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Índice

1. INTRODUÇÃO.............................................................................................................2

2. DIMENSIONAMENTO DE PILARES........................................................................3

2.1 Noção.......................................................................................................................3

2.2 Classificação dos pilares quanto às solicitações iniciais.........................................4

2.3 Conceito inicial das cargas atuantes para dimensionamento de pilares...................5

2.4 Dimensões Mínimas para dimensionamento de pilares...........................................6

2.5 Comprimento equivalente, raio de giração e esbeltez para dimensionamento de


pilares.............................................................................................................................7

2.6 Classificação dos Pilares Quanto a esbeltez............................................................8

2.8 Estabilidade Global e Efeitos de 2ª Ordem para dimensionamento de pilares........8

2.9 Classificação dos efeitos de 2ª ordem......................................................................9

2.10 Determinação das armaduras mínimas................................................................10

3. CONCLUSÃO.............................................................................................................11

4. BIBLIOGRAFIA.........................................................................................................12
1. INTRODUÇÃO

A carga que condiciona a dimensão do pilar é aquela que vem resistir todo o esforço causado
pelas estruturas superiores que se apoiam nos pilares (laje, viga, reservatório, cargas
concentradas entre outros tipos de cargas), a esta carga demos o nome de esforço normal do
pilar.

Para determinar tal esforço é necessário resolver as equações de equilíbrio da estrutura em


análise.

∑ Forcas Horizontais=0
¿
¿

∑ Forcas Verticais=0
∑ Momentos=0
Exemplo determinação das reações de uma estrutura constituída por uma viga em consola
apoiada em um pilar:

Na presente estrutura para determinar os esforços normais basta resolver as equações de


equilíbrio a seguir:

∑ Forcas Horizontais=0
¿
¿

∑ Forcas Verticais=0
∑ Momentos=0
Com as equações de equilíbrio resolvidas é possível conhecer todos os esforços resistentes da
estrutura e com isso podemos afirmar que: R v =N sd .

Existem tantas outras situações de carregamento do pilar, para se conhecer o esforço normal é
necessário resolver as equações de equilíbrio que nos ajudam a determinar as reações de apoio
das estruturas e os valores de Nsd serão os valores das reações verticais dos pilares.

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Com o valor de Nsd conhecido já se pode proceder com os cálculos.

2. DIMENSIONAMENTO DE PILARES

2.1 Noção

Pilar – Elemento estrutural que transmite as cargas das lajes, vigas ou mesmo cargas
concentradas para a fundação.

PILARES

FUNDAÇÃO

Os pilares caracterizam-se como sendo peças estruturais lineares de eixo reto, que são
usualmente concebidos na vertical. Sua principal função é receber os esforços atuantes
nos vários níveis de uma edificação e encaminhá-los até os elementos de fundação.
Podemos dizer que se tratando de dimensionamento de pilares o que prevalece são os
esforços axiais de compressão.

A partir do surgimento de novas tecnologias e a evolução da construção civil, se fez


necessário o dimensionamento de estruturas cada vez mais seguras e viáveis
economicamente. Os diversos estudos apurados sobre o comportamento de pilares
estruturais, métodos de dimensionamento, aliados aos estudos dos efeitos de 2ª ordem e
ao avanço tecnológico do concreto permitiram a construção de pilares cada vez mais
esbeltos.

A norma que estabelece a metodologia de cálculo para dimensionamento de estruturas


de concreto armado é a ABNT NBR 6118:2014. Para dimensionamento de pilares em
específico a norma estabelece parâmetros importantes como: valor de excentricidade

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acidental, cobrimento do concreto, metodologia para cálculo de esbeltez limite para
consideração dos momentos fletores de 2ª ordem, momento fletor mínimo, dentre
outros.  

Para entender tudo sobre o dimensionamento de pilares, as especificações normativas, e


considerações relativas à execução, leia este artigo até o final.

2.2 Classificação dos pilares quanto às solicitações iniciais

Os pilares podem ser classificados de acordo com as solicitações inicias, tal


classificação aborda aspectos importantes que devem ser considerados no
dimensionamento Estrutural:

 Internos: não apresentam excentricidades iniciais, uma vez que estão


localizados no interior da edificação, de forma que as vigas e lajes nele apoiadas
têm continuidades nas duas direções, sendo assim estão submetidos apenas a
compressão simples.
 De borda: contam com uma flexão composta normal, proveniente do momento
fletor que atua no plano perpendicular a borda, com isso há presença de uma
excentricidade inicial perpendicular a borda provocada pela interrupção das lajes
e da viga, perpendiculares a ele.
 De canto: apresentam excentricidade inicial na direção das bordas, isso se deve
pela presença de flexão composta oblíqua causada pela interrupção da laje e das
vigas nas duas direções.

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Apesar dessa classificação, na prática, todos os pilares, sejam eles internos, de borda ou
de canto estarão submetidos à flexão composta oblíqua, como veremos nos próximos
tópicos deste artigo.

2.3 Conceito inicial das cargas atuantes para dimensionamento de pilares

Juntamente com as vigas, os pilares formam os chamados pórticos. Os pórticos exercem


na maioria dos edifícios a função de resistir as ações verticais e horizontais, portanto,
estabelecem a estabilidade global da estrutura. Basicamente as ações verticais são
transmitidas aos pórticos através das estruturas dos níveis, por outro lado, as ações
horizontais (vento) são conduzidas aos pórticos por meio das paredes externas.

Em edifícios com vários pavimentos, para cada pilar e no nível de cada pavimento, é
obtido o subtotal de carga atuante, ou seja, desde a cobertura até os andares inferiores. O
subtotal de cargas atuantes é o objeto de dimensionamento do que chamamos de
“tramos” do pilar. Em suma, o total de carga atuante no pilar é utilizado no projeto
estrutural dos elementos de fundação.

O dimensionamento de pilares é realizado em função dos esforços solicitantes externos


de cálculo, sendo eles Nd (forças normais) Mdx e Mdy (momentos fletores) e no caso
das ações horizontais Vdx e Vdy (forças cortantes).

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Como já citado anteriormente devido à consideração de ações horizontais, como o
vento, a maioria dos pilares estão submetidos à flexão composta obliqua. Na prática
independente da classificação quanto às solicitações iniciais, os pilares estão submetidos
a forças de compressão e, mesmo que pequenos, momentos fletores nas duas direções,
gerando excentricidades, o que caracteriza a flexão composta oblíqua, ilustrada na
figura abaixo:

2.4 Dimensões Mínimas para dimensionamento de pilares

A NBR6118:2014, em seu item 13.2.3, diz que a dimensão mínima para pilares é de 19
cm. No entanto, é possível projetar pilares com dimensão mínima de até 14cm. Nesses
casos, é necessário multiplicar os esforços solicitantes de cálculo por um coeficiente de
majoração (ɣn). Além disso, a norma diz ainda que em qualquer um dos casos não é
permitido pilares com área da seção transversal inferior a 360 cm². Sendo assim, caso
um pilar possua menor dimensão de 14cm, sua maior dimensão deve ser de, no mínimo,
26cm.

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2.5 Comprimento equivalente, raio de giração e esbeltez para dimensionamento de
pilares

O comprimento equivalente (le), está relacionado com a flambagem, um fenômeno de


instabilidade de equilíbrio, que pode levar uma peça submetida a compressão à ruptura
antes de esgotar sua capacidade resistente. Com isso o comprimento equivalente (le) ,
partindo da teoria de curvatura da linha elástica, depende da situação das vinculações do
pilar. A NBR 6118:2014 define que no caso de pilares em balanço (engastados na base e
livres no topo) deve-se utilizar le = 2l. Nos demais casos adotar:

Onde:

l0 é a distância entre as faces internas dos elementos estruturais, supostos horizontais,


que vinculam o pilar;

h é a altura da seção transversal do pilar, medida no plano da estrutura em estudo;

l é a distância entre os eixos dos elementos estruturais aos quais o pilar está vinculado.

Ainda segundo a norma, o índice de esbeltez deve ser calculado pela seguinte
expressão:

Onde i é o raio de giração.

Para seção retangular:

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2.6 Classificação dos Pilares Quanto a esbeltez

A partir do índice de esbeltez (λ), os pilares podem ser classificados em:

robustos ou pouco esbeltos → λ ≤ 35

esbeltez média → 35 < λ ≤ 90

esbeltos ou muito esbeltos → 90 < λ ≤ 140

excessivamente esbeltos → 140 < λ ≤ 200

A NBR 6118:2014 não admite, em nenhum caso, pilares com λ superior a 200.

2.7 Momento Mínimo para dimensionamento de pilares

A NBR 6118:2014 diz que o efeito das imperfeições locais nos pilares pode ser
substituído, em estruturas reticuladas, pela consideração do momento mínimo de 1ª
ordem, sendo ele:

M1d,mín = Nd(0,015 + 0,03h)

Onde:

h é a altura total da seção transversal na direção considerada, expressa em metros.

Para a maioria dos pilares que são submetidos a flexão composta obliqua esse mínimo
deve ser respeitado em cada uma das direções.

2.8 Estabilidade Global e Efeitos de 2ª Ordem para dimensionamento de pilares

A seção completa do item 15 da NBR 6118:2014 trata de todas as particularidades


relacionadas a instabilidade e efeitos de 2ª ordem nos pilares.

Resumindo, a norma diz que a não linearidade física, presente nas estruturas de concreto
armado, deve ser obrigatoriamente considerada. Com isso, a análise estrutural com
efeitos de 2ª ordem deve garantir que para as combinações mais desfavoráveis não
ocorra perda de estabilidade e nem esgotamento da capacidade resistente de cálculo. Em
termos gerais os efeitos de 2ª ordem são estabelecidos quando a análise de equilíbrio é
realizada de forma a considerar a situação deformada das estruturas. São somados aos

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efeitos obtidos em uma análise de 1ª ordem, onde a estrutura é considerada na situação
inicial.

2.9 Classificação dos efeitos de 2ª ordem

Os efeitos de 2ª ordem podem ser classificados, como:

Globais: ocorrem quando sob a ação das cargas verticais e horizontais, os nós da


estrutura deslocam-se horizontalmente;

Locais: ocorrem nas barras da estrutura, como um lance de pilar, os respectivos eixos


não se mantêm retilíneos, ou seja, afetam principalmente os esforços solicitantes ao
longo delas;

Localizados: ocorrem principalmente em pilares-parede, que podem ter uma região que


apresenta não retilineidade maior do que a do eixo do pilar como um todo.

A norma expõe ainda que em estruturas de nós fixos (deslocamentos horizontais


pequenos), os efeitos de 2ª ordem globais são desprezíveis quando inferiores a 10% dos
respectivos esforços de 1ª ordem. Portanto, nessas estruturas basta-se considerar os
efeitos locais e localizados de 2ª ordem. Por outro lado em estruturas de nós móveis
(deslocamentos horizontais grandes), além dos locais e localizados, os efeitos globais de
2ª ordem também devem ser considerados.

A ABNT NBR 6118:2014 apresenta quatro métodos para a análise dos efeitos locais de
2ª ordem e dimensionamento de pilares:

a) Método do pilar-padrão com curvatura aproximada;

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b) Método do pilar-padrão com rigidez ߢ aproximada;

c) Método do pilar-padrão acoplado a diagramas momento fletor – força normal –


curvatura;

d) Método geral.

2.10 Determinação das armaduras mínimas

 Armaduras mínimas (REBAP – Artigo 90)

→ Área mínima do varão

→ Percentagem da armadura longitudinal (cujo o seu valor varia de acordo com as


condições estabelecidas no regulamento a cima).

Exemplo de representação dos números de varões, diâmetros e o espaçamento após ter-


se determinado.

7∅8 @16

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No de Varões
Diâmetro Espaçamento

3. CONCLUSÃO

Neste presente trabalho vimos algumas considerações importantes para o


dimensionamento de pilares, começando pela classificação quanto às solicitações
iniciais e seguindo pela definição de alguns parâmetros necessários para as verificações
exigidas pela norma. Por fim, ponderamos a importância exercida pelos efeitos de 2ª
ordem no dimensionamento de pilares.

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4. BIBLIOGRAFIA

AUFIERI, F. A. Diretrizes para o dimensionamento e detalhamento de pilares em


edifícios em concreto armado. 1997. 146 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de
Engenharia Civil, Departamento de Estruturas, Universidade de São Paulo, São Carlos,
1997. Cap. 11. Disponível em:
<http://web.set.eesc.usp.br/static/data/producao/1997ME_FabioAugustoAufieri.pdf>.
Acesso em: 29 set. 2015.
AUFIERO, L. Estabilidade de colunas isostáticas de concreto armado. 1977. 164 f.
Dissertação (Mestrado) - Curso de Engenharia Civil, Departamento de Estruturas,
Universidade de São Paulo, São Carlos, 1977. Disponível em:
<http://web.set.eesc.usp.br/static/data/producao/1977ME_LilianaAufiero_1.pdf>.
Acesso em: 29 set. 2015.
BACARJI, E. Análise de estruturas de edifícios: projeto de pilares. 1993. 187 f.
Dissertação (Mestrado) - Curso de Engenharia Civil, Departamento de Estruturas,
Universidade de São Paulo, São Carlos, 1993. Cap. 10. Disponível em:
<http://web.set.eesc.usp.br/static/data/producao/1993ME_EdgarBacarji.pdf>. Acesso
em: 29 set. 2015.
CADAMURO JÚNIOR, I. W. Dimensionamento de pilares esbeltos de concreto
armado com seção qualquer solicitados por flexão composta oblíqua. 1997. 187 f.
Dissertação (Mestrado) - Curso de Engenharia Civil, Universidade de São Paulo, São
Carlos, 1997. Cap. 9. Disponível em:
<http://web.set.eesc.usp.br/static/data/producao/1997ME_IsmaelWilsonCadamuroJu
nior.pdf>. Acesso em: 19 abr. 2016.

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