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VIGAS: DIMENSIONAMENTO:

Flexão e Cisalhamento
AULA 04
Flexão

AULA 04
CONCRETO ARMADO I

1.0 CONCEITOS FUNDAMENTAIS: CONCRETO ARMADO

Região de Região de
tração compressão

LN

Elemento Estrutural com Distribuição de esforços na


Carregamentos Externos Seção.

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CONCRETO ARMADO I

1.0 CONCEITOS FUNDAMENTAIS: CONCRETO ARMADO

 Em função do efeito de flexão,


dependendo de sua intensidade, podem
ocorrer fissuras na parte inferior da seção
transversal.
 Tais fissuras são decorrentes dos esforços de
tração.
 Consequentemente, para aumentar a resistência
do elementos estrutural a esse esforço, se faz a
introdução de um material que tenha boa
resistência à tração, como o Aço (Armadura
Longitudinal).
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CONCRETO ARMADO I

1.0 CONCEITOS FUNDAMENTAIS: CONCRETO ARMADO


 A determinação da armadura necessária para
resistir a um momento fletor é um dos mais
importantes processos no detalhamento de um
elemento estrutural.

 O dimensionamento é executado impondo-se


que na seção transversal mais solicitada
sejam alcançadas as deformações-limite
específica dos materiais.

 O estado-limite último pode ocorrer tanto


pela ruptura do concreto comprimido quanto
pela deformação excessiva da armadura
tracionada.
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CONCRETO ARMADO I
1.1 DOMÍNIOS DE DEFORMAÇÃO NA RUÍNA

 A ruína de uma dada seção transversal por flexão é


caracterizada pela deformação específica de cálculo
do concreto e/ou do aço que atingem seus valores
últimos.

 Deformação última do concreto: ( ): 0,35%;

 Deformação última do aço: : 1,0%.

 No primeiro caso a ruína se dá por


ruptura do concreto.
 No segundo caso, a ruína se dá por
deformação excessiva do aço.
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CONCRETO ARMADO I
1.2 DOMÍNIOS DE DEFORMAÇÃO NA RUÍNA

 O conjunto de deformações específicas do concreto


e do aço, ao longo de uma seção transversal
retangular definem 3 domínios de deformação,
básicos.

 Os domínios de deformação representam as diversas


possibilidades de ruína da seção a cada par de
deformação específica do concreto e aço ,
respectivamente.

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CONCRETO ARMADO I
1.2.1 Domínio 2

 Diagramas de deformação que apresenta compressão na


borda superior e tração na borda inferior.
 = 1,0% ;
 0≤ ≤ 0,35% ;

0 ≤ X < 0,259d

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CONCRETO ARMADO I
1.2.2 Domínio 3
 = 0,35% ;
 1% ≤ ≤ .;
 Nesse caso, tanto o concreto quanto o aço trabalham
em suas resistências de cálculo.
 Há aproveitamento máximo dos materiais.
 A ruína se com aviso, com deslocamento visíveis e
intensa fissuração.

0,259 . d ≤ X < 0,438d

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CONCRETO ARMADO I
1.2.3 Domínio 4
 = 0,35% ;
 0% ≤ ≤
 O concreto encontra-se na ruptura, mas o aço
tracionado ainda não atingiu o escoamento.

X ≥ 0,438.d

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CONCRETO ARMADO I
1.3 TABELAS PARA ARMADURA SIMPLES

 Para facilitar o cálculo manual nos domínios 2 e 3 pode-


se adotar a Tabela 1.1

 Coeficiente kc:

 Coeficiente ks:

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Cisalhamento

AULA 04
CONCRETO ARMADO I
1.0 Conceitos Iniciais

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CONCRETO ARMADO I
1.0 Conceitos Iniciais
 As vigas em geral, são
submetidas simultaneamente
a momento fletor e
ESFORÇO CORTANTE.

 Em vigas de concreto armado,


OS ESTRIBOS apresentam-se
como principal elemento
resistente ao esforço
cortante.

 Entretanto, a parcela
colaborante do concreto não
pode ser dispensada
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CONCRETO ARMADO I
1.0 Conceitos Iniciais

 A NBR 6118 admite dois modelos de cálculo para


dimensionamento ao cisalhamento.
 O modelo I, adotado aqui pressupõe:
 Bielas de compressão com ângulo igual a 45º.
 Parcela absorvida pelo concreto constante,
independentemente de Vsd.

 Vsd: é a força cortante de cálculo na seção.

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CONCRETO ARMADO I
1.1 Biela de Compressão
 No caso de seções transversais muito pequenas para
as solicitações atuantes, as tensões principais de
compressão podem atingir valores elevados,
incompatíveis com a resistência do concreto à
compressão.
 Nesse caso, tem-se a ruptura por
esmagamento do concreto.
 A ruptura da diagonal comprimida determina o limite
superior da capacidade resistente da viga à força
cortante, limite esse que depende, portanto, da
resistência do concreto à compressão.
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CONCRETO ARMADO I
1.1 Biela de Compressão

Região de esmagamento do concreto


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CONCRETO ARMADO I
2.0 Roteiro de Cálculo

 1º ) Verificação dos esforço de compressão no


concreto (Biela de compressão);

 2º ) Verificação da capacidade resistente do concreto


quanto ao cisalhamento (Vc);

 3º) Verificação do esforço cortante a ser resistido


pela armadura (Vsw).
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CONCRETO ARMADO I
2.1 Verificação da Biela de Compressão

 Independente da taxa de armadura transversal, deve-


se verificar a condição:

 Vsd ≤ VRd2 VRd2 = 0,27. ∝ . . .

∝ =1− fck em kN/cm²

Vsd = é a força solicitante de cálculo.


VRd2 = força cortante resistente de cálculo do concreto

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CONCRETO ARMADO I
2.2 Cálculo da Armadura Transversal

 Independente da taxa de armadura transversal, deve-


se verificar a condição:

 Vsd ≤ VRd3 VRd3 = Vc + Vsw

Vc = resistência ao cisalhamento da seção transversal sem armadura.


Vsw = parcela de cisalhamento absorvida pela armadura.
VRd3 = força cortante resistente de cálculo.

Para efeitos de cálculo, tem-se: VRd3 = Vsd; Então: Vsw = Vsd - Vc


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CONCRETO ARMADO I
2.2 Cálculo da Armadura Transversal

 Vc = 0,09 ∗ . .

Fck= em MPa.
* Medidas em mm

 Vsw = . , . .(senα+cos α)

Asw = é a área de todos os ramos da armadura transversal.


s = espaçamento da armadura transversal
Fywd = tensão da armadura (43,5kN/cm²)
α = ângulo da armadura transversal em relação ao eixo horizontal
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CONCRETO ARMADO I
2.2 Cálculo da Armadura Transversal

 Vsw = . , . . .(senα+cos α)
 Em geral adotam-se estribos verticais (α = 90º) e o
problema consiste em determinar a área de estribos
por unidade de comprimento (asw), ao longo da viga:
 =

Nessas condições tem-se:


Vsw= . , .
= (em cm²/cm)
, . .
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CONCRETO ARMADO I
2.3 Armadura Mínima

asw,min= p.bw

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CONCRETO ARMADO I
2.4 Disposições Construtivas

 Diâmetro do estribo:
 Espaçamento entre estribos:
 Mínimo:
 Máximo:

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CONCRETO ARMADO I
2.4 Disposições Construtivas

 Ancoragem :

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CONCRETO ARMADO I

Mãos à obra

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CONCRETO ARMADO I
REFERÊNCIAS

 CARVALHO, Roberto C. Cálculo e Detalhamento


de Estruturas Usuais de Concreto. Edufscar.
2003.

 PINHEIRO, Libânio. Fundamentos do Concreto e


Projeto de Edifícios. Escola de Engenharia de São
Carlos. Universidade de São Paulo. 2007.

 BASTOS, Paulo S. Flexão Normal Simples.


Universidade Estadual Paulista. 2015.
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