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CURSO DE GRADUAÇÃO DE ENGENHARIA CIVIL

INSTITUTO DE ENGENHARIA DO ARAGUAIA


Rua Geraldo Ramalho, s/n, Bairro: Centro |
CEP: 68560-000 | Santana do Araguaia/PA

Curso de Graduação em Engenharia Civil

Disciplina: Pontes
Período: 9º (2023/4)
Professor: Andre Margalho Daltro

TRABALHO DE PONTES

FERNANDA VANESSA CARNEIRO


ERIC PATRIC SILVA
SAMUEL MORAES FARIAS
ROBERTO YAGI
DANILO BARROS

REDENÇÃO, PA
Dezembro/2023
1 INTRODUÇÃO

A ponte de macarrão, ou ponte de espaguete, é uma competição usual nos curso de


Engenharia Civil. Foi realizada a primeira vez pela Okanagan College, na Colúmbia
Britânica, Canadá, no ano de 1983. Algumas orientações quanto as especificações,
eram um pouco diferentes das seguidas no Brasil, mas o objetivo é o mesmo: aplicar
conhecimentos básicos da disciplina de Pontes, Resistência dos Materiais e disciplinas
afins, para resolver problemas de estruturas.
Esse trabalho mostra o desenvolvimento de uma ponte com comprimento suficiente
para vencer um vão de 1 m, com peso máximo de 900g, que seja construída com
espaguete da massa Barilla número 7 e colas epóxi, as do tipo resina e cola quente.
Alguns critérios foram estabelecidos:
• Na parte inferior de cada extremidade da ponte deverá ser fixado um tubo
de PVC para água fria, de 20mm de diâmetro externo e 20cm de
comprimento para facilitar o apoio destas extremidades sobre as faces
superiores (planas e horizontais) de dois blocos colocados no mesmo nível.
O peso desses tubos não será contabilizado.
• No centro da ponte será colocado um vergalhão de aço de 8mm, no qual
será içado um peso
• Cada extremidade da ponte poderá prolongar-se até 5cm de comprimento
além da face vertical de 1m de cada bloco de apoio. Não será admitida a
utilização das faces verticais dos blocos de apoio como pontos de apoio da
ponte;
• A altura máxima deverá ser de 50 cm
• A largura da ponte deverá estar entre 5 e 20 cm em todo a sua extensão

2 PONTES
O desenvolvimento do projeto de uma obra de arte, como uma ponte ou viaduto em
concreto armado, começa com a definição de sua finalidade, focando na transposição
de obstáculos para garantir a continuidade da via com fluxo de veículos. A execução
completa desse projeto demanda conhecimentos abrangentes em diversas áreas da
engenharia civil, como hidrologia (para a determinação da seção de vazão e enchente
máxima em caso de ponte), geotecnia, topografia, projeto de estradas, materiais
construtivos e fundações.
Durante os cálculos das cargas e suas distribuições, é crucial possuir conhecimentos
em disciplinas relacionadas a sistemas estruturais, como mecânica dos sólidos,
isostática, teoria das estruturas e concreto armado.
Conforme mencionado por Marchetti (2008), o termo "ponte" refere-se a obras
destinadas a transpor obstáculos, como rios ou braços de mar, enquanto "viaduto" é
utilizado quando o obstáculo transposto é um vale ou outra via.
A obra de arte pode ser subdividida em três partes principais: a superestrutura,
composta pela laje e vigas; a mesoestrutura, que inclui os pilares, aparelhos de apoio
e encontros; e a infraestrutura, representada pela fundação.
As solicitações na estrutura são desencadeadas pelas cargas permanentes e cargas
móveis. De acordo com Marchetti, as cargas permanentes referem-se ao próprio peso
dos elementos estruturais permanentemente fixos à ponte, como guarda-corpo,
guarda-rodas, defensas, passeio, pavimentação, postes de iluminação, trilhos e
lastros, podendo ser concentradas ou distribuídas. Já as cargas móveis originam-se
do fluxo de veículos e são normatizadas pela NBR 7188 (2013).

2.1 Requisitos principais de uma ponte:


1. Funcionalidade
Quanto à funcionalidade, deverá a ponte satisfazer de forma perfeita as exigências de
tráfego, vazão etc;
2. Segurança
Quanto à segurança, a ponte deve ter seus materiais constituintes solicitados por
esforços que neles provoquem tensões menores que as admissíveis ou que possam
provocar ruptura;
3. Estética
Quanto à estética, a ponte deve apresentar aspecto agradável e se harmonizar com o
ambiente em que se situa;
4. Economia
Quanto à economia, deve-se fazer sempre um estudo comparativo de várias soluções,
escolhendo-se a mais econômica, desde que atendidos os itens 1, 2, 3 e 5;
5. Durabilidade
Quanto à durabilidade, a ponte deve atender às exigências de uso durante um certo
período previsto.

2.2 Alguns Tipos de pontes:


3 TRELIÇAS
3.1 MODELO RESISTENTE DE TRELIÇA
Nas vigas de concreto armado submetidas à flexão simples, as armaduras devem
obedecer simultaneamente aos requisitos decorrentes de momentos fletores e de
forças-cortantes, existem, assim, dois modelos simultâneos de comportamento da
peça, o comportamento de viga e o comportamento de treliça.
Os tipos básicos de armaduras empregadas nas vigas simplesmente apoiadas estão
mostrados na Fig. (4.1-a).

As barras corridas (1) absorvem os esforços de tração devidos à flexão, estendendo-


se de ponta a ponta da viga. Os cavaletes (3) são barras dobradas. Quando elas
existem, os seus trechos inclinados formam parte da armadura transversal resistente
aos esforços de tração decorrentes do cisalhamento, e seus trechos longitudinais
fazem parte da armadura de flexão, os estribos (4) constituem-se na principal
armadura transversal resistente aos esforços de tração decorrentes do cisalhamento,
e para sua ancoragem no banzo comprimido da viga são empregados os porta-
estribos (2). Admitindo que a viga mostrada na figura anterior seja submetida a uma
carga transversal suficientemente elevada para que chegue às proximidades do
estado limite último de solicitações normais, ela sofrerá uma intensa fissuração, como
a que é mostrada na Fig. (4.1-b).
No estado fissurado, a viga de concreto armado tem um funcionamento que lembra o
das treliças. As bielas diagonais delimitadas pelas fissuras formam as diagonais
comprimidas e as armaduras transversais formam os tirantes que ligam os banzos da
treliça.
A Figura (4,1-d) mostra a fissuração real de vigas contínuas submetidas a cargas
concentradas, nas proximidades do estado limite último de solicitações normais. Junto
a cargas concentradas, a fissuração tem uma distribuição em forma de seque a partir
da face onde se aplicam as cargas.

Na mesma figura é mostrada a inclinação do banzo comprimido da peça, de acordo


com o modelo resistente de viga de alma cheia.
3.2 TRANSIÇÃO DO COMPORTAMENTO DE VIGA PARA O DE TRELIÇA
O comportamento de treliça não existe nas vigas fletidas desde o início de seu
carregamento.
No começo do carregamento, o comportamento das vigas de concreto armado é muito
semelhante ao das vigas de alma cheia feitas de material homogêneo resistente à
tração,
Somente à medida que o carregamento aumenta, ocorre uma mudança de
comportamento, passando-se do comportamento de viga para o de treliça, como
mostrado nas Fígs. (4,2-a)

Todavia, note-se que o comportamento de treliça das vigas fletidas de concreto


armado é admitido apenas como uma simplificação do comportamento real. Na
realidade, além do comportamento de treliça, existem outros fenômenos que
contribuem para a resistência às forças cortantes, os quais somente podem ser
explicitados por meio de modelos resistentes alternativos ao de treliça.

3.3 MODOS DE RUPTURA


Os modos de ruptura descrevem as diferentes formas como pode ocorrer a ruptura
física da peça estrutural.
Os modos de ruptura das vigas de concreto armado submetidas a forças cortantes
podem ser classificados da seguinte maneira,
A. RUPTURA NA AUSÊNCIA DE ARMADURAS TRANSVERSAIS EFICAZES

Nos três casos mostrados na Fig. (4.3-a), a ausência de uma armadura transversal
eficaz, que intercepte a possível superfície de fratura, faz que a resistência da peça
dependa da resistência à tração do concreto e de outros fenômenos resistentes
associados à estrutura interna da peça.
Esse modo de ruptura, devido à falta de uma armadura transversal eficaz, quando é
decorrente de espaçamentos excessivos das barras transversais, corresponde a
arranjos defeituosos das armaduras.

B. MODOS DE RUPTURA NA PRESENÇA DE ARMADURAS TRANSVERSAIS


EFICAZES

Os modos de ruptura acima assinalados podem ocorrer mesmo com a mobilização da


resistência de armaduras transversais eficazes. Esses modos são devidos a
armaduras com resistência insuficiente ou por ruptura do concreto.
A ruptura força cortante-compressão corresponde à ruptura por compressão das bielas
diagonais de concreto. A segurança em relação a esse modo de ruptura é garantida
pela limitação do valor convencional da tensão tangencial atuante.
A ruptura forca cortante-tração sobrevém quando é vencida a resistência da armadura
transversal, ocorrendo sua ruptura por tração. A segurança em relação a esse modo
de ruptura é garantida pelo emprego de uma quantidade suficiente de armadura
transversal.
A ruptura força cortante-flexão decorre da interação da força cortante com o momento
fletor, nas proximidades de cargas concentradas elevadas. Ele pode sobrevír se as
fissuras diagonais de cisalhamento cortarem uma parte da região que formaria o
banzo comprimido da peça fletida. Todavia, a investigação experimental mostra, que o
cisalhamento local no banzo comprimido devido à carga concentrada produz um
estado múltiplo de tensões, com enérgico acréscimo das tensões locais de
compressão, que podem chegar a dobrar as tensões teoricamente atuantes, esse
estado múltiplo de tensões pode provocara ruptura força cortante-flexão.

A ruptura por flexão da armadura longitudinal pode ocorrer quando as bielas diagonais
de concreto, que se apoiam no banzo tracionado sobre as barras da armadura
longitudinal, provocam tensões de flexão muito elevadas nessas armaduras, em
virtude de espaçamentos excessivos dos estribos ou até mesmo de ancoragem
deficiente dos estribos quando eles estão indevidamente ancorados no banzo
tracionado da viga.

C. MODOS DE RUPTURA POR DEFICIÊNCIA DAS ANCORAGENS

O funcionamento solidário do aço com o concreto mobiliza tensões na interface dos


dois materiais.
Ao longo da armadura longitudinal de tração, nos trechos retos em que há variações
bruscas do momento fletor e também nas ancoragens de extremidade, as barras de
aço da armadura tendem a escorregar em relação ao concreto que as envolve, com o
aparecimento de tensões longitudinais de cisalhamento na interface dos dois
materiais. Essas tensões podem provocar o fendilhamento longitudinal do concreto,
com o desligamento significativo dos materiais. Isso pode implicar o desaparecimento
do concreto armado como material composto, de funcionamento solidário do aço com
o concreto.
Esse modo de ruptura é particularmente perigoso nas ancoragens de extremidade em
que um detalhamento defeituoso da extremidade da armadura longitudinal pode
facilitar o escorregamento dessa armadura.

4 RELATÓRIO DA CONSTRUÇÃO DA PONTE


4.1 Definição do Formato
Para o desenvolvimento do modelo, inicialmente é necessário definir o desenho a ser
adotado. A equipe optou por usar um modelo curvo, conforme a figura 1.
Ao fazer o esboço dessa ponte, constatou que ela seria composta por x nós e x barras
no total.
4.2 Dimensionamento e cálculo das barras
Para facilitar o desenvolvimento do projeto utilizou-se o software Ftool e Microsoft
Excel. O Ftool é utilizado nesse caso para calcular os esforços e comportamento da
estrutura, identificando quais barras estariam sofrendo tração e quais estariam
sofrendo compressão.
Os dados referentes ao material foram fornecidos:
• Número médio de fios de espaguete em cada pacote: 500
• Diâmetro médios dos fios: 1,8 mm
• Comprimento médio de cada fio de espaguete: 25,4cm
A partir da análise do modelo no Ftool foi confeccionada uma tabela no Excel para
dimensionar a estrutura, para saber quantos fios de espaguetes seriam necessários
para cada barra, e o peso que cada uma delas teria.
A fórmula utilizada foi:

4.3 Construção do modelo


Inicialmente foi impresso um desenho da ponte, em tamanho real, para servir de
gabarito para a montagem. Esse modelo foi colado numa placa de isopor para que
pudesse auxiliar na colagem das barras curvas.
O passo seguinte foi unir os fios de espaguete nos comprimentos e espessuras
desejados. Para isso foram utilizados Araudite em toda a extensão dos fios e
Durepoxi para alcançar os comprimentos necessário.
Com todas as barras nas dimensões corretas iniciou-se a montagem da ponte.
O nó “X”, recebeu a barra de aço de 8 mm. Nesse ponto optou-se por um reforço de
Durepoxi.
O modelo final pode ser visto na figura X:

5 CONCLUSÃO
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MARCHETTI, Osvaldemar, 2008. PONTES DE CONCRETO ARMADO. 1
Reimpressão 2009. Editora BLUCHER.

PFEIL, Walter, 1979. PONTES EM CONCRETO ARMADO: ELEMENTOS DE


PROJETOS, SOLICITAÇÕES, DIMENSIONAMENTOS. Livros técnicos científicos
editora S.A. Rio de Janeiro.

FUSCO, Péricles Brasiliense. Estruturas de concreto: solicitações tangenciais. 1ª Ed.


2008.

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