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PONTES

Rebeca Schmitz
Mesoestrutura:
esforços nos pilares
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:

 Identificar o tipo e os processos construtivos de pilares de pontes.


 Expressar os esforços e as solicitações atuantes nos pilares de pontes
com estrado contínuo e com juntas deslocáveis.
 Calcular os esforços horizontais e dimensionar os pilares de pontes,
incluindo pilares sujeitos a impactos de veículos (viadutos).

Introdução
Os pilares de pontes são elementos que compõem a mesoestrutura e
que possuem quatro processos construtivos distintos: tradicional (com
escoramento), formas saltantes, formas deslizantes ou, ainda, pilares to-
talmente pré-moldados. Para cada situação de projeto, um dos métodos
se mostrará mais adequado. O método das formas deslizantes é bastante
empregado em pilares em leitos de corpos de água, como a ponte Rio-
-Niterói, construída na década de 1970. Esse mesmo processo será utilizado
na construção da nova ponte sobre o Rio Guaíba, na Grande Porto Alegre,
que contará também com pilares totalmente pré-moldados.
No que tange aos esforços sobre os pilares, a divisão da análise das
solicitações na superestrutura e na mesoestrutura é possível em pontes
que são concebidas no sistema estrutural em viga. No caso de outros
sistemas — em pórtico, arco, estaiadas ou pênsil — não há essa separação
da análise entre super e mesoestrutura. Os esforços são bastante variados,
o que faz com que se tenha que analisar a combinação deles, a fim de
produzir esforços máximos ou mínimos — por exemplo, a reação mínima
para garantir a estabilidade da estrutura.
Neste capítulo, você vai estudar sobre os pilares de pontes, as pos-
sibilidades de seções para pilares e os processos construtivos. Depois
dessa primeira análise qualitativa dos pilares, vai analisar os esforços sobre
2 Mesoestrutura: esforços nos pilares

esses elementos. Por fim, você vai verificar as principais indicações para
o dimensionamento dos pilares de ponte.

Tipos de pilares e processos construtivos


Dentre os materiais mais comuns para os pilares, pode-se destacar o concreto
armado. Entretanto nem sempre foi assim, como bem destacado pelos profes-
sores El Debs e Takeya (2007): antes do desenvolvimento e da disseminação do
concreto armado, a opção mais presente eram pilares em alvenaria. Segundo
Pfeil (1979), as seções tinham dimensões e peso consideráveis, devido à pequena
resistência à tração oferecida por esse material
A seguir trataremos da disposição de pilares ou pilares-paredes em cada
ponto de apoio, ou seja, sua disposição na seção transversal. Não trataremos
especificamente da distância entre esses pontos de apoio ao longo do vão, pois
isso depende da superestrutura.
Em se tratando da geometria, pode-se fazer distinção entre pilares e pilares-
-parede. Sobre isso, a NBR 6118 define que o elemento pode ser enquadrado
como pilar-parede se uma das suas dimensões da seção transversal for menor
que um quinto da outra dimensão, conforme apresentado na Figura 1a. Segundo
Leonhardt (1979), os pilares-parede são mais utilizados em pontes fluviais, pois
sua seção pode ser adaptada, com faces inclinadas nas extremidades da seção
transversal, para diminuir o efeito da erosão gerado pelo empuxo da água.
A opção por um único pilar esbelto, seção não enquadrada como pilar-
-parede (Figura 1b), é comum em ambientes urbanos, pois, segundo El Debs
e Takeya (2007), preserva o ambiente urbano sob o viaduto. Assim, pode-se
dizer que os pilares harmonizam com a paisagem urbana.
A opção de apenas um pilar, não sendo pilar-parede, é possível em vigas
de seção celular, comumente chamadas de vigas-caixão. Nos casos em que se
tem mais vigas e optar-se por pilares, serão necessários mais pilares. Segundo
Leonhardt (1979), o número de pilares na seção transversal deve ser o menor
possível, devendo ficar entre dois e três. Segundo El Debs e Takeya (2007),
a opção por dois pilares atende pontes com largura de até 14 metros; acima
disso, deve-se adicionar o terceiro pilar.
Segundo Leonhardt (1979), na situação em que as longarinas não estão
diretamente apoiadas sobre os pilares, se faz necessária uma transversina
de apoio, sendo que essa transversina, mesmo em estruturas pré-moldadas,
deve ser moldada no local, para que se garanta maior rigidez nesse ponto de
transferência de carga. Outra opção adotada é o uso de uma viga transversal,
Mesoestrutura: esforços nos pilares 3

não embutida na altura das longarinas, e sim logo abaixo delas; essa viga é
chamada de viga de apoio ou travessa.
Na Figura 1c observa-se uma solução com dois pilares, onde se utiliza
transversinas, mas as longarinas são apoiadas diretamente sobre os pilares;
também se fez necessário travessas para fazer o contraventamento dos pilares.
El Debs e Takeya (2007) destacam que, quando os pilares tiverem alturas
elevadas, superiores a 40 metros, pode ser necessário mais vigas transversais
ao longo da sua altura, para garantir o contraventamento desses elementos.

A Figura 1 apresenta exemplos dos tipos de distribuição de pilares em pontes e viadutos


construídos no Brasil. O viaduto em Porto Alegre possui pilares-parede que acabam
por prejudicar o aspecto visual da região. Isso foi evitado no viaduto em Fortaleza,
que foi pensado para gerar o menor impacto visual possível. Observe que, no pilar
junto à superestrutura, existe um detalhe construtivo buscando harmonizar a ligação
dos elementos. Por fim, a ponte sobre o rio Jaguari possui dois pilares em cada ponto
de apoio, sendo feita transversina na região de apoio, mas também se mostraram
necessárias vigas transversais para contraventar os pilares.

Figura 1a - Viaduto urbano em Porto Alegre

Figura 1b - Viaduto urbano Fortaleza Figura 1c - Ponte sobre rio Jaguari

Figura 1. Exemplos de pilares.


Fonte: Figura 1a: Viaduto ([2018]); Figura 1b: Mota, J. E.; Mota, M. C.; Mota, H. C. (2016); Figura
1c: Andrade; Trautwein e Bittencourt (2013).
4 Mesoestrutura: esforços nos pilares

Uma questão muito importante que deve ser considerada durante a esco-
lha do tipo de pilar e da quantidade em cada ponto de apoio é a vinculação
entre vigas e pilares. Essa vinculação pode ser bem variada. Considerando-
-se situações de sistema estrutural em pórtico, em que existe uma ligação
rígida entre superestrutura e mesoestrutura, a ligação deve ser moldada no
local, para que se garanta o monolitismo. Ao passo que, em estruturas onde
não ocorre essa continuidade, são necessários elementos entre as vigas e os
pilares, para que se faça a transmissão de esforços, que são os aparelhos de
apoio. A Figura 2 traz exemplos de ligações: a primeira é rígida e as demais
utilizam aparelhos de apoio.
Segundo Pfeil (1979), esses aparelhos de apoio podem ser essencialmente
de dois tipos: aqueles que permitem apenas a rotação e aqueles que, além da
rotação, permitem certa translação das vigas. Os materiais utilizados para
os aparelhos de apoio são bastante variados. Entretanto, pode-se dizer que
aqueles de elastômero fretado, popularmente chamados de neoprene fretado,
que são do segundo tipo, são os mais comumente empregados.

LIGAÇÃO ARTICULAÇÃO ARTICULAÇÃO


MONOLÍTICA FIXA MÓVEL
Unidirecional Multidirecional

Nó de pórtico Teflon sobre inox

Figura 2. Tipos de ligação entre superestrutura e pilares.


Fonte: Adaptada de Stucchi e Skaf (2006).

Outra questão importante a destacar é que, em certas situações, opta-se


por apoios do tipo encontro nas extremidades da ponte ou viaduto; esses
elementos substituem os pilares. Os encontros que ficam junto aos taludes nas
extremidades de pontes e viadutos transferem as cargas para as fundações,
mas também têm uma importante função, destacada por Pfeil (1979), que é
absorver empuxos de terra dos taludes e prevenir que estes sejam transferidos
para a superestrutura.
Mesoestrutura: esforços nos pilares 5

É importante destacar que, em pontes em que os pilares ficam no leito de corpos de


água, a parte abaixo da linha de água consiste nas fundações (infraestrutura). Observe,
na Figura 3, que os pilares são os elementos acima da água (Figura 3c); abaixo deles
tem-se o bloco de fundação (Figura 3b) e, abaixo do bloco de fundação, tem-se as
estacas (Figura 3a). O processo mais utilizado para estacas em corpos de água é o
processo de cravação.

Figuras 3a - Estacas cravadas Figuras 3b - Blocos executados

Figuras 3c - Início da colocação dos elementos


pré-fabricados que compõem os pilares

Figura 3. Delimitação da mesoestrutura e da infraestrutura.


Fonte: Ponte ([2018]).

Pfeil (1979) destaca três tipos de processos construtivos de pilares: processo


convencional (utilizando andaimes), forma saltante e forma deslizante. Entre-
tanto pode-se acrescentar mais um método, que seria a montagem de pilares
constituídos de peças pré-fabricadas, exemplificado na Figura 3c. Segundo
o referido autor, o sistema convencional é economicamente interessante para
pilares com alturas de até 10 metros. Entretanto, é importante destacar que,
para pilares em leitos de corpos de água, esse método seria o menos indicado,
6 Mesoestrutura: esforços nos pilares

já que é necessário local para escoramento e contraventamento das formas.


Os demais processos são mais comumente utilizados nesses casos.
O método de forma saltante é aquele em que uma forma metálica ou em
madeira, com cerca de 3 metros de altura, é montada, sendo feita a concre-
tagem e a cura. Na sequência, é feita a desforma, e a forma é içada para a
posição logo acima do trecho concretado, conforme explica Pfeil (1979).
Segundo o referido autor, esse processo é econômico para pilares com alturas
entre 10 e 30 metros. No caso do método com forma deslizante, a forma
também pode ser metálica ou em madeira, tendo, normalmente, em torno
de 1 metro de altura. Após a concretagem do trecho, a forma é empurrada
para cima com um sistema de macacos hidráulicos. Nesse caso, busca-se
uma concretagem contínua, como explica Pfeil (1979). A Figura 4 ilustra
esse método construtivo.

Macaco Barrão de aço


hidráulico

Escoramentos

Painel

Fôrma deslizante em treliça


Andaime
de trabalho

Fôrma deslizante
sem treliça

Figura 4. Processo construtivo de fôrmas deslizantes.


Fonte: Corsini (2011).
Mesoestrutura: esforços nos pilares 7

Solicitações
As solicitações sobre os pilares são muito diversas. Com base em Pfeil (1979),
foi elaborado o Quadro 1, apresentando uma listagem delas. Salienta-se que,
para as cargas permanentes verticais — que são as reações da superestrutura
e peso da mesoestrutura — não é necessário nenhum tratamento diferenciado.
Quanto à reação da carga móvel, deve-se fazer alternância na posição das
cargas, tanto na seção transversal quanto ao longo do vão, buscando valores
de máxima e mínima reação. Em relação à carga de vento atuando em uma
das faces laterais da estrutura, ela pode provocar reações verticais, no sentido
de tombamento da superestrutura.
Em termos de esforços horizontais, aqueles longitudinais são na direção
do vão, e os transversais, perpendiculares ao vão. Verifica-se que o vento tem
duas componentes, enquanto que as demais ações geram esforços em apenas
uma direção. Na direção longitudinal, destaca-se a frenagem e a aceleração
dos veículos, que, segundo Pfeil (1979), são consideradas no eixo de simetria
da pista de rolamento, o que é uma simplificação adequada, considerando
que a relação entre vão e largura normalmente é elevada. O empuxo de terra
normalmente é absorvido por encontros e, com uma junta deslocável entre
encontro e mesoestrutura, impede-se que ele seja transmitido para o restante
da estrutura. Os efeitos da variação de temperatura e retração do concreto são
chamados por Pfeil (1979) de efeitos parasitários. Por fim, deve-se considerar
os esforços diretamente sobre os pilares. A pressão de água só ocorre se o
pilar estiver no leito do rio, e os empuxos de terra, somente se o pilar estiver
junto a taludes, o que não é tão comum, pois, nessas situações, é mais comum
se adotar encontros.

Quadro 1. Solicitações sobre pilares

Esforços verticais

Reação da carga Reação da Reações verticais Peso do pilar


permanente carga móvel devido ao efeito e das vigas de
de tombamento apoio (travessas)
provocado
pelo vento

(Continua)
8 Mesoestrutura: esforços nos pilares

(Continuação)

Quadro 1. Solicitações sobre pilares

Esforços horizontais

Longitudinais Transversais Parasitários Diretamente


sobre os pilares

 Frenagem e  Vento  Efeito da  Empuxo de


aceleração  Força variação de terra
 Empuxo de centrífuga temperatura  Pressão do
terra (pontes na vento
 Componente em curva superestrutura  Pressão de
longitudinal horizontal)  Efeito de água
do vento  Impacto retração na
vertical superestrutura
(pontes
ferroviárias)
 Componente
transversal
do empuxo
(pontes
esconsas)

Fonte: Adaptado de Pfeil (1979).

Conforme apresentado por Pfeil (1979), pode-se ter tabuleiros contínuos,


sem juntas deslocáveis, ou então tabuleiros com juntas. Segundo o autor,
tabuleiros em concreto armado podem ter até 100 metros sem juntas, e em
concreto protendido, 300 metros. Apesar disso, como bem ressaltado pelo
autor, o mais comum é trabalhar-se com tabuleiros com juntas deslocáveis,
evitando-se fissuração devido à retração e à variação térmica.
Uma concepção estrutural muito utilizada é a de trechos pré-fabricados
biapoiados, tendo sobre cada pilar uma junta. Apesar de concretagens feitas no
local, como lajes e transversinas, esse trecho permanece com um pequeno vão
e deve receber material específico para formar a junta. A Figura 5 ilustra esse
tipo de ponte. É muito corriqueiro o uso de aparelhos de apoio elastoméricos
fretados fazendo o apoio das longarinas sobre os pilares ou travessas (vigas
de apoio), segundo Pfeil (1979). Esse tipo de aparelho de apoio é interessante,
pois dá certa deslocabilidade à superestrutura quando a mesma for exposta
Mesoestrutura: esforços nos pilares 9

à diferença de temperatura ou à ocorrência de retração. A consequência é


a diminuição da reação sobre a mesoestrutura. Com relação aos materiais
para as juntas, é importante que haja a vedação do vão para que não ocorra
infiltração de água, pois juntas em mal estado são as maiores causadoras de
patologias em estruturas de pontes.

Figura 5. Concepção de ponte com vigas biapoiadas.


Fonte: Adaptada de Pfeil (1979).

A distribuição de cargas é feita de forma diferente para tabuleiros contínuos


e tabuleiros com juntas deslocáveis. Conforme apresentado por Pfeil (1979),
o processo de análise da distribuição e de identificação das solicitações em
pontes com juntas é mais complexo, inclusive exigindo métodos iterativos.
Entretanto, atualmente, esse processo de análise é feito por meio da modelagem
em software. Em se tratando de pontes com tabuleiros contínuos, é possível
fazer uma análise manual, sem necessidade de software especializado, seguindo
as prescrições de Pfeil (1979).
Conforme apresentado por Stuchi (2006), o modelo para o cálculo das
solicitações é diferente para a distribuição das cargas verticais e horizontais,
conforme ilustrado na Figura 6. No caso das cargas verticais, tem-se uma
concepção isostática, na qual se considera a viga apoiada sobre apoios sendo
apenas um apoio duplo; os demais são considerados simples. Já para as cargas
horizontais, considera-se que os apoios são vínculos imperfeitos (elásticos); ou
seja, têm certa rigidez lateral. Isso é feito para que se possa distribuir as cargas
horizontais de forma adequada, conforme a rigidez de cada apoio. Verifique
que os apoios sobre um encontro ou sobre um pilar são bastante diferentes,
e isso também deve ser considerado. Nos itens a seguir, vamos estudar um
pouco mais sobre cada um desses modelos.
10 Mesoestrutura: esforços nos pilares

1 2 3

ELEVAÇÃO
1. Modelo de viga contínua para cálculo dos
efeitos das cargas verticais na super (esforços
solicitantes e reações de apoio)

1 2 3
Vmáx,Vmíx Mmáx C VERTICAIS

2. Modelo de bloco rígido sem apoios elásticos


para cálculo dos efeitos das cargas horizontais.

Frenação Deformações
impostas

kap
- Hl k2L k3L
Empuxo kenc
de terra C. H. LONGITUDINAIS - ELEVAÇÃO
k1L

Vento

k1T k2T k3T


Verificar hipótese Ht
de bloco rígido

C. H. TRANSVERSAIS - PLANTA

Figura 6. Modelo para o cálculo das solicitações: (1) cargas verticais e (2) cargas horizontais.
Fonte: Adaptada de Stucchi (2006).
Mesoestrutura: esforços nos pilares 11

Ao final da análise das solicitações, deve-se combinar elas com o intuito


de produzir as maiores reações e os maiores momentos, bem como os menores
valores de reações, que, como bem apontado por Pfeil (1979), pode ser uma
força para cima, no sentido de levantar a estrutura. Isso é um caso comum,
se o peso da estrutura for pequeno; por exemplo, quando se tem pequenos
vãos de pontes em aço.

Modelo para ações verticais


O modelo para as ações verticais é mais simples que o modelo para as ações
horizontais, pois não requer a determinação da rigidez dos apoios. A análise
da distribuição das cargas entre os apoios pode ser feita pela análise das linhas
de influência. Mas antes de falarmos sobre as linhas de influência, precisamos
verificar como a distribuição da carga móvel na seção transversal do tabuleiro
tem influência sobre as solicitações sobre os pilares.
Na seção transversal, pode-se considerar duas situações, como apontado
por Stucchi e Skaf (2006) e ilustrado na Figura 7. Na primeira, toda seção está
carregada com a carga de multidão; verifique que a medida b indica toda a se-
ção, descontando apenas a região dos guarda-rodas. O veículo-tipo encontra-se
na posição mais desfavorável, a fim de promover o maior momento possível.
Verifique que as distâncias indicadas como d1 e d2 são as distâncias de cada
roda do veículo. Os valores Q e q indicam as cargas já com seus coeficientes
de majoração devido aos efeitos dinâmicos. Nesse caso, a força equivalente
Fq, que representa a carga de multidão, fica bem no centro do tabuleiro, não
gerando valor de momento.
Na segunda situação, somente metade do tabuleiro está carregada (b/2);
sendo assim, apesar de a força vertical ser inferior, a carga distribuída tem sua
força equivalente Fq em uma posição que gera momento, sendo a distância
indicada por dm (b/4). O Quadro 2 resume as formulações para a obtenção
das forças verticais e dos momentos gerados.
12 Mesoestrutura: esforços nos pilares

d2
d1
q Fq Q Q

CASO I: todo tabuleiro carregado


d2
d1
dm
Fq
q Q Q

b/2

CASO II: metade do tabuleiro carregado

Figura 7. Situações de carga do tabuleiro.

Quadro 2. Valores dos esforços provocados pela carga móvel

Caso Força vertical Momento

I Veículo-tipo Multidão Veículo-tipo Multidão

2·Q Fq = q · b Q · d1 + Q · d2 0

II Veículo-tipo Multidão Veículo-tipo Multidão

2·Q Fq = q · b ⁄ 2 Q · d1 + Q · d2 Q·b⁄2·b⁄4
Mesoestrutura: esforços nos pilares 13

Verifique que a apresentação das solicitações geradas pela carga móvel está con-
siderando que o veículo e a carga de multidão ocupam posições comuns. De fato,
isso não ocorre — é uma simplificação de cálculo. Nesse caso, sugere-se que se faça
uma redução na carga das rodas do veículo, equivalente à carga de multidão que
fica sobreposta.

Sendo assim, nas equações apresentadas, substitui-se o valor de Q por Q (corrigido).

Definidas essas situações de cargas e seus esforços, pode-se avaliar a


posição dos veículos ao longo do vão. Nesse momento, tratamos um pouco
mais sobre as linhas de influência. Martha (2017) apresenta o conceito de
linha de influência como uma linha que mostra a variação de uma reação, um
esforço cortante, um momento fletor, etc. ao longo de todo o vão analisado,
considerando-se que uma carga unitária ocupa qualquer posição da estrutura.
No caso da análise, faz-se as linhas de influência da reação nos apoios. Na
Figura 8, tem-se a linha de influência da reação sobre o segundo apoio da viga.
Analisando a linha de influência, percebe-se que a carga, em certo ponto, gera
reações positivas (para cima) e, em outro ponto, gera reações negativas (para
baixo). A carga permanente, inevitavelmente, estará agindo em toda a seção;
por isso, deve ser considerada toda a área gerada pelo diagrama multiplicada
pelo valor da carga permanente. Dessa forma, a carga em uma região acaba
reduzindo o valor da outra carga.
Entretanto, em se tratando da carga móvel, deve-se considerar a situação
que provoque maiores e menores valores de reação, já que essa carga pode ou
não estar ocorrendo. Verifique que foi indicado “caso a” e “caso b” na Figura
8. No “caso a”, tem-se a carga móvel produzindo a máxima reação positiva;
no “caso b”, ela produz a máxima reação negativa. Observe que as rodas do
veículo-tipo devem ser posicionadas nos pontos de maiores valores (negativos
ou positivos) da linha de influência.
Para ter o valor dos esforços nos dois casos, multiplica-se a força vertical e
o momento gerados pela carga de multidão (obtida com os cálculos anteriores)
pela área sob o diagrama. Considerando também o veículo-tipo, acrescenta-se
aos valores obtidos até então a multiplicação da força vertical e do momento
14 Mesoestrutura: esforços nos pilares

gerados pela carga do veículo-tipo (obtida com os cálculos anteriores) pela


coordenada vertical da linha de influência na posição das rodas do veículo.

Carga móvel

Carga móvel
Carga permanente

1,00

Figura 8. Exemplo de linha de influência de reação.

É importante salientar que deve ser feita uma linha de influência para
cada tipo de esforço; logo, a reação terá um conjunto de linhas de influência
(um para cada apoio), e o momento terá outro conjunto. Depois de feitas as
avaliações de todos os casos, destaca-se aqueles que produzirão os valores
máximos de reação e de momento e o valor mínimo de reação.

Modelo para ações horizontais


Para análise quanto aos esforços horizontais, é necessário o cálculo da rigidez
dos elementos, que é traduzido pela constante de mola representada pelos
vínculos elásticos. Conforme comentado anteriormente, é muito comum, em
pontes que não seguem o modelo de pórtico, a adoção de aparelhos de apoio
de elastômero fretado, sendo que a rigidez (k) desses elementos é calculada
conforme a Equação 1. Sendo n o número de aparelhos de apoio adotados
para aquele ponto de apoio (será igual ao número de vigas), Aaparelho a área
em planta do aparelho de apoio, hneoprene a altura de neoprene no aparelho de
apoio, e G o módulo de elasticidade transversal, dado pela NBR 9062 (2017),
conforme o Quadro 3.

(1)
Mesoestrutura: esforços nos pilares 15

Quadro 3. Módulo de elasticidade transversal

Dureza Shore A 50 60 70

Módulo G (MPa) 0,8 1,0 1,2

Fonte: Adaptado de ABNT (2017).

Os aparelhos de apoio de elastômero fretado são elementos compostos por camadas


de material elastomérico, neoprene e aço. A Figura 9 apresenta um elemento típico
e indica as dimensões mínimas para as camadas dos materiais.

Aaparelho = a . b

ensão) b (maior dim


or dim ensão)
a (men
Chapas de aço
espeçura mínima
haparelho 2 mm

Camadas de
elastômero internas
(espessura mínima
5 mm)
Camadas de elastômero de Camadas de elastômero
cobrimento (espessura externas (espessura
mínima 4 mm) mínima 2,5 mm)

Figura 9. Aparelho de apoio elastomérico fretado.

As especificações para sua fabricação estão na NBR 19783 (2015). Já as prescrições


para o dimensionamento, que mais interessam aos engenheiros, estão indicadas na
NBR 9062 (2017).

A rigidez do pilar pode ser definida pela Equação 2, apresentada por


Stucchi (2006). Sendo que E é o módulo de elasticidade do concreto, dado pela
NBR 6118, I é o momento de inércia do pilar na direção considerada e hpilar é
a altura do pilar. Nesse caso, supõe-se que a seção do pilar seja constante ao
16 Mesoestrutura: esforços nos pilares

longo de sua altura. Além disso, se no ponto de apoio houver mais pilares e
viga de apoio, deve ser considerada a rigidez do conjunto.

(2)

Consideradas as duas formulações, no caso em que se tem aparelhos de


apoio se apoiando sobre pilares, a rigidez do conjunto pode ser calculada
conforme a fórmula dada por Pfeil (1979):

(3)

Caso haja ligação rígida entre pilar e superestrutura, além de a vincula-


ção ser diferente, a rigidez também será calculada de outra forma, devido à
vinculação e à não existência de aparelhos de apoio. A Equação 4, dada por
Pfeil (1979), indica o valor correto.

(4)

Em se tratando de esforços horizontais longitudinais, a força total sobre


o pilar é dada pela Equação 5, apresentada por Pfeil (1979). A formulação
traduz que, quanto maior a rigidez do apoio (k), maior será a carga (Flongitudinal)
absorvida por esse apoio, sendo F o valor total da carga longitudinal e Σk o
somatório das rigidezes dos apoios.

(5)

Em se tratando dos esforços horizontais transversais, ocorre uma excentrici-


dade entre o ponto de aplicação da carga e o centro de gravidade das rigidezes
do conjunto de pilares, o que provoca também um valor de momento fletor.
Dessa forma, a força considerada sobre um ponto de apoio (Ftransversal) é dada
pela Equação 6. Nessa formulação, Fres é a força resultante, considerando-se
o momento provocado pela excentricidade e da força transversal. O valor x é
a distância entre o ponto de apoio até o ponto de aplicação da carga.

(6)
Mesoestrutura: esforços nos pilares 17

O exemplo aqui apresentado é dado no Capítulo 5 do livro Pontes em concreto armado,


de Walter Pfeil. Trata-se da distribuição das cargas horizontais de uma ponte e da
definição dos esforços gerados por elas. A ponte considerada no exemplo possui
quatro linhas de pilares, sendo que dois deles (P1 e P4) possuem aparelhos de apoio
de elastômeros fretados, e os outros dois pilares (P2 e P3) possuem ligação por meio
de rótulas de concreto. Todos os pilares têm a mesma seção transversal, que possui
momento de inércia igual a 491 · 10 –4 m4. A saber, o módulo de elasticidade do concreto
considerado nos cálculos é 2,1 · 106 · tf/m2. As plantas da ponte são apresentadas na
Figura 10.

Figura 10. Vista lateral da ponte do exemplo.


Fonte: Adaptada de Pfeil (1979).

As cargas consideradas nos cálculos apresentados a seguir são as seguintes:

 Longitudinal — frenagem: 16,0 tf.


 Longitudinal — empuxo de terra: 3,2 tf.
 Transversal — ação do vento na ponte carregada: 34,3 tf.

A seguir é feito o cálculo da rigidez dos apoios, primeiro dos pilares 2 e


3, considerando-se a Equação 2 apresentada no capítulo:
18 Mesoestrutura: esforços nos pilares

Já a rigidez dos apoios 1 e 4 é calculada conforme a Equação 3. Os apare-


lhos de apoio têm dimensão de 25 x 90 cm, conforme ilustrado na Figura 11.

2 mm

3 mm 3 mm
3 mm
3
12 12
37

m
m
0
90
hn = 2 x 12 = 24 mm

An = (25 − 0,6).(90 − 0,6) = 2181,4 cm²


250 mm

Figura 11. Aparelho de apoio elastomérico fretado utilizado no exemplo.


Fonte: Adaptada de Pfeil (1979).

No Quadro 4, é apresentada a rigidez de cada elemento. Utilizando-se a


Equação 5 dada no capítulo, que diz que a força absorvida pelo apoio é pro-
porcional à sua rigidez em relação à rigidez total, foram calculadas as cargas
longitudinais sobre os pilares, também mostradas no Quadro.
Mesoestrutura: esforços nos pilares 19

Quadro 4. Cálculo das rigidezes e cargas longitudinais de cada pilar

Pilar k (tf/m) Flongitudinal (tf)

1 362,9 0,19 3,65

2 309,3 0,16 3,07

3 604,2 0,31 5,95

4 664,8 0,34 6,53

Σ 1941,2 1,00 19,2

Para a análise das cargas transversais, que são unicamente devidas ao


vento, deve-se calcular o centro de gravidade das rigidezes dos pilares, para
definir a excentricidade da carga. Esse cálculo é feito a partir do Quadro 5,
apresentada a seguir, na qual foi considerada a posição do pilar 3 como ponto
de referência, tendo-se valores positivos para a esquerda e valores negativos
para a direita. Primeiramente, definiu-se a distância dos pilares em relação à
referência (x). Em seguida, calculou-se a rigidez relativa multiplicada por essa
distância (k · x). As duas últimas colunas da tabela serão comentadas a seguir.

Quadro 5. Cálculo das excentricidades da carga em relação a cada pilar

Pilar Distância k·x k · x2 Distância


ao pilar ao ponto
P3 G
x (m)

1 0,19 45 8,55 384,75 39,25

2 0,16 25 4,00 100,00 19,25

3 0,31 0 0 0 –5,75

4 0,34 –20 –6,80 136,00 –25,75

Σ 1,00 5,75 620,75


20 Mesoestrutura: esforços nos pilares

Esse cálculo permitiu a definição do centro de gravidade G das rigidezes


por meio da formulação apresentada a seguir.

A excentricidade da aplicação da carga é dada pela formulação dada a


seguir, da qual se subtrai o valor de xg da posição x do centro do tabuleiro.

valores da distribuição do vento são obtidos proporcionalmente a partir


da rigidez do conjunto, calculada conforme formulação a seguir. Observe que
para esse cálculo são utilizados os valores previamente definidos na coluna
5 do Quadro 5.

Em seguida, aplicando-se a formulação 6 dada no capítulo, tem-se as


forças transversais absorvidas pelos pilares, sendo considerada a distância
entre o centro de gravidade das rigidezes e a posição de cada pilar (coluna 6
do Quadro 5).

Pfeil (1979) ainda aborda outra maneira de considerar os esforços de vento,


que é adotada em pontes com juntas deslocáveis (vãos biapoiados). Nessa outra
concepção, considera-se que cada pilar absorve metade da carga de vento
de cada vão que serve de suporte. O cálculo feito dessa maneira levaria aos
valores apresentados no Quadro 6.
Mesoestrutura: esforços nos pilares 21

Quadro 6. Força do vento sobre pilares — método para pontes com juntas deslocáveis

Pilar Vão à Vão à Vão total Vão Força (tf)


esquerda direita (m) total/
(m) (m) Vão da
ponte

1 5 10 15 0,2 6,7

2 10 12,5 22,5 0,3 10,3

3 0 22,5 22,5 0,3 10,3

4 0 15 15 0,2 6,7

Fonte: Adaptado de Pfeil (1979).

Dimensionamento
Para o dimensionamento de pilares, Pfeil (1979) sugere as seguintes etapas:

a) verificar se as dimensões mínimas exigidas pelas normativas estão


sendo atendidas;
b) calcular a área e a distribuição das armaduras, considerando os esforços
atuantes;
c) fazer o detalhamento da estrutura, indicando armaduras que sejam
objetivas e simples.

Conforme a NBR 7187, a menor dimensão para um pilar maciço não pode
ser inferior a 40 centímetros ou 1/25 da sua altura. Se o pilar tiver seção
celular, suas paredes não podem ter espessura menor que 20 centímetros, e
se o processo construtivo for por formas deslizantes, o mínimo passa a ser
25 centímetros. Já em se tratando de pilares-paredes, a referida norma limita
como mínima a espessura de 20 centímetros ou 1/25 da altura do pilar-parede.
Como vimos no item anterior, os pilares são elementos sujeitos a carrega-
mentos dos mais diversos; logo, sempre estão sujeitos a esforços combinados
(força axial, momento fletor, esforço cortante). Em se tratando de pilares
que não se enquadram como pilares-parede, a NBR 6118 faz a distinção da
análise conforme a esbeltez. A esbeltez de um elemento é determinada como
o comprimento de flambagem dividido pelo raio de giração. Se esse índice
22 Mesoestrutura: esforços nos pilares

ficar abaixo da esbeltez limite λ1, não é necessária a consideração de efeitos


de segunda ordem locais. Esse parâmetro pode ser cálculo pela Equação 7.

(7)

Sendo e1 a excentricidade do pilar na direção analisada e h a dimensão do


pilar na direção analisada. O parâmetro αb está relacionado com a vinculação
da estrutura e o tipo de carregamento. Conforme a NBR 6118, se o pilar for
biapoiado e tiver cargas transversais significativas, adota-se 1. O mesmo
ocorre se o pilar (biapoiado ou engastado-livre) tiver momentos menores que
os momentos mínimos devido às excentricidades construtivas. Não se enqua-
drando nesses casos, tem-se a opção de pilar engastado-livre, adotando-se o
valor dado pela Equação 8.

(8)

Nesse caso, Ma é o momento no engaste e Mc é o momento na meia altura


do pilar. O caso de pilares biapoiados sem carga transversal é pouco comum,
por isso não é apresentado.
O intervalo de validade do parâmetro λ1 é entre 35 e 90. Se a esbeltez tiver
valor maior do que esse limite, é necessária a análise dos efeitos de segunda
ordem locais. Conforme a NBR 6118, a análise desses efeitos pode ser feita
de forma simplificada, utilizando-se métodos aproximados. Os métodos do
pilar-padrão com curvatura aproximada e do pilar-padrão com rigidez apro-
ximada podem ser utilizados se a esbeltez do elemento for no máximo 90. Já
o método do pilar-padrão acoplado a diagramas M, M, 1/r é aplicável para
esbeltez até 140. Acima desses limites, é necessário fazer a análise da não
linearidade geométrica sem processos aproximados. Além disso, a referida
norma estabelece 200 como o limite de esbeltez aceitável.

O dimensionamento de pilares em concreto armado de pontes segue as mesmas


diretrizes que o de edifícios. A diferença, como vimos, está na determinação das solici-
tações. Por isso, para estudar como são feitas todas as verificações para determinação
das armaduras, você pode consultar o livro Estruturas em concreto armado, de Priscila
Marques Correa, na Biblioteca da Ser.
Mesoestrutura: esforços nos pilares 23

1. Os pilares são responsáveis por a) Quando houver uma


transferir as cargas da superestrutura carga pontual sobre o
para as fundações. Considere uma balanço esquerdo, o pilar
ponte que possui encontros nas 1 não tem reação.
extremidades (há junta de dilatação b) Quando houver uma carga
entre encontro e superestrutura) pontual sobre o balanço direito,
e um pilar intermediário no leito o pilar 1 não absorve carga.
do rio. Sobre as ações que agem c) Quando houver uma carga
nesse pilar, pode-se afirmar que: pontual sobre o pilar 1, esse
a) é possível considerar que a carga pilar absorve 20% dessa carga.
móvel ocupa uma única posição. d) Quando houver uma carga
b) a frenagem e a aceleração pontual sobre o pilar 1, esse
serão divididas entre os apoios, pilar não absorve carga.
conforme a rigidez deles. e) Quando houver uma carga
c) o empuxo de terra deve ser pontual sobre o pilar 2, o
considerado sobre os pilares. pilar 1 não absorve carga.
d) a variação de temperatura não 3. Considerando que a carga móvel
provoca esforços sobre o pilar. pode ocupar qualquer posição
e) a pressão da água não da seção transversal, qual é a
precisa ser considerada. composição que provocará
2. Um tipo de disposição comum maior momento sobre o pilar?
para os pilares é optar por dois a) Multidão em toda a seção
pilares intermediários e duas e veículo-tipo centrado.
extremidades em balanço. Entre b) Multidão em toda a seção e
o balanço e a rodovia existe uma veículo-tipo o mais afastado
junta deslocável. Avaliando a linha possível do centro.
de influência da reação sobre o c) Multidão em metade da seção
pilar 1 (apresentada na figura a e veículo-tipo centrado.
seguir), selecione a afirmativa que d) Multidão em metade da
traz uma informação correta da seção e veículo-tipo o mais
análise da linha de influência. afastado possível do centro.
e) Multidão em metade da seção
Pilar 1 Pilar 2 -0,2
e veículo-tipo o mais afastado
0,2 possível da carga de multidão.
1,0 4. Suponha que uma ponte de grande
porte terá pilares retangulares de 30
24 Mesoestrutura: esforços nos pilares

metros de altura. Considerando que seu dimensionamento. Sabe-se


se trata de pilares, e não de pilares- que, quanto mais esbelto um
parede, qual a menor dimensão pilar, mais significativos serão
aceitável para o menor lado? esses efeitos e mais rigorosa
a) 200 centímetros. deverá ser a análise. A NBR 6118
b) 160 centímetros. indica que a esbeltez máxima
c) 120 centímetros. aceita para os pilares é:
d) 60 centímetros. a) 35.
e) 40 centímetros. b) 90.
5. Os pilares esbeltos estão sujeitos c) 140.
a efeitos locais de segunda ordem d) 200.
que devem ser considerados em e) 250.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6118: projeto de estruturas de


concreto: procedimento. Rio de Janeiro, 2014.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 7187: projeto de pontes de
concreto armado e de concreto protendido: procedimento. Rio de Janeiro, 2003.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9062: projeto e execução de
estruturas de concreto pré-moldado. Rio de Janeiro, 2017.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 19783: aparelhos de apoio de
elastômero fretado:especificação e métodos de ensaio. Rio de Janeiro, 2015.
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VIADUTO Tiradentes. [2018]. Disponível em: <https://commons.wikimedia.org/wiki/
File:Viaduto_Tiradentes.JPG>. Acesso em: 12 jul. 2018.

Leitura recomendada
VELLOSO, F. C. Ponte Rio-Niterói (Ponte Presidente Costa e Silva): um marco em nossa
engenharia. Revista Da Cultura, nº. 21, p. 16-24, maio, 2013.
Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para
esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual
da Instituição, você encontra a obra na íntegra.

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