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Marcus Campiteli
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Hidráulica .......................................................................................................................... 2
1 – Introdução ................................................................................................................... 2
2 – Hidrostática.................................................................................................................. 4
3 – Hidrodinâmica.............................................................................................................. 7
4 – Medidores de Vazão................................................................................................... 16
5 – Dispositivos Hidráulicos ............................................................................................. 17
6 – Canais ........................................................................................................................ 27
7 – Escoamento Uniforme em Canais ............................................................................... 31
8 - Escoamento Variado em Canais .................................................................................. 33
9 – Questões Comentadas ............................................................................................... 37
10 – Questões Apresentadas Nessa Aula.......................................................................... 50
11 – Gabarito ................................................................................................................... 55
12 – Referência Bibliográfica............................................................................................ 55
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HIDRÁULICA
O texto baseia-se no livro Introdução a Hidráulica, Hidrologia e Gestão de Águas Pluviais, do autor
John Gribbin, por apresentar uma abordagem simples e clara dos conceitos.
Dicas adicionais são publicadas no Instagram: @profmarcuscampiteli
Bons estudos!
1 – INTRODUÇÃO
No estado líquido as moléculas estão ligadas com força suficiente para prevenir uma expansão
ilimitada (gases) e sem força suficiente para se manterem no lugar (sólidos).
Os líquidos tendem a ser incompressíveis, e a água é tida como incompressível na maioria dos
problemas de hidráulica.
Todos os líquidos têm uma tensão superficial, que resulta de uma condição diferente de ligação
molecular na superfície livre. Na água, a tensão superficial resulta em propriedades chamadas
coesão e adesão. VICTOR HUGO BARBOSA BORGES
victorborgeess13@gmail.com
A coesão permite a água resistir a uma mínima tração. A adesão permite aderência a outro corpo.
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Figura 1: Exemplos de adesão e coesão na água em um tubo de ensaio de vidro (Gribbin, 2014)
A capilaridade é uma propriedade dos líquidos que resulta na tensão superficial na qual o líquido
se eleva ou baixa em um fino tubo. Se a adesão predominar sobre a coesão em um líquido, como
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Um tubo com diâmetro menor causará maior capilaridade de água que um tubo com maior
diâmetro. VICTOR HUGO BARBOSA BORGES
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a) Viscosidade
Quando um fluido está sujeito a uma tensão externa, suas moléculas rapidamente cedem e
deslizam próximas umas das outras, resultando em uma ação de cisalhamento. Um fluido resistirá
à tensão de cisalhamento mais que outro, dando origem à propriedade dos fluidos chamada
viscosidade.
A viscosidade pode ser descrita como a resistência de um fluido à tensão de cisalhamento.
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Ela pode ser vista como a influência do movimento de uma camada de um fluido em uma outra
camada a uma pequena distância. Portanto, a viscosidade não tem sentido em um fluido sem
movimento.
2 – HIDROSTÁTICA
Estudo da água em repouso.
A pressão é definida como força por área unitária.
A água em um recipiente exerce pressão a um ângulo reto, ou normal, nas paredes do recipiente
ou em qualquer superfície submersa.
Para calcular a pressão em qualquer ponto em um recipiente de água, podemos usar a equação:
Págua = δ.V
Onde:
Págua: peso da água
δ: peso específico da água
V: volume
Volume (V) = Área (A). profundidade (z)
Pressão (p) = Págua/A = δ.A.z/A = δ.z
A expressão acima calcula a pressão da água a uma profundidade z, abaixo de uma superfície livre.
Portanto, verifica-se que a pressão em qualquer profundidade depende apenas da altura da coluna
d’água, e não do volume ou da forma do recipiente.
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A pressão efetiva é a pressão real descontada a pressão atmosférica que atua sobre a superfície da
água.
a) Superfície vertical
Na superfície plana vertical, a distribuição de pressão assume uma das formas mostradas na figura
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a seguir. victorborgeess13@gmail.com
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Figura 6: Distribuição de pressão em uma superfície plana vertical submersa. (Gribbin, 2014)
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Figura 7: Força resultante e centro de pressão para uma superfície plana vertical, (a) cruzando a superfície e (b) completamente submersa.
(Gribbin, 2014)
FR = (1/2).z.(δ.z).w = (δ.z2).w/2
Onde:
FR: força resultante
w: largura da superfície
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No primeiro caso, a posição de FR é o centro geométrico da distribuição triangular de
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pressão: 030.560.812-62
yR = (1/3).z
No segundo caso, a posição de FR é o centro geométrico de um trapezoide:
yR = [(z2–z1)/3].[(2.z1+z2)/(z1+z2)]
b) Medindo a Pressão
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Figura 8: Piezômetro usado para medir a pressão em um tubo. Em (a) e em (b), se as pressões forem iguais, os níveis de água nos piezômetros
serão iguais. (Gribbin, 2014)
A água entra no piezômetro e eleva-se até atingir uma altura proporcional à pressão.
A figura seguinte mostra que em um sistema hidráulico estático um piezômetro colocado no ponto
B mostra um nível igual ao nível do reservatório no ponto A. Em um sistema dinâmico, um
piezômetro colocado no ponto B, com água em movimento, mostra um nível menor que o nível do
reservatório no ponto A. Essa queda de pressão deve-se ao movimento da água.
Figura 9: Piezômetros usados para medir pressão em sistema hidráulico (a) estático e (b) dinâmico. (Gribbin, 2014)
c) Empuxo
3 – HIDRODINÂMICA
Estudo da água em movimento.
Quando a água flui em um tubo, todas as partículas tendem a seguir juntas no escoamento. Dois
parâmetros são usados para descrever o deslocamento da água confinada em uma tubulação:
velocidade e vazão. A velocidade é a média de todas as partículas, pois todas as partículas escoam
em um tubo a velocidades ligeiramente diferentes, conforme a figura a seguir.
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a) Tipos de escoamento
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O golpe de aríete consiste em extremas variações na pressão da água em um tubo causadas por
uma interrupção abrupta do escoamento.
O escoamento uniforme ocorre quando a área de seção transversal do tubo permanece constante.
b) Energia
O conceito de carga ou carga de energia é usado para descrever a energia da água. O termo carga
refere-se à energia da água por peso unitário da água e usa unidades de comprimento.
O conceito de carga é usado para descrever energia mecânica, ou seja, potencial e cinética, da
mesma forma que perda de energia, como atrito e turbulência.
Formais mais comuns de energia:
- carga de posição: descreve a energia potencial por peso unitário de uma massa de água devido a
elevação da água acima de algum plano de referência;
- carga de pressão: descreve a energia potencial por peso unitário de uma massa de água
decorrente da pressão exercida de cima;
- carga de velocidade: descreve a energia cinética por peso unitário de uma massa de água
decorrente da energia cinética resultante de seu deslocamento;
- perda de carga: descreve a perda de energia
VICTOR HUGO por peso unitário
BARBOSA BORGES de uma massa de água decorrente
do atrito e da turbulência. victorborgeess13@gmail.com
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c) Leis de Conservação
Quando a água escoa em um conduto, a massa não é criada nem destruída. Ou seja, para um fluido
incompressível, a quantidade de massa passando em uma seção transversal 1 por tempo unitário é
igual à quantidade de massa passando em uma seção transversal 2:
A1.v1 = A2.v2
Essa equação denomina-se equação da continuidade e se aplica à água escoando em qualquer
tipo de conduto (tubo, canal, curso d’água), desde que nenhum volume entre ou saia do conduto
entre as seções 1 e 2. A equação da continuidade também é expressa por:
Q = v.A
A conservação de energia é muito importante para descrever o comportamento da água quando
em escoamento permanente. Desprezando o atrito, a energia potencial no ponto mais alto dá
lugar à energia cinética no ponto mais baixo resultando na seguinte equação:
U1 + K1 = U2 + K2
Onde: U: energia potencial
K: energia cinética
Devido à incapacidade da água de manter a sua forma constante, representa-se a equação de
energia sob nova forma:
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No ponto 1, o volume elementar de água está a uma profundidade z 1 abaixo da superfície e a uma
certa altura y1 acima do plano de referência considerado. A carga de energia potencial (U1/m.g) é
definida como:
(carga de posição) + (carga de pressão)
(U1/m.g) = (m.g.y1)/(m.g) + (m.g.z1)/(m.g) = y1 + z1
(U1/m.g) = y1 + z1 = h1
(U1/m.g) = y1 + z1 = y1 + (p1/γ), onde γ é o peso específico da água
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Figura 13: Linha de energia e linha do gradiente hidráulico para um sistema hidráulico hipotético sem atrito. (Gribbin, 2014)
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Figura 14: Linha de energia e linha piezométrica para um sistema hidráulico real considerando as perdas por atrito. (Gribbin, 2014)
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v: velocidade média
O fator de atrito (f) é adimensional e é um parâmetro estimado empiricamente, que depende de
um conjunto complexo de condições de escoamento.
A figura a seguir representa outros exemplos de sistemas hidráulicos.
Figura 15: O efeito sobre EGL e HGL causado pela variação da declividade da tubulação. (Gribbin, 2014)
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Figura 16: O efeito sobre EGL e HGL causado pela variação do diâmetro da tubulação. (Gribbin, 2014)
Onde a declividade do tubo é maior, as curvas de EGL (linha do gradiente de energia) e de HGL
(linha do gradiente hidráulico) também são maiores, pois indicam perda de carga unitária, ou seja,
perda de carga por metro de comprimento do tubo. Portanto, um tubo inclinado tem mais
comprimento por comprimento unitário ao longo do perfil, em comparação a um tubo horizontal.
Na figura (b), as linhas EGL e HGL descrevem o fenômeno de expansão do fluxo. Primeiro, a
separação vertical entre EGL e HGL é muito maior antes da expansão, indicando queda na
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velocidade. Em seguida, a linha EGL inclina-se no ponto de transição, indicando perda de energia
causada pela turbulência no local.
4 – MEDIDORES DE VAZÃO
Muitos métodos foram desenvolvidos para medir a vazão que escoa em um tubo. A escolha dos
dispositivo de medição depende do tipo de tubo que transporta o fluxo. Por exemplo, em um canal
aberto, vários tipos de vertedores são usados para medir a vazão, pela correlação entre a altura da
água e a vazão. A calha Parshall, que utiliza o conceito de profundidade crítica, também é usada
para medir a vazão.
Um dos métodos mais fundamentais de medição de vazão consiste em medir a velocidade e então
usar a equação da continuidade para calcular a vazão. Os métodos mais comuns de medição de
velocidade são o tubo de Pitot e o molinete. Para fluxo em tubo, utiliza-se o medidor de Venturi,
que adota o princípio de Bernoulli para medir a vazão diretamente.
a) Medidor de Venturi
Mede a descarga em tubo funcionando
VICTOR HUGOcomo condutoBORGES
BARBOSA forçado. Consiste em uma constrição
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cuidadosamente projetada no tubo com o objetivo de aumentar a velocidade do fluxo de acordo
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com a equação de continuidade.
Para produzir resultados precisos, o medidor de Venturi deve ser colocado em uma seção reta e
uniforme do tubo, livre de turbulência, e deve ter cantos arredondados o suficiente e transições
graduais de diâmetro.
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b) Medidor Parshall
Consiste em uma constrição no canal feita para produzir profundidade crítica no escoamento, que
permite a correlação da vazão (Q) com a profundidade (H).
5 – DISPOSITIVOS HIDRÁULICOS
São estruturas que usam princípios hidráulicos para controlar o fluxo de água.
a) Orifícios
Um orifício é uma abertura na parede de um recipiente ou reservatório, pelo qual a água pode
escoar. Podem haver diferentes geometrias, conforme a figura a seguir.
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Quando a água flui através de um orifício circular de borda reta, ocorre uma contração, formando
um jato com diâmetro mínimo a uma curta distância da borda interna do orifício. Conforme se
verifica na figura a seguir, as linhas de fluxo são paralelas e mais próximas na seção a-a. Esse ponto
denomina-se veia contraída.
Figura 20: Contração de jato em um orifício circular de borda reta. (Gribbin, 2014)
A vazão (Q) pode ser calculada pelo princípio de Bernoulli, tratando-se o orifício como um pequeno
sistema hidráulico com o ponto 1 dentro do reservatório e o ponto 2 na veia contraída. O plano de
referência pode ser projetado horizontalmente no centro do orifício.
Como a velocidade em 1 é desprezível e o ponto 2 localiza-se em uma descarga livre, a equação de
Bernoulli passa a ser:
h1 = (v22/2.g) + hL(perda)
A perda hL pode ser considerada ao introduzirmos um coeficiente de velocidade c v, e h1 é a
distância vertical do centro do orifício até a superfície livre do reservatório (h).
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v2 = cv.(2.g.h)1/2
Verifica-se que a área da seção a-a (a2) é menor que a área da seção transversal do orifício, a. Essas
áreas podem ser relacionadas por um coeficiente de contração cc = a2/a.
A vazão Q através do orifício é igual à vazão na veia contraída. Com isso:
(Q/a2) = cv.(2.g.h)1/2
Q = a.cc.cv.(2.g.h)1/2
Substituindo-se cc.cv por um único coeficiente c, denominado coeficiente de descarga, obtém-se:
Q = c.a.(2.g.h)1/2
Essa equação é chamada equação do orifício. O coeficiente de descarga, c, é uma constante de
proporcionalidade adimensional, responsável pela redução do fluxo em razão da perda de carga na
entrada. O valor experimental de c para orifícios de borda reta varia de acordo com o tamanho e a
forma do orifício e a quantidade de carga. Para a maioria das aplicações, resultados confiáveis
podem ser obtidos com o uso de c = 0,62.
b) Vertedores
Um vertedor ou vertedouro éVICTOR HUGO BARBOSA BORGES
uma estrutura que regula o fluxo de água para fora de um
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barramento ou reservatório. Um vertedor030.560.812-62
consiste em uma superfície horizontal sobre a qual a
água pode escoar.
São comumente empregados em estruturas de saída para represas e bacias de detenção, e,
também, em unidades de decantação de estações de tratamento de águas – ETAs e de esgotos –
ETEs. Além disso, são usados como dispositivos de medição de vazão de pequenos cursos d’água,
ETAs E ETEs.
A figura a seguir mostra um típico vertedor descarregando livremente em um canal a jusante. A
energia que impulsiona a água para a crista é medida pela carga H acima da crista.
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Observa-se na figura que a superfície do reservatório começa a diminuir conforme ela se aproxima
do vertedor. Isso ocorre devido ao aumento da velocidade, que é compensada por uma queda na
área da seção transversal, de acordo com a equação da continuidade. Portanto, H deve ser medida
a certa distância da crista do vertedor, onde a velocidade é virtualmente zero. Usualmente, esse
local fica a uma distância maior ou igual a 2,5.H a montante da crista.
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Figura 22: Classificação dos vertedores pela forma da seção transversal. (Gribbin, 2014)
Figura 23: Classificação dos vertedores pela forma da visão frontal. (Gribbin, 2014)
Um vertedor retangular de parede delgada, na figura a seguir, é usado para medir o fluxo em um
canal e como estrutura vertedora simples. O cálculo da Q depende das dimensões do vertedor em
relação ao canal e à carga, H.
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Conforme a água flui perto das superfícies laterais do vertedor, ocorre uma perda de energia,
denominada contração, que pode ser causada pela redução do real comprimento do vertedor para
um valor menor, chamado comprimento efetivo:
L = L’ – 0,1.n.H
Onde:
- L’: comprimento efetivo da crista
- n: número de contrações
- H: altura sobre a crista
Caso o vertedor esteja centralizado no canal com L’ menor que a largura do canal, B, haverá duas
contrações laterais e n = 2. Se l’ = B, não haverá contrações laterais. Se a crista do vertedor estiver
instalada em um dos lados do canal, haverá uma contração.
A altura do vertedor acima do fundo do canal exerce também um efeito sobre a vazão, causado
pelo ajuste do coeficiente de descarga, c, de acordo com a altura, P (altura da crista acima do
fundo do canal).
c = 3,27 + 0,40.(H/P)
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O vertedor triangular é usado para medir escoamento quando a previsão é de vazões muito
baixas.
O vertedor Cipoletti é uma variação trapezoidal do vertedor de parede delgada, usada para
compensar perda de vazão causada por contrações nas bordas verticais de um vertedor retangular.
Ao inclinar as bordas em 1:4, o aumento da área de seção transversal do escoamento, conforme H
aumenta, compensa a perda causada pela contração alteral.
O vertedor de parede espessa, retangular, é comumente empregado em estruturas de saída para
represas e bacias de detenção. Uma correção para as contrações laterais geralmente não é
necessária. Uma variação do vertedor de parede espessa usada para regular a vazão com mais
precisão é o vertedor multiestágios, como mostrado na figura a seguir.
A vazão para o vertedor de dois estágios é calculada adicionando-se a vazão para a crista primária
e a vazão para a crista secundária.
O vertedor de ogiva ou cimáceo possui uma superfície arredondada e lisa, que reduz perdas de
energia por contração das bordas quando a água passa pela crista, aumentando, assim, a Q para
uma dada carga H, em comparação com vertedores de parede delgada ou de parede espessa.
c) Comportas
Uma comporta é uma abertura em um reservatório usada para possibilitar a redução do seu
volume ou o seu esvaziamento, assim como proporcionar maior vazão ao curso d’água alimentado
pelo reservatório.
As comportas, em geral, são retangulares, sendo chamadas de comportas de entrada, de desvio e
plana.
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Uma comporta plana regula a vazão escoada em um canal, conforme a figura a seguir.
O fluxo sob uma comporta é modelado como um orifício, desde que a profundidade do
reservatório seja grande em comparação à altura da abertura da comporta. Contudo, as
contrações nas bordas diferem das que ocorrem em orifícios, não se usando os mesmos valores de
c. Estes devem ser determinados para cada comporta. Os valores de c para várias comportas reais
têm sido determinados experimentalmente e variam entre 0,70 e 0,85.
Constrói-se a maioria das comportas planas no nível do fundo do reservatório, sendo denominadas
de descargas de fundo. Se a comporta estiver acima do fundo, como na figura a seguir, há quatro
contrações e o valor de c é reduzido.
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Figura 27: Comportas verticais (a) no mesmo nível do fundo do reservatório e (b) acima do fundo do reservatório. (Gribbin, 2014)
Ao se erguer uma comporta plana, o escoamento resultante pode assumir uma das três forma
exibidas na figura a seguir. Dependendo de fatores como a largura e a declividade do canal a
jusante e a vazão, o perfil da superfície líquida pode formar uma superfície plana, conforme a
figura (a), um ressalto hidráulico, na figura
VICTOR HUGO(b), ou uma condição
BARBOSA BORGES submersa, na figura (c). Nesse
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último caso, o valor de h na equação do orifício deve ser mantido imediatamente a jusante da
comporta, e não mais adiante, onde o nível030.560.812-62
d’água é superior.
d) Sifão
Sifão é um tubo usado para esvaziar um reservatório, começando em um nível superior, na água
represada, e seguindo a um nível inferior, no canal a jusante. No caso de uma represa a ser
esvaziada não possuir comporta de fundo, um sifão pode ser usado, conforme a figura a seguir.
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Quando a parte mais alta do sifão se enche de água, o escoamento do sifão ocorre de acordo com
o princípio de Bernoulli.
A carga de energia total que conduz o escoamento é a distância vertical a partir da superfície do
reservatório até o centro da extremidade de descarga do tubo (descarga livre na atmosfera).
Um sifão pode ser citado como um conduto fechado que se eleva acima da linha do gradiente
hidráulico. A figura anterior mostra a HGL (desprezando-se a perda de entrada) para um sifão e
uma descarga livre convencional. Observa-se que uma parte do sifão se localiza acima da HGL,
indicando que a água sofre pressão negativa nesse trecho da tubulação.
Um problema associado ao sifão é o acúmulo de ar no ponto alto do tubo. Para ativar um sifão,
usa-se uma bomba. A água é bombeada do reservatório até o ponto alto para carregar o sifão
(denomina-se escorvar o sifão). Quando o sifão estiver escorvado, ele começará a funcionar e
continuará por conta própria.
No ponto alto de um sifão, o ar pode acumular-se conforme a água flui durante um período. É o
mesmo problema que ocorre com uma tubulação pressurizada escoando por gravidade e com uma
tubulação de recalque. Para liberar o ar e prevenir um grande acúmulo, deve haver no ponto alto
uma válvula de liberação de ar (denominada ventosa).
Há também o vertedor em sifão para represas, com a entrada abaixo do nível normal de água.
Quando o nível da água se eleva o suficiente para escorvar o sifão (durante a chuva, por exemplo),
o tubo funciona como conduto forçado e começa a ação do sifão.
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O tubo de ventilação serve para prevenir que o vertedor em sifão esvazie o reservatório abaixo do
nível normal de água.
Quando a água flui em declive em qualquer conduto com a superfície da água exposta à atmosfera
(superfície livre), diz-se que ela está submetida a um escoamento de canal aberto ou, mais
comumente, a um escoamento livre.
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Os elementos essenciais do perfil são o fundo do canal, a superfície da água e alinha do gradiente
de energia (EGL). A linha do gradiente hidráulico coincide com a superfície da água. A EGL está
acima da superfície da água e pode ser paralela ou não, dependendo do tipo de escoamento.
A declividade do fundo do canal é definida como o desnível vertical dividido pelo comprimento
horizontal do fundo. Pode ser expressa em %.
A figura anterior revela duas outras declividades envolvidas com o escoamento em canais abertos:
a declividade da lâmina d’água e a da linha do gradiente de energia. Essas declividades também
são definidas como desnível dividido
VICTORpelaHUGO
extensão, como BORGES
BARBOSA ocorre com a declividade do fundo.
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A profundidade do escoamento, D, é a distância vertical do fundo do canal até a superfície da água.
030.560.812-62
A área da seção transversal do fluxo é a área de uma seção transversal do escoamento.
Um conceito importante na hidráulica de canais abertos é o perímetro molhado, que é a distância,
ao longo da seção transversal do canal, que está em contato com a água em escoamento. Na figura
anterior, o perímetro molhado é a soma das distâncias AB, BC e CD.
Outro conceito importante é o raio hidráulico, que é definido como a área da seção transversal
(também denominada área molhada) dividida pelo perímetro molhado.
O raio hidráulico não é um raio no sentido geométrico, mas um termo definido para indicar a
eficiência hidráulica de um canal.
O escoamento em um canal pode ser classificado em vários tipos ou regimes, como apresentado
anteriormente:
- escoamento laminar x escoamento turbulento
- escoamento permanente x escoamento não permanente (ou transiente)
- escoamento uniforme x escoamento variado
- escoamento subcrítico x supercrítico
Em problemas relacionados com canais abertos de engenharia, o escoamento é quase sempre
turbulento. No entanto, o escoamento laminar pode ocorrer quando a profundidade é muito rasa,
como encontrado em escoamento de águas pluviais.
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O material usado para formar um canal é chamado de revestimento. O tipo de material afeta o
escoamento porque aumenta ou diminui a velocidade na superfície entre a água e o revestimento
do canal.
A velocidade máxima ocorre logo abaixo da superfície livre no centro do canal e pode atingir uma
magnitude de 2 a 2,5 vezes a velocidade média. A figura a seguir mostra distribuições de
velocidade típicas para canais retangulares e trapezoidais. As velocidades mais baixas manifestam-
se ao longo do revestimento do canal.
Figura 33: Distribuições de velocidade em canais retangulares e trapezoidais. Os valores são múltiplos da velocidade média.
VICTOR HUGO BARBOSA
(Gribbin, 2014) BORGES
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a) Profundidade normal 030.560.812-62
b) Profundidade Crítica
A energia específica é definida como E = D + v2/2g, ou a carga de energia total acima do fundo do
canal. A figura seguinte mostra um gráfico com os valores de E x D para o mesmo valor de Q.
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Observa-se que, para velocidade muito baixa com profundidade muito alta, a energia específica E
aproxima-se de zero, significando que HUGO
VICTOR E é composto
BARBOSA quase completamente de v2/2g. Um valor
BORGES
particular de D, chamado profundidade crítica, designado D c,resulta no valor mínimo de E. A
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profundidade crítica é um conceito teórico que depende apenas da forma do canal e da vazão Q.
Ela não depende da rugosidade do revestimento ou da declividade do canal. Em geral,
profundidades de escoamento maiores que a profundidade crítica representam um escoamento
mais tranquilo chamado subcrítico, e profundidades abaixo de Dc representam um escoamento
mais rápido chamado supercrítico.
A velocidade de escoamento em profundidade crítica denomina-se velocidade crítica.
Quando um canal possui declividade que faz a profundidade normal coincidir com a crítica, a
declividade denomina-se declividade crítica. A profundidade crítica é calculada pela seguinte
relação, que ocorre somente na energia específica mínima, E:
(a3/T) = (Q2/g)
onde:
a: área da seção transversal do canal (área molhada)
T: largura do canal na superfície líquida
Q: vazão
g: aceleração da gravidade
Essa equação aplica-se a todos as formas de canal. No entanto, ela é válida apenas se o
escoamento for gradualmente variado ou paralelo ao fundo do canal e a declividade do canal for
pequena (menos de 8%).
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Para quaisquer canais e vazões há uma profundidade crítica correspondente. Apenas uma
declividade em particular resulta em uma profundidade normal igual à profundidade crítica.
A ocorrência mais comum de profundidade crítica está no escoamento gradualmente variado. A
figura a seguir mostra um perfil de uma transição de canal de escoamento subcrítico para
supercrítico. A profundidade do escoamento está na profundidade crítica perto do ponto de
transição. Observa-se na figura que a profundidade crítica teórica não muda quando a declividade
do canal muda.
Figura 35: Transição de canal. Transições de escoamento subcrítico para supercrítico passando pela profundidade crítica. (Gribbin, 2014)
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a) Escoamento em Tubulações
VICTOR HUGO BARBOSA BORGES
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Quando a água flui por gravidade em um tubo parcialmente cheio (não sob pressão), ela se sujeita
030.560.812-62
às leis do escoamento de canal aberto. A única diferença entre escoamento em tubulações e em
canal retangular é a geometria da seção transversal.
A distribuição de velocidade em um tubo é similar à de qualquer canal aberto, influenciada pela
forma da seção transversal, conforme a figura a seguir.
Figura 36: Distribuição de velocidade em um tubo parcialmente cheio. Os valores são múltiplos da velocidade média.
(Gribbin, 2014)
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A profundidade normal pode ser calculada para um canal natural pela fórmula de Manning quando
o escoamento for considerado uniforme e não há obstruções significativas. As obstruções, como
uma ponte, causam uma variação no perfil da superfície líquida, chamada curva de remanso.
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A figura seguinte ilustra exemplos de perfis de declividade forte. A obstrução mostrada na parte (a)
resulta em um perfil S1 a montante e um perfil S3 a jusante.
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9 – QUESTÕES COMENTADAS
1. (31 – Transpetro/2011 – Cesgranrio)
O número de Reynolds, válido para a determinação do regime de escoamento de líquidos,
gases e vapores, entre outros fatores, é
(A) diretamente proporcional à velocidade e à viscosidade
(B) diretamente proporcional à velocidade, ao diâmetro e à viscosidade
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Sabendo-se que a pressão relativa no ponto MI é 2.000 kgf/m2, os valores das pressões
relativas, em kgf/m2, nos pontos M II e M III, são, respectivamente,
(A) 400 e 333
(B) 2.000 e 2.000
(C) 5.000 e 6.000
(D) 10.000 e 12.000
(E) 10.000 e 24.000
Comentários
A pressão depende da profundidade. Considerando que os pontos MII e MIII encontram-se na
mesma profundidade, de 2 m, possuem
VICTOR as mesmas
HUGO pressões
BARBOSA relativas que o Ponto MI.
BORGES
Gabarito: B victorborgeess13@gmail.com
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4. (36 – Petrobras/2012 – Cesgranrio)
A figura esquematiza o conduto que liga o reservatório R1 ao R2.
Onde:
PCE = plano de carga estático
Lp = linha piezométrica
= ventosa
Nesse conduto, a posição correta para a ventosa é a indicada em
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a) Medidor de pressão diferencial: Dispositivo inserido em uma tubulação para criar uma diferença de
pressão, cuja medida junto com o conhecimento das condições do fluido, da geometria do
dispositivo e da tubulação permite calcular a vazão.
b) Medidor de área variável: Medidor no qual a indicação da vazão é dada pela posição de equilíbrio de
uma peça móvel, introduzida em um trecho de duto de seção variável.
c) Medidor de velocidade: Medidor no qual a vazão é determinada pela rotação do elemento
primário, provocada pelo escoamento do fluido no qual está imerso.
d) Medidor de canal aberto: Medidor no qual a vazão de um líquido é determinada a partir da variação
do nível, provocada por um dispositivo inserido no escoamento.
e) Medidor de força: Medidor no qual a vazão é relacionada com a força aplicada pelo fluido a um
dispositivo introduzido no escoamento.
f) Medidor vórtice: Medidor onde a vazão é relacionada à frequência das oscilações causadas por
vórtices, provocadas pela inserção de um dispositivo na tubulação.
g) Medidor térmico: Medidor que utiliza transferência de calor para o fluido como princípio de
medição de vazão.
h) Medidor ultra-sônico: Medidor que relaciona a vazão de um fluido com a variação de velocidade ou
freqüência de ondas ultra-sônicas introduzidas no escoamento.
VICTOR HUGO BARBOSA BORGES
i) Medidor eletromagnético: Medidorvictorborgeess13@gmail.com
no qual um fluido condutor se move perpendicularmente
através de um campo magnético, induzindo uma força eletromotriz proporcional à velocidade de
030.560.812-62
escoamento.
j) Medidor coriolis: Medidor no qual o fluido é submetido simultaneamente a uma translação e a uma
rotação, provocando uma aceleração complementar que gera uma força que depende da vazão
em massa.
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Gabarito: C
De acordo com Baptista et al (2010), a manometria trata das medidas de pressão e para tanto
utiliza dispositivos denominados manômetros. Alguns desses dispositivos se fundamentam na Lei
de Stevin (P = ϒ.h), utilizando a coluna do líquido como meio indireto para a determinação da
pressão.
O piezômetro é o mais simples desses manômetros, sendo constituído por um tubo transparente
colocado na posição vertical, conectado ao sistema, para medir a altura h de líquido.
O manômetro em “U” tem esse nome devido à forma do tubo de medida de pressão em “U”. Essa
figura possibilita a tomada de pressão negativa (abaixo da pressão atmosférica ou vácuo parcial),
além da positiva, obtida me medidor do tipo piezômetro.
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Gabarito: Correta
Conforme vimos, quando a água flui em declive em qualquer conduto com a superfície da água
exposta à atmosfera (superfície livre), diz-se que ela está submetida a um escoamento de canal
aberto ou, mais comumente, a um escoamento livre.
E a distribuição de velocidade em um tubo parcialmente cheio é similar à de qualquer canal aberto,
influenciada pela forma da seção transversal, conforme a figura a seguir:
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Distribuição de velocidade em um tubo parcialmente cheio. Os valores são múltiplos da velocidade média.
(Gribbin, 2014)
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(A) 0,5
(B) 1,0
(C) 1,5
(D) 2,0
(E) 4,0
Comentários
Rh = Am/Pm
Amolhada = Pi.r2/2
Pmolhado = Pi.r
Rh = (Pi.r2/2)/(Pi.r) = r/2 = 1 m
Gabarito: B
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(TCE-PE/2017 – Cespe/Cebraspe)
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O estudo da geometria das tubulações é fundamental para garantir o fluxo de água nas
estruturas hidráulicas. Nesse sentido, tendo como base a figura precedente, considere os
reservatórios de água R1 e R2, as linhas R1, R2, R3 e R4 e o desenvolvimento dos condutos
VICTOR HUGO
fechados A-E, A-B-C-D-E, A-B”-C”-D”-E BARBOSAem
e A-B”-C”-D”-E BORGES
relação às referidas linhas, em que
victorborgeess13@gmail.com
a pressão atmosférica (Pa) é a origem das medidas de pressão, e julgue os itens a seguir.
030.560.812-62
12. 81 –
A tubulação A-B’-C’-D’-E funciona como um sifão e, por isso, não precisa de escorva prévia
para garantir o escoamento.
Comentários
Pelo contrário, a tubulação precisa de escorva, ou seja, de pré-preenchimento da tubulação para
funcionar, tendo em vista que o ponto C' encontra-se acima do nível do plano de carga efetiva.
Contudo, a questão foi anulada sob a seguinte justificativa: “O fato de não constar a tubulação “A-
B’-C’-D’-E’”, na descrição do comando, prejudicou o julgamento objetivo do item.”
Gabarito Preliminar: Errada
Gabarito Definitivo: Anulada
13. 82 –
O teorema de Bernoulli pode ser aplicado entre os pontos A e E exatamente como foi
postulado, pois a conservação de energia se mantém constante para qualquer uma das
tubulações que interligue esses dois pontos.
Comentários
O erro decorre da não consideração da perda de energia por atrito.
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Gabarito: Errada
14. 83 –
A perda de carga unitária tende ao seno da linha de carga efetiva à medida que a declividade
da tubulação tende a zero e, para os condutos livres com fluxo em movimento uniforme, a
perda de carga unitária representa a declividade real do conduto.
Comentários
Na verdade, a perda de carga tende à tangente da linha de carga efetiva, pois, considerando que a
referência do trecho horizontal é unitária, ou seja, de 1 m, teremos a tangente do ângulo da linha
de carga efetiva com a horizontal igual à perda de carga/1 m.
Gabarito: Errada
15. 84 –
Sem a atuação de forças externas, o fluxo de água na tubulação A-B”-C”-D”-E se mantém,
devido, exclusivamente, à ação da Pa.
Comentários
Conforme se verifica na figura, a altura correspondente à pressão atmosférica se apresenta na
altura de l1. O ponto C” encontra-se acima
VICTOR desta
HUGO altura, inviabilizando
BARBOSA BORGES o escoamento da água de R 1
para R2. victorborgeess13@gmail.com
030.560.812-62
Gabarito: Errada
16. 85 –
No trecho B-C-D do conduto A-B-C-D-E, atua uma pressão inferior à Pa que provoca a
formação de uma bolsa gasosa no ponto C, o mais alto da tubulação. Se essa bolsa não for
removida, ela crescerá até que a pressão interna do tubo se iguale à Pa enquanto a vazão
diminuirá. Nesta situação, uma válvula de expulsão e admissão de ar instalada no ponto mais
alto da tubulação restabeleceria a vazão.
Comentários
A linha que liga N a N' é a linha de carga efetiva e corresponde à altura que a água atingiria se
tivéssemos tubos verticais instalados ao longo da tubulação. Portanto, a pressão no trecho B-C-D
será inferior à atmosférica. Neste caso, segundo Azevedo Netto, as ventosas comuns seriam
prejudiciais devido à pressão inferior à atmosférica e que seria o caso de um sifão verdadeiro que
necessitaria de escorva para remoção do ar acumulado.
Gabarito: Errada
17. 86 –
As linhas R1, R2, R3 e R4 representam, respectivamente, a linha de carga absoluta, a linha de
carga efetiva, o plano de carga absoluto e o plano de carga efetivo.
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Comentários
Azevedo Netto (1998) apresenta a seguinte figura:
Na verdade, são as linhas l1, l2, l3 e l4 que representam, respectivamente, o plano de carga
absoluto, o plano de carga efetivo (linha do gradiente de energia), a linha de carga absoluta e a
linha de carga efetiva (linha piezométrica efetiva).
Gabarito: Errada
(TCE-SC/2016 – Cespe/Cebraspe)
VICTOR HUGO BARBOSA BORGES
victorborgeess13@gmail.com
O projeto da rede de distribuição de um sistema público de abastecimento de água potável
030.560.812-62
apresenta os dados a seguir:
- cota altimétrica do nível mínimo do reservatório de distribuição: 502,350 m;
- cota altimétrica do nó 13 da rede: 477,150 m;
- cota altimétrica do nó 49 da rede: 454,050 m.
Considerando essas informações, julgue os seguintes itens.
18. 93 –
Se a soma das perdas de carga das tubulações do reservatório até o nó 49 for igual a 8,39
mca, a pressão dinâmica nesse nó será de 39,91 mca.
Comentários
Pressão dinâmica = (502,35 – 454,05 - 8,39) = 39,91 mca
Gabarito: Correta
19. 94 –
As pressões estáticas, nos nós 13 e 49, são de 25,20 mca e 48,30 mca, respectivamente.
Comentários
Pressão estática (nó 13) = (502,35 – 477,15) = 25,2 mca
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Sabendo-se que a pressão relativa no ponto MI é 2.000 kgf/m2, os valores das pressões
relativas, em kgf/m2, nos pontos M II e M III, são, respectivamente,
(A) 400 e 333
(B) 2.000 e 2.000
(C) 5.000 e 6.000
(D) 10.000 e 12.000
(E) 10.000 e 24.000
4. (36 – Petrobras/2012 – Cesgranrio)
A figura esquematiza o conduto que liga o reservatório R1 ao R2.
VICTOR HUGO BARBOSA BORGES
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Onde:
PCE = plano de carga estático
Lp = linha piezométrica
= ventosa
Nesse conduto, a posição correta para a ventosa é a indicada em
(A) I (B) II (C) III (D) IV (E) V
5. (32 – Petrobras/2010 – Cesgranrio)
Será necessário medir a vazão instantânea de um fluido que passa através do elemento
primário em escoamento contínuo, utilizando um medidor no qual a vazão é determinada
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pela rotação do elemento primário, provocada pelo escoamento do fluido no qual está
imerso. Na requisição do equipamento, o engenheiro solicitou um medidor
(A) Coriolis.
(B) de força.
(C) de velocidade.
(D) de área variável.
(E) de pressão diferencial.
6. (90 – MP-CE/2020 – Cebraspe)
Uma das características do manômetro em U é a possibilidade de medir pressões abaixo da
pressão atmosférica.
7. (88 – MP-CE/2020 – Cebraspe)
As principais características de um escoamento livre são a presença de pressão atmosférica
na superfície do fluido e uma distribuição uniforme de velocidades nos diferentes pontos da
seção transversal do conduto.
8. (33 – Petrobras/2011 – Cesgranrio)
Um dos parâmetros utilizados nos estudos
VICTOR da hidráulica
HUGO BARBOSA de canais é o raio hidráulico. Seu
BORGES
valor corresponde victorborgeess13@gmail.com
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(A) ao raio da maior circunferência que pode ser inscrita na seção transversal do canal.
(B) ao raio da maior circunferência que pode ser circunscrita na seção transversal do canal.
(C) à diferença entre a altura da seção transversal do canal e a altura de água nessa secção.
(D) à relação entre a área da seção transversal do canal e a área molhada.
(E) à relação entre a área molhada e o perímetro molhado
9. (66 - Petrobras/2010 – Cesgranrio)
A figura abaixo representa um conduto livre.
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(B) 1,0
(C) 1,5
(D) 2,0
(E) 4,0
10. (89 – MP-CE/2020 – Cebraspe)
Considerando-se um canal trapezoidal de 3 m de largura, base menor, com inclinação dos
taludes laterais de 1:1, é correto afirmar que o raio hidráulico para uma profundidade de 4 m
é menor que o raio hidráulico para uma profundidade de 3 m.
11. (74 – ALEPE/2014 – FCC)
O número de Froude (F) serve para caracterização do escoamento em canais, em função da
velocidade média da água e da profundidade média da lâmina d’água. Para F maior que 1,
(A) a lâmina d’água média é maior que a lâmina d’água crítica.
(B) o escoamento é subcrítico.
(C) o escoamento é crítico.
(D) o escoamento é supercrítico.
VICTOR
(E) a lâmina d’água média é igual HUGOd’água
à lâmina BARBOSA BORGES
crítica.
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(TCE-PE/2017 – Cespe/Cebraspe)
O estudo da geometria das tubulações é fundamental para garantir o fluxo de água nas
estruturas hidráulicas. Nesse sentido, tendo como base a figura precedente, considere os
reservatórios de água R1 e R2, as linhas R1, R2, R3 e R4 e o desenvolvimento dos condutos
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(TCE-SC/2016 – Cespe/Cebraspe)
O projeto da rede de distribuição de um sistema público de abastecimento de água potável
apresenta os dados a seguir:
- cota altimétrica do nível mínimo do reservatório de distribuição: 502,350 m;
- cota altimétrica do nó 13 da rede: 477,150 m;
- cota altimétrica do nó 49 da rede: 454,050 m.
Considerando essas informações, julgue os seguintes itens.
18. 93 –
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Se a soma das perdas de carga das tubulações do reservatório até o nó 49 for igual a 8,39
mca, a pressão dinâmica nesse nó será de 39,91 mca.
19. 94 –
As pressões estáticas, nos nós 13 e 49, são de 25,20 mca e 48,30 mca, respectivamente.
11 – GABARITO
1) E 2) D 3) B 4) D
5) C 6) Correta 7) Errada 8) E
12 – REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
- Azevedo Netto, José Martiniano de. Manual de Hidráulica. São Paulo: Edgard Bucher, 1998.
- Baptista, Márcio Benedito <et. al.>. Fundamentos de Engenharia Hidráulica. Belo Horizonte.
UFMG. 2010.
- Gribbin, John E.. Introdução a Hidráulica, Hidrologia e Gestão de Águas Pluviais. Editora
Cengage Learning. São Paulo: 2014.
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