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CLIENTE:

MERCADO MUNICIPAL – SANTO AMARO - BA

OBRA:
CONSTRUÇÃO PREDIAL

TÍTULO:
MEMORIAL DESCRITIVO

ESPECIALIDADE:
SPDA (SISTEMAS DE PROTEÇÃO DESCARGAS ATMOSFÉRICAS)

MAIO/2023

00 IVANÊ MAI/23 EMISSÃO INICIAL


Rev. Por Data Descrição

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1. INTRODUÇÃO GERAL

O memorial técnico descritivo visa descrever com detalhes os serviços que deverão ser
considerados como parte integrante do escopo de serviços para atingir o objetivo de
realização da elaboração do Projeto de Sistema de Proteção Contra Descargas
Atmosféricas (SPDA) e tem por objetivo estabelecer condições e características técnicas
para execução dos serviços relativos a Escola Modelo de Tempo Integral, localizada no
Munícipio de Santo Amaro - BA.

1.1 DEFINEÇÕES DESCARGA ATMOSFÉRICA

Descarga elétrica de origem atmosférica entre uma nuvem e aterra ou entre nuvens,
constituindo em um ou mais impulsos de vários quilos ampères;

Raio – Um dos impulsos elétricos de uma descarga;


Ponto de impacto – Ponto onde uma descarga atmosférica atinge a terra, uma estrutura ou o
sistema de proteção captor;
Eletrodo de aterramento – Elemento ou conjunto ou conjunto de elementos do subsistema
de aterramento que assegura o contato elétrico com o solo e dispersa a corrente de
descarga atmosférica a terra;
Eletrodo de aterramento em anel ou malha de aterramento – Eletrodo de aterramento
formando um anel fechado em volta da edificação ou estrutura;
Descida – Parte do SPDA destinada a conduzir a corrente de descarga atmosférica desde o
sistema captor até a malha de aterramento;
Captor – Componente pontiagudo instalado no topo da edificação, destinado a interceptar as
descargas atmosféricas;
BEP – Barramento eqüipotencial de potência;
DPS – Dispositivo de proteção de surto destinado a limitar as sobretensões transitórias;
LEP – Ligação eqüipotencial principal;
TAP- Terminal de aterramento principal

2. PROTEÇÃO EXTERNA SPDA

Para a proteção da edificação, na cobertura será utilizado malha de captação com cabo de
cobre nu #35mm², para raio tipo Franklin e condutores de descida, protegendo assim todo o
volume interno.

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Foi instalado um captor tipo Franklin a fim de proteger parte da estrutura do reservatório, pôs
o mesmo se encontra com uma altura acima do nível da cobertura.

Os condutores do sistema de prevenção contra descargas atmosféricas deverão ser de


cobre nu, com seções determinadas pelo projeto.

Todos os parafusos de fixação, porcas e arruelas do SPDA deverão ser em aço inoxidável.
Todos os elementos metálicos localizados na cobertura do edifício (telhas, tubulações, rufos,
etc.) deverão estar eletricamente ligados aos condutores do SPDA. Esta conexão deverá ser
realizada através de elementos fabricados em material estanhado para se evitar corrosão
por par eletrolítico.
Todos os furos para conexões das malhas de captação deverão ser vedados com material
tipo poliuretano para se evitar infiltração de água.

2.2 PROTEÇÃO DE COBERTURA.

2.2.1 CAPTAÇÃO

A captação consiste na colocação de cabos horizontais (conforme planta e detalhes), que


sobressaem na cobertura, nos locais fora do alcance dos usuários. Os condutores de
captação na cobertura serão em cobre nu seção #35mm², deverão ser aparentes, sendo
instalados por cima das platibandas, lajes de cobertura da caixa d´água.

2.2.2 CONDUTORES DE DESCIDAS

Para os condutores de descidas das correntes elétricas dos raios, doravante denominadas
simplesmente de "descidas", será utilizado, em algumas situações indicada em projeto, cabo
em cobre nú seção #35mm² aparente na edificação, para ambos seram interligadas na
extremidade superior aos cabos de #35mm² da captação da cobertura e na extremidade
inferior com o cabo de cobre #50mm² para interligação na malha de aterramento
.

2.2.3 MALHA DE TERRA

Deverá ser executada uma malha de terra constituída de hastes de aterramento tipo
copperweld de 5/8" x 3,0 m, interligadas pôr cordoalha de cobre nú de 50 mm² através de
solda exotérmica. Tanto as hastes quanto a cordoalha de interligação deverão ser
enterradas a uma profundidade mínima de 50cm. Deverá ser executada uma caixa de
inspeção da haste principal com tampa de ferro fundido.
A resistência ôhmica da malha de aterramento deverá ser no máximo 10 ohms em qualquer
época do ano

A malha de aterramento proposta deverá ser constituída por cabos de cobre nu #50mm²
sendo que a mesma deverá circundar todas as edificações a uma profundidade mínima de
50cm. Todas as conexões entre as malhas deverão ser feitas com solda exotérmica e

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sempre em pelo menos dois pontos distintos de modo a se garantir as conexões e a
equalização dos potenciais.

3. ATERRAMENTO

As hastes de aterramento serão do tipo acobreado (Copperwed), dimensões de 5/8” (16mm)


x 3,0m, interligadas com cabos de 50mm² conectados através de solda exotérmica,
formando um anel horizontal em torno da edificação. As descidas em barra chata de
alumínio e ás hastes de aterramento deverão ser interligadas com cabos de 50mm².

4.TESTES DE CONTINUIDADE

Executar o teste de continuidade exigido na norma NBR5419, para verificar a eficiência do


SPDA.

5. MATERIAIS DO SISTEMA DE SPDA

- Condutor de cobre nu #35mm² - Referência: Termotécnica ou equivalente técnico.

- Condutor de cobre nu #50mm² - Referência: Termotécnica ou equivalente técnico.

-Haster de terra do tipo aço cobreado (Copperweld), dimensões de 5/8” ((16mm) x3,00m,
com 254 micras de cobreamento, as conexões serão em solda exotérmica, de fabricante
Cooperweld, Cadweld.

-Eletrodutos de PVC rígido, rosqueáveis, serie B, de fabricação Tigre ou Fortilit, ou


equivalente técnico com luvas e curvas de fabricação industrial em todos os diâmetros, com
acoplamentos em roscas, para os casos de embutidos em alvenaria e solo. Nos casos de
aparentes protegidos por outro meio de material (dentro de forros, entre alvenarias fechadas,
locais no interior da obra que não sofrem ação do meio externo), de fabricante Thomeu,
Apollo, Elecon, Marvitec.

-Presilha em latão estanhado com furo 5mm para cabo de cobre #35mm2 - Referência:
Termotécnica ou equivalente técnico.

- Clips galvanizado 3/8".

- Parafuso inox de fenda rosca soberba philips 4,2x32mm .

- Parafuso cabeça sextavada ø1/4x1. 1/4" com porca e arruela de .

- Parafuso de fenda em aço inox com porca de 1/4" e arruela de pressão .

- Conector terminal de pressão feito em latão p/cabos de cobre #16mm² .

- Conector terminal de compressão feito em cobre e acabamento estanhado para cabos de

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cobre.

- Conector com disco em latão, rosca fêmea M12 com distância do condutor regulável de
25mm a 40mm.

- Bucha de nylon 6mm e arruela de borracha 1/4" .

- Caixa de inspeção ø300x300mm em cimento agregado e tampa com garras ø300mm em


ferro fundido.

-Execução de soldas exotérmicas entre cabos de cobre

- Caixa de inspeção tipo solo em pvc com tampa de ferro fundido ∅300 x 400, faz a conexão
do SPDA com a terra (através do condutor de descida). Tem a função de dissipar no solo a
energia captada pelo captor (ou pelos captores). Esta conexão com o solo se faz por meio
dos chamados eletrodos de aterramento, que podem ser em hastes metálicas cravadas
verticalmente e/ou cabos enterrados horizontalmente, ou as ferragens das fundações das
edificações.

- Caixa de inspeção tipo suspensa em alumínio fundido 160mm x 160mm com bocal ∅1" e
∅2" ref.:tel-540 para conexão entre Barra chata de descida e cabo de aterramento de cobre
nu.

-Caixas de saída e passagem de sobrepor instaladas no forro ou embutidas na parede ,


serão em PVC ou ferro esmaltado pintado.

-Captor tipo Franklin com pontas em aço Inox

-Mastro simples Ǿ2'' x 3m com redução para 3/4''

-Suporte reforçado 1 1/2'' para 2 descidas.

-Suporte simples 1 1/2'' para 2 descidas

-Sinalizador de topo

-Suporte para sinalizador

-Conjunto de estais tipo rígido

-Base para mastro Ǿ2'' em alumínio

-Bucha de nylon M8

-Parafuso Inox Sextavado R. S. 1/4'' x 60mm

-Bucha de nylon M6

-Parafuso em aço Inox Autoatarr. 4,2 x 32mm

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-Fixador tipo ômega em cobre

-Poliruetano (Adesivo monocomponente a base de poliuretano para superfícies lisas


(bisnaga 310ml). Para uso em superfícies lisas, polidas ou metálicas. Rendimento
aproximado de 20 fixações/bisnaga. Instruções e procedimentos para colagem, tais como
limpeza de superfície, seguem junto ao adesivo).

-Conector de pressão em bronze estanhado

-Abraçadeira alumínio para eletroduto 1''

-Conector de emenda e medição em bronze

6. TESTES DE ACEITAÇÃO

Os testes de aceitação deverão ser definidos com os testes de funcionamento, assegurando


a mão de obra, os métodos empregados, os materiais e as instalações de dos equipamentos
em referência estejam de acordo com as normas aplicáveis, com as especificações dos
serviços do projeto e instruções do fabricante.

A aceitação final dependerá das características de desempenho determinadas por estes


testes, além dos testes operacionais para indicar se o equipamento executará as funções
para as quais for projetado.

6.1. UTILIZAÇÃO DE MATERIAIS DE IDÊNTICAS CARACTERÍSTICAS

O uso de materiais de idênticas características técnicas aos especificados neste memorial


técnico descritivo deverão ser submetidos, através de relatório contendo a sugestão e os
dados técnicos dos fabricantes dos materiais propostos a serem utilizados, para apreciação
e aprovação pela consultoria técnica e fiscalização do empreendimento, que somente
poderá autorizar a utilização de determinado material após receber a aprovação do
laboratório credenciado pela obra para testes dos materiais a serem aplicados no
empreendimento.

7 - SELEÇÃO DO NÍVEL DE PROTEÇÃO (PARAMETROS DE CÁLCULO):

Para a estrutura em questão, a NBR-5419/2015, exige a instalação de um sistema de SPDA


pelos seguintes parâmetros:

Tipo da Estrutura: Cobertura metálica e pilares de concreto.

Dados da Edificação:

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Mercado Municipal, total de pessoais a serem atendidas em média de 200, localizado em
Santo Amaro/BA, em território plano com estrutura de mesma altura na redondeza, Altura
Total (Hp) de 7,00m, Comprimento (L) de 40,00m e Largura (W) de 28,00m.

1 - Área de Exposição Equivalente dado pela Formula:

Ae = L.W + 2.L.h + 2.W.h + π.h2

Ae = 5.525,44m2

2 - Número de pessoas na zona:

200 pessoas

3 – Tempo de exposição na zona (em hora por ano):

8760h/a

Considerações: Foram calculadas somente os riscos R1 e R2, a ser comparado com risco
RT = 10-5 (0,00001)

R1 (Perda de vida humana ou ferimentos permanentes) = 10-5 (0,00001)

R2 (Perda de serviço ao público) = 10-3 (0,001)

Características da Estrutura e Meio Ambiente


Parâmetros de entrada Comentário Símbolo Valor Referência
Densidade de descargas
atmosféricas para a terra NG 1,57
(1/km2/ano)

L - Comprimento 40,0
Dimensões da estrutura (m) W - Largura 28,0
H - Altura 7,0
Fator de localização Cercada por objetos da mesma altura ou mais baixos CD 0,5 Tabela A.1

SPDA Estrutura não protegida por SPDA PB 1 Tabela B.2

Ligação Equipotencial Sem DPS PEB 1 Tabela B.7


Nenhuma KS1 1 Equação (B.5)
Blindagem espacial externa
Largura da blindagem wm1 (m) 5,0 Pág. 44 Parte 2

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Linha de energia
Parâmetros de entrada Comentário Símbolo Valor Referência
a
Comprimento (m) LL 1000
Fator de Instalação Aéreo CI 1 Tabela A.2
Fator tipo da linha Linha de energia ou sinal (BT) CT 1 Tabela A.3
Fator ambiental Urbano CE 0,1 Tabela A.4
Blindada aérea ou enterrada cuja blindagem está interligada ao
Blindagem da linha mesmo barramento de equipotencialização do equipamento RS RS ≤ 1Ω/km Tabela B.8
(RS ≤ 1Ω/km)

CLD 1
Blindagem, aterramento, Linha aérea blindada (energia ou sinal) interligada ao mesmo
Tabela B.4
isolação barramento de equipotencialização que o equipamento
CLI 0

LJ - Largura 0,0
Estrutura adjacente WJ - Comprimento 0,0
HJ - Altura 0,0
Fator de localização da
Não aplicável CDJ 0 Tabela A.1
estrutura adjacente
Tensão suportável do sistema
UW 1,5
interno (kV)
KS4 0,67 Equação (B.7)
Parâmetros resultantes PLD 0,4 Tabela B.8
PLI 0,6 Tabela B.9
a
Como o comprimento LL da seção da linha é desconhecido, LL = 1 000 m é assumido (ver A.4 e A.5).

Linha de sinal
Parâmetros de entrada Comentário Símbolo Valor Referência
Comprimento (m) LL 1000
Fator de Instalação Aéreo CI 1 Tabela A.2
Fator tipo da linha Linha de energia ou sinal (BT) CT 1 Tabela A.3
Fator ambiental Urbano CE 0,1 Tabela A.4
Blindada aérea ou enterrada cuja blindagem está interligada ao
1Ω/km < RS
Blindagem da linha mesmo barramento de equipotencialização do equipamento RS Tabela B.8
≤ 5Ω/km
(1Ω/km < RS ≤ 5Ω/km)
Blindagem, aterramento, Linha aérea blindada (energia ou sinal) interligada ao mesmo CLD 1
Tabela B.4
isolação barramento de equipotencialização que o equipamento CLI 0
LJ - Comprimento 20,0
Estrutura adjacente WJ - Largura 30,0
HJ - Altura 5,0
Fator de localização da
Isolada sem nenhum outro objeto nas vizinhanças CDJ 1 Tabela A.1
estrutura adjacente
Tensão suportável do sistema
UW 1,5
interno (kV)
KS4 0,67 Equação (B.7)
Parâmetros resultantes PLD 0,8 Tabela B.8
PLI 0,5 Tabela B.9
a
Como o comprimento LL da seção da linha é desconhecido, LL = 1 000 m é assumido (ver A.4 e A.5).

8
Z1
Risco Tipo de danos Simbolo Estrutura %
MERCADO MUNICIPAL

D1 RA 0,0042 0,004 2,7


ferimento
devido
a choque RU = RU/P + RU/T 0,000 0,000 0,0

D2 RB 0,042 0,042 26,8

R1 danos físicos RV = RV/P + RV/T 0,110 0,110 70,5

RC 0,000 0,000 0,0


D3
falha de RM 0,000 0,000 0,0
sistemas RW = RW/P + RW/T 0,000 0,000 0,0
internos
RZ = RZ/P + RZ/T 0,000 0,000 0,0

Total R1 0,16 0,16

Tolerável R1 OK (Risco < Tolerável) 1,00

Z1
Risco Tipo de danos Simbolo Estrutura %
MERCADO MUNICIPAL

RC 0,000 0,000 0,0


D3
falha de RM 0,000 0,000 0,0
R2
sistemas
internos RW = RW/P + RW/T 0,000 0,000 0,0

RZ = RZ/P + RZ/T 0,000 0,000 0,0

Total R2 0,00 0,00

Tolerável R2 OK (Risco < Tolerável) 100,00

9
Z1
Risco Tipo de danos Simbolo Estrutura %
MERCADO MUNICIPAL

D2 RB 0,042 0,042 26,8


R3
danos físicos
RV = RV/P + RV/T 0,110 0,110 70,5
Total R2 0,15 0,15
Tolerável R2 OK (Risco < Tolerável) 10,00

8 - CONCLUSÃO

Em função da localização geográfica e dos parâmetros acima relacionados, a edificação foi


classificada sem a necessidade da instalação do SPDA (TOLERÁVEL). Os riscos de perda
humana assim como a perda de serviço público foram classificados como toleráveis após
gerenciamento de risco, conforme NBR 5419/2015. Os meios de proteção a serem utilizados
para restringir as consequências de incêndio (rp) serão iluminação de emergência, extintores
manuais e rotas de fuga. Para proteção dos equipamentos deverão ser instalados nas
cargas terminais Dispositivos de Proteção Contra Surtos (DPS) tipo I no Quadro Geral de
Baixa Tensão (QGBT) e Instalação de DPS de NP tipo II na entrada da linha para proteger
ambas as linhas de energia e telefones da edificação
Ressaltamos que mesmo com a execução dos sistemas mencionados esperasse minimizar
assim os riscos a níveis aceitáveis, pois, um SPDA mesmo bem projetado e instalado
conforme as normas em vigor não podem assegurar a proteção absoluta de uma estrutura,
como das pessoas e como dos bens. Entretanto, a aplicação destas normas teve como
objetivo reduzir de forma significativa os riscos de danos devido às descargas atmosféricas

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