A normativa fixa o valor de 600 Kgf como força de impacto máxima
permitida a ser transmitida ao trabalhador. A norma de absorvedor de energia e as de todos os
modelos de trava-quedas testam os produtos dentro da pior situação possível e limitam, a força de
impacto gerada em 600 Kgf.

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Figura XI. Zona livre de queda

Calculo da zona livre de queda

A zona livre de queda é a região compreendida entre o ponto de ancoragem e o obstáculo inferior
mais próximo contra o qual o trabalhador possa colidir em caso de queda, tal como o nível do chão
ou o piso inferior, considerando colaborador com altura média de 1,80 metros.

Onde;

A= 1,00 B= 1,00 C= 1,80 D= 10,20 L1= 1,00

Verificação se o trabalhador atingirá ou não o piso inferior ou algum anteparo;

Tomando como referência o pé do trabalhador na posição em cima do piso de trabalho e a posição 2


do trabalhador depois de uma queda, teremos a somatória dos seguintes valores:

ZLQ = A+B+C+D ZLQ = 1,00+1,00+1,80+10,20

ZLQ= 14,00 M

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Verificação da altura mínima de instalação do trava-quedas retrátil.

FATOR DE QUEDA = 0,2

Para que o sistema seja eficiente devemos calcular a zona de queda existente (ZQE) é a mesma
deverá ser menor do que a ZLQ.

ZQE = A+B+C ZQE = 1,00 + 1,00 + 1,80

ZQE = 3,80 M

Concluindo assim que a linha de vida deverá ser instalada em paralelo ao piso de trabalho, e ZQE <
ZLQ, considerado OK.

3.3 Deformação do Cabo

𝐹𝑥𝐿
𝐿 =
𝐸 𝑥 𝐴𝑚
Onde:

𝛥𝐿 = Deformação elástica [mm]

𝐹 = Força de impacto [kgf]

𝐿 = Comprimento do Cabo [mm]

𝐸 = Módulo de Elasticidade (10000 kgf/mm² - Catálogo CIMAF) [kgf/mm²]

𝐴𝑚 = Área da seção metálica [mm²]

𝐴𝑚 = 𝑓 𝑥 𝑑²

Onde:

𝑓 = Fator de multiplicação do cabo de aço, corresponde a N/mm² = (0,396 – Catálogo CIMAF);

𝑑 = diâmetro nominal do cabo [mm]; = 11,5mm

𝐴𝑚 = 0,396 𝑥 (11,5 𝑚𝑚) ²

Am = 52,371mm²

Substituindo na equação de deformação:

926,36 kgf 𝑥 20000 mm


𝐿 =
10000 kgf/mm² 𝑥 52,371 mm²

𝐿 = 35,38 𝑚𝑚
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3.4 Flexa Mínima

Para calcular a flecha máxima em caso de queda dos colaboradores, primeiro devemos considerar o
tamanho real do cabo a montagem com a flecha mínima de 8,3 %, conforme esquema a seguir:

Fmin
𝑇𝑔 =
𝐿⁄
2
Onde:

Fmin = Flecha mínima [mm];

L = Comprimento entre os pontos de ancoragem [mm];

20000 mm x 0,083
𝑇𝑔 =
20000 𝑚𝑚⁄
2
 = 16,60

Logo, o tamanho real do cabo na montagem será:

𝐹𝑚𝑖𝑛 𝑥 2
𝐿𝑐 =
𝑆𝑒𝑛
Onde:

Lc = Comprimento do cabo na montagem [mm];

Fmin = Flecha mínima [mm];

20000 𝑚𝑚 𝑥 0,084 𝑥 2
𝐿𝑐 =
𝑆𝑒𝑛16,60

𝐿𝑐 = 20.733,259 𝑚𝑚

Quando o cabo de aço é solicitado conforme os parâmetros utilizados para os cálculos, seu
comprimento se altera, de forma que:

𝐿𝑓 = 𝐿𝑐 + 𝛥𝐿

Onde:

Lf = Comprimento do cabo de aço em caso de queda de 2 colaboradores [mm];

Lc = Comprimento do cabo de aço na montagem [mm];

𝛥𝐿 = Deformação elástica [mm];

𝐿𝑓 = 20.733,259 𝑚𝑚 + 35,38 𝑚𝑚

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𝐿𝑓 = 20.768,639 mm

Sendo assim, podemos calcular a flecha máxima conforme esquema a seguir:

Fmax= [ (Lf/2)2 – (L/2)2 ]1/2

Onde:

Lf = Comprimento do cabo de aço em caso de queda de 2 colaboradores [mm];

L = Comprimento entre os pontos de ancoragem [mm];

Fmax = Flecha máxima em caso de queda de 2 colaboradores [mm];

Fmax= [(20.768,639 /2)2 – (20000/2)2]1/2

Fmax = 1,04 m

3.5 Tração no Cabo

Para calcular a tração no cabo de aço, utiliza-se a equação a seguir:

𝐹 𝑥 𝐿𝑓
𝑅=
4 𝑥 𝐹𝑚𝑎𝑥
Onde:

R = Tração do cabo de aço [kgf];

F = Força de impacto na queda de dois colaboradores [kgf];

Lf = Comprimento do cabo de aço em caso de queda de 2 colaboradores [m];

926,36 kgf 𝑥 20,00 m


𝑅=
4 𝑥 1,04 𝑚

𝑅 = 4,45 𝑘𝑔𝑓

4 Fator de segurança cabo de aço.

Os cabos de aço atendem as recomendações da NR 18, item 18.16.2.1 e resistirão a 5 (cinco) vezes a
carga máxima de trabalho a que estiverem sujeitos e tem resistência à tração de seus fios maior do
que 160 kgf/mm² (cento e sessenta quilogramas-força por milímetro quadrado).

De acordo com os resultados obtidos, podemos calcular o fator de segurança do cabo de aço (Fs):

Tração no cabo de aço (R)


𝐹𝑠 =
Carga de ruptura mínima do cabo de aço

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4453,00 kgf
𝐹𝑠 =
9300,00 kgf

𝐹𝑠 = 0,478

De acordo com os resultados obtidos e com as especificações do cabo de aço apresentado, o fator de
segurança atende a NR 18. Quanto a resistência a tração dos fios, o cabo de aço apresenta o valor de
220 kgf/mm², também sendo maior do que o aconselhado pela NR 18 (160 kgf/mm²).

4.1 Pontos de Ancoragem

Serão montadas estruturas de andaime com dimensões 5 m³, afim de dar maior sustentação e
estabilidade a linha de vida montada.

A estrutura será fixada na lateral de alvenaria do prédio utilizando a técnica de amarração por
laçamento fixo, feito com peças de andaime.

4.1.1 CLIPAGEM DE CABO DE AÇO

A clipagem dos cabos de aço deverá ser realizada com a base do grampo posicionado no trecho mais
comprido do cabo e com no mínimo 3 grampos instalados conforme figura a seguir:

Figura XII. Exemplo de grampo para clipagem da linha de vida

Figura XIII. Passo a passo da montagem

Cabos de aço

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Os cabos de aço devem ter sua carga de ruptura igual a no mínimo cinco vezes a carga máxima
utilizada.

Sempre que o cabo de aço de sustentação tiver contato com uma aresta, este deve ser
convenientemente protegido contra o atrito e garantir um raio mínimo de curvatura de oito vezes o
diâmetro, através de um dispositivo fixado firmemente à estrutura.

Os cabos de aço de sustentação devem ser de alma de fibra (AF) e construção 6 x 19, torção regular à
direita, galvanizados e resistência à tração dos fios entre 1600 MPa e 1800 MPa (PS).

O diâmetro mínimo dos cabos de aço para andaimes leves é de 7,95 mm, com carga mínima de
ruptura igual a 34,8 kN e 9,5 mm para os andaimes pesados, com carga mínima de ruptura igual a
49,8 kN.

Os cabos de sustentação devem ser inspecionados antes da montagem, e periodicamente quando


em uso, e não devem apresentar qualquer um dos seguintes defeitos:

a) oxidação do cabo, comprometendo a sua resistência;

b) ruptura de fios em número acima de um a cada passo do cabo;

c) deformações permanentes, tais como dobras, esmagamentos, pernas salientes, etc.; - diminuição
do diâmetro nominal do cabo em mais de 10%; - desgaste por abrasão dos fios externos em mais de
30%.

Nota: Passo é a distância em que a perna dá uma volta completa em torno da alma do cabo.

Cuidados com cabo de aço;

Substitua o cabo ou descarte o pedaço do cabo quando:

• Existirem arames rompidos visíveis;

• Aparecer corrosão acentuada;

• Os arames externos se desgastarem mais do que 1/3 de seu diâmetro original;

• O diâmetro do cabo diminuir mais do que 5% em relação a seu diâmetro nominal.

5 RECOMENDAÇÕES DURANTE MONTAGEM / EXECUÇÃO

Neste projeto foi levado em consideração 02 colaboradores trabalhando simultaneamente na linha de


vida, ou seja, torna-se proibido o trabalho com mais de 02 colaboradores conectados à linha de vida
simultaneamente.

É importante não montar o cabo de aço com flecha menor que 8,3% (1,83 m) pois a tração no cabo em
caso de queda é aumentada, sendo capaz de comprometer a segurança dos colaboradores. Cabos de
aço não podem ter emendas nem pernas quebradas que possam vir a comprometer sua segurança.

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Não é permitido que o cabo de aço tome a forma de um pequeno laço, pois é o começo de um nó.
Feito um nó a resistência do cabo é muito reduzida.

Caso ocorra queda de colaboradores durante a execução das atividades na linha de vida, será
necessária a troca dos cabos de aço que foram solicitados. Essa troca visa principalmente a segurança
de todos os colaboradores envolvidos na atividade.

Os requisitos legais devem ser atendidos durante o acesso ao local de instalação do sistema de
ancoragem, em especial a NR 35.

O acesso ao local da atividade e a linha de vida, só será autorizado mediante documentação


previamente autorizada. Pela fiscalização responsável.

5.1 Especificações técnicas do tubo de andaime e das abraçadeiras

A estrutura que dará suporte a linha de vida será feita utilizando tubos de andaime e abraçadeiras,
com as seguintes especificações técnicas;

Abraçadeiras fixas tem capacidade de carga igual a 900 kgf.

Abraçadeira giratórias tem capacidade de carga igual a 600 kgf.

Tubos fabricados a partir de aço galvanizado, o tubo SH possui diâmetro de 48,3 mm e suas
características geométricas e físicas são;

1. Diâmetro nominal DN = 1 ½´´

2. Peso / m P = 3,52 KG/M

3. Diâmetro externo D = 48,00 mm

4. Espessura E = 3,00 mm

5. Área da seção A = 424,10 mm2

6. Modulo de resistência W = 4.492,90 mm3

7. Modulo de elasticidade E = 21.000,00 kgf/mm2

8. Momento de inercia I = 107.828,600 mm4

9. Raio de giração R = 15,94 mm

10. Momento fletor admissível Madm = 50,00 kg.m

11. Tensão de escoamento (aço SAE1008) F = 17,34 kgf/mm2

12. Tensão admissível O = 11,00 kgf/mm2


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13. Carga max. Para abraçadeira 1/49 na 717 kgf

6 CROQUI DA LINHA DE VIDA

Imagem ilustrativa da montagem e clipagem das ancoragens nos postes.

Figura XIV. Croqui da ancoragem e clipagem da linha de vida

7 ESQUEMA DE FIXAÇÃO

Para realizar os cálculos dos pilares de fixação foi considerado que a tração no cabo de aço (R = 0,40
𝒌𝒈𝒇 = 4,00N) é transmitida para os pilares de fixação.

Cada pilar de fixação terá uma altura de 2,50 m.

As imagens abaixo são meramente ilustrativas para comparação com o modelo que será instalado.

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7.1 A Fixação das linhas de vida deve proceder da seguinte forma:

Serão instaladas por um colaborador. Sendo este colaborador também responsável pela criação de
uma linha de acesso feita com cabo de aço, no sentido do comprimento do telhado afastada 1,50m da
lateral conforme figura abaixo;

Os cabos de aço serão ancorados em estrutura de andaime montadas na borda do telhado com base
fixada na estrutura de alvenaria

7.2 Cisalhamento Máximo

Para calcular a tensão de cisalhamento máxima de uma seção retangular, utiliza-se:

Vmax = Força cortante máxima no pilar de fixação (conforme gráfico de esforço cortante) [N];

A = Área da seção transversal do pilar de fixação [m²], Viga U laminado 3’ = ,075 m x ,04 m = ,03 m²;

Logo:

1,5 𝑥 18,24
= 912 𝑀𝑝𝑎
0,03

7.3 Fator De Segurança – Cisalhamento

Para calcular o fator de segurança em relação ao cisalhamento, utiliza-se:

𝜏𝑚𝑎𝑥 = Tensão de Cisalhamento máxima no pilar de fixação [Pa];

𝜎𝑙 = Limite de resistência do aço SAE 1020 – Pilar de Fixação [Pa];

Logo:

912 𝑀𝑝𝑎
= 2,17 𝑘𝑔𝑓/𝑐𝑚2
4200 𝑘𝑔𝑓⁄𝑐𝑚2

Conforme norma ABNT NBR 16325-2, deve-se garantir um fator de segurança mínimo de 2 para todo
o sistema delinha de vida. Sendo assim, os pilares de fixação atendem as recomendações conforme
resultados calculados.

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7.4 Equipamentos utilizados na montagem da linha de vida

Figura XV. Cabo de aço 11,5 mm

Figura XVI. refere-se a um conjunto composto por duas sapatilhas e seis grampos de aço inoxidável reforçados.

Figura XVII. mostra um esticador de cabo de aço do tipo manilha x manilha, feito de aço carbono galvanizado a
quente ou aço inoxidável, com trava anti-rotação para evitar o desalinhamento acidental da tensão do fio.

Figura XVIII. dispositivo retrátil de proteção contra quedas com cabo de aço galvanizado com revestimento
sintético, adequado para locais com atmosfera potencialmente explosiva. Possui mosquetão giratório com
indicador de queda para garantir a durabilidade do cabo. Conforme a NBR 14.628 (ABNT, 2000), a carga máxima
de trabalho (peso do trabalhador) do dispositivo antiqueda retrátil é de 100 kg.

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Figura XIX. Tubos e abraçadeiras de andaime para montagem da estrutura.

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8 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Tendo em vista as informações contidas no presente documento conclui-se que foram expostos os
meios mais seguros e dentro das normas que regem o trabalho com uso de linha de vida, após análise
do local e realização do memorial de cálculo, foi elaborado os meios mais seguros de se realizar tal
atividade.

RESPONSÁVEL TECNICO PELAS INFORMAÇÕES APRESENTADAS DO CONTEUDO DO PROJETO

Nome: Andrew Cordeiro Da Silva

Cargo/Função: Técnico em Edificações especialista em estruturas metálicas

ID= 49243868

9 REGISTROS/DOCUMENTOS COMPLEMENTARES

• Livro: Resistência dos Materiais – 7ª ed. – Hibbeler, Russel Charles;

• Livro: Fundamental of Fall Protection – A.C. Sulowski;

• Cabos de aço – Catálogo CIMAF/2009;

• NR 18 - Condições E Meio Ambiente De Trabalho Na Indústria Da Construção;

• NR 35 – Trabalho em Altura;

• Norma ABNT NBR 15836 – Equipamento de proteção individual contra queda de altura – Cinturão
de segurança tipo paraquedista.

As informações deste documento são propriedade da TD Construtora, sendo proibida a utilização fora da sua finalidade. Quando
impresso, será controlado quando identificado com carimbo e código de CÓPIA CONTROLADA.
MEMÓRIA DE CÁLCULO DA *********
LINHA DE VIDA PREDIO 609 BASE Data Revisão Página:
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