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ENGENHARIA CIVIL
Fundações
Engenharia Civil
FUNDAÇÕES
Profº Alan de Paula
Almeida

E-mail_alan.almeida@fmu.br
UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO JEQUITINHONHA E MUCURI Aula 5
INSTITUTO DE CIÊNCIA, ENGENHARIA E TECNOLOGIA Fundação direta
ENGENHARIA CIVIL

FUNDAÇÕES

AULA 05: FUNDAÇÕES DIRETAS


• Dimensionamento geométrico – Blocos e Sapatas.

Prof. Alan de Paula


ala.almeida@fmu.br

Prof. Alan de Paula


Objetivo da nossa aula de hoje

Avaliar a capacidade de carga de elementos de fundação direta;

Realizar o dimensionamento geométrico de elementos de


fundação direta;

Analisar aspectos normativos quanto ao projeto de fundações


diretas.
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DIMENSIONAMENTO DE SAPATAS E BLOCOS

Considerações Gerais

O dimensionamento das sapatas consiste basicamente na determinação de suas dimensões em planta


(largura B e comprimento L) e da sua altura (h). É realizado em função da disposição dos pilares em planta,
das cargas a serem transmitidas ao subsolo e da tensão admissível do solo (σadm). Os conceitos aqui
expostos são válidos tanto para o dimensionamento de sapatas quanto o de blocos, em planta.

A tensão admissível do solo (σadm) deve garantir a segurança do solo contra:

Ruptura do subsolo, através da utilização de um fator de segurança (FS) adequado, ou seja:


• σadm = σrup / FS

Recalques excessivos (absolutos ou diferenciais) das fundações, que causariam danos à funcionalidade
ou à estrutura da edificação.

A determinação da tensão admissível (σadm) de um solo depende, entre outros fatores, do tipo de solo
e do seu estado (consistência ou compacidade) e será vista posteriormente, em aula específica.
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DIMENSIONAMENTO DE SAPATAS E BLOCOS

Verificação do Edifício como um Todo

Antes da realização do dimensionamento propriamente dito das fundações


superficiais por sapatas, devem ser feitas três verificações:

Verificação da ordem de grandeza do carregamento – é feita calculando-se a tensão


média na área projetada do edifício em planta (área de um radier hipotético), através da
somatória das cargas de todos os pilares dividida pela área projetada do edifício em
planta. Em edifícios normais de concreto armado (residenciais ou comerciais), essa tensão
média deve resultar em (10,0 a 12,0 kPa) multiplicado pelo número de andares do
edifício.
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DIMENSIONAMENTO GEOMÉTRICO DE SAPATAS E BLOCOS

Verificação da viabilidade do emprego de fundações superficiais – para que o projeto


de fundações seja econômico, deve-se ter que a relação entre a área total das sapatas
seja igual ou inferior a (65 a 70)% da área projetada do edifício em planta (área de um
radier hipotético), para evitar grandes associações de sapatas, com elevados volumes de
concreto. Desta forma, procura-se evitar sapatas associadas de forma anti-econômica.

Verificação se o centro de cargas do edifício (CCedif) coincide aproximadamente com o


centro de gravidade (CGradier) da área projetada do edifício em planta (área de um radier
hipotético) – para evitar que ocorram recalques diferenciais não uniformes, que possam
resultar na numa inclinação um pouco acentuada do edifício, principalmente para
edifícios altos e estreitos cuja relação altura/largura seja da ordem de 4 a 5.
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DIMENSIONAMENTO GEOMÉTRICO DE SAPATAS E BLOCOS

NBR6122:2010 – Projeto e execução de fundações


Pag. 22 – Dimensionamento geométrico

● Lastro: todas as partes da fundação em contato com o solo devem ser


concretadas sobre um lastro de concreto não estrutural com no mínimo 5 cm de
espessura;
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DIMENSIONAMENTO GEOMÉTRICO DE SAPATAS E BLOCOS

● Carregamento excêntrico: o solo é um elemento que não


resistente à tração;

● Área comprimida: deve ser no mínimo 2/3 da área total;

● Dimensões mínimas: 0,60 m;


● Profundidade mínima: 1,50 m, exceto para sapatas com
dimensões inferiores a 1 metro, cuja profundidade pode ser
reduzida;
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NBR6122:2010 – Projeto e execução de fundações


Pag. 20 e 21 - Considerações sobre as tensões admissíveis

1)Métodos teóricos
2)Métodos semi empíricos
3)Prova de carga sobre placa
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DIMENSIONAMENTO GEOMÉTRICO DE SAPATAS E BLOCOS
BLOCO

Primeiramente, devemos dimensionar a área da base:

Adota-se um valor para os lados do bloco,levando-se em consideração a


proporcionalidade com as dimensões do pilar.
Depois, calcula-se a tensão admissível a tração do concreto:

Escolhe-se o menor
valor!
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BLOCO

Com os valores de σt e σs, entramos no ábaco para descobrir qual será o ângulo
α de inclinação do elemento.
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BLOCO

Com os dados da base e do pilar, pode-se calcular a altura h do bloco:

Adota-se o maior valor!

Sendo:
a e b as dimensões da base do bloco;
a0 e b0 as dimensões do pilar que se apoia no bloco.

De acordo com a quantidade de escalonamentos (degraus) adotado, calcula-se


a altura e largura de cada um.
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BLOCO

Exemplo:
Dimensionar um bloco de fundação confeccionado com concreto fck 15 MPa,
para suportar uma carga de 1 700 kN aplicada por um pilar de 35 x 60 cm e
apoiado num solo com 0,5 MPa. Desprezar o peso próprio do bloco.

A. Dimensionamento da base

B. Dimensionamento de Bloco
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BLOCO

A. Dimensionamento da base

A = P/tensão do solo = 1700/500 = 3,4m²

B = 3,4 = 1,84

Pode se adotar para os lados 1,80 x 1,90


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BLOCO

B. Dimensionamento de Bloco

Fck 15
____ = ______ = 0,6 mpa
25 25

Se for maior que 0,8 se utiliza 0,8

Com tensão solo = 0,4


Tensão encontrado fck = 0,6
0,4/06 = 0,66
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BLOCO

B. Dimensionamento de Bloco

a- 1,90 aº = 0,60
b – 1,80 bº = 0,35

Abaco = tensão 60º

H> 1,90 – 0,60 / 2 * Tg 60º = 1,15 Adotado a altura do Bloco 1,25 m

1,80 – 0,35 /2 * Tg 60º = 1,25


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BLOCO
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BLOCO
Exemplo:
Dimensionar um bloco de fundação confeccionado com concreto fck 20 MPa,
para suportar uma carga de 1 900 kN aplicada por um pilar de 30 x 30 cm e
apoiado num solo com 0,5 MPa. Desprezar o peso próprio do bloco.
σs = 500 (tensão do solo)

A. Dimensionamento da base

B. Dimensionamento de Bloco
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BLOCO
A. Dimensionamento da base

1900
= = 3,8
500

Descobrimos a área mas são dois lados


2,00 m
B² = 3,8 → B = 3,8 = 1,94 𝑚
1,90 m
Pode se adotar para os lados 1,90 x 2,00 m.
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BLOCO
B. Dimensionamento de Bloco

20
= = 0,8 𝑀𝑝𝑎 σt 𝑇𝑒𝑛𝑠ã𝑜 𝐴𝑑𝑚𝑖𝑠𝑠𝑖𝑣𝑒𝑙 à 𝑡𝑟𝑎çã𝑜 𝑑𝑜 𝑐𝑜𝑛𝑐𝑟𝑒𝑡𝑜 = 0,8 𝑀𝑝𝑎
25

tem eu ser menor ou igual 0,8 Mpa

σ𝒔 𝑡𝑒𝑛𝑠ã𝑜 𝑎𝑝𝑜𝑖𝑎𝑑𝑜 𝑑𝑜 𝑏𝑙𝑜𝑐𝑜 𝑛𝑜 𝑠𝑜𝑙𝑜 0,4


σt 𝑡𝑒𝑛𝑠ã𝑜 𝑎𝑑𝑚𝑖𝑠𝑠í𝑣𝑒𝑙 à 𝑡𝑟𝑎çã𝑜 𝑛𝑜 𝑐𝑜𝑛𝑐𝑟𝑒𝑡𝑜 = = 0,5
0,8

Ábaco = 53º
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BLOCO
B. Dimensionamento de Bloco

a = 2,00 (maior medida encontrada ) a° = 0,30 ( maior medida do pilar )


b = 1,90 (menor medida encontrada) b° = 0,30 ( menor medida do pilar )

2,00 −0,30
= * Tg 53° = 0,85 * tg 53° = 1,12 – considerar 1,15 m
2

1,90 −0,30
= * Tg 53° = 0,80 * tg 53° = 1,06 – considerar 1,10 m
2

Adotar sempre a maior H = 1,15 m


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DIMENSIONAMENTO GEOMÉTRICO DE SAPATAS E BLOCOS

Dimensionamento geométrico de sapatas:

1)Isoladas;

2)Associada;

3)De divisa

4)Corrida.
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1 – SAPATA ISOLADA

“Placa de concreto armado cuja dimensões em planta são da mesma


ordem de grandeza.”

● Cargas concentradas;

● Pilares e reações das vigas baldrames;

● Nspt ≥ 8;

● Profundidade de 2 m.

Porque limitar a profundidade em 2m?


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1 – SAPATA ISOLADA

“DIMENSÕES DETERMINADAS PELAS CARGAS APLICADAS E PELA


RESISTÊNCIA DO SOLO”
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1 – SAPATA ISOLADA

Comportamento da sapata: modelo aproximado:


Dividida em quatro triângulos independentes engastados no pilar e
recebendo como carga a reação do solo.
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1 – SAPATA ISOLADA

● Inclinação → escorregamento do concreto

● Inclinação → 1:3 (vertical:horizontal)

● Espessura mínima → 10 cm
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1 – SAPATA ISOLADA

TENSÃO ADMISSÍVEL DO SOLO + CARGA NO PILAR ÁREA DA


SAPATA

E A ESPESSURA???

Pré dimensionamento de sapatas isoladas:


h = 30% do maior lado da sapata
mínimo de 10 cm.
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1 – SAPATA ISOLADA

A área da base de um bloco de fundação ou de uma sapata,


quando sujeita apenas a uma carga vertical, é calculada pela
expressão:

● P = carga proveniente do pilar;


● pp = peso próprio do bloco ou da sapata;
● σs = tensão admissível do solo.
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1 – SAPATA ISOLADA

Peso próprio → depende das dimensões; Dimensões → dependem do


peso próprio;

Método de tentativas → estimar peso próprio e dimensionar a sapata e verificar se o valor é menor
ou igual ao estimado;

Geralmente é pouco significativo → sua não utilização está dentro das imprecisões da
estimativa do valor da σs → DESPREZAR!
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1 – SAPATA ISOLADA
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1 – SAPATA ISOLADA

DIRETRIZES PARA A ESCOLHA DAS DIMENSÕES a e b:

● Centro de gravidade da sapata → coincidir com o do pilar;

● Nenhuma dimensão menor que 60 cm;

● Relação entre os lados a e b menor ou igual a 2,5;


● Balanços em relação as faces do pilar iguais nas duas direções.
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1 – SAPATA ISOLADA

CASOS GERAIS QUE PODEM ACONTECER:

1) Pilar quadrado ou circular;

Exemplo 1: Dimensionar uma sapata para um pilar 40x40


cm e carga de 1700 kN, sendo a taxa admissível no solo
igual a 0,40 MPa.
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1 – SAPATA ISOLADA

Exemplo 1: Dimensionar uma sapata para um pilar 40x40


cm e carga de 1700 kN, sendo a taxa admissível no solo
igual a 0,40 MPa.

1700 / 400 = 4,25 = 2,06 para 2,10

Tratando –se de um pilar de seção quadrada, a sapata


mais econômica terá forma quadrada
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1 – SAPATA ISOLADA

CASOS GERAIS QUE PODEM ACONTECER:

2) Pilar retangular:

Exemplo 2: Dimensionar uma sapata para um pilar


30x100cm e carga de 3000 kN, sendo a taxa admissível no
solo igual a 0,30 MPa.
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1 – SAPATA ISOLADA

Exemplo 2: Dimensionar uma sapata para um pilar


30x100cm e carga de 3000 kN, sendo a taxa admissível no
solo igual a 0,30 MPa.
355 cm

285 cm

a x b = 3000 / 300 = 10 m² ou 100.000 cm² a = 70 + b


a = 355 cm
a – b = aº - bº = 100 – 30 = 70 cm

( 70 + b ) * b = 100.000
b² + 70 b – 100 000 = 0
B = 283 adotado 285 cm
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2 – SAPATA ASSOCIADA

Projeto econômico →
maior número possível de
sapatas isoladas;

Pilares próximos demais:


sapatas isoladas de
sobrepõem → sapata
associada
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2 – SAPATA ASSOCIADA

Comportamento da sapata:
modelo aproximado

Para melhor caracterização do


comportamento da sapata usa-se
uma viga unindo os pilares: viga
de rigidez.
Duas lajes em balanço apoiadas
na viga de rigidez.
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2 – SAPATA ASSOCIADA

CG da carga dos pilares = CG da sapata → tensões no


solo se distribuem uniformemente.

Para pilares com cargas diferentes:


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2 – SAPATA ASSOCIADA

Viga de rigidez: viga que une dois pilares de modo a permitir que a
sapata trabalhe com tensão constante.

Escolha dos lados a e b – P1 ≠ P2


Jogar com os valores dos balanços de modo que a ordem de grandeza dos
momentos negativos e positivos estejam próximas.
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2 – SAPATA ASSOCIADA

Viga de rigidez: viga que une dois pilares de modo a permitir que a
sapata trabalhe com tensão constante.

Calcular as coordenadas x e y do centro de carga:


A interseção das coordenadas x e y sempre estará localizada sobre o eixo da
viga de rigidez.
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2 – SAPATA ASSOCIADA
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2 – SAPATA ASSOCIADA

Escolha dos lados a e b – P1 = P2


1) Duas lajes em balanço sujeitas a carga uniformemente distribuída igual
a tensão do solo.

2) Viga simplesmente apoiada nos pilares P1 e P2 sujeita a uma carga


distribuída igual a tensão do solo vezes b.

Balanços com valor igual a a/5 (maior lado)


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2 – SAPATA ASSOCIADA

Escolha dos lados a e b – P1 = P2


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2 – SAPATA ASSOCIADA

Escolha dos lados a e b – P1 ≠ P2


Jogar com os valores dos balanços de modo que a ordem de grandeza dos
momentos negativos e positivos estejam próximas.
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2 – SAPATA ASSOCIADA

QUAL A DIFERENÇA ENTRE UMA SAPATA


ASSOCIADA E UMA VIGA DE FUNDAÇÃO?

Sapata associada → vários pilares cujos centros não


estão alinhados;

Viga de fundação → dois ou mais pilares cujos centros


estão alinhados.
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2 – SAPATA ASSOCIADA

Exemplo 6: Projetar uma viga de fundação para os pilares


indicados abaixo sendo a taxa do solo 0,3 MPa considerando
P1 = P2 = 1600 kN .
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2 – SAPATA ASSOCIADA
considerando P1 = P2 = 1600 kN

Tensão = 0,3 mpa

Se P1 = P2, o centro de carga estará equidistante de P1 e P2

A = 2 x 1600 / 300 = 10,6 m² ou 106 700 cm2

Neste caso, consegue uma sapata econômica fazendo com que o balança seja 1/5 a 3/5

3/5 a = √180² + 65² = a = 318 adotado 320 cm

Como a x b = 106 700

B = 333 ou 335 cm
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3 – SAPATA DIVISA
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3 – SAPATA DIVISA

Roteiro de cálculo:

● Adotar a = 2b e calcular o lado b da sapata;

● Calcular a excentricidade e a reação de apoio


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3 – SAPATA DIVISA

Roteiro de cálculo:

● Calcular a área final da sapata:

● Conferir se a relação a/b é menor que 2,5. Caso contrário,


aumentar o valor de b proposto e repetir o processo.
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3 – SAPATA DIVISA

Exemplo 7: Dimensionar as sapatas dos pilares P1 e P2


indicados abaixo sendo a taxa do solo 0,3 MPa:
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3 – SAPATA DIVISA

Dimensionar as sapatas dos pilares P1 e P2 indicados abaixo


sendo a taxa do solo 0,3 MPa:

A1= 1500/300 = 5m² ou 50.000cm²


a = 2b → 2b² = 50.000
B = 160 cm

e = b – bº/ 2 = 160 – 20/2 = 70 cm


d = 500 – 70 = 430 cm
▲P = 1500 x 70/430 = 245 kn
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3 – SAPATA DIVISA

Dimensionar as sapatas dos pilares P1 e P2 indicados abaixo


sendo a taxa do solo 0,3 MPa:

A1= 1500/300 = 5m² ou 50.000cm²


a = 2b → 2b² = 50.000
B = 160 cm

e = b – bº/ 2 = 160 – 20/2 = 70 cm a = 58200 / 160 = 365cm


d = 500 – 700 = 430 cm p = 1000 – 245/2 = 877,5 kn
▲P = 1500 x 70/430 = 245 kn A = 877,5 / 300 = 2,925 m²
R = 1500 + 245 = 1745 kn a = √2950 = 171 adotado
Af = 1745 / 300 = 5,82 m² 175 cm
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3 – SAPATA DIVISA

Exemplo 7: Dimensionar as sapatas dos pilares P1 e P2


indicados abaixo sendo a taxa do solo 0,3 MPa:
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3 – SAPATA DIVISA

Exemplo 8: Para uma taxa no solo de 0,2 MPa, dimensionar


as sapatas dos pilares P1 e P2.
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3 – SAPATA DIVISA
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4 – SAPATA CORRIDA

“Placa de concreto armado em que uma das dimensões, o


comprimento, prevalece em relação a outra, a largura.”
● Cargas linearmente distribuídas;
● Paredes de vedação ou estruturais;
● Linhas de pilares muito próximos.
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4 – SAPATA CORRIDA

Comportamento da sapata: modelo aproximado:


Comprimento unitário (1m) → extrapolar para os demais;
Solo não homogêneo → acomodações diferenciadas ao longo
da sapata → melhorar a rigidez
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4 – SAPATA CORRIDA

Comportamento da sapata: modelo aproximado:


Viga longitudinal → armadura ao longo comprimento Laje com balanço
nas duas faces da parede ou da viga de
rigidez → armadura na direção transversal
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4 – SAPATA CORRIDA

Pré dimensionamento de sapatas isoladas:


Sugestão → Yopanan
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4 – SAPATA CORRIDA

QUAL A DIFERENÇA ENTRE UMA SAPATA CORRIDA


E UMA VIGA BALDRAME?

Sapata corrida → fundação direta → cargas transmitidas


ao solo ou solo usado como apoio;

Viga baldrame → viga envolvida pelo solo → cargas


transmitidas às sapatas ou outro tipo de fundação.
(indicada para vãos inferiores a 6 m)
Fundação direta
BIBLIOGRAFIA

1. HACHICH, W. C. et al: “Fundações – Teoria e Prática”, Ed. Pini, 2000 (2ª edição).
2. ABEF/ABMS (1996) Fundações - Teoria e Prática. São Paulo: Pini, 1998. 751 p.
Sarrafos
em nível
3. ALONSO, U. R. Exercícios de fundações. São Paulo: Blucher, 2010.
4. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6122:2010 – Projeto e
execução de fundações. Rio de Janeiro, 2010.

5. REBELO, Y. C. P. Fundações – guia prático de projeto, execução e dimensionamento. São


Paulo: Zigurate, 2008.

6. VELLOSO, D. & LOPES, F. R. Fundações. São Paulo: Oficina de textos, 2010. 568 p.
7. CINTRA, J. C. A, AOKI N., ALBIERO, J. H. Fundações diretas: projeto geotécnico. São Paulo:
Oficina de textos, 2011.

8. Material de aula do professor Marcelo Medeiros – UFPR.

9. Material de aula do professor Douglas Bittencourt – PUC Goias.

10. Material de aula do professor Sérgio Paulino Mourthé – Faculdades Kennedy.


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O que apreendemos na aula de hoje


Sarrafos
em nível
Dimensionamento geométrico fundações rasas.

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