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LINHA DE VIDA
1.0 Objeto
O presente memorial objetiva demonstrar a segurança da linha de vida executada com cabo de aço destinada a impedir a queda de trabalhadores a
ela fixados através de talabarte e cinto de segurança tipo paraquedista.
O dimensionamento será realizado buscando conformidade com as especificações da norma regulamentadora NR 18 e para determinação das
cargas de queda será utilizado os critérios estabelecidos pelo OSHA (Occupational Safety and Health Administration) que é a agência federal
encarregada da aplicação da legislação de segurança e saúde do Ministério do Trabalho dos Estados Unidos EUA. Os critérios OSHA foram
utilizados como referencia uma vez que a legislação brasileira não estabelece cargas e condições de execução deste tipo de sistema. Como
literatura auxiliar utilizou-se o livro “Introduction to Fall Protection” J. Nigel Ellis – 2000.
2.1 Regras para trabalhos e telhados estabelecidas na Norma Regulamentadora NR18
18.18 Telhados e Coberturas (Alterado pela Portaria SIT n.º 114, de 17 de janeirode 2005).
18.18.1 Para trabalho em telhados e coberturas devem ser utilizados dispositivos dimensionados por profissional legalmente habilitado e que
permitam a movimentação segura dos trabalhadores.
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18.18.1.1 É obrigatória a instalação de cabo guia ou cabo de segurança para fixação desegura dos trabalhadores.
18.18.1.1 É obrigatória a instalação de cabo guia ou cabo de segurança para fixação de mecanismo de ligação por talabarte acoplado ao cinto de
segurança tipo pára-quedista.
(Alterado pela Portaria SIT n.º 114, de 17 de janeiro de 2005).
18.18.1.2 O cabo de segurança deve ter sua(s) extremidade(s) fixada(s) à estrutura definitiva da edificação, por meio de espera(s) de ancoragem,
suporte ou grampo(s) de fixação de aço inoxidável ou outro material de resistência, qualidade e durabilidade equivalentes. (Incluído pela Portaria
SIT n.º 114, de 17 de janeiro de 2005).
18.18.2 Nos locais sob as áreas onde se desenvolvam trabalhos em telhados e ou coberturas, é obrigatória a existência de sinalização de
advertência e de isolamento da área capazes de evitar a ocorrência de acidentes por eventual queda de materiais, ferramentas e ou equipamentos.
(Alterado pela Portaria SIT n.º 114, de 17 de janeiro de 2005).
18.18.3 É proibida a realização de trabalho ou atividades em telhados ou coberturas sobre fornos ou qualquer equipamento do qual possa haver
emanação de gases, provenientes ou não de processos industriais. (Alterado pela Portaria SIT n.º114, de 17 de janeiro de 2005).
18.18.3.1 Havendo equipamento com emanação de gases, o mesmo deve ser desligado previamente à realização de serviços ou atividades em
telhados ou coberturas. (incluído pela Portaria SIT n.º 114, de 17 de janeiro de 2005).
18.18.4 É proibida a realização de trabalho ou atividades em telhados ou coberturas em caso de ocorrência de chuvas, ventos fortes ou superfícies
escorregadias. (Alterado pela Portaria SIT n.º 114, de 17 de janeiro de 2005) 18.18.5 Os serviços de execução, manutenção, ampliação e reforma
em telhados ou coberturas devem ser precedidos de inspeção e de elaboração de Ordens de Serviço ou Permissões para Trabalho, contendo os
procedimentos a serem adotados. (Incluído pela Portaria SIT n.º 114, de 17 de janeiro de 2005).
18.18.5.1 É proibida a concentração de cargas em um mesmo ponto sobre telhado ou cobertura. (Incluído pela Portaria SIT n.º 114, de 17 de janeiro
de 2005).
Por se tratar de edificação em construção determinou-se que os cabos da linha devida deveriam ser sustentados por estrutura de tubos de aço. O
cabo de aço utilizado para a linha de vida de diâmetro ½”, (12,7mm) formação tipo alma de aço 6x25 AA. O comprimento de cada tubo de aço tipo
ASTM A36 é de 6 metros tem diâmetro 65 mm parede 3,37 mm.
O cabo de aço deverá ser montado esticado sem tensão e amarrado nas extremidades com três clipes de aço ½” instalados conforme ilustração
que segue. Nos intervalos decada trecho, nos pontos de ancoragem deve-se instalar um cabo de redundância com comprimento mínimo de 1
metro, com a mesma dimensão do cabo principal, e fixado com três clips em cada lado do ponto de ancoragem (tubos).
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VER DETALHE – SEÇÃO TRANSVERSAL DE MONTAGEM (PROJETO ELBORADO)
VER DETALHE 1 – TRAVAMENTO DO CABO DE AÇO (PROJETO ELABORADO)
VER DETALHE 5 – TRAVAMENTO NO FINAL DA LINHA (PROJETO ELABORADO)
VER DETALHE 3 - TALABARTE.
3.4 Quando os pontos para ancoragem na linha de vida forem maiores que o comprimento do talabarte.
Outra situação que pode ocorrer na obra é quando o operário vai construir uma parede periférica na sacada, e que o cabo de aço (ancoragem)
encontra-se em uma distancia maior que 1.50 metros do talabarte que está utilizando.
Esta situação pode condicionar que o operário trabalhe sem estar engatado na linha de vida, pois o operário não conseguiria chegar até o local que
a parede deverá ser erguida.
Não podemos mudar os pontos de ancoragem da linha de vida e fazer com que o mesmo se aproxime da periferia, pois ai a linha de vida
encontraria lugares que a construção das paredes entraria em conflito de espaço.
Para esta situação a melhor saída encontrada é a utilização de um trava quedas retrátil com 5 m cabo de aço Inox e 4,8mm de diâmetro, possui 1
mosquetão dupla trava em aço forjado com indicador de impacto emcaso de queda, caixa de alumínio, sistema de freio capaz de realizar o rápido
travamento em caso de uma queda, sistema de mola capaz de liberar e recolher o cabo automaticamente.
Carga de ruptura: 12KN, atendendo a NBR: 14628:2010.
4.0 Dimensionamento
O dimensionamento é efetuado admitindo-se que em cada vão da linha de vida, caracterizado por dois pontos consecutivos de fixação do cabo de
aço, sendo admitida a presença de no máximo dois trabalhadores, e que ocorra a queda de ambos simultaneamente.
No dimensionamento de linhas de vida horizontais deve se considerar se as mesmas são capazes de absorver a queda de mais de um trabalhador.
A literatura profere que se deve considerar remota a probabilidade de mais de um trabalhador cair ao mesmo tempo causando impacto no cabo,
pois isto ocorre num espaço de tempo na ordem milissegundos.
As forças máximas de impacto ocorrem na faixa de duração de 5 milissegundos, as chances que mais de uma máxima força em suspensão
sobreposta é extremamente improvável. Os fatores que levam a essa conclusão são a localização na linha com o centro de gravidade do corpo e o
comprimento talabarte.
Em testes realizados com dois ou três trabalhadores que caem simultaneamente indica acumulação de forças na ordem de 20%, além da primeira
pessoa. Portanto se dois trabalhadores estão amarrados no mesmo trecho de uma linha de vida a carga de queda a se considerar para cálculo é da
massa de um trabalhador acrescida de 20%.Dados de entrada:
A máxima força de parada é aquela força vertical em que o cabo estará submetido. Ela será necessária para comprovação de resistência do cabo
de aço.
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Inertia Type, synthetic LL
0.9
Friction
0.7
Mechanical lever
1.0
No fall arrester
1.0
Fator de queda f:
Fator de queda: razão entre a distância que o trabalhador percorreria na queda e o comprimento do equipamento que irá detê-lo.
A menor distância entre a ancoragem no cabo de aço da linha de vida e o beiral do pavimento é de 1.30 metro. (projeto).
O comprimento do talabarte é de 1.50 metros
Vamos verificar utilizando um fator de queda de 0.5 e de 1.0 para avaliar o resultado final.
É estabelecido através do gráfico abaixo. Utilizou-se a curva 1 para talabarte de menor diâmetro
Fator 0,5
27.000
N/mm²
Fator 1,0
32.000
N/mm²
De acordo com o estabelecido pela legislação para massa do usuário do sistema desconhecida, é recomendado assumir o valor de 100 kg.
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WKg = 100,0 kg
Onde:
A = área metálica em mm²
F = fator de multiplicação definido pelo fabricante do cabo
d = diâmetro do cabo de aço
Temos então:
A = 0,692 x12.7²
A = 111,61 mm²
Ca = Rc x A
Tabela do fabricante
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5.3- Tração máxima admissível no cabo de aço
Para uma carga de ruptura mínima efetiva igual a 22.322 Kgf, e admitindo-se um coeficiente de segurança igual a 5 (cabo estático), a maior tração
a que o cabo poderá estar submetido é dada por:
Coeficiente de segurança 5.
T = 22322 kg / 5 = 4.464,40 kg
Considerando-se que a máxima carga admissível seja aplicada no cabo de aço a deformaçãoelástica é dada por:
Deformação L= (T x L) / (E x A )
Deformação L = 24,91 mm
Comprimento L
L = Lo + É… L
2
L= 6.850,00 + 24,91 = 3.437,455
2
Valor do ângulo Φ :
Cos Φ = Lo/2 = 3.425,00 mm____ = 0,996376
L 3.437,455 mm
Arco cosseno do ângulo Φ é aproximadamente = 4,8789°
Valor da flecha f:
senΦ = f/L
f = L x senΦ = 3.437,455 x sen 4,8789° = 292,356 mm ou 0,292 m
As variáveis de deformação do cabo foram estabelecidas uma vez que força de tração máxima de 4.464,40 Kg. seja atingida.
Calculando-se de forma inversa, pode ser definida a tração no cabo em função da carga vertical de 664,20 Kg, que expressa à força vertical
exercida para parada de dois trabalhadores no pior momento quando tem-se um fator de queda 1.
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FtFt
F maximo
Conclusão:
- (Fn.) O valor calculado para a máxima força de parada de queda para dois trabalhadores é de 664,20 Kgf.
- ( Fv. Max.) O valor obtido para a força máxima no cabo devido a carga limite é de 759,394 kgf.
Tendo em vista que Fv.máx. calculado em função da tração máxima admissível estabelecida no cabo é maior que a carga Fn exercida pela queda
dos trabalhadores, utilizando coeficiente de segurança 5.
• Não é permitido para a atividade mais de dois trabalhadores num mesmo trecho de 6,85 metros deste sistema linha de vida.
• O local abaixo das atividades de manutenção deve estar isolado e identificado.
• É proibido retirar qualquer dispositivo de segurança do sistema, ou anular sua ação.
• Não se permite que pessoas trabalhem em atividades de telhado, sob intempéries, tais como chuva ou vento.
• Equipamentos de proteção individual, como capacetes, cinturões de segurança, talabartes, devem ser utilizados nas atividades de telhado. Estes
equipamentos devem estar em bom estado e à disposição dos trabalhadores a qualquer tempo.
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