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1 - QUAL DOS FILOSOFOS CONTRATUALISTAS MAIS LHE AGRADOU?

FAÇA UM BREVE
RESUMO DAS SUAS IDEIAS, EXPLIQUE O MOTIVO DA SUA ESCOLHA JUSTIFICANDO, SE
POSSIVEL, COM EXEMPLOS PRATICOS DA VIDA EM SOCIEDADE.

Dentre os filósofos contratualistas, aquele que mais me agrada, ou seja,


aquele com o qual mais concordo suas ideias, seria Thomas Hobbes.
Principalmente pelo fato de que, inegavelmente, costumo a ser uma pessoa
demasiada e deliberadamente pessimista, por mais que saiba que essa visão
unilateral pode, muitas das vezes deixar-me na mão, ainda é meu jeito de
pensar. Logo, obviamente que a ideia de Hobbes de que “O homem é lobo do
homem” me interessaria.

Por mais que não concorde completamente com a ideia de um monarca, de


tal forma qual Hobbes defendia, de ter uma “Autoridade inquestionável”, pois
acredito que para alcançar tal nível de autoridade, o mesmo teria de estar
sempre correto, o que está longe de ser possível. Dito isso, acredito que seja
sim necessário um terceiro ou grupo de pessoas para mediar as situações e
conflitos da sociedade, só acredito que, mesmo tendo tal autoridade, ainda
deveria ser, pelo menos, questionável, pois nada é perfeitamente justo,
principalmente pelo conceito de “justiça” ser muito vago e complicado de ser
aplicado levando todos os pontos de vista em consideração.

Meu maior questionamento sobre o “monarca” de Hobbes, ou como nomeado


em seu livro, “O Leviatã”, que seria o rei, o governante, é de que de acordo
com ele, tal governante teria de ser “temido” pelo povo, para então não
precisarmos temer a todos, apenas ao rei em comum. Acredito que, além de
mais confortável, é mais confiável essa relação ser mais sobre obrigação e
respeito, doque sobre medo e pressão, pois em ambos os casos, o povo é
levado a aceitar as decisões do mediador, mas caso o povo o respeite ao invés
de temê-lo, sua convivência será muito mais tranquila.

Sobre o resto de minhas concordâncias, é por sua grande parte sobre o


egoísmo do ser humano, onde mesmo sendo entre seus próprios semelhantes,
o ser humano, justamente o ser mais social do mundo, também é aquele cuja
confiança entre suas comunidades é mais questionável. A ideia de que, você
pode lutar e trabalhar duro em algo, mas mesmo assim terá que sempre estar
em constante alerta e medo de que outro homem roube ou destrua o que tanto
se sacrificou para alcançar é, no mínimo, lamentável. Até mesmo nos dias
atuais, em nossas civilizações mesmo com seus contratos sociais, ainda
mantemos o hábito de nos prevenir o máximo possível contra possíveis furtos
ou atentados de outros humanos.

Não estou insinuando que todo homem é egoísta e mal, estou apenas
ponderando o fato de que, em sua maioria, o homem tende a ser egoísta e
ganancioso, querendo ter todas as vantagens de algo sem querer passar pelo
esforço ou pagar seu preço, logo, o raciocínio mais simples para alcança-lo, é
tomar de quem o possui.

E justamente por essa tendência humana, mesmo sabendo que existem


pessoas verdadeiramente honestas no mundo, não podemos nos dar ao luxo
de arriscar nossos bens, posses e direitos, botar nossa liberdade na linha,
quando há a possibilidade de ela ser tomada de nós. Esse medo constante que
temos de nossa própria espécie é algo intrínseco de nossa sociedade, tendo
até hoje métodos e sistemas de segurança para impedir nós mesmos de
prejudicarmos uns aos outros para benefício próprio, coisa que acontece desde
sempre, e sendo sincero, provavelmente sempre irá.

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