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"FUNDAÇÕES"
Conferencia #04
Actividade #05
4º Ano De Engenharia Civil
I SEMESTRE
SUMARIO:
4.1 Distribuição das pressões de contacto actuantes.
4.2 Determinação da altura da base da sapata
4.3 Compressão local ou esmagamento do betão
1.1. INTRODUÇÃO:
Com o valor da área da base obtida do desenho geotécnico, a qual como conhece pode
sair do critério de estabilidade, já seja por inclinação, deslizamento ou capacidade de
carga, ou do critério de deformação por recalque, é que se deve realizar o desenho
estrutural da fundação.
Na aula de hoje abordaremos todos os critérios de desenho estructural.
-Enunciar os objectivos-
DESENVOLVIMENTO:
• A rigidez da estrutura expressa pelo produto E.I, com os casos limites de uma
estrutura rígida (E.I = ¥) ou flexível (E.I = 0). Na verdade, deve ser a rigidez relativa
base- fundação.
• A magnitude das cargas.
• O tipo de carga.
• A profundidade da fundação.
• O tipo de solo e a estratificação do terreno.
• O estado de tensão-deformação gerado na base da fundação.
!´ $% $'
σact= σN + σM σact= #
±
&%
±
&'
, sendo
Onde:
σN: Tensão devido ao esforço normal sempre em compressão
σM: Tensão devido aos momentos actuantes em compressão e tração
𝑁´ : Esforço axial tendo em conta o peso próprio da sapata
𝐴 : Área da base da fundação
𝑀x, 𝑀y : Momentos em x e y respectivamente
𝑊x, 𝑊y: Modulo de resistência a flexão da secção em x e y respectivamente
4.2 DETERMINAÇÃO DA ALTURA DA BASE DA SAPATA
Para poder realizar a análise da altura ou espessura da base da sapata e passar a sua
a) b)
Fig: Tipos de sapatas em quanto ao seu comportamento ante as deformações do solo:
a - Sapata flexível. b – Sapata rígida.
Para definir a fronteira entre uma fundação rígida e uma flexível, alguns autores
propõem métodos que têm em conta tanto las características deformacionais da base
onde se apoia a fundação como as dos materiais de que se compõe o mesmo. Outros não
têm em conta o antes exposto e reduzem as análises a uma simples comparação entre a
altura ou espessura da base e a dimensão da maior aba da sapata.
234
2ℎ ≤ CL Flexível CL = 5
2h > CL Rígido
Devido a mudança de secção entre o pilar e a sapata, pode produzir-se em esta superfície
de contacto a falha por compressão no betão, chamada também falha por esmagamento,
embora esta raras vezes resulta uma situação crítica.
σs < fck*
!∗ ;<=
σs = ; fck*= Onde:
9.4 Υ<
σs: Tensão solicitante
fck*: Tensão resistente, resistência característica do betão
𝑁 ∗: Carga axial majorada
Υ𝑐: Coeficiente de minoração do betão igual a 1.4
Secção crítica S1
4.4 CRITÉRIO DE PUNÇOAMENTO
• Seção Crítica. lc
b B
O plano da seção crítica S1 é perpendicular ao plano
1 c b
médio da laje que compõe a base, localizado de forma c
ì æ 2ö
ï0.16 çç1 + ÷ f'c
ï è b ÷ø
ï æ ö
ï ad
R pz £ í0.16 çç1 + ÷ f'c ,
÷
ï è 2b 0 ø
ï
ï0.34 f ' c
ïî
Sendo:
lc
b: relação do lado maior ao lado menor da área carregada, em este caso, do pilar ( ).
bc
a: 40 para pilares centrados.
30 para pilares em um borde.
20 para pilares na esquina da base
b0: perímetro da secção crítica, m. ( bo = 2 × (lc + d ) + 2 × (bc + d ) )
f´c: Resistência característica do betão a compressão simples, em MPa.
Em este caso, tpz são os esforços cortantes de cálculo originados por punção na secção
crítica S1, devido as cargas actuantes. Os mesmos podem ser determinados pela
expressão:
Npz g L ML g B MB
t pz = + x+ y , sendo:
A pz JL JB
tp
z
Onde:
é ( b + d ) × (l c + d ) ù
N pz = [N'] × ê1 - ( c )ú
ë B×L û
ML, MB: momentos resultantes provocados pela carga externa, nas direcções dos lados L
e B, respetivamente, ou seja, ML = M´ L ±H´ L ×H c , y MB = M´ B ±H´ B ×H c , KNm.
(lc + d ) (b + d )
(x=± , y=± c )
2 2
gL, gB: Atrito do momento desestabilizante transmitido por excentricidade de cortante na
união pilar-sapata na secção crítica suposta. Para pilares circulares se subistituirá a
mesma por uma quadrada de igual área.
lc
MB
y
MB MB
y
y ML
bc + d/2
bc + d
x
bc + d
bc
ML ML
x x
lc+ d/2
lc+ d lc+ d/2
a) b) c)
Posições mais frequentes de pilares.
a) Pilar centrado, b) Pilar em um borde, c) Pilar de esquina.
As expressões para a determinação de aL, aB, JL, JB, x, y, para o caso mais comum:
Pilar rectangular centrado:
1 1
g L =1- , g B =1-
2 lc + d 2 bc + d
1+ 1+
3 bc + d 3 lc + d
JL =
(
d (lc + d ) é d 2 + lc + d 2 ) ù
+ (lc + d )(bc + d )ú ,
ê
2 ë 3 û
JB =
(
d (bc + d ) é d 2 + bc + d 2 ) ù
+ (bc + d )(lc + d )ú ,
ê
2 ë 3 û
Apz = 2d (lc + bc + 2d), x =
(lc + d ) , y=
(bc + d )
2 2
Sec. Crítica S2 em
4.5 CRITÉRIO DE CORTANTE Sec. Crítica S2 em
d direcção de L
direcção de B
Seção Crítica.
O plano da seção crítica S2 é perpendicular ao d lc
plano mediano da laje que compõe a placa, 1 bc 1 b
estende-se por toda a dimensão do lado ortogonal
à direção em análise e está localizado a uma
Planta
distância igual à altura efetiva (d) da face da Pilar ou Muro
Secção 1-1
VuL, VuB → força cortante produzida por ações externas na seção crítica na direção
analisada.
VuL = sspL × WsL e VuB = sspB × WsB
C39
Lb = 5
+ 0,15𝑏
!´∗ $I∗
σb = #
±
&I
C329
PbS1 = Pbmin +(Pbmáx − Pbmin). C
KLMá% KLPQ
Ms1x= ( + ).Lb2
O R
Separação. A separação mínima das armaduras não será inferior a 7 cms. A separação
máxima não superará os 30 cms.
Diâmetros das barras a utilizar. Não se recomenda o uso de barras de aço de diámetros
menores de 8 mm.
CONCLUSÕES:
Com o tratado em esta aula completamos tudo teórico relacionado com a determinação
da altura das bases das sapatas isoladas, por diferentes critérios, a saber: punçoamento,
cortante, flexão, e os mínimos a utilizar.
ANEXO A: Áreas das barras de reforço em função da quantidade total de barras (cm2)