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MEMORIAL DE PROJETO – ESPERAS DE ANCORAGEM

DADOS DA OBRA: UPSIDE HOME CLUB

ENDEREÇO: Avenida NEREU RAMOS – CENTRO – BALNEÁRIO PIÇARRAS / SC

DADOS DO CLIENTE: ROGGA S.A CONSTRUTORA E INCORPORADORA

ENDEREÇO: Rua Dona Francisca, 8300 – Joinville / SC

CNPJ: 08 486.781/0001-88

DATA: 31/08/2021

CÓDIGO DA OBRA: 22001

PEDIDO DE VENDA: PV398

RESPECTIVA ART: 11278261

REV1 PROJETOS INTEGRADOS LTDA

Rua Vinte de Setembro 1585, sala 41, bairro Centro – Caxias do Sul, RS

www.rev1.com.br
ÍNDICE

1 OBJETIVO 3
2 METODOLOGIA 4
3 BASE LEGAL 5
3.1 USO DURANTE A CONSTRUÇÃO DA EDIFICAÇÃO 5
3.2 USO COMO ANCORAGEM DEFINITIVA 8
4 ANCORAGEM A SER EMPREGADA 9
4.1 DESCRIÇÃO DOS COMPONENTES 9
Olhal 10
Haste 10
Chumbador Químico 11
4.2 INSTALAÇÃO 11
4.3 DURABILIDADE DAS PEÇAS DE ANCORAGEM 13
5 DIMENSIONAMENTOS 13
5.1 CHUMBADOR 13
5.2 OLHAIS 15
6 RECOMENDAÇÕES 15
6.1 FIXAÇÃO 16
6.2 POSTERIOR USO 16
Trabalho em Fachadas 16
Cuidados na Contratação de Empresas Restauradoras 18
7 CONCLUSÃO 21
8 BIBLIOGRAFIA 22
9 ANEXOS 23
9.1 ART com os seguintes dados: 23

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1 OBJETIVO

O presente projeto vem atender à solicitação da empresa ROGGA S.A CONSTRUTORA E


INCORPORADORA, a fim de determinar o Sistema de Esperas de Ancoragem, na cidade
de BALNEÁRIO PIÇARRAS / SC. A análise destes sistemas e sua implantação pelo
contratante, no entanto, não dispensa a utilização dos demais equipamentos de
segurança, tampouco seu dimensionamento e projeto.

Para o bom desenvolvimento do trabalho, foram solicitadas informações a empresa


contratante, que se pressupõe que estejam corretas e sejam a representação real do
que se usará em obra.

Foram obedecidas as normas técnicas vigentes no Brasil e bibliografia específica na


elaboração deste memorial.

O MEMORIAL é constituído de UMA (01) via original, sendo que quaisquer omissões,
erros ou dificuldades de interpretação deverão ser comunicadas na forma mais
expedita possível ao responsável técnico por este memorial para que possam ser
esclarecidas, corrigidas ou solucionadas.

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2 METODOLOGIA

Os elementos utilizados serão descritos geometricamente e construtivamente, a fim


de caracterizá-los. Com base nestes dados será feita análise estrutural dos mesmos,
tendo como premissa o atendimento quanto ao seu dimensionamento e normas de
segurança provisória no canteiro de obras.

Com os dados coletados e valendo-nos de métodos e teorias para o cálculo estrutural


dos elementos, preconizado pelas Normas da Associação Brasileira de Normas
Técnicas e Livros Técnicos, foram realizadas as verificações necessárias e o projeto
específico.

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3 BASE LEGAL

3.1 USO DURANTE A CONSTRUÇÃO DA EDIFICAÇÃO

Durante a execução da obra deverão ser seguidos os critérios conforme abaixo:

NORMA REGULAMENTADORA NR-18 DO MTE:

18.15 Andaimes e Plataformas de Trabalho

18.15.30 Os sistemas de fixação e sustentação e as estruturas de apoio dos andaimes


suspensos devem ser precedidos de projeto elaborado e acompanhado por
profissional legalmente habilitado.

18.15.30.1 Os andaimes suspensos devem possuir placa de identificação, colocada em


local visível, onde conste a carga máxima de trabalho permitida.

18.15.30.2 A instalação e a manutenção dos andaimes suspensos devem ser feitas por
trabalhador qualificado, sob supervisão e responsabilidade técnica de profissional
legalmente habilitado obedecendo, quando de fábrica, as especificações técnicas do
fabricante.

18.15.30.3 Deve ser garantida a estabilidade dos andaimes suspensos durante todo o
período de sua utilização, através de procedimentos operacionais e de dispositivos ou
equipamentos específicos para tal fim.

18.15.31 O trabalhador deve utilizar cinto de segurança tipo paraquedista, ligado ao


trava quedas de segurança este, ligado a cabo–guia fixado em estrutura independente
da estrutura de fixação e sustentação do andaime suspenso.

18.15.32 A sustentação dos andaimes suspensos deve ser feita por meio de vigas,
afastadores ou outras estruturas metálicas de resistência equivalente a, no mínimo,
três vezes o maior esforço solicitante.

18.15.32.1 A sustentação dos andaimes suspensos somente pode ser apoiada ou


fixada em elemento estrutural.

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18.15.32.1.1 Em caso de sustentação de andaimes suspensos em platibanda ou beiral
da edificação, essa deve ser precedida de estudos de verificação estrutural sob
responsabilidade de profissional legalmente habilitado.

18.15.32.1.2 A verificação estrutural e as especificações técnicas para a sustentação


dos andaimes suspensos em platibanda ou beiral de edificação devem permanecer no
local de realização dos serviços.

18.15.32.2 A extremidade do dispositivo de sustentação, voltada para o interior da


construção, deve ser adequadamente fixada, constando essa especificação do projeto
emitido.

18.15.32.3 É proibida a fixação de sistemas de sustentação dos andaimes por meio de


sacos com areia, pedras ou qualquer outro meio similar.

18.15.32.4 Na utilização do sistema contrapeso como forma de fixação da estrutura de


sustentação dos andaimes suspensos, este deve atender as seguintes especificações
mínimas:

a) ser invariável quanto à forma e peso especificados no projeto;

b) ser fixado à estrutura de sustentação dos andaimes;

c) ser de concreto, aço ou outro sólido não granulado, com seu peso conhecido e
marcado de forma indelével em cada peça; e,

d) ter contraventamentos que impeçam seu deslocamento horizontal.

18.15.33 É proibido o uso de cabos de fibras naturais ou artificiais para sustentação


dos andaimes suspensos.

18.15.34 Os cabos de suspensão devem trabalhar na vertical e o estrado na horizontal.

18.15.35 Os dispositivos de suspensão devem ser diariamente verificados pelos


usuários e pelo responsável pela obra, antes de iniciados os trabalhos.

18.15.35.1 Os usuários e o responsável pela verificação devem receber treinamento e


manual de procedimentos para a rotina de verificação diária

18.15.36 Os cabos de aço utilizados nos guinchos tipo catraca dos andaimes suspensos
devem:

a) ter comprimento tal que para a posição mais baixa do estrado restem pelo menos
seis voltas sobre cada tambor;

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b) passar livremente na roldana, devendo o respectivo sulco ser mantido em bom
estado de limpeza e conservação.

18.15.37 Os andaimes suspensos devem ser convenientemente fixados à edificação na


posição de trabalho.

18.15.38 É proibido acrescentar trechos em balanço ao estrado de andaimes


suspensos.

18.15.39 É proibida a interligação de andaimes suspensos para a circulação de pessoas


ou execução de tarefas.

18.15.40 Sobre os andaimes suspensos somente é permitido depositar material para


uso imediato.

18.15.40.1 É proibida a utilização de andaimes suspensos para transporte de pessoas


ou materiais que não estejam vinculados aos serviços em execução.

18.15.41.1 O estrado do andaime deve estar fixado aos estribos de apoio e o guarda-
corpo ao seu suporte.

18.15.41.2 É vedada a utilização de guinchos tipo catraca dos andaimes suspenso para
prédios acima de oito pavimentos, a partir do térreo, ou altura equivalente.

18.15.42 Os guinchos de elevação para acionamento manual devem observar os


seguintes requisitos:

a) ter dispositivo que impeça o retrocesso do tambor para catraca;

b) ser acionado por meio de alavancas, manivelas ou automaticamente, na subida e na


descida do andaime; possuir segunda trava de segurança para catraca; e

c) ser dotado da capa de proteção da catraca.

18.15.43 A largura mínima útil da plataforma de trabalho dos andaimes suspensos


deve ser de sessenta e cinco centímetros.

18.15.43.1 A largura máxima útil da plataforma de trabalho dos andaimes suspensos,


quando utilizado um guincho em cada armação, deve ser de noventa centímetros.

18.15.43.3 Os estrados dos andaimes suspensos mecânicos podem ter comprimento


máximo de 8,00 (oito metros).

18.15.44 Quando utilizado apenas um guincho de sustentação por armação é


obrigatório o uso de um cabo de segurança adicional de aço, ligado a dispositivo de

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bloqueio mecânico automático, observando-se a sobrecarga indicada pelo fabricante
do equipamento.

18.16 Cabos de aço e cabos de Fibra Sintética

18.16.1 É obrigatória a observância das condições de utilização, dimensionamento e


conservação dos cabos de aço utilizados em obras de construção, conforme o disposto
na norma técnica vigente NBR 6327/83 – Cabo de Aço/Usos Gerais da ABNT.

18.16.2 Os cabos de aço de tração não podem ter emendas nem pernas quebradas que
possam vir a comprometer sua segurança. (Alterado pela Portaria SIT n.º 13, de 9 de
julho de 2002)

18.16.2.1 Os cabos de aço devem ter carga de ruptura equivalente a, no mínimo,


5(cinco) vezes a carga máxima de trabalho a que estiverem sujeitos e resistência à
tração de seus fios de, no mínimo, 160 kgf/mm2 (cento e sessenta quilogramas-força
por milímetro quadrado). (Incluído pela Portaria SIT n.º 13, de 9 de julho de 2002).

3.2 USO COMO ANCORAGEM DEFINITIVA

A necessidade da instalação de ancoragem definitiva baseia-se nos seguintes


preceitos:

NORMA REGULAMENTADORA NR-18 DO MTE:

18.15.56 Ancoragem (Incluído pela Portaria SIT n.º 157, de 10 de abril de 2006)

18.15.56.1 As edificações com no mínimo quatro pavimentos ou altura de 12m (doze


metros), a partir do nível do térreo, devem possuir previsão para a instalação de
dispositivos destinados à ancoragem de equipamentos de sustentação de andaimes e
de cabos de segurança para o uso de proteção individual, a serem utilizados nos
serviços de limpeza, manutenção e restauração de fachadas.

18.15.56.2 Os pontos de ancoragem devem:

a) estar dispostos de modo a atender todo o perímetro da edificação;

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b) suportar uma carga pontual de 1500,00 kgf (mil e duzentos quilogramas-força);

c) constar do projeto estrutural da edificação;

d) ser constituídos de material resistente às intempéries, como aço inoxidável ou


material de características equivalentes.

18.15.56.3 Os pontos de ancoragem de equipamentos e dos cabos de segurança


devem ser independentes.

18.15.56.4 O item 18.15.56.1 desta norma regulamentadora não se aplica às


edificações que possuírem projetos específicos para instalação de equipamentos
definitivos para limpeza, manutenção e restauração de fachadas.

4 ANCORAGEM A SER EMPREGADA

Conforme a Norma Regulamentadora NR-18 as edificações com no mínimo quatro


pavimentos ou altura de 12m (doze metros), a partir do nível do térreo, devem possuir
previsão para a instalação de dispositivos destinados à ancoragem de equipamentos
de sustentação e de cabos de segurança para o uso de proteção individual, a serem
utilizados nos serviços de limpeza, manutenção e restauração de fachadas. A NR-18
define ainda que cada ponto de ancoragem deve resistir a uma carga de 1500,00 kgf.

O sistema de ancoragem a utilizar será usado tanto para os trabalhos durante a


construção da edificação quanto para posterior emprego em obras de reforma ou
limpeza de fachadas.

4.1 DESCRIÇÃO DOS COMPONENTES

A ilustração das esperas de ancoragem instalada com suas principais dimensões é


apresentada na Figura 4.1.

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Figura 4.1 – Ilustração da Espera de Ancoragem.

Olhal

Para execução do sistema denominado espera de ancoragem, adotamos olhais com


rosca em Aço Inox AISI 304, ou similar, aqui denominado “olhal de ancoragem”. O
acabamento superficial da peça é constituído de um eletro polimento brilhante em
100% da superfície da peça. O olhal utilizado é um olhal de 1/2” (12,70mm) com rosca
de ½”x13 f.p.p. Na Figura 4.2 é apresentado uma ilustração com as principais medidas
do olha de ancoragem.

Haste

Os olhais de ancoragem são fixados a hastes com roscas fabricadas em Aço Inox
AISI 304, ou similar, sendo a rosca da haste de ½”x13 f.p.p.

A haste deve ficar engastada no concreto no mínimo 12,0 cm, sendo que para uma
espessura de revestimento da estrutura de concreto de 2,5 cm pode se utilizar uma
haste de 16,8 cm de comprimento. No caso da espessura de revestimento ser superior
a 2,5 cm o comprimento da haste deve ser alterado de modo a garantir os 12,0 cm de
engaste na estrutura de concreto armado.

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Figura 4.2 – Ilustração do olha de ancoragem, item 01, e da haste utilizada, item 02.

Chumbador Químico

A haste é fixada na alvenaria com o uso de chumbador químico, que deve atender a
carga e 1500,00 kgf.

4.2 INSTALAÇÃO

As esperas de ancoragem poderão ser instaladas no sentido horizontal (platibandas e


vigas de bordo) e/ou no sentido vertical (lajes e vigas), desde que as estruturas
adotadas para fixação tenham a espessura mínima exigida para chumbamento das
hastes.

IMPORTANTE: é de suma importância salientar que o sistema de esperas de


ancoragem aqui indicado é de uso exclusivo em estruturas de concreto armado.

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As seguintes etapas e recomendações deverão ser seguidas para a instalação do
sistema de ancoragem:

1°) Após análise minuciosa do projeto de locação e dimensionamento das esperas de


ancoragem, conferir o nível de instalação e a orientação das mesmas (vertical ou
horizontal).

2°) Após a concretagem e passado o devido tempo de cura do concreto, proceder a


furação com a broca recomendada, atentando para a profundidade do furo indicada
em projeto.

3°) Limpar bem o furo. Importante que o mesmo esteja limpo de poeiras.

4°) Aplicar o chumbador químico a partir do fundo do furo para a extremidade. É


recomendado fazer um descarte inicial do produto até que a mistura se torne
homogênea, no caso de uso de bisnaga.

5°) Instalar a haste devidamente nivelada.

6°) Deixar o chumbador químico curar com o tempo especificado, não mover a haste
até que o chumbador químico esteja completamente curado;

7°) Depois de passado o tempo total de cura fixar o olhal de ancoragem. Após a
instalação dos olhais de ancoragem na haste, sendo que o olhal é rosqueado, é
necessário evitar que este seja retirado, para isto deve ser feito o travamento do
mesmo na haste.

Os procedimentos de segurança a adotar durante a instalação das peças de ancoragem


definitiva são os mesmos adotados durante a execução das demais etapas da obra:

a) Uso das proteções coletivas (linhas de vida, guarda-corpos, etc);

b) Uso das proteções individuais (capacete, cinturão, calçados de segurança, etc).

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4.3 DURABILIDADE DAS PEÇAS DE ANCORAGEM

Para garantir a durabilidade das peças, devem ser tomados os seguintes cuidados:

– Inspeções periódicas a cada 3 (três) meses para identificação da integridade de cada


uma quanto a oxidação e outros desgastes;

– As peças em que se constate problemas de oxidação e desgaste deverão ser


trocadas conforme projeto original.

5 DIMENSIONAMENTOS

5.1 CHUMBADOR

Para a ancoragem dos cabos de aço usa-se um chumbador químico onde a força
máxima de arrancamento é definida pela força de impacto e pela carga de
arrancamento definida pela NR-18.

𝐹arac = maxentre(𝐹imp ; 𝐹NR18 ) ⇒ 𝐹arac = 𝐹NR18 ⇒ 𝐹arac = 1500,00kgf

Onde:

𝐹imp Força de impacto [kgf]

𝐹arac Força de arrancamento atuante [kgf]

𝐹NR18 Carga mínima definida pela norma NR -18 [kgf]

A seguir são apresentadas as características técnicas do chumbador e a sua referência.

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– Código Âncora: AQA12;

– Diâmetro da rosca: 1/2”;

– Carga de arrancamento no concreto: 4.924,00 kgf;

– Diâmetro da haste: 1/2” (12,7 mm);

– Diâmetro do furo: 14 mm;

– Profundidade do furo: 120 mm.

A NR-18 define que o sistema de ancoragem deve resistir a uma carga de


arrancamento de no mínimo 1500,00 kgf, como
Farac  Carac  1500,00kgf  4.924,00kgf  O REFERIDO CHUMBADOR ESTÁ
SEGURO, SEGUNDO CARGA INDICADA PELA NR-18.

Onde:

𝐹arac Força de arrancamento atuante [kgf]

𝐶arac Carga de arrancamento do chumbador no concreto (VER NOTA) [kgf]

NOTA: Valores para concreto de 30 MPa, conforme informado pelo fabricante.

Quando da instalação dos chumbadores, recomenda-se que estes sejam


instalados há uma distância mínima de três vezes o seu diâmetro até a extremidade
dos pilares.

No caso de uso de outro tipo de chumbador ou olhal, se recomenda que sejam


observadas as especificações quanto à carga e coeficiente de segurança.

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5.2 OLHAIS

Para os olhais indicados em planta, recomenda-se utilizar olhais conforme a DIN


582. Recomenda-se o uso de olhais com rosca de 1/2” (12,7mm), sendo que os
mesmos estarão solicitados a tensões de cisalhamento definidas por:

𝐹NR18 𝐹NR18 1500,00


𝜎cis = 2 ⋅ = 2⋅ =2⋅ ⇒ 𝜎cis = 2.368,23 kgf⁄cm ²
𝐴 𝑑 2 1, 272
𝜋 ⋅ olhal 𝜋⋅
4 4

Como𝜎cis < 𝜎esc ⇒ 2.368,23 kgf⁄cm ² < 2.400,00 kgf⁄cm ² ⇒O REFERIDO OLHAL ESTÁ
EM SEGURANÇA, SEGUNDO A NR-18.

Onde:

𝜎cis Tensão de cisalhamento do olhal [kgf/cm²]

𝐹NR18 Carga mínima definida pela norma NR -18 [kgf]

A Área da seção do olhal [cm²]

𝑑olhal Diâmetro da seção do olhal [cm]

𝜎esc Tensão de escoamento do aço INOX SAE 304 [kgf/cm²]

6 RECOMENDAÇÕES

As seguintes recomendações deverão ser atendidas para a correta fixação da


ancoragem definitiva e posterior uso:

6.1 FIXAÇÃO

Durante a fixação das peças de ancoragem definitivas, observar:

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– Evitar aplicar demasiado torque à porca quando a aplicação for feita em concreto de
baixa resistência ou densidade;

6.2 POSTERIOR USO

Observar os seguintes cuidados para posterior uso após a conclusão da edificação:

Trabalho em Fachadas

Procedimentos de segurança a serem observados na realização de serviços de pintura


ou limpeza de fachadas atendendo as exigências do Ministério do Trabalho contidas
nas Normas Regulamentadoras:

– Andaimes e cadeiras suspensas só podem ser operadas por pessoas habilitadas,


treinadas e com aptidão atestada em exame médico;

– Não utilizar andaimes e cadeiras improvisados;

– Usar andaimes ou cadeira suspensa com cinturão de segurança ligado a cabo-guia c/


trava quedas;

– Deve ser usado capacete de segurança com jugular, além dos outros EPI's de acordo
com a tarefa;

– Só passar do edifício ao andaime ou cadeira suspensa após conectar o trava quedas


ao cabo-guia e só se desconectar do cabo-guia após retornar ao edifício;

– Não trabalhar com chuva ou vento;

– Não utilizar cabos de sustentação danificados;

– Utilizar ponto de ancoragem com resistência mecânica compatível;

– Isolar o local abaixo dos trabalhos em fachada para impedir a presença de pessoas
que poderiam ficar sob o local de trabalho.

– Existindo risco de queda de materiais nas edificações vizinhas, estas devem ser
protegidas.

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PLANEJAMENTO DO TRABALHO

Todo serviço realizado em fachada exige um planejamento dos seguintes itens:

– Tipo de fachada, estado dos componentes e resistência dos beirais.

– Definição da movimentação nos beirais visando deslocamento racional, distante de


rede elétrica e garantindo resistência mecânica de todos os pontos de ancoragem de
no mínimo 1500,00 kg.

– Definição dos materiais e equipamentos necessários à realização dos trabalhos .

– Se a fachada estiver próxima ou junto ao passeio (calçada) deve ser instalada tela de
proteção na fachada e galeria de proteção sobre o passeio com altura interna livre de
no mínimo 3,00m, para prevenir a possível queda de materiais sobre transeuntes.

– Em caso de necessidade de realização de serviços sobre o passeio, a galeria deve ser


executada na via pública, devendo neste caso ser sinalizada em toda sua extensão, por
meio de sinais de alerta aos motoristas nos 2 extremos e iluminação durante a noite,
respeitando-se à legislação do Código de Obras Municipal e de trânsito em vigor;

– As bordas da cobertura da galeria devem possuir tapumes fechados com altura


mínima de 1,00m (um metro), com inclinação de aproximadamente 45º (quarenta e
cinco graus).

– Os trabalhadores que irão realizar as atividades fazendo o uso deste Sistema de


ancoragem e do Sistema de Proteção Individual Contra Queda devem comprovar
aptidão e treinamento específico para trabalho em altura.

– Cabe salientar que todas as atividades mencionadas neste procedimento devem ser
supervisionadas por um responsável técnico, legalmente habilitado e identificado
como tal, garantindo qualidade e segurança quanto ao atendimento das
recomendações contidas neste documento.

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TREINAMENTO E CAPACITAÇÃO MÍNIMA TRABALHO EM ALTURA

Segundo a NR 35, considera-se trabalhador capacitado para trabalho em altura aquele


que foi submetido a exames médicos e avaliações ocupacionais para definição de
aptidão física e psicológica, sendo conjuntamente aprovado em
treinamento/capacitação teórico-prática, com carga horária mínima de oito horas.

EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL

Todos os trabalhadores envolvidos nas atividades devem utilizar no mínimo os


seguintes EPI's:

• Calçado de segurança;
• Capacete de segurança com jugular;
• Óculos segurança – escuros/incolor ampla visão;
• Cinto de segurança com trava quedas;
• Filtro solar fator 30 ou superior;
Demais equipamentos específicos e necessários para realização da atividade devem
ser previstos pela empresa prestadora de serviço, juntamente, com Responsável
Técnico devidamente habilitado.

Cuidados na Contratação de Empresas Restauradoras

Nos serviços de pintura ou restauro de fachada é proibida a terceirização ou o contrato


temporário, pois é uma atividade fim da empresa de pintura que é obrigada a executar
o serviço com funcionários próprios.

Antes de contratar solicitar os seguintes documentos da empresa:

– Cartão do CNPJ;

– Inscrição Estadual;

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– CCM;

– As últimas guias de recolhimento de INSS, FGTS, ISS;

– Recolhimento sindical Patronal e Assistencial dos Trabalhadores;

– Recolhimento de seguro dos trabalhadores;

– Recolhimento de seguro de responsabilidade civil (RC).

Dos trabalhadores devem solicitados os seguintes documentos:

– Ficha de registro e/ou CTPS (atenção às fraudes, como troca de fotos, etc.);

– Atestados de saúde ocupacional, PCMSO e PPRA (NR 7 e 9);

– Comprovante de treinamento em segurança do trabalho dos operários.

Verificar também se os operários recebem os EPI's e se foram treinados quanto ao seu


uso.

A empresa deve apresentar também:

– Projeto e ART (Anotação de Responsabilidade Técnica) junto ao CREA, do


engenheiro responsável pelos sistemas de fixação, sustentação e das estruturas de
apoio dos andaimes suspensos.

– O contratante dos serviços também precisa fiscalizar o cumprimento das normas de


segurança do trabalho, não permitindo a entrada à obra de funcionário sem os
documentos básicos supra relacionados e sem os equipamentos necessários para sua
segurança.

– Caso a empresa não apresentar estes documentos, não a contratar, pois o


contratante ou síndico ¨estará assumindo os riscos¨.

– Procurar conhecer a empresa que vai se contratar, pois esta é uma medida simples e
pode dar clara noção de quem se está contratando. Estes cuidados darão subsídio para
uma boa contratação e definem a idoneidade da empresa, mas para executar a obra, é
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necessário ir além, oferecendo a segurança necessária para evitar acidentes, com o
cumprimento da CLT e das NRs.

– A concorrência na contratação de empresa restauradora não pode ser balizada


somente pelo menor preço. Lembra-se que o síndico é responsável solidário na
ocorrência de acidentes no condomínio. Portanto, deve se contratar a melhor
empresa.

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7 CONCLUSÃO

Conforme demonstrado neste procedimento de instalação e uso, as esperas de


ancoragem apresentam, do ponto de vista do dimensionamento dos componentes,
plenas condições de operação e uso com segurança. Não é objetivo deste
procedimento a verificação da resistência de platibandas, beirais, lajes, marquises
entre demais elementos estruturais existentes no local, os quais deverão ser alvo de
criteriosa análise por profissional legalmente habilitado, prevendo as cargas aqui
apresentadas.

Emissão Inicial em 31 de agosto de 2021.

Luis Guilherme Bezerra Marques


Engenheiro Mecânico
CREA/RS RS 229749

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8 BIBLIOGRAFIA

Edifícios Industrias de Aço – Projeto e Cálculo. Autor. Ildony H. Beller. Editora: Pini

Ltda. 1ª Edição.

Estruturas de Aço. Autor: Walter Pfeil, Editora: Livros Técnicos e Científicos AS,

5ª Edição.

Resistência dos Materiais. Autor: Ademar Gilberto Groehs, Editora: Unisinos, 1ª

Edição.

Fall Protection. Complete OSHA Regulations – 2008.

Trabalho na Construção Civil Brasileira, Ministério Público do Trabalho; Procuradoria


do Trabalho da 20ª Região – Sergipe, páginas 159-192.

Popov, Egor Paul; “Introdução à Mecânica dos Sólidos”, Editora Edgard Blücher

Ltda., 1ª edição, 1978.

NBR 8800 - Projeto de estruturas de aço e de estruturas mistas de aço e concreto de


edifícios, 2008.

NR 18 – Condições e meio ambiente de trabalho na indústria da construção; MTE -


Ministério do Trabalho e Emprego; 2013.

NR 35 – Segurança e Saúde no Trabalho em Altura; 2012.

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9 ANEXOS

9.1 ART com os seguintes dados:

• Número: 11278261
• Atividade Técnica: Projeto;
• Descrição da Obra/Serviço: ESPERAS DE ANCORAGEM (CÓD. 22001)
• Quantidade (Unidade): 1 unidade.

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