Você está na página 1de 66

SUMÁRIO

UNIDADE 7 – INTRODUÇÃO AO ESTUDO DAS PONTES


7.1 - Generalidades;
7.2 - Elementos estruturais;
PONT

7.3 - Classificação;
ES

7.4 - Elementos para a Elaboração de Projetos;

UNIDADE 8 – LANÇAMENTO E PRÉ- DIMENSIONAMENTO


8.1 – Lançamento da estrutura;
8.2 – Pré-dimensionamento;

UNIDADE 9 – AÇÕES – SEGURANÇA E ESTADOS LIMITES


9.1 – Ações;
9.2 – Segurança e estados limites;
SUMÁRIO

UNIDADE 10 – CÁLCULO DAS LAJES DAS PONTES


10.1 – Linhas e superfícies de influência
PONT

UNIDADE 11 – CÁLCULO DAS LAJES DAS PONTES


ES

UNIDADE 12 – TRANSVERSINAS, CORTINAS E ALAS


12.1 – Transversinas ligadas às lajes Centrais;
12.2 – Transversinas desligadas da laje central;
12.3 – Cortinas;
12.4 – Alas;
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CAVALCANTI, G. H. F. Pontes emconcreto armado: análise e dimensionamento.
Ed. Blucher, 2019.
ARAUJO, D. L. Projeto de ponte em concreto armado com duas longarinas. 2ª
Ed. Editora da UFG, 2018.
PONT

MARCHETTI, O. Pontes de concreto armado. Ed. Blucher. São Paulo, 2008.


ES

MENDES, L.C. Ponte. Ed. EdUFF. Rio de Janeiro, 2003.


ABNT NBR 7187. Projeto de pontes de concreto armado e de concreto
protendido – Procedimento, 2003.
ABNT NBR 7188. Carga móvel em ponte rodoviária e passarela de pedestre. Rio de
Janeiro, 2013.
ABNT NBR 7189. Cargas móveis para projeto estrutural de obras ferroviárias
(Cancelada).
ABNT NBR 10839. Execução de obras de arte especiais em concreto armado
e concreto protendido (Cancelada).
Apostila do professor Wilson Spernau, UFSC Completo mas desatualizada
em termos de normas.
Apostila do professor Mounir El Debs, USP São Carlos.
INTRODUÇÃO AO
ESTUDO DE PONTES

ESTRUTURAS DE CA III

PROFª. MA. ANDRÉIA F. TORMEN


ANDREIA.TORMEN@UCEFF.EDU.BR 4
7.1 GENERALIDADES

PONTES SÃO OBRAS DE ENGENHARIA DESTINADAS A


VENCER OBSTÁCULOS NATURAIS OU ARTIFICIAIS.

Em função de sua complexidade, são chamadas


Obras de Arte Especiais (OAE)

 Quando o obstáculo não possui água, são chamados


viadutos.

 Pontes de pequenos vãos são denominadas pontilhões.


Não existe um vão que determine o limite entre um pontilhão
e uma ponte.

A estrutura de uma ponte pode ser dividida em:


Infraestrutura; Mesoestrutura e Superestrutura.
PONT Uma ponte é uma obra de arte... OAE!!!
ES

Infinity Bridge, Inglaterra

Golden Gate Bridge, EUA


PONTE MAIS EXTENSA DO MUNDO
Danyang–Kunshan Grand Bridge (China)
PONT
ES

Sua estrutura percorre 164 km de terra e mar, ligando as


cidades de Xangai e Nanquim.
Inaugurada: 2011
PONTE COM MAIOR VÃO DO MUNDO
Akashi-Kaikyo, no estreito de Akashi (Japão)
PONT
ES

Vão central de 1991 metros.


Inaugurada: 1998
1ª PONTE MAIS ALTA DO MUNDO
Ponte de Beipanjiang (China)
PONT
ES

Altura de 565 m
Inaugurada: 2016
2ª PONTE MAIS ALTA DO MUNDO
Viaduto de Millau (França)
PONT
ES

Altura de 343 m
Inaugurada: 2004
PONT Sydney Harbour Bridge (Austrália)
ES

Concluída em 1932, demorou 8 anos para ser construída.


O comprimento total do tabuleiro principal é de 1.149m.
PONT Golden Gate (São Francisco- CA) - 1933
ES

1966 metros de comprimento suspenso, sendo a


distância entre as duas torres de 1280 metros.
Estas torres de suspensão, por sua vez, erguem-se a 227
metros acima do nível do mar.
PONTE MAIS EXTENSA DA EUROPA
Ponte Vasco da Gama (Portugal)
PONT
ES

Vão central de 420m


12,3 quilômetros de comprimento
Construída: 1998
PONTES MARCANTES DO BRASIL
JK (Brasília) - 2002
PONT
ES

Vão central de 420m


12,3 quilômetros de comprimento
Construída: 1998
PONTES MARCANTES DO BRASIL
(Rio – Niterói) - 1974
PONT
ES

Maior altura de pilar de 72m.

Comp. Total de 13,29 km.

Ponte é a maior do hemisfério sul em concreto


protendido e a maior da América Latina.
7.2 ELEMENTOS ESTRUTURAIS

 A superestrutura é composta por lajes e vigas, parte útil


da obra (tabuleiro).

 A mesoestrutura é composta pelos pilares e/ou pórticos.

 A infraestrutura são as fundações, elementos destinados a


transmitir os esforços da estrutura ao solo.
Compreendem as sapatas, tubulões, estacas e blocos.

Os encontros são de características muito variáveis, tem


função de receber os empuxos dos aterros de acesso. Podem
ser dispensados em pontes em balanço com cortinas e alas.
7.2 ELEMENTOS ESTRUTURAIS
7.2 ELEMENTOS ESTRUTURAIS

Seção longitudinal parcial


PONT
ES

Seção transversal
7.2 ELEMENTOS ESTRUTURAIS

Elementos estruturais da SUPERESTRUTURA

► LAJES

Constituem o tabuleiro da ponte!!!

→ Lajes centrais: quando se apoiam em vigas em todo o contorno


→ Lajes em balanço: quando um dos seus bordos está engastado
e o outro livre.

Junto ao apoio são comuns as mísulas para combater os


maiores momentos fletores negativos e esforços cortantes.
7.2 ELEMENTOS ESTRUTURAIS

Elementos estruturais da SUPERESTRUTURA

► TRANSVERSINAS

São vigas transversais ao sentido do fluxo da ponte, podem ou


não receber os carregamentos das lajes.

→ Quando não recebem, tem função apenas de absorver por


flexão os momentos torsores sobre as vigas longitudinais.
7.2 ELEMENTOS ESTRUTURAIS

Elementos estruturais da SUPERESTRUTURA

► LONGARINAS OU VIGAS PRINCIPAIS

São as vigas paralelas ao fluxo da ponte.

→ Podem assumir formas diversas, desde seções retangulares até


seções caixão.
→ Podem ser isostáticas ou contínuas, com ou sem balanços.
7.2 ELEMENTOS ESTRUTURAIS

Elementos estruturais da SUPERESTRUTURA

LONGARINA
TRANSVERSINA
7.2 ELEMENTOS ESTRUTURAIS

Elementos estruturais da SUPERESTRUTURA

► ALAS

São placas verticais localizadas nos extremos das pontes com


função de conter os aterros de acesso, trabalhando
engastadas na estrutura.

► CORTINAS

São vigas ou paredes de concreto paralelas às transversinas


localizadas nas extremidades da ponte, com função de receber
os empuxos dos aterros de acesso e, ainda, receber os
carregamentos do tabuleiro.
7.2 ELEMENTOS ESTRUTURAIS

Elementos estruturais da SUPERESTRUTURA

CORTINAS ALAS
VIGA DE REFORÇO DA
CORTINA
7.2 ELEMENTOS ESTRUTURAIS

Elementos estruturais da SUPERESTRUTURA

Apoio laje de transição

CORTINAS ALAS
VIGA DE REFORÇO DA
CORTINA
7.2 ELEMENTOS ESTRUTURAIS

Elementos estruturais da SUPERESTRUTURA

► LAJES DE TRANSIÇÃO

São lajes em concreto armado, de previsão obrigatória e usadas


para abranger a área problemática entre a zona de aproximação da
OAE e o encontro da estrutura.
7.2 ELEMENTOS ESTRUTURAIS

Elementos estruturais da SUPERESTRUTURA

► LAJES DE TRANSIÇÃO

Dispositivos deformáveis que permitem movimentos relativos


entre duas partes da estrutura, normalmente entre o tabuleiro e o
encontro ou entre tabuleiros em obras extensas ou de estruturas
múltiplas, em condições de segurança, comodidade e durabilidade.
Podem ser classificadas em: juntas de vedação e juntas estruturais.
7.2 ELEMENTOS ESTRUTURAIS

Elementos estruturais da SUPERESTRUTURA

► GUARDA-CORPOS

São elementos de proteção para o pedestre, dispostos junto aos


bordos laterais da ponte. Podem possuir diferentes formas principalmente
em função dos materiais que são executados.

→ No Brasil é frequentemente seguido o modelo pré-moldado.


7.2 ELEMENTOS ESTRUTURAIS

Elementos estruturais da SUPERESTRUTURA

► PASSEIOS

Local de passagem de pedestres, podem ser no nível da pista ou


elevados. Quando no nível da pista devem ser protegidos por barreiras
de concreto.
7.2 ELEMENTOS ESTRUTURAIS

Elementos estruturais da SUPERESTRUTURA

► BARREIRAS E DEFENSAS

Elementos de proteção dos pedestres e contenção dos veículos


na pista.
→ Quando de concreto são ditas barreiras e quando metálicas,
defensas.
7.2 ELEMENTOS ESTRUTURAIS

Elementos estruturais da SUPERESTRUTURA

► BARREIRAS: NORMA DNIT 109/2009 - PRO


7.2 ELEMENTOS ESTRUTURAIS

Elementos estruturais da SUPERESTRUTURA

► BARREIRAS: NORMA DNIT 109/2009 - PRO


7.2 ELEMENTOS ESTRUTURAIS

Elementos estruturais da SUPERESTRUTURA

► BARREIRAS:

ABNT NBR 14.885/2004


DNIT 109/2009 - PRO
7.2 ELEMENTOS ESTRUTURAIS

Elementos estruturais da SUPERESTRUTURA

► DEFENSAS

DNER-ES 144/85 - Defensas metálicas


ABNT NBR 6971/2012
7.2 ELEMENTOS ESTRUTURAIS

Elementos estruturais da SUPERESTRUTURA

► FAIXAS ESPECIAIS

Além das faixas exclusivas para o tráfego de veículos, as pontes


podem possuir calçadas ou faixas especiais para pedestres e ciclistas.

Devem garantir a separação dos fluxos e evitar ao máximo as


interferências nos percursos específicos de cada usuário.
7.2 ELEMENTOS ESTRUTURAIS

Elementos estruturais da SUPERESTRUTURA

► SISTEMAS DE SINALIZAÇÃO E ILUMINAÇÃO

Os sistemas de sinalização são elementos que identificam a obra,


informam da carga máxima permitida, do gabarito vertical, do
gabarito horizontal, da velocidade máxima, conduzem o tráfego
dentro da OAE e separam os fluxos.

→ A iluminação ou sistema de iluminação, normalmente acontece em


OAE urbanas ou obras especiais, para manter a visibilidade em
qualquer momento do dia, garantir a segurança, e manter a
uniformidade com os demais trechos da rodovia.
7.2 ELEMENTOS ESTRUTURAIS

Elementos estruturais da SUPERESTRUTURA

► SISTEMAS DE DRENAGEM

É o conjunto de elementos projetados para coletar água pluvial


do tabuleiro, incluindo os elementos de captação, condução e
proteção da descarga, por exemplo as pingadeiras.

PINGADEIRAS NO TABULEIRO
7.2 ELEMENTOS ESTRUTURAIS

Elementos estruturais da MESOESTRUTURA

► ARTICULAÇÕES DE CONCRETO

São ligações que impedem translações mas permitem pequenos


giros.

→ Seu principio de funcionamento é o de concentração de tensões.

O estado triaxial de tensões, com predomínio de compressões faz


com que o concreto seja capaz de girar sem atingir a ruína.
7.2 ELEMENTOS ESTRUTURAIS

Elementos estruturais da MESOESTRUTURA

► APARELHOS DE APOIO

São elementos com a função de transmitir os esforços da


superestrutura à mesoestrutura.

→ Os aparelhos mais usados hoje em


dia são as placas de elastômero, mais
especificamente o policloroprene,
conhecido comercialmente como
Neoprene (Dupond®).
7.2 ELEMENTOS ESTRUTURAIS

Elementos estruturais da MESOESTRUTURA

APARELHOS DE NEOPRENE

O neoprene é um material muito deformável, apresentando deformações


elevadas mesmo para cargas de serviço.

O emprego da fretagem (introdução de


placas metálicas no interior da borracha)
tem o intuito de limitar as deformações e dar
mais rigidez ao aparelho.

As propriedades físicas dos aparelhos fretados dependerão muito de


sua geometria e propriedade dos materiais usados na fabricação.
7.2 ELEMENTOS ESTRUTURAIS

Elementos estruturais da MESOESTRUTURA

► PÓRTICOS E PILARES

Quando há viga transversal ligando o topo dos pilares, funcionam


como pórticos, quando não há, trabalham isoladamente.

As seções transversais podem ser as mais diversas, sendo as mais


frequentes as seções circulares e retangulares.

Os pilares de grande altura são comumente executados em seção


vazada conseguindo grande inércia sem elevar em demasia o seu
peso e o consumo de materiais.
7.2 ELEMENTOS ESTRUTURAIS

Elementos estruturais da MESOESTRUTURA

► PÓRTICOS E PILARES
7.2 ELEMENTOS ESTRUTURAIS

Elementos estruturais da MESOESTRUTURA

► ENCONTROS

São elementos destinados a receber o empuxo do aterro de


acesso além dos esforços da superestrutura.
7.2 ELEMENTOS ESTRUTURAIS

Elementos estruturais da MESOESTRUTURA

► ENCONTROS
7.2 ELEMENTOS ESTRUTURAIS

Elementos estruturais da MESOESTRUTURA

► ENCONTROS
7.3 CLASSIFICAÇÃO

As pontes se classificam segundo o material da


superestrutura em:

• Pontes de madeira;
• Pontes de alvenaria;
• Pontes de concreto simples;
• Pontes de concreto armado;
• Pontes de concreto protendido;
• Pontes de aço;
• Pontes mistas (concreto e aço).
7.3 CLASSIFICAÇÃO

► COMPRIMENTO:

• Galerias (bueiros) - de 2 a 3 metros


• Pontilhões - de 3 a l0 metros
• Pontes - acima de l0 metros

► QUANTO AO VÃO:

• Pontes de pequenos vãos – até 30 metros


• Pontes de médios vãos – de 30 a 60 metros
• Pontes de grandes vãos – acima de 60 metros

Não existe consenso nas bibliografias sobre as faixas de valores


aqui indicadas!
7.3 CLASSIFICAÇÃO

► NATUREZA DO TRÁFEGO:

• Pontes rodoviárias;
• Pontes ferroviárias;
• Passarelas (pontes para pedestres);
• Pontes aeroviárias;
• Pontes-Aquetudos;
• Pontes mistas.
7.3 CLASSIFICAÇÃO

Desenvolvimento planimétrico:

Esconsas
PONTES RETAS
Ortogonais

PONTES CURVAS
7.3 CLASSIFICAÇÃO

Desenvolvimento altimétrico:

Horizontal
PONTES RETAS
Em rampa

Tabuleiro convexo
PONTES CURVAS
Tabuleiro côncavo
7.3 CLASSIFICAÇÃO

QUANTO AO SISTEMA ESTRUTURAL

► PONTES EM LAJE

O sistema resistente é a própria laje. Podem ser simples ou contínuas.


São sistemas bastante funcionais para pequenos vãos ou para quando
a altura da superestrutura não pode ser elevada.

• Simplesmente apoiadas:
Vãos até 12m → h ~ L/25

• Monolíticas com os encontros:


Vãos até 18m → h ~ L/25

• Alveolares protendidas:
Vãos até 25m → h ~ L/35
7.3 CLASSIFICAÇÃO

QUANTO AO SISTEMA ESTRUTURAL

► PONTES EM VIGA

O sistema resistente é uma ou mais vigas. Podem ser isostáticas,


contínuas, com balanços, vigas Gerber, etc...

• Concreto armado:
Vãos até 20m → h ~ L/10
• Concreto protendido (pré-moldado):
Vãos até 45m → h ~ L/20
• Vigas de aço (mistas):
Vãos até 60m → h ~ L/30
• Balanços sucessivos, protendidos,
com seção variável:
Recorde de 301 m
7.3 CLASSIFICAÇÃO

QUANTO AO SISTEMA ESTRUTURAL

► PONTES EM PÓRTICO

O sistema resistente é um pórtico formado pelos pilares e vigas.


7.3 CLASSIFICAÇÃO

QUANTO AO SISTEMA ESTRUTURAL

► PONTES EM ARCO

O sistema estrutural é um arco.

A ponte rodoviária do Rio Zhijinghe, na China, é a mais alta ponte em arco do


mundo, com 294 metros.
7.3 CLASSIFICAÇÃO

QUANTO AO SISTEMA ESTRUTURAL

► PONTES PENSEIS

São pontes onde o vão é vencido por cabos parabólicos de onde


partem cabos verticais que sustentam o tabuleiro.

Vão recorde atual de 1991 m


7.3 CLASSIFICAÇÃO

QUANTO AO SISTEMA ESTRUTURAL

► PONTES ESTAIADAS

Os cabos partem das colunas e sustentam o tabuleiro.

Vão recorde atual de 1100 m

Ponte de Laguna
7.3 CLASSIFICAÇÃO

PROCESSO DE EXECUÇÃO

a) Concreto moldado no local, com cimbramento fixo

Tipo tradicional de execução de concreto armado.

b) Com elementos pré-moldados

Consiste no lançamento de vigas pré-


moldadas por meio de dispositivo
adequado, seguido da aplicação de
parcela adicional de concreto moldado no
local, em fôrmas que se apoiam nas vigas
pré-moldadas, eliminando, ou reduzindo
drasticamente, o cimbramento.
7.3 CLASSIFICAÇÃO

PROCESSO DE EXECUÇÃO

b) Com elementos pré-moldados


7.3 CLASSIFICAÇÃO

PROCESSO DE EXECUÇÃO

c) Balanços sucessivos

Feita a partir dos lados dos pilares em segmentos; a fôrma para a


moldagem de cada segmento é sustentada pelo segmento anterior.
Alternativa de se fazer estes segmentos pré-moldados.
7.3 CLASSIFICAÇÃO

PROCESSO DE EXECUÇÃO

d) Deslocamentos progressivos

Consiste na execução da ponte em segmentos, em local apropriado


junto à cabeceira da ponte; à medida que o concreto de cada segmento
vai adquirindo a resistência adequada, a ponte é progressivamente
deslocada para o local definitivo.
7.4 ELEMENTOS PARA PROJETO

O projeto de uma ponte inicia-se com a definição por parte do


órgão público sobre o elemento a ser transposto, volume de
tráfego, dimensões da pista e acostamentos e carregamentos a
serem considerados.
→ São os chamados elementos geométricos.

• O projeto de uma ponte exige os levantamentos


topográfico, hidrológico e geotécnico detalhados.
7.4 ELEMENTOS PARA PROJETO

ELEMENTOS GEOMÉTRICOS

Os elementos geométricos são as


características da via, como
larguras, acostamentos, faixas de
segurança, passeios, etc...

São determinados pelo órgão


competente: DNIT, DAER,
Prefeitura, etc...
7.4 ELEMENTOS PARA PROJETO

ELEMENTOS TOPOGRÁFICOS

O levantamento topográfico deve garantir todos os dados necessários


à inserção da obra.

→ No mínimo deve constar uma planta do terreno onde a ponte será


implantada, com excessos de pelo menos 30m em cada lado no
comprimento da ponte e largura de pelo menos 30m, com curvas de
nível de metro em metro e em escala apropriada.

→ Perfil vertical do eixo locado.

→ Nos trechos submersos é necessário conhecer o leito do rio em


intervalos não superiores a cinco metros.
7.4 ELEMENTOS PARA PROJETO

ELEMENTOS HIDROLÓGICOS

• Cotas da máxima cheia histórica e da máxima estiagem, períodos


e tempo de duração destas ocorrências.

• Seção de vazão necessária e velocidade máxima da água.

• Indicação da ocorrência ou não de depósitos nas margens ou no


leito do rio, assim como a tendência a soltarem-se elementos.

• Informações sobre a possibilidade de erosões e carreamento de


objetos; alterações como regularizações, dragagem, retificação
que podem estar sendo executadas ou planejadas para o rio.

• Informação sobre outras pontes próximas ao local, com


informações sobre comprimento, vazão e fundações.
7.4 ELEMENTOS PARA PROJETO

ELEMENTOS GEOTÉCNICOS

• São necessárias sondagens de reconhecimento do solo,


principalmente, nas regiões dos apoios e onde ocorrerão aterros.
As sondagens devem dar uma caracterização precisa das camadas
atravessadas e do nível do lençol freático.

• Localização precisa dos pontos de sondagem.

• Estudo de estabilidade do solo verificando a possibilidade de


acidentes geotécnicos em função da presença de aterros e da
estrutura em si.
7.4 ELEMENTOS PARA PROJETO

ELEMENTOS DO PROJETO ESTRUTURAL

• Memória de cálculo com referência às normas seguidas, descrição


dos carregamentos, da solução estrutural adotada, cálculos e
resultados, dimensionamento e detalhes.

• Cálculo das formas (cimbramentos).

• Calculo do sistema de lançamento no caso de execução por


balanços sucessivos.

• Desenhos estruturais, dando dimensões das seções,


formas, armaduras e detalhes.

• Detalhamento do plano de concretagem.

Você também pode gostar