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CONCRETO ARMADO III

E-mail:
PROF: ROMÁRIO SANTOS
romario.santos@piodecimo.edu.br
ENG. CIVIL
ESP EST. DE CONCRETO ARMADO E FUNDAÇÕES
MSC EM ENG. DE PROCESSOS
DIRETRIZES

Pré-requisitos
 Concreto armado II

Carga Horária
• 60 Horas
BIBLIOGRAFIA

 Básica:
 CARVALHO, R. C., PINHEIRO, L. M. Cálculo e Detalhamento de Estruturas Usuais de Concreto Armado.
Vol. 2, Ed. PINI, 2013;
 CARVALHO, Roberto Chust. Estruturas de Concreto Protendido: Pós-Tração Pré-Tração e Cálculo e
Detalhamento. 1ª Ed. PINI, 2012.
 ARAÚJO, José Milton de. Curso de concreto armado. V. 4 Editora DUNAS – Rio Grande/RS, 2010.
 Complementar:
 BUCHAIM, Roberto. Concreto Protendido Tração Axial, Flexão Simples e Força Cortante. 1ª Ed. Editora
EDUEL, 2008.
 PFEIL, Walter. Concreto armado: Dimensionamento, fissuração, fadiga torção, concentração de tensões. V. 3.
5 ed. Editora: LTC, 1999.
 FUSCO, Péricles Brasiliense. Estruturas de concreto; Solicitações normais estados limites últimos – Teoria
e aplicações. Editora: LTC – Rio de Janeiro/RJ, 1986.
 BORGES, Alberto Nogueira. Curso prático de cálculo em concreto armado. Editora:Imperial novo milênio
– Rio de Janeiro/RJ, 2010.
EMENTA

 Lajes cogumelo e lisas


 Generalidades
 Punção
 Método dos pórticos múltiplos
 Verificação ao puncionamento

 Lajes nervuradas
 Generalidades
 Exemplos de dimensionamento e detalhamento de uma laje nervurada

 Concreto protendido
 Generalidades
 Elementos construtivos
CRONOGRAMA
 1º und
 Assunto – Lajes lisas
 Prova (10 Pontos)

 2º und
 Assunto – Lajes Nervurada e Protendido
 Prova (7 Pontos)
 Prointer (3 Pontos)

 Segunda Chamada
 Assuntos referente a unidade que faltou

 Provão
 A decidir
NBR 6118:2014
DEFINIÇÕES

 Elementos de concreto armado


Aqueles cujo comportamento estrutural depende da aderência entre
concreto e armadura, e nos quais não se aplicam alongamentos iniciais das
armaduras antes da materialização dessa aderência.

 Elementos de concreto protendido


Aqueles nos quais parte das armaduras é previamente alongada por
equipamentos especiais de protensão, com a finalidade de, em condições de
serviço, impedir ou limitar a fissuração e os deslocamentos da estrutura, bem
como propiciar o melhor aproveitamento de aços de alta resistência no
estado-limite último (ELU)
REQUISITOS DE QUALIDADE DE UMA ESTRUTURA
DE CONCRETO ARMADO.

 Segurança;

 Bom desempenho em serviço;

 Durabilidade.
LAJES LISAS E LAJES-COGUMELO

 Lajes-cogumelo são lajes apoiadas diretamente em pilares com


capitéis, enquanto lajes lisas são apoiadas nos pilares sem capitéis.

Nos casos das lajes em concreto armado, em que os pilares estiverem


dispostos em filas ortogonais, de maneira regular e com vãos pouco
diferentes, o cálculo dos esforços pode ser realizado pelo processo
elástico aproximado, com redistribuição, que consiste na aplicação de
pórticos múltiplos, para a obtenção dos esforços.
GENERALID
ADE
HISTÓRICO
• As lajes-cogumelo surgiram nos Estados Unidos em 1905, através da iniciativa
pioneira de TURNER. Com a construção de edifícios em Moscou (1908) e em
Zurique (1910), a técnica acabou por se difundir ao redor do mundo.
• No entanto, em 1911, a utilização indevida deste sistema estrutural provocou um
desabamento em Indianápolis, nos Estados Unidos, que resultou na morte de nove
pessoas e ferimentos graves em outras vinte.
• TALBOT foi quem iniciou os estudos do fenômeno da punção, tendo ensaiado 197
sapatas sem armadura de cisalhamento e observado a ruína por punção em vinte
delas. Já GRAF mostrou, através de ensaios de lajes sob cargas concentradas,
que o aumento da resistência do concreto influenciava muito pouco a resistência à
força cortante, provavelmente devido ao fato dos esforços de flexão provocarem
fissuras na seção resistente. RICHART (1948) através de ensaios de sapatas,
observou, assim como Talbot, que o aumento das taxas de armadura eram
responsáveis por acréscimos de resistência da peça à punção.
• NYLANDER após o ensaio de várias lajes circulares com pilar central, propuseram
um modelo mecânico cujo cálculo considera a influência da flexão e da força
cortante em conjunto. Neste modelo, que é a base do Regulamento Sueco com
respeito à punção, a carga de ruína é determinada através do equilíbrio entre
esforços internos e carregamentos externos.
CARACTERÍSTICAS

A armadura das lajes lisas é basicamente composta por uma armadura


principal de flexão (nas duas direções), acompanhada ou não por uma
armadura de punção.

Estribos verticais são mais eficazes que inclinados.

A presença de cabos protendidos devidamente posicionados


aumenta a resistência ao puncionamento.

O capitel consiste em aumentar a seção transversal dos pilares, que


pode ser em tronco de pirâmide ou de cone.
LAJES SEM VIGAS

Adaptabilidade a diversas formas de ambientes


Vantagens
Simplificação das formas
Simplificação da armadura
Simplificação da concretagem
Melhoria da qualidade final e diminuição de
revestimento
Redução da altura total do edifício
Simplificação das instalações prediais
Redução do tempo de execução e de custo
LAJES SEM VIGAS

Possibilidade de punção
Desvantagens

Instabilidade do edifício às ações laterais

Maior consumo de concreto e aço

Pode ocorrer grandes deslocamentos


transversais
TIPO DE RUINA

• Ruina por flexão

• Pode se dar pelo esmagamento do concreto comprimido ou pela


deformação plástica excessiva da armadura de tração. Geralmente, os
elementos submetidos à flexão são projetados para que a ruína ocorra
com escoamento do aço, caracterizando, desta forma, uma ruína do tipo
dúctil.
TIPO DE RUINA

• Ruina por punção

• Sendo a força cortante predominante, a laje se rompe antes que a


capacidade resistente de flexão seja atingida, provocando uma ruína
abrupta que, por não fornecer qualquer aviso prévio, é extremamente
perigosa.
TIPO DE RUINA

• Ruina por flexão associada a punção

• Tanto o momento fletor quanto a força cortante têm ação significativa na


ruína da ligação que, influenciada pelo momento fletor, apresenta
ductilidade, ou seja, capacidade para grandes deformações.
SOLUÇÃO DE CÁLCULO

 Método dos pórticos equivalentes

 O método dos pórticos equivalentes proposto pela NBR 6118/14 consiste


em dividir a estrutura em cada direção em uma série de pórticos
constituídos por colunas e barras horizontais, cujas inércias serão iguais
às da laje delimitada pela metade da distância entre duas linhas de pilares
MÉTODO DOS PÓRTICOS EQUIVALENTES
MÉTODO DOS PÓRTICOS EQUIVALENTES
MÉTODO DOS PÓRTICOS EQUIVALENTES

 Para cada pórtico deve ser considerada a carga total. A distribuição dos
momentos, obtida em cada direção deve ser feita da seguinte maneira:
• 45 % dos momentos positivos para as duas faixas internas

• 27,5 % dos momentos positivos para cada uma das faixas externas;

• 25 % dos momentos negativos para as duas faixas internas;


• 37,5 % dos momentos negativos para cada uma das faixas externas.
PRESCRIÇÕES PARA A EXECUÇÃO

 A espessura da laje não deve ser inferior a 16 cm


 Qualquer barra da armadura de flexão deve ter diâmetro no máximo igual
a h/8
 As barras da armadura principal de flexão devem apresentar espaçamento
máximo igual a 2.h ou 20 cm
 Caso aplique armadura de distribuição o espaçamento máximo igual 33 cm
 Pelo menos duas barras inferiores devem passar continuamente sobre os
apoios, respeitando-se também a armadura contra colapso progressivo
ESPECIFICAÇÕES PARA CÁLCULO DA PUNÇÃO: NBR
6118 /14

 O modelo de cálculo proposto pela NBR 6118/14 corresponde à


verificação de dois ou mais perímetros de controle.

1. Na face do pilar, denominado de contorno C, verifica-se a tensão de


compressão diagonal do concreto, por meio de uma tensão de
cisalhamento.
2. Localizado a uma distância 2d da face do pilar, denominada de
contorno C’, verifica-se a resistência da ligação à punção, associada à
ruína por tração diagonal, por meio também de uma tensão de
cisalhamento.
PERÍMETRO CRÍTICO

Obs: Quando necessário a aplicação da armadura de punção, deve-se verificar


um terceiro contorno C’’, localizado a uma distância 4d.
PERÍMETRO CRÍTICO
PERÍMETRO CRÍTICO
PERÍMETRO CRÍTICO
TENSÃO SOLICITANTE EM PILARES COM
CARREGAMENTO SIMÉTRICO

𝐹𝑆𝑑
𝜏𝑆𝑑 =
𝑢.𝑑

Onde:
• Fsd é a força ou reação concentrada de cálculo
• dx e dy são as alturas úteis nas duas direções
ortogonais;
• u é o perímetro crítico
TENSÃO SOLICITANTE EM PILARES COM
CARREGAMENTO SIMÉTRICO
𝐹𝑆𝑑 𝐾.𝑀𝑆𝑑
𝜏𝑆𝑑 = +
𝑢.𝑑 𝑊𝑃 .𝑑
TENSÃO RESISTENTE DE COMPRESSÃO
DIAGONAL DO CONCRETO NO CONTORNO C
TENSÃO RESISTENTE DE COMPRESSÃO
DIAGONAL DO CONCRETO NO CONTORNO C

𝜏𝑠𝑑 ≤ 𝜏𝑅𝑑2

𝜏𝑅𝑑2 = 0,27. 𝛼𝑣 . 𝑓𝑐𝑑

 𝑓𝑐𝑑 é a resistência de cálculo do concreto à compressão cilíndrica (MPa)


𝑓𝑐𝑘
 𝛼𝑣 é o fator de correção da resistência do concreto 𝛼𝑣 = 1 − 𝑓𝑐𝑘 em MPa
250
TENSÃO RESISTENTE EM ELEMENTOS
ESTRUTURAIS NO CONTORNO C’

𝜏𝑠𝑑 ≤ 𝜏𝑅𝑑1
sem armadura de punção no contorno c’

20 1Τ
𝜏𝑅𝑑1 = 0,13. 1 + 100. 𝜌. 𝑓𝑐𝑑 3
𝑑

 • 𝜌 é a taxa de armadura
TENSÃO RESISTENTE EM ELEMENTOS
ESTRUTURAIS NO CONTORNO C’

𝜏𝑠𝑑 ≤ 𝜏𝑅𝑑1,2

20 1Τ 1
𝜏𝑅𝑑1,2 = 0,13. 1 + 100. 𝜌. 𝑓𝑐𝑑 3 + 1,5. 𝐴𝑠𝑤 . 𝑓𝑦𝑑𝑤 . sen 𝛼 .
𝑑 𝑆𝑟 .𝑢.𝑑

 Sr é o espaçamentos radial entre a armadura de punção, não deve ser maior que
0,75d, com d em cm;
 𝛼 é o ângulo de inclinação entre o eixo da armadura de punção e o plano da laje
DETALHAMENTO
DETALHAMENTO
DETALHAMENTO
EXEMPLO

 Calcular os momento atuantes no pavimento sem vigas para a seguinte


situação, e em seguida fazer o detalhamento desta armadura.
• Espessura da laje h = 22 cm

• Carga acidental q = 3 kN/m²

• Revestimento g = 0,7 kN/m²


• fck = 25 MPa

• Aço CA-50

• Verificar a Punção do PILAR 1 com fsk = 300 kN

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