Você está na página 1de 14

Influência do Tamanho do Pilar na Resistência à Punção de Lajes Lisas

de Concreto Armado
Influence of Column Size in the Punching Resistance of RC Flat Slabs

Manoel J. M. Pereira Filho (1); Douglas F. A. Santos (1); Antônio C. C. Magalhães (2);
Aarão F. Lima Neto (3); Bernardo N. Moraes Neto (4); Mauricio P. Ferreira (4).

(1) Mestrando em Engenharia Civil, Universidade Federal do Pará.


(2) Graduando em Engenharia Civil, Universidade Federal do Pará.
(3) Professor, Faculdade de Engenharia Civil, CAMTUC, Universidade Federal do Pará
(4) Professor, Instituto de Tecnologia, Universidade Federal do Pará
Rua Augusto Corrêa, No.1, Guamá – Belém – Pará CEP: 66075-970, mpina@ufpa.br, bnmn@hotmail.com

Resumo
Este artigo avalia a influência do tamanho do pilar na resistência à punção de lajes lisas de concreto armado
sem armaduras de cisalhamento. Nestas análises, foram consideradas as recomendações das normas
NBR 6118 (2014), ACI 318 (2014), Eurocode 2 (2010) e fib Model Code 2010 (2011), as quais são avaliadas
em função de um vasto banco de dados, formado à partir da seleção de 157 resultados experimentais de
ensaios em lajes diferentes características a fim de cobrir uma gama de parâmetros usuais na prática de
projeto. Neste estudo, a dimensão do pilar é avaliada em função do parâmetro c/d, que relaciona a
dimensão do pilar c (lado/diâmetro) e a altura útil da laje d, e o dimensionamento é discutido a partir do
parâmetro λ=Vexp/Vteo, sendo Vexp a carga experimental observada no ensaio e Vteo a carga teórica fornecida
pelos códigos de projeto. Ressalta-se que o banco de dados abrange resultados de lajes com relação c/d
variando de 0,5 a 8. Nas análises discute-se a influência de c/d sobre λ, abordando aspectos relacionados à
precisão, à dispersão e ao nível de conservadorismo das respostas. Adicionalmente, é apresentada uma
adaptação do critério de penalidade proposto por COLLINS (2001), o Demerit Points Classification – DPC,
que analisa o parâmetro λ das propostas de cálculo. Os resultados indicam um impacto da relação c/d sobre
λ, conduzindo na NBR 6118 (2014) a resultados contra a segurança à medida que c/d aumenta. Destaca-se
que o Model Code 2010 e o Eurocode 2 são as propostas menos afetadas.
Palavra-Chave: Concreto Armado, Laje lisa, Punção.

Abstract
This article assesses the influence of the size of the column in the resistance to puncture flat slabs of
reinforced concrete without shear reinforcement. The analyzes are considered the recommendations of NBR
6118 standards (2014), ACI 318 (2014), Eurocode 2 (2010) and fib Model Code 2010 (2011), which are
assessed against a vast database, formed the from the selection of 157 experimental test results on different
slabs features to cover a range of parameters in the usual design practice. In this study, the extent of the
pillar is evaluated as a function of the parameter c / d, which relates the size of the c-pillar (side / diameter)
and the useful height of the slab d, and the scaling is discussed as Vexp = the parameter λ / Vteo, Vexp and
the experimental load observed in this trial and Vteo the theoretical load provided by the design codes. It is
noteworthy that the database includes results slabs with respect c / d ranging from 0.5 to 8. In the analyzes
we discuss the influence of c / d on λ, addressing aspects related to the accuracy, dispersion and level
conservatism of the answers. In addition, we present an adaptation of the penalty criterion proposed by
COLLINS (2001), the Demerit Points Classification - DPC, which analyzes the parameter λ of calculation
proposals. The results indicate an impact on the ratio c / d of λ, leading NBR 6118 (2014) the results to the
security as c / d increases. It is noteworthy that the Model Code 2010 and Eurocode 2 are the proposals less
affected.
Keywords: Reinforced concrete, Flat slabs, Punching.

ANAIS DO 57º CONGRESSO BRASILEIRO DO CONCRETO - CBC2015 – 57CBC 1


1 Introdução
As Lajes lisas, bastante empregadas na Europa e Estados Unidos, estão se
popularizando no Brasil, pois seu processo construtivo proporciona vantagens como a
flexibilidade do layout e economia com formas e mão-de-obra. Porém está sujeita a
punção, que se caracteriza como um modo de ruptura frágil devida à carga concentrada
em uma pequena área da laje, semelhante ao cisalhamento em vigas, porem em forma de
cone.

Normalmente, na verificação da punção em lajes lisas as normas recomendam que a


força resistente seja determinada a partir de uma tensão resistente aplicada em um
perímetro de controle estipulado conforme a recomendação. Durante a etapa de projeto é
possível adotar algumas medidas para evitar este tipo de ruptura, como aumentar a altura
da laje, a taxa de armadura de flexão, a resistência do concreto ou a seção do pilar.

Embora o perímetro de controle aumente com o aumento da seção de um pilar


quadrado,MOE (1961) observou uma concentração de esforços cortantes nos cantos do
pilar quadrado medindo as deformações verticais no pilar, próximo a superfície da laje,
como mostra a Figura 1.

Figura 1 – Deformações verticais nos pilares da laje R2 de Moe (Adaptado de MOE (1961))

VANDERBILT (1972) buscou avaliar a possível diminuição da resistência à punção devida


a essa concentração de tensões observada por Moe com uma serie de ensaios com
pilares quadrados e circulares variando a relação do seu tamanho com a altura útil da laje.
Concluindo que lajes apoiadas em pilares circulares resistem mais que lajes apoiadas em
pilares quadrados de igual perímetro, devida a diferença na distribuição das tensões dos
pilares. A Figura 2a mostra as deformações em um pilar quadrado e a Figura 2bem um
pilar circular.

ANAIS DO 57º CONGRESSO BRASILEIRO DO CONCRETO - CBC2015 – 57CBC 2


a) Deformações nos pilares quadrados b) Deformações nos pilares circulares
Figura 2 – Diferença de deformações verticais em pilares diferentes (Adaptado de VANDERBILT (1972))

Baseado nas conclusões de Vanderbilt as recomendações de CEB-FIP MC78 (1978) e


NBR 6118 (1978) buscaram considerar a perda de resistência para lajes apoiadas em
pilares quadrados simplesmente reduzindo o perímetro de controle de lajes com elevado
valor da relação lado do pilar/altura útil (C/d), como exemplifica a Figura 3. Tais
recomendações não são mais aplicadas nas principais normas correntes no mundo,
talvez por admitir que essa distribuição de tensões represente bem o comportamento
linear elástico, podendo haver um nível de distribuição de tensões após a fissuração.

Figura 3 – Perímetro de controle a punção segundo o CEB-FIP MC78 (1978)

SAGASETA et al. (2014) observou, em analises computacionais não lineares, que para
lajes com relação C/d=1 a concentração dos esforços nos cantos dos pilares de lajes não
é tão evidente, enquanto que para lajes com C/d=4 torna-se perceptível a concentração

ANAIS DO 57º CONGRESSO BRASILEIRO DO CONCRETO - CBC2015 – 57CBC 3


nos cantos dos pilares. Mostrando assim que o fenômeno tem diferentes graus de
influência conforme se varia C/d.

a) C/d= 1 b) C/d = 4
Figura 4 – Campo de tensões e distribuição de esforções normais no perímetro de 0,5d do pilar.
fonte: SAGASETA et al.(2014)

2 Recomendações Normativas
2.1 ACI 318 (2014)
Para o dimensionamento a punção de lajes lisas o ACI recomenda que a resistência à
punção seja determinada a partir de uma tensão resistente aplicada em um perímetro de
controle, afastado do pilar a uma distancia de d/2 passando no meio de uma fissura de
45º, ao longo da altura útil. A Figura 5 mostra um perímetro de controle correspondente ao
recomendado pelo ACI.

Figura 5 – Perímetro de controle a punção segundo o ACI 318-14

Para o ACI, a tensão resistente à punção é função apenas da raiz da resistência à


compressão do concreto. Assim a resistência à punção de uma laje sem armadura de
cisalhamento pode ser estimada, de forma empírica, pela Equação 1.

0,33 ∙ ∙ ∙ (Equação 1)

ANAIS DO 57º CONGRESSO BRASILEIRO DO CONCRETO - CBC2015 – 57CBC 4


Onde:
fc é a resistência à compressão do concreto limitada ao valor máximo de 69 MPa;
u1 é o perímetro de controle segundo o ACI;
d é a altura útil da laje.

2.2 Eurocode 2 (2010)


O Eurocode, igualmente ao ACI, prevê a resistência à punção aplicando uma tensão
resistente em uma área determinada a partir de um perímetro de controle, porem esse
perímetro é posicionado ao fim da fissura de punção, considerando o ângulo de 26,6º, ou
seja, com um afastamento de 2d em relação ao pilar, como exemplificado na Figura 6.

Figura 6 – Perímetro de controle segundo Eurocode 2-10

Para encontrar a tensão resistente, o Eurocode utiliza a mesma recomendação empírica


para prever a resistência de vigas, a qual considera efeitos de escala e taxa de armadura
de flexão, além da resistência a compressão do concreto utilizada pelo ACI. A resistência
à punção sem armaduras de cisalhamento pode ser obtida através da Equação 2.

0,18 ∙ ∙ 100 ∙ ∙ ∙ ∙ ∙ ∙ (Equação 2)


Onde:
k é a parcela do efeito de escala obtida através de 1 200⁄ 2, d em mm;
ρ é a media da taxa de armadura nas duas direções calculado por ∙ 0,02,
onde ρx e ρy são as taxas de armadura de flexão da laje nos sentidos x e y, levando em
consideração apenas uma faixa de laje igual à base do pilar mais 3dpara cada lado.
fc é resistência à compressão do concreto;
u1 é o perímetro de controle afastado em 2d do pilar;
d é a altura útil da laje.
vmin é a tensão resistente mínima para o caso de taxas de armadura de flexão muito
baixas. Obtida através de 0,035 ∙ ∙

ANAIS DO 57º CONGRESSO BRASILEIRO DO CONCRETO - CBC2015 – 57CBC 5


2.3 NBR 6118 (2014)
Igualmente ao Eurocode, a NBR 6118 tem suas recomendações à punção baseadas no
CEB-FIP MC 90 (1993). Assim, para a verificação da resistência de lajes sem armadurade
combate à punção (VRc) se dá pela Equação 2, porem sem as limitações para a taxa de
armadura de flexão e para o efeito de escala.

2.4 ETA 12/0454 (2012)


Assim como a NBR, o ETA 12/0454 se assemelha bastante com as recomendações do
Eurocode 2, diferenciando-se delas principalmente por suas regras para o
dimensionamento das armaduras de cisalhamento. Na verificação da ruptura por punção
sem armaduras de cisalhamento utiliza-se a Equação 3.

∙ ∙ 100 ∙ ∙ ∙ ∙ ∙ ∙ (Equação 3)

Onde:
CR é um fator empírico que pode ser obtido através de:
0,18 0,18 ∙ 0,1 ∙ 0,6 0,15
0,02
é a taxa de armadura de flexão respeitando os limites de 0,5 ∙
u0 é o perímetro do pilar.
0,0525 ∙ ∙ ; para 600 mm
vminé a tensão mínima obtida através de ;
0,0375 ∙ ∙ ; para 800
podendo usar interpolação para valores intermediários.

2.6 Comparação entre as Recomendações Normativas


Através de uma simples comparação entre as recomendações acima é possível ter uma
noção do comportamento das equações.Assim como nota-se na simples analise das
equações das normas, na Figura 7 observa-se que não há uma diferença relevante nas
recomendações envolvendo o tamanho relativo do pilar para lajes apoiadas em pilares
quadrados ou pilares redondos, apenas o acréscimo de resistência, devido ao perímetro
de controle maior, dos pilares quadrados.

ANAIS DO 57º CONGRESSO BRASILEIRO DO CONCRETO - CBC2015 – 57CBC 6


a) Pilar Circular b) Pilar Quadrado
Figura 7 – Comparação entre as recomendações

3 Metodologia de Análise
Foi coletado um banco de dados com 247 lajes lisas de diversos autores disponíveis na
literatura. Houve o cuidado na seleção para que todas as lajes tivessem pilares
quadrados, carregamento centrado, ruptura por punção e sem armaduras de
cisalhamento. As faixas dos resultados de cada autor e em resumo do banco de dados
inteiro estão na Tabela 1.

Tabela 1 – Características das lajes do banco de dados


Nº de d ρ C fc
Autor C/d
Lajes (mm) (%) (mm) (MPa)
Tomaszewicz (1993) 13 88 - 275 1,5 - 2,6 150 - 200 64,3 - 119 0,7 - 1,1
Marzouk e Hussein (1991) 17 70 - 120 0,4 - 2,1 150 - 300 30 - 80 1,2 - 3,2
Regan (1986) 23 64 - 200 0,8 - 2,4 54 - 200 11,9 - 53,3 0,5 - 2,6
Base (1966) 20 102 - 124 1 - 1,9 203 14 - 41,4 1,6 - 2
Manterola (1966) 12 107 0,5 - 1,4 100 - 450 24,2 - 39,7 0,9 - 4,2
Moe (1961) 13 114 1,1 - 2,6 152 - 305 20,5 - 35,2 1,3 - 2,7
Elstner e Hognestad (1956) 24 114 - 121 0,5 - 6,9 254 - 356 12,8 - 50,5 2,2 - 3
Mowrer e Vanderbilt (1967) 25 38,1 - 50,8 0,5 - 2,2 152,4 - 406,4 15,51 - 53,78 2-8
Vanderbilt (1972) 9 38,1 1-2 76,2 - 303,4 20,48 - 27,58 2-8
Lips, Ruiz e Muttoni (2012) 4 193 - 353 1,5 - 1,6 130 - 520 30,5 - 42,5 0,7 - 2,3
Birkle e Dilger (2008) 3 124 - 260 1,4 - 1,5 250 - 350 31,4 - 36,2 1,3 - 2
Regan et al. (1979) 10 64 - 200 0,8 - 1,2 80 - 250 21,7 - 37,8 1,3 - 2,6
Rankin e Long (1987) 27 35 - 54 0,4 - 2,9 100 28,3 - 39,6 1,9 - 2,4
Kevin (2000) 6 100 - 500 0,8 - 1 200 - 300 39,4 0,6 - 2
Guandalini e Muttoni (2004) 11 96 - 464 0,3 - 1,5 130 - 520 27,6 - 40,5 1,1 - 1,4
Sundquist e Kinnunen (2004) 3 100 - 125 0,6 - 0,8 150 - 250 24 - 27,2 1,2 - 2,5
Marzouk e Hossin (2007) 8 105 - 163 0,4 - 2,7 250 33 - 70 1,5 - 2,4
Marzouk e Rizk (2009) 11 105 - 313 0,4 - 1,6 250 - 400 35 - 76 1,1 - 2,4
Resumo 247 35 - 500 0,3 - 6,9 52,4 - 520 11,9 - 119 0,5 - 8

ANAIS DO 57º CONGRESSO BRASILEIRO DO CONCRETO - CBC2015 – 57CBC 7


Para a análise dos resultados do banco de dados, foi feita uma analise preliminar do
comportamento da tensão em função de C/d, uma analise da dispersão dos resultados e
será observada a influencia de C/d na relação Vu/Vteo. E por fim as recomendações serão
avaliadas com uma adaptação do critério de COLLINS (2001), o Demerit Points
Classification – DPC, adaptado por MOARES NETO (2013), como pode ser observado na
Tabela 2.

Tabela 2 – Adaptação do critério de COLLINS (2001) – DPC apud MOARES NETO (2013)
Vu/Vteo Classificação Penalidade
<0,50 Extremamente Perigoso 10
[0,5-0,85[ Perigoso 5
[0,85-1,15[ Segurança Apropriada 0
[1,15-2,00[ Conservador 1
2,00 Extremamente Conservador 2

4 Avaliação das recomendações Normativas


A partir da Figura 8, observa-se que de modo geral as equações das normas apresentam
resultados a favor da segurança para lajes com C/d acima de 4.Com exceção da NBR
6118 (Ver Figura 9c), a qual apresenta resultados contra a segurança. As equações das
normas, aparentemente, traduzem bem esse fenômeno por serem equações
experimentais, baseadas em lajes, fundamentalmente, de pilares com relação até C/d = 4
quando a tensão tende a se estabilizar.

Através das Figuras 9 e Figura 10 podemos fazer uma analise da dispersão dos
resultados. De modo geral, as recomendações do EC 2, da NBR e do ETA, por se
basearem na em uma recomendação em comum, apresentam uma dispersão dos seus
resultados aproximada. Na Figura 10 observa-se que a NBR possui muitos resultados
abaixo do limite de segurança, simplesmente por não travar o efeito de escala e a taxa e
armadura de flexão. O ACI se mostrou o mais disperso das recomendações
possivelmente por não considerar a taxa de armadura de flexão em suas previsões.

Na Figura 11 são apresentados gráficos que avaliam a correspondência entre as


estimativas teóricas obtidas com as normas de projeto e as evidências experimentais
disponíveis, tendo-se como parâmetros de avaliação a razão entre a dimensão do pilar e
a altura útil da laje (C/d), a altura útil da laje (d), a resistência à compressão do concreto
(fc) e a taxa de armadura de flexão (ρ).

ANAIS DO 57º CONGRESSO BRASILEIRO DO CONCRETO - CBC2015 – 57CBC 8


a) ACI 318 (2014) b) Eurocode 2 (2010)

c) NBR 6118 (2014) d) ETA (2012)


Figura 8 – Variação de Vu/Vteo em função de C/d

a) ACI 318 (2014) b) Eurocode 2 (2010)

c) NBR 6118 (2014) d) ETA (2012)


Figura 9 – Tendência dos resultados
ANAIS DO 57º CONGRESSO BRASILEIRO DO CONCRETO - CBC2015 – 57CBC 9
Figura 10 – Curva “box and whiskers”

A partir das influencias dos parâmetros, observa-se que os resultados da NBR para C/d
elevado são abaixo da segurança, porem estas lajes são de MOWRER e VANDERBILT
(1967) e VANDERBILT (1972), todas com d menor que 80, as quais sem mantem abaixo
da segurança por não haver os travamentos realizados pelo Eurocode 2 e ETA. Vale
salientar que a média dos resultados do ACI é bastante afetada pela taxa de armadura de
flexão.

Os resultados apresentados na Tabela 3 sugerem que as recomendações do ETA e EC 2


são as mais satisfatórias, pois são as menos penalizadas na classificação. A NBR
apresentou os piores resultados, com a média de seus resultados abaixo da segurança,
logo com a grande parte de seus resultados abaixo da segurança.

ANAIS DO 57º CONGRESSO BRASILEIRO DO CONCRETO - CBC2015 – 57CBC 10


a) Influência do parâmetro C/d.

b) Influência do parâmetro fc

c) Influência do parâmetro d.

d) Influência do parâmetro ρ
Figura 11 – Influência de diversos parâmetros nas previsões das recomendações.
ANAIS DO 57º CONGRESSO BRASILEIRO DO CONCRETO - CBC2015 – 57CBC 11
Tabela 3 – Classificação segundo o critério de COLLINS (2001) – DPC apud MOARES NETO (2013)
Vu/Vteo <0,50 [0,50-0,85] [0,85-1,15] [1,15-2,00] >2,00 Total Média C. V. R. C. S. (%)
Nº de Lajes 0 25 51 160 3 239
ACI 1,28 0,26 21
Penal. Total 0 125 0 160 6 291
Nº de Lajes 0 13 107 119 0 239
EC2 1,17 0,19 25
Penal. Total 0 65 0 119 0 184
Nº de Lajes 0 77 147 15 0 239
NBR 0,92 0,17 70
Penal. Total 0 385 0 15 0 400
Nº de Lajes 0 10 101 128 0 239
ETA 1,18 0,18 23
Penal. Total 0 50 0 128 0 178

5 Conclusões
Neste artigo foram feitas análises comparando-se os resultados teóricos obtidos segundo
recomendações das normas ACI 318, Eurocode 2, ABNT NBR 6118 e ETA 12/5404 com
resultados experimentais de ensaios em lajes lisas de concreto armado. Isto foi feito com
o objetivo de avaliar a influência do tamanho do pilar na resistência última à punção das
lajes. Foi possível concluir que:

Analisando as tensões resistentes do banco de dados, normalizando os resultados pela


NBR 6118 (2014), como na Figura 8c, a qual tem a recomendação que considera mais
parâmetros e contem menos travamentos, observa-seuma diminuiçãoda tensão resistente
conforme aumenta a relação C/d,estabilizando a para relações C/d superiores a 4.

E de modo geral,as equações das recomendações estimam bem essa redução da tensão
resistente por serem baseadas provavelmente em bancos de dados com C/d elevado,
onde, entre as demais recomendações, o ETA e o EC2 tiveram os resultados mais
satisfatórios.

6 Agradecimentos
Os autores gostariam de agradecer pelo apoio a esta e a outras pesquisas à:
Universidade Federal do Pará; ao Núcleo de Desenvolvimento Amazônico em Engenharia
(NDAE); ao Campus de Tucuruí; à Eletronorte; e às Agências de fomento CNPq, CAPES
e FAPESPA.

ANAIS DO 57º CONGRESSO BRASILEIRO DO CONCRETO - CBC2015 – 57CBC 12


7 Referências
ACI 318 (2014). Building Code Requirements for Structural Concrete.American
Concrete Institute, Farmington Hills, Michigan.
ASSOCIACAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 6118 (1978). Projeto de
Estruturas de Concreto – Procedimento. Riode Janeiro.

ASSOCIACAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS NBR 6118 (2014). Projeto de


Estruturas de Concreto – Procedimento.Rio de Janeiro.

BIRKLE, G. e DILGER, W.H. (2008). Influence of Slab Thickness on Punching Shear


Strength.ACI StructuralJournal.

COMITÉ EURO-INTERNATIONAL DU BÉTON (1978). CEB-FIPModelCode 1978. Paris.

COMITÉ EURO-INTERNATIONAL DU BÉTON (1993). CEB-FIPModel Code


1990.London, Thomas Telford.

COLLINS, M.P. (2001). Evaluation of shear design procedures for concrete


structures. A Report prepared for the CSA technical committee on reinforced concrete
design.

ELSTER e HOGNESTAD (1956). Shear Strength of Reinforced Concrete Slabs.ACI


Journal, Proceedings.

EN 1992-1-1/AC (2010). Corrigendum AC – Eurocode 2:Design of Concrete


Structures—Part 1-1: General Rules and Rules for Buildings. CEN, EN 1992-1-1,
Brussels, Belgium.

EUROPEAN TECNICAL APPROVAL ETA-12/0454 (2012). Double Headed Studs as


Punching Reinforcement.Langenfeld, Deutchland.

GUANDALINI S, BURDET, O. L. MUTTONI A. (2009). Symmetrical punching tests on


slabs without transverse reinforcement. ACI Structural Journal.

KEVIN, K. (2000). Influence of size on punching shear strength of concrete slabs.


Dissertação de Mestrado. McGillUniversity. Montreal.

LIPS, S., RUIZ, M. F. e MUTTONI, A. (2012).Experimental Investigation on the


Punching Strength and the Deformation Capacity of Shear-Reinforced Slabs, ACI
Structural Journal.

MANTEROLA, M. (1966). Poinçonnement de Dalles Sans Armature


D’effortTranchant.COMITÉ EUROPÉEN DU BÉTON:Dalles, Structures Planes, CEB-Bull
d’Information Nº 58, Paris.

ANAIS DO 57º CONGRESSO BRASILEIRO DO CONCRETO - CBC2015 – 57CBC 13


MARZOUK, H, HOSSIN, M. (2007). Crack analysis of reinforced concrete two-way
slabs. Research Report RCS01, Faculty of Engineering and Applied Science, Memorial
University of Newfoundland, St. John’s, Newfoundland.
MARZOUK, H. e HUSSEIN, A. (1991) Experimental Investigation on the Behavior of
High-Stregth Concrete Slabs. ACI Structural Journal.

MARZOUK, H. RIZK (2009). Punching analysis of reinforced concrete two-way slabs.


Research Report RCS01, Faculty of Engineering and Applied Science, Memorial
University of Newfoundland, St. John’s, Newfoundland, Canada.

MOE, J. (1961). Shearing Strength of Reinforced Concrete Slabs and Footings under
Concentrated Loads. Bulletin Nº D47, Portland Cement Association Research and
Development Laboratories, Illinois.

MORAES NETO, B.N. (2013). COMPORTAMENTO À PUNÇÃO DE LAJES LISAS


EMCONCRETO REFORÇADO COM FIBRAS DE AÇO SOBCARREGAMENTO
SIMÉTRICO. Tese, Universidade de Brasília. Brasília.

MOWRER, R. D. e VANDERBILT, M. D. (1968). Shear Strength of Lightweight


Aggregate Reinforced Concrete Flat Plates. Journal of the American Concrete Institute.

RANKIN, G. I. B. e LONG, A. E. (1987). Predicting the Enhanced Punching Strength of


Interior Slab Column Connections. Proc. Of the Institution of Civil Eng.

REGAN, P. E. (1986). Symetric Punching of Reinforced Concrete Slabs.Magazine of


Concrete Research.

REGAN. P. E. et al. (1979). Tests of reinforced concrete flat slabs. CIRIA Project Nº.
RP 220. Polytechnic of Central London; 1979

SAGASETA et al. (2014). Punching of flat slabs supported on rectangular columns.


Engineering Structures.

SUNDQUIST H, KINNUNEN S. (2004) The effect of column head and drop panels on
the punching capacity of flat slabs. Bulletin No. 82. Department of Civil and
Architectural Engineering. Royal Institute of Technology. Stockholm, 24 pp. (in Swedish
with summary and Figure captions in English).

TOMASZEWICZ, A. (1993). High-Strength Concrete. SP2 – Plates and Shells. Report


2.3 Punching Shear Capacity of Reinforced Concrete Slabs. Nº STF70 A93082, SINTEF
Structures and Concrete, Trondheim.

VANDERBILT, M. D. (1972). Shear Strength of Continous Plates. Journal of the


Structural Division, Proceeding of the American Society of Civil Engenieers.

ANAIS DO 57º CONGRESSO BRASILEIRO DO CONCRETO - CBC2015 – 57CBC 14

Você também pode gostar