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Sistemas Estruturais:
Pontes pênseis e estaiadas
Prof.: Raul Lobato
Aula 04
• Pontes Pênseis:
• Componentes Estruturais;
• Tacoma Narrows Bridge Collapse.
• Pontes Estaiadas:
• Compenentes Estruturais;
• Manutenção.
Pontes Pênseis
Pontes pênseis ou suspensas possuem o tabuleiro contínuo,
sustentando por vários CABOS METÁLICOS (pendurais)
atirantados ligados a dois cabos maiores (ou barras articuladas)
apoiados nas TORRES DE SUSTENTAÇÃO e ancorados nas
extremidades. Os cabos comprimem as torres de sustentação,
que transferem os esforços de compressão para as fundações.
Pontes Pênseis
Pontes pênseis ou suspensas, são aquelas que possibilitam os
maiores vãos sobre rios, lagos, etc. Por isso quando sujeita a
grandes CARGAS DE VENTO, apresenta movimentos do
tabuleiro que podem tornar o tráfego desconfortável e até
perigoso e, por esta razão exige-se que o tabuleiro seja
projetado com grande RIGIDEZ à torção para minimizar esse
efeito.
Pontes Pênseis: componentes estruturais
• Vigas treliçadas: elementos longitudinais contraventados
transversalmente que servem como suporte e distribuem as cargas
provenientes de veículos. Servem como elementos integrantes do
sistema lateral, assegurando a ESTABILIDADE AERODINÂMICA
da estrutura;
• Cabos principais: um grupo de fios paralelos que suportam as
vigas treliçadas, transferindo as suas cargas para as torres
principais, servindo também como elementos estabilizadores da
estrutura;
• Torres principais: elementos intermediários entre a superestrutura
e a fundação. Suportam os cabos e transferem os seus
carregamentos para a fundação.
Pontes Pênseis: componentes estruturais
• Pendurais: elementos intermediários entre a viga treliçada e o
cabo. Fazem a passagem entre a carga que é absorvida pelas
vigas e a carga que é absorvida pelo cabo;
• Ancoragens: blocos de concreto, que ancoram os cabos
principais. Servindo por isso com apoios finais da ponte
Vigas Treliçadas
Tipo de tabuleiro muito aplicado em pontes pênseis, por se
caracterizarem como uma solução com RIGIDEZ de flexão e
torção adequadas para as pontes suspensas por cabos. Além
disso contribui no AERODINAMISMO dos elementos, permitindo
a passagem de ventos pela estrutura, sem que este sofra
OSCILAÇÕES que causem danos estruturais graves ou mesmo
o colapso.
Cabos principais
Cabos principais
PARALLEL WIRE
STRAND ROPE
STRAND
LOCKED COIL
SPIRAL ROPE
ROPE
Cabos principais
PONTE Nº DE CABOS DIÂMETRO (M)
BROOKLYN BRIDGE 4 0,39
WILLIAMSBURG 4 0,47
MANHATTAN 4 0,52
GEORGE WASHINGTON 4 0,66
SAN FRANCISO OAKLAND BAY 2 0,73
VERRAZANO NARROWS 4 0,91
MACKINAC STRAITS 2 0,61
WALT WHITMAN 2 0,58
GEN U.S 2 0,18
Cabos principais
Torres
Geralmente, a configuração das torres assume a forma de
portais. Para que elas sejam econômicas, a sua dimensão em
ALTURA tem que ser reduzida, sendo definida pela MÍNIMA
LARGURA que mantenha a ESTABILIDADE DA ESTRUTURA.
Por outro lado, a altura também é influenciada pela
DEFORMAÇÃO que o cabo irá sofrer devido ao seu peso
próprio, ou seja, a configuração que o cabo irá assumir quando
sujeito a toda a carga permanente.
Torres
Torres
PONTE ALTURA (M)
GOLDEN GATE 213,96
MACKINAC 162,30
SAN FRANCISCO OAKLAND BAY 126, 03
FIRST TACOMA NARROWS 129,54
WALT WHITMAN 107,22
TAGUS – 25 DE ABRIL 103,00
Tacoma Narrows
Tacoma Narrows
• Velocidade do vento: 65 km/h;
• Afrouxamento da ligação do cabo;
• Vibração torcional;
• Os pilares atingiram deflexões de 3,60 m no topo, cerca de 12
vezes os parâmetros de dimensionamento;
• Falta de rigidez transversal e desempenho aerodinâmico;
• Lado positivo: nenhum dano pessoal, foi tomada a
consciência para o problema da aerodinâmica das grandes
estruturas e a obrigatoriedade em fazer ensaios de túnel de
vento com modelos de pontes pênsil em projeto.
Pontes Estaiadas: Definição
• Ponte estaiada ou ponte atirantada é um tipo de ponte
suspensa por cabos (estais), constituída de um ou mais
mastros, de onde partem cabos de sustentação para os
tabuleiros da ponte;
• É considerada a SOLUÇÃO INTERMEDIÁRIA ideal entre uma
ponte fixa e uma ponte pênsil, em casos onde uma ponte fixa
iria requerer uma estrutura de suporte muito maior, enquanto
uma pênsil necessita maior elaboração de cabos;
• Este esquema estrutural, que pode ser considerado igual ao de
uma viga atirantada em vários pontos, é empregado para vãos
muito grandes.
Pontes Estaiadas
Pontes Estaiadas no Brasil
Pontes Estaiadas no Brasil
Pontes Estaiadas: Sistema estrutural
O sistema estrutural de uma ponte estaiada pode ser
classificado em função dos cabos sobre três aspectos
importantes (Cardoso, 2013):
• Espaçamento longitudinal dos estais;
• Distribuição transversal dos estais;
• Distribuição vertical dos estais.
Pontes Estaiadas: Sistema estrutural
• Espaçamento longitudinal: Ponte estaiada tipo 1
PONT DE
BROTONNE
Pontes Estaiadas: Sistema estrutural
• Distribuição transversal dos cabos: dois ou mais planos
verticais
Pontes Estaiadas: Sistema estrutural
• Distribuição transversal dos cabos: dois ou mais planos
verticais
Pontes Estaiadas: Sistema estrutural
Dois ou mais planos verticais: possibilita trabalhar com peças
mais esbeltas já que estes são solicitados principalmente à FLEXÃO
(laje bi-apoiada). Solução interessante para pontes com tabuleiros
mais largos (efeito de torção não é expressivo). O posicionamento
do mastro do lado de fora do tabuleiro também é um aspecto
interessante, principalmente para grandes vãos.
Desvantagem:
• Custo maior com a elevação de dois ou mais mastros e um maior
número de cabos
Pontes Estaiadas: Sistema estrutural
Pontes Estaiadas: Sistema estrutural
• Distribuição transversal dos cabos: planos inclinados
Pontes Estaiadas: Sistema estrutural
• Distribuição transversal dos cabos: planos inclinados
Pontes Estaiadas: Sistema estrutural
Planos inclinados: apresenta vantagens para a utilização de torres
com geometria de “A”
Desvantagem:
• Para dar gabarito ao tráfego uma área do tabuleiro é perdida em
função da inclinação dos cabos na direção da via (pontes com
dimensões reduzidas e torres baixas).
Pontes Estaiadas: Sistema estrutural
Pontes Estaiadas: Sistema Estrutural
• Distribuição vertical dos estais:
CARREGAMENTOS PERMANENTES
Pontes Estaiadas: Sistema Estrutural
• Distribuição vertical dos estais:
CARREGAMENTOS ASSIMÉTRICOS
Pontes Estaiadas: Sistema Estrutural
• Distribuição vertical dos estais:
Nesta geometria a torre é mais baixa que nas pontes estaiadas comuns,
de maneira que os cabos cheguem ao tabuleiro em ângulos pequenos,
consequentemente, com isso, os esforços de compressão no tabuleiro
são elevados (limitação na altura da torre)
Pontes Estaiadas: Sistema Estrutural
• Extradorso:
Pontes Estaiadas: Sistema Estrutural
• Múltiplos Vãos:
Sistemas Estruturais:
Pontes pênseis e estaiadas
E-mail: raul.lobatto@hotmail.com