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MÓDULO VIA
Objectivos da Formação
No final da Formação, os formandos deverão:
Via-Férrea
Enquanto via de Comunicação, é o conjunto de
elementos que serve de suporte e encaminhamento
dos comboios.
A via distingue-se em duas partes fundamentais:
– Infra-estrutura
– Super-estrutura
Super-estrutura
É formada pelo balastro e armamento de via (carril, travessas e
material de fixação e de ligação).
Infra-estrutura
É formada pelas camadas localizadas sob o balastro (plataforma),
aterros e taludes de escavação, sistemas de drenagem e onde se
incluem as obras de arte destinadas a suportar a via.
2. Infra-estrutura
Infra-estrutura
A infra-estrutura da via é constituída por:
Plataforma;
Taludes;
Sistema de drenagem;
Obras de arte.
Infra-estrutura
Plataforma
Superfície de apoio da Super-estrutura de via e das cargas rolantes das
circulações ferroviárias.
Requisitos:
– Ser Plana, com uma certa inclinação
transversal de modo a facilitar a
saída (drenar) das águas da chuva;
Infra-estrutura
Trincheiras ou Taludes
Tipos de Taludes:
– Talude de Aterro;
– Talude de Escavação.
Infra-estrutura
Taludes de Aterro
Superfície de terreno inclinada, resultante da construção de um aterro que
permite a implantação da plataforma da via a cotas superiores às dos
terrenos a ela adjacentes.
Infra-estrutura
Taludes de Escavação
Superfície de terreno inclinada, resultante do desmonte do terreno natural
que permite a implantação da plataforma da via a cotas inferiores às dos
terrenos a ela adjacentes.
Infra-estrutura
Sistemas de Drenagem
Têm a função de desviar (conduzir) as águas da plataforma e do leito da via.
Requisitos:
Devem ser construídas com secção e inclinação longitudinal suficientes
para escoar rapidamente as águas e permanecerem desobstruídas;
Infra-estrutura
Obras de Arte
– Ponte
– Viaduto
– Passagem Superior (PS)
– Passagem Inferior (PI)
– Túnel
– Muro de suporte/ Muro de espera
3. Super-estrutura
Super-estrutura
A super-estrutura da via é constituída por:
Balastro;
Travessas;
Carris;
Material de Fixação;
Peças de ligação.
Super-estrutura
Balastro
Material granular resultante da britagem de pedra com elevada resistência
ao desgaste e à fragmentação.
Funções
Super-estrutura
Travessa
É o elemento intermédio da super-estrutura da via e destina-se a apoiar e
fixar os carris e manter a distância entre as duas filas de carris
(Bitola).
Recebem as pressões exercidas sobre os carris, transmitindo e
distribuindo as mesmas sobre o balastro.
Super-estrutura
Tipos de Travessas:
Madeira Betão Bi-bloco Betão Monobloco
Super-estrutura
Travessas Madeira
Vantagens Desvantagens
Fácil fabrico; Não garantem uma eficaz
Fácil manuseamento; fixação aos carris;
Asseguram um bom nivelamento. Degradação da floresta.
Vantagens
São produzidas a partir de matérias primas inesgotáveis;
Asseguram uma boa fixação;
Asseguram uma boa estabilidade da via, devido ao seu peso;
Maior durabilidade.
Super-estrutura
Carris
São vigas de aço laminado, com uma secção transversal formada por cabeça,
alma e patilha.
Super-estrutura
Tipo de Carril:
• Os carris são caracterizados, essencialmente pelo seu peso por metro de
comprimento. Os mais correntes são de 54 kg/m (54E1) e 60 kg/m (60E1)
• Quanto ao comprimentos dos carris, os mais correntes são 18, 36, 72 e 108
metros.
Unidades de Carril:
Carril Unidade formada de uma só peça (sem soldadura)
Super-estrutura
Material de Fixação
Servem para fixar os carris às travessas garantindo o seu posicionamento.
Tipos de Fixação:
Pregação Rígida Pregação Elástica
Super-estrutura
Peças de ligação
As ligações de carris destinam-se a estabelecer a continuidade de duas
barras ou carris distintos.
Tipos de Junta
Junta mecânica;
Junta soldada;
Junta isolante;
Super-estrutura
Ligações de carril
Junta mecânica
Ligação tradicional dos carris composta por 1 par de barretas de 4 ou 6
furos /tipo 60 ou 54 kg/m) e 4 ou 6 parafusos de junta, porca e anilha.
Super-estrutura
Ligações de carril
Junta soldada
Ligação por intermédio de soldadura que garante a continuidade do
material constituinte dos carris.
Super-estrutura
Ligações de carril
Funções
Funções
4. Parâmetros de Via
Parâmetros de Via
Bitola;
Nivelamento longitudinal;
Escala;
Empeno;
Alinhamento
Outros parâmetros
Parâmetros de Via
Bitola da via-férrea
É a distância entre faces interiores dos carris, também designados por
faces de guiamento, medida 15mm abaixo do plano de rolamento.
Parâmetros de Via
Bitola da via-férrea
Parâmetros de Via
Inclinação Transversal dos Carris:
Os carris são geralmente assentes com um pequeno ângulo em
relação à horizontal, para:
Facilitar o ajustamento do carril ao rodado;
Contrariar os esforços de derrube do carril pelo rodado.
Parâmetros de Via
Escala ou sobreelevação
É a elevação da fila de carris exterior da curva, com o objecto de contrariar
os esforços transversais resultantes da força centrífuga.
Defeito de escala
É a diferença entre a escala existente num determinado ponto da via e a
escala fixada em projecto.
Parâmetros de Via
Empeno
É a variação de escala entre dois pontos da via.
Defeito de empeno
É o excedente de empeno em relação ao disfarce de escala ou empeno
previsto.
Parâmetros de Via
Empeno
Parâmetros de Via
Alinhamento
É o parâmetro responsável pela qualidade do guiamento dos veículos e
por assegurar a estabilidade lateral dos mesmos.
Defeito de alinhamento
É a diferença entre a flecha medida e o valor da flecha fixado em cadastro.
Parâmetros de Via
Tolerâncias dos parâmetros geométricos de via para linhas de bitola 1668
e 1435 mm – Trabalhos de manutenção (IT VIA.018)
Parâmetros de Via
Tolerâncias dos parâmetros geométricos de via para linhas de bitola 1668
e 1435 mm – Alerta (IT VIA.018)
Parâmetros de Via
Tolerâncias dos parâmetros geométricos de via para linhas de bitola 1668
e 1435 mm – Intervenção (IT VIA.018)
Parâmetros de Via
Tolerâncias dos parâmetros geométricos de via para linhas de bitola 1668
e 1435 mm – Acção imediata (IT VIA.018)
Parâmetros de Via
Entrevia
É o afastamento entre as faces de guiamento dos carris de duas vias
contíguas, medido na horizontal.
Parâmetros de Via
Entre-eixos
É o afastamento entre os eixos das duas vias contíguas, medido na
horizontal.
5. Classificação, Referenciação e
Etiquetagem de via
Classificação das Linhas
VA (Via Ascendente)
via do lado esquerdo com as costas para a origem
VD (Via Descendente)
via do lado direito com as costas para a origem
Classificação das Linhas
Etiquetagem de Via
São postes ou estacas situadas do lado esquerdo da via (sentido
ascendente) que referenciam quilometricamente a super-estrutura.
6. Representação da via
Representação da Via
Perfil Longitudinal;
Perfil Transversal.
Representação em Planta
Alinhamento recto
Curva circular
Curva de transição
Representação em Perfil longitudinal
Traineis
Rampa – Designação de um trainel em declive quando percorrido a
subir
Pendente – Designação de um trainel em declive quando percorrido a
descer
Patamar – Designação de um trainel com declive nulo
Concordâncias
Côncava
Convexa
Gabarito de Material
Regula as dimensões máximas exteriores do material circulante,
distinguindo-se dois tipos:
Gabarito de Obstáculos
Regula o espaço mínimo ao longo da via obrigatoriamente livre de
obstáculos.
7. Aparelhos de Via
Super-estrutura
Sentido do Aparelho de Mudança de Via
Super-estrutura
Aparelhos de Mudança de Via
Dispositivo que através da manobra das agulhas , permite o desvio do
material circulante para outra via.
Super-estrutura
Constituição do Aparelho de Mudança de Via
TJS
TJD
Aparelho de Dilatação
Servem para absorver as dilatações e contracções das zonas de respiração
das BLS e/ou de pontes metálicas.