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CENTRO UNIVERSITÁRIO DINÂMICA

DAS CATARATAS
GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL

ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO I

INTRODUÇÃO AO ESTUDO ESTRUTURAS


AULA 1

PROFESSOR: EDUARDO DAMIN


CONCEITOS FUNDAMENTAIS
2

Composição do concreto armado


 Pasta
 Cimento e água
CONCEITOS FUNDAMENTAIS
3

Composição do concreto armado


 Argamassa (pasta + agregado miúdo)
 Cimento, água e areia (agregado miúdo)
CONCEITOS FUNDAMENTAIS
4

Composição do concreto armado


 Concreto simples (argamassa + agregado graúdo)
 Cimento, água, areia e brita (agregado graúdo)
CONCEITOS FUNDAMENTAIS
5

Composição do concreto armado


 Concreto simples estrutural

Elementos estruturais elaborados com


concreto que não possuem qualquer
tipo de armadura ou que a possuem
em quantidade inferior ao mínimo
exigido para o
concreto armado.
CONCEITOS FUNDAMENTAIS
6

Composição do concreto armado


 Concreto armado (concreto + armadura passiva)
CONCEITOS FUNDAMENTAIS
7

Composição do concreto armado


 Concreto protendido (concreto armado + armadura ativa)
CONCEITOS FUNDAMENTAIS
8

Concreto armado

 Alia as qualidades da pedra (resistência à compressão e


durabilidade) com as resistências do aço, com as
vantagens de poder assumir qualquer forma com rapidez
e facilidade e proporcionar a necessária proteção do aço
contra a corrosão.
CONCEITOS FUNDAMENTAIS
9

Concreto armado

 Alta resistência às tensões de compressão;


 Baixa resistência à tração (cerca de 10 % da resistência à
compressão);
 Obrigatório juntar uma armadura (aço) ao concreto.

O concreto absorve as tensões de compressão e as barras


de aço, convenientemente dispostas, absorvem as tensões de
tração.
CONCEITOS FUNDAMENTAIS
10

Concreto armado

 Porém, é imprescindível a aderência entre os dois


materiais: real solidariedade entre o concreto e o aço,
para o trabalho conjunto, tal que:

𝜀𝑠 = 𝜀𝑐
CONCEITOS FUNDAMENTAIS
11

Concreto armado

Concreto simples
+
Armadura
+
Aderência
Vergalhão de aço inserido no concreto.
Estudo com resina.

12
“Elementos de Concreto Armado”:
“aqueles cujo comportamento estrutural depende da
aderência entre concreto e armadura, e nos quais não
se aplicam alongamentos iniciais das armaduras antes
da materialização dessa aderência”.

“Armadura passiva”:

“qualquer armadura que não seja usada para produzir


forças de protensão, isto é, que não seja previamente
alongada”.

13
Uma viga de concreto simples (sem armadura) rompe bruscamente
logo que aparece a primeira fissura, após a tensão de tração atuante
igualar a resistência do concreto à tração. Entretanto, colocando-se
uma armadura convenientemente posicionada na região das tensões
de tração, eleva-se significativamente a capacidade de carga da
viga.

CONCRETO COMPRESSÃO

TRAÇÃO
FISSURAS ARMADURA

Figura 1 - Viga de Concreto Simples (a) e Armado (b).


CONCEITO DE CONCRETO PROTENDIDO

Idéia básica:
aplicar tensões prévias de compressão nas regiões da peça
que serão tracionadas pela ação do carregamento externo
aplicado.

Objetivo:
diminuir ou anular as tensões de tração.

São diversos os sistemas de protensão.

15
“Elementos de concreto protendido”:
“aqueles nos quais parte das armaduras é previamente alongada por
equipamentos especiais de protensão, com a finalidade de, em
condições de serviço, impedir ou limitar a fissuração e os
deslocamentos da estrutura, bem como propiciar o melhor
aproveitamento de aços de alta resistência no estado-limite último
(ELU).”

“Armadura ativa (de protensão)”:

“armadura constituída por barras, fios isolados ou cordoalhas,


destinada à produção de forças de protensão, isto é, na qual se
aplica um pré-alongamento inicial.”
16
Sistema de pré-tensão:
O aço de protensão é fixado numa das
extremidades da pista de protensão, e na
outra extremidade um cilindro hidráulico estira
(traciona) o aço, nele aplicando uma tensão de
tração pouco menor que a tensão
correspondente ao limite elástico. Em seguida,
o concreto é lançado na fôrma, envolve e
adere ao aço de protensão. Após o
endurecimento e decorrido o tempo necessário
para o concreto
17
Sistema de pré-tensão:
adquirir resistência, o aço de protensão é solto
(relaxado) das ancoragens e, como o aço
tende elasticamente a voltar à deformação
inicial (nula), ele aplica uma força (de
protensão) que comprime o concreto de parte
ou de toda a seção transversal da peça. Esse
processo de aplicação da protensão é
geralmente utilizado na produção intensiva de
grandes quantidades de peças, geralmente em
pistas de protensão.
18
fôrma
cilindro hidráulico armadura da peça ancoragem
("macaco") de protensão passiva

pista de
protensão

bloco de
reação

Figura – Aplicação de protensão com pré-tensão.

19
Sistema de pós-tensão:
Na pós-tensão primeiramente é fabricada a
peça de concreto, contendo dutos (bainhas) ao
longo do comprimento da peça, para serem
posteriormente preenchidos com o aço de
protensão, de uma extremidade a outra da
peça. Quando o concreto apresenta a resistência
suficiente, o aço de protensão, fixado numa das
extremidades da peça, é estirado (tracionado)
pelo cilindro hidráulico na outra extremidade,

20
Sistema de pós-tensão:
com o cilindro apoiando-se na própria peça. Esta
operação provoca a aplicação de uma força
que comprime o concreto de parte ou de toda a
seção transversal na peça. Terminada a
operação de estiramento, o próprio cilindro
hidráulico fixa o aço na extremidade da peça.
Posteriormente a bainha pode ser preenchida
com nata de cimento para criar aderência entre
o aço e o concreto da peça.

21
a) Peça concretada
duto
vazado

b) Estiramento da armadura de protenção

Ap

c) Armadura ancorada e dutos preenchidos


com nata de cimento

Ap

Figura – Aplicação de protensão com pós-tensão.


22
Sistema de protensão pós-tensão (Dywidag, 2000).
23
FISSURAÇÃO NO CONCRETO ARMADO

- A armadura tracionada pode alongar-se até 10 ‰ (10 ‰ = 1 % = 10


mm/m). O concreto, aderente à armadura, fissura sob tal alongamento.

Estribo

Armadura
longitudinal
Diagrama de
deformações

sd,máx = 10 ‰
dez fissuras com
abertura de 1 mm
1m

24
- Eliminar completamente as fissuras seria antieconômico,
pois teria-se que aplicar tensões de tração muito baixas
na peça e na armadura. As fissuras devem ser limitadas
a aberturas aceitáveis ( 0,3 mm) em função do
ambiente, e que não prejudiquem a estética e a
durabilidade.
- Dispor barras de diâmetros pequenos e distribuídas
(fissuras capilares, não levando ao perigo de corrosão
ao aço).
- Retração também origina fissuras. Fazer cuidadosa cura
nos primeiros dez dias de idade do concreto e utilizar
armadura suplementar (armadura de pele) quando
necessário.
25
Figura – Fissuras em uma viga após ensaio experimental
em laboratório.

26
VANTAGENS E DESVANTAGENS
27

VANTAGENS
 Custo: especialmente no Brasil, os seus componentes são facilmente
encontrados e relativamente a baixo custo;
 Adaptabilidade: favorece à arquitetura pela sua fácil modelagem;

 Resistência ao fogo: As estruturas de concreto, sem proteção externa,


tem uma resistência natural de 1 a 3 horas.
 Resistência a choques e vibrações: os problemas de fadiga são
menores;
 Conservação: em geral, o concreto apresenta boa durabilidade, desde
que seja utilizado com a dosagem correta. É muito importante a
execução de cobrimentos mínimos para as armaduras;
 Impermeabilidade: desde que dosado e executado de forma correta.
VANTAGENS E DESVANTAGENS
28

DESVANTAGENS
 Baixa resistência à tração;

 Fôrmas e escoramentos dispendiosos;

 Baixa resistência por unidade de volume

 Peso próprio elevado relativo à resistência:


𝛾𝑐𝑜𝑛𝑐 = 25 𝑘𝑁/𝑚3 = 2,5 𝑡𝑓/𝑚3 = 2.500 𝑘𝑔𝑓/𝑚3

 Alterações de volume com o tempo;


 Reformas e adaptações de difícil execução;
 Transmite calor e som.
HISTÓRICO
29

Primeiros materiais empregados nas construções:


 Pedra natural, madeira e ferro.

 Pedra: resistência à compressão e durabilidade muito elevadas.

 Madeira: razoável resistência, mas durabilidade limitada.

 Ferro: resistências elevadas, mas requer produtos protetores para


apresentar durabilidade.
Ruína de construção antiga em rocha.

30
Construção antiga em rocha.

31
Madeira em construções antigas.

32
Madeira em construções antigas.

33
Metal em construções antigas.

34
Metal em
construções
antigas.

35
36
HISTÓRICO
37

- Cal hidráulica e cimento pozolânico (vulcânico) aplicados como


aglomerante pelos romanos.
- Primeira associação de um metal à argamassa de pozolana na
época dos romanos.

Panteão romano.
Coliseu romano.

38
HISTÓRICO
39

- O cimento Portland foi descoberto na Inglaterra em 1824.


- Em Paris (1770), associou-se ferro com pedra para formar
vigas como as modernas, com barras longitudinais na tração e
barras transversais ao cortante.
- O cimento armado surgiu na França (1849) - barco de
Lambot. Construído com telas de fios finos de ferro
preenchidas com argamassa (sem sucesso comercial).
- 1861, francês Mounier fabricou vasos de argamassa de
cimento com armadura de arame, reservatórios e ponte (vão
= 16,5 m).
HISTÓRICO
40

- 1850, americano Hyatt fez ensaios e vislumbrou a verdadeira


função da armadura no trabalho conjunto com o concreto.

- Hennebique (França) foi o primeiro após Hyatt a compreender


a função das armaduras no concreto. “Percebeu a necessidade de
dispor outras armaduras além da armadura reta de tração.
Imaginou armaduras dobradas, prolongadas em diagonal e
ancoradas na zona de compressão. Foi o primeiro a colocar estribos
com a finalidade de absorver tensões oriundas da força cortante e
o criador das vigas T, levando em conta a colaboração da laje
como mesa de compressão”.
HISTÓRICO
41

- Osalemães estabeleceram a teoria mais completa do novo


material, baseada em experiências e ensaios. “O verdadeiro
desenvolvimento do concreto armado no mundo iniciou-se com
Gustavo Adolpho Wayss”.

- A primeira teoria realista (consistente) sobre o dimensionamento


das peças de concreto armado surgiu em 1902, por E. Mörsch,
engenheiro alemão, professor da Universidade de Stuttgart
(Alemanha). Suas teorias resultaram de ensaios experimentais,
dando origem às primeiras normas para o projeto de estruturas
em concreto armado.
HISTÓRICO
42

Rio de Janeiro:

- Construção de galerias de água em cimento armado -


47 m e 74 m de comprimento (1901). Construídas casas
e sobrados no (1904).

- Construída a ponte na Rua Senador Feijó, com vão de


5,4 m (1909). Construção de uma ponte com 9 m de
vão, com projeto e cálculo de François Hennebique
(1908).
HISTÓRICO
43

- Construída em Socorro uma ponte de concreto armado com 28 m de


comprimento, na Av. Pereira Rebouças sobre o Ribeirão dos
Machados (1910 - existe ainda hoje em ótimo estado de
conservação).
HISTÓRICO
44

- Primeiro edifício (1907/1908 - um dos mais antigos do Brasil em


“cimento armado”), com três pavimentos.

- A partir de 1924 os cálculos estruturais passaram a serem feitos


no Brasil, com destaque para o engenheiro Emílio Baumgart.
HISTÓRICO
45

- Marquise do Jockey
Clube do Rio de Janeiro,
com balanço de 22,4 m
(recorde mundial em
1926);

Marquise do Jockey Club do Rio de


Janeiro.
HISTÓRICO
46

- Ponte Presidente Feliciano


Sodré em Cabo Frio, em 1926,
com arco de 67 m de vão
(recorde na América do Sul);

Ponte em Cabo Frio.


- Edifício “A Noite” no Rio de Janeiro em 1928, com 22
pavimentos, o mais alto do mundo em concreto armado, com
102,8 m de altura, projeto de Emílio Baumgart;

Edifício A Noite em construção e em uso. Projetado pelo arquiteto francês Joseph


Gire (Copacabana Palace).

47
Edifício A Noite. Hoje é sede do INPI.
48
- Edifício Martinelli (São Paulo - 1925), com 106,5 m de altura
(30 pavimentos – recorde mundial);

Edifício Martinelli em S.Paulo.

49
- Elevador Lacerda (Salvador - 1930), com altura total de 73 m;

- Ponte Emílio Baumgart – “dos Arcos” (Indaial/SC, 1926), com 175 m de


comprimento e 6 m de largura.

Ponte Emílio Baumgart.

50
Ponte Emílio Baumgart em teste de
carga.

Inauguração da Ponte Emílio Baumgart


em 1926.

51
- Elevador Lacerda (Salvador - 1930), com altura total de 73 m;
- Ponte do Herval, projetada por Emílio Baumgar, entre Herval do Oeste e
Joaçaba/SC, de 1930, com o maior vão do mundo (68 m), onde foi utilizado pela
primeira vez o processo de balanços sucessivos;

Ponte do Herval (fotos de P. B. Fusco).

52
- Museu de Arte de São Paulo (1969), com laje de 30 x 70 m
livres, recorde mundial de vão, com projeto estrutural de Figueiredo
Ferraz;

- Ponte da Amizade em Foz do Iguaçu em 1962, com o maior


arco de concreto armado do mundo, com 290 m de vão;

Ponte da Amizade entre Brasil e Paraguai.

53
Ponte da Amizade entre Brasil e Paraguai.

54
HISTÓRICO
55

- Edifício Itália (São Paulo - 1962), o mais alto edifício em Concreto Armado do
mundo durante alguns meses;

- Ponte Colombo Salles em Florianópolis em 1975, a maior viga contínua


protendida do mundo, com 1.227 m de comprimento, projeto estrutural de
Figueiredo Ferraz;

- Usina Hidroelétrica de Itaipu em 1982, a maior do mundo com 190 m de altura,


projetada e construída por brasileiros e paraguaios, com coordenação
americano-italiana;

- Em 1913, a “vinda da firma alemã Wayss & Freytag constituiu o ponto mais
importante para o desenvolvimento do concreto armado no Brasil”. Importaram
mestres de obras da Alemanha, e a firma serviu de escola para a formação de
especialistas nacionais, evitando a importação de mais estrangeiros.
HISTÓRICO
56

 Evolução da norma brasileira do concreto.

Curso básico de concreto armado – Ed. Oficina de Textos


SISTEMAS E ELEMENTOS
57

CLASSIFICAÇÃO GEOMÉTRICA

Elementos lineares:
Aqueles que têm a espessura da mesma ordem de
grandeza da altura, mas ambas muito menores que o
comprimento. São as “barras” (vigas, pilares, etc.).

Elementos lineares de seção delgada:


Aqueles cuja espessura é muito menor que a altura.
Construídos em “Argamassa Armada” (elementos com
espessuras menores que 40 mm) e perfis de aço.
3

1 1

3

2 b w=  3

2

3

h = 3 2
2
1 1

Classificação geométrica dos elementos estruturais.


SISTEMAS E ELEMENTOS
59

Elementos bidimensionais:
Aqueles onde duas dimensões, o comprimento e a largura, são da mesma ordem de
grandeza e muito maiores que a terceira dimensão (espessura). São os elementos de
superfície (lajes, as paredes de reservatórios, etc.).

Cascas - quando a superfície é curva;

Placas ou chapas - quando a superfície é plana.

Placas - superfícies que recebem o carregamento perpendicular ao seu plano (lajes).


Chapas - tem o carregamento contido neste plano (viga-parede)

Elementos tridimensionais:
Aqueles onde as três dimensões têm a mesma ordem de grandeza. São os elementos de
volume (blocos e sapatas de fundação, consolos, etc.).
Exemplos de estrutura em forma de
casca.

60
a) placas b) chapas

Figura – Características dos carregamentos nas placas e nas chapas.


SISTEMAS E ELEMENTOS
62

a) Lajes

São elementos planos que recebem a maior parte das ações


(cargas) aplicadas numa construção. As ações, comumente
perpendiculares ao plano da laje, podem ser: distribuídas
na área, distribuídas linearmente e forças concentradas.
As ações são transferidas para as vigas de apoio nas bordas
da laje.
As ações nas lajes são provenientes de pessoas, móveis, pisos,
paredes, etc.
P1 V 100 P2

LAJE 1 LAJE 2

A A

V 102

V 103

V 104
V 101

P4 P3
PLANTA DE FÔRMA

Figura – Laje maciça. CORTE A


SISTEMAS E ELEMENTOS
64

Tipos lajes de concreto: maciça, nervurada, lisa e cogumelo.

Lajes Maciças
As lajes maciças tem geralmente espessuras de 7 cm a 15 cm.
São comuns em construções de grande porte, como edifícios de
múltiplos pavimentos, escolas, indústrias, hospitais, pontes, etc.).
Não são geralmente aplicadas em construções de pequeno
porte (casas, sobrados, galpões, etc.).
As lajes maciças são geralmente apoiadas nas bordas, mas
podem também ter bordas livres.
Lajes Maciças de Concreto

65
Lajes Maciças de Concreto

66
Vista por baixo de laje
maciça de edifício.

Vibração do concreto de laje maciça


de edifício.

67
“Lajes cogumelo são lajes apoiadas diretamente em pilares com
capitéis, enquanto lajes lisas são as apoiadas nos pilares sem capitéis”.
São também chamadas lajes sem vigas.
Vantagens: custos menores e maior rapidez de construção. No
entanto, são suscetíveis a maiores deformações (flechas).

Laje lisa

Pilares

Laje cogumelo

Capitel

Piso
Lajes lisa, convencional e nervurada.
69
Exemplo de laje lisa com capitel.

70
Laje lisa com capitel.

71
Lajes Nervuradas
“Lajes nervuradas são as lajes moldadas no local ou com nervuras
pré-moldadas, cuja zona de tração para momentos positivos está
localizada nas nervuras entre as quais pode ser colocado material
inerte”

As lajes nervuradas podem ser


do tipo moldada no local ou pré-
fabricadas (também chamadas
lajes mistas).

Exemplo de laje nervurada


moldada no local.
72
Laje nervurada com molde plástico.

73
Dimensões de molde plástico.
74
Laje nervurada.
75
Laje nervurada com enchimento em isopor.
76
Laje nervurada.

77
Laje nervurada.

78
Laje nervurada.

79
Laje nervurada.

80
Planta de fôrma do
pavimento de um edifício
com laje nervurada
moldada com fôrmas
plásticas.

81
Exemplo de laje nervurada
moldada no local, com
enchimento de bloco de
concreto celular autoclavado.

82
Laje Nervurada Protendida

83
Lajes Pré-Fabricadas
Existem alguns tipos no mercado

- nervurada treliçada;

- nervurada convencional;

- nervurada protendida;

- alveolar protendida;

- pré-laje;

- steel deck.

84
Laje Pré-Fabricada Treliçada
Lajes pré-fabricadas do tipo treliçada apresentam bom
custo e bom comportamento estrutural e facilidade de
execução. São comumente aplicadas em construções
residenciais de pequeno porte e edifícios de baixa altura.

Armadura espacial da laje treliçada.


85
Nervuras unidirecionais
na
laje treliçada.

86
Laje Pré-Fabricada Treliçada

Aspecto das nervuras pré-fabricadas com


armadura em forma de treliça espacial.

87
Laje Pré-Fabricada Treliçada

Figura – Posicionamento das


nervuras pré-fabricadas de laje
treliçada.

Aspecto inferior de laje


treliçada com enchimento em
isopor.

88
Laje Pré-Fabricada Treliçada

Laje treliçada pré-fabricada com


enchimento cerâmico e isopor (EPS)
para melhor isolamento térmico.

89
Laje Pré-Fabricada Treliçada

Laje treliçada pré-fabricada com


enchimento cerâmico e isopor (EPS)
para melhor isolamento térmico.

90
Laje Pré-Fabricada Protendida

Lajes pré-fabricadas com


nervuras protendidas e
enchimento com blocos
cerâmicos.

91
Laje Pré-Fabricada Protendida

Fabricação das nervuras protendidas em pista de protensão.


92
Lajes pré-fabricadas.

93
Laje Pré-Fabricada Protendida

94
Laje Pré-Fabricada Protendida

Escoramento de laje pré-fabricada


com pontaletes de eucalipto.

Laje pré-fabricada protendida com


enchimento de blocos cerâmicos.

95
Laje Pré-Fabricada Protendida

Laje pré-fabricada com enchimento de


bloco de concreto.

Escoramento de laje pré-fabricada


com pontaletes metálicos.

96
Laje Pré-Fabricada Protendida

Laje pré-fabricada apoiada em


vigas metálicas.

97
Laje Pré-Fabricada Alveolar

Há longos anos existem também as lajes alveolares protendidas,


largamente utilizadas nas construções de concreto pré-moldado.

Laje alveolar de concreto protendido.

98
Viga

- “São elementos lineares em que a flexão é preponderante”.


- São elementos de barras, normalmente retas e horizontais.
Recebem ações (cargas) das lajes, de outras vigas, de paredes
de alvenaria, e eventualmente de pilares, etc.
- A função é basicamente vencer vãos e transmitir as ações nelas
atuantes para os apoios, geralmente os pilares.
- As ações (concentradas ou distribuídas) são geralmente
perpendicularmente ao seu eixo longitudinal. Mas podem
receber forças normais de compressão ou de tração, na
direção do eixo longitudinal.
- As vigas também fazem parte da estrutura de
contraventamento responsável por proporcionar a estabilidade
global dos edifícios às ações verticais e horizontais.

99
VIGA TRANSVERSAL
VIGA

PILARES

p2 F
p1

Figura – Viga reta de concreto.


VS1 = VS3 (19 x 60)

4 N3

N1-24c/23 N1-14c/11 N1-14c/11 N1-24c/23


1 N5
154 154 4 N4

2 x 4 N6

A 2 N7

P1 P2 P3
2 N8
40 40
225 225 15
N3 - 412,5 C = 450
35

35
N2 - 210 C = 576 N2 - 210 C = 576
135 135
N4 - 412,5 C = 270 (2° cam) 56

135 135
N5 - 110 C = 270 (3° cam)
N1 - 76  5 mm C=152

N6 - 2 x 44,2 CORR
203 203
N7 - 212,5 C = 468 N7 - 212,5 C = 468
10

10
N8 - 212,5 C = 742 N8 - 212,5 C = 742
63 63
14

14
A
N9 - 2  6,3 C = 140 N9 - 2  6,3 C = 140

Exemplo de armação de uma viga contínua.

101
Figura – Construção de pequeno porte em
execução mostrando vigas com pequena
altura, sem projeto.

102
Figura – Construção de pequeno
porte com estruturação em
concreto armado.

103
Figura – Escada de edifício
com lajes maciças apoiadas
em vigas.

104
Figura – Vistas de vigas internas
para apoio de lajes pré-fabricadas
e paredes do pavimento superior
de sobrado.

105
Figura – Viga em balanço para
apoio de telhado em sobrado.

Figura – Vista de vigas


internas do pavimento
superior de sobrado.

106
Figura – Vistas de vigas
internas do pavimento
superior de sobrado.

107
Figura – Escada em balanço
com peças pré-fabricadas
de concreto.

108
Figura – Trançado exagerado de vigas do
pavimento superior de sobrado.
109
Figura – Vigas baldrames de
residência com três fiadas de
tijolos revestidos com
argamassa impermeabilizante.

110
Figura – Produto aplicado nos
tijolos sobre as vigas
baldrames.

111
Figura – Detalhe dos tijolos
sobre as vigas baldrames.

112
Figura – Corte em viga para
passagem de tubulação.

113
Figura – Detalhe da escada e
vigas do pavimento superior.

114
Figura – Detalhe de vigas e
viga com mudança de direção.

115
Figura – Viga com mudança
de direção e viga para apoio de
telhado.

116
Figura – Vigamento e detalhe
de escada.

117
Figura – Detalhe dos degraus
da escada apoiados no centro.

118
Figura – Detalhes da escada.

119
Figura – Vigamento do
sobrado e tubulações de água
e esgoto.

120
Pilar

- “São elementos lineares de eixo reto, usualmente dispostos na


vertical, em que as forças normais de compressão são
preponderantes”.
- Transmitem as ações às fundações, mas podem também
transmitir para outros elementos de apoio.
- As ações são provenientes geralmente das vigas, bem como de
lajes também.
- São os elementos estruturais de maior importância nas estruturas
(capacidade resistente dos edifícios e segurança).
- Comumente fazem parte do sistema de contraventamento
responsável por garantir a estabilidade global dos edifícios às
ações verticais e horizontais.

121
VIGA
PILAR

Figura - Pilar.
Armadura de pilar.

123
Pilar de edifício.

124
Figura – Pilar de edifício.
125
Figura – Pilares em
construção.

126
Figura – Pilares em construção.

127
Figura – Pilares em edifício.

128
Figura – Armação junto ao pilar.
129
Figura – Primeiro lance de pilar
de edifício.

130
Figura – Primeiro lance de pilar
de edifício.

131
Figura – Pilares em edifício.

132
Figura – Pilares em
construção com fôrmas pré-
fabricadas e cura com sacos de
pano úmidos.

133
Figura – Concretagem de pilar com auxílio de
caminhão com guincho.
134
Figura – Detalhe de pilares em
edifícios.

135
Figura – Pilar moldado com fôrma de papelão
e pilar sob estrutura metálica.
136
Figura – Exemplos de pilares.

137
Figura – Exemplos de pilares.

138
Figura – Pilar de edifício de pavimentos.
139
NORMAS TÉCNICAS
140

Principal norma
brasileira para projeto
de estruturas de
Concreto Armado e
Concreto Protendido:

 A esta Norma cabe definir os critérios gerais que regem o projeto das
estruturas de concreto, sejam elas de edifícios, pontes, obras hidráulicas, portos
ou aeroportos etc. Assim, ela deve ser complementada por outras normas que
estabeleçam critérios para estruturas específicas.
NORMAS TÉCNICAS
141

 Esta Norma estabelece os requisitos básicos exigíveis para o projeto de


estruturas de concreto simples, armado e protendido, excluídas aquelas em que
se empregam concreto leve, pesado ou outros especiais.

 Esta Norma aplica-se às estruturas de concretos normais, identificados por:


 massa específica seca maior do que 2.000 kg/m³, não excedendo 2.800
kg/m³;
 do grupo I de resistência (C20 a C50) e do grupo II de resistência (C55 a
C90), conforme classificação da ABNT NBR 8953.

 Entre os concretos especiais excluídos desta Norma estão o concreto-massa e o


concreto sem finos.
NORMAS TÉCNICAS
142

 Esta Norma não inclui requisitos exigíveis para evitar os


estados-limites gerados por certos tipos de ação, como
sismos, impactos, explosões e fogo.
 Para ações sísmicas, consultar a ABNT NBR 15421;
 Para ações em situação de incêndio, consultar a ABNT NBR 15200.
NORMAS TÉCNICAS
143

 MANUTENÇÃO E DESEMPENHO
 ABNT NBR 5674, Manutenção de edificações – Requisitos para o sistema de gestão de manutenção
 ABNT NBR 15575, Edificações Habitacionais - Desempenho

 PROJETO E EXECUÇÃO
 ABNT NBR 9062, Projeto e execução de estruturas de concreto pré-moldado
 ABNT NBR 12655, Concreto de cimento Portland – Preparo, controle e recebimento – Procedimento
 ABNT NBR 14859-2, Laje pré-fabricada – Requisitos – Parte 2: Lajes bidirecionais
 ABNT NBR 14931, Execução de estruturas de concreto – Procedimento
 ABNT NBR 15200, Projeto de estruturas de concreto em situação de incêndio
 ABNT NBR 15421, Projeto de estruturas resistentes a sismos – Procedimento

 AÇÕES E CARGAS
 ABNT NBR 6120, Cargas para o cálculo de estruturas de edificações – Procedimento
 ABNT NBR 6123, Forças devidas ao vento em edificações – Procedimento
 ABNT NBR 8681, Ações e segurança nas estruturas – Procedimento
NORMAS TÉCNICAS
144

 CIMENTO E AGREGADOS
 ABNT NBR 5732, Cimento Portland comum – Especificação
 ABNT NBR 5733, Cimento Portland de alta resistência inicial – Especificação
 ABNT NBR 5735, Cimento Portland de alto-forno – Especificação
 ABNT NBR 5736, Cimento Portland pozolânico – Especificação
 ABNT NBR 5737, Cimento Portland resistente a sulfatos – Especificação
 ABNT NBR 11578, Cimento Portland composto – Especificação
 ABNT NBR 12989, Cimento Portland branco – Especificação
 ABNT NBR 12654, Controle tecnológico de materiais componentes do concreto –
Procedimento
 ABNT NBR 13116, Cimento Portland de baixo calor de hidratação – Especificação
 ABNT NBR 15577-1, Agregados – Reatividade álcali-agregado – Parte 1: Guia
para avaliação da reatividade potencial e medidas preventivas para uso de
agregados em concreto
NORMAS TÉCNICAS
145

 CONCRETO
 ABNT NBR 5738, Concreto – Procedimento para moldagem e cura de corpos de
prova
 ABNT NBR 5739, Concreto – Ensaio de compressão de corpos de prova cilíndricos
 ABNT NBR 7222, Concreto e argamassa – Determinação da resistência à tração por
compressão diametral de corpos de prova cilíndricos
 ABNT NBR 8522, Concreto – Determinação do módulo estático de elasticidade à
compressão ou por solda – Determinação da resistência à tração – Método de
ensaio
 ABNT NBR 8953, Concreto para fins estruturais – Classificação pela massa
específica, por grupos de resistência e consistência
 ABNT NBR 12142, Concreto – Determinação da resistência à tração na flexão de
corpos de prova prismáticos
 ABNT NBR NM 67, Concreto – Determinação da consistência pelo abatimento do
tronco de cone
NORMAS TÉCNICAS
146

 AÇO
 ABNT NBR 6004, Arames de aço – Ensaio de dobramento alternado – Método de ensaio
 ABNT NBR 6153, Produtos metálicos – Ensaio de dobramento semi-guiado – Método de ensaio
 ABNT NBR 6349, Barras, cordoalhas e fios de aço para armaduras de protensão – Ensaio de tração
 ABNT NBR 7480, Aço destinado a armaduras para estruturas de concreto armado – Especificação
 ABNT NBR 7481, Tela de aço soldada – Armadura para concreto – Especificação
 ABNT NBR 7482, Fios de aço para estruturas de concreto protendido – Especificação
 ABNT NBR 7483, Cordoalhas de aço para estruturas de concreto protendido – Especificação
 ABNT NBR 7484, Barras, cordoalhas e fios de aço destinados a armaduras de protensão – Método
de ensaio de relaxação isotérmica
 ABNT NBR 8548, Barras de aço destinadas a armaduras para concreto armado com emenda
mecânica
 ABNT NBR 8965, Barras de aço CA 42 S com características de soldabilidade destinadas a
armaduras para concreto armado – Especificação
 ABNT NBR ISO 6892-1, Materiais metálicos – Ensaio de tração – Parte1: Método de ensaio à
temperatura ambiente
NORMAS TÉCNICAS
147

 Outras normas INTERNACIONAIS importantes:

 MC-90 - COMITÉ EURO-INTERNATIONAL DU BÉTON (CEB)


 Eurocode 2/2005 - EUROPEAN COMMITTEE
STANDARDIZATION
 ACI 318/11 - AMERICAN CONCRETE INSTITUTE
REFERÊNCIAS
148

 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT/ NBR 6118. Projeto


de estruturas de concreto - Procedimento. Rio de Janeiro, Brasil. 2014.
 CARVALHO, R. C. FIGUEIREDO,J. R. Cálculo e detalhamento de estruturas
usuais de concreto armado. Editora: EdUFSCar, 2014.
 FUSCO, P.B. Estruturas de Concreto Solicitações Normais. Guanabara
Koogan.
ESTRUTURAS DE CONCRETO I
149

 PRÓXIMA AULA:

 AULA 02 - Características e propriedades do concreto e do aço

OBRIGADO!

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