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Prof.

Cristiano Eduardo Antunes

LAJES SEM VIGAS


INTRODUÇÃO
 Em sistemas convencionais, as lajes sem
apoiam em vigas, que por sua vez se apoiam
em pilares
 Pode-se dispor de um arranjo estrutural onde
as lajes apoiam-se diretamente nos pilares
 Na ligação das lajes com o pilar passa a
atuar uma força cortante de grande
intensidade, gerando altas tensões de
cisalhamento, fenômeno chamado de punção
LAJES LISAS
LAJES COGUMELO
LAJES LISAS

 Podem ser maciças ou nervuradas


VANTAGENS E DESVANTAGENS
 Vantagens:
 Simplificação das formas e cimbramentos
 Simplificação das armaduras

 Simplificação da concretagem

 Redução da altura total do edifício

 Desvantagens:
 Possibilidade de punção
 Deslocamentos

 Instabilidade global do edifício


MÉTODOS DE CÁLCULO À FLEXÃO
 Método direto
 Método dos pórticos equivalentes:
MÉTODOS DE CÁLCULO À FLEXÃO
 Analogia de grelha:
MÉTODOS DE CÁLCULO À FLEXÃO
 Método dos elementos finitos
MÉTODOS DE CÁLCULO À FLEXÃO
 Método dos elementos finitos
DETALHAMENTO DA ARMADURA DE FLEXÃO
ARMADURA CONTRA O COLAPSO PROGRESSIVO

𝑓𝑦𝑑 ∙ 𝐴𝑠,𝑐𝑐𝑝 ≥ 1,5 ∙ 𝐹𝑆𝑑

 As,ccp é o somatório de todas as áreas das barras inferiores que


cruzam cada uma das faces do pilar
 FSd reação do pilar, podendo ser calculada com γf igual a 1,2
PUNÇÃO
 A punção em uma placa é a sua perfuração
devido às altas tensões de cisalhamento
provocadas por forças concentradas agindo
em pequenas áreas
 A ruptura devido à punção é abrupta e frágil

 Logo, os elementos devem ser


dimensionados de forma que o ELU, se
atingido, seja por flexão
PUNÇÃO
 O modo como a laje rompe à punção varia
conforme a posição do pilar
PUNÇÃO
 No caso de lajes carregadas simetricamente,
a superfície de rompimento apresenta-se em
um ângulo de 30 a 35°
PUNÇÃO
 Soluções para o fenômeno da punção:
 Aumentar a espessura das lajes no todo ou em
parte
 Aumentar a seção transversal da região do pilar
sob a laje
 Dispor vigas nas bordas do pavimento ou dotar as
lajes de balanços
 Projetar armadura específica para combater as
tensões
MODELO DE CÁLCULO
 Varia de acordo com a posição do pilar e os
esforços atuantes
 Consiste na verificação do cisalhamento
em dois ou mais contornos críticos
definidos no entorno do pilar
 A verificação é feita através da comparação
de tensões atuantes e tensões resistentes
 Caso o concreto não resista às tensões
atuantes, dispõem-se armaduras
específicas
MODELO DE CÁLCULO
 A primeira verificação é feita no contorno crítico C
 A segunda verificação é feita no contorno crítico C’
 Caso a verificação no contorno C’ não atenda, será
necessária armadura, devendo ser verificado o
contorno C’’
MODELO DE CÁLCULO
 Pilares internos com carregamento simétrico
 Tensão atuante:

𝐹𝑆𝑑 𝑑𝑥 + 𝑑𝑦
𝜏𝑆𝑑 = 𝑑=
𝑢∙𝑑 2
FSd = reação concentrada de cálculo
d = altura útil média da laje
u = perímetro do contorno crítico em questão
𝜏𝑆𝑑 = tensão solicitante em um determinado contorno
crítico
MODELO DE CÁLCULO
 Pilares internos sem efeito de momento
 Tensão resistente no contorno C (junto ao pilar):

𝜏𝑆𝑑 ≤ 𝜏𝑅𝑑2 = 0,27 ∙ 𝛼𝑣2 ∙ 𝑓𝑐𝑑

𝑓𝑐𝑘
𝛼𝑣2 =1− (com fck em MPa)
250
MODELO DE CÁLCULO
 Pilares internos sem efeito de momento
 Tensão resistente no contorno C’ sem armadura
de punção
(distante 2 ∙ d do contorno do pilar):

𝜏𝑆𝑑 ≤ 𝜏𝑅𝑑1 = 0,13 ∙ 1 + 20 𝑑 ∙ 100 ∙ 𝜌 ∙ 𝑓𝑐𝑘 1/3

𝜌= 𝜌𝑥 ∙ 𝜌𝑦

𝜌 = taxa geométrica de armadura de flexão aderente


d em cm, fck e 𝜏𝑅𝑑1 em MPa
MODELO DE CÁLCULO
 Pilares internos sem efeito de momento
 Tensão resistente no contorno C’ COM armadura de
punção:

𝜏𝑅𝑑1
𝜏𝑆𝑑 − 1,3 ∙ 𝑢 ∙ 𝑠𝑟
𝐴𝑠𝑤 =
1,5 ∙ 𝑓𝑦𝑤𝑑

Asw = área de armadura em um contorno completo


paralelo a C’
sr = espaçamento radial entre linhas de armadura de
punção, ≤ 0,75 ∙ d
MODELO DE CÁLCULO
 Pilares internos sem efeito de momento
 Tensão resistente no contorno C’ COM armadura de
punção:
fywd para lajes com espessura (h) maior que 15 cm:

𝑓𝑦𝑤𝑑 = 0,925 ∙ ℎ + 11,125

25𝑘𝑁/𝑐𝑚² ≤ 𝑓𝑦𝑤𝑑 ≤ 45𝑘𝑁/𝑐𝑚²

h: altura da laje em centímetros


fywd em kN/cm²
MODELO DE CÁLCULO
 Pilares internos sem efeito de momento
 Tensão resistente no contorno C’ COM armadura de
punção:
Dispõe-se armadura em contornos paralelos a C’, até
que, em um contorno C’’ afastado 2 ∙ d do último
contorno de armaduras, 𝜏𝑆𝑑 ≤ 𝜏𝑅𝑑1
No caso estudado, esse contorno encontra-se à
distância m da face do pilar:

𝐹𝑆𝑑 a e b são as
−2∙𝑎−2∙𝑏 dimensões do
𝜏𝑅𝑑1 ∙ 𝑑
𝑚= pilar
2∙𝜋
DETALHAMENTO DA ARMADURA DE PUNÇÃO
DETALHAMENTO DA ARMADURA DE PUNÇÃO
DETALHAMENTO DA ARMADURA DE PUNÇÃO

 Armadura em estribos
DETALHAMENTO DA ARMADURA DE PUNÇÃO

 Armadura em barras verticais


DETALHAMENTO DA ARMADURA DE PUNÇÃO

 Armadura em perfis ou conectores


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS


TÉCNICAS. NBR 6118: Projeto de estruturas de
concreto. Rio de Janeiro, 2014.
 CARVALHO, Roberto Chust. PINHEIRO, Libânio
Miranda. Cálculo e detalhamento de estruturas
usuais de concreto armado. v2. São Paulo:
Pini, 2007

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