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Leis de Kirchhoff.

Infelizmente, muitas redes envolvendo resistores não podem ser reduzidas a combinações simples de resistores em série
e em paralelo.
A figura abaixo mostra uma fonte de tensão cc com fem (força eletromotriz) 1 carregando uma bateria com fem (força
eletromotriz) menor 2 e fornecendo corrente para uma lâmpada com resistência R.

Já esta outra figura mostra um circuito "ponte", usado em diversos instrumentos de medidas e sistemas de controle.

Para analisar esses circuitos, usaremos as técnicas desenvolvidas pelo físico alemão Gustav Robert Kirchhoff (1824-1887).
Inicialmente, vamos definir dois termos que usaremos frequentemente.

1) Nó ou junção: Uma junção ou um nó é um ponto do circuito onde ocorre a união de três ou mais condutores. Pode
também ser chamado de nodo ou ponto de ramificação.
2) Malha: Qualquer caminho condutor fechado.

Nós: Ponto (a), ponto (b). Temos o encontro de três conectores.


Não são nós: Ponto (c), ponto (d). Temos o encontro de apenas dois conectores.
Malhas: Temos três:

1) acbda 2) acba 3) abda (Percorridas no sentido anti-horário).

Nós: Ponto (a), ponto (b), ponto (c), ponto (d). Temos o encontro de três conectores.
Não são nós: Ponto (e), ponto (f). Temos o encontro de apenas dois conectores.
Malhas: Temos sete:

1) acdefa 2) abdefa 3) acba 4) cdbc 5) acdba 6) abcdefa 7) acbdefa

(Percorridas no sentido horário).


As leis de Kirchhoff são duas regras enunciadas do seguinte modo:

1) Lei dos nós de Kirchhoff (válida para qualquer nó):

A soma algébrica de todas as correntes que entram em um nó é igual a zero.

෍𝐼 = 0

A lei dos nós é baseada na lei da conservação da carga elétrica. Um nó não pode acumular cargas, de modo que a carga
total que entra em um nó por unidade de tempo deve ser igual à carga total que sai por unidade de tempo.
A carga por unidade de tempo é a corrente, de modo que, se consideramos positivas as cargas que entram e negativas as
que saem do nó, a soma algébrica de todas as correntes que entram no nó ou saem dele deve ser igual a zero.
2) Lei das malhas de Kirchhoff (válida para qualquer malha):

A soma algébrica de todas as diferenças de potencial através de uma malha é igual a zero.

෍𝑉 = 0

Note que as diferenças de potencial V na equação acima incluem aquelas associados a todos os elementos de circuito na
malha, incluindo fems () e resistores.

A lei das malhas é baseada na natureza conservativa das forças eletrostáticas.


Suponha que você percorra uma dada malha, medindo todas as diferenças de potencial através dos sucessivos elementos
do circuito.
Ao retomar ao ponto de partida, você deve verificar que a soma algébrica de todas as diferenças de potencial é igual a zero;
caso contrário, você não poderia associar um potencial definido para o referido ponto.
Convenção de sinais para a lei das malhas.

Existe uma convenção de sinais que deve ser seguida quando fazemos a análise de uma malha. Esta convenção existe
tanto para as fontes de fem quanto para os resistores.
É importante lembrar que esta convenção existe porque podemos percorrer a malha tanto no sentido horário quanto no
sentido anti-horário.

1) Fontes de fem:

- Nas fontes de fem, olhamos apenas a direção do percurso.


- Se o percurso for do polo negativo para o polo positivo da fonte, há aumento de potencial (+).
- Se o percurso for do polo positivo para o polo negativo da fonte, há queda de potencial (-).

2) Resistores:

- Nos resistores, olhamos a direção do percurso em relação à direção da corrente.


- Se o percurso for na direção contrária da corrente, há um aumento do potencial (+ r·I).
- Se o percurso for na mesma direção da corrente, há uma queda do potencial (- r·I).
Exemplo 1: O circuito indicado na figura abaixo contém uma fonte de tensão de 12 V, com resistência interna desconhecida
r, conectada a uma bateria descarregada com fem  desconhecida e resistência interna igual a 1 , e com uma lâmpada de
3  de resistência que transporta uma corrente de 2 A. A corrente que passa na bateria descarregada é igual a 1 A no
sentido indicado. Calcule r, a fem  e a corrente I através da fonte de tensão.

Observem que, na figura, já estão desenhadas as três malhas possíveis para este circuito. Elas estão desenhadas no sentido
horário. Poderia ser no sentido anti-horário também. Isto fica a critério de quem está resolvendo a questão.
O sentido não importa mas, uma vez escolhido, precisamos respeitar os sinais da convenção.
- Vamos começar pela malha 2. Por quê? Porque ao percorrê-la, também temos apenas uma incógnita que é a força
eletromotriz .
- Poderíamos começar usando a malha 1? Não. Por quê? Porque ao percorrê-la, temos duas incógnitas: a resistência interna r
e a corrente I. Não é possível resolver duas incógnitas com apenas uma equação.
- Não podemos começar também pela malha 3. Por quê? Porque ao percorrê-la, teremos três incógnitas que são a resistência
interna r e a força eletromotriz  e a corrente I. Sabemos que não é possível resolver três incógnitas com apenas uma equação.
Malha 2.

− 2 ∙ 3 −𝜀+ 1 ∙ 1 =0 

−6 − 𝜀 + 1 = 0  𝜀 =−5V

Este resultado é esperado, pois o problema diz que a bateria de 12 V está carregando a outra bateria. Quando uma bateria
carrega a outra, o polo positivo de uma tem de esta conectado ao polo positivo da outra. Observe na figura que isto não
está acontecendo. A bateria de 5 V deveria esta invertida, por isto o resultado negativo (– 5V).
Para encontrar a corrente I, podemos utilizar a lei dos nós.

Lei dos nós.


1+2=𝐼  𝐼 =3A

Agora que já sabemos o valor de duas incógnitas,  e I, podemos escolher qualquer outra malha. Vamos usar a malha 3.

Malha 3.

+12 − 𝐼 ∙ 𝑟 − 1 ∙ 1 +  = 0  +12 − (3) ∙ 𝑟 − 1 ∙ 1 + (−5) = 0

12 − 3 ∙ 𝑟 − 1 − 5 = 0  −3 ∙ 𝑟 = −6  𝑟 =2
Exemplo 2: Determine a corrente que passa em cada resistor:

O primeiro passo é colocar as correntes:

Utilizando a lei dos nós, temos já uma equação:

𝐼 = 𝐼1 + 𝐼2 (1)
Vamos agora colocar as malhas:
(3)

(1) (2)

Malha 1:

+ 60 − 4 ∙ 𝐼1 − 5 ∙ 𝐼 = 0  − 4 ∙ 𝐼1 − 5 ∙ 𝐼 = − 60 (2)

Malha 2:

+ 14 − 4 ∙ 𝐼1 + 2 ∙ 𝐼2 = 0  − 4 ∙ 𝐼1 + 2 ∙ 𝐼2 = −14 (3)

Não é necessário utilizar a malha 3, pois já temos 3 equações para 3 incógnitas, o que já é suficiente.
Temos as três equações:

𝐼 = 𝐼1 + 𝐼2 (1)

− 4 ∙ 𝐼1 − 5 ∙ 𝐼 = − 60 (2)

− 4 ∙ 𝐼1 + 2 ∙ 𝐼2 = −14 (3)

Mas podemos reduzi-las a duas, substituindo (1) em (2):

− 4 ∙ 𝐼1 − 5 ∙ (𝐼1 + 𝐼2 ) = − 60  − 4 ∙ 𝐼1 − 5 ∙ 𝐼1 − 5 ∙ 𝐼2 = − 60  − 9 ∙ 𝐼1 − 5 ∙ 𝐼2 = − 60 (4)

Temos então o seguinte sistema de equações:

− 4 ∙ 𝐼1 + 2 ∙ 𝐼2 = −14

− 9 ∙ 𝐼1 − 5 ∙ 𝐼2 = − 60
Temos várias formas de resolver esta equação: método da adição, método da substituição, método da comparação e o
método que utiliza o determinante de matrizes.

Vamos utilizar o método da adição.

− 4 ∙ 𝐼1 + 2 ∙ 𝐼2 = −14 x (– 9)

− 9 ∙ 𝐼1 − 5 ∙ 𝐼2 = − 60 x (+ 4)

36 ∙ 𝐼1 − 18 ∙ 𝐼2 = 126

− 36 ∙ 𝐼1 − 20 ∙ 𝐼2 = −240

Somando:

− 38 ∙ 𝐼2 = − 114  𝐼2 = 3 A

Substituindo em qualquer uma das duas equações:

− 4 ∙ 𝐼1 + 2 ∙ 𝐼2 = −14  − 4 ∙ 𝐼1 + 2 ∙ (3) = −14  − 4 ∙ 𝐼1 + 6 = −14  − 4 ∙ 𝐼1 = −20 

𝐼1 = 5 A
Podemos então achar a corrente total:

𝐼 = 𝐼1 + 𝐼2  𝐼 =5+3  𝐼 =8𝐴

Então, finalmente temos:


𝐼 = 8𝐴 𝐼2 = 3 𝐴
→ →

𝐼1 = 5 𝐴

𝐼 = 8𝐴

Exemplo 3: Determine a corrente que passa em cada resistor:

O primeiro passo é colocar as correntes:

Utilizando a lei dos nós, temos já uma equação:

𝐼 = 𝐼1 + 𝐼2
Vamos agora colocar as malhas:

(3)
(1) (2)

Malha 1:

+ 12 − 4 ∙ 𝐼1 − 3 ∙ 𝐼 = 0  − 4 ∙ 𝐼1 − 3 ∙ 𝐼 = −12 (2)

Malha 2:

+ 5 + 2 ∙ 𝐼2 − 4 ∙ 𝐼1 = 0  − 4 ∙ 𝐼1 + 2 ∙ 𝐼2 = −5 (3)

Não é necessário utilizar a malha 3, pois já temos 3 equações para 3 incógnitas, o que já é suficiente.
Temos as três equações:

−𝐼1 − 𝐼2 + 𝐼 = 0 (1)

− 4 ∙ 𝐼1 − 3 ∙ 𝐼 = −12 (2)

− 4 ∙ 𝐼1 + 2 ∙ 𝐼2 = −5 (3)

Ao invés de substituir, vamos usar o método de Cramer. Temos o sistema:

−1 ∙ 𝐼1 − 1 ∙ 𝐼2 + 1 ∙ 𝐼 = 0
ቐ− 4 ∙ 𝐼1 + 0 ∙ 𝐼2 − 3 ∙ 𝐼 = −12
− 4 ∙ 𝐼1 + 2 ∙ 𝐼2 + 0 ∙ 𝐼 = −5

Já temos então a matriz dos coeficientes D:

−1 −1 1
𝐷 = −4 0 −3
−4 2 0
Podemos agora obter as demais matrizes, substituindo a coluna dos termos independentes pela coluna dos termos que
queremos resolver:
−1 ∙ 𝐼1 − 1 ∙ 𝐼2 + 1 ∙ 𝐼 = 0
ቐ− 4 ∙ 𝐼1 + 0 ∙ 𝐼2 − 3 ∙ 𝐼 = −12
− 4 ∙ 𝐼1 + 2 ∙ 𝐼2 + 0 ∙ 𝐼 = −5

0 −1 1
𝐷𝐼1 = −12 0 −3
−5 2 0

−1 0 1
𝐷𝐼2 = −4 −12 −3
−4 −5 0

−1 −1 0
𝐷𝐼 = −4 0 −12
−4 2 −5
Vamos agora encontra os determinantes:

−1 −1 1 −1 −1
𝐷 = −4 0 −3 −4 0 𝐷𝑒𝑡 𝐷 = 0 − 12 − 8 + 0 − 6 + 0  𝐷𝑒𝑡 𝐷 = −26
−4 2 0 −4 2
- +

0 −1 1 0 −1
𝐷𝐼1 = −12 0 −3 −12 0 𝐷𝑒𝑡 𝐷𝐼1 = 0 − 15 − 24 + 0 + 0 + 0  𝐷𝑒𝑡 𝐷𝐼1 = −39
−5 2 0 −5 2

−1 0 1 −1 0
𝐷𝐼2 = −4 −12 −3 −4 −12 𝐷𝑒𝑡 𝐷𝐼2 = 0 + 0 + 20 − 48 + 15 + 0  𝐷𝑒𝑡 𝐷𝐼2 = −13
−4 −5 0 −4 −5

−1 −1 0 −1 −1
𝐷𝐼 = −4 0 −12 −4 0 𝐷𝑒𝑡 𝐷𝐼 = 0 − 48 + 0 + 0 − 24 + 20  𝐷𝑒𝑡 𝐷𝐼 = −52
−4 2 −5 −4 2
Podemos agora achar o valor das correntes:

𝐷𝑒𝑡 𝐷𝐼1 −39


𝐼1 =  𝐼1 =  𝐼1 = 1,5 𝐴
𝐷𝑒𝑡 𝐷 −26

𝐷𝑒𝑡 𝐷𝐼2 −13


𝐼2 =  𝐼2 =  𝐼2 = 0,5 𝐴
𝐷𝑒𝑡 𝐷 −26

𝐷𝑒𝑡 𝐷𝐼 −52
𝐼=  𝐼=  𝐼 = 2,0 𝐴
𝐷𝑒𝑡 𝐷 −26
Exemplo 2: Determine a corrente que passa em cada resistor:

Vamos usar apenas três correntes: I1 I2 e I3.

Vamos considerar também que os resistores não são múltiplos de mil. R1 = 9,1  e não R1 = 9,1 k
Achando as malhas:

I1 I3
I2

Malha 1:

+ 18 − 2,2 ∙ 𝐼1 − 9,1 ∙ 𝐼1 + 9,1 ∙ 𝐼2 = 0  − 11,3 ∙ 𝐼1 + 9,1 ∙ 𝐼2 = −18 (1)

Malha 2:

− 18 + 9,1 ∙ 𝐼1 − 9,1 ∙ 𝐼2 − 7,5 ∙ 𝐼2 − 6,8 ∙ 𝐼2 + 6,8 ∙ 𝐼3 = 0  + 9,1 ∙ 𝐼1 − 23,4 ∙ 𝐼2 + 6,8 ∙ 𝐼3 = +18 (2)

Malha 3:

(3)
− 3 − 3,3 ∙ 𝐼3 − 6,8 ∙ 𝐼3 + 6,8 ∙ 𝐼2 = 0  +6,8 ∙ 𝐼2 − 10,1 ∙ 𝐼3 = 3
Temos as três equações:

− 11,3 ∙ 𝐼1 + 9,1 ∙ 𝐼2 = −18 (1)

+ 9,1 ∙ 𝐼1 − 23,4 ∙ 𝐼2 + 6,8 ∙ 𝐼3 = +18 (2)

+6,8 ∙ 𝐼2 − 10,1 ∙ 𝐼3 = 3 (3)

Ao invés de substituir, vamos usar o método de Cramer. Temos o sistema:

−11,3 ∙ 𝐼1 + 9,1 ∙ 𝐼2 + 0 ∙ 𝐼3 = −18


ቐ+9,1 ∙ 𝐼1 − 23,4 ∙ 𝐼2 + 6,8 ∙ 𝐼3 = +18
0 ∙ 𝐼1 + 6,8 ∙ 𝐼2 − 10,1 ∙ 𝐼3 = 3

Já temos então a matriz dos coeficientes D:

−11,3 +9,1 0
𝐷 = +9,1 −23,4 +6.8
0 6,8 −10,1
Podemos agora obter as demais matrizes, substituindo a coluna dos termos independentes pela coluna dos termos que
queremos resolver:

−11,3 ∙ 𝐼1 + 9,1 ∙ 𝐼2 + 0 ∙ 𝐼3 = −18


ቐ+9,1 ∙ 𝐼1 − 23,4 ∙ 𝐼2 + 6,8 ∙ 𝐼3 = +18
0 ∙ 𝐼1 + 6,8 ∙ 𝐼2 − 10,1 ∙ 𝐼3 = 3

−18 +9,1 0
𝐷1 = +18 −23,4 +6.8
3 6,8 −10,1

−11,3 −18 0
𝐷2 = +9,1 +18 +6.8
0 3 −10,1

−11,3 +9,1 −18


𝐷3 = +9,1 −23,4 +18
0 6,8 3
Vamos agora encontra os determinantes:

−11,3 +9,1 0 −11,3 +9,1 𝐷𝑒𝑡 𝐷 = − 2670,6 + 0 + 0 + 0 + 522,5 + 836,4 


𝐷 = +9,1 −23,4 +6,8 +9,1 −23,4
0 +6,8 −10,1 0 +6,8 𝐷𝑒𝑡 𝐷 = −1311,7
- +

−18 +9,1 0 −18 +9,1 𝐷𝑒𝑡 𝐷1 = −4254,1 + 185,6 + 0 + 0 + 832,3 + 1654,4 


𝐷1 = +18 −23,4 +6,8 +18 −23,4
+3 +6,8 −10,1 3 +6,8 𝐷𝑒𝑡 𝐷1 = −1581,8

−11,3 −18 0 −11,3−18 𝐷𝑒𝑡 𝐷2 = +2054,3 + 0 + 0 + 0 + 230,5 − 1654,4 


𝐷2 = +9,1 +18 +6,8 +9,1 +18
0 +3 −10,1 0 +3 𝐷𝑒𝑡 𝐷2 = +630,4

−11,3 +9,1 −18 −11,3 +9,1 𝐷𝑒𝑡 𝐷3 = +793,3 + 0 − 1113,8 + 0 + 1383,1 − 248,4 
𝐷3 = +9,1 −23,4 +18 +9,1 −23,4
0 +6,8 +3 0 +6,8 𝐷𝑒𝑡 𝐷3 = +814,2
Podemos agora achar o valor das correntes:

𝐷𝑒𝑡 𝐷1 −1581,8
𝐼1 =  𝐼1 =  𝐼1 = 1,2 𝐴
𝐷𝑒𝑡 𝐷 −1311,7

𝐷𝑒𝑡 𝐷2 + 630,4
𝐼2 =  𝐼2 =  𝐼2 = − 0,48 𝐴
𝐷𝑒𝑡 𝐷 −1311,7

𝐷𝑒𝑡 𝐷3 + 814,2
𝐼3 =  𝐼3 =  𝐼3 = − 0,62 𝐴
𝐷𝑒𝑡 𝐷 −1311,7
As correntes em cada resistor são:

𝐼1 = 1,2 𝐴 I1 I3
I2
𝐼2 = − 0,48 𝐴

𝐼3 = − 0,62 𝐴

𝐼2,2 = 𝐼1 = 1,2 𝐴 Sentido: de baixo para cima.

𝐼9,1 = 𝐼1 − 𝐼2 = 1,68 𝐴 Sentido: de cima para baixo.

𝐼7,5 = 𝐼2 = 0,48 𝐴 Sentido: direita para esquerda.

𝐼6,8 = 𝐼3 − 𝐼2 = 0,14 𝐴 Sentido: de cima para baixo.

𝐼3,3 = 𝐼3 = 0,62 𝐴 Sentido: de baixo para cima.


Exemplo 3: Determine a corrente que passa em cada resistor.
Achando as malhas:

I3

I1 I2

Malha 1:

+ 75 − 25 ∙ 𝐼1 + 25 ∙ 𝐼3 − 50 ∙ 𝐼1 + 50 ∙ 𝐼2 = 0  − 75 ∙ 𝐼1 + 50 ∙ 𝐼2 + 25 ∙ 𝐼3 = −75 (1)

− 3 ∙ 𝐼1 + 2 ∙ 𝐼2 + 1 ∙ 𝐼3 = −3
Malha 2:

−50 ∙ 𝐼2 + 50 ∙ 𝐼1 − 10 ∙ 𝐼2 + 10 ∙ 𝐼3 − 25 ∙ 𝐼2 = 0  + 50 ∙ 𝐼1 − 85 ∙ 𝐼2 + 10 ∙ 𝐼3 = 0 (2)
+ 10 ∙ 𝐼1 − 17 ∙ 𝐼2 + 2 ∙ 𝐼3 = 0
Malha 3:

−25 ∙ 𝐼3 + 25 ∙ 𝐼1 − 100 ∙ 𝐼3 − 10 ∙ 𝐼3 + 10 ∙ 𝐼2 = 0  +25 ∙ 𝐼1 + 10 ∙ 𝐼2 − 135 ∙ 𝐼3 = 0 (3)


+5 ∙ 𝐼1 + 2 ∙ 𝐼2 − 27 ∙ 𝐼3 = 0
Usar o método de Cramer. Temos o sistema:

−3 ∙ 𝐼1 + 2 ∙ 𝐼2 + 1 ∙ 𝐼3 = −3
ቐ+10 ∙ 𝐼1 − 17 ∙ 𝐼2 + 2 ∙ 𝐼3 = 0
5 ∙ 𝐼1 + 2 ∙ 𝐼2 − 27 ∙ 𝐼3 = 0

−3 +2 1
𝐷 = +10 −17 +2
5 +2 −27

−3 +2 1
𝐷1 = 0 −17 +2
0 +2 −27

−3 −3 1
𝐷2 = +10 0 +2
5 0 −27

−3 +2 −3
𝐷3 = +10 −17 0
5 +2 0
Encontrar os determinantes:

−3 2 1 −3 2 𝐷𝑒𝑡 𝐷 = −1377 + 20 + 20 + 85 + 12 + 540 


𝐷 = 10 −17 2 10 −17
5 2 −27 5 2 𝐷𝑒𝑡 𝐷 = −700

−3 2 1 −3 2 𝐷𝑒𝑡 𝐷1 = −1377 + 0 + 0 + 0 + 12 + 0 
𝐷1 = 0 −17 2 0 −17
0 2 −27 0 2 𝐷𝑒𝑡 𝐷1 = − 1365

−3 −3 1 −3−3 𝐷𝑒𝑡 𝐷2 = 0 − 30 + 0 + 0 + 0 − 810 


𝐷2 = 10 0 2 10 0
5 0 −27 5 0 𝐷𝑒𝑡 𝐷2 = − 840

−3 2 −3 −3 2 𝐷𝑒𝑡 𝐷3 = +0 + 0 − 60 − 255 + 0 + 0 
𝐷3 = 10 −17 0 10 −17
5 2 0 5 2 𝐷𝑒𝑡 𝐷3 = −315
Correntes:
𝐷𝑒𝑡 𝐷1 −1365
𝐼1 =  𝐼1 =  𝐼1 = 1,95 𝐴
𝐷𝑒𝑡 𝐷 −700

𝐷𝑒𝑡 𝐷2 − 840
𝐼2 =  𝐼2 =  𝐼2 = 1,20 𝐴
𝐷𝑒𝑡 𝐷 −700

𝐷𝑒𝑡 𝐷3 − 315
𝐼3 =  𝐼3 =  𝐼3 = 0,45 𝐴
𝐷𝑒𝑡 𝐷 −700

𝐼25 = 𝐼1 − 𝐼3 = 1,50 𝐴 Sentido: da esquerda para direita.

𝐼50 = 𝐼1 − 𝐼2 = 0,75 𝐴 Sentido: de baixo para cima. I3

𝐼10 = 𝐼2 − 𝐼3 = 0,75 𝐴 Sentido: da esquerda para direita.

𝐼25 = 𝐼2 = 1,20 𝐴 Sentido: de cima para baixo. I1 I2

𝐼100 = 𝐼3 = 0,45 𝐴 Sentido: da esquerda para direita.


Exemplo 6: Determine a corrente que passa em cada resistor:

O primeiro passo é colocar as correntes:

Utilizando a lei dos nós, temos já uma equação:

𝐼 = 𝐼1 + 𝐼2 (1)
Vamos agora colocar as malhas: (3)

(1 (1) (2)

Malha 1:

+ 110 − 5 ∙ 𝐼1 − 5 ∙ 𝐼 − 190 = 0  −5 ∙ 𝐼1 − 5 ∙ 𝐼 = +80 (2)

Malha 2:

+ 190 + 5 ∙ 𝐼1 − 15 ∙ 𝐼2 − 20 ∙ 𝐼2 = 0  +5 ∙ 𝐼1 − 35 ∙ 𝐼2 = −190 (3)

Não é necessário utilizar a malha 3, pois já temos 3 equações para 3 incógnitas, o que já é suficiente.
Temos as três equações:

𝐼 = 𝐼1 + 𝐼2 (1)

− 5 ∙ 𝐼1 − 5 ∙ 𝐼 = 80 (2)

+5 ∙ 𝐼1 − 35 ∙ 𝐼2 = −190 (3)

Mas podemos reduzi-las a duas, substituindo (1) em (2):

− 5 ∙ 𝐼1 − 5 ∙ (𝐼1 + 𝐼2 ) = 80  − 5 ∙ 𝐼1 − 5 ∙ 𝐼1 − 5 ∙ 𝐼2 = 80  − 10 ∙ 𝐼1 − 5 ∙ 𝐼2 = 80 (4)

Temos então o seguinte sistema de equações (simplificando as equações, dividindo ambas por 5):

− 2 ∙ 𝐼1 − 1 ∙ 𝐼2 = +16

+1 ∙ 𝐼1 − 7 ∙ 𝐼2 = −38
Temos várias formas de resolver esta equação: método da adição, método da substituição, método da comparação e o
método que utiliza o determinante de matrizes.

Vamos utilizar o método da adição.

− 2 ∙ 𝐼1 − 1 ∙ 𝐼2 = +16 x (1)

+1 ∙ 𝐼1 − 7 ∙ 𝐼2 = −38 x (2)

−2 ∙ 𝐼1 − 1 ∙ 𝐼2 = 16

+2 ∙ 𝐼1 − 14 ∙ 𝐼2 = −76

Somando:

− 15 ∙ 𝐼2 = −60  𝐼2 = 4 A

Substituindo em qualquer uma das duas equações:

−2 ∙ 𝐼1 − 1 ∙ 𝐼2 = +16  − 2 ∙ 𝐼1 − 1 ∙ 4 = +16  − 2 ∙ 𝐼1 − 4 = +16  − 2 ∙ 𝐼1 = +20 

𝐼1 = −10 A 𝐼 = 𝐼1 + 𝐼2  𝐼 = −10 + 4  𝐼 = −6 𝐴
Exemplo 7: Determine a corrente que passa em cada resistor:

Utilizando a lei dos nós, temos já uma equação:

𝐼 = 𝐼1 + 𝐼2 (1)
Vamos agora colocar as malhas:

Malha 1:

+ 20 + 2 ∙ 𝐼 − 14 + 4 ∙ 𝐼1 = 0  4 ∙ 𝐼1 + 2 ∙ 𝐼 = − 6 (2)

Malha 2:

+ 36 − 4 ∙ 𝐼1 + 5 ∙ 𝐼2 = 0  − 4 ∙ 𝐼1 + 5 ∙ 𝐼2 = −36 (3)

Não é necessário utilizar a malha 3, pois já temos 3 equações para 3 incógnitas, o que já é suficiente.
Temos as três equações:

𝐼 = 𝐼1 + 𝐼2 (1)

4 ∙ 𝐼1 + 2 ∙ 𝐼 = − 6 (2)

− 4 ∙ 𝐼1 + 5 ∙ 𝐼2 = −36 (3)

Mas podemos reduzi-las a duas, substituindo (1) em (2):

4 ∙ 𝐼1 + 2 ∙ (𝐼1 + 𝐼2 ) = − 6  4 ∙ 𝐼1 + 2 ∙ 𝐼1 + 2 ∙ 𝐼2 = − 6  6 ∙ 𝐼1 + 2 ∙ 𝐼2 = − 6 (4)

Temos então o seguinte sistema de equações:

+6 ∙ 𝐼1 + 2 ∙ 𝐼2 = −6

− 4 ∙ 𝐼1 + 5 ∙ 𝐼2 = −36
Temos várias formas de resolver esta equação: método da adição, método da substituição, método da comparação e o
método que utiliza o determinante de matrizes.

Vamos utilizar o método da adição.

+6 ∙ 𝐼1 + 2 ∙ 𝐼2 = −6 x (4)

− 4 ∙ 𝐼1 + 5 ∙ 𝐼2 = −36 x (6)

24 ∙ 𝐼1 + 8 ∙ 𝐼2 = −24

− 24 ∙ 𝐼1 + 30 ∙ 𝐼2 = −216

Somando:

38 ∙ 𝐼2 = −240  𝐼2 = −6,32 A

Substituindo em qualquer uma das duas equações:

6 ∙ 𝐼1 + 2 ∙ 𝐼2 = −6  6 ∙ 𝐼1 + 2 ∙ (−6,32) = −6  6 ∙ 𝐼1 − 12,64 = −6  6 ∙ 𝐼1 = 6,64 

𝐼1 = 1,11 A 𝐼 = 𝐼1 + 𝐼2  𝐼 = −6,32 + 1,11  𝐼 = −5,21 𝐴

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